Revista AlmadaForma 10

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suas individualidades bem como dos parceiros potenciais para o desenvolvimento do trabalho como os pais, os colegas e os demais professores e a escola, o que fomenta a necessidade de colaboração e cooperação de todos os envolvidos com o trabalho.

Trifásico

Prancha de comunicação

Auxilia na consciencialização da preensão e pressão do lápis o que viabiliza o controlo motor no momento da escrita. Na imagem há lápis com trifásicos confecionados com musgami, esferovite ou esponja que facilitam o manuseio e a perceção do aluno ao imprimir força na sua preensão do lápis e na sua pressão ao realizar o ato gráfico. Modificase, assim, a qualidade do grafismo e escrita.

Confecionada com papel cartão, velcro, folha de cortiça e papel colante. Seu objetivo é possibilitar a comunicação alternativa com o aluno através da introdução de diálogos, conceitos ou temáticas. Este trabalho favorece a interação com os cartões temáticos, objetos e respostas que são codificadas com o aluno e o grupo. Trabalha, também, a ação e coordenação motora ao manusear as fichas com velcro na prancha através do plano inclinado

sinais, emissão verbal, movimentos, expressões corporais, dentre outros através do processo interativo envolvido na atividade.

Estes recursos de baixo custo foram criados com o interesse de reconhecer e responder as necessidades apresentadas pelos alunos com NEE em sala de aula. É importante que o professor utilize diferentes formas para estimular a função deficitária tendo como referência o desenvolvimento e apropriação do aluno sobre o recurso como também poderá introduzir outros conteúdos no contexto da atividade.

É importante salientar que a TA para a inclusão escolar, “não deve se voltar unicamente a promover uma habilidade no aluno, mas fazendo com que ele realize tarefas como as de seus colegas” (Schimer et al. 2007, p.53). Este tipo de intervenção será o meio pelo qual o aluno participa ativamente da atividade mas faz do seu jeito e assim ele se tornará protagonista de sua história, ativo na construção de seus conhecimentos.

Para sua realização é fundamental haver indicativos marcando o início e o término da sua exploração, ampliando-a e sistematizando-a no contexto. O aluno ao interagir com o recurso vai apresentando condições de entender que todas as tarefas tem começo, meio e fim, e que após uma atividade podem acontecer outras com objetivos diversos mas sempre mantendo um feedback entre professor e aluno acompanhado.

Considerações Finais Podemos concluir que este trabalho desenvolvido junto aos formandos foi fundamental para a descoberta, exploração e criação de recursos de baixa tecnologia. Estes conhecimentos contribuíram para ampliar a visão dos formandos sobre a TA como auxilio na otimização do processo de aprendizado do aluno com NEE.

Neste processo, o professor deverá observar e estimular as respostas do aluno, focando as dúvidas e hesitações num contínuo diálogo verbal e não verbal. Essa busca de comunicação envolverá, por parte do professor, a avaliação do recurso bem como sua adequação no sentido de otimizar a participação do aluno com gestos,

Os educadores tiveram consciência da importância de criar e adaptar os materiais em beneficio dos objetivos pretendidos junto ao aluno e 54

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É compreendida como recursos sensoriais e pedagógicos que podem ser utilizados pelo professor para construir diferentes materiais educativos com objetivos pré-definidos para o aluno incluído na sala de aula.

Referências Bibliográficas

Ficou notório que os materiais selecionados para a construção do recurso devem ser simples e que a aparência é o que menos importa na sua implementação. Os cuidados devem ser voltados para sua acessibilidade e funcionalidade necessitando ser pensado, construído e testado para que possíveis adaptações possam ser realizadas com o interesse de otimizar a comunicação e o processo de aprendizado do aluno de acordo com as suas características e necessidades.

Bersch, R. (2006) Tecnologia assistiva e educação inclusiva. In: Ensaios Pedagógicos, Brasília: SEESP/ MEC. Comitê de Ajudas Técnicas - CAT (2009). Tecnologia Assistiva. – Brasília: CORDE. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. MEC Schirmer, Carolina R. et al.(2007). Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado Deficiência Física. Brasília: SEESP / SEED / MEC. Sartoretto, Mara Lúcia. et al. (2010). A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial v. 6. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).

Na perspetiva da educação inclusiva temos que desafiar os futuros profissionais a apropriar-se de conhecimentos teórico-práticos que fundamentam seu fazer pedagógico e, mais do que isto, que criem condições reais de maximizar o potencial dos alunos com NEE no contexto pedagógico tendo o conhecimento sobre a TA como aliado as novas situações práticas que surgem no cotidiano escolar.

World Health Organization - WHO (2001). International Classification of Functioning, Disability and Health. Classification, Assessment, Surveys and Terminology Team World Health Organization Geneva, Switzerland.

Tapete Sensorial

Célula Braille (Livro das vogais)

Prancha de comunicação (Construção de história)

Cds Conceituais (Silhueta das imagens e uso do contraste) 55


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