Foco Poty

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Foco Poty – informativo da Associação Potiguar de Fotografia. Ano 1 | Número 01 | Janeiro de 2014 Box 38 do Mercado Municipal de Petrópolis, Natal RN www.aphoto.art.br Tiragem: 5.000 exemplares

Editor Geral

Foto de Capa

Reportagens

Projeto Gráfico

Alex Gurgel

EDITORIAL

Adrovando Claro Alex Gurgel Elias Fernandes Licurgo Carvalho

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revista “Foco Poty” é um informativo da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), chegou para substituir o jornal “O Aphotista”, que foi lançado ano passado mostrando as ações da nossa entidade. Nossa revista também representa um avanço na maneira de apresentar algumas de nossas atividades ao logo do ano passado, onde a Aphoto foi protagonista em vários eventos fotográficos, contribuindo de forma contundente para o crescimento qualitativo da fotografia potiguar.

A posse da nova diretoria também merece destaque na revista, informações necessárias para que os sócios conheçam os nomes que estão fazendo a Aphoto nessa gestão que se inicia em 2014. Entrevista com o presidente Alex Gurgel e uma matéria com o vice-presidente, Canindé Soares.

Nossos sinceros agradecimentos aos patrocinadores da revista “Foco Poty” que apostaram na qualidade das nossas informações, sem os quais seria inviável desenvolver esse trabalho gráfico e, principalmente, formando uma parceria séria para futuros eventos da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto).

Aluisio Bezerra

Leânio Robson Financeiro

Jailson Fernandes

Sumário 04 e 05

Entrevista com Alex Gurgel

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Homenageando Adrovando Claro

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Ações da Aphoto

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Nova Diretoria

11 e 12

Um emprendedor de sonhos

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Jurista com DNA na fotografia

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Expedições e Mais Expedições

18 e 19

Caminhando e fotografando pela Ponte

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O Grito da Fotografia

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Fotógrafos potiguares no FotoRio

22 e 23

Um decano cheio de história

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A crítica burra da fotografia

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Pelas ruas históricas da Paraty

26 e 27

As paisagens do RN clicadas em HDR

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Uma Rede para embalar fotos

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Direitos Autorais na Fotografia


´ENTREVISTA

ALEX GURGEL

Por: Licurgo Carvalho Foto: Laine Paiva

Presidente da Aphoto relata sobre o trabalho da entidade durante os últimos 10 anos. Assumindo o terceiro mandato como presidente da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), Alex Gurgel demonstra que se sente mais entusiasmado do que nas gestões anteriores. Ele acredita que a entidade está com a credibilidade consolidada nos meios culturais do Estado e que, agora, o trabalho será no sentido de aumentar o número de sócios, chamando os fotógrafos “desgarrados” a participar das ações culturais realizadas pela Associação.

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Nessa entrevista, o presidente da Aphoto fala sobre as perspectivas na futura gestão, além de fazer um balanço sobre a gestão passada. Alex fala sobre o papel da Aphoto dentro da Fotografia Potiguar e ressalta o que a pessoa deve fazer para ser um sócio aphotista e quais as vantagens que o fotógrafo tem. Alex Gurgel é presidente eleito da Aphoto, professor, fotógrafo, jornalista e mestrando em Antropologia Visual pela UFRN. Membro da Rede de Produtores Culturais de Fotografia no Brasil (RPCFB), membro do Fórum Permanente de Fotografia do Rio Grande do Norte (Foto|RN), membro Da União Brasileira de Escritores (UBE-RN) e diretor da Samba (Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências). O senhor está no exercício do terceiro mandato à frente da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto). Como o senhor vê um fato marcante na gestão ? Eu sempre tive uma boa equipe trabalhando na entidade. A Aphoto sempre foi erguida com o trabalho e a abnegação de todos, além da paixão pela fotografia potiguar, por parte das pessoas que passaram pela diretoria. Mas, um dos pontos mais importantes adquirido foi o “respeito”, a imagem séria que a Aphoto conquistou perante a sociedade potiguar e também diante do segmento fotográfico nacional, onde somos parte atuante dentro da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. O trabalho desenvolvido pela Aphoto foi digno desse respeito a ponto de a entidade ser reconhecida como de “Utilidade Pública Municipal”, título concedido pela Câmara Municipal de Natal. O que o senhor destacaria na reestruturação da Aphoto ao longo da sua gestão? 4 FOCO POTY

Nós estamos construindo a Aphoto num segundo momento. A Aphoto foi criada em 2002 por Adrovando Claro, Fernando Pereira, Cláudio Marques, Roberto Dias e Canindé Soares, que está voltando a participar da entidade como vice-presidente. Além de uma turma boa que construiu o sonho de uma associação de fotografia que abrangesse o Estado. A nossa gestão criou o site oficial da entidade (www.aphoto.art.br), local onde a gente se comunica com o mundo e criou também o jornal chamado o “Aphotista” com seis mil exemplares, que circulou por todo Brasil, mostrando as ações da Aphoto ano passado. O nosso maior evento em busca da qualificação da fotografia potiguar é o festival “Foto Riografia do Norte”, onde se reúne os nomes mais importantes da fotografia local e nacional para debater os mais diversos aspectos da fotografia. Quais as maiores emoções que o senhor viveu na Aphoto? As grandes emoções foram as homenagens: uma placa ao legendário fotógrafo brasileiro Evandro Teixeira e ao fotógrafo Valdemir Germano, que trabalhou por mais de 65 anos com fotografia no Grande Ponto natalense. Durante a confraternização de final de ano da Aphoto, a entidade entrega o “Troféu LambeLambe de Fotografia” como reconhecimento do valoroso trabalho por parte daquelas pessoas que prestaram serviços voluntários para a entidade. Essa é uma emoção que a realiza desde o primeiro ano do mandato. Outro grande contentamento foi quando a gente ganhou a permissão de utilizar o box 38 do Mercado de Petrópolis como nossa sede, um lugar onde possa reunir a história da Aphoto e também serve como ponto de referência da entidade e que todos os sócios possam visitar e conhecer um pouco da vida aphotista.

Jailson. Nós dois escolhemos cada personagem que fará história dentro da entidade e vai contribuir com melhorais da fotografia praticada no Rio Grande do Norte. Afinal, qual o papel da Aphoto no cenário da fotografia potiguar? A Aphoto está aberta para contribuir com a qualidade da fotografia praticada no Rio Grande do Norte. Promover workshops, cursos, oficinas, expedições, palestras, debates e tudo que possa se relacionar com o aprendizado da fotografia, a Aphoto está fazendo a ligação desses eventos com seus sócios. A Aphoto não quer concorrer com nenhuma outra entidade ligada a fotografia do Estado, seja amadora ou profissionais. Pelo contrário. A Aphoto quer se unir com outras pessoas ou entidades para democratizar o conhecimento fotográfico, assim, criando uma grande teia da fotografia potigar. Quais são as vantagens em ser sócio aphotista? Só pelo fato de o fotógrafo (a) está sendo representando por uma entidade de classe já é motivo para sentir-se orgulhoso. Quando alguém se filia em nossa entidade, o sócio aphotista sabe que terá toda uma estrutura para acolhêlo e defendê-lo em qualquer estância. Além do mais, a entidade busca fazer convênios com empresas para criar descontos na aquisição de equipamentos, serviços ou cursos de qualificação. Em eventos promovidos pela Aphoto, o sócio não paga nada. Como é o caso do nosso projeto “City Photo”, no qual a Aphoto faz convênio com um município para que a municipalidade possa fornecer transporte, guia e alimentação para os aphotista. Em contrapartida, alguns sócios cedem fotografias dos lugares visitados ao município. Quando acontece outros evento onde

há despesas para a Aphoto, os sócios sempre têm os preços diferenciados, pagando bem menos que os não-sócios. A maior conquista do sócio aphotista dentro da Aphoto é o direito dele ter “voz, vez e voto”. Como se tornar um sócio da Aphoto? De acordo com nosso Estatuto (Lei que rege a entidade), qualquer fotógrafo (amador ou profissional), que tenha residência no Rio Grande do Norte e pagar uma anuidade, pode ser um sócio aphotista. O fotógrafo tem que ter um curso de fotografia, pelo menos um curso básico. O sócio aphotista ganha uma Carteira de Sócio faz um juramento para respeitar o Estatuto.

Quais as perspectivas da diretoria para a próxima gestão que se inicia em 2014? A Aphoto teve muita sorte em formar uma grande diretoria para os três próximos anos. Eu boto muita fé que a presença de Canindé Soares como vice-presidente da entidade, vai criar uma ligação direta com os profissionais do fotojornalismo, para, demonstrando a importância da união entre profissionais e amadores avançados em torno da Aphoto. Os demais diretores foram escolhidos a dedo e cada um deles têm uma importância estratégica dentro da Aphoto. Da antiga gestão, veio eu, Céres e FOCO POTY 5


Lívio Oliveira Procurador federal e escritor livioliveira@yahoo.com.br

Fotografar é ser poeta! á tempos que sou um amante e um amador, um diletante fiel e entusiasmado da fotografia. Acredito até que tenho alguma boa intuição, um olhar interessante e certeiro para a figura a ser registrada pela máquina em interação e arranjamento com o corpo e com as nossas sensibilidades e inteligências. Infelizmente, por algum descuido meu e por falta de disciplina adequada, ainda não me aprofundei como deveria nas técnicas e demais conhecimentos que envolvem a arte de fotografar, algo que as boas escolas e associações – tais como a Aphoto – têm se disposto a colaborar no aperfeiçoamento. Ou seja: eu podia ser um fotógrafo amador bem menos amador e muito mais amante.

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No entanto, quero fazer antes a minha defesa aqui afirmando que já participei de alguns eventos maravilhosos dessa associação mais do que especial. Pude constatar e confirmar, in loco, a felicidade de transformar um momento – a princípio individual e de isolamento para a captura da foto – num congraçamento e intercâmbio harmoniosos com diversas outras pessoas que compartilham da paixão pela fotografia. Minha pena, portanto, resta diminuída em face desses pontos positivos no meu currículo. Ademais, a minha simpatia cresce porque capitaneando essa entidade está um amigo de velhas datas e muitos bons momentos vividos em parceria: Alex Gurgel é um dínamo, um sujeito que mergulha de corpo e alma nas coisas que faz e está sempre motivado e motivando todos os que estão

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próximos. É um animador dos melhores e não se cansa jamais de repassar seus conhecimentos de maneira generosa, afetiva e plena de humor a todos que a ele recorrem. Por isso só me dá tristeza quando penso nas oportunidades de viagens e excursões fotográficas que perdi ao longo da existência dessa entidade. Claro que quero receber muitas outras lições, além daquelas que já tive com Alex e com os demais aficionados que compõem esse grupo que já se firma positivamente na história da fotografia e na fotografia da história potiguar. Pretendo me (re)organizar para tanto.

Logo que eu reordenar horários, atividades e responsabilidades concorrentes que mantenho em minha vida, buscarei a meta já antiga de me aperfeiçoar nessa arte da fotografia que, em suma, é fazer poesia (algo que amo profundamente) com os próprios olhos, é escrever poemas com a retina e o instrumento posto diante do objeto a ser fotografado ou, em derradeira análise, poetizado. Sensibilidade essencial se desata para captar a beleza que, às vezes está expressa, às vezes oculta, mas sempre se mantém em meio às paisagens todas, ares, mares, rios, florestas, cidades... ou nos escaninhos mais misteriosos das intimidades humanas. Fotografar é fazer poesia. E essa turma faz poesia só da boa nos cliques que se repetem e se multiplicam pelo RN e em outras fronteiras. Viva a Aphoto! Viva a fotografia e os fotógrafos (profissionais ou amadores) do Rio Grande do Norte! Viva a fotografia porque também é poesia!

HOMENAGEM

De fundador à presidente de honra da Aphoto A diretoria executiva da Aphoto resolveu homenagear Adrovando Claro pelos relevantes serviços prestados à Associação Potiguar de Fotografia uando jovem, andava sempre com uma câmara Kodak Instamatic 11, que ainda guarda de lembrança, registrando cenas “bressonianas”, assim como um certo mestre francês. Quando ele se deparou com a fotografia em sala de aula, na UFRN, ficou encantado com as várias possibilidades da luz. “Naquela época, ainda era o filme preto e branco que reinava no fotojornalismo e fui gostando de aliar a arte com a notícia em forma de fotografia”, afirmou Adrovando Claro, um dos fundadores da Aphoto, lembrando dos seus primeiros contatos com a fotografia.

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Na Universidade, ele se juntou à Canindé Soares e Fernando Pereira para criar o lendário jornal de fotografia “O Foco”, que circulou por mais de três anos e marcou a história da fotografia do RN. Segundo Adrovando, o jornal era dedicado a cobrir tudo que acontecia na fotografia do Estado e disse que era 3um trabalho árduo, mas gratificante. “Nessa época, havia uma efervescência em torno da fotografia, quando começou a ser comemoradas datas como o Dia Mundial da Fotografia, além do surgimentos dos primeiros coletivos fotográficos”, disse. Por volta de 1995, a “galera cult” natalense circulava na Cidade Alta

no Espaço Cultural Babilônia, do fotografo paulista Aires Marques. Conforme Adrovando, ele resolveu fechar o Babilônia e voltou para a Itália, houve uma espécie de “apagão” nos eventos fotográficos. No início de 2003, os fotógrafos Rogério Marques, Richardson Santana, Moisés Lustosa e Adrovando Claro, resolveram criar uma associação cultural voltada para fotografia afim de retomar toda as discussões culturais em torno da fotografia. Então, nasceu a Apofoto (Associação Potiguar de Fotografia). Uma nova luz para a Aphoto

A nova entidade funcionou por pouco tempo, até entrar no que Adrovando chama de “inércia fotográfica” por vários anos. “Até que em 2008, eu convidei vários fotógrafos para reerguer a Associação e entre eles, o Alex Gurgel que deu uma vida nova, reformulou a entidade e definiu o nome como Aphoto em Assembleia Geral”, afirmou. Ele ressalta que durante esse tempo, “as mudanças foram acontecendo naturalmente, tanto a nível de organização interna e t a m b é m conforme as

oportunidades foram surgindo e sempre para melhorar a trajetória da entidade”.

A próxima gestão da Associação Potiguar de Fotografia não terá Adrovando na direção da entidade. Porém, Adrovando se tornará o “Presidente de Honra” da Aphoto, um reconhecimento pela sua dedicação à Aphoto e também à Fotografia Potiguar. “Para mim é uma honra, um reconhecimento por toda essa luta em prol da fotografia cultural. Agora vou me dedicar a alguns projetos pessoais que têm outras abrangências e necessitam de muita dedicação”, disse.

Adrovando Claro é Presidente de honra da Aphoto

Foto: José Ramalho

ARTIGO

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SOCIAL

FILIAÇÃO

Torne-se um sócio aphotista

Ações realizadas pela Aphoto no RN - Site da Aphoto: www.aphoto.art.br - Entidade reconhecida como de “Utilidade Pública Municipal”, título concedido pela Câmara Municipal de Natal. - Aquisição de uma sede própria, localizada no Mercado Municipal de Petrópolis, Natal RN. - Lançamento do jornal “O Aphotista”, com edição de 6.000 exemplares. - Realização do “Foto Riografia do Norte”, dois dias inteiros para discutir a fotografia com debates e fóruns. - Homenagem com uma placa fotógrafos importantes como: Evandro Teixeira, Valdemir Germano e Canindé Soares - Co-produtora do Concurso Fotográfico “Por do Sol no Potengi”, em parceria com o Iate Clube de Natal. - Realizadora do Concurso Fotográfico “MPBeco em Foco”, em parceria com o Festival de Música do Beco da Lama. - Organizadora da exposição macro fotográfica “O Mundo Pequeno de Pedro Morgan”, que aconteceu no Nalva Melo Café Salão, na Ribeira. - Organizadora da exposição “Espetáculo das Águas” De Canindé Soares, realizada em Nalva Melo Café Salão, Na Ribeira. - Organizadora da exposição fotográfica coletiva “Crianças”, em parceria com o SESC, realizada no restaurante do Sesc da Cidade Alta. - Coprodutora da exposição fotográfica “Luz em Natal de Ontem”, do arquiteto Dijah Junior, ocorrido no Solar Bela Vista, na Cidade Alta. - Entrega do Troféu “Lambe-Lambe de Fotografia”, durante a confraternização do final de ano, para aquelas pessoas que mais contribuíram com trabalho voluntário para a entidade. 8 FOCO POTY

Dentro da concepção de agregar todos os fotógrafos potiguares (amadores e profissionais) para fortalecer a categoria, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) começa uma nova campanha de filiação, abrindo as portas da entidade para novos sócios, abrangendo todo o território do Rio Grande do Norte.

A Aphoto atua de forma contundente para o desenvolvimento da fotografia potiguar.

- Realização do 1° Passeio Fotográfico de Natal, através da Ponte Newton Navarro sobre o Rio Potengi, celebrando o Dia Mundial da Fotografia (19 de agosto); - Participação da Aphoto: Encontro Norte Nordeste de Fotografia (ENNE-FOTO), em Belém PA; Fórum Nacional de Cultura, em Brasília DF; II Encontro da Rede de Produtores Culturais de Fotografia no Brasil, Fortaleza CE; 2° Congresso Nordeste de Fotografia, em Aracajú SE; 7° Fest Foto Poa, em Porto Alegre RS; 9° Paraty em Foco, cidade histórica de Paraty RJ; Maratonas, Passeio e Expedições Fotográficas

- Feijoada Fotográfica, no Bardallos, Centro Histórico de Natal; - Sarau Fotográfico, no Dom Kebab, em Ponta Negra; - Arraiá da Aphoto, no Restaurante Bar Original, na Avenida Prudente de Morais; - Abraço ao Maior Cajueiro do Mundo, em Pirangi; - Oficina de Diagramação de Livros de Fotografia, Livraria Siciliano, Shopping Midway Mall; - Expedições fotográficas de dois em dois meses.

para votar e ser votado nas eleições da entidade. Em todos os eventos realizados pela Aphoto, o sócio será sempre o objetivo principal.

Para ser um aphotista é preciso efetuar o cadastro e pagar R$ 120,00 (cento e vinte Reais), já incluído a Carteira de Sócio. O sócio poderá fazer um depósito na conta da Associação Potiguar de Fotografia, na Para ser um sócio aphotista, basta morar no RN, Caixa Econômica Federal. Depois, tem enviar o ter concluído um curso de fotografia (pelo menos comprovante de depósito ao Diretor Financeiro, o curso básico) e ser o proprietário de uma câmera Jailson Fernandes, através de e-mail. fotográfica (qualquer câmera) e pagar a anuidade da entidade. Porém, o maior pré-requisito é gostar de fotografia e estar disposto a participar dos eventos Caixa Econômica Federal para depósito: promovidos pela Aphoto. Associação Potiguar de Fotografia Agência: 0034 O sócio aphotista tem todos os privilégios dentro Operação: 013 da associação, sendo as mais importantes vez, voz Conta: 24158-7 e votos nas reuniões ou assembleias que discutem CNPJ: 10.396.751/0001-22 os caminhos da Aphoto. O sócio também está apto Jailson Fernandes: jailson.oliveira@hotmail.com


ELEIÇÕES 2014

Nova Diretoria da Aphoto

Com a direção executiva completamente renovada, a Aphoto pretende desenvolver um trabalho bem maior do vem sendo feito um processo eleitoral sem oposição, foi aclamada eleita a nova diretoria da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), no início de dezembro de 2013, que vai gerir os destinos da entidade nos três próximos anos (de janeiro de 2014 à dezembro de 2016). Da antiga gestão só alguns guerreiros continuam na luta, o presidente Alex Gurgel, o diretor financeiro, Jailson Fernandes e a diretora de pesquisa, documentação e patrimônio, Céres Frauendorf.

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Foto: AG Sued

O renomado fotógrafo Canindé Soares aceitou ao convite para integrar a nova diretoria executiva da Aphoto com o cargo de vice-presidente. Como profissional na fotografia há mais de três décadas, Canindé Soares é uma prova que a entidade está aberta para os fotógrafos profissionais e amadores que atuam em Natal. “Espero representar a Aphoto da melhor forma possível”, declarou Canindé.

Com uma missão de fazer fluir a comunicação da Associação Potiguar de Fotografia, o jornalista/ fotógrafo Elias Medeiros é o nome certo, escolhido por unanimidade pela simpatia e fala fácil. O diretor de cultura será o jovem Davison Cavalcante e Céres Frauendorf como diretora de Pesquisa, Documentação e Patrimônio. Como secretário geral, o fotógrafo Brunno Antunes pretende segurar a responsabilidade do cargo nos próximos três anos.

Ainda faz parte da Diretoria Executiva da Aphoto, um Conselho Fiscal reunindo mais cinco pessoas, sendo três titulares e dois suplentes, que têm a missão de fiscalizar as contas da entidade. Os conselheiros titulares são: Sérgio e Goretti Mendonça, além da fotógrafa Nery Nobre. Os conselheiros suplentes são os aphotista Lenilson Nazário e Sarah Vieira. Segundo o presidente da Aphoto, Alex Gurgel, as pessoas que compõem a Diretoria Executiva da entidade foram escolhidas, pela competência profissional na área de fotografia (profissional ou artística) e sua dedicação à Aphoto. “Tenho certeza que formamos um time vencedor e vamos ajudar no desenvolvimento qualitativo da Fotografia Potiguar através das ações da nossa Associação. Todos estão convidados a construir a entidade juntos”, disse o presidente.

Diretoria Executiva da Aphoto

Presidente | Alex Gurgel Vice-Presidente | Canindé Soares Secretário | Brunno Antunes Tesoureiro | Jailson Fernandes Diretor Cultural | Davison Cavalcante Diretor de Comunicação | Elias Fernandes Diretor de Pesquisa, Documentação e Patrimônio | Céres Frauendorf Conselho Fiscal

Membros efetivos Sérgio Mendonsa Gorete Mendonsa Nery Nobre Suplentes

Da direita para a esquerda: Canindé Soares, Elias Medeiros,Sérgio e Goreti Mendonsa, Alex Gurgel, Jailson Fernandes, Brunno Antunes e Davison Cavalcante.

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Lenilson Nazário Sahra Vieira


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mercado e os amigos o chamam de “Onipresente” que significa está em todos os lugares ao mesmo tempo. De onde será que vem tanta vitalidade de uma pessoa com 53 anos de idade, que tem como atividade principal o amor pela fotografia? Canindé Soares é profissional na fotografia há 35 anos e já adquiriu credibilidade suficiente para servir como referência para jornalistas, colunistas, blogueiros e editores, em busca de fotografias e informações para seus espaços na imprensa potiguar e nacional.

consequentemente, a burocracia para cumprir o dever fiscal”, afirma o vice-presidente da Aphoto. Canindé investe em marketing pessoal, onde tem mais de 15 mil seguidores no Twitter , mais de 10 mil no Facebook (Fan Page) e quase

Um em pre en de do rd es on ho s

Diariamente ouvimos falar em empreendedorismo, baseado na organização e rendimento do trabalho, além da formação de uma empresa individual que possa trazer segurança e agilidade fiscal para o profissional solidificar a sua marca e o respeito dos concorrentes. Canindé se sinte um empreendedor natural. “Sou avesso a burocracia, papéis, assinaturas de contrato e captação de recursos para finalizar qualquer obra minha. Mesmo como empreendedor individual, é necessário a formalização e,

Ca Fo nindé ser togr Soa co ve d afia P res é me e e ot um çan xem igu d do pl ar e os n . o p su om ara a d es mu edic ma ito açã is fe s jo o ven pel stejad s q a fot os ue og da est rafi ão a

Fotos: Elias Medeiros

PERFIL

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Por: Elias Medeiros Jornalista, fotógrafo e blogueiro

4 mil no Instagram, além de amizades com pessoas de todas as classes sociais da sociedade potiguar. O fotógrafo/empreendedor conseguiu vender mais de 1.500 unidades, da 2ª edição do seu terceiro livro “Natal por Canindé Soares”, mostrando o lado forte de empreendedor que sabe usar as redes sociais muito bem e conseguir mídia espontânea para a publicação de seu livro. “Na fotografia, vista como empreendedorismo, o fotógrafo tem que investir em conhecimentos, capacitação, além de atualizar seus equipamentos de trabalho de acordo com a tecnologia”, disse, ressaltando que o mais importante é o fotógrafo

gostar do que faz para fazer bem feito. Seus mestres na fotografia foram Clício Barroso, Evandro Teixeira e Orlando Brito. Em Natal, Canindé confessa abertamente que sofreu uma forte influência da fotografia de Giovanni Sérgio, sua inspiração na produção de fotos de paisagens e belezas naturais do nosso Rio Grande do Norte Como empresário, Canindé se sente bem em poder delinear seu ritmo de trabalho, citando que já trabalhou em redação de jornais e revistas, já teve patrões. Hoje, Canindé gosta de trabalhar como “freelance”, fazendo trabalhos para assessorias de imprensa e várias publicações locais e nacionais. “O meu escritório são os lugares que visito e onde retrato as paisagens, cotidiano, pessoas e a cultura”. Ele garante que cerca de 30% da renda provém da venda de fotografias do banco de imagem pessoal, os outros 70% vem do trabalhos diários de assessoria de imprensa, que ele pública no blog: www.canindesoares.com FOCO POTY 13


Foto: Elias Medeiros

dvogada, procuradora do Estado e Aphotista, Leila Cunha Lima, tem em seu DNA na fotografia que exerce com maestria em seus horários de folga e lazer, nas viagens que faz com a família e amigos pelo Brasil e diversos cantos do mundo. Entusiasmo e empolgação são as marcas do seu estilo, inspirado em dois grandes expoentes nacionais: Araquém Alcântara e Luiz Claudio Marigo, especialistas em fotografias de natureza, animais raros e espécies em extinção.

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Procuradora e fotógrafa Leila da Cunha Lima

e da fauna e flora do pantanal. Em 2013, foi a última exposição com o tema “Voar é o seu Destino”, na Pinacoteca do Estado,.

Competente e talentosa, quando Leila Cunha Lima deixa o mundo jurídico entra de corpo e alma onde aflora a paixão e faz uma incursão pelas belezas naturais dos lugares que visita, catando tudo com suas lentes. Com a sutileza de uma profissional, ela a linguagem fotográfica para fazer ate e expõe em galerias de Natal. “Meu pai, o poeta Diógenes da Cunha Lima, foi o meu grande incentivador, e com ele aprendi a falar de poesia e ter a visão fotográfica Segundo Leila, o seu primeiro contato que tenho hoje, onde posso retratar a com a Associação Potiguar de Fotografia vida”, declara. (Aphoto) se deu através da participação em palestras onde encontrou vários Apesar de muito ocupada, Leila amigos que amam a arte de fotografar. “ A encontrou tempo para lançar seu fotografia potiguar é de alto nível e ganha primeiro livro de fotografia, intitulado destaque a cada ano. Com a tecnologia “Flores que Encantam o Brasil”, que teve digital e as redes sociais, a visibilidade pré-lançamento na maior feira literária do nosso trabalho ganha mais espaço e do mundo, em Frankfurt na Alemanha, rompe fronteiras”, afirmou. e deu início a uma nova fase em sua carreira. “Recebi a contribuição especial O trabalho de Leila está muito distante do do meu pai, onde conseguimos unir amadorismo, mesmo tendo a fotografia natureza e poesia, numa linguagem de como hobby, transmitido em trabalhos expressão e arte. Carrego esse projeto anteriores que realizou através das como um filho, o primeiro de muitos que exposições “Mar e Flor”, em 2010; “África estão por vir”, concluiu. do Sul”, em 2011, e em 2012 veio “Salve a Amazônia!”, com registros da Amazônia Fotos: Leila Cunha Lima

Por: Elias Medeiros | Jornalista, fotógrafo e blogueiro

Entre um processo e outro, Leila Cunha Lima dedica seu tempo para fazer o que mais gosta: fotografar

Jurista com DNA na fotografia

DIREITO E FOTOGRAFIA

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AVENTURAS

Alex Gurgel Jornalista, professor, fotógrafo e presidente da Aphoto

Foto: Elias Medeiros

EXPEDIÇÕES E MAIS EXPEDIÇÕES Fotos: Alex Gurgel

rupos formais e informais de fotografias estão espalhados por todo canto. Uma das principais atividades é a saída fotográfica, ou, expedição fotográfica, como costumam chamar. Saída ou expedição, o objetivo é único: fotografar muito. Normalmente, as expedições fotográficas da Aphoto reúnem cerca de 50 pessoas, que viajam confortavelmente e na segurança de ônibus novos.

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Com a garantia de sol e céu limpo o ano inteiro, o Nordeste se transforma em cenários

Fotógrafos aventureiros desbravando o Pico do Cabugi

perfeitos para várias expedições fotográficas que ocorrem ao longo do ano, mesmo em períodos chuvosos ou tempos de seca. Praia e sertão são os destinos mais óbvios para se fotografar, mas a diversidade cultural e as belezas naturais explodem a cada passeio realizado pela Associação Potiguar de Fotografia.

As expedições fotográficas acontecem, em média, de dois em dois meses, reunindo fotógrafos profissionais e amadores, que fotografam por hobby. Para não ficar muito tempo dentro de ônibus e na estrada, a organização das expedições decidiu não viajar para um destino com mais de 250 km de distância. A expedições são no estilo bate-e-volta, saindo às seis da manhã do Centro Histórico de Natal e retorndo após fotografar o pôr do sol em algum lugar. Olinda, Recife, Pedra do Ingá, João Pessoa, Pedra da Boca, Barra do Cunhaú, Brejo Paraibano, Canguaretama, Praia da Pipa, São Miguel do Gostoso, entre outros destinos, já foram explorados pelos aventureiros aphotistas durante as expedições fotográficas. “Passamos um dia inteiro fotografando as paisagens e conhecendo novos lugares. Não há nada melhor pra quem é apaixonado por fotografia”, disse Jailson Fernandes, diretor financeiro da Aphoto.

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costumam reunir cerca de 150 pessoas em cada sarau. Segundo Jailson, em todos os passeios da Aphoto, os sócios tem um preço diferenciado em relação às tarifas cobradas aos não sócios. Aventuras Fotográficas no Pico do Cabugi

Um grupo de fotógrafos escalaram um dos pontos mais alto do Rio Grande do Norte, no “1º Off-road Fotográfico”, organizado pelo fotógrafo Canindé Soares que reuniu uma galera de fotógrafos potiguares e se aventuram numa escalada ao Pico do Cabugi, formação geológica de aspecto vulcânica com mais de 600 metros de altura acima do nível da planície central do interior do Rio Grande do Norte, no município de Lajes, distante 170 km de Natal. Os fotógrafos levaram barracas, comidas e proteção para suportar o frio e esperar a melhor luz no alto do Pico do Cabugi. Expedição Fotográfica Noturna

Como Natal é uma cidade que celebra o “Natal em Natal” e a época natalina a cidade se veste de cores e luzes nas ruas e nas fachadas das casas e lojas, a Aphoto reúne sócios e a comunidade fotográfica natalense para uma Expedição Fotográfica Noturna, todos os anos. Apesar de as fotos circularem nas redes sociais mostrando Natal como cidade luz, a própria Prefeitura de Natal criou um prêmio Logo depois das expedições, a Aphoto reúne os em dinheiro para as fachadas mis iluminadas de participantes, amigos e familiares para o “Sarau lojas, mas não criou nenhum apoio para mostrar Fotográfico” onde são projetadas as imagens as imagens. Depois que passa o período de festa, captadas durante a última expedição. As reuniões somente as fotos podem contar a história do natal acontecem em restaurantes ou bares de Natal e que passou.

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Aphoto celebra o Dia Mundial da Fotografia

DIA DA FOTOGRAFIA

Fotografando pela ponte Newton Navarro

A celebração da data é um requisito estatutário que a atual gestão da Aphoto faz questão de respeitar. Durante os últimos 10 anos, a entidade não deixou nenhum ano passar em branco, comemorando avidamente a data junto a comunidade fotográfica potiguar.

Com uma caminhada através da Ponte Newton Navarro, cruzando o Rio Potengi, centenas de fotógrafos comemoraram o Dia Mundial da Fotografia em Natal.

Varal fotográfico, expedições, lançamento de livros, feijoada fotográfica, exposições individuais e coletivas, projeção de fotos, saraus fotográficos, leitura de portfólio, caminhada, entre outros eventos são realizados pela Aphoto durante os últimos dez anos para fomentar a fotografia cultural praticada nas Terras de Poty.

de agosto se comemora o Dia Mundial da Fotografia. Pelo décimo ano consecutivo, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) reuniu cerca de 200 fotógrafos (dados da Polícia Militar do RN) para fazer uma caminhada através da ponte Newton Navarro cruzando o Rio Potengi até o Ponte Newton Navarro para Mercado da Praia da Redinha. fotografar lugares históricos de Nos derradeiros 10 anos, em Natal, a Natal como o Forte dos Reis Aphoto comemora o Dia Mundial da Magos, a Praia da Redinha, Fotografia, reunindo sócios e amantes Dunas de Genipabu, Canto do da Fotografia em eventos importantes. Mangue, Praia do Y, além do Ao longo dos anos, a Aphoto já majestoso Rio Potengi.

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realizou expedições, maratonas, varaus, exposições, homenagens, passeios, debates, palestras, etc, sempre pensando em marcar a data para reflexão sobre a importância da Fotografia.

A 1° Caminhada Fotográfica de Natal juntou um público eclético, onde o passeio era pretexto para as pessoas se confraternizarem enquanto se dirigiam ao Mercado Municipal da Redinha. “A Caminhada Fotográfica foi um sucesso porque reuniu muita A banda de frevo do Maestro Duarte foi gente, sócios e amigos, que acreditam animando a galera e puxando a multidão no poder da imagem para unir as com seus acordes através das águas do ideias”, disse Alex Gurgel, presidente Potengi. Enquanto caminhavam, os da Aphoto. fotógrafos aproveitavam o visual da 18 FOCO POTY

Caminhada reuniu mais de 200 fotógrafos profissionais e amadores em uma grande confraternização pelo Dia Mundial da Fotografia.

Fotógrafos natalenses aproveitaram o dia de sol para fazer fotos em cima da ponte Newton Navarro, fotografando a Redinha e o Forte do Reis Magos.

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Sérgio Vilar Jornalista e blogueiro

COTIDIANO

O Grito da Fotografia Potiguar

Fotógrafos potiguares foram destaques no FotoRio

A Aphoto está na luta para viabilizar o Salão da Fotografia Potiguar, agregando as várias tendências da fotografia contemporânea norte-rio-grandense

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processo com o pleito já corre nos corredores da Assembleia Legislativa. O Dia Nacional a Fotografia já é comemorado em 8 de janeiro. E o Dia Mundial, em 19 de agosto. A data escolhida para celebrar o Dia Potiguar da Fotografia foi 26 de setembro.

“Não há política pública específica para a Fotografia. O orçamento federal é destinado ao Audiovisual ou Artes Visuais. Só o cinema abocanha 85% dos recursos”, lamentou o presidente. Uma das ideias da Rede Poti de Fotografia é a criação de uma Casa da Fotografia. Espaço para exposição, lançamento de livros, e principalmente um ambiente climatizado para acervo fotográfico impresso e digital, responsável pela memória fotográfica da cidade.

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Jornalista Pinto Jr. entrevista o presidente da Aphoto, Alex Gurgel.

Foto: Alex Gurgel

Com a curadoria de Eirk van der Weijde e a apresentação de Numo Ramo, a exposição foi dividida em cinco partes, contendo cada uma delas quatro fotografias que mostrou a transitoriedade, tanto no fazer como no pensar a fotografia. Essa Transitoriedade da cena contemporânea potiguar estava representada no conjunto das vinte obras expostas no FotoRio 2013.

De acordo com Alex Gurgel, a data rende homenagem à provável primeira fotos tirada no Rio Grande do Norte. A autoria é do alemão Bruno Bourgard. Ele veio do Recife e clicou a imagem de flagelados da seca reunidos em frente à casa do então governador Tavares de Lira, na subida da Junqueira Aires – hoje o prédio abriga o Solar Bela Vista. A foto é datada de 1905.

Depois da criação das Redes Potiguares de Música, e da formação das Redes de Teatro e Cinema, fotógrafos têm se articulado em torno da Rede Poti de Fotografia – uma espécie de braço da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. A intenção é acompanhar a tendência nacional de O presidente da Aphoto fez algumas palestras e deu independência do setor nos meandros culturais. algumas entrevistas mostrando o ponto de vista dos movimentos nacionais, orientando que a Fotografia “A fotografia é a mãe do cinema e prima mais velha se torne um setorial forte e independente na cultura das artes plásticas, da pintura. É um segmento nacional. “A Fotografia é uma linguagem muito cultural que irá completar 200 anos. Merecemos abrangente e deve ser tratada de forma especial mais atenção. Queremos um Salão da Fotografia, para que possamos discutir todos os meandro e não concorrer junto com esculturas e todo tipo dessa demanda”, disse o presidente em entrevista de pinturas no Salão de Artes Visuais”, reclama ao jornalista Pinto Junior, no programa Conexão Alex Gurgel, presidente da Associação Potiguar de Potiguar, da TV Bandeirantes, em Natal. Fotografia.

A Aphoto também está na batalha burocrática para criar o Dia do Fotógrafo Potiguar. Um

Um grupo de 20 fotógrafos norte-rio-grandenses fizeram parte de uma exposição de fotografia intitulada “A Transição – do Tradicional ao Contemporâneo”, que ficou em cartaz no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, fazendo parte do “FotoRio 2013” (Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro). A mostra ficou em cartaz durante 25 dias.

Entre os fotógrafos selecionados estava o presidente da Aphoto, Alex Gurgel, que participou do edital de seleção, concorrendo com outros artistas que foram selecionado. Além do presidente da Aphoto, foram selecionados: Henrique José, Jean Lopes, Ricardo Junqueira e Zé Frota, Alex Régis, Ana Silva, Carla Belke, Elisa Elsie, Helena Maziviero, Mariana do Vale, Pablo Pinheiro, Paula Geórgia Fernandes, Rodrigo Menezes, Rodrigo Sena, Sarah Fernandes Ribeiro, Sonia Figueiredo, Tássio Ribeiro. O que é o FotoRio?

Foto: AG Sued

magem é tudo”. A frase virou quase aforismo. E antes valorizasse o segmento da fotografia. E produtores fotográficos nem querem “tudo” com suas imagens. Um movimento nacional já com braços articulados em Natal reivindica apenas uma cota específica na hora da divisão do bolo do orçamento destinado à cultura.

FOTO-CULTURA

O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro – comemorou os dez anos de atividades – reforçando seu objetivo de valorizar a fotografia como bem cultural, dando visibilidade aos grandes acervos e coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira, através de exposições, projeções e intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras e conferências. De acordo com o organizador Milton Guran (antropólogo e fotógrafo), a intenção é destacar, através de um evento de porte internacional, a importância da fotografia na comunicação e na vida social contemporânea. “O FotoRio é um movimento de fotógrafos que atua como agente aglutinador, estimulando a exposição e discussão de trabalhos históricos e contemporâneos da fotografia brasileira e internacional”, esclarece Milton. FOCO POTY 21


Entrevista com Francisco de Assis Varella Barca, o Chico Canhão Por: Adrovando Claro e Alex Gurgel

Professor de fotografia publicitária, fotojornalismo e expressão em fotografia, uma universidade particular de Natal, astrônomo, fotografo, avaliador de gemas, artista visual e colecionador de equipamentos antigos de revelação de fotografia, Chico Canhão é a história viva da fotografia potiguar.

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Qual o seu primeiro contato com a fotografia? A fotografia sempre esteve presente na minha vida. Na prática, eu comecei fazendo uma “máquina” com uma lente biconvexa e fotografava com papel fotográfico, aparas de papel, os quais, junto com o revelador e fixador, eu comprava no foto perto de casa. Comecei a fotografar com um telescópio, um Saint Etiène, de 1.600 mm, com abertura de aproximadamente F 11. Colocando o filme cortado numa caixa de fósforos, eu e o Joel Camara de Carvalho usávamos para fazer fotos da lua, fotos astronômicas, algumas das quais foram publicadas na Tribuna do Norte. Qual o fascínio que a fotografia exerce até hoje em você? A imagem ainda não perdeu o seu status de sombra, isto realmente me fascina. Como você enxerga as ações da Aphoto? A Aphoto tem um caráter fotoclubista, cuja principal característica é o uso da técnica para produzir imagens impactantes, com projetos quase coletivos. Mas, temos neste grupo um amadurecimento progressivo, destacam-se alguns dos seus membros em produções individuais.

Foto: Giovanni Sérgio

Um decano aphotista cheio de história

em si, e de imagens automáticas passassem a ícones do seu trabalho. Temos imagens, algumas apenas na memória, do Jaeci, com suas paisagens retratos do Jorge Mário, com a sua luz natural, uma marca registrada dele, facilmente identificáveis pelo específico uso da luz, pelo retoque e câmeras de estúdio. Lolita, Grevy, Manuelito, o José Zeselito, este último talvez o maior de todos, com sua formação clássica, os itinerantes que por aqui passavam e ficavam por temporadas, Emílio do Valle, com seus retratos virados à quente. Atualmente, quem você destacaria na fotografia potiguar? Aqui estamos em uma nova época, novos modos de pensar a realidade e vivê-la. Livros são publicados e o universo das imagens, à exemplo “de você aperta o botão e nos fazemos o resto,” ou mesmo do domínio da técnica pela câmara, com seus automatismos pós 50 até os dias de hoje, volta a se expandir com as redes sociais, nas publicações e leituras de milhões de imagens que circulam, no mundo da foto numérica, inundando e banalizando ou não sua produção. Temos sim, dezenas de fotógrafos, nas mais diversas áreas e citálos aqui é sempre cair na fenda da injustiça.

O que seria preciso melhorar? Apesar da contribuição para o desenvolvimento da fotografia no RN, com seus cursos, suas excursões, workshops, festivais, pode avançar ainda mais no campo da criação e desenvolvimento de projetos voltados para a produção artística. Em sua opinião, quais os grandes fotógrafos potiguares que você já viu com qualidade na produção de fotografias? A cada nova tecnologia cabe um novo modo de fazer, um novo olhar, e cada época traz profissionais ou mesmo artistas que a marcam pelo seu modo especial de produzir. Nas diversas áreas da produção imagética, essencialmente na fotografia, vemos os que sempre tiveram os seus insghits, aqueles que permitiram que suas fotos permeassem o limite do documento

me e não só me dispus, como era um sonho que sempre me acompanhou, difundir a fotografia no RN. Foi fantástico, e ainda dentro da hegemonia do analógico, com seus filmes, seus químicos e suas imagens em prata sobre papel. Trabalhávamos a questão teórica, a questão técnica e os processos criativos, fundamentais para o curso. Renovamos o estúdio, e os nossos trabalhos eram realizados como projetos contidos na realidade da fotografia publicitária e jornalística, desde o estúdio, as produções locação, as pesquisas dentro dos temas discutidos. Uma rica experiência, com tudo que ela nos trouxe. Color ou p&b? Como disse o David Zing em 1971, “a realidade é preto e branco...”. Mas cor, claros e escuros, as texturas reais dos suportes, tudo é imagem, e para ela não podemos criar limites. Repito, o único limite é a falta de criação. Equipamento faz diferença? Faz sim. Dá-nos a ilusão que não precisamos pensar e nem criar.

O que acha da era digital? Uma nova tecnologia que ainda usamos para construir imagens como em 1935, só que muito mais rápido. É um novo olhar, Como você vê a qualidade da até um novo gesto, muitas imagens são fotografia produzida no RN? construídas fora do olho, com os braços Hoje, nós temos uma excelente produção estendidos, um retorno ao despolido. fotográfica e numérica, mas como a arte Falta-nos redescobrir o ato fotográfico, passa pelo reconhecimento histórico, o ato de ver diferente, de usar a imagem veremos o que a história terá para dizer digital sem pudor, sem atavismos. aos que virão. Como foi sua experiência como professor de fotografia e onde você lecionou a disciplina? Eu fazia pequenas oficinas no Babilônia, um centro cultural em Ponta Negra, um trabalho do Ayres Marques Pinto e Gigliola, uma italiana de Loreto, sua mulher. Conhecia Carlos Lyra, que foi meu professor num curso de fotografia e cinematografia no INPE, e ele me indicou para ensinar no Departamento de Comunicação da UNP. João Maria, na época coordenador do Departamento, contatou-

Pra onde caminha a fotografia potiguar? Sempre caminhou,e se hoje faz parte do caudal de imagens do mundo, é graças aos novos meios de comunicação social. A Aphoto reúne os que desejam professar o rito fotográfico e divulga a fotografia,universidades,os exemplos de um Canindé Soares, de um Geovani Sergio, de um Henrique José, lutador incansável na produção, ensino e divulgação da fotografia. E são tantos e tantos, que se deixam seduzir pela criação imagética, que seria impossível citá-los aqui. FOCO POTY 23


A crítica burra da evolução fotográfica q

Aluisio Bezerra Economista, empresário da construção civil e fotografo amador.

uem não acompanha a evolução da fotografia digital, torna-se um crítico do que não sabe fazer ou daquilo que não consegue entender como é realizado. O pioneirismo sempre gera situações de desconforto. Há alguns fotógrafos na Terra de Poty criticam imagens pelo simples fato de não dominar o método como as fotos são feitas.

O filtro ND não provoca nenhum efeito. Ele impede que a maioria da luz ambiente chegue ao sensor e, dessa forma, se compensa a falta de luz levando a exposição para 2, 3, 10 ou 30 segundos. Dependendo da situação de luz, a exposição pode acontecer em vários minutos. O meu recorde é uma foto de 5 minutos, feita no Rio Potengi. Á agua ficou branca, as nuvens dão a impressão que estão correndo.

Quando passei a publicar fotos em HDR nas páginas da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) e outras páginas no Facebook, as perguntas sobre o tema pipocavam, as perguntas eram muitas e as críticas negativas eram imensas. A ignorância sobre o tema era grande. Depois de um tempo, a fotografia em HDR virou rotina aqui no Estado entre a maioria dos fotógrafos amadores.

Agora é a vez da dupla exposição. O fotógrafo e ortodontista, Carlos Alexandre, já publicou uma foto e ninguém falou nada. Mas, está todo mundo de “orêia em pé”. A dupla exposição são duas fotos rigorosamente iguais, feitas com a mesma lente no tripé. Suponha que você esteja em uma fazenda, diante de uma casa e de um céu estrelado. Você não vai conseguir, com uma única foto, fazer uma excelente foto da casa e do céu estrelado, porque são duas situações diferentes de luz.

Hoje, as críticas se resumem aos HDR’s mal feitos. Mesmo assim, essas críticas raramente acontecem em público. Tem fotógrafos fazendo HDR muito bem feitos, como Alexandre Carvalho e Carla Belke, que em vez de se juntar aos que criticavam, foram aprender e aprimorara a técnica. Agora, o HDR é altamente aceito aqui nesta paróquia, simplesmente pelo fato de que a ignorância tinha sido vencida. Passei por situação semelhante quando publiquei as primeiras fotos em longa exposição, feitas durante o dia, que eu aprendi sozinho, estudando, lendo, vendo o trabalho de fotógrafos profissionais americanos. Aqui, ninguém entendia o que era fotos durante o dia com longa exposição e porque ocorriam os efeitos. Pouca gente sabia o que era um filtro ND (neutral density). 24 FOCO POTY

É ai que entra a dupla exposição. Primeiro, se faz a foto “do chão” pegando a casa e seus arredores. Depois, sem mexer a câmera 1 cm que seja, configura-se a câmera para a fotografia celeste. Em seguida, usase o Photoshop para juntar a camada do chão com a camada do céu. A foto vai ficar perfeita. As críticas burras vão chover. “Montagem” vai ser o nome mais bonito que vão dizer. Acredito que em dois anos a dupla exposição esteja difundida por aqui e as críticas cessem. O difícil não é fazer a foto. O difícil é mexer no Photoshop para ficar no ponto certo na hora da junção das fotos. É um trabalho de erros e acertos constante. E as críticas sempre virão dos incautos que sem acesso à evolução das técnicas fotográficas da era digital.

om o tema “Extremos”, a nona edição do Festival Internacional de Fotografia “Paraty em Foco” explorou as várias formas de abordagens para suscitar as discussões através da fotografia como a formação dos “Afronautas” até a revolução política de Mao Tsé-tung nos anos 1960.

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O presidente da Aphoto, Alex Gurgel, e o diretor financeiro, Jailson Fernandes, participaram ativamente do festival, que aconteceu de 18 à 22 de setembro pelas ruas históricas de Paraty onde se apreciava exposições fotográficas ao ar livre, ocupações temporárias, projeções multimídia, palestras, entrevistas, workshops gratuitos e pagos, além de intervenções em diversos formatos.

“O Paraty em Foco provoca e radicaliza, viaja a espaços distantes para apresentar uma proposta visual que aproxime nossos espectadores de histórias longínquas, imagens de nossos polos geográficos, formas diferentes de ver e olhar, e formas diferentes de entender a vida e representá-la”, dizia a convocatória do evento. O evento teve uma vasta programação, incluindo o workshop “Descondicionamento do Olhar” com o fotógrafo Cláudio Feijó, que exercitou as diferentes formas de “olhar, ver e enxergar”.

Fotografando pelas ruas histórias de Paraty

Foto: Aluisio Bezerra

Foto: Jailson Fernandes

Foto: Patrick Galibert, fotógrafo francês. @africatracks no instagram ou www.africatracks.com

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´DESTAQUE FOTOGRÁFICO

A fotógrafa e médica veterinária Carla Belker mostra a mudança em sua fotografia na medida em que ela investe em conhecimentos e equipamentos. uas fotos em HDR se destacaram tanto durante as postagens no grupo da Aphoto, no Facebook, que chamaram a atenção dos diretores da entidade que convidaram a fotógrafa e médica veterinária para ilustrar a Carteira de Sócio da Aphoto em 2014. O olhar pelas paisagens norte-rio-grandenses dessa carioca/potiguar tem se destacado pela sutileza da cena e forte contraste em cores.

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“Com a medicina veterinária, eu sempre tive que fazer relatórios com imagens nas áreas que atuei”, descreve a intimidade inicial com fotografia, ressaltando que em 2010, ela conheceu o trabalho do professor Alex Gurgel e fez seus primeiros cursos de fotografia. Carla relata que começou a fotografar com uma câmera compacta Sony e, tempo depois, uma SX30 Canon. “Atualmente, eu possuo 03 máquinas: 60D, T4i e uma G12 – Todas Canon”, afirma.

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Foto: AG Sued

As paisagens do RN clicadas em HDR

Fotos: Carla Belker

Depois de vários cursos, oficinas e workshops de fotografia, buscando sempre o aprendizado e qualificação, Carla aprendeu que para se destacar na fotografia, era preciso descobrir “um olhar especial, diferenciado, fugir do lugar comum... e é isso que eu procuro até hoje”, reconhecendo que também é necessário saber fazer edições de imagens. “Não basta saber fotografar corretamente. Tem que saber editar e muito...” Ela tem mais prazer em fotografar a natureza, paisagens e poentes, praticando aventuras de luz em longas exposições. Ela se inspira e aponta o trabalho de fotógrafos como Christer Olsen Photo, Romain Mattei Photography, Dimos Bablis, Athanasios Sismanis e AgusM Photography todos especialistas em paisagens e HDR. Em Natal, ela já exerceu uma cargo de diretoria na gestão passada da Aphoto e hoje, integra o Coletivo Caçadores de Imagens, onde já participou de 03 exposições fotográficas.

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Aphoto participou do II Encontro da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil, que aconteceu em Fortaleza-CE. Foto: AG Sued

Uma Rede para Embalar Fotos 28 FOCO POTY

Cléo Gurgel Advogada e primeira dama da Aphoto

ARTIGO

´CADEIA PRODUTIVA

Da direita para esquerda: Pablo Pinheiro, Luciano Nobre, Itamar Nobre, Paula Geórgia, Sônia Figueiredo, Alex Gurge e Henrique José, membros da RPCFB.

“A fotografia deve ser compreendida como linguagem específica. Fotografia é ciência, investigação, documento, comunicação de massa, literatura. Fotografia é tudo isso e também Artes Visuais”, disse Iatã Canabrava, um dos criadores da Rede de Produtores Culturais de Fotografia no Brasil (RPCFB). Na área de politicas públicas, qual é o papel da fotografia na formação da imagem no Brasil? Que identidade o Brasil quer ter com essa imagem? O Centro Dragão do Mar Arte e Cultura, em Fortaleza, foi o palco inicial do II Encontro da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil (RPCFB), no final de fevereiro de 2013. As discussões giraram em torno de temas como “A identidade fotográfica brasileira” e “políticas públicas e novas plataformas para a fotografia”, anunciando que a economia criativa está fortemente presente na

produção cultural da fotografia brasileira. Dentro desse agitado balaio cultural fotográfico, os Grupos de Trabalho (GTs) abordaram assuntos como “Políticas Públicas para Fomento, Pesquisa e Difusão da Fotografia”, “Memória do Passado e do Futuro”, “Educação, Formação, Projetos Sociais e Ações Socioculturais”, entre outros temas. A Comitiva Potiguar contou com a participação do presidente da Aphoto, Alex Gurgel, que foi representando a entidade.

Dúvidas comuns acerca dos direitos autorais na fotografia m meio ao mar de dúvidas existentes sobre a defesa dos direitos autorais aplicados à fotografia, existem algumas comuns entre os profissionais, que serão tratadas neste espaço - sem pretensão de exaurir todos os questionamentos - a exemplo da distinção entre os conceitos de direitos morais e patrimoniais do fotógrafo, da titularidade da fotografia após sua venda, do uso indiscriminado após a negociação, do prazo do contrato, a utilização das fotos dos clientes pelo fotógrafo e se há legislação específica aplicada à espécie. Pois bem!

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O primeiro “click” jurídico que deve ser realizado reside em saber se existe proteção legal específica para a tutela dos direitos autorais. Existem sim. É a Lei 9.610/98, que protege a criação de obra intelectual, considerada gênero, nos termos do artigo 7º, e a fotografia, espécie, segundo o inciso VII do mesmo artigo. O seguinte repousa na proteção dos direitos morais, por serem inalienáveis, irrenunciáveis e

irrevogáveis, nos termos do artigo 27 da referida lei, sendo estes compreendidos àqueles pertinentes à criação, à autoria, à preservação da obra inédita, à modificação da obra antes ou depois de produzida e de haver para si o único exemplo. Estes direitos estão fora da órbita na negociação de qualquer sorte, mesmo que o fotógrafo queira vendê-los, não será possível. O que o fotógrafo pode dispor é de seus direitos patrimoniais, que são àqueles afetos à utilização, fruição e negociação da licença para uso da fotografia, de modo que ao ser contratado para registrar um evento (casamento, aniversário, campanha publicitária e etc.), o que ele negocia é a licença do uso de sua fotografia, mas não sua obra intelectual.

Ao dispor de seus direitos patrimoniais, utilize sempre o contrato, fazendo constar cláusulas elementares da transação da licença para o uso da fotografia, tais como prazo, que nos termos do artigo 49, III da Lei 9.610/98, é de 05(cinco) anos, quando inexistir previsão contratual, o fim a que destina, o preço, o veículo

de divulgação e a localização geográfica da exposição. Dessa forma, se a contratação da licença das fotografias visou estampar a publicação em um livro, não pode ser vinculada em outdoors, ou na internet ou lugar diverso do estabelecido no contrato. Esta mesma lógica se aplica na contratação do fotógrafo para registro de um casamento. Os noivos não podem publicar estas fotos na coluna social, sem fazer constar a autoria, e nem vendêlas, pois a venda da licença visou a finalidade casamento e álbum de fotos.

Por fim, frisa-se que há paridade de armas na proteção à licença do uso da fotografia e ao uso da imagem da pessoa retratada ou obra com idêntica tutela. Por isto, o profissional sempre deve por a termo a negociação com o(a) retratado(a) ou com o dono da obra, para fazer constar autorização de licença do uso de sua imagem, considerada um direito personalíssimo. Assim, você poderá fazer uso da foto da pessoa ou obra retratada em seu portfólio, com a anuência do(a) modelo ou dono da obra.

Durante o congresso em Fortaleza, mantendo o mesmo time da diretoria administrativa da primeira gestão, a Assembleia Geral elegeu o fotógrafo mineiro Eugênio Sávio como novo presidente da RPCFB para um mandato de três anos. Ficou decidido também que haveria diretores regionais e que a sede da RPCFB sairia de São Paulo para se instalar em Brasília. FOCO POTY 29


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