JORNAL VIDA BRASIL TEXAS SEGUNDA EDIÇÃO DE AGOSTO 2023

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NOTÍCIAS NOTÍCIAS

Vale irá pagar R$ 527 milhões para reparar danos em Barão de Cocais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais firmaram um acordo com a mineradora Vale definindo medidas para .Pg6

Rio perdeu mais de 40% de embarques aéreos entre 2014 e 2022

A cidade do Rio de Janeiro teve uma redução expressiva na movimentação de passageiros aéreos entre os anos de 2014 e 2022. A queda pode ser parcialmente explicada pela pandemia de .Pg10

6 lugares onde a natureza venceu a civilização

Por muitos anos, a baía de Homebush, em Sidney, na Austrália, foi utilizada como uma espécie de desmanche de lixo industrial o que incluía, também, navios inutilizados. Uma das embarc.Pg4

Força Nacional será enviada ao Acre para apoiar combate às queimadas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional ao Acre, para apoiar o governo estadual em ações ambientais. Embora o Sistema de Alerta Desmatamento.Pg6

Movimento negro realizará atos como resposta a casos de violência

Representantes do movimento negro realizam, na próxima quinta-feira (24), a Jornada Nacional de Luta Pelas Vidas Negras, mobilização para reagir aos episódios mais recentes de violência .Pg6

Polícia Civil investiga morte de jovem indígena na capital paulista

A Polícia Civil de São Paulo investiga as circunstâncias da morte do jovem Brayan Guarani-Mbyá, de 15 anos, que morava na Terra Indígena Jaraguá, zona norte da capital paulista. O adole.Pg6

TVs precisam mostrar pluralidade racial do país, diz pesquisador

As luzes e os sons da tela da TV foram fundamentais, a partir dos anos 1950, para uma tentativa de apagamento de raízes, da cultura e da pluralidade racial no Brasil. O alerta é do professor.Pg12

Ano 31 2ª Edição de Agosto 2023 - USA - Houston, Dallas, S. Antonio, Austin, McALLen, El Paso / Brasil - Rio , S. Paulo / Guadalajara.

EDITOR

Sergio Lima

* COLABORADORES

Luiza Rosalen

Claudio Teixera

Valter Aleixo

Adinaldo Souza

Ariel Seleme *

Diogo Nogueira e Seu Jorge em setembro e outubro, shows em Houston.

Para quem gosta de samba, o show de Diogo Nogueira é imperdível, pois garante momentos inesquecíveis com seu extenso repertório maravilhoso. O nosso público de Houston, Texas, já foi agraciado desde o início da sua tragetória, hoje, reconhecido e super respeitado artista, desenvolve sólida e vitoriosa carreira.

Seu Jorge com sua energia contagiante, uma presença de palco incrível e seu altíssimo astral, faz do seu show o máximo, uma avalanche de emoções envolvendo a todos. Assim é Seu Jorge, pleno, com sua voz forte, seu violão puxante, super afinado fazendo harmoniosamente parceria com o excelente Daniel Jobim e seus magistrais músicos. Seu Jorge vem com um show diferente dos normais, mas sempre com altíssima qualidade.

Djavan foi magistral, inesquecível e espetacular na noite de 3 maio 2023 em Houston, Texas.

Djavan representa a excelência da música popular brasileira dos últimos tempos. Sua música e estilo são inconfundíveis e fazem dele estas raras e incontestáveis belezas criadas por Deus. A fantástica linha musical combinada com a poesia dos seus criativos e belos versos, trazem para a literatura musical palavras novas para o contexto do dia-a-dia melódico; e transforma os momentos de ouvir seus discos num sublime instante de amor, gozo e reflexão. A excelência da música. Djavan sim, é um poeta!

Consegue satisfazer todos os seguimentos e classes sociais com suas músicas e talento. A sua voz afinada, o balanço, a sinfonia e a sintonia dos compassos de suas criações nos embalam e nos levam ao delírio, encanto e êxtase, nos obrigando a dançar. A sua postura de homem e de artista estão bem definidas com Meu Bem Querer e Flor de Lis.

E, ao citar o Flamengo e a cidada do Rio, torna-se celebridade inconfundível do amor de todos. Obrigado, Djavan, por tudo que você escreveu, escreve e canta para os mortais brasileiros. Não é a toa que você nasceu na mesma terra de Zumbi dos Palmares e, como ele, com grande sabedoria e inteligência. Com diferentes propósitos, descobre caminhos e atalhos novos neste emaranhado universo da língua portuguesa e nos brinda, oferecendo este saboroso cálice deste doce ingrediente, cheiroso e perfumado, que são suas lindas e maravilhosas canções.

Editorial
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BRASIL TEXAS
EDIÇÃO 7 de Setembro de 1992 Houston, Texas, USA. *
vidabrasil@hotmail.
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VIDA
Sergio Lima.

6 lugares onde a natureza venceu a civilização

1. SS Ayrfield, na Austrália

Por muitos anos, a baía de Homebush, em Sidney, na Austrália, foi utilizada como uma espécie de desmanche de lixo industrial o que incluía, também, navios inutilizados. Uma das embarcações, chamada SS Ayrfield, foi levada até lá para ser desmantelada, porém, por alguma razão desconhecida, desistiram de submergi-la. O que aconteceu é que, depois de mais de quatro décadas flutuando, ela virou uma floresta flutuante e revela a impressionante capacidade de a natureza regenerar os espaços mais inusitados.

4. Ta Prohm, no Camboja

Entre os séculos 9 e 12, a maior parte do Sudeste Asiático era dominada pelo Império Khmer, que ergueu edificações sagradas faraônicas, como, por exemplo, o templo de Angkor Wat. Mas, além dele, há outra construção no complexo arquitetônico Khmer que chama bastante a atenção: a Ta Prohm, que está tomada por árvores que crescem por dentro e fora das suas ruínas. O templo foi um dos cenários do filme “Lara Croft: Tomb Raider”, estrelado por Angelina Jolie e lançado em 2001.

2. Pripyat, na Ucrânia

Esta era uma das cidades que ficavam próximas à usina de Chernobyl que, após o acidente nuclear, precisaram ser totalmente evacuadas. Depois que os seus quase 50 mil habitantes a deixaram, ela passou a ser povoada por lobos, cavalos selvagens, javalis e castores

5. Kolmanskop, na Namíbia

A extração de diamantes fez esta cidade africana se desenvolver freneticamente no início do século 20, mas, depois de o minério ter se esgotado na década de 1950, as oportunidades de trabalho acabaram mudando de endereço. Isso fez com que o lugar, desabitado, acabasse sendo tragado pelas areias do deserto.

3. Ilha de Ross, na Índia

Da mesma forma que o templo Ta Prohm, no Camboja, as construções desta ilha indiana também estão sendo regeneradas pela vegetação. Só que, neste caso, a ocupação da natureza foi iniciada somente na década de 1940, quando a ilha foi abandonada por seus moradores depois de ser assolada por um terremoto e invadida por japoneses.

6. Vila Houtouwan, na China

Depois de serem abandonadas pelos pescadores que nelas moravam, as casas desta ilha chinesa foram transformadas em espaços verdes pela natureza.

Fonte - https://www.vocesabia.net/mundo/6-lugares-onde-a-natureza-venceu-a-civilizacao/

Vale irá pagar R$ 527 milhões para reparar danos em Barão de Cocais

Mais de 400 moradores precisaram sair de casa no município

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais firmaram um acordo com a mineradora Vale definindo medidas para reparação dos danos causados em Barão de Cocais (MG). No município, mais de 400 moradores precisaram deixar suas casas devido aos riscos de rompimento da barragem Sul Superior, localizada na Mina de Gongo Soco. A prefeitura também assinou o acordo. Conforme pactuado entre as partes, a Vale desembolsará ao todo R$ 527,5 milhões. Este valor já inclui cerca de R$ 44,5 milhões indicados pela mineradora como despesas já realizadas em ações reparatórias, em antecipações das indenizações e em auxílios emergenciais. Os riscos na Mina de Gongo Soco foram identificados no pente-fino realizado após a tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) no início de 2019, quando 270 pessoas perderam suas vidas na avalanche de rejeitos liberada no colapso de outra barragem da Vale. Diante do episódio, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o MPMG adotaram medidas para cobrar reavaliações das condições de segurança de diversas estruturas.Nos casos considerados mais críticos, foi determinada a evacuação de áreas que seriam atingidas em uma eventual tragédia. Ao todo, quase mil pessoas precisaram deixar suas casas em todo o estado de Minas Gerais. Em Barão de Cocais, as evacuações tiveram início em fevereiro de 2019 e envolveram as comunidades de Socorro, Vila do Gongo, Tabuleiro e Piteiras. A barragem Sul Superior é uma das três que se encontram no nível 3, o último na escala de classificação da ANM, reservado para estruturas que registram risco iminente de ruptura. A barragem foi construída pelo método de alteamento a montante, o mesmo associado à tragédia em Brumadinho. Anos antes, em 2015, outra estrutura similar se rompeu em Mariana (MG), causando 19 mortes e impactando dezenas de municípios na Bacia do Rio Doce. De acordo com a Vale, a barragem Sul Superior foi construída em 1982 e foi desativada em 2008. A mineradora afirma que ela vem sendo monitorada permanentemente e está em processo de descaraterização.

Programas

O acordo para reparação dos danos em Barão de Cocais foi assinado na última sexta-feira (18), em audiência conduzida pela desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta, coordenadora do Centro Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de 2º Grau do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ele encerra uma ação civil pública onde o MPMG cobrava diversas medidas em benefício das comunidades. Os atingidos, no entanto, não participaram das reuniões de negociação. Em nota, o MPMG sustenta que o acordo foi elaborado em interlocução com as famílias. Também aponta que um dos destaques é a destinação de recursos para ações de estruturação das políticas públicas de saúde no município. Foram previstos seis programas em torno dos seguintes assuntos: compensação e desenvolvimento de Barão de Cocais;

Foram previstos seis programas em torno dos seguintes assuntos: compensação e desenvolvimento de Barão de Cocais; transferência de renda; requalificação do turismo e cultura; segurança; fortalecimento do serviço público municipal; e demandas das comunidades atingidas. A celebração do acordo contou ainda com a interveniência da Arquidiocese de Mariana, que é responsável pela Igreja Mãe Augusta do Socorro, a mais antiga de Barão de Cocais. Construída em 1737, ela deverá ser restaurada pela Vale. A mineradora divulgou nota afirmando que o acordo reforça seu compromisso com a reparação das comunidades impactadas. "Uma auditoria técnica independente será contratada para acompanhamento dos resultados do acordo, assim como assessoria técnica independente para auxiliar as comunidades atingidas a selecionar, formatar e apresentar projetos", acrescenta o texto.

Boa parte das famílias que deixaram suas casas em 2019 ainda vive em imóveis alugados pela mineradora Vale, sem previsão para retorno, o que depende da conclusão do processe de descaracterização da barragem. Em algumas localidades, os moradores puderam retornar. A situação, no entanto, não é confortável, segundo depoimento da moradora Cleonice Martins Gomes em audiência pública sobre o tema realizada há três meses pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). "Vivemos com medo. Quando passa uma ambulância, já pensamos que é a sirene da barragem. Tomamos remédios controlados que não usávamos antes, remédios de pressão. Estamos pagando com dinheiro dos nossos próprios bolsos", contou. Na ocasião, Cleonice lamentou a falta de suporte aos atingidos e cobrou da Vale indenização pela desvalorização dos imóveis. Ela avaliou que as famílias não eram ouvidas pela mineradora e que direitos previstos em lei foram descumpridos. Jucidialmente, os atingidos conquistaram em junho de 2019, o direito a um auxílio emergencial mensal a ser pago pela Vale. A mineradora chegou a pedir à Justiça a descontinuidade do benefício em 2020, alegando que mantê-lo seria assistencialismo, o que seria atribuição do poder público. O argumento, no entanto, foi rejeitado e os repasses foram prorrogados.

Descaracterização

Após a tragédia de Brumadinho, a ANM editou resolução estabelecendo datas para a eliminação de todas as barragens erguidas pelo método de alteamento a montante. Em Minas Gerais, o assunto ganhou tratamento específico pela Lei Mar de Lama Nunca Mais. Ela estabeleceu a obrigatoriedade de concluir todo o processo em três anos. O prazo se encerrou em fevereiro do ano passado, quando apenas sete das 54 barragens desse tipo existentes no estado estavam completamente descaracterizadas. Diante do cenário, o MPMG procurou diversas mineradoras para estabelecer novos compromissos, entre eles, o pagamento de indenizações. A Vale concordou em pagar uma quantia de R$ 236 milhões. Em agosto do ano passado, a mineradora apresentou novo cronograma indicando que a eliminação de todas as suas estruturas construídas pelo método de alteamento a montante será concluída até 2035. De acordo com a Vale, a conclusão da descaracterização da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, está prevista para 2029.

Fonte - https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/vale-ira-pagar-r-527-milhoes-para-reparar-danos-em-barao-de-cocais

Movimento negro realizará atos como resposta a casos de violência

Manifestações estão marcadas para o dia 24

Representantes do movimento negro realizam, na próxima quinta-feira (24), a Jornada Nacional de Luta Pelas Vidas Negras, mobilização para reagir aos episódios mais recentes de violência policial e assassinatos de pessoas negras, como o do adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos de idade, morto a tiros em uma operação na Cidade de Deus, Rio de Janeiro. Os organizadores já confirmaram manifestações em São Paulo, Limeira, interior do estado de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, Aracaju, Vitória e em Brasília. Em São Paulo, o ato fará concentração no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), a partir das 18h. Os grupos que vão às ruas ainda fazem ajustes para definir protestos nos estados do Rio Grande do Sul, Pará, Piauí, Maranhão e Bahia. No dia 24 de agosto, comemora-se o aniversário de morte do advogado soteropolitano Luiz Gama, um ícone da resistência negra.

Um exemplo de como a violência atinge, de modo geral, mais fortemente a população negra, estão apontados nos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) sobre o índice de mortes violentas intencionais em todo o país.

Em 2022, foram registrados 47.508 casos e 76,5% das vítimas eram negras. Os dados constam da última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A entidade destaca que os negros são o principal grupo vitimado pela violência, independentemente da ocorrência registrada, e representaram 83,1% das vítimas de intervenções policiais.

O encarceramento em massa de pessoas negras também segue a todo o vapor. No ano passado, o Brasil atingiu proporção recorde de negros no sistema carcerário, um total de 442.033 pessoas. A parcela equivale a 68,2%. Para o pesquisador Dennis Pacheco, do FBSP, as diretrizes que governos têm definido, em termos de segurança pública, são “o retrocesso deliberado”. “Ativamente, se tem produzido essas mortes como uma plataforma de visibilidade política”, afirma sobre as operações que multiplicam exponencialmente a letalidade policial. Pacheco avalia que o bolsonarismo contribuiu para que grupos ampliassem a institucionalização do racismo no país e que o que se tem à frente, como desafio, é a radicalização de tal postura, que se reflete nas forças de segurança pública.

Perguntado sobre o aparente paradoxo de se ter policiais negros tirando a vida de outros negros, ele disse que “é paradoxal, mas nem tanto”, já que quem está na base das corporações e, portanto, vai às ruas para realizar as operações, é negro e, portanto, tem pouca margem para intervir nas decisões. “O perfil dos oficiais, das pessoas que gerem a polícia, é bem branco e bem desinteressado em discutir as questões que dizem respeito ao enfrentamento ao racismo”.

Fonte - https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-08/movimento-negro-realizara-atos-como-resposta-casos-de-violencia

Polícia Civil investiga morte de jovem indígena na capital paulista

Brayan Guarani-Mbyá, de 15 anos, foi atropelado na madrugada do dia 12

A Polícia Civil de São Paulo investiga as circunstâncias da morte do jovem Brayan Guarani-Mbyá, de 15 anos, que morava na Terra Indígena Jaraguá, zona norte da capital paulista. O adolescente foi atropelado na madrugada do último dia 12, no viaduto da Rodovia dos Bandeirantes, em Perus, mas familiares souberam do ocorrido dias após o acidente. O inquérito foi aberto pelo 46º Distrito Policial, em Perus. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou à Agência Brasil que a equipe de policiais militares que esteve no local apurou que o motorista não estava embriagado no momento do atropelamento e que foi encaminhado a uma delegacia para depor, sendo liberado logo depois, por ter permanecido no local do acidente e colaborado com as autoridades. Ainda segundo a pasta, a vítima não carregava consigo nenhum documento de identificação.

“O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames periciais e de identificação. Após os exames ficarem prontos, foram remetidos à autoridade policial para providências de polícia judiciária e comunicação aos familiares, sobre os quais também não havia qualquer informação”, acrescenta a SSP. No último sábado (19), o Ministério dos Povos Indígenas disse, na conta que mantém na rede social X, antigo Twitter, que recebeu a notícia da morte do jovem com muita tristeza e pediu a responsabilização dos possíveis culpados.

Força Nacional será enviada ao Acre para apoiar combate às queimadas

Eles vão atuar no estado por

90 dias

O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional ao Acre, para apoiar o governo estadual em ações ambientais. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21). Embora o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), tenha mostrado uma redução de 35% no desmatamento no Acre, no período entre agosto de 2022 e julho de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior, esse tipo de crime ainda representou, no estado, 18% do total ocorrido na Amazônia Legal. No dia 5 de julho, o governador do Acre, Gladson Cameli, decretou situação de emergência ambiental até dezembro de 2023, como medida preventiva aos incêndios florestais no período com menores volumes de chuvas. A decisão foi baseada em dados do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cigma), que mapearam focos de queimada e alerta de desmatamento em dez municípios do estado. Os militares vão atuar por 90 dias “nas ações de combate aos incêndios florestais e às queimadas, nas atividades de defesa civil em defesa do meio ambiente e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, diz a portaria do Ministério da Justiça. O documento informa ainda que o contingente que será disponibilizado para atuar no estado obedece ao planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública. O número de militares não é divulgado pelo órgão, por medida de segurança.

Geral

Rio perdeu mais de 40% de embarques aéreos entre 2014 e 2022

Total passou de 13,3 milhões, em 2014, para 7,8 milhões, ano passado

A cidade do Rio de Janeiro teve uma redução expressiva na movimentação de passageiros aéreos entre os anos de 2014 e 2022. A queda pode ser parcialmente explicada pela pandemia de covid-19, que causou um forte impacto no setor da aviação mundialmente, mas não foi o único motivo. Segundo dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), compilados pela Agência Brasil, o total de viajantes que embarcam nos aeroportos do Rio (Galeão e Santos Dumont), tanto com destino a outras cidades quanto para o exterior, atingiu seu maior volume em 2014: 13,3 milhões. Em 2022, os embarques somaram 7,8 milhões, ou seja, 41% (5,5 milhões) a menos que em 2014. Mesmo em 2019, portanto antes da pandemia, o número de embarques nos dois aeroportos já havia caído 15% em relação a cinco anos antes, para 11,3 milhões, depois de consecutivas quedas – a única exceção foi uma leve alta de 2016 para 2017. Neste ano, se mantida a tendência registrada nos sete primeiros meses, os dois aeroportos devem fechar com pouco mais de 9 milhões de embarques. A perda foi sentida principalmente no Aeroporto Internacional do Galeão, cujos embarques caíram 19% de 2014 a 2019 e 66% de 2014 a 2022. O Santos Dumont também teve queda no período de 2014 a 2019 (-8%), apesar de ter apresentado alta na comparação de 2022 com 2014 (2%).

Os dados mostram, no entanto, que os passageiros perdidos pelo Galeão não foram absorvidos pelo Santos Dumont, já que, apesar de o aeroporto doméstico ter aumentado em 90 mil seu número de embarques de 2014 a 2022, o Galeão perdeu muito mais: 5,6 milhões de passageiros. Enquanto isso, em São Paulo, os dois aeroportos (Guarulhos e Congonhas) tiveram aumento de 15% nos embarques entre 2014 e 2019 e uma queda de apenas 8% na comparação de 2022 com 2014.

Rio de Janeiro (RJ) - Transferência de voos do Santos Dumont para Galeão - Professor Elton Fernandes Foto: Divulgação

Professor Elton Fernandes diz que governos e empresários devem agir para atrair mais turistas para o Rio - Divulgação Para

Elton Fernandes, professor do Programa de Engenharia de Transportes do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é preciso que os governos e empresários assumam responsabilidades para que o Rio volte a ter importância em nível nacional e internacional, atraindo, com isso, mais viajantes para a cidade. Rafael Castro, especialista em aeroportos e professor do curso de graduação em Turismo do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), afirma que apenas a transferência de voos do Santos Dumont para o Galeão não será suficiente para resolver o esvaziamento do aeroporto internacional. E que essa medida é apenas uma solução emergencial. Segundo ele, é preciso, por exemplo, haver melhorias no acesso ao terminal por transporte público e investir em segurança pública. Além disso, é preciso atrair mais turistas para a cidade. “É superimportante que o Rio consiga dinamizar sua economia e estimular o turismo”, afirma Castro.

“Tem que haver um comprometimento de várias entidades, prefeitura da cidade, governo do estado, Ministério do Turismo, Anac, Ministério dos Portos e Aeroportos, Embratur. Tem que haver um fortalecimento grande do turismo na cidade e no estado. O Rio de Janeiro é uma cidade que tem um apelo turístico muito maior do que outras cidades. É a cidade que vem na mente de qualquer turista estrangeiro.” Rio de Janeiro (RJ) - Transferência de voos do Santos Dumont para Galeão - secretaria Daniela Maia

Secretária municipal de Turismo, Daniela Maia diz que grandes eventos vão aumentar número de turistas no Rio - Denise Leão/Divulgação

A secretária municipal de Turismo do Rio, Daniela Maia, disse que a cidade vem buscando aumentar seu número de visitantes por meio da realização de grandes eventos, da divulgação em feiras internacionais e em investimentos em novos roteiros turístico-culturais. “O Rio vem atraindo e investindo em grandes eventos em varias áreas do turismo, como tecnologia, WebSummit, gastronomia, 50 Best, esporte, Rio Open, shows, Alok, Paul McCartney, festivais culturais, e feiras, como Abav, a maior feira de turismo da América do Sul . Estamos ampliando o projeto de Nômades Digitais internacionalmente, passamos a fazer parte do WTCF, World Tourism Cities Federation, como uma forma de atrairmos também o mercado chinês. Além de investimentos na aérea de audiovisual, novos roteiros turísticos, cultura, investimento para o reequilíbrio do aeroporto Galeão para recebermos um maior número de voos nacionais e internacionais. Presença em feiras nacionais e internacionais. Estamos trabalhando com entusiasmo”, afirmou a secretária. O secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, atribui a queda de passageiros aéreos na cidade a fatores como a crise financeira enfrentada pelo estado após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, à pandemia e também a um desequilíbrio entre o Galeão e o Santos Dumont.

Rio de Janeiro (RJ) - Transferência de voos do Santos Dumont para GaleãoSecretario Gustavo Tutuca

Para o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, restrição de voos no Santos Dumont "vai potencializar o Galeão" - Ascom Secretaria Estadual de Turismo “A Secretaria de Estado de Turismo tem negociado com diversas companhias aéreas o retorno dos voos internacionais para o Rio e já tivemos adesão de gigantes do mercado como British Airways, TAP, United Airlines, Delta, American Airlines e Ita Airways. Em relação ao mercado doméstico, estamos fazendo um trabalho de promoção do estado nas principais cidades emissoras de turista, com o projeto O Rio Continua Lindo. E perto!."

Segundo Tutuca, a decisão do governo federal de restringir os voos no Santos Dumont "vai potencializar o Galeão, equilibrando as operações". "Além disso, o governo do estado tem concedido incentivo fiscal às companhias aéreas no aeroporto Galeão. Temos muita esperança que o Rio de Janeiro vai recuperar esse protagonismo. Já estamos no caminho certo para isso”, disse o secretário.

Fonte - https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/rio-perdeu-mais-de-40-de-embarques-aereos-entre-2014-e-2022

TVs precisam mostrar pluralidade racial do país, diz pesquisador

As luzes e os sons da tela da TV foram fundamentais, a partir dos anos 1950, para uma tentativa de apagamento de raízes, da cultura e da pluralidade racial no Brasil. O alerta é do professor Richard Santos, que lançou neste mês o livro Mídia, Colonialismo e Imperialismo Cultural (Editora Telha, 246 páginas).

Em suas pesquisas, ele aponta que, desde o início, a televisão no Brasil recebeu apoio financeiro e técnico dos Estados Unidos, e isso acabou prejudicando a comunicação nacional. Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador diz que o país vivenciou uma “dominação colonial” pelos meios audiovisuais.

Para o pesquisador em comunicação, que é pró-reitor de extensão e cultura da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e criou o curso de jornalismo na instituição, os veículos televisivos herdaram uma forma de fazer de rádio, mas não a pluralidade cultural que o veículo mais antigo protagonizou.

Para ele, um problema é que a gestão das TVs ainda é majoritariamente branca, o que prejudica uma efetiva pluralidade de representação nos meios de comunicação. Richard Santos, que foi pioneiro do rap nacional, entende que há necessidade de regulamentação dos meios para fazer valer o que diz a Constituição e

Confira abaixo a entrevista

Agência Brasil: Professor, o senhor tem pesquisado a televisão e o racismo impregnado no Brasil?

Richard Santos: Eu tenho uma série de pesquisas que se desdobraram em livros, como é o caso do “Branquitude e televisão: a nova África (?) na TV pública”. Tem o “Maioria minorizada: dispositivo analítico de racialidade”, no qual eu desenvolvo a proposta do conceito para compreender como a televisão criou um imaginário subalternizador de uma maioria que é minoria no acesso a direitos e serviços públicos de qualidade.

E, nesse terceiro trabalho, o “Mídia, colonialismo e imperialismo cultural”, eu faço uma análise de como a gente ainda tem uma televisão sob o signo da dominação colonial.

Agência Brasil: O que é essa dominação colonial?

Richard Santos: Quando a gente criou a televisão no Brasil, o país recebeu toda a cooperação técnica e financeira estadunidense. A gente também recebeu diretrizes, normas de como fazer televisão no Brasil.

Eram normas e diretrizes baseadas na realidade dos Estados Unidos daquele momento: branca, segregacionista e com a supremacia branca imperando.

E a gente aplica isso aqui no Brasil. Muito recentemente, a gente tem tido uma discussão maior na sociedade e temos visto a ascensão de novos protagonistas, de novos personagens que trazem na estética, na frente da tela, uma pluralidade étnico-racial. Mas que isso ainda não é visto nos cargos de diretoria e de comando. Naqueles casos que são decisivos para o encaminhamento dos meios de comunicação.

Agência Brasil: O que isso gera?

Santos: Eu chamo de imperialismo cultural. Quando a gente não tem esses órgãos combinados de maneira plural, passa a haver a impossibilidade de termos também uma produção de signos que representem esse Brasil com as suas várias nuances culturais e estéticas plurais.

Então a gente vai reproduzir aquilo que ainda está baseado no modelo euro-estadunidense de fazer o audiovisual. Nas redes sociais, também há um modelo do audiovisual feito nessas plataformas sociais. Há uma televisão reinventada para esses novos aparelhos.

A estética e a comunicação são da televisão.

Agência Brasil: Voltando nessa linha do tempo, a nossa formação do modelo de TV já nasce com essa predisposição de não valorizar o nosso povo?

Santos: Perfeitamente. Eu faço uma comparação entre a televisão no Brasil e na Argentina. A princípio pegando dois países tão distantes, tão diferentes… Culturalmente sim, mas efetivamente essa disparidade cultural não se concretiza (na TV).

A televisão serve para expandir o que eles chamavam de política da boa vizinhança. Não é que nasce negando a cultura brasileira. Ela nasce afirmando uma cultura que se queria moderna, farol da prosperidade que seria a cultura estadunidense.

Fonte - https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/tvs-precisam-mostrar-pluralidade-racial-do-pais-diz-pesquis

TVs precisam mostrar pluralidade racial do país, diz pesquisador

Continuação da Entrevista

Agência Brasil: No Brasil, a TV herdou influências do rádio, não é?

Santos: Você tinha uma rádio com as grandes vozes, com os grandes locutores, vozes negras. A gente tem outros dados de estudos que vão constar que esses profissionais do rádio não migram para a televisão e não migram para a televisão porque aqueles que comandam a televisão não têm interesse nas suas imagens postas na tela. Isso porque estariam em desacordo com os interesses da grande indústria que queria branquear o país.

Agência Brasil: Então, a TV herda um modo de fazer, mas não a cultura propriamente dita?

Santos: Isso. A gente aprende na faculdade que até a vírgula a TV herdou da rádio. Herdou, na verdade, o modelo de comunicação, mas deixou de lado a estética. E quando você recorda as grandes vozes do rádio, sejam elas mulheres ou homens, você está falando de pessoas não brancas. Com a ascensão da televisão, vão passar quando possível, por um processo de branqueamento da sua imagem e posteriormente de apagamento. Aos poucos, vão desaparecendo e dando espaço para pessoas e artistas produzidos de acordo com os interesses da indústria cultural.

Agência Brasil: Na segunda metade do século 20, Brasil e Argentina estão entre os países da América do Sul que passam por ditaduras militares. Isso ocorre na década seguinte à chegada da TV. De que forma, professor, isso piora ainda mais essa situação de dominação que o senhor descreve?

Santos: No livro, tem um capítulo sobre esse tema porque as ditaduras latino-americanas vão silenciar os movimentos sociais, seja no âmbito da pluralidade da comunicação, seja no âmbito do próprio movimento negro, mais especificamente, proibindo manifestações que atentassem contra a identidade pátria. Atentar contra a identidade pátria no Brasil era atentar contra o jeito da ditadura que dizia que a gente vivia numa democracia racial. Queriam que acreditássemos que estávamos numa democracia racial onde todos tinham oportunidades iguais e o Brasil era um paraíso de convívio, de harmonia das raças. Ninguém se debruçava para entender porque o Brasil é o país que mais mata pessoas negras. O Brasil é o país que mais mata as mulheres que não têm acesso ao sistema de saúde. Quando você olha no perfil racial, os executivos das grandes empresas de comunicação não são pessoas negras. Então, a ditadura serviu pra silenciar e oprimir essa necessidade de desenvolvimento social que nossos países passavam.

Agência Brasil: A gente tem uma transformação no pós-ditadura? A nossa Constituição de 1988 não efetivamente alterou essa forma de ser para democratização dos meios?

Santos: Eu acredito que a gente tem uma Constituição extremamente singular e importante, mas, para além do avanço conquistado, a gente precisa de um segundo passo, a regulamentação daquilo que está na Constituição: a proibição da propriedade cruzada e a proibição dos oligopólios, por exemplo. A pluralidade desse corpo midiático que temos precisa ser regulamentada. Quando você tem uma indústria comunicacional e hegemônica controlada por poucas famílias, como temos no Brasil, e essas poucas famílias com grande influência e sendo operadas também pelo mercado internacional, aí você tem uma série de conflitos de interesses políticos que travam o desenvolvimento ou o progresso no acesso a direitos da maioria minorizada.

Agência Brasil: Nesse contexto, qual seria o papel da comunicação pública aqui no Brasil e na Argentina para alteração desse cenário?

Santos: Acredito que só através da comunicação pública a grande massa consegue a emancipação e uma educação plural. A gente consegue uma verdadeira formação do cidadão integral. A comunicação pública deve estar livre dos interesses comerciais, das disputas de poder. Ela deve estar a serviço da formação do país, da nação que acreditamos possível e que os nossos filhos merecem.

Plataforma Anita Garibaldi entra em produção na Bacia de Campos

Unidade integra Plano de Renovação da Bacia de Campos, maior do mundo em revitalização de ativos maduros

A Petrobras colocou em produção, nesta quarta-feira (16/8), o navio-plataforma Anita Garibaldi na Bacia de Campos. Do tipo FPSO (sistema flutuante que produz, armazena e transfere petróleo), a unidade vai operar simultaneamente no pós-sal e pré-sal dos campos de Marlim e Voador. Com capacidade de produzir até 80 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 7 milhões de m³ de gás/dia, o novo FPSO integra o Plano de Renovação da Bacia de Campos –maior programa de recuperação de ativos maduros da indústria mundial.

“As plataformas Anita Garibaldi e Anna Nery, que também iniciou operação em 2023, serão fundamentais para aumentar a longevidade da Bacia de Campos e ampliar sua produção. Em paralelo, são equipadas com tecnologias de última geração para redução de emissões de gases de efeito estufa, combinando eficiência e descarbonização. Passados mais de 40 anos desde que começou a produzir, a Bacia de Campos segue se renovando e exercendo papel estratégico para o país, lançando novos projetos e gerando novas oportunidades”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Redução de 50% das emissões de CO2

O Anita Garibaldi foi construído pela MODEC e produzirá em Marlim e Voador em conjunto com o FPSO Anna Nery, já em operação. A capacidade de produção conjunta das duas plataformas é de até 150 mil barris de óleo por dia (bpd) e de processamento de até 11 milhões de m³ de gás. Ambas irão substituir nove plataformas que operavam na Bacia de Campos e serão descomissionadas. Com a diminuição do número de plataformas em operação nos dois campos, haverá a redução de mais de 50% das emissões dos gases de efeito estufa.

O projeto de revitalização de Marlim e Voador, em conjunto com projetos de desenvolvimento complementar e projetos de revitalização de outros campos, contribuirá para o aumento da produção na Bacia de Campos dos atuais 565 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) para 920 mil boed, em 2027.

Fonte - https://www.agenciapetrobras.com.br/pt/negocio/ plataforma-anita-garibaldi-entra-em-producao-na-bacia-de-campos-16-08-2023

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