E-book: Ensino Híbrido - Diretrizes para planos de aula de qualidade

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Guia do professor inovador

ENSINO HĂ?BRIDO Diretrizes para planos de aula de qualidade


Conteúdo Introdução .............................................................................. 2 O Ensino Híbrido ..................................................................... 6 Conceitos importantes para uma atividade híbrida................ 8 Os objetivos de sua aula ....................................................... 10 A sala de aula invertida ......................................................... 13 Exemplo 1 - Sala de aula invertida...................................... 15 O Laboratório Rotacional ...................................................... 17 Exemplo 2 – O Laboratório Rotacional ............................... 20 A Rotação por estações ........................................................ 22 Exemplo 3 - A Rotação por Estações .................................. 25 Princípios para a adoção de interfaces ................................. 27 Sobre o autor ........................................................................ 30

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Introdução A tecnologia sempre teve o papel de impulsionar a evolução da sociedade. São inúmeros os exemplos em que a invenção de algum aparato ou a aplicação de alguma técnica trouxe economia de recursos e tempo nos processos. Nas escolas, por exemplo, o surgimento dos livros permitiu a aprendizagem sem a presença do professor, a impressão de provas e listas de exercícios economizou tempo de escrita em lousa e cópia dos alunos, o uso da TV permitiu a gravação de aulas e sua retransmissão a milhares de estudantes. A internet, por sua vez, nos permite gerenciar a aprendizagem através da distribuição de conteúdos próprios ou de outras fontes, realizar avaliações, comunicações, promoção de trabalhos em grupo, demonstração de experimentos, jogos, etc. Certamente que se leva algum tempo para que as novidades tecnológicas sejam adotadas pelas escolas. Em geral elas são introduzidas inicialmente por professores 2


inovadores que buscam sempre o aprimoramento de sua prática. A partir deles outros são inspirados e convencidos de suas vantagens enquanto que outros resistem e continuam a utilizar as mesmas técnicas que, ao seu modo de ver, deram bons resultados até o momento. A verdade é que a cada geração de crianças, novas características são encontradas e dificilmente os mesmos métodos nos resultarão mesmos resultados. As gerações anteriores nunca tiveram acesso a tanta informação. Esta geração é muito curiosa, esperta e ligada em tudo à sua volta. Destacam-se por uma relação intrínseca com a tecnologia, estão a todo tempo estimulados por dispositivos digitais e interagem com tablets e smartphones mesmo antes de saberem andar. Pode-se prever que esta geração será mais adaptável, independente, instruída e empreendedora, pois tem acesso a ferramentas digitais e informações desde cedo. Isto motivará a escola a mudar, pois o modo de aprender das crianças é baseado na tecnologia e na personalização. 3


A vida destas crianças online é intensa, estando permanentemente conectadas. Portanto, a nível psicológico, há uma tendência em se sentirem sozinhas, com pouca interação humana, intensificando os desafios para os pais e educadores. O desafio dos pais e das escolas é ajudar estas crianças a lidarem com a sobrecarga de informações, ao pouco espaço para reflexão no mundo virtual, visto que tudo está pronto para ser consumido, com a solidão e as emoções num contexto onde as relações são virtuais, criatividade, responsabilidade, empatia e a capacidade de tomar decisões em um mundo cada vez mais digital. Sendo assim, muitos professores sofrem se ainda mantém sua postura de detentor das informações, pois agora elas são acessíveis a qualquer pessoa. Qualquer que seja o tema da aula pode-se buscar o conteúdo necessário para a maioria das atividades escolares, cotidianas ou profissionais através de qualquer dispositivo ligado à internet. Porém, apesar desta geração usufruir desta facilidade, a simples 4


exposição das informações pelas mídias não necessariamente resulta na construção adequada do conhecimento. Ou seja, é necessário

promover

o

conhecimento

saudável,

a

mentalidade crítica, criativa e emocionalmente equilibrada. Assim, o professor, como o adulto desta relação, pode assumir o papel de guia que direciona os alunos nesta jornada.

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O Ensino Híbrido O termo Ensino Híbrido surgiu com o Grupo de Experimentação em Ensino Híbrido, uma iniciativa da Fundação Lemann e do Instituto Península em 2014, que selecionou 16 professores para adaptar à realidade brasileira os métodos do Blended Learning1 de Michael Horn e Heathter Staker. Fui um dos professores selecionados e, após diversos estudos e aplicações em diferentes escolas, escrevemos o livro Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Escola e um curso online com o mesmo nome. Desde lá, trabalhamos na formação de professores em nossas escolas e através de palestras, workshops e cursos online temos auxiliado na propagação dos métodos para o Brasil. Segundo Clayton M. Christensen, Michael B. Horn, e Heather Staker1, o ensino híbrido: 1

CHRISTENSEN, Clayton; HORN, Michael; STAKER, Heather. Ensino Híbrido: uma inovação disruptiva?: Uma introdução à teoria dos híbridos. 2013. Traduzido pela Fundação Lemann. Disponível em:

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é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência. Veja que sempre há uma componente tradicional aliada a um componente online. Vemos isso aplicado nos modelos mais adequados à nossa realidade, que são o de Sala de Aula Invertida, Laboratório Rotacional e Rotação por Estações. Não

é

meu

objetivo

neste

e-book

apresentar

novamente a definição destes modelos, mas ater-me a alguns princípios que tenho organizado através da minha prática e através da troca de experiências com professores que tenho ajudado a formar.

<http://porvir.org/wp-content/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-blended-learning-disruptive-Final.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2015.

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Conceitos importantes para uma atividade híbrida Há alguns conceitos primordiais que precisam ser entendidos ao se planejar uma atividade em qualquer um dos modelos de ensino híbrido. Vou elencá-los abaixo: Microaprendizagens: O tema central da aula é dividido em subtemas que serão abordados nas estações de aprendizagens. Sendo assim, o objetivo de cada atividade deve estar alinhada/coerente com o tema principal. Ou seja, o ensino híbrido permite incluir múltiplos objetivos que são necessários para se atingir um objetivo maior. Microambientes: O ensino híbrido permite a criação de vários microambientes de aprendizagem como por exemplo: experimentos,

jogos

online,

grupos

orientados

pelo

professor, trabalhos individuais, estações de leitura e dissertação, etc. Cada um com objetivos, estratégias e avaliações bem definidos e independentes.

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Tempo: Cada aluno possui seu próprio ritmo, alguns serão rápidos demais e outros mais lentos. Aqueles que forem terminando primeiro devem ser encorajados a serem tutores dos outros alunos, auxiliando-os em suas dificuldades. Grupos: Podem-se organizar os alunos de duas maneiras: por nível de conhecimento (grupo homogêneo) ou por diversificação dos níveis de conhecimento (grupo heterogêneo). É importante que uma cultura de colaboração, responsabilidade e empatia seja nutrida para que a equidade seja promovida. Avaliação: Sempre que uma atividade é planejada, deve-se pensar em como será a sua avaliação. O professor deve saber se os objetivos daquela aula foram alcançados antes de seguir para os próximos. Estas avaliações também devem ser utilizadas pelo professor para reorganizar os grupos de acordo com suas necessidades individuais.

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Os objetivos de sua aula A Base Nacional Comum Curricular é um documento elaborado pelo MEC em parceria com representantes das secretarias de educação de todos os estados, com as aprendizagens essenciais requeridas a todos os alunos ao longo da educação básica. Ela destaca 10 competências gerais que ao serem estimuladas nos alunos, contribuirão para a formação de uma sociedade mais justa e voltada à preservação da natureza. Este

documento

tem

mobilizado

entidades

e

educadores de todo o país para a reelaborarão dos currículos de suas escolas voltados ao desenvolvimento destas competências gradualmente desde o início da vida escolar do aluno. Os currículos de cada estado e município podem ser adaptados de acordo com suas características regionais, porém, o núcleo deve ser obrigatoriamente comum. A BNCC estabelece o que deve ser aprendido ano a ano, porém ela não especifica como se dará a aprendizagem.

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Sendo assim, vemos que mais importante que o currículo escolar são os princípios que levaram à sua elaboração. Muitas vezes o professor não tem noção do porque se ensina tal conteúdo e assim não avalia adequadamente se sua finalidade foi atingida. Ao conhecer bem estes princípios, também fica mais fácil

elaborar

atividades

didáticas

que

focam

no

desenvolvimento de habilidades e competências e não em avançar no conteúdo curricular pura e simplesmente. Assim como há liberdade para a elaboração dos currículos na BNCC, o professor também tem liberdade para preparar atividades que abordem os conteúdos curriculares e promovam as competências e habilidades desejadas. Cabe a cada professor estabelecer as melhores estratégias de acordo com seu tempo e recursos disponíveis. A

aplicação

de

certos

métodos

envolve

necessariamente certos recursos. Por exemplo, para a aplicação eficaz do ensino híbrido, os alunos precisam ter acesso à internet de alguma forma, seja na escola através de 11


qualquer dispositivo ou em casa. Esta disponibilidade pode habilitar ou nĂŁo o uso de certos modelos deste mĂŠtodo.

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A sala de aula invertida No modelo da sala de aula invertida o primeiro contato com um conteúdo se dá fora do ambiente escolar, seja através de uma videoaula, um jogo online, uma pesquisa, uma simulação. Junto com a atividade é também elaborada uma avaliação online que possibilita verificar se os objetivos foram alcançados. A segunda etapa da aula que acontece presencialmente na sala de aula com atividades relacionadas ao conteúdo visto na primeira, considerando o desempenho de cada um dos alunos na avaliação. Veja que o professor tem a oportunidade de diferenciar a aprendizagem, visto que ele saberá as dificuldades de cada um dos seus estudantes antes da aula presencial, podendo assim dedicar-se melhor aos alunos com mais dificuldades. A dica aqui é ter bem claro quais são os objetivos a serem alcançados na atividade de casa, avaliá-los e elaborar atividades para que 13


os que alcançaram e para os que não alcançaram estes objetivos. Para tornar mais simples este processo, estabeleça um ou dois objetivos bem definidos e de fácil assimilação e avaliação.

Vídeo - Sala de Aula Invertida

https://youtu.be/0WcYCx6qq18

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Exemplo 1 - Sala de aula invertida Disciplina: Ciências Tema da aula: Alimentação Turma: 4° Ano Habilidades envolvidas: (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Objetivos  Casa: Reconhecer o papel do sol como fonte primária de energia na produção de alimentos  Sala: Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias Atividades Casa: Assistir o vídeo “O Sol fonte de energia e vida” Responder perguntas no formulário online. 15


Sala: Atividade 1 - Para quem não entendeu ou não fez a atividade de casa: Assistir o vídeo e responder as perguntas no caderno. Atividade 2 - Para quem dominou a atividade de casa: Leitura e discussão em grupos de um texto sobre cadeia alimentar e jogo de tabuleiro sobre o tema. Avaliação Correção do formulário de casa e análise do desempenho dos alunos durante o jogo da cadeia alimentar.

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O Laboratório Rotacional Desde a minha adolescência eu gosto de tecnologia. Minha paixão começou quando eu assisti pela primeira vez um filme da Jornada nas Estrelas. Daí por diante eu me imaginei explorando as estrelas em busca de grandes aventuras. Porém, consegui ter acesso ao

primeiro

computador somente na faculdade, enquanto que agora as crianças já nascem rodeadas pela tecnologia digital. Assim como eu tive que aprender a usar o computador, as crianças de hoje também precisam, apesar dos softwares e aplicativos serem bem mais intuitivos hoje do que há décadas atrás. O acesso à internet através dos dispositivos móveis dá a impressão de que não há necessidade de investir em laboratórios de informática nas escolas, tanto que muitas preferem comprar tablets a computadores. Porém, creio que esta é na verdade uma desculpa para investir menos, visto que um tablet é bem mais barato que um computador. Que professor hoje em dia prefere usar um tablet para elaborar

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uma prova? Ou qual engenheiro ou arquiteto prefere usar um tablet ao invés de um computador? Bem, polêmicas à parte, saber aprender, fazer, ser e viver são os objetivos que a educação deve alcançar, segundo a UNESCO e

o letramento digital é essencial para o

desenvolvimento destas habilidades na sociedade da informação. No modelo do laboratório rotacional, a sala de aula é dividida em dois grandes grupos. Um deles irá para o laboratório de informática enquanto que o outro ficará na sala de aula. Após um certo intervalo de tempo os grupos trocam de ambiente entre si. É importante lembrar que as duas

atividades

possuem

objetivos

diferentes

mas

complementares que integram um mesmo tema. A primeira dificuldade deste tema é a necessidade de duas pessoas para acompanharem os alunos. Porém, dependendo da maturidade dos alunos, eles conseguem ficar no laboratório sozinhos. Se não for este o caso, pode-se 18


considerar a opção de utilizar tablets ou smartphones em um dos lados da sala, simulando o laboratório. A dica aqui é esclarecer bem aos alunos qual é a

atividade

que

irá

ser

realizada

no

laboratório, o que o professor espera que eles alcancem e a postura necessária para que seja um sucesso.

Vídeo – O Laboratório Rotacional

https://youtu.be/Jaklq8Gu3H0

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Exemplo 2 – O Laboratório Rotacional Disciplina: Matemática Tema da aula: Soma de Frações Turma: 6° Ano Habilidades envolvidas: (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes Objetivos  Laboratório: Conhecer o conceito de frações equivalentes;  Sala: Reconhecer que as frações são resultados de divisão

Atividades  Laboratório: Assistir as aulas no Khanacademy sobre soma de frações e realizar os exercícios online; 20


 Sala: Realizar a leitura e o estudo dos exemplos da apostila sobre a geração de frações

Avaliação  Analisar os dados de desempenho do site Khanacademy  Visto e correção nos exercícios da apostila

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A Rotação por estações Em geral, um tema de aula pode ser decomposto em subtemas. Por exemplo, um professor de geografia, ao estudar alguns tipos de trabalho, pode organizar atividades independentes que demonstram os trabalhos realizados nos campos da agropecuária, da indústria, do comércio e dos serviços. Um professor de artes pode explorar diferentes formas de registro musical não convencional, tais como representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e reconhecer a notação musical convencional. Sabendo os objetivos a serem alcançados, o professor elabora uma atividade para cada estação de aprendizagem junto com uma avaliação. O importante aqui a destacar é que as atividades são independentes entre si, mas estão todas relacionada a um mesmo tema, sendo que pelo menos uma das estações possui uma atividade online. Cada

subtema

pode

ser

considerado

uma

microaprendizagem se for bem especificada e a atividade da 22


estação um microambiente. Por exemplo, para verificar a presença de um certo composto, uma das estações pode ser posicionada no laboratório de ciências onde um técnico auxilia os alunos a realizarem o teste da chama, o microambiente é aquela bancada com o experimento e a microaprendizagem é relacionar a cor da chama ao comprimento

de

onda

da

luz

e

posteriormente

à

caracterização do composto químico. No modelo de rotação por estações os alunos são divididos em grupos, eu pessoalmente prefiro fazer grupos pequenos de 4 a 6 pessoas, nos quais a colaboração, organização e responsabilidade devem ser promovidas através da ajuda mútua para que todos alcancem os objetivos da estação. Os grupos podem ser homogêneos, escolhidos de acordo com características e necessidades comuns, ou heterogêneo, onde a promoção da empatia, colaboração e responsabilidade pela aprendizagem do outro são mais favorecidas.

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A cada intervalo de tempo especificado pelo professor, os alunos rotacionam tal que, ao final da aula, todos os grupos passaram por todas as estações. A dica aqui é que cada atividade seja focada em um só objetivo bem claro e de fácil avaliação.

Vídeo - A Rotação por Estações

https://youtu.be/-g19nJo_rVU

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Exemplo 3 - A Rotação por Estações Disciplina: Educação Física Tema da aula: Aventuras urbanas Turma: 7° Ano Habilidades envolvidas: (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes

práticas

corporais

de

aventura

urbanas,

valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. Objetivos  Estação Skate: Conhecer as diferentes modalidades do skate, os benefícios de sua prática e sua representação cultura.  Estação Le Parkur: Conhecer a história do Le Parkur e sua representatividade cultural.  Estação Rapel: Conhecer os equipamentos e vivenciar práticas básicas do esporte Atividades 25


 Entrevista com esqueitista: Os alunos organização previamente perguntas a serem realizadas a um esqueitista

profissional

respondendo-as

e

que

participará

demonstrando

as

da

aula

diferentes

modalidades do skate.  Vídeo da história do Le Parkur: Os alunos assistirão um vídeo sobre o tema e responderão algumas perguntas. Depois debaterão a respeito da segurança dos praticantes e suas motivações pessoais.  Vivência do rapel: O instrutor irá demonstrar os principais equipamentos utilizados no esporte e sua relação com a segurança. Os alunos responderão perguntas em um formulário e

vivenciam a prática

esportiva escalando uma parede preparada para o rapel.

Avaliação  Entrega do relatório com as respostas da entrevista

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 Correção das respostas do formulário e participação no debate.  Participação na vivência e correção do relatório.

Princípios para a adoção de interfaces O uso adequado da tecnologia potencializa todos os sujeitos no processo ensino-aprendizagem. Os professores podem ganhar tempo para dedicar-se aos alunos com mais dificuldades, motivar com desafios os alunos de alto desempenho,

gerenciar

a

aprendizagem

através

de

aplicativos, promover a autonomia na busca de informações, personalizar e diferenciar a aprendizagem. Os alunos são motivados a utilizarem a tecnologia no seu próprio desenvolvimento intelectual, construindo diferentes sentidos para o seu uso e desenvolvendo habilidades que serão imprescindíveis para a sua vida profissional. Para que isso seja possível, deve-se reconhecer que nem toda tecnologia pode ser útil em seu método de ensino. 27


Portanto, seguir alguns princípios para a escolha de interfaces pode contribuir para evitar alguns erros. Otimização do tempo Tempo de qualidade é um dos fatores de sucesso no processo ensino-aprendizagem. A tecnologia deve ajudar o professor a ganhar tempo. Processos diários, tais como a aplicação de avaliações, apresentação de conteúdo, análise de

dados

e

diferenciação

do

ensino

podem

ser

automatizados, livrando tempo para o professor se dedicar a tarefas tais como tomadas de decisões, escolhas de estratégias, etc. Possibilidade de comentários Para que os alunos se sintam acompanhados, mesmo com o uso da tecnologia, a possibilidade de comentários em momentos estratégicos é importante. É possível, por exemplo, solicitar uma produção de texto utilizando o Google Docs e fornecer diretrizes em partes específicas do texto e

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comentários construtivos, motivando-os e direcionando-os a atingirem os objetivos da atividade. Análise de desempenho A computação em nuvem possibilita a avaliação online do desempenho dos alunos e muitas plataformas oferecem a opção de correções automáticas e a estatística dos resultados. O professor pode assim analisar os resultados individuais, da turma e por item das avaliações, permitindo a adoção de estratégias diferenciadas por desempenho.

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Sobre o autor

Alexsandro Sunaga Mestre em Ensino de Astronomia pela USP. Licenciado em Física pela UNICAMP. MBA em Finanças pela ESAMC. Professor de Física, Matemática e Robótica. Consultor em Tecnologias na Educação no Colégio Objetivo de Sorocaba. Co-autor

do

livro

Ensino

Híbrido:

Personalização

Tecnologias na Educação. Autor de cursos on-line na Udemy. Google Certified Trainer

www.alexsandrosunaga.com

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e


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