Foco Poty 3ª Edição JAN 2016

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SUMÁRIO Ano III - Nº 03 - JAN 2016

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EXPEDIÇÃO FOTOGRÁFICA

Foco Poty – Informativo da Associação Potiguar de Fotografia Ano III - Nº 03 - JAN 2016 | www.aphoto.art.br Rua Laranjeiras, 14 – Cidade Alta | Natal/RN – 59025-490 | Brasil Tiragem: 5.000 exemplares | Distribuição Gratuita

REDAÇÃO Editor Geral | Alex Gurgel Foto de Capa | Alex Gurgel Repórteres | Elias Medeiros e Licurgo Diretor Financeiro | Jailson Fernandes Carvalho | Sérgio Vilar Projeto Gráfico | Túlio Ratto Fotografia | Canindé Soares, Carlos Revisão | Rafaela Marinho Eufrásio, Eugênio Oliveira e AG Sued Impressão | Unigráfica

FOTÓGRAFOS POTIGUARES CELEBRAM O NATAL COM EXPEDIÇÃO NOTURNA 18 APHOTO CELEBRA O DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA 2015 04

PALAVRA DO PRESIDENTE

EXPOSIÇÃO

FOCO POTY | JANEIRO DE 2016 05 FAÇA PARTE DA FAMÍLIA APHOTISTA

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21 CENAS MACAUENSES PELAS LENTES DE LAÍNE PAIVA

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LITERATURA FOTOGRÁFICA POTIGUAR NAS BANCAS

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ARTIGO | SÉRGIO VILAR

VAMOS DISCUTIR FOTOGRAFIA?

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APHOTO É ENTIDADE DE UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL

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UM TROFÉU PARA A APHOTO

EXPEDIÇÕES FOTOGRÁFICAS

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NA ROTA DA SECA NO SERTÃO POTIGUAR

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PALESTRA E EXPOSIÇÃO NO PARQUE

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HOMENS DO MAR CASCUDIANO

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UM OLHAR SOB O SERTÃO DO SERIDÓ

24 AS CORES, A LUZ, A CONSTRUÇÃO DO BUMBA MEU BOI E DO TAMBOR DE CRIOULA 26

ARTIGO | RAFAELA COSTA

O BLOGUEIRO E O FOTÓGRAFO

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ARRAIÁ DA APHOTO NA BARRIGUDA

PERFIL ELIAS

MEDEIROS

FOTOJORNALISMO, GLAMOUR E FELICIDADE 3

FOCO POTY


SEJA SÓCIO

EDITORIAL

ALEX GURGEL | presidente

PALAVRA DO PRESIDENTE Caros sócios, saudações aphotistas! A atual gestão da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) desenvolveu várias ações para seus sócios, em 2015. No dia 08 de janeiro do ano passado, Dia Nacional da Fotografia, a Aphoto realizou uma Expedição Fotográfica à Ceará Mirim de trem, tendo como convidado ilustre o Barão do Ceará Mirim, que nos recepcionou e guiou toda a expedição em suas terras. No final de janeiro, a Aphoto lançou o 2º número da revista Foco Poty, esta publicação anual junto com o lançamento da exposição fotográfica e livro homônimo “Fernando de Noronha e Galápagos”, do fotógrafo Fernando Chiriboga, na Midway Mall. Ainda no início do ano, a Aphoto fez parceria com o tradicional festival musical MPBeco (Música Popular do Beco da Lama), organizando um concurso Fotográfico, com o propósito de incentivar a fotografia e colocando a marca da Aphoto em eventos culturais. Em março, a Aphoto homenageou as mulheres em uma das datas importantes do calendário nacional, dando ênfase às fotógrafas potiguares e sócias aphotista. As Expedições fotográficas fazem parte do “calendário afetivo” da Aphoto e preparamos dois passeios recheados de novas descobertas como a “Expedição Parahyba”, em que foram desvendados os mistérios da

praia de Lucena, o incrível prédio do século XVI, a Fortaleza de Cabedelo e o pôr do sol na famosa Praia do Jacaré. O dia 27 de julho de 2015 foi um dia histórico para a Aphoto porque recebemos o título de “Entidade de Utilidade Pública Estadual”, uma proposição do deputado estadual Tomba. A Aphoto já é uma entidade de Utilidade Pública Municipal há mais de 5 anos. Em nome de todos os diretores e sócios da Aphoto, deixo explícitos a honra e o orgulho de cada aphotista pelo reconhecimento público do Estado do RN e do Município de Natal em nos conceder os títulos de Utilidade Pública. Agora, vamos trabalhar pelo reconhecimento federal. No mês de agosto, a Aphoto preparou uma série de atividades para celebrar a Fotografia. Afinal, 19 de agosto é celebrado no mundo inteiro o “Dia Mundial da Fotografia” e a Aphoto realizou: Palestra “Fotografia e o Direito Autoral” e a exposição “Los Niños del Peru”, ambas da advogada e fotógrafa Rafaela Marinho, que aconteceu no Parque das Dunas. No Memorial Câmara Cascudo, na Cidade Alta, aconteceu a exposição “Homens do Mar Cascudiano”, do fotógrafo Brunno Antunes, e no Bardallo’s Comida e Arte aconteceu a exposição “Cenas Macauenses”, da fotógrafa Laíne Paiva. No Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, aconteceu a exibição do filme “Sal 4

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FAÇA PARTE DA FAMÍLIA APHOTISTA Se é fotógrafo e mora no RN, você poderá ser um sócio de carteirinha

da Terra”, um documentário sobre Sebastião Salgado, além da exposição fotográfica “Sertão Dourado – Geoparque Seridó”, dos fotógrafos seridoenses Adriano Santori, Eugênio Oliveira e Getson Luiz. No final da tarde aconteceu a oficina fotográfica “Capturando o Pôr do Sol”, ministrado por este escriba. Entre tantas expedições, o destaque ficou em setembro, quando a Aphoto realizou uma Expedição Fotográfica para as regiões do Rio Grande do Norte que mais sofrem com a estiagem prolongada. Os aphotista visitaram a velha cidade de São Rafael, no Sertão Central, onde as construções que estavam submersas pelas águas da Barragem Armando Ribeiro estão aparecendo porque a Barragem está secando rapidamente. Em dezembro, a Aphoto realizou sua décima edição da Expedição Fotográfica Noturna do “natal em Natal”, quando saímos fotografando as luzes de natal, começando no Pórtico de Natal, na BR 101 e terminando na Árvore de Natal, em Mirassol. A expedição reuniu um grande número de fotógrafos, sócios aphotistas, amigos, familiares, simpatizantes e amantes da Fotografia. E mais um ano a Prefeitura de Natal não oferece nenhum tipo de apoio para incentivar a prática fotográfica noturna.

Dentro da concepção de agregar todos os fotógrafos potiguares (amadores e profissionais) para fortalecer a categoria, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) começa uma nova campanha de filiação em 2016, abrindo as portas da entidade para novos sócios, abrangendo todo o território do Rio Grande do Norte. Segundo Jailson Fernandes, diretor financeiro da Aphoto, para ser um aphotista, basta morar no RN, ter concluído um curso de fotografia (pelo menos o curso básico), ser proprietário de uma câmera fotográfica (qualquer câmera) e pagar a anuidade da entidade. “Porém, o maior pré-requisito é gostar de fotografia e estar disposto a participar dos eventos promovidos pela Aphoto”, disse Jailson. “O sócio aphotista tem todos os privilégios dentro da associação, sendo as mais importantes vez, voz e votos nas reuniões ou assembleias que discutem os caminhos da Aphoto”, afirmou Jailson, ressaltando que o sócio também está apto para votar e ser votado nas eleições da entidade. Em todos os eventos realizados pela Aphoto, o sócio será sempre o objetivo principal. Para ser um aphotista é preciso efetuar o cadastro e pagar uma anuidade e a Carteira de Sócio. O sócio poderá fazer um depósito na conta da Associação Potiguar de Fotografia, na Caixa Econômica Federal. “O dinheiro arrecadado volta para os associados em forma de benefícios culturais, através dos eventos promovidos pela entidade”, concluiu. 5

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LANÇAMENTO DA REVISTA 2015

SEÇÃO LANÇAMENTO

Nunca se produziu tanto na fotografia cultural potiguar como nesse momento, de grande efervescência e ebulição da qualidade visual. No dia 28 de janeiro de 2015, no Midway Mall, houve um acontecimento raro: O lançamento do livro “Ilhas Encantadas – Fernando de Noronha e Galápagos”, do fotógrafo Fernando Chiriboga, exposição fotográfica homônima com 30 fotos e o lançamento da revista “Foco Poty”. No livro-álbum, Fernando Chiriboga faz um registro com imagens realistas, como se o leitor estivesse perto de um atobá-do-pé-azul, em Fernando de Noronha. Os textos são escritos em inglês, espanhol e português, acompanhando mais de 350 fotografias que mostram em detalhes a preserva-

LITERATURA FOTOGRÁFICA POTIGUAR NAS BANCAS

Livro de Fernando Chiriboga e a Revista Foco Poty foram lançados juntos

ção da biodiversidade das ilhas. O fotógrafo equatoriano, radicado em Natal, retrata as belezas naturais dos parques nacionais, ambos declarados Patrimônio Natural da Humanidade. Com fotos de Canindé Soares e Elias Medeiros, reportagens dos jornalistas Sérgio Vilar e Licurgo Carvalho, a 2ª edição da revista “Foco Poty” teve uma tiragem de cinco mil exemplares coloridos, 6

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que foram todos distribuídos gratuitamente. A revista “Foco Poty” também teve contribuição de um time de craques como o advogado e fotógrafo Cid Bezerra, que foi capa da revista. Ainda um portfólio com a fotografia de Cid e a pesca de crepúsculos em Areia Branca. O livro “Ilhas Encantadas – Fernando de Noronha e Galápagos” é o 12° livro de do fotógrafo 7

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Fernando Chiriboga e teve o patrocínio da Cosern, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Na ocasião, o fotógrafo apresentou uma exposição fotográfica com as melhores imagens, clicadas nas várias viagens que fez para fotografar. “Fiz as fotos do livro com muita dedicação, tentando capturar toda natureza encantadas que há nas ilhas”, disse o fotógrafo.


ARTIGO

SÉRGIO VILAR | jornalista

VAMOS DISCUTIR FOTOGRAFIA? A fotografia é o segundo produto mais vendido no mundo. Só perde para o sexo. Ainda assim, o sexo usa a fotografia para se vender. A imagem, hoje em dia, é quase tudo no marketing, nas relações sociais, na arte… Aliás, fotografia é arte ou um registro do cotidiano? E como classificar, de profissional da fotografia, quem produz essa arte ou registro? Ou seria um artista visual? Essas e outras questões relacionadas ao universo cada vez mais em expansão da fotografia têm remexido a categoria em torno de algumas polêmicas. Então, vamos colocar alguns pontos na pauta de debates?

AMADOR OU PROFISSIONAL? Quando o fotógrafo deixa de ser amador e levar a fotografia como hobby, para se dizer profissional do ramo? Sobretudo pelas facilidades na aquisição de diferentes equipamentos e pela possibilidade de imprimir efeitos pós-imagem, há quem se diga ou se ache profissional na área. Não é bem assim, embora o assunto seja ainda relativo, já que está em constante mudança com os avanços tecnológicos. Com tanto fotógrafo amador e tanta imagem em circulação a todo instante, os cursos de fotografia

também pipocam e os profissionais precisam se atualizar, se modernizar, aperfeiçoar seu trabalho e até investir no marketing do seu produto para se distinguir dos fotógrafos amadores ou do fotógrafo que leva a fotografia como hobby. E qual a diferença entre essas duas modalidades? O fotógrafo amador ainda investe alguma coisa na área, mas tem seu “ganha-pão” em outra profissão. Tem fotos em razoável qualidade, mas falta viver da fotografia. O fotógrafo do hobby é semelhante: tem também um bom equipamento, costuma praticar bastante, mas ganha a vida em outra atividade e pouco investe no segmento da fotografia. E o profissional? O fotógrafo profissional se sustenta da fotografia, sabe manejar as variadas possibilidades do equipamento, estuda, tem no currículo cursos abalizados e procura caminhar lado-a-lado com as tendências e evoluções tecnológicas do ramo. Mas é bom destacar: há profissionais ruins e bons em todo segmento. E há amadores que se mantém em outra profissão e complementam a renda com a fotografia.

QUANTO DEVE GANHAR UM FOTÓGRAFO? Essa tabela de valores varia entre 8

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regiões e, claro, a qualidade e o tipo de trabalho oferecido. Em Natal, por exemplo, há uma situação inusitada: fotógrafos de redação de jornal impresso estão associados ao Sindicato de Jornalistas do RN (Sindjorn), mesmo sem o diploma de Comunicação Social. Fato é que há algumas tabelas espalhadas por aí. A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro tem uma. De acordo com a tabela, o salário mínimo profissional do repórter fotográfico é de R$ 4.928,00 para jornada de 5 horas diárias e R$ 7.884,00 para jornada de 7 horas diárias. A associação também sugere os seguintes preços mínimos: Saída (até 3 horas): R$ 432,00. Jornada (até 5 horas) R$ 654,00. Diária de Viagem: R$ 1.104,00. Plantão (até 7 horas): R$ 1.104,00. E por aí vai. O site de empregos Catho informa um salário médio do fotógrafo entre R$ 850,00 e R$ 2.500,00, com média salarial nacional de R$ 1.376,16 (o site não especifica a área de atuação ou a jornada de trabalho). Mas, claro, depende muito do

tipo de trabalho e da atuação. Um fotógrafo de casamentos, por exemplo, pode ganhar desde R$ 2.000,00 até mais de R$ 15.000,00 por evento.

FOTOGRAFIA: REGISTRO OU ARTE VISUAL? A pergunta divide, sobretudo, a opinião de fotógrafos e artistas. Fotógrafos acreditam em seu trabalho artístico, e os artistas visuais rejeitam essa ideia. Fato é que a fotografia tem “invadido” cada vez mais as premiações e editais voltados às artes visuais. Em Natal, por exemplo, a fotografia participa do Salão de Artes Visuais de Natal e de editais fomentados para o setor. Deixo aqui algumas ponderações: A arte carrega e emoção do artista; a fotografia, muitas vezes (ou todas?) também. A arte traz consigo o retrato de uma época; a fotografia, também – e aqui falamos de arte e fotografia de qualidade. Ambas têm caráter subjetivo

e imparcial latentes, a partir da visão, da intenção, da estética pretendida pelo “artista/fotógrafo”. Em ambas pode se questionar a qualidade artística. Talvez essa discussão tenha ganhado corpo nos últimos anos. É que as novas tecnologias permitem efeitos visuais que transformam fotografias por vezes nem tão bem enquadradas em belas imagens. Ou mais próximas a uma tela mais abstrata, sem o rigor tão racional da realidade. Em suma: é inegável que a fotografia se aproximou da pintura. Se passou a ser ou se já era uma arte, deixo para reflexão esse texto abaixo: “A hipótese de que a fotografia reproduz a realidade como ela é e a pintura a reproduz como se a vê é insustentável: a objetiva fotográfica reproduz, pelo menos na primeira fase de seu desenvolvimento técnico, o funcionamento do olho humano. Também é insustentável que a objetiva seja um olho imparcial, e o olho humano um olho influencia9

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do pelos sentimentos ou gostos da pessoa; o fotógrafo também manifesta suas inclinações estéticas e psicológicas na escolha dos temas, na disposição e iluminação dos objetos, nos enquadramentos, no enfoque. Desde meados do séc. XIX, existem personalidades fotográficas (por exemplo, Nadar) da mesma forma que existem personalidades artísticas. Não há sentido em perguntar se “fazem arte” ou não; não há qualquer dificuldade em admitir que os procedimentos fotográficos pertencem à ordem estética (…) Afirma-se frequentemente que a fotografia deu aos pintores a experiência de uma imagem destituída de traços lineares, formada apenas por manchas claras e escuras; a fotografia, portanto, estaria na origem da pintura ‘de manchas’, isto é, de toda a pintura de orientação realista do século XIX.” (Arte Moderna – Argan, Giulio Carlo).


UTILIDADE PÚBLICA

APHOTO É ENTIDADE DE UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte concedeu o título de Utilidade Pública Estadual à Aphoto.

Depois de a Associação Potiguar de Fotografia ter sido declarada uma Entidade de Utilidade Pública Municipal, através de uma

proposição do vereador Júlio Protásio, em 2012, a Aphoto conquistou o reconhecimento de Entidade de Utilidade Pública Estadual, no dia

27 de julho do ano passado, sob a Lei 9.965, proposta pelo deputado estadual Tomba e assinada pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Farias. O título de Utilidade Pública é o reconhecimento da União, dos Estados e dos Municípios de que a entidade presta relevantes serviços desinteressadamente à sociedade. “Somente as entidades legalmente constituídas no Brasil podem obter o título de Utilidade Pública”, ressaltou o presidente da Aphoto, Alex Gurgel. Podem obter a titulação, as instituições sem fins lucrativos – aquelas capazes de reverter em finalidades estatutárias ou em manutenção e expansão do próprio negócio todos os lucros obtidos em atividades desenvolvidas por ela. A característica principal das entidades sem fins lucrativos é a restrição de distribuição de lucros, onde nenhum dos associados tem direitos legais sobre o saldo financeiro positivo da empresa. Segundo informações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o título de utilidade pública confere credibilidade à Aphoto, pois é um reconhecimento oficial do serviço prestado por ela. “De posse do título, a entidade poderá reivindicar, junto aos órgãos competentes, isenção de contribuições destinadas à seguridade social e de pagamento de taxas cobradas por cartórios, bem como imunidade fiscal”, declarou o presidente.

TROFÉU CULTURA 2015

UM TROFÉU PARA A APHOTO Presidente da Aphoto ganha Troféu Cultura 2015, na categoria Fotografia A cultura do Rio Grande do Norte foi a grande estrela de novembro do ano passado, com a realização da 12ª edição do Troféu Cultura 2015, criação do colunista social e jornalista Toinho Silveira. Durante o evento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), em Lagoa Nova, foram homenageados os que se destacam em várias áreas culturais. Foram entregues 14 troféus, que levou o nome da escritora e imortal Anna Maria Cascudo, filha do folclorista Câmara Cascudo – a diferentes manifestações da cultura potiguar, nas áreas de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovi11

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sual, Dança, Fotografia, Teatro, Literatura e Música, Produção Cultural, além do Artista do Ano. “Queremos mostrar que a cultura pode e deve ser reverenciada”, destacou o idealizador do evento, o jornalista Toinho Silveira O presidente da Aphoto, Alex Gurgel, foi o vencedor na categoria “Fotografia” e ganhou como melhor fotógrafo do ano, concorrendo com feras como os fotógrafos Pablo Pinheiro, Ramon Vasconcelos e Giovanna Hackradt (filha do renomado fotógrafo natalense Giovanni Sérgio). “Ter meu nome indicado ao melhor fotógrafo do ano já é uma honra. Ganhar o prêmio é ter meu trabalho reconhecido pelos meus pares”, disse Alex Gurgel. “O trabalho que Alex Gurgel vem fazendo pela fotografia do Rio Grande do Norte merece reconhecimento. Votei nele não só por isso, mas também pela qualidade de suas fotos e pelo empenho como professor de fotografia”, ressaltou Eduardo Alexandre, conhecido no mundo cultural potiguar como Dunga – jornalista, artista plástico, poeta e Agitador Cultural. De acordo com o jornalista organizador do evento, Sérgio Vilar, o Troféu Cultura aprimorou o sistema de votação permitindo apenas um voto por computador (IP). Ainda assim foram contabilizados 11.342 votos, distribuídos entre os cinco indicados em cada uma das categorias da premiação. A votação esteve hospedada no portal de cultura Substantivo Plural.


PERFIL

PERFIL

Walmir Queiroz

Augusto Rátis

Canindé Soares

PERFIL

Principais coberturas • Atuação nos 5° Jogos Mundiais Militares (Jogos da Paz), Rio de Janeiro em 2011 Cobertura Nacional: Réveillon e Carnaval de Salvador – Corrida de São Silvestre (SP) • Cobertura da visita do Papa ao Brasil (Rio de Janeiro) • Cobertura do Carnaval de Salvador • Cobertura do Rally RN 1500

Ronson Celino

FOTOJORNALISMO, GL A MOUR E

FELICIDADE

ELIAS MEDEIROS

Elias é jornalista, fotógrafo e diretor de comunicação da Aphoto Segundo o jornalista Flávio Rezende, Elias Medeiros é um natalense carioca e um carioca natalense, transitando bem em todas as situações pelo fato de ter educação e postura, recebe convites constantes para trabalhos variados, lançou um Blog de variedades com objetivo de ampliar e divulgar a nossa linda Cidade do Sol. Atualmente, ele divide o trabalho entre o fotojornalista com o repórter de televisão, fazendo cobertura diárias de pautas no programa 12

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Nordeste Urgente na Band Natal. O trabalho na TV é o respaldo do seu trabalho que em 2014, ganhou o prêmio Jovem Empreendedor, organizado pela colunista Fafá Medeiros, destacando seu portal de notícias: www.eliasJornalista.com Em 2015, Elias Medeiros recebeu o Troféu Versátil na categoria “Repórter Fotográfico do Ano”, evento organizado pelo jornalista Toinho Silveira. Os prêmios são reflexos de seu profissionalismo, acordando cedo e correndo atrás das notícias.

“Gosto do trabalho que faço na área dos eventos sociais, onde sempre consigo captar boas imagens das pessoas se divertindo, celebrando a vida. Gosto de registar a felicidade e o amor!”, disse Elias. Nas horas vagas, Elias alimenta seu espirito com as fotografias de paisagens naturais. “Existe um universo maravilhoso no interior do Estado que a maioria da população desconhece. Não precisamos conhecer a Europa, sem antes desbravar as belezas do nosso imenso e lindo chão Potiguar, seja nas paisagens do interior ou do nosso litoral”, afirmou.

Premio Versátil 2015

• Miss Pernambuco 2015 • Miss RN 2015 • Miss Brasil 2015

Atuação no mercado

Exerce a função de Repórter da Band Natal – Programa Nordeste Urgente; Jornal Folha da Cidade (Natal) – Jornalista e Repórter Fotográfico; Repórter Fotográfico na Agência Sigma São Paulo; colaborador do colunista social George Azevedo do jornal Tribuna do Norte; Diretor de Comunicação da Associação Potiguar de Fotografia (APHOTO); Diretor da Comissão de Imagem do Sindicado dos Jornalistas do RN (Sindjorn); Presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RN (ARFOC-RN).

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EXPEDIÇÃO FOTOGRÁFICA

NA ROTA DA SECA NO SERTÃO POTIGUAR Uma aventura fotográfica pelo sertão de Acari, São Rafael e Currais Novos “Faz tempo que quero fotografar a triste beleza da seca”, disse a médica e fotógrafa Verônica Barreto, quando soube que a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) estava organizando uma Expedição Fotográfica para registrar a maior seca da história no sertão nordestino. A expedição fotográfica aconteceu em agosto passado. A Aphoto se embrenhou pela caatinga em busca de reservatórios de água completamente secos, como o Açude Dourados, em Currais Novos, que secou pela primeira vez em sua história. O tradicional Açude Gargalheiras, em Acari, estava com apenas 1% de sua capacidade de armazenamento. As pessoas estavam atravessando a pé, de um lado para o outro, no meio do açude Gargalheiras. Em São Rafael, as ruínas da antiga cidade estavam todas aparecendo porque as águas da Barragem Armando Ribeiro estão no seu mais baixo nível da história. Desde que foi inundada, em 1983, essa é a primeira vez que a antiga cidade ressurge, mostrando a velha igreja, o mercado público, escola e até o cemitério. Empolgada com o anúncio da Expedição Fotográfica Rota da Seca, a advogada e fotógrafa Rafaela Marinho ressaltou: “Desde setembro de 2012 que eu venho participando de absolutamente todas as expedições da Aphoto e esse é, sem dúvida, o roteiro mais diferente, interessante e atrativo que a associação já bolou para um passeio”. 15

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SÃO JOÃO

EXPEDIÇÃO FOTOGRÁFICA

FOTÓGRAFOS POTIGUARES CELEBRAM O NATAL COM EXPEDIÇÃO NOTURNA

ARRAIÁ DA APHOTO NA BARRIGUDA

Os aphotistas se reuniram para celebrar o São João com sanfona, forró e fotografia, no Agreste Potiguar. O Aphotista e médico Francisco Diniz abriu as portas da Fazenda Barriguda para a galera da Aphoto se confraternizar, fazendo um arraiá no meio do sertão, no Agreste Potiguar, próximo à cidade de Passa e Fica, na fronteira com a Paraíba. A Expedição às terras da Fazenda Barriguda aconteceu no mês de junho, em pleno mês dos festejos juninos, com uma galera animada que foi fotografar e se confraternizar no São João. A galera aphotista chegou cedo em Passa e Fica para explorar a feira livre da cidade, com as figuras sertanejas em cena e as bancas de

verduras, frutas e mangaios, além de registrar a expressão do sertanejo no meio da feira. “É uma excelente oportunidade para fotografar pessoas diferentes, gente simples do interior da Paraíba e do Rio Grande do Norte”, disse Vidal Suncíon, um aphotista peruano, professor do curso de Direito da Universidade Federal do RN (UFRN). Antes de ir para a sede da Fazenda Barriguda, a trupe de fotógrafos foi explorar o Parque Estadual da Pedra da Boca, pertencente ao município paraibano de Araruna, com suas formações rochosas pré-históricas, motivos de muitas 16

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fotografias. Outro passeio interessante foi conhecer outras fazendas da região e as casas dos moradores em torno da casa grande, no meio da caatinga esturricada pela seca. O almoço oferecido pelos anfitriões da Fazenda Barrigudo foi um verdadeiro banquete. Francisco Dinis matou três carneiros e algumas galinhas. Pernil assado no forno e na brasa, costelinhas suculentas, galinha a cabidela, buchada, acompanhado de arroz. Doce de côco e de goiaba feitos na fazenda foram servidos para sobremesa. Um sanfoneiro invocado era acompanhado por um trio com triangulo, pandeiro e zabumba, para o forró tocar nas varandas da casa. A noite caiu de mansinho com um vento agrestino frio que anunciava que era hora da partida. Ninguém sentiu falta do por do sol, muito presente nas expedições da Aphoto, porque não era necessário fotografar o lusco-fusco depois de um dia de epifanias juninas na Fazenda Barriguda. “Foi uma grande satisfação receber o pessoal da Aphoto em minha casa”, ressaltou Francisco Diniz.

Pelo décimo ano consecutivo, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) realiza uma expedição fotográfica noturna

Registrar as luzes da cidade através da fotografia foi o objetivo da 10ª Expedição Noturna da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), que aconteceu no dia 17 de dezembro. O evento começou no Pórtico dos Reis Magos e saiu para fotografar a árvore de Mirassol, finalizando no estacionamento do supermercado Carrefour, outro local legal para se fotografar a árvore natalina de Mirassol. Os fotógrafos saíram a pé pela passarela do Natal Shopping para fazer fotos em baixa velocidade, passando pela árvore de Mirassol, pelo viaduto sobre a BR e terminando a noite no estacionamento do Carrefour. “É uma maneira de a gente reunir os fotógrafos numa grande confraternização, fazendo que mais gostamos que é fotografar”, desse o diretor da Aphoto, Jailson Fernandes.

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A 10ª Expedição Fotográfica Noturna da Aphoto foi aberta a participação de sócios, amigos, familiares e fotógrafos em geral que quisessem se juntar ao grupo para se deleitar numa noite de fotografias e epifanias. Não houve nenhuma cobrança de taxa e pode participar com qualquer câmera. “As pessoas levaram um tripé para fotos em baixa velocidade”, disse o diretor da entidade. De acordo com Jailson Fernandes, a Expedição Noturna da Aphoto já se tornou uma tradição natalina na cidade. “Registrar o clima do natal em Natal é uma forma de homenagear a cidade. Ao mesmo tempo os fotógrafos se reúnem numa grande confraternização”, observou Jailson, ressaltando que a cada ano a expedição noturna junta um número maior de pessoas.


DIA DA FOTOGRAFIA

DIA DA FOTOGRAFIA

APHOTO CELEBRA O DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA 2015 Com uma vasta programação, a Aphoto festejou a Fotografia Potiguar com uma série de eventos gratuitos para unir fotógrafos e amigos em torno da imagem Para exaltar, em grande estilo, a Fotografia Potiguar, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) promoveu uma séria de eventos no mês de agosto. Exposições fotográficas, palestras, debates, oficinas de fotografia e exibição do documentário sobre Sebastião Salgado, “Sal da Terra”, são algumas atividades que foram realizadas em vários locais da cidade para congregar os amantes da fotografia,

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sócios aphotista, fotógrafos, amigos e familiares, em uma grande celebração à arte com luz. As comemorações começaram no dia 08 de agosto, com a exposição “Los niños del Peru” e a palestra “Fotografia e Direito Autoral”, da fotógrafa e advogada Rafaela Marinho. A palestra foi realizada no anfiteatro e a exposição foi armada na “folha”, do Parque das Dunas. Rafaela Marinho é

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fotógrafa e advogada e tem se dedicado ao estudo do Direito Autoral desde a época da faculdade de Direito, em Brasília. “Foi a união perfeita de duas das minhas paixões”, declarou. No dia 15 de agosto (sábado), no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, às 14h houve a exibição do documentário “Sal da Terra” e a exposição coletiva “Sertão Dourado: Geoparque Seridó” dos fotógrafos seridoenses Eugênio Oliveira, Adriano Santori e Getson. Logo após a exibição do documentário, aconteceu uma palestra sobre o Geoparque Seridó sua fauna e flora fotográfica. No final da tarde, foi a vez do fotógrafo e professor Alex Gurgel ministrar uma oficina de fotografia para capturar a melhor luz do por do sol. No Dia Mundial da Fotografia, 19 de agosto (quarta-feira), às 16h, aconteceu a abertura da exposição “Homens do Mar Cascudiano”, do fotógrafo Brunno Antunes, no Memorial Câmara Cascudo, na Cidade Alta, onde o fotógrafo faz um diálogo entre a fotografia e o livro “Jangada – uma pesquisa etnográfica”. Às 18 horas do mesmo dia, a fotógrafa Laíne Paiva fez a abertura da exposição “Cenas Macauenses”, no Bardallo’s, também na Cidade Alta, mostrando toda a beleza da Terra do Sal.


EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO

RAFAELA MARINHO

LAÍNE PAIVA

CENAS MACAUENSES PELAS LENTES DE LAÍNE PAIVA Celebrando o Dia Mundial da Fotografia, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) apresentou a exposição “Cenas Macauenses”, que foi realizada no dia 19 de agosto, no barzinho cultural Bardallo’s, na Cidade Alta. A exposição apresentou imagens que são verdadeiros poemas visuais, louvando a cidade de Macau.

PALESTRA E EXPOSIÇÃO NO PARQUE

Exposição Fotográfica e Palestra sobre Direito Autoral na Fotografia Iniciando as comemorações do Dia Mundial da Fotografia, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) apresentou a exposição fotográfica “Los niños del Peru” e a palestra “Fotografia e Direito Autoral”, com a fotógrafa e advogada Rafaela Marinho, ambas realizadas no dia 08 de agosto, às 10h30min, no Parque das Dunas. A fotógrafa viajou pelo interior do Peru e ficou interessada pelo comportamento das crianças peruanas, com sua dura realidade, muitas das quais passam o dia inteiro em vestes típicas posando para turistas em troca de algumas moedas. “A inocência perdida e seus

pequenos olhos tristes chamaram minha atenção e passaram a ser alvo de meus cliques”, afirmou. No anfiteatro do Parque das Dunas foi realizada a palestra “Fotografia e Direito Autoral”, onde a advogada Rafaela Marinho esclareceu, aos fotógrafos e interessados, alguns pontos importantes sobre o direito intelectual e autoral na imagem. “Além de fotógrafa, sou advogada, atuando na área há mais de 8 anos. Foi a união perfeita de duas das minhas paixões”, ressaltou. “Los niños del Peru” foi a primeira exposição fotográfica da advogada Rafaela Marinho que, além de atuar na área jurídica na prote20

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As fotografias de Laíne Paiva são convites a contemplação do chão salgado, visto de forma singular por essa macauense de 28 anos, feita de sal e carnaval, apaixonada

por sua terra. “Queria mostrar um pouco da minha terra natal. Os pontos turísticos, vistos por outros ângulos, com um olhar mais profissional”, disse Laíne. A fotógrafa Laíne é formada em publicidade e, ano passado, foi morar na Europa, em Dublin (na Irlanda), onde estudou fotografia e aprimorou sua técnica. “Aprendi muito sobre fotografia o que me fez crescer profissionalmente. Os costumes locais me despertaram a vontade de continuar viajando, conhecendo novos horizontes e mos-

ção dos direitos do autor também é empresária do ramo alimentício. “A vida está cada vez mais corrida para todos, por isso é essencial que tenhamos algo que nos dê prazer, que nos relaxe. Esse é o papel da fotografia na minha vida”, declarou. 21

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trando para todos através do meu olhar fotográfico”, ressaltou. Laíne Paiva já tem no currículo duas exposições fotográficas realizadas: a primeira foi “Sábado é dia de feira” e a segunda foi “O trabalho dos Marisqueiros e Pescadores”. As duas exposições foram realizadas na cidade de Macau, mostrando o cotidiano das pessoas que vivem na cidade. “Cenas Macauenses” é a terceira exposição de Laíne Paiva e foi realizada a convite da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), comemorando o Dia Mundial da Fotografia. Depois de Natal, a exposição foi para Macau. Se vivo fosse, o poeta Benito Barros convidaria Laíne Paiva para fazer todos as imagens da Ilha da Casqueira, onde era o Imperador.


EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO

BRUNNO ANTUNES

HOMENS DO MAR CASCUDIANO

Uma Exposição Fotográfica de Brunno Antunes Dentro das comemorações ao Dia Mundial da Fotografia, a Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) produziu a exposição “Homens do Mar Cascudiano”, que foi realizada no dia 19 de agosto, no Memorial Câmara Cascudo, na Cidade Alta. A exposição retratou um diálogo entre a fotografia de Brunno Antunes e o livro “Jangada - uma Pesquisa Etnográfica”, mostrando o cotidiano dos pescadores na praia de Pirangi. O litoral potiguar tem uma extensão de 500 km entre a Paraíba

e o Ceará, dando uma curva no continente pelo Farol de Touros. Centenas de praias paradisíacas se espalham ao longo da costa, onde moram pescadores que sobrevivem do mar. Observando o manejo dos pescadores, o fotógrafo Brunno Antunes utilizou sua fotografia para ilustrar algumas observações feitas pelo historiador Câmara Cascudo que ainda se mantêm vivas. O peixe está entranhado na alma do natalense desde muito cedo, como aponta Câmara Cas22

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cudo: “Basta lembrar que os habitantes dos dois bairros velhos da cidade do Natal eram apelidados de Xarias, os da Cidade Alta, comedores de xaréu, e Canguleiros, os da Ribeira na Cidade Baixa, devotos do cangulo”. Os pescadores de Brunno Antunes são da praia de Pirangi, mas representam bem qualquer pescador potiguar. Brunno Antunes, tem 37 anos e nasceu em Natal. Iniciou na fotografia em 2005, na escola de fotografia Cearense. O fotógrafo fez parte da diretoria da Associação Potiguar de fotografia (Aphoto), é repórter fotográfico e se dedica à fotografia autoral. Brunno já realizou duas exposições, uma no Restaurante Talher e outra no festival Fotoriografia do Norte. “Homens do Mar Cascudiano” é a terceira exposição do fotógrafo.

UM OLHAR SOB O SERTÃO DO SERIDÓ

Sertão Dourado seridoense foi tema de exposição fotográfica no Parque da Cidade A Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) Celebrou o Dia Mundial da Fotografia, apresentando a exposição “Sertão Dourado: Geoparque Seridó”, que foi realizada entre os dias 15 de agosto a 15 de setembro, no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, localizado no prolongamento da Prudente de Morais. A exposição apresentou a fauna e a flora do sertão seridoense, com todas as riquezas visuais de uma das regiões mais tradicionais do RN. A exposição fotográfica “Sertão Dourado: Geoparque Seridó” é o resultado de viagens aos municí-

pios de Cerro Corá, Acari, Currais Novos e Cruzeta realizadas pelos fotógrafos Adriano Santori, Eugênio Oliveira e Getson Luís. De acordo com o fotógrafo e fisioterapeuta Eugênio Oliveira, o projeto nasceu apenas com a intuito de exercitar a fotografia e obter material para publicar no site homônimo (www.sertodourado.com.br). Segundo o multi-artista e fotógrafo Adriano Santori, em conversa com o Prof. Marcos Nascimento (UFRN), foi proposto utilizar algumas destas imagens para ilustrar o Projeto Geoparque Seridó, o qual o professor é o mentor. “Assim nas23

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ceu a primeira exposição fotográfica do grupo, realizada em Currais Novos, no mês julho deste ano”, ressaltou Adriano. Para o fisioterapeuta e fotógrafo Eugênio Oliveira, a exposição “Sertão Dourado: Geoparque Seridó” mostra as belezas naturais do Seridó de um ângulo diferente e em momentos mágicos. A exposição é uma oportunidade dos três amantes da arte fotográfica para que possam mostrar ao mundo a fauna e flora do chão do Seridó, através do registro fotográfico.


LEITURA DE PORTFÓLIO JOSÉ ADAIL BARROS

José Adail Barros é psicólogo do TJ/RN do Fórum da capital, nasceu no Centro Histórico de Natal. Seu primeiro contato com a fotografia foi há dez anos, com uma câmera digital registrou os casarios seculares e uma história esquecida no passado, no bairro da Ribeira.

AS CORES, A LUZ, A CONSTRUÇÃO DO BUMBA MEU BOI E DO TAMBOR DE CRIOULA Após anos, retornou ao ambiente fotográfico com uma Câmera DSLR e fez vários cursos entre básico, composições, book e Flash. A cada curso, seu aprendizado é um olhar renovado, melhorando a qualidade de nível de percepção. Vê a

fotografia como uma paixão, partindo do princípio que fotografar é registrar o que está sentindo para que aquele registro possa tocar “o coração do outro”. Gosta de fotografias com cores, composições e um “assunto” no 24

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teor da foto, para que do registro possa ser feita uma leitura perceptiva no retrato revelado. Tem sua inspiração em variados nomes da fotografia, como Walter Firmo, considerado o “mestre das cores”, e o mundialmente conhecido fotógrafo Steve McCurrey, que também trabalha com cores intensas. Atraído pelo colorido do boi e pela cultura das festas populares, ano passado, participou de um Workshop do “Bumba meu Boi”, com Walter Firmo. O interesse pela fotografia de festas populares sempre encantou e o” Bumba meu Boi” traz toda magia e as cores para se compor uma fotografia “Viva”, tomada pela alegria do Boi,

juntamente com suas cores, danças, músicas, vestes e retrato social. O Tambor de Crioula ou “Punga” é uma louvação ao São Benedito, ou um pagamento de promessa, festa de aniversário, chegada ou despedida, nascimento de irmã, morte do Bumba meu Boi. Toda essa dimensão de cores, cantando e dançando para divertir, principalmente pelas mulheres em movimentos encantados e harmônicos, ressaltando cada parte do corpo, as “coreiras” e “coreiros” num movimento livre. “Ao fotografar esse momento mágico, pela inspiração das cores, me proporcionou muitas emoções a cada click, em ver em cada um olhar em total felicidade, por estar representando toda a cultura e tradição de um povo através da dança”, disse José Adail, ressaltando que a emoção a cada instante se revelava por semblantes e imensidão de cores misturando ritmos, vindo do chão e de todos os cantos, numa atmosfera colorida e com sons envolventes.


ARTIGO

RAFAELA COSTA | DIREITO

O BLOGUEIRO E O FOTÓGRAFO Caio, blogueiro, recebeu uma mensagem de uma agência de turismo, propondo a divulgação de um pacote de turismo com várias atrações para a cidade Fotolândia, mediante um percentual nas vendas de cada pacote que tivesse o código promocional que deveria divulgar em seu blog. Achando-se muito esperto, Caio fez uma busca na internet e encontrou um site com muito bonito sobre Fotolândia, do fotógrafo Tício. Copiou algumas imagens para o seu computador, preparou o post e começou a fazer sua divulgação. Várias pessoas compraram o pacote e o blogueiro conseguiu ganhar uma graninha extra com as vendas. Com relação à foto que pegou do site de Tício, qual o procedimento que Caio deveria adotar antes de publicar a foto? (a) apagar a marca d’água do fotógrafo, colocar a sua por cima e publicar a foto; (b) manter a marca d’água do fotógrafo e publicar a foto; (c) manter a marca d’ água, publicar a foto e citar a fonte de onde a mesma foi retirada. Marcou a letra C, não foi? Mas você errou. Na verdade essa pergunta é uma pegadinha e a resposta correta é a letra D, que está oculta, nenhuma das anteriores. A lei de Direitos Autorais (nº 9.610/98) prevê que as obras foto-

gráficas são obras intelectuais e, portanto, protegidas. Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que o autor da fotografia, possui alguns direitos sobre a sua produção, que

não pode ser usada por terceiro sem observá-los, que são: I – reivindicar, a qualquer tempo, a autoria de sua obra; II – ter os créditos de sua fotografia utilizados sempre que uma imagem sua for utilizada; III – assegurar a integridade de sua obra, ou seja, não permitir alterações sem 26

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seu consentimento; IV – retirar de circulação uma obra que implique em afronta à sua reputação ou imagem. No exemplo acima, a letra C poderia estar correta, se a obra tivesse sido utilizada apenas para fins de divulgação ou em um site pessoal, por exemplo. Só que a obra foi utilizada para fins comerciais. E uma obra só pode ser utilizada para fins comerciais com a autorização expressa do autor, por meio de contrato de cessão do direito patrimonial da imagem. Essa cessão pode ser onerosa ou gratuita, ou seja, o fotógrafo pode receber ou não pela sua foto, mas isso ficará a seu critério, cabe a ele decidir. Em resumo: se alguém for utilizar uma imagem sua para ganhar dinheiro você fotógrafo, como autor da obra, tem o direito de ganhar dinheiro também. Caso isso não ocorra, poderá buscar a reparação pelos danos sofridos na justiça. Vale lembrar que se apropriar indevidamente da imagem de terceiros também é crime, e o infrator pode responder também na esfera criminal. Fica a dica! Rafaela Marinho é advogada atuante na proteção aos direitos autorais, tanto de fotógrafos quanto de todos os artistas,. Contatos: (84)99424-1400 whatsapp ou mrafaelam@gmail.com.

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