Historia da academia de letras

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Maria Cândida de Oliveira Costa Tomou posse em 08/03/2008. Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (1983), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (2002) e é doutoranda na área de Educação, Sociedade, Política e Cultura na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, consultora da Cooperativa de Crédito Rural da Região da Mogiana. Tem experiência na área de agronegócios, com ênfase em Desenvolvimento Rural Sustentável atuando, principalmente, nos seguintes temas: socioeconomia, educação, cooperativismo, extensão rural e metodologia científica.

Infinito e Eternidade Octávio Pereira Leite - do livro “Velhas Páginas” Diante da grandeza e perfeição do Universo o homem é apenas um pequenino ser de existência efêmera, de inteligência limitada e que, por isso, se sente incapaz de compreender, no seu sentido lato, o significado de infinito e eternidade — superlativos que transcendem as especulações filosóficas de todos os tempos. A noção de infinito, na verdade, nos leva a divagações imprecisas, Aristóteles, figura ímpar na cultura helênica, sustentava a impossibilidade de conhecer uma infinidade real, atual. Descartes distingue o infinito do indefinido e conclui que o Ser infinito é Deus. Ernesto Benan, a respeito do infinito, nos deixou este pensamento: “virtude ou quimera o sonho do infinito há de atrair-me sempre”. Para se ter o real conceito do infinito não é necessário procurar os espaços siderais, os astros, as nebulosas. Deve-se encontrar a sua explicação nas coisas mais simples, seguindo a lição de Reclus, quando afirma que a “história de um regato, mesmo daquele que nasce e se perde na seiva, é a história do infinito”. A idéia de infinito tem íntima conotação com Deus, que sendo eterno e onipresente ocupa todos os espaços imperscrutáveis do além. Tudo quanto é infinito reside em Deus. “É Ele a infinita perfeição, porque é amor infinito, sentindo e vencendo a infinita dor”. Na sua passagem pela Terra o homem se sente perplexo diante da eternidade. O que é a eternidade? Massias, responde a essa Indagação, afirmando que a eternidade é um dia sem ontem. nem amanhã. Preocupado com o destino e sua curta existência, cuidou o homem de cronometrar o tempo. Assim mensurados passam-se os dias, os anos, os séculos e os milênios. Uma estação sucede à outra. A natureza, o homem e os animais sofrem a ação do tempo, mas a Terra e os astros permanecem adstritos aos seus sistemas, repetindo os mesmos movimentos, seguindo os rumos de suas trajetórias. No imensurável palco da eternidade vamos encontrar o Criador de todas as coisas, Guerra Junqueiro nos mostra a maneira pela qual poderíamos realizar esse encontro: “Só chegam a Deus os que levam no coração gemendo o Universo inteiro”, dizia o vate luso, E prossegue: “Os que transportam no seu amor, banhando-a de lágrimas, a dor infinita da natureza”. - 5-


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