ALIMENTAÇÃO ANIMAL TEMA DE CAPA
A INOVAÇÃO E O SETOR DOS CEREAIS PRAGANOSOS, OLEAGINOSAS E PROTEAGINOSAS O Centro Nacional de Competências dos Cereais
parceiros. Com esta consulta, não só o CEREAL-
Praganosos, Oleaginosas e Proteaginosas, desig-
TECH viu legitimada a sua proposta inicial, como
nado por CEREALTECH, surgiu para dar resposta
reuniu ainda muitos contributos definidores de
às necessidades de um setor que, nas últimas
linhas de trabalho concretas.
décadas, se tem confrontado com uma série de
Finalmente, foi feito um trabalho de consolida-
condicionalismos e adversidades que em muito
ção de todos os inputs e chegou-se assim àquela
afetaram a sua produção.
que é hoje a versão final da Agenda de Inovação
Com efeito, dando sequência à Estratégia Nacio-
CEREALTECH.
nal para a Promoção da Produção de Cereais
Trata-se de uma Agenda sistematizada em três
(ENPPC), aprovada pela Resolução do Conselho
níveis organizacionais, com Objetivos Macro,
de Ministros n.º 101/2018, e com o objetivo de pro-
cada um com as suas Áreas de Atuação e estas,
mover o desenvolvimento da fileira dos Cereais,
por sua vez, organizadas em Linhas de Trabalho.
Oleaginosas e Proteaginosas, especialmente atra-
Num futuro muito próximo, pretende-se criar
vés da investigação, capacitação, criação de valor,
um quarto nível de informação com a definição
parceria e cooperação, juntaram-se a ANPOC, o
de Metas para cada Linha de Trabalho, gerando
INIAV, o IPBeja, a IACA, a APIM e os Cervejeiros de Portugal para, através de protocolo assinado em julho de 2018, constituir o CEREALTECH. Dava-se assim o primeiro passo para um trabalho que se pretende integrado e participado por toda a fileira (investigação, produção e transformação) e criavam-se as condições para a definição de uma Agenda de Inovação para o setor, uma das medidas consideradas estratégicas pela ENPPC para estabilizar e melhorar o rendimento dos agricultores; promover ações de mitigação e adaptação às alterações climáticas; e promover a produção de bens públicos, a preservação e a utilização eficiente dos recursos naturais. O processo de definição da agenda de inovação CEREALTECH passou por várias fases, resultantes de um estudo da realidade do setor e consulta generalizada à fileira. Assim e numa primeira fase, foi desenvolvido pelos parceiros CEREALTECH um trabalho de
assim objetivos muito precisos para as ações definidas a este nível (Fig. 1). São quatro os Objetivos Macro: 1) Aumento e Estabilidade da Produção; 2) Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos; 3) Segurança, Qualidade, Diferenciação e Valorização; e 4) Capacitação, Comunicação e Transferência de Conhecimento (Fig. 2). Cada Objetivo Macro foi desdobrado em três Áreas de Atuação, à exceção do objetivo Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, que se desdobrou em seis áreas. Por seu lado, cada Área de Atuação deu origem a uma série de Linhas de Trabalho, tendo sido identificadas ações muito específicas a desenvolver no âmbito de cada uma delas. Não iremos aqui enumerar estas ações. Iremos apenas sistematizar os contextos em que as Linhas de Trabalho da Agenda de Inovação CEREALTECH se inserem.
análise das necessidades a nível nacional e de benchmarking para identificação do que melhor se faz noutros países. Deste trabalho resultou um primeiro esboço da Agenda de Inovação, com a enumeração de um conjunto de objetivos principais, designados por Objetivos Macro; e a definição de uma série de Áreas de Atuação. Seguiu-se uma consulta generalizada à fileira, em
José Palha Presidente da ANPOC 24 |
ALIMEN TAÇÃO AN IMAL
sede de Grupo Focal, para reforço e validação do primeiro esboço de agenda sugerido pelos
Figura 1 – Organização da Agenda de Inovação CEREALTECH
Figura 1 – Organização da Agenda de Inovação CEREALTECH
São quatro os Objetivos Macro: 1) Aumento e Estabilidade da Produção; 2) S Eficiência no Uso dos Recursos; 3) Segurança, Qualidade, Diferenciação e