ALIMENTAÇÃO ANIMAL 50.º ANIVERSÁRIO DA IACA
O TRIUNFO DA IACA E DOS SEUS ASSOCIADOS É O SUCESSO DA PRODUÇÃO ANIMAL EM PORTUGAL Fernando Bernardo Diretor-Geral da DGAV
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Apresento-vos as minhas mais calorosas felicitações e respeitosas saudações; gostaria de começar por agradecer o honroso convite endereçado à DGAV para testemunhar este evento evocativo do quinquagésimo aniversário da criação da IACA, aproveitando para saudar, na pessoa do seu presidente, todos os associados, todos os fabricantes de alimentos compostos para animais, formulando votos que os próximos 50 anos sejam igualmente coroados com os maiores êxitos e recheados de sucessos. O triunfo da IACA e dos seus associados é o sucesso da produção animal em Portugal, com tudo o que isso significa de desenvolvimento para o país: para a melhoria dos rendimento dos nossos produtores pecuários; para o progresso da criação de animais destinados aos seus múltiplos usos e para contribuir definitivamente para o equilíbrio da balança alimentar nacional. Há oito dias atrás o Senhor Ministro da Agricultura Florestas e Desenvolvimento Rural agraciou a IACA com a Medalha de Honra do Ministério. No Despacho de atribuição desta distinção à IACA, foram evocadas as razões que a justificam, realçando o papel desempenhado pela IACA no desenvolvimento agrário, da pecuária, do sector agro-alimentar e do Mundo Rural nos últimos 50 anos; refere-se também a relevância da cooperação institucional da IACA com o Ministério e os seus diferentes organismos, dos quais destaco, naturalmente, a forma exemplar de articulação com a DGAV no âmbito das respetivas atribuições no domínio da alimentação animal. Neste momento especial da vida desta associação não faltarão motivos para recordar todas as realizações e triunfos alcançados nas últimas cinco décadas, mas pode ser também um excelente pretexto para, em jeito de balanço, se por em perspectiva o que espera esta Associação nos próximos 50 anos. Das obras do passado ficam os muitos desenvolvimentos tecnológicos e técnicos, as regras de harmonização de procedimentos, as normas técnicas, os guias de campo, os manuais de boas práticas, os números da Revista Alimentação Animal, e apoio a linhas de investigação de inovação sobre os modos mais adequados de produzir, de distribuir e utilizar as matérias-primas, a afinação das formulações, dos arraçoamentos na alimentação dos animais. Sem esses avanços, a avicultura intensiva, a suinicultura e a bovinicultura nunca teria alcançado a pojança e o nível de desenvolvimento que possuem hoje. Sem o desenvolvimento alcançado no setor da alimentação animal não teria sido possível salvaguardar a Segurança Alimentar, nem os níveis de segurança dos alimentos de origem animal em Portugal. Sem a Industrialização da Alimentação Animal, não teria sido possível materializar a Revolução Verde, nem a Globalização, que tinham como objetivo fundador – “pôr termo à fome” no mundo, democratizando o acesso aos bens alimentares. Esta ideia deve remeter e direcionar a nossa atenção para os desafios do futuro. O lema “acabar com a fome” corresponde exatamente ao 2º “objectivo de desenvolvimento sustentável” (ODS) elencado na agenda das Nações Unidas para 2030. Nos outros 16 objetivos da agenda do “desenvolvimento sustentável”, é fácil encontrar muitas metas e
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indicadores que só poderão ser alcançáveis caso exista um setor económico forte no domínio do fabrico de alimentos compostos para animais. Por exemplo, para o 1º "objetivo de desenvolvimento sustentável" – “acabar com a pobreza" – a atividade de criação de animais é habitualmente considerada uma das atividades que garantidamente gera rendimento consistente para quem a pratica, com especial impacto naqueles grupos sociais que dificilmente encontrariam formas de susbsistir realizando outras atividades. Os alimentos compostos para animais são portanto um fator decisivo na construção desse rendimento (justiça social – o 16º ODS). As matérias-primas usadas no fabrico de alimentos compostos para animais, são obtidas a partir de culturas de cereais, oleaginosas e proteaginosas que são das mais eficientes como sumidouros de carbono e de azoto; impactando muito positivamente nos indicadores da “ação climática” – este é o 13º "objetivo de desenvolvimento sustentável". Isto para dizer que não faltam argumentos ao setor industrial da produção de alimentos compostos, para poder encarar os grandes desafios do futuro com otimismo, e em perfeita sintonia com os grandes desígnios de desenvolvimento sustentável. Passaram-se os primeiros 50 anos de atividades suportadas nas motivações sociais e económicas mais inspiradoras. Perspetivam-se tempos igualmente desafiantes. Mantêm-se as perspetivas de necessidade de aumento de volumes de produção alimentar e outros desafios, como a necessidade de inovar nas metodologias de combate ao desperdício alimentar e das respetivas matérias-primas. São desafios com os quais a IACA terá de se confrontar nos próximos tempos, especialmente os ligados à sustentabilidade. Para isso torna-se imperioso pôr em evidência que a vossa atividade está sintonizada e comprometida com as práticas que são simultameamente: ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversificadas. Dos anos passados, o Ministério da Agricultura nunca se esquecerá das respostas que a IACA foi capaz de dar em situações que convocam os valores mais elevados da solidariedade social: como sempre aconteceu em situações de seca extrema e noutras situações de calamidade, disponibilizando graciosamente alimentos compostos para animais para acudir nos cenários mais críticos. Bem hajam também por isso. Senhor Presidente, Para os Serviços Veterinários Oficiais, a IACA é muito mais do que um parceiro instrumental das políticas de alimentação animal, é uma organização muito amiga e para a qual os Serviços Veterinários Oficiais só podem desejar os maiores êxitos, sendo certo que os sucessos da IACA são também os sucessos de Portugal. Parabéns a todos os sócios, aos atuais e ex-dirigentes da IACA pelo indiscutível mérito da obra realizada. Votos de continuação dos maiores sucessos, em prol do desenvolvimento agrário de Portugal Longa vida à IACA! Bem hajam; Obrigado,