ALIMENTAÇÃO ANIMAL SAÚDE ANIMAL
ESVAC 2018 – CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM SAÚDE ANIMAL: RELATÓRIO E PRINCIPAIS PONTOS RELATIVOS A PORTUGAL A EMA publicou recentemente o relatório
para 135,9 toneladas AI em 2017 e 193 Tone-
ESVAC com os dados de vendas de antibióticos
ladas AI em 2018, o que significa 186,6mg/
destinados a animais produtores de alimentos no
PCU em 2018 (vs média europeia 103,2mg/
ano 2018 (existe um "delay" de 2 anos na publi-
PCU). O crescimento em 2018 versus ano
cação dos dados).
anterior resulta de uma subnotificação no
Este relatório recolhe os dados de 31 países da EEA, incluido Suíça. • No relatório destaca-se que desde 2011 a
relatório de 2017 entretanto já corrigido no relatório de 2018. Tal situação verificou-se também em outros estados-membros em anos anteriores.
2018, nos 25 países que reportam numa base regular neste período, verificou-se uma
Desafios face aos Antibióticos Críticos:
Rui Gabriel
redução geral nas vendas de antibióticos
Médico Veterinário
de 34,6% (passa de 162 mg/PCU a 103,2
• Portugal possui cerca de 11% do seu total
mg/PCU). Em relação a 2017 o consumo em
de Antibióticos no setor veterinário em
2018 baixou 2%. • Durante este período verificou-se uma redução de antibióticos considerados na categoría 2 dos Antibióticos Críticos na AMEG/ EMA em 24,4% para cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, 69,8% para polimixinas (colistina) e 4,2% nas fluoroquinolonas. • Distribuição por classe de antimicrobiano : Tetraciclinas + Penicilinas representam 59,5 % do total Antibióticos em Usos Veterinário. Tetraciclinas (30,7%), penicilinas (28,8%) e sulfonamidas (8,4%), Cefalosporinas de 3 e 4 geração (0,2%), Fluoroquinolonas (2,5%), polimixinas (3,4%), Macrólidos (8%) e outras Quinolonas (0,3%). • Por vía de administração: pre-misturas medicamentosas (baixa para 26,9%, em 2016 representava 40,8%), pós solúveis (9%) e soluções orais (são atualmente na UE a principal via de admnistraçao de AB representando 51,8%, em 2016 representava 37,4%).
Relativamente a Portugal , os principais "Highlights": Desafios a considerar:
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ALIMEN TAÇÃO AN IMAL
2018 nas Classes de Antibióticos Críticos de acordo com as categorias estabelecidas pela AMEG/EMA (Cefalosporinas 3ª e 4ª geração; Fluorquinolonas e Polimixinas), encontrando-se em 5º lugar mas, nesta percentagem, ao nível da Alemanha e Polónia. • Fluorquinolonas baixam em 2018 de 8,9 em 2016 para 7,6 mg/PCU, embora acima da média europeia (2,5 mg/PCU). • Cefalosporinas 3ª e 4ª geração (AB crítico na classificação AMEG/EMA) baixa para 0,4 mg/PCU (vs 0,2 mg/PCU média UE), encontrando-se a nível igual ou superior a outros 10 estados-membros. • Polimixinas (colistina) 3º valor mais alto na UE a seguir ao Chipre e Malta, embora tenha reduzido de 13,5 mg/PCU em 2016 para 12,6 mg/PCU (média UE 3,4 mg/PCU), encontra-se ainda longe do objetivo nacional a 3 anos de 5 mg/PCU , o que implica grande esforço para os próximos 2 anos. Espanha, historicamente o país de maior consumo de colistina, passou de 22 mg/PCU em 2016 para 3,3 mg /PCU em 2018. Sendo que este relatório tem um "delay" de 2 anos, espera-se que em 2020 o valor reflita todos os esforços que o setor tem realizado para uma redução sus-
• R edução 7,2 % em relação a 2016: Por-
tentável de acordo com o protocolo assinado
tugal passa de 208 toneladas AI em 2016
entre a DGAV e os diferentes "stakeholders".