Análise das Estratégias de Divulgação ELSA _ Alexandro Mota

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UNIVERSIDADE FE DE RAL DA BAHIA PRÓ-REIT ORIA DE PESQUIS A E PÓS - GR ADU AÇ ÃO Programa Institucional de Bol sa s de Iniciação Científica

PIBIC

Relatório Final

2011 Bolsista PIBIC Título do Plano de Uma Análise das Estratégias de Divulgação Trabalho do Bolsista Implementadas pelo ELSA Brasil: Metodologia e Resultados. Título do Projeto do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil Orientador Nome do Aluno Alexandro Mota da Silva Nome do Orientador Grupo de (opcional)

Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino

Pesquisa

Palavras Chave (até 3) Período de Vigência

Divulgação, Comunicação, Saúde. Agosto de 2010 a agosto de 2011

Resumo As ações de divulgação realizadas na Bahia pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, que resultaram no recrutamento de 2.031 voluntários para a pesquisa, são objeto de discussão e análise deste artigo. Considerando que a execução de um estudo de coorte multicêntrico é pioneira no Brasil, as estratégias de

comunicação

refletiram

esse

caráter

experimental,

moldando-se

às

necessidades surgidas ao longo do desenvolvimento da pesquisa. Este artigo traça também paralelos entre ações planejadas e executadas pelo ELSA Brasil na Universidade Federal da Bahia e a entrada de novos participantes na coorte. Para isso, foram analisadas divulgações realizadas em campo, ações desenvolvidas para públicos específicos, estratégias de fortalecimento da marca e campanhas de indicação.


1. Introdução

A incidência e os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas na população brasileira, em especial as cardiovasculares e o diabetes mellitus, são os principais objetos de investigação do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil -, pesquisa pioneira no país. O ELSA é um estudo de coorte multicêntrico que acompanha o estado de saúde de 15 mil servidores de seis instituições brasileiras de ensino e pesquisa: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Universidade de São Paulo (USP); e as universidades federais da Bahia (UFBA), Espírito Santo (Ufes), Minas Gerais (UFMG) e Rio Grande do Sul (UFRGS).

Tendo em vista esses objetivos, o ELSA Brasil recrutou, entre os anos de 2008 e 2010, um total de 15.102 participantes – entre homens e mulheres, servidores ativos e aposentados, com idades entre 35 e 74 anos1 – para serem monitorados pelo período mínimo de sete anos. Durante a formação da linha de base do ELSA Brasil, concluída em dezembro de 2010, os servidores realizaram uma série de exames e entrevistas nos Centros de Investigação (CIs) com o objetivo de compreender o estado de saúde dos voluntários sob uma perspectiva multidisciplinar.

A etapa de recrutar voluntários para a coorte do ELSA consistiu em um momento crucial para o início das atividades do estudo. As estratégias de divulgação e comunicação junto à população elegível e ao público em geral focaram na criação de uma imagem positiva do ELSA, consolidação do nome e da logomarca, estreitamento das relações institucionais e, sobretudo, na composição da coorte para viabilização da pesquisa.

As ações de comunicação que colaboraram para a conclusão desta etapa no Centro de Investigação da Bahia (CI-BA) serão aqui objeto de estudo. A

1

Ao longo do artigo, entende-se por “servidores elegíveis” na Universidade Federal da Bahia aqueles que se enquadram nesse perfil: homens ou mulheres, servidores/as do quadro permanente da UFBA, ativos/as ou aposentados/as, com idades entre 35 e 74 anos e residentes na Região Metropolitana de Salvador.


iniciativa visa documentar essas experiências - pioneiras no país - como forma de contribuição para possíveis ações semelhantes no futuro, além de nortear as próximas etapas do ELSA, visto que a manutenção da coorte e da imagem positiva do estudo são fatores imprescindíveis para os resultados e credibilidade do mesmo.

A divulgação da pesquisa na Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi realizada por meio de eventos (lançamento da pesquisa e inauguração do Centro

de

Investigação

Bahia),

produtos

de

comunicação

(boletins

informativos, folders, guias, encartes, cartas, mensagens eletrônicas, etc.), visitas de divulgação às unidades e órgãos, desenvolvimento e atualização do website do ELSA, envio de releases para veículos institucionais da Universidade, tais como websites da UFBA e parceiros, entre outras atividades.

Diferentes meios permitiram o contato de servidores interessados em ingressar na pesquisa, tais como central de telefone para esclarecimentos e inscrição, emails institucionais, fichas de contato anexadas ao folder e em versão on-line no website do estudo, e outros meios utilizados em situações específicas ao longo do processo de recrutamento.

Pretende-se, aqui, analisar estas estratégias de divulgação e comunicação, buscando correlacioná-las aos fluxos de participantes inscritos ao longo do tempo - considerando as devidas particularidades situacionais - e as formas de inscrição utilizadas. A análise das ações em comunicação pode auxiliar na elaboração e execução de novas estratégias que serão empregadas durante o período de seguimento da coorte, com o intuito de garantir a permanência dos servidores no estudo. Além disso, poderá nortear as atividades de comunicação

em

futuras

semelhantes no país.

campanhas

de

recrutamento

de

iniciativas


2. Materiais e métodos

Para tornar a análise viável, sem deixar de lado a diversidade de estratégias empregadas com fins de divulgação, fez-se necessário traçar um recorte dos produtos e atividades aqui descritos. Portanto, foram selecionadas algumas ações dentro do universo de estratégias planejadas e executadas ao longo do período de recrutamento de participantes para o ELSA na Bahia. A escolha do corpus de análise pretendeu garantir a diversidade de estratégias aplicadas, priorizando

exemplos

de

ações

que

possuem

registros

(relatórios,

depoimentos, quantificações etc.) suficientes para traçar paralelos.

Para isso, dividimos as ações e produtos em quatro blocos distintos: divulgação em campo; estratégias para públicos específicos; estratégias de fortalecimento da marca e campanhas de indicação. Para análise da divulgação em campo, o bloco foi subdividido em ações em unidades de ensino e em unidades administrativas, por entendermos que o local de trabalho já é revelador do público alvo, o que exigiu estratégias diferenciadas. No bloco estratégias para públicos específicos, destacamos os grupos de servidores aposentados exemplo de estabelecimento de parceria como forma de potencializar a divulgação - e de servidores do sexo masculino, como exemplo de reversão de resistências. A distribuição de brindes, boletins e o uso de outdoor correspondem ao terceiro bloco de análise, no qual foram discutidas as ações de fortalecimento da marca ELSA Brasil na Bahia. A campanha “Quando 1 + 1 é igual a 2 mil” foi selecionada para o exame das campanhas de indicação de novos voluntários para o estudo.

Destacamos que a divisão das ações e produtos de comunicação em blocos visou operacionalizar a análise, mas estes não são excludentes, pelo contrário, complementam-se. As estratégias de fortalecimento da marca, por exemplo, estão presentes em todas as ações de comunicação, da mesma forma, ações em campo e campanhas de indicações foram realizadas também a partir do direcionamento para públicos específicos.


3. Resultados

Para o ELSA Bahia, o processo de recrutamento consistiu em uma ampla oportunidade de construir, experimentar, adaptar e lapidar diversificadas ações de comunicação. Trata-se de ações que ousaram perceber alternativas além do óbvio, como por exemplo, a ação que buscou servidores em locais estratégicos fora do seu ambiente de trabalho. É o caso das visitas a agências bancárias dentro da UFBA durante o período de pagamento dos servidores ou da ação que valorizou o espaço da Superintendência de Pessoal (SPE), por se tratar de um local de grande trânsito de servidores.

Trata-se, ainda, de ações que ampliaram o número de agentes difusores da proposta, como a criação de campanhas de indicação e o estabelecimento de parcerias com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (Assufba), com a Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) e com a Assessoria de Comunicação do Complexo Hospitalar Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES). Foram ações que exploraram ao máximo as mídias disponíveis para divulgação, como o mapeamento de sites institucionais da Universidade para identificar quais deles permitiam a publicação de notícias sobre o ELSA.

Considerando a articulação das ações de divulgação em campo, das estratégias para públicos específicos, as campanhas de indicação e a permanente gestão da marca, as ações de comunicação foram positivas na Bahia e alcançaram as metas de forma eficiente, em especial pela sensibilidade a mudanças, empenho e real comprometimento dos envolvidos, além da valorização de agentes multiplicadores.

Para as próximas etapas, uma das ações imprescindíveis é o estreitamento da parceria com a SPE com o objetivo de ter dados atualizados dos servidores da UFBA que participam do ELSA, acompanhando assim a movimentação destes


na Universidade, com informações sobre local de trabalho e situação funcional. Essa necessidade tem sido percebida pelo caráter longitudinal do estudo, que prevê ações e contatos com os participantes ao longo dos anos.

As ações de fortalecimento da marca, visto que têm dado certo, devem ser mantidas ou mesmo ampliadas. Uma sugestão para manter o participante informado e próximo ao ELSA ao decorrer do estudo é a produção de um newsletter mensal, com adaptações de textos e direcionamento para o site, bem como dicas de saúde e bem estar produzidas pelos pesquisadores do ELSA Brasil. A estratégia pode render bons resultados, principalmente se considerarmos a eficiência e o baixo-custo do meio on-line.

O cruzamento dos dados de entradas relacionados com ações pontuais atesta a decisiva inclusão das ações de comunicação no processo de recrutamento, como é o caso do aumento de 1300% do número de inscrições durante a semana

de

divulgação

de

outdoor

e

um

aumento

na

ordem

de

aproximadamente 152,43% do número de inscritos durante uma das campanhas de indicação. A articulação das ações e a continuidade e o alinhamento destas permitiu a constância de inscrição ao longo de toda etapa de divulgação.

4. Discussão

As ações de comunicação desenvolvidas pelo Núcleo de Comunicação Social do Centro de Investigação Bahia (CI-BA) durante o recrutamento de participantes na UFBA serão aqui objetos de estudo, com a finalidade de analisar e compreender os métodos empregados e os resultados obtidos. A meta do CI-BA era recrutar 2 mil servidores da UFBA, entre professores e funcionários técnico-administrativos, com idade entre 35 e 74 anos, ativos e aposentados. Em setembro de 2010, o CI-BA atingiu o número de 2.031 recrutados, alcançando assim a sua meta.


A sensibilização de pessoas para participação em uma pesquisa na área de saúde, como no caso do ELSA, exige a elaboração de estratégias de comunicação de forma não apenas a promover a adesão dos voluntários, mas também evitar evasões ao longo da pesquisa, visto que a permanência dos colaboradores durante a realização do estudo, no mínimo 7 anos, é fundamental para a consistência dos resultados. Por isso, é necessário ser transparente na divulgação dos objetivos, etapas e procedimentos realizados durante todo o estudo, bem como estabelecer relações coesas com seus diversos públicos.

Pesquisas apontam (YANCEY, ORTEGA e KUMANYIKA: 2006) que a desconfiança é uma das grandes barreiras para aceitação dos voluntários. Por conta disso, é imprescindível a preocupação tanto com a imagem do estudo, quanto do pré-conceito que o cidadão comum tem em relação a uma pesquisa de saúde envolvendo seres humanos. Investigadores afirmaram que muitas barreiras relacionadas com a confiabilidade podem ser eliminadas com uma melhor comunicação. Para isso, deve-se aumentar a concordância entre os objetivos e motivações da comunidade, dos potenciais participantes e dos investigadores (YANCEY, ORTEGA e KUMANYIKA: 2006, p. 9, tradução nossa).

No CI-BA, entre os principais argumentos utilizados para sensibilização de potenciais participantes pode-se destacar a importância de contribuir com uma pesquisa inédita no país, que servirá, entre outras coisas, para fundamentar os futuros investimentos na saúde pública brasileira, tornando mais eficiente o direcionamento de recursos. Difundir a idéia de que participar do ELSA é ajudar na implementação de medidas que melhorem a saúde do povo brasileiro posiciona os voluntários diante da importância social da sua disposição em participar da iniciativa. Esse contexto, além de atribuir valor à dedicação dos participantes, reforça a importância do exercício da cidadania. O acesso às informações sobre C&T [Ciência e Tecnologia] é fundamental para o exercício pleno da cidadania e, portanto, para o estabelecimento de uma democracia participativa, na qual grande parte da população tenha a capacidade de influir,


com conhecimento, em decisões e ações políticas ligadas a C&T (OLIVEIRA: 2007, p.13).

As ações de divulgação desenvolvidas no CI-BA (ver anexo A) buscaram o máximo de alinhamento entre o discurso utilizado pela equipe do estudo e as reais expectativas de execução da pesquisa. A competência técnica na execução e manipulação dos exames e resultados foram também elementos usados para destacar a confiabilidade do ELSA. Tendo em vista o tempo da pesquisa e a necessidade de manutenção da coorte, a criação de ambiente de confiança, bem como fazer com que cada participante sinta-se integrante de uma importante iniciativa, foram preocupações preservadas ao longo do período de recrutamento. O êxito desta etapa certamente refletirá na elaboração das ações de comunicação para as fases sucessivas.

Antes do início do período de divulgação do estudo, cada unidade ou órgão da UFBA

recebeu

prévios

contatos

institucionais

que

permitiram

o

estabelecimento de parcerias com os dirigentes e a viabilização de visitas de divulgação. Feito os agendamentos, as visitas eram planejadas de acordo com o máximo de informações disponíveis sobre cada local: números de servidores, perfil

(técnico-administrativos

ou

docentes),

disponibilidade

de

sala,

possibilidade de uso de estande, entre outros fatores.

Nas visitas, os servidores eram abordados em seus locais de trabalho, um estande era montado quando oportuno e materiais informativos sobre o ELSA eram distribuídos. Na maior parte das unidades de ensino, visitas pontuais eram realizadas em todas as salas onde havia potenciais participantes. Na abordagem individual, cada servidor recebia as principais informações e o material impresso da pesquisa, além de ser convidado a preencher a ficha de contato que indicava o interesse em fazer parte da iniciativa.


Figura 1 – Print Screen da sessão "Participantes" do website institucional

Os materiais informativos e a ficha de contato estavam disponíveis também no website oficial do estudo (www.elsa.org.br). Ao disponibilizar informações relevantes para participantes, pesquisadores e o público em geral, o site se constituiu como uma das ferramentas utilizadas para o esclarecimento de dúvidas, divulgação de notícias e criação de imagem positiva do estudo diante da sociedade.

A divisão do portal por sessões (participantes, pesquisadores e público em geral) tornou possível o direcionamento do internauta para uma página adaptada aos seus interesses. Durante o período de recrutamento, a sessão “Participantes” disponibilizou instruções sobre como fazer parte da pesquisa, bem como informações de interesses dos já recrutados, como, por exemplo, detalhes dos exames que seriam realizados. Apesar da segmentação, todas as sessões do site possuem acesso irrestrito, o que dá aos internautas a possibilidade de visitar qualquer uma delas. Desde o seu lançamento, em julho de 2008, o site do ELSA Brasil também assumiu o papel de um difusor de ciência. A atualização de conteúdos


relevantes na área de ciência, como anteriormente citado, permite que, ao visitar o website, o usuário tenha acesso à informação sobre saúde relacionada às linhas de pesquisa do ELSA. Inesita Araújo chama a atenção para a importância da comunicação em saúde: A comunicação em saúde, mesmo quando se utiliza dos meios de comunicação comerciais, tem objetivos diferentes de quem está vendendo um objeto ou serviço. [...]. Já na saúde, as estratégias de comunicação devem ter o objetivo de estabelecer um debate público sobre um tema e de oferecer às pessoas informações suficientes para que elas possam tomar suas decisões e ampliar sua participação nas políticas públicas de saúde (ARAÚJO: 2001, p. 113).

A produção de conteúdo impresso (ver anexo B) também seguiu a lógica de segmentação. O Folder de Sensibilização (ver anexo C) visou a sensibilização de voluntários com conteúdo que detalhava a natureza do estudo, seus objetivos, financiamento, o perfil exigido para participar, a importância da participação, além da ficha de contato destacável. Uma versão com o mesmo conteúdo foi produzida em braile para facilitar a participação de servidores com deficiência visual.

Já o Folder Trilíngue traz informações sobre o estudo voltadas para a comunidade científica internacional, entre docentes, pesquisadores e gestores. Entre os conteúdos estão dados sobre o contexto de realização da pesquisa e a sua importância dentro do quadro de geração de conhecimento científico no Brasil. Além de folders, o ELSA produziu boletins informativos, lançados em momentos importantes para a pesquisa. Até o encerramento desta análise, três boletins foram elaborados. Em 2008, houve duas edições com distribuição específica: apresentação do estudo na inauguração do CI-BA, no mês de agosto, e no Congresso Mundial e Nacional de Epidemiologia, em setembro, onde o estudo foi lançado oficialmente pelo então ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O último informativo, que marcou o encerramento da Onda 1 ou linha de base do estudo, foi amplamente distribuído em todas as unidades da UFBA, em dezembro de 2010.


Além disso, brindes como canetas, bottons, calendários e bolsas têm sido utilizados como forma de “estar presente” no dia a dia dos participantes, já que os intervalos entre os contatos são de aproximadamente um ano e é necessário mantê-los motivados a continuar contribuindo com a pesquisa. Certamente, essas campanhas apresentaram diferentes resultados ao longo do processo de recrutamento, tornando importante o cruzamento dos dados de ingresso dos participantes na coorte com as atividades desenvolvidas pelo ELSA. Para tanto, detalharemos a seguir algumas das ações e produtos colocados em prática pela equipe do estudo na Bahia.

DIVULGAÇÃO EM CAMPO - UNIDADES DE ENSINO

Entendemos por divulgação em campo as ações realizadas em todo o campus da UFBA, durante o período de formação da coorte, com o objetivo de informar e convencer servidores elegíveis a participar do estudo. Entre as atividades de divulgação em campo realizadas, aqui divididas em unidades de ensino e unidades administrativas, escolhemos como exemplo as ações na Escola Politécnica da UFBA e o censo para identificação de público realizado na SPE.

A Escola Politécnica da UFBA, que tem na sua grade 11 cursos de graduação e 15 de pós-graduação, é uma das maiores unidades de ensino da Universidade. As visitas realizadas pela equipe do ELSA no local, nos dias 19 e 28 de maio de 2009, tinham como objetivo sensibilizar servidores elegíveis à proposta do ELSA. Para isso, a equipe realizou a ação de divulgação das 9h às 17h (inclusive durante o horário de almoço dos servidores) no dia 19, e das 13h às 17h no segundo dia, 28.

A ação na Politécnica foi inicialmente planejada com o uso de estande, urna para recolhimento das fichas de intenção e pontuais visitas a setores da Universidade. No entanto, a visita à unidade foi um exemplo da necessidade de não manter o plano de ação engessado. O uso de estandes, ação executada na visita do dia 19, não foi eficiente para atingir interessados elegíveis e acabou atraindo estudantes e não-servidores. Percebido isso, já no segundo


turno desse primeiro dia, identificou-se que era mais eficaz a realização de visitas em cada sala, dividindo a equipe nessas duas estratégias (estande e visita em sala).

Dois principais obstáculos foram percebidos na mudança de estratégia: a dispersão dos servidores no grande espaço físico do instituto e a inacessibilidade a algumas salas por fatores de segurança e/ou autorização. As visitas apontavam que em cada setor havia apenas um ou dois servidores, as demais pessoas presentes eram estagiários ou terceirizados. Como os servidores dificilmente eram encontrados nos seus postos de trabalho, foi necessário o estabelecimento de parcerias com outros funcionários para que estes contribuíssem com o estudo no papel de multiplicadores. A partir dessa experiência, foi definido que o levantamento do número real de servidores em cada unidade seria uma estimativa necessária para as próximas ações em campo.

Destacamos aqui um ponto negativo para a imagem do estudo, no entanto, sem grandes possibilidades de reversão. Como a definição da coorte do ELSA previa necessariamente critérios de exclusão, funcionários que se encontravam fora da faixa etária ou que não eram servidores do quadro permanente da instituição, por exemplo, costumavam demonstrar desagrado com o estudo ou com a Universidade por não poderem participar. Nesses casos, sempre houve a tentativa de reverter a situação, explicando os parâmetros nos quais se baseiam a definição da coorte, como por exemplo, o estabelecimento da participação apenas de servidores do quadro permanente, que tem o intuito de facilitar o seguimento desses participantes ao longo do estudo, visto que esses profissionais dificilmente se afastam da Universidade.

Destacamos ainda outro importante aspecto constatado nas unidades de ensino: a inacessibilidade dos docentes. Trecho transcrito de relatório da visita do dia 19 de maio de 2009 demonstra isso:

O mesmo não se pode dizer da maioria dos servidores docentes que não demonstrou muito interesse no ELSA e


alguns até desdenharam do estudo. Não foi incomum comentários como: „Prefiro ficar doente sem saber, essas coisas sempre pioram quando a gente fica sabendo‟ – „Se vocês querem cobaias, comprem uns ratinhos‟ – „Tenho mais o que fazer pra ficar brincando‟. Novamente nessa unidade foi perceptível que a divulgação para o público docente precisa de atenção específica, provavelmente algo mais institucional. Foi comum ver que ao avistar o estande, muitos se afastavam do local, não oferecendo oportunidade de contato com a equipe (Ver relatório completo no anexo D).

Essa situação demandou a elaboração de ações direcionadas aos docentes, visto que as visitas em campo não conseguiram atingir plenamente esse público. Envio de cartas com conteúdo voltado a este segmento e mensagem por e-mail assinada por pesquisadores e coordenadores do ELSA foram algumas das ações usadas para reverter o quadro.

DIVULGAÇÃO EM CAMPO: UNIDADES ADMINISTRATIVAS

As unidades administrativas da Universidade apresentam uma peculiaridade de público. Algumas delas, além de terem servidores fixos, são locais procurados por públicos de outras instâncias. Durante a divulgação nesses locais, foi possível abordar servidores que já tinham tido contato anterior com uma equipe do ELSA. Este é um aspecto positivo tanto pela possibilidade de maior sensibilização - por oportunizar que os servidores retirassem possíveis dúvidas do primeiro encontro-, quanto por atingir servidores e unidades que ainda não tivessem recebido visitas. Outra benesse seria a possibilidade de contato com servidores aposentados, público esse de difícil acesso, regressos

à

Universidade para resolver alguma pendência administrativa.

A possibilidade de atingir uma maior quantidade de pessoas nessas unidades, no entanto, é desafiadora por envolver uma pluralidade de públicos. Uma das ações relevantes no processo foi um censo realizado pela equipe de comunicação em um dos setores com maior fluxo de servidores: a SPE. O órgão, que presta atendimento de segunda a sexta-feira das 8:30h as 16:30h, é responsável pelo gerenciamento dos recursos humanos da UFBA (contratação, readaptação,

redistribuição,

substituição,

afastamento,

desligamento

e


aposentadoria), além de promover auditorias, manter arquivo e conceder benefícios.

Nas visitas realizadas à SPE, mesmo antes da realização do censo, foi identificada a possibilidade de contato com os servidores que eram atendidos no local, além dos servidores da própria unidade, o que resultou em um considerável número de preenchimento de fichas de contato. A unidade consistia ainda em uma possibilidade de reforço da necessidade de novos voluntários, mesmo entre os servidores já abordados. O fato de a equipe ser vista em ação reiterava que o ELSA ainda precisava de participantes e esses, os já recrutados, poderiam fazer indicações de colegas. Outro ponto positivo é a possibilidade de ampliação da difusão da imagem positiva do ELSA, uma vez que era comum encontrar participantes da pesquisa no local e os bons comentários e reconhecimento da equipe por parte desses chamavam a atenção dos demais servidores presentes.

Na referida unidade, destaca-se ainda a receptividade dos servidores que atuam no local, tanto para participar do ELSA, quanto para ajudar na divulgação entre os servidores que eram atendidos, o que culminou na firmação de parcerias para outras atividades, como por exemplo, o envio de cartas do estudo junto ao contracheque.

O censo na SPE, que fica localizada nas proximidades de um dos principais acessos do campus de Ondina, foi realizado durante cinco dias (de segunda a sexta-feira, das 08h-12h e da 12h30-16h30) entre os dias 12 e 16 de abril de 2010. A ação foi direcionada por um script pré-definido2. O objetivo era traçar um cenário, em especial quanto ao perfil dos servidores da UFBA que são atendidos no setor, e divulgar o ELSA para os mesmos, convidando-os a participar do estudo. Todos/as transeuntes foram abordados para responder questões sobre faixa etária, sexo e situação funcional (aposentado ou ativo).

2

Ver Script no anexo E.


Com essa finalidade, durante a referida semana, foi colocado um integrante da equipe do ELSA no local, em cada turno. No total, 227 servidores da UFBA estiveram na SPE durante a semana do censo e apenas quatro servidores recusaram-se a responder as perguntas da ficha. Considerando os dias da semana, os extremos (segunda e sexta-feira) consistiram em dias de maior movimento. Juntos, correspondem a quase 50% (48,9%) da frequência semanal. A avaliação por turno não apresentou discrepâncias: 52% no turno matutino e 48% no turno vespertino.

Figura 2 - Ficha de questões do censo realizado no SPE

É importante destacar dois fatores que podem ter implicado no resultado desse levantamento. Primeiro, a semana em que se realizou o censo foi marcada por fortes chuvas em Salvador. O outro fator, relatado de maneira informal por uma funcionária do local, foi um problema com o imposto de renda de alguns servidores, em especial os mais idosos, demanda que pode ter contribuído para o aumento desse público no local. Também foi percebido que na unidade, além de servidores, havia muitos dependentes (filhos, esposas, entre outros), logo, não elegíveis.


Número de entrevistados segundo sexo e faixa etária: Sexo

Frequency Percent 89 39,9% Masculino Feminino

134

60,1%

Total

223 100,0%

Tabela 1 - Censo SPE - Sexo

Idade

Frequency Percent

< 35

14

6,3%

35 – 44

17

7,6%

45 – 54

44

19,7%

55 – 64

48

21,5%

65 – 74

41

18,4%

> 74

59

26,5%

Total

223 100,0%

Tabela 2 - Censo SPE - Idade

Na ocasião, o objetivo do censo foi verificar o fluxo de servidores elegíveis na SPE que se enquadrassem nas faixas etárias e perfis com baixa participação no estudo naquele período – mulheres acima de 55 anos e homens de qualquer idade. Como revelou o resultado, percebemos que o fluxo dessa demanda específica não atendia às expectativas, muitos servidores que se encaixavam nesse perfil já eram participantes, motivo pelo qual não houve novas ações de divulgação na SPE. O censo, dessa forma, permitiu constatar estatisticamente o fluxo de diferentes públicos no local, o que orientou a decisão de redirecionar os esforços para uma nova etapa da divulgação: a ampliação das ações de indicação de participantes e de envio de mensagens eletrônicas. CAMPANHAS DE INDICAÇÃO

Ao longo do processo de recrutamento, muitos servidores inscritos, que preencheram a ficha de contato e sinalizaram que desejavam participar do


ELSA, externavam orgulho na possibilidade de integrar o estudo. Percebido isso, resolveu-se adotar como estratégia de recrutamento a indicação de potenciais participantes pelos servidores inscritos no ELSA. Quando o ELSA atingiu a marca de mil inscritos na Bahia, metade da meta estabelecida para o estado, a campanha “Quando 1 + 1 é igual a 2 mil” foi lançada.

Esse é o início da mensagem encaminhada para a lista de e-mails dos primeiros mil servidores inscritos, no período de 20 a 27 de agosto de 2009, convidando-os para integrar a campanha, indicando um colega para fazer parte do estudo: “Olá nome do servidor inscrito, você faz parte dos mais de mil servidores da Universidade Federal da Bahia que já se inscreveram para participar do ELSA Brasil. Além de conhecer melhor a sua própria saúde e contribuir para a construção de conhecimentos sobre a saúde do povo brasileiro, você pode continuar colaborando, dessa vez nos ajudando a alcançar a meta de 2 mil participantes na Bahia. Se cada um dos mil inscritos no ELSA trouxer mais uma pessoa para participar, alcançaremos rapidamente a meta de 2 mil participantes!”

Trata-se de uma campanha de indicação em que o servidor, que já teve contato e acreditou na proposta do ELSA, é estimulado a repassar para os colegas de trabalho a oportunidade de também participar do estudo. Destacase nessa ação a utilização do e-mail, que por si só potencializa o alcance da campanha, visto que a web constitui-se em espaço de compartilhamento de informações. A mensagem eletrônica oferece a possibilidade ao servidor inscrito de encaminhar imediatamente o convite para potenciais participantes, mediante apenas alguns cliques.

O sucesso de uma campanha de indicação é determinado no contato com o primeiro voluntário. A receptividade de cada voluntário pode difundir a imagem


do ELSA positivamente ou não. Destacamos algumas respostas3 de participantes ao pedido de indicação, enfatizando alguns aspectos reveladores. Na primeira mensagem destacamos a satisfação, o cumprimento de metas e a abertura de canais de comunicação como formas decisivas para criar a confiabilidade e, como consequência, a possibilidade de indicação de Prezados Coordenadores e demais componentes do Elsa, O resultado dos meus exames eu o recebi logo, assim como a orientação de vocês. Sou muito grata por tudo, conforme já tive a oportunidade de me expressar. Liguei para vários colegas para participarem da pesquisa. Alguns me deram o retorno. Desejo para vocês amplo e irrestrito sucesso, hoje e sempre. Que Deus lhes ilumine. No momento eu estou com um probleminha de coluna (estenose) mas, já passei para Deus e confio que tudo está dando certo. Continuo à disposição do Elsa. potenciais participantes:

Nesta outra mensagem, é perceptível o envolvimento com a proposta macro: Prezados Coordenadores: para mim foi um prazer e de certa forma me senti recompensado por estar participando de um estudo que trará frutos futuros para outras pessoas, Parabéns pelo esforço e competência. A campanha registrou 53 inscritos durante a semana de envio dos e-mails e 39 inscrições na semana seguinte, números esses que superam ou mantém os registrados na semana anterior à campanha (12 a 19 de agosto de 2009). Como pode ser percebido no gráfico abaixo, houve um aumento progressivo do número de aposentados – subindo de seis na semana anterior a realização da campanha para, respectivamente, 15 e 23 inscritos nas duas semanas subsequentes ao envio dos e-mails. Esse dado por si só já legitima a importância da ação, visto que esse é um público de difícil acesso.

3

Grifos nossos. Ver outras respostas e texto completo do e-mail nos anexos F e G, respectivamente. Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.


Campanha de Indicação Aposentados Antes Durante Depois Ativos

0

20

40

60

Situação funcional dos inscritos 80 100

Tabela 3 - Campanha de indicação: situação funcional dos inscritos. A semana anterior à realização da campanha compreende os dias entre 12 e 19 de agosto de 2009; o período de execução da ação vai de 20 a 27 de agosto de 2009; e a semana seguinte vai de 28 de agosto a 4 de setembro de 2009.

Mesmo não se tratando de uma ação de indicação especifica para o público masculino foi possível identificar um aumento do número inscrição de servidores homens durante a realização da campanha. Na semana da ação houve um aumento de 237,5% do número de inscrição de homens, considerando os oito inscritos na semana anterior. Seguido de aumento de 162,5% - também em relação à semana anterior a campanha - na semana após o envio dos pedidos de indicação. Destaca-se nesta estratégia a ampliação de agentes multiplicadores – em campanhas de marketing é conhecido como influência boca a boca 4 –, o uso do meio eletrônico e a dimensão do seu alcance, e a mudança de abordagem como forma de replicar as tentativas de sensibilização anteriores, já que os indicados possivelmente tiveram contato com o estudo, mas por alguma razão não foram sensibilizados a participar inicialmente.

4

Comunicação pessoal sobre um produto realizado por aqueles que o adquirem entre seus conhecidos próximos (Dicionário de Marketing, 2011)


ESTRATEGIAS DE DIVULGAÇÃO PARA PÚBLICOS ESPECÍFICOS

Homens e mulheres, aposentados e ativos, técnico-administrativos e docentes, com diferentes níveis de escolaridade. O público buscado pelo ELSA para integrar o grupo a ser estudado apresenta grande diversidade, o que refletiu em diferentes respostas ao logo da divulgação. Para Devani Reis, que se baseia nas teorias do estudioso Orozco Gómes5, a perspectiva das mediações implica toda uma soma de fatores, que pode causar influência no processo de sentido dos receptores, tais como a identidade particular de cada um, a família, a escola, o grupo de amigos, o bairro, o trabalho, a cidade, os meios de comunicação e a disposição dos indivíduos frente a estes, o nível de instrução, sexo, idade, etnia, religião, salário, classe social, ideologia, entre outros. Assim, por meio dessa identidade construída – e jamais acabada -, o receptor produzirá significados próprios, particulares e individuais. A tal apropriação, a negociação ou até mesmo a resistência plena das mensagens são decorrentes diretamente das diferentes mediações. (REIS: 2010, p.19).

As diferentes respostas às atividades de divulgação provocaram adaptações e melhorias das ações executadas e, em alguns casos, a criação de novas estratégias. No ELSA Bahia, a gestão das expectativas individuais foi baseada nas especificidades de cada público. A partir dela, conteúdos específicos foram pensados, em especial, para os servidores que apresentaram maior resistência às ações de comunicação inicialmente planejadas: os/as profissionais de saúde6, os/as aposentados/as, os homens e os/as professores/as. APOSENTADOS Entre os aposentados, foi assertiva a parceria firmada com a Assufba, sindicato dos servidores técnicos da UFBA. Através dessa organização, foi possível 5

Guillermo Orozco Gómez, doutor em educação pela Universidade de Harvard e catedrático em Ciências da Comunicação na Universidade de Guadalajara, é pesquisador dos processos de recepção e do campo comunicação-educação. 6 Ver relato e produto para esse público no anexo H.


coletar

um

mailing

de

endereços

dos

aposentados

para

envio

de

correspondência direcionada ao público7. Os integrantes da Coordenação de Aposentados do sindicato se tornaram multiplicadores e parceiros essenciais na divulgação da pesquisa.

A parceria incluiu a autorização para que a equipe do ELSA participasse de eventos com grande concentração de aposentados – o que viabilizou o contato pessoal com muitos desses servidores – e, ainda mais importante, a divulgação da pesquisa para cada potencial participante que visitasse a coordenação. Para isso, vários folders foram confiados, e repostos diversas vezes, na coordenação, já que os multiplicadores incentivavam os visitantes a preencherem as

fichas de

contato.

A sensibilização

dos servidores

aposentados através da equipe da Assufba mostrou-se eficaz. Entendemos esse resultado por conta da proximidade e confiança entre os servidores e os sindicalistas.

Durante a divulgação, por conta de algumas características percebidas, constatou-se que cada contato com os servidores aposentados deveria ser conduzido com redobrada atenção e encaminhado de forma a esgotar todas as possibilidades de convencimento. Entre essas características, destaca-se a inacessibilidade - em sua maioria, esses servidores não são encontrados na Universidade – e certa resistência por, nessa faixa etária, esse público ter uma rotina médica estabelecida, mostrar mais receio em aceitar participar da pesquisa e temor em preencher a ficha de contato devido a possibilidade de fraudes.

A escolha da ficha de contato e do telefone como forma escolhida por grande parte dos aposentados (como ilustrado no gráfico abaixo com a forma de inscrição de todos os aposentados no ano de 2009) é revelador do perfil desse público: que é pouco alcançado pela internet e mais acessível ao preenchimento de fichas nas ações em campo e ao telefone.

7

Para exemplo de produto elaborado para este público específico, ver encarte no anexo I.


Entrada de aposentados em 2009 300 200 100 0 Ficha

Telefone

Web

Presencial

Modo de entrada dos participentes

Tabela 4 - Forma de inscrição adotada pelos aposentados

Dos 365 servidores aposentados inscritos para participar do estudo, 231 escolheram a ficha de contato como meio de demonstrar seu interesse. Devese considerar que a categoria “ficha” corresponde à devolução da ficha de contato, que acompanha o folder de sensibilização, preenchida. Quanto ao indicador “telefone”, que somou 100 inscrições, trata-se do contato feito pelo servidor para o ELSA e, nos gráficos aqui apresentados, não inclui contatos feitos pelo ELSA Brasil para potenciais servidores. Já o indicador “web”, aponta o recebimento de dados dos candidatos via site ou e-mail, 31 no total. E, por fim, o número de servidores que foram ao CI Bahia fazer a inscrição – 3 pessoas – são indicados no campo “presencial”.

Encartes e cartas foram produzidos com conteúdos direcionados para este público. Na elaboração, pensava-se cuidadosamente na adaptação da linguagem e do tamanho das fontes (maior, por conta de prováveis dificuldades de leitura). Argumentos importantes para sensibilizar este seguimento foi o posicionamento dos aposentados como ainda integrantes da instituição e o destaque da importância dos mesmos na produção de conhecimento da Universidade.


SERVIDORES DO SEXO MASCULINO

Para traçar um panorama da saúde dos adultos brasileiros que preservasse a diversidade no que diz respeito às questões de gênero, o estudo buscou manter um número equilibrado entre homens e mulheres na formação da coorte.

Em abril de 2010, então com 1700 voluntários inscritos e mais de 1300 participantes que já haviam realizado exames e entrevistas, o ELSA na Bahia havia atingido 96% da amostra de mulheres. Entretanto, a participação de servidores

homens,

independentemente

da

faixa

etária

e

categoria

ocupacional, ainda era pequena.

Várias ações foram realizadas para reversão do quadro, principalmente por meio do envio de mensagem direcionadas a este público. Entre elas, destacase o envio de carta8 por e-mail para os servidores do sexo masculino, com conteúdo direto e transparente sobre a real situação (número de mulheres quase atingido e número reduzido de homens no estudo) e que incluía ainda depoimentos de servidores que ingressaram no estudo e se sentiram acolhidos e/ou surpreendidos com a iniciativa.

No mesmo modelo, e de forma a contemplar separadamente os públicos de homens docentes e de homens aposentados, duas outras cartas foram enviadas. Em maio de 2010, uma mensagem com conteúdo semelhante ao descrito acima foi enviada a 248 professores através do e-mail de Maurício Barreto, professor da UFBA que integra o grupo de pesquisadores principais do ELSA na Bahia. Ao encaminhar a mensagem pelo e-mail de Barreto, a ação visou aproveitar a credibilidade do pesquisador junto à comunidade acadêmica para sensibilizar potenciais participantes.

8

Ver correspondência na integra no anexo J.


Para o grupo de homens aposentados foi enviada uma carta anexada aos seus contracheques. A ação, realizada em junho de 2010, contemplou 1800 aposentados que estavam na faixa etária elegível para participar do estudo.

Mensagens

com conteúdos semelhantes

foram divulgadas nos

sites

institucionais de diferentes unidades da UFBA. Além do envio de mensagens, uma campanha boca a boca reforçou aos participantes, nas visitas destes ao CI e durante as ações em campo, a necessidade de diversificação da coorte com a entrada de novos participantes homens.

ESTRATEGIAS DE FORTALECIMENTO DA MARCA

Como citado anteriormente, a importância do fortalecimento da marca ELSA Brasil na pesquisa vai além da possibilidade de agregar valores positivos ao estudo e constitui-se em ponto-chave para a permanência dos participantes na coorte. Depois da finalização da linha de base, momento no qual os participantes realizaram exames e entrevistas no CI, os contatos diretos da equipe do ELSA com os participantes são poucos ao longo do ano – monitoramento por telefone anualmente e informações sobre resultados de exames-, o que exige a elaboração de estratégias que permita ao ELSA Brasil “estar presente” em outros momentos.

Reter e rastrear os participantes da coorte é crucial para estudos "longitudinais" de coorte, ou seja, aqueles que requerem contato periódico com os participantes após a entrada no estudo para atualização dos créditos e / ou eventos. Um grande esforço em tais estudos será dedicado ao acompanhamento, um dos maiores desafios para o sucesso de um estudo de coorte longitudinal. Embora estudos bem desenhados ainda tenham alguma perda de seguimento, existem várias estratégias e atividades que podem ser executadas para manter a perda ao mínimo (HUNT: 1998, p. 1, tradução nossa).

Na UFBA, as estratégias de fortalecimento da marca tiveram início na inauguração do CI Bahia (com boletim sobre a pesquisa), continuando no período de divulgação (com boletins, cartazes, folhetos, estande, urnas


personalizadas e outdoor), no recrutamento de participantes (caneta e bolsa para transporte de coletores com logomarca) e se manteve ao longo da formação da linha de base (com distribuição de calendários anuais, boletins de balanço em momentos importante para o estudo e e-mails em datas festivas).

Figura 3 - (Esq. para dir.) Urna de coleta de fichas de inscrição, bolsa para transporte de coletores dos participantes, bolsa para entrevistadores e bottons

No inicio da divulgação, em 2008, outdoors foram utilizados e, na época, tornaram-se importante elemento de fortalecimento da marca. No mês de agosto de 2008, o referido outdoor foi colocado no espaço reservado ao Instituto de Saúde Coletiva, no bairro do Canela, e exposto durante todo o período de recrutamento.

Figura 4 – Outdoor

No período de 13 a 19 de agosto de 2008, outros quatro outdoors com o mesmo layout foram disponibilizados na rede de outdoors da UFBA, especificamente na rede B, que contempla os espaços da Faculdade de


Medicina (Vale do Canela), entrada principal do Campus de Ondina, Serviço Médico Universitário Rubens Brasil (Federação) e Centro de Esportes (Ondina). No outdoor, as características de elegibilidade para o estudo, contato telefônico e endereço do Website são informados.

Na semana de exibição dos outdoors na rede UFBA houve um aumento de 1300% nas inscrições. O percentual é o mesmo para o número de inscritos na semana que sucedeu a exibição da peça. O aumento do cadastramento através do telefone, quase inexistente nas semanas vizinhas a campanha, bem como o número de servidores ativos inscritos - considerando que esse é o público de mais fácil alcance nessa ação – atestam a eficácia da campanha, como ilustra os gráficos adiante:

30 25 20 15 10 5

Após

0

Durante Telefone

Ficha

Web

Antes

Presencial

Total

Outdoor: Modo de entrada de participante

Antes

Durante

Após

Tabela 5 - Outdoor: entrada de participantes

5. Referências bibliográficas ARAÚJO, Inesita Soares de. Comunicação e saúde. Educação e saúde. / Organizado por Carla Macedo Martins e Anakeila de Barros Stauffer. p. 101-224, Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007.


BIZZO, Maria Letícia Galluzzi. Difusão científica, comunicação e saúde.Cad. Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.1, pp. 307-314. Bueno, Wilson da Costa. O que está faltando ao Jornalismo Científico brasileiro? Disponível em: <http://www.jornalismocientifico.com.br/jornalismocientifico/artigos/jornalismo_ci entifico/artigo25.php>. Data do acesso: 26 de novembro de 2010. HUNT, Julie R., WHITE, Emily. Retaining and Tracking Cohort Study Members. Epidemiologic Reviews, 1998. 20: 57-70. IVANISSEVICH, Alicia. A missão de divulgar ciência no Brasil. Cienc. Cult. vol.61 nº 1. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S000967252009000100002&script=sci_arttext>. Data de acesso: 26 de novembro de 2010. OLIVEIRA, Fabíola de. Jornalismo Científico. São Paulo: Contexto, 2007. YANCEY, Antronette K., ORTEGA, Alexander N., KUMANYIKA, Shiriki K. Effective Recruitment and Retention of Minority Research Participants. Annu. Rev. Public Health, 2006. 27: 1-28. REIS, Devani Salomão de Moura. Comunicação em saúde: variáveis que interferem na recepção da mensagem. BIS - Boletim do Instituto de Saúde: Comunicação e Saúde, São Paulo, v. 12, n1, p. 16-21, abr. 2010. ZAMBONI, Lilian M. S. Cientistas, Jornalistas e a Divulgação Científica. São Paulo: EditoraAutores Associados, 2001.

Relatório Final – Parte II

1. Atividades realizadas no período - Levantamento, leitura e análise de relatórios das ações de divulgação; - Levantamento e leitura de bibliografia; - Tabulação comparativa entre o ELSA e outros três estudos internacionais (The Multicenter AIDS Cohort Study, The Nurses'Health Study, The St Louis Effort to Reduce the Spread of AIDS Study) ;


- Produção de matérias, entrevistas, agenda de eventos científicos e fotos para atualização do site; - Entrevista e discussão com envolvidos no processo de formação do Núcleo de Comunicação e com equipe de comunicação e recrutamento; - Planejamento e participação em campanha de fortalecimento da marca: distribuição de calendários 2011; - Redação do relatório de pesquisa.

2. Participação em reuniões científicas e publicações

- Reuniões periódicas com o Núcleo de Comunicação do ELSA Bahia. - Palestra Desafios Atuais da Comunicação nas Organizações, ministrada pelo Phd em comunicação Cláudio Cardoso no dia 18 de julho de 2011 na Livraria Saraiva, Salvador. - I Oficina Científica do ELSA Brasil realizadas no dia 6 e 7 de dezembro, no Hotel Golden Tulip, com o objetivo de discutir a produção de artigos para um suplemento especial da Revista de Saúde Pública dedicado ao estudo. - Ciclos de Jornalismo: Jornalista Multimídia: que profissional é esse? Atividade de extensão da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM-UFBA) realizado no dia 28 de outubro de 2010. - Ciclos de Jornalismo: Jornal Popular: por que cresce na Bahia? Atividade de extensão da Faculdade de Comunicação da UFBA realizado no dia 28 de outubro de 2010. - Café com Prosa: Mídias Sociais e o Mercado de Trabalho. Atividade de Extensão do curso de Comunicação Social da Faculdade Social da Bahia (FSBA) realizado no dia 30 de março. - In-Gula: Prazeres e Riscos na Alimentação. Seminário realizado na FACOM_UFBA para alunos de jornalismo com o terapeuta natural Dr. Fernando Hoisel. Sobre alimentação e comunicação, evento realizado dia 07 de julho de 2011. - Curso de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, entre os dias 3 e 14 de maio, promovido pela ONG Juspopuli Escritório de Direitos Humanos.


- XI Seminário de Pesquisa e o XXIX Seminário Estudantil de Pesquisa da UFBA, realizado no dia 11 de novembro de 2010. Apresentação do artigo “Estratégias de divulgação de pesquisas na internet: um estudo de caso do ELSA Brasil no contexto internacional” (Apresentador: Rafael Brandão Valois Leite/Orientadora: Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino). - XI Seminário de Pesquisa e o XXIX Seminário Estudantil de Pesquisa da UFBA, realizado no dia 11 de novembro de 2010. Apresentação do artigo “Validação do questionário de frequência alimentar-QFA-ELSA Brasil (UFBA): aspectos metodológicos” (Apresentador: Flaviane de Jesus Santos/Orientador: Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino).


ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia. Registro das atividades de Comunicação ELSA Bahia

ATIVIDADE

DATA(S) OU PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Criação da logomarca do ELSA

2006

Ações de divulgação voltadas para o lançamento do ELSA na UFBA (convite, cartazes, folder, release e registro audiovisual).

Outubro e novembro de 2006

Divulgação do ELSA durante cerimônia de aposentadoria de servidores da UFBA.

Dezembro de 2007

Produção e envio de matéria informativa sobre o ELSA para a Assessoria de Comunicação do HUPES.

Março de 2008

Criação do site do ELSA.

Inauguração em Julho de 2008

Ações de divulgação voltadas para a inauguração do CI ELSA Bahia (convite, notícias e notas enviadas, relatório e clipping do evento).

De 20 de Julho a 20 de Agosto de 2008

Ações voltadas para a divulgação do ELSA no EPI 2008, incluindo presença com estande, produção e distribuição de boletins confeccionados especificamente para o evento.

De 01 a 24 de setembro de 2008.

Divulgação com Outdoor do ELSA no espaço reservado ao ISC (Canela).

Agosto de 2008

Divulgação com Outdoor do ELSA na rede B de outdoor da UFBA (Geociências, Medicina Veterinária, FACED e PAF).

13 a 19 de Agosto de 2008

Divulgação no Campus de Ondina (geral).

Dias 01, 03, 04 e 11 de Dezembro de 2008

Distribuição dos Calendários ELSA, acompanhados de cartas direcionadas aos servidores.

Dias 12, 13, 14 e 19 de Janeiro de 2009

Divulgação na reunião de aposentados da Assufba.

21 de Janeiro de 2009

Nova distribuição dos calendários ELSA.

Envio de texto informativo sobre o ELSA para publicação no “UFBA em Pauta”.

Dias 11, 13, 16, 17, 18, 19 e 20 de Março de 2009

23 de Março de 2009


ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.

Divulgação no Núcleo 8 (Prefeitura do Campus; Coordenação de Segurança dos Campi; Superintendência de Pessoal; Superintendência Administrativa; Espaço do Servidor). Divulgação durante curso para servidores no CDH.

06 de Maio de 2009

06 de Maio de 2009

Divulgação na Faculdade de Geociências.

14 de Maio de 2009

Envio de texto sobre a conclusão da primeira fase de divulgação para o “UFBA em Pauta”.

19 de Maio de 2009

Divulgação com estande na Escola Politécnica.

Dias 19 e 28 de Maio de 2009

Divulgação na Prefeitura de Campus Universitário (PCU).

26 de Maio de 2009

Divulgação na Escola de Dança, Hospital de Medicina Veterinária Renato Medeiros Neto e na Escola de Medicina Veterinária. Divulgação no Núcleo 6 (Instituto de Biologia; Divisão de Material; Edufba; Faculdade de Comunicação). Envio de texto de divulgação para o site da ASSUFBA.

Divulgação nas faculdades de Ciências Contábeis e Ciências Econômicas

04 de Junho de 2009

09 de Junho de 2009

17 de Junho de 2009

17 de Junho de 2009

Divulgação no Serviço Médico Universitário Rubens Brasil – SMURB UFBA

18 de Junho de 2009

Divulgação nas escolas de Dança, Medicina Veterinária, Faculdade de Comunicação, Editora Universitária, Instituto de Biologia e Divisão de Material.

19 de Junho de 2009

Envio de “notícia padrão” informativa sobre o ELSA para sites de unidades da UFBA. Envio de texto sobre divulgação do ELSA no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) para o “UFBA em Pauta”. Divulgação nos institutos de Física e Química.

Julho de 2009

08 de Julho de 2009 08 de Julho de 2009


ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.

Divulgação no Pavilhão de Aulas do Canela (PAC) e na Faculdade de Farmácia.

13 de Julho de 2009

Divulgação no Hospital Universitário Professor Edgar Santos - HUPES

Dias 14, 15, 23, 24 e 30 de Julho de 2009

Divulgação na Biblioteca Central Reitor Macedo Costa e recolhimento das fichas em Física e Química.

16 de Julho de 2009

Envio de texto de divulgação para os sites das unidades da UFBA.

20 de Julho de 2009

Divulgação no Hospital de Medicina Veterinária

21 de Julho de 2009

Divulgação no PAF 3 e recolhimento de urnas na Biblioteca Central, PAF 2, Farmácia e Letras.

22 de Julho de 2009

Produção de texto para a Intranet do HUPES, destinado aos servidores do Hospital.

27 de Julho de 2009

Divulgação no PAF1 e no Instituto de Matemática e recolhimento de fichas no PAF 3.

29 de Julho de 2009

Divulgação na agência do Banco Real (Campus de Ondina)

03 de Agosto de 2009

Divulgação no Hospital Universitário Professor Edgar Santos - HUPES

Dias 12, 13, 18 e 19 de Agosto de 2009

Campanha 1 + 1 = 2000.

20 a 26 de Agosto de 2009

Divulgação na reunião do Grupo de Trabalho de aposentados da ASSUFBA.

20 de Agosto de 2009

Apresentação do ELSA no Projeto “Sala de Espera” e no “Programa de Convivência” do SMURB

25 de Agosto de 2009

Divulgação nas unidades/órgãos no Terreiro de Jesus (Faculdade de Medicina, Museus e Escola Oficina).

27 de Agosto de 2009

Divulgação na Prefeitura do Campus

31 de Agosto de 2009

Divulgação na agência do Banco Real (Campus de Ondina)

01 de Setembro de 2009

Divulgação na agência do Banco do Brasil (Campus de Ondina)

02 de Setembro de 2009

Divulgação para o Madrigal (Escola de Música)

21 de Setembro de 2009


ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.

Divulgação na Faculdade de Educação, Instituto de Ciências da Saúde e Faculdade de Administração.

23 de Setembro de 2009

Divulgação para a orquestra da Escola de Música

24 de Setembro de 2009

Divulgação no Instituto de Ciências da Informação e na Escola de Nutrição

29 de Setembro de 2009

Divulgação na Escola de Nutrição Envio de texto com depoimentos de participantes para os sites de unidades da UFBA e para o “UFBA em Pauta”.

30 de Setembro de 2009

Divulgação na Faculdade de Odontologia

01 de Outubro de 2009

Divulgação na Assembleia de Aposentados da ASSUFBA Envio de texto sobre a marca de 1000 participantes recrutados para publicação no site da ASSUFBA.

30 de Setembro de 2009

Dias 21 de Outubro de 2009 e 18 de Novembro de 2009

01 de Novembro de 2009

Envio de matéria sobre a marca de 1000 participantes recrutados pra o site da UFBA. Produção de texto sobre a marca dos 1000 participantes recrutados para Boletim da ASSUFBA.

17 de Novembro de 2009

Divulgação na Faculdade de Farmácia.

26 de Novembro de 2009

Divulgação no Congresso da Assufba.

De 26 a 27 de Novembro de 2009

Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades do campus de Ondina.

04 de Dezembro de 2009

Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas na Federação.

10 de Dezembro de 2009

Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas no Vale do Canela.

15 de Dezembro de 2009

Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas no Canela.

11 de Janeiro de 2010

Divulgação em evento da Assufba de homenagem aos servidores aposentados.

22 de Janeiro de 2010

Envio de cartas para o endereço eletrônico de docentes da Universidade.

Fevereiro de 2010

Envio de cartas para e-mail de docentes homens.

Abril de 2010

Envio de cartas (1300) para a residência de servidores aposentados da UFBA.

Março de 2010

Divulgação no SPE.

29 de Março de 2010

13 de Novembro de 2009


ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.

“Censo” no SPE.

De 12 a 16 de Abril de 2010

Divulgação na Prefeitura do Campus

27 de Abril de 2010

Divulgação na Faculdade de Direito. Envio de texto de divulgação destinado a servidores homens para os sites de unidades da UFBA.

Dias 06, 17 e 21 de Maio de 2010

Envio de mensagens eletrônicas (248) para docentes do sexo masculino através do e-mail do Professor Maurício Barreto.

13 de Maio de 2010

14 de Maio de 2010

Envio de texto destinado a homens para Boletim da APUB.

18 de Maio de 2010

Envio de texto dirigido aos servidores do sexo masculino para o “UFBA em Pauta”.

01 de Junho de 2010

Envio de cartas anexadas ao contracheque (1800) de servidores aposentados do sexo masculino. Envio de mensagem para voluntários solicitando a indicação de conhecidos que ainda não faziam parte do ELSA. Envio de e-mails de indicações de participantes docentes em nome da Prof.ª Cristina Quintella.

Envio de cartas (150) para os servidores em situação pendente.

Junho de 2010

Dias 16 e 19 de Julho de 2010

20 de Julho de 2010

Julho/Agosto de 2010


ANEXO B – Registro de produtos de comunicação do ELSA Bahia

Produto

Características

Folder de Sensibilização

Folder entregue aos servidores na faixa etária indicada para participação no ELSA com informações sobre o que é a pesquisa, quem pode participar e por que é importante participar do estudo. Contém a ficha de contato a ser preenchida pelo potencial participante.

Folder em Braile

Folder trilíngue

Encarte para aposentados

Encarte para profissionais de saúde

Boletim ELSA Bahia agosto de 2008

Tiragem/Quantidade

6.500 (Bahia)

Versão em braile do folder de sensibilização voltada para pessoas com deficiência visual.

60 (Bahia)

Produto voltado para a comunidade científica (docentes e pesquisadores). Contém informações sobre o que é o estudo e qual sua importância no contexto de geração de conhecimento no país.

1800 (geral) 300 (Bahia)

Deve ser anexado ao Folder de Sensibilização quando este for entregue a servidores aposentados que se encaixem no perfil do estudo. O objetivo é que o material sirva de complemento ao conteúdo do Folder de Sensibilização específico para os aposentados pelas especificidades de idade e situação funcional.

Deve ser anexado ao Folder de Sensibilização quando este for entregue a profissionais da área de Saúde que se encaixem no perfil do estudo. O encarte específico para esse público foi desenvolvido por esse ser um segmento mais resistente e com conhecimentos específicos e afins ao objeto do Elsa. O encarte foi pensado para profissionais dos hospitais universitários que vão de nível fundamental ao nível superior.

Boletim de apresentação do ELSA e do CI Bahia distribuído no dia da inauguração oficial da sede.

Boletim ELSA Brasil setembro de 2008 - ELSA Brasil no EPI 2008

Boletim que contém informações sobre o estudo e sobre a participação do ELSA Brasil nos Congressos Mundial e Nacional de Epidemiologia.

Calendário e carta aos servidores para início de 2009

Calendário anual de 2009 com a marca do estudo distribuído com uma carta de apresentação da pesquisa aos servidores da UFBA.

2500 (Bahia) 16200 (geral)

1800 (Bahia) 2900 (geral)

1000

5000

2500


ANEXO B – Registro de produtos de comunicação do ELSA Bahia

Guia de Participação

Guia de Serviços

Cartaz

Site

Urnas

Outdoor

Canetas Bottons Boletim ELSA Brasil setembro de 2010

Publicação voltada para participantes do estudo que contém orientações para a realização dos exames e visitas ao CI.

16200 (geral) 2500 (Bahia)

Guia que lista órgãos e unidades de atendimento gratuito nas áreas de saúde e de assistência social entregue aos participantes no fim da visita ao CI ELSA Bahia.

2000

Cartaz do estudo utilizado nas visitas de divulgação nas unidades e órgãos da UFBA.

3000 (geral) 450 (Bahia)

Website institucional do ELSA Brasil com conteúdo voltado ao participante da pesquisa, a pesquisadores e ao público em geral sobre o estudo.

Urnas de papelão colocadas nas unidades da UFBA nos períodos de divulgação para depósito das fichas de contato. Três urnas foram colocadas de forma permanente nos seguintes locais: Assufba, SPE e Smurb.

Contém conteúdo de divulgação do ELSA e foi colocado na rede de outdoors da universidade.

Canetas com a marca do ELSA Brasil distribuídas como brinde aos participantes e colaboradores da pesquisa. Estampados com a marca do ELSA, os bottons foram distribuídos em divulgações com uso de estande. Boletim que contém as informações da finalização da Onda 1, distribuído em todas as unidades e órgãos da UFBA.

20

5

3000

2500 3000


ANEXO C – Folder de sensibilização - BA


ANEXO C – Folder de sensibilização - BA


ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09 Relatório de visita à Escola Politécnica 19.05.09

A visita foi realizada no dia 19 de maio de 2009, com saída do CI ELSA às 8h 45, utilizando veículo disponibilizado pelo ISC. Devido à utilização do estande para a divulgação, os responsáveis pela divulgação no turno da manhã (Fábio – Comunicação e Claudia – Entrevistadora) ficaram até pouco mais que 13h, quando Jane e Inês (Comunicação) chegaram para assumir o turno da tarde. Assim, o estande não ficou vazio, nem precisou ser desarmado, além de ter ficado disponível para os servidores que só tiveram o horário de almoço para saber mais sobre o ELSA ou para preencher a ficha. O estande foi desmontado às 16:45, com chegada no CI às 17:15.

Turno Matutino 

Foi feito o contato com a secretária Cíntia que nos recebeu muito bem e nos indicou o local onde deveríamos armar o estande. Pedimos autorização para conversarmos com os servidores nas suas próprias salas de trabalho, todavia, assim como aconteceu na maioria das unidades, ela pediu que fôssemos apenas às salas administrativas, excluindo a possibilidade de acesso a laboratórios ou salas de professores.

Cíntia nos alertou que a grande maioria dos servidores que tinha interesse em ingressar no estudo já o tinha feito, mesmo assim, ela nos deixou a vontade para tentarmos cooptar novos participantes, apenas respeitando as restrições já esclarecidas no tópico anterior.

O local que ela indicou para colocação do estande foi uma área próxima aos caixas do Banco do Brasil, no quinto andar, porém foi constatada pouca movimentação de servidores. Assim o estande foi deslocado para o lado de fora dessa área, onde ficam as escadas de acesso e a movimentação é maior. Depois dessa alteração, foi possível ter acesso a um número maior de servidores, principalmente, docentes.

Na divulgação feita nas salas, foi constatado que, apesar do tamanho da unidade, há uma grande quantidade de espaços ociosos, além de um número grande de funcionários terceirizados. Sem contar os servidores que trabalham em laboratórios com quem não pudemos falar.


ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09 

Os servidores com quem conseguimos falar mostraram-se interessados na pesquisa, todavia a adesão imediata foi descartada pela maioria, que preferia pensar melhor e afirmaram que, caso decidam pela participação, se inscreveriam pelo site ou telefone.

O mesmo não se pode dizer da maioria dos servidores docentes que não demonstrou muito interesse no ELSA e alguns até desdenharam do estudo. Não foi incomum comentários como: “Prefiro ficar doente sem saber, essas coisas sempre pioram quando a gente fica sabendo” – “Se vocês querem cobaias, comprem uns ratinhos” – “Tenho mais o que fazer pra ficar brincando”.

Turno Vespertino 

Durante a tarde, o trabalho foi divido: uma divulgadora ficou no estande e a outra visitou as salas administrativas da unidade.

No estande, houve pouca circulação de servidores e os que pararam ao ver a estrutura, em sua maioria, já estavam inscritos no projeto, apenas queriam tirar dúvidas, ou demonstravam interesse em ver a divulgação na unidade, uma vez que já estão participando do estudo.

Na visita às salas do setor administrativo, muitos servidores já conheciam o estudo, ou porque algum colega já estava inscrito ou porque receberam a visita de divulgação pela manhã. O número de servidores nas salas estava bem abaixo do esperado, apenas uma ou duas pessoas do turno vespertino em cada sala, além de muitas salas fechadas ou com acesso restrito.

Entre essas pessoas, não participantes e servidores que ainda não haviam recebido a visita naquele dia, houve poucas recusas em participar do projeto. Pode-se dizer que o número reduzido de fichas de contato preenchidas se deva ao pequeno número de servidores nos locais, ainda que o tamanho da unidade indique o contrário. É provável que os locais de acesso restrito, como laboratórios e salas de professores, concentrem vários servidores ainda não contemplados na divulgação.

Novamente nessa unidade foi perceptível que a divulgação para o público docente precisa de atenção específica, provavelmente algo mais institucional.


ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09 Foi comum que ao avistar o estande, muitos se afastavam do local, não oferecendo oportunidade de contato com a equipe. 

Ficou claro que o uso de servidores multiplicadores é uma estratégia que precisa ser explorada, já que entre os servidores já participantes do estudo, inclusive professores, a opinião positiva em relação ao mesmo foi unânime. Um dos docentes, inclusive, afirmou que ia avisar aos colegas para visitarem o estande.

Relatório de visita à Faculdade Politécnica 28.05.09

A visita foi realizada no dia 28 de maio de 2009. A programação inicial previa saída de Fábio (Comunicação) e Acácia (Entrevistadora) do CI ELSA pela manhã, às 9h, com urna, estande e material de divulgação, e a ida de Inês e Jane (Comunicação) para a Politécnica às 13h, com retorno ao CI às 17h. Este plano não pôde ser cumprido porque Acácia ficou doente e não houve outro/a entrevistador/a disponível.

Turno Vespertino 

Na chegada, a dupla fez contato com a secretária da administração. Ela confirmou a autorização para visitar os laboratórios e salas de professores na unidade.

As visitas realizadas nos locais aos quais não tínhamos acesso incluíram: Laboratório de Termoquímica, Geotecnia, Laboratório de Reações de Químicas, Laboratório de Energia, Laboratório de Análises Físico Químicas, TECLIM, grupos de Resíduos Sólidos, Saneamento e Saúde Ambiental, Núcleo de Pesquisa em Engenharia Ambiental e as salas dos professores Ednildo Andrade (uma seção que reunia várias salas/professores), José Oliveira Júnior, Fausto Júnior e Franklin Teixeira, e José Barbosa Filho, estando estas três últimas fechadas.

A visita foi realizada em toda a unidade, inclusive nas salas já visitadas. Nestas os servidores já haviam preenchido a ficha de contato. Como na visita anterior, foi constatado que o número de servidores é bem menor que o esperado. Há


ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09 muitos terceirizados, antigos na UFBA, mas sem o vínculo com a instituição necessário para participar da pesquisa. Na maioria das salas visitadas, há apenas um servidor responsável pelo local, os demais são estudantes ou terceirizados. Esse profissional, por sua vez, dificilmente é encontrado em sala. A estratégia adotada foi deixar as fichas com algumas secretárias junto com o contato da equipe de Comunicação do estudo. Essas prometeram ligar para nos avisar quando buscar as fichas. Nas salas onde não havia essa opção, a ficha foi deixada em cima da mesa de trabalho do servidor e, no caso dos professores, colocada por baixo da porta. 

Toda a unidade foi visitada, com exceção de um complexo de salas no fim do corredor do 3º andar, Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais. Após contato com a secretária, optamos por não entrar já que esta disse que no local os professores estão sempre em aulas ou atividades de pesquisa e que o acesso só seria possível se usássemos o interfone para ligar para o ramal de cada professor chamando o mesmo para a divulgação. Mesmo visitando todas as demais salas da unidade, nenhuma ficha de contato foi obtida, pois todos os servidores que estavam em suas salas e foram abordados, com exceção de dois professores e um funcionário que pediram para ler o material e decidir depois, disseram já ter preenchido a ficha de contato em visitas anteriores. Nos locais novos, praticamente não havia servidores.

Como a quantidade de fichas preenchidas nas sucessivas visitas à Politécnica é bem abaixo do esperado considerando o tamanho da unidade, acreditamos que a atual estratégia, a visita em cada sala com duplas, já não surte o efeito desejado. Como opção para rever a divulgação na unidade, sugerimos que seja obtido o número total de servidores do local, discriminando docentes e funcionários. Numa comparação com dados do número de fichas de contato de funcionários da Politécnica já preenchidas, será possível ver se os resultados estão mesmo insuficientes ou se o número de funcionários é menor que o imaginado, como demonstram as impressões obtidas com as visitas (os servidores que diziam já estar inscritos quando perguntados sempre falavam que naquele corredor todos já estavam participando). Caso isso esteja correto, será necessário focar a divulgação nos docentes, público pouco sensibilizado com a atual estratégia de divulgação do projeto, como dito anteriormente.


ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09 

Os dados sobre o número de funcionários e docentes em cada unidade/órgão seria uma informação importante em todas as visitas agendadas a partir de agora.

Sugerimos também que a visita marcada pela manhã seja realizada com o fim de buscar as fichas de contato dos folders distribuídos neste dia, além da possibilidade de acesso aos servidores que estavam fora das salas no período da tarde.

Contatos para uma nova visita:

1 - Laboratório de Termoquímica/servidora Simone – 3º andar (não estava no local, folder deixado na mesa); 2 – Geotecnia – 3º andar (folders para cinco servidores deixados com a funcionária terceirizada Lívia, a mesma se comprometeu a reunir as fichas preenchidas e nos ligar para buscá-las); 3 – Sala de Ednildo Andrade – 3º andar (folders para cinco servidores deixados com a funcionária terceirizada Vera, a mesma se comprometeu a reunir as fichas preenchidas e nos ligar para buscá-las); 4 – Secretária de Minas e Energia - 3º andar (secretária já inscrita, foi deixado um folder para a secretária da manhã) 5 - Grupo de Resíduos Sólidos – 4º andar (ficha entregue à professora responsável, única servidora que trabalha no local); 6 – Laboratório de Análises Físico-Químicas – 4º andar (os servidores estavam trabalhando no momento, a “divulgação” foi feita para um deles que se comprometeu a distribuir os folders para os 5 funcionários); 7 – Núcleo de Serviços Tecnológicos – 8º andar (folder entregue ao servidor Luís, disse que ia ler melhor em casa e decidir depois) .

Folders utilizados: 18


ANEXO E – Script para abordagem dos servidores no SPE Script para abordagem dos servidores no SPE

O objetivo da ação que será realizada no SPE (Superintendência de Pessoal) durante a semana de 12 a 16 de abril (segunda a sexta-feira), nos turnos matutino e vespertino, é traçar um perfil de servidores da UFBA que são atendidos no setor e divulgar o ELSA para eles, convidando-os a participar do estudo.

O contato para solicitar autorização para a ação foi feito com a servidora Rosely (r. 6423) por Fábio (Comunicação). Por telefone ela autorizou a permanência da equipe durante a semana e disse que não era necessário enviar nenhum tipo de ofício ou formalização.

Procedimentos para abordagem:

Todas as pessoas que entrarem no SPE durante a permanência da equipe ELSA no local devem ser abordadas para preenchimento da ficha com questões sobre faixa etária, sexo e situação atual (ativo ou aposentado). Por meio dessas informações preenchidas na ficha será possível conhecer o fluxo de servidores no local e o perfil destes, o que nos dará embasamento para futuras ações de divulgação no setor. 

Em primeiro lugar é preciso se apresentar como integrante da equipe ELSA e informar que está ali para realizar uma ação de divulgação do projeto (é importante que a equipe esteja com a camisa do ELSA e/ou crachá).

Após a identificação, deve-se perguntar se a pessoa é servidora da UFBA. 1 - Em caso de resposta negativa, agradecer a atenção e explicar que a pesquisa é

voltada para servidores da Universidade. 2 - Em caso positivo, fazer as três perguntas da ficha para a pessoa (na questão sobre o sexo – masculino ou feminino – não é preciso perguntar, apenas marcar a resposta). 3 - Caso a pessoa se recuse a responder, assinalar na ficha como “Recusa”.


ANEXO E – Script para abordagem dos servidores no SPE É importante deixar claro para os servidores o porquê das perguntas: explicar que estamos traçando um perfil das pessoas que freqüentam o SPE, pois queremos fazer uma divulgação específica direcionada aos visitantes do local. 

Após o preenchimento da ficha, nos casos em que a pessoa não seja participante do ELSA, passar para a abordagem padrão, convidando o servidor a se inscrever como voluntário do estudo e enfatizando que, no momento, estamos priorizando grupos com menor participação no ELSA (homens e pessoas acima de 55 anos).

Observação: Nos casos das mulheres com idade inferior a 55 anos, aceitar novas inscrições, informando a elas que: - No momento elas não serão chamadas para a entrevista, pois estamos dando prioridade aos grupos menos representados – homens, de uma maneira geral, e pessoas maiores de 55 anos. No entanto, elas podem se inscrever na lista de espera e, futuramente, poderão ser chamadas.

Escala da equipe:

Segunda (12.04): Fábio (manhã), tarde (entrevistador a definir) Terça (13.04): Fábio (manhã), Ciro (tarde) Quarta (14.04): Acácia (manhã), Rafael (tarde) Quinta (15.04): Acácia (manhã), Inês (tarde) Sexta (16.04): Fábio (manhã), Rafael (tarde)

Horário Manhã: 08h-12h Tarde: 12h30 – 16h30


ANEXO F – Algumas mensagens de participantes em resposta ao email enviado pelo ELSA em janeiro de 2011

Prezados Coordenadores e demais componentes do Elsa, O resultado dos meus exames eu o recebí logo, assim como a orientação de vocês. Sou muito grata por tudo, conforme já tive a oportunidade de me expressar. Liguei para vários colegas para participarem da pesquisa. Alguns me deram o retorno. Desejo para vocês amplo e irrestrito sucesso, hoje e sempre. Que Deus lhes ilumine. No momento eu estou com um probleminha de coluna(estenose)mas, já passei para Deus e confio que tudo está dando certo. Continuo à disposição do Elsa.

Um grande abraço,

Além de parabeniza-los pelo meta alcançada retribuo o carinho e lembrança de dejar-me um feliz Natal e Ano novo

Obrigada pela lembrança,

Estarei aguardando ser chamada para a segunda etapa. Aproveito para desejar a todos do projeto Elsa um Feliz 2011!

Agradeço o carinho e atenção. Feliz 2011 para todos vocês. Abrs.

OBRIGADA PELAS INFORMAÇÕES. COMPARECEREI PARA BUSCAR OS RESULTADOS DOS EXAMES E MARCAR ALGUNS QUE FALTAM AINDA FAZER.

Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.


ANEXO F – Algumas mensagens de participantes em resposta ao email enviado pelo ELSA em janeiro de 2011

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!

Obrigada, por ter cuidado da nossa saúde.

Sucesso!

Prezados Coordenadores: para mim foi um prazer e de certa forma me senti recompensado por estar partipando de um estudo que trará frutos futuros para outras pessoas, Parabéns pelo esforço e competência, Roberto Cortizo, prof. Aposentado.

Eu, __________ Sinto-me feliz com esta vitoria , pois o Elza só fez bem a população Brasileira, é o que eu pense e sinto. Este projeto Elza ainda vai dar muitas vitorias para vocês. Parabéns pelo projeto 2011 Será melhor

Senhores professores doutores Estela Aquino e Eduardo Mota, Parabéns pelo imenso e importante nível do projeto Elsa. Agradeço-lhes pelos votos e os retribuo com a certeza de que 2011 será de saúde e paz para os professores Estela e Eduardo e entes queridos. Atenciosamente,

Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.


ANEXO G – Campanha 1+1=2000

Mensagem do ELSA Brasil para você “Quando 1 + 1 é igual a 2000” Ajude o ELSA a alcançar o número de 2 mil inscritos na Bahia

Olá xxxxx, você faz parte dos mais de mil servidores da Universidade Federal da Bahia que já se inscreveram para participar do ELSA Brasil. Além de conhecer melhor a sua própria saúde e contribuir para a construção de conhecimentos sobre a saúde do povo brasileiro, você pode continuar colaborando, dessa vez nos ajudando a alcançar a meta de 2 mil participantes na Bahia. Se cada um dos mil inscritos no ELSA trouxer mais uma pessoa para participar, alcançaremos rapidamente a meta de 2 mil participantes! Convide seus colegas que também são servidores da UFBA, ativos ou aposentados, com idade entre 35 e 74 anos, para participar do ELSA. Repasse essa mensagem principalmente para aqueles que se encaixam em categorias ainda com menor participação na pesquisa como, por exemplo, os homens e os/as aposentados/as. Com isso, alcançaremos resultados que reflitam melhor a diversidade da população brasileira. Quem quiser saber mais sobre a pesquisa pode entrar em contato conosco pelo telefone 3283-7480 ou acessar o site www.elsa.org.br. Agradecemos a sua colaboração! Equipe ELSA Brasil Centro de Investigação ELSA Bahia Av. Araújo Pinho, 513, Canela. CEP: 40110-150. Salvador – BA Telefone: (71) 3283-7480 E-mail: elsaufba@ufba.br


ANEXO H – Encarte direcionado à profissionais de saúde

Quanto às estratégias direcionais para públicos específicos, no caso dos profissionais de saúde - grande parte deles concentrados no Serviço Médico Universitário Rubens Brasil Soares (SMURB), no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES) e na Maternidade Climério de Oliveira (MCO) – houve um levantamento de pesquisas que explicassem o motivo da resistência desses profissionais em relação à poposta do ELSA. O fato de expor que compreendemos os motivos que levam a essa despreocupação com a própria saúde aproxima e desperta ao profissional dessa área a curiosidade de saber “quem é esse” que conhece o meu universo.


ANEXO I – Encarte para aposentados


ANEXO J – Carta para servidores do sexo masculino

CARTA PARA OS HOMENS

Prezado/a XXXXX

O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil é um sucesso na Bahia. São 1700 voluntários inscritos e mais de 1300 participantes que já realizaram exames e entrevistas em nosso Centro de Investigação. Em sua reta final, 96% da amostra de mulheres já foi alcançada, entretanto, a participação de servidores homens, independente da faixa etária e categoria ocupacional, ainda é pequena. Para traçar um painel sobre a saúde do adulto brasileiro que reflita a diversidade da população brasileira, o ELSA não pode ficar sem a participação masculina. Então, para que os homens não fiquem sub-representados na pesquisa, queremos contar com a sua participação. Se interessou e quer saber m ais sobre o ELSA? A equipe do estudo pode agendar uma visita e ir até você, basta entrar em contato pelo telefone 3283-7495 ou 3283-7480. Para saber mais sobre o ELSA, visite nosso site www.elsa.org.br.

Confira o que os servidores da UFBA que participam do ELS A falam sobre a pesquisa:

“Eu não costumo ir ao médico, não gosto de tom ar remédio, não faço revisão, enfim, não procuro sarna pra me coçar. Então voc ê pode imaginar que não foi muito confortável para alguém com o eu

1


ANEXO J – Carta para servidores do sexo masculino

passar uma manhã inteira fazendo exames, sendo mexido aqui e ali. Mas a grande recompensa é saber que estou contribuindo com uma pesquisa inédita e importante para o país. Além disso, a equipe do estudo é eficiente, sim pática e bem treinada, o que deixa tudo mais tranquilo”. André Rodrigues Netto, professor de Geologia da UFB A.

“Tenho uma agenda m uito sedentária e decidi mudar m eu padrão de vida, cuidar da minha saúde e fazer mais exercícios. Então aproveitei essa oportunidade de realizar um check-up para fazer da minha participação no ELSA um ponto de partida para m e conhecer melhor e mudar os meus hábitos”. Avelar

Freire

Sant’ana,

Professor

do

Celso Eduardo

Departamento

de

Pediatria da Faculdade de Medicina.

“Eu não estava dando muita atenção para a minha saúde, em cinco anos tirei sangue apenas duas vezes. O ELSA, com um a equipe bem treinada e um trabalho organizado, superou minhas expectativas”. Ricardo Couto, Chefe de laboratório do Hupes – Hospital Universitário Professor Edgard Santos.

Quer mais informações sobre o ELS A? Visite nosso site www .elsa.org.br.

Quer

participar

da

pesquisa?

Entre

em

contato com nossa equipe pelo telefone 3283- 7495.

2


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

Entrevista com Simone Bortoliero A

paulista

Simone

Bortoliero

é

coordenadora

do

primeiro curso de especialização em jornalismo científico e tecnológico da Bahia, estado onde ensina há dez anos na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Mestre e Doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, Simone lançou recentemente o livro "Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas" (EDUFBA, R$35), do qual é coautora. No ELSA Brasil, além de compor o grupo de 2 mil servidores participantes da pesquisa no Centro de Investigação baiano, teve papel fundamental na formação do Núcleo de Comunicação do estudo. ELSA Brasil: Você fez parte da formação do núcleo de comunicação do ELSA. Como vê a importância desse estudo no contexto brasileiro e o investimento em jornalismo científico no país? Simone Bortoliero: O núcleo foi formado por pessoas da saúde e da comunicação. Pude entender que, nesse tipo de pesquisa, o Brasil se situava em um contexto muito baseado nos dados estatísticos que vinham de outros países. Então, como iríamos traçar uma política de saúde pública eficiente para o adulto, se todas as pesquisas com as quais vínhamos trabalhando em anos anteriores são de uma realidade do contexto internacional? O ELSA tem um valor único por reunir, a nível nacional, um conjunto de servidores de seis instituições que vão contribuir com políticas públicas na área da saúde do adulto. É uma possibilidade de, através do levantamento de dados locais, contribuir com um debate sobre que saúde do adulto nós falamos e quais são as principais doenças que acometem a saúde da população brasileira. Outra questão importantíssima se refere à escolha da Bahia, porque aqui tem a maior população afrodescendente do país. Então vamos entender mais um pouco da saúde dos negros brasileiros, algo que é bastante reivindicado pelas comunidades afrodescendentes. A terceira questão envolve a universidade e como conseguir reunir homens e mulheres de uma determinada faixa etária para conhecer um pouco da realidade da hipertensão e diabetes no país. Reunir tudo isso num projeto de comunicação envolvendo pessoas que são de áreas diferentes, mas estão comungando nessa interface comunicação e saúde é um grande desafio. Importante ressaltar a importância da comunicação para ajudar essas pessoas, que serão acompanhadas durante longos anos, a continuarem nesse projeto. Portanto, esse é um ponto fundamental para ter um bom resultado de pesquisa.


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

E.B.: Como avalia a eficiência das políticas públicas para a divulgação científica e quais ações destaca? S.B.: A minha realidade hoje é a Bahia e aqui nós temos alguns problemas. Temos o investimento do governo estadual, do ponto de vista das agências como a Fapesb, durante a Semana de Ciência e Tecnologia, que ocorre desde 2004. O governo Lula instituiu essa semana nacional visando popularizar o conhecimento científico. Na universidade, vejo que a UFBA cresceu nos últimos anos. Mas eu acho que a popularização da ciência e a divulgação científica na Bahia ainda não se tornaram políticas de Estado, que é o que tem que ser, e não uma política de governo. Para isso, a Fapesb precisa reconhecer a necessidade de investimento em editais que tratem da mídia e da ciência. Além disso, precisamos trabalhar para melhor formação de jornalistas para trabalhar com jornalismo científico nos veículos tradicionais da cidade. Então estamos em um processo: formando jornalistas, formando grupos de pesquisadores mestres e doutores nessa área. Bem diferente do eixo Rio-São Paulo, onde a divulgação científica já existe de forma bem organizada desde a década de 80. E.B.: Considerando a necessidade de ciência e divulgação caminharem juntos, como avalia certos bloqueios que pesquisadores têm com a imprensa e como você vê essa relação? S.B.: Essa sempre foi uma relação bastante conflituosa, ou por uma má formação dos jornalistas para tratar de temas de ciência, ou por uma má compreensão dos pesquisadores no uso do jargão científico e por não quererem entender que falar para o grande público é tão importante quanto publicar um artigo em uma revista especializada. Inclusive, eu acho que o sistema de avaliação da Capes deveria ser mudado, deveria ser dado um peso relevante para os pesquisadores que fazem divulgação científica, assim como existe um peso para quem publica em revistas qualis A, qualis B, qualis C. No Brasil, dos anos 80 para cá, eu acho que melhorou muito. Temos muito mais pesquisadores falando em veículos de comunicação. Criou-se o Globo Ciência, revistas como Super Interessante, se teve um avanço da revista Ciência Hoje, tanto para criança, quanto para adulto. A própria Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência investiu nessa área com produtos online e revistas impressas. A própria Fapesp tem sua revista. A UNB agora está criando um portal institucional de divulgação científica. Acho que tem que haver esse investimento nos produtos, a internet ajuda muito nesse sentido, para que haja espaço para o pesquisador falar e fazer com que essa relação entre jornalistas e cientistas se torne mais dinâmica em prol da democracia e do conhecimento científico, em prol da acessibilidade desse conhecimento para o cidadão comum.


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

Acho ainda que isso vai avançar se a gente capacitar também os pesquisadores, chamá-los para a responsabilidade fazendo com que entendam que o processo de divulgação faz parte de uma prestação de serviço à população. Grande parte do dinheiro investido em pesquisa é público e os pesquisadores precisam ter consciência do seu papel, que é também o de contribuir com a democracia. Acho que não se trata de uma relação individual: "eu gosto disso e vou divulgar porque acho bonito divulgar o que estou fazendo". Não, acho que é um compromisso social que ambos os setores devem ter, tanto a mídia e os jornalistas com suas experiências, assim como os pesquisadores. Para fazer essa relação ser boa é preciso investir na formação dos jornalistas e também na formação dos pesquisadores. Os pesquisadores precisam ter uma idéia de como a mídia funciona. A gente pode dar curso de comunicação e saúde para os hospitais, por exemplo. E fazer com que os profissionais de lá entendam como a mídia funciona por dentro. Podemos criar manuais para as redações para explicar como a comunidade científica se relaciona. É preciso criar mecanismos de facilitação, de diálogo entre os setores.

"Falar para o grande público é tão importante quanto publicar um artigo em uma revista especializada" E.B.: Quais as especificidades da formação de um jornalista científico e, nesse aspecto, qual a importância do curso de especialização em jornalismo científico que você coordena na Faculdade de Comunicação da Ufba? S.B.: Essa ideia do jornalista geral é aparentemente bonita. A formação do jornalista na Bahia está muito debilitada. Mesmo estando em uma universidade federal, a grade curricular não garante aos estudantes uma formação multidisciplinar. Eles precisariam saber mais de economia, política, cultura, mas também saber mais de ciência. O jornalista científico precisa entender da filosofia, da sociologia e da história da ciência, ele tem que entender de temas


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

que muitas vezes não estão disponíveis nos cursos de comunicação. Então, ou ele busca a especialização fora da graduação, ou ele, enquanto está em uma universidade federal ou estadual que possibilita esse trânsito entre os créditos, busca essas disciplinas em outras unidades. Eu acho que a comunicação não é suficiente para um bom jornalista de ciência. A Associação Brasileira de Jornalismo Científico considera que os cursos de graduação deveriam ter optativas desse segmento dentro da grade. A Facom não tem optativa, a gente dá as disciplinas camufladas de outros nomes, como jornalismo especializado, tópicos em jornalismo. Ou seja, temos que recorrer aos cursos de especialização para capacitação dos jornalistas. "Mas o jornalista especializado delimita o campo e atuação do mercado de trabalho?". Não, eu acho que o mercado de trabalho tem que se abrir para o jornalismo especializado. Nós estamos no ano internacional da química. Quais os jornalistas em Salvador têm condições de falar da contribuição da química, ou de sua nãocontribuição, os seus avanços, seus retrocessos, seus problemas, os benefícios trazidos para o planeta? Quem seriam os jornalistas capazes de falar sobre isso? Poucos ou ninguém. Em âmbito nacional há vários cursos de especialização na área, com vários enfoques. Mas eu acho que essa formação tem que ser de base humanística, trazendo conhecimento não só da área da comunicação, como filosofia, história da ciência, educação e cultura científica. Além de empreendedorismo, afinal os jornalistas têm que ser empreendedores. Nós temos poucos produtos midiáticos e de comunicação na área da ciência, então é um bom momento para o mercado de Salvador se abrir. As assessorias de comunicação das universidades não trabalham com divulgação científica, por exemplo, então há mercado para esse jornalista. E.B.: O curso tem como produto final uma Agência de Ciência e Tecnologia. Qual a importância da agência de divulgação científica para a universidade? Quais têm sido as principais dificuldades na implementação? S.B.: Nós temos uma grande universidade federal, universidades estaduais e particulares produzindo conhecimento. Temos a maior instituição de pesquisa na área da saúde, que é a Fiocruz, na Bahia. Temos a Embrapa, que produz conhecimento em toda área de agronegócio, rural, conhecimento de mudanças climáticas. Temos a Petrobras produzindo conhecimento com muitas pesquisas em andamento. É inadmissível que essa produção de conhecimento não seja visível na mídia nacional. Esse é o papel da agência: tornar visível a produção científica na Bahia. Não de uma única instituição, mas em âmbito estadual. A ciência tem que fazer parte da cultura do baiano, nós somos um local de conhecimento. Produzimos música, carnaval, axé, mas também produzimos ciência. Outro produto do curso é uma revista na área de inovação com a perspectiva de mostrar essa relação público-privado. O que está se inovando do


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

ponto de vista empresarial - que você pesquisa e a empresa aglutina. Além de ver

o

que

a

Bahia

está

registrando

de

patentes.

A grande dificuldade é manter jornalistas formados e capacitados trabalhando com bolsas, boas bolsas. Quero criar na agência uma realidade de mercado. Sair do aspecto meramente acadêmico para ser um produto jornalístico de fato. Queremos que a agência se torne importante para o estado e, para isso, precisamos de bons profissionais. Outra dificuldade é fazer com que o pesquisador tenha um espaço para escrever, não só pra discutir sua pesquisa, mas também a política científica, discutir o que ele pensa de ciência na Bahia. E.B.: Quanto ao livro "Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas", recentemente lançado pela Edufba, como foi o processo de seleção dos artigos publicados e como avalia a diversidade das áreas envolvidas? S.B.: Junto com alguns outros professores do Grupo Cultura e Ciência, do Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade, resolvemos reunir trabalhos de professores colegas, alguns deles professores da especialização. Tem artigo meu, de Audre Alberguinim, Graça Caldas, Cristiane Porto, Antonio Marcos Brotas, de Lígia Rangel, além do professor Wilson Bueno, responsável pela primeira tese de doutorado no Brasil na área de jornalismo científico. Convidamos colegas da área para mostrar como a divulgação científica se aplica em várias áreas do conhecimento. O objetivo é discutir o que é a cultura científica. O livro traz a possibilidade de debater esse conceito e ver como é que a gente pode trabalhar com divulgação na Bahia e também em outros locais. Tem temas de meio ambiente, saúde, arte reunidos para mostrar que também aqui na Bahia estamos produzindo conhecimento nessa área.

Fotos de Alexandro Mota


ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero

E.B.: Você acha que o conhecimento da academia tem sido replicado em termos práticos? Esse conhecimento tem sido de fácil acesso à população interessada? S.B.: Para que o conteúdo científico esteja presente desde a base e os alunos saibam o que é "Ciência", é preciso investimento massivo na educação, na formação dos professores e na rede básica. Atualmente, o que está acontecendo com o conteúdo científico ministrado no ensino regular, sem qualidade, faz com que os alunos cheguem ao ensino superior com essa visão de

ciência

deturpada,

fora

da

realidade.

A popularização da ciência não pressupõe que estou divulgando conteúdo científico. A divulgação científica tem relação com os museus de ciências que as crianças podem visitar para brincar com equipamentos e entender a lei da gravidade. Ela não vai ver a formula lá exposta, vai entender por outras vias. Ter uma relação diferente da química do cotidiano, a física do dia-a-dia. E na área de ciências humanas é entender o porquê a filosofia é importante para minha vida, como posso ser mais reflexivo diante das coisas que vou lidar no dia-a-dia. Enfim, desmistificar essa ideia de que o conteúdo tem a ver com a educação formal e seus modelos. A divulgação científica não está preocupada com conteúdo científico, está preocupada em aproximar a ciência produzida por uma instituição de pesquisa do cidadão, mostrando sua aplicabilidade, mas também em mostrar que a ciência pode se tornar mais palatável, uma coisa que faz parte da nossa vida. É uma coisa que o professor Carlos Vogt falou [na palestra de lançamento do livro Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica]: quando a ciência for igual ao futebol, uma coisa que todo mundo acha que entende, mas ninguém é técnico, então teremos alcançado um dos objetivos da divulgação científica.


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais

Retenção e Rastreamento dos Membros da Coorte do Estudo HUNT, Julie R., WHITE, Emily. Retaining and Tracking Cohort Study Members. Epidemiologic Reviews, 1998. 20: 57-70.

Disponível em: http://epirev.oxfordjournals.org/content/20/1/57.full.pdf A publicação lista algumas das estratégias comumente usadas para a manutenção dos membros da coorte, lembrando a necessidade de adapta-las a realidade de cada estudo. - Multicenter AIDS Cohort Study , Nurses' Health Study , Women's Health Initiative Clinical Trial and Observational Study e o St. Louis Effort foram estudos usados na publicação para ilustrar os tipos de estratégias possíveis.

Segue tabulação de iniciativas analisados na publicação Retaining and Tracking Cohort Study Members e ao final as ações realizadas pelo ELSA Brasil na Bahia.


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais

Estudo

Participantes

Objetivo

Duração

Recrutamento

Follow-up

Adicionais

Rastreamento

Resul tado

The Multicenter AIDS Cohort Study

4954 homens com risco de infecção pelo vírus HIV

Investigar a história natural do HIV-1 entre os homens homossexuais e bissexuais

9,5 anos

- Recrutados em 4 centros;

- Exames a cada 6 meses;

- Após 3 semanas sem respostas são feitos contatos telefônicos;

- Pesquisa (contatos, obituários...);

89%

- Contatos trimestrais são feitos com participantes muito doentes;

- Carta registrada;

- Divulgação em bares gays, jornais e centros comunitários; -A inscrição consistiu em exames médicos, questionários, informação de documentação, “nomes e endereço de duas pessoas que sempre sabem como contatá-los” e do seu médico.

- Em cada visita eram encorajados a fazerem a próxima consulta; - Carta enviada 2-4 semanas antes da consulta seguinte; - Duas semanas após a carta eram realizados contatos telefônicos para confirmar a consulta.

- Médicos dos participantes que não podem se deslocar recebem um kit sangue para encaminhar o material para o laboratório, à entrevista é por telefone nesses casos.

- Correção de endereço


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais

The Nurses'He alth Study

Participantes

Objetivo

Dura ção

Recrutamento

Follow-up

Adicionais

Rastreamento

Resul tado

121.700 enfermeiras

Examinar a relação entre anticoncepcional eo câncer de mama; posteriormente expandido para incluir alimentação e outros fatores.

20 anos

Recrutados por e-mail através de uma carta de apresentação, questionário de duas páginas, e envelope de retorno pré-pago.

- Questionários são enviados a todos os membros da coorte a cada 2 anos;

- Após 8 anos da pesquisa foi incluído telefonemas em casos de nãorespondentes dos questionários enviados; - Na metade do estudo os questionários começaram a ser enviados através de carta registrada, aplicando posteriormente essa estratégia para nãorespondentes dos anos anteriores.

- Rastreamento através do postmaster local, os conselhos estaduais de enfermagem, e os contatos pessoais listados pelos participantes; - As mortes são relatadas pelos parentes próximos do participante ou por autoridades postais.

90%

Dados coletados: nome do participante, número do CPF, data de nascimento, e o nome, endereço e número de telefone de um contato pessoal.

- Um boletim sobre o progresso dos estudos acompanha os questionários; -Contatos pessoas atualizados a cada 4 anos; - Após 3 meses de envio dos questionários, nova via é reenviada em caso de não terem retornado as respostas; - Newsletter com atualizações de estudo através do mailing


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais

studo

Participa ntes

Objetivo

Dura ção

Recrutamento

Follow-up

Adicionais

Rastreamento

Resultad o

The St Louis Effort to Reduce the Spread of AIDS Study

479 usuários de drogas injetáveis

Reduzir a propagação do HIV entre a população consumidora de drogas St. Louis e melhorar o tratamento do abuso de drogas.

18 meses

- Selecionados por funcionários de extensão da rua; - Avaliações iniciais incluíram doenças psiquiátricas, comportamento de alto risco, e a resposta ao tratamento; - O consentimento informado garantia de sigilo de dados - O tratamento medicamentoso foi disponibilizado para os interessados - Dados: nome legal, alcunhas e apelidos, endereço e nome ompleto dos pais, número da Segurança Social, data de nascimento, o nome, endereço e número de telefone do advogado, oficial de justiça, ou do oficial de liberdade condicionall, se houver.

- Os participantes foram acompanhados nos meses 3, 6, 9, 12 e 18 meses do estudo.

- Contatos adicionais foram feitos com o objetivo de convencer participantes desistentes;

- Sistema de monitoramento em três estágios: Telefone, sistema e campo (que inclui: visita a participante, casas vizinhas e locais "supostamente freqüentados por eles, como bares, salões de bilhar, barbeiro, esquinas);

96,8%

- Lembrete do agendamento da visita.

- Uso de bonificações para tarefas realizadas. - Reuniões semanais da equipe para coordenar os esforços de monitorament o.

- Parceria com várias agências de crédito, locais e estaduais, hospitais, programas de tratamento, prisões, agências de bem-estar, recenseamento eleitoral, e do departamento de veículos automóveis.

(455 dos 470 participant es ainda vivos foram localizados) .


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais

Estudo

Participantes

Objetivo

Duraçã o

Recrutamento

Follow-up

Adicionais

Rastreamento

Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil1

15.102 servidores Públicos de instituições de pesquisa e universidades federais brasileiras com idade entre 35 e 74 anos.

Investigar a incidência e os fatores de risco para o desenvolvimen to de doenças crônicas na população brasileira, em especial as cardiovascular es e o diabetes mellitus.

7 anos*

- Visita as unidades de trabalho com distribuição de ficha de contato;

- Visita para realização de novos exames a cada 3 anos;

- Reuniões semanais entre a coordenação;

- Busca através dos telefones de contatos informados;

Bahia: 2031

*mínimo

- Ficha de contato disponível pela internet; - Contatos telefônicos; - Associação com sindicatos; - Dados coletados: Nome, endereço, telefone e e-mail pessoal, telefones de contatos de pessoas mais próximas, Informaçõs referente à saude.

1

- Contatos telefônicos anuais de monitoramento; - Boletins em datas marcantes do estudo (inicio ou finalização de etapas) - Distribuição de brindes;

- Contatos telefônicos e discussão de caso entre a gestão do estudo para convencimento de desistentes; - Atualização anual dos contatos

Res ulta do

- localização através de dirigentes ou contatos firmados durante o processo de recrutamento unidade de trabalho ou do setor de Recursos Humanos da universidade ou instituição de pesquisa.

- Lembretes das consultas em períodos estratégicos.

As ações aqui apresentadas referem-se a Centro de Investigação da Bahia e não apresenta resultados considerando que se trata de um estudo em

andamento.


ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais


ANEXO M – Exemplo de texto jornalístico produzido para o site do ELSA

Prêmio incentiva participação feminina na ciência Com o objetivo de incentivar a presença e a visibilidade das mulheres na produção de pesquisas, o Programa L'Oréal/Unesco para Mulheres na Ciência abre inscrições para mais uma edição do prêmio. Idealizado pela indústria de cosméticos L'Oréal, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a premiação conta ainda, no Brasil, com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A comissão julgadora, composta por nove membros da ABC, além de uma representante da L'Oréal e outro da Unesco no Brasil, elegerá os melhores trabalhos inscritos no Programa. Cada uma das sete vencedoras receberão bolsa-auxílio no valor equivalente a US$ 20 mil. Podem se inscrever pesquisadoras das áreas de ciências biomédicas, biológicas e da saúde, ciências físicas, ciências matemáticas e ciências químicas. As inscrições, que vão até o próximo dia 13 de maio, devem ser submetidas através do site loreal.abc.org.br/.

Entrega do prêmio à bioquímica Patrícia Fernanda Schuck (esquerda), uma das vencedoras do programa em 2010.

Disponível em: http://www.elsa.org.br/outras_14032011.html


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