Jornal Ceifeiros

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CEIFEIROS EM CHAMAS

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ceifeiros@uol.com.br

* Venda Proibida

Agosto 2011

Ano XIII - No 170 Agosto de 2011 *Órgão Oficial da CONFRADESP * Ass. de Deus - Min. Belém * Fundador: Valdir Nunes Bicego

Quem ousaria dizer que as igrejas evangélicas australianas estão sendo ameaçadas? Apesar de 68% da população se considerar cristã, a busca pelo prazer, riqueza e atividades seculares estão afastando a maioria das pessoas da igreja evangélica. Pág. 4

Tradução da Bíblia

AGNES OZMAN

Desafio para línguas minoritárias. Pág. 6

Ela faz parte da Histoória da AD. Pág. 7


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Agosto 2011 EXPEDIENTE

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Feridos pelas nossas Transgressões

COMISSÃO DO ÓRGÃO CEIFEIROS EM CHAMAS

Presidente Pr. José W. B. da Costa Diretor Executivo Pr. Paulo Magalhães Rodrigues

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Bíblia é cristocêntrica, ou seja, do Gênesis ao Apocalipse o assunto é um só: Cristo. Os escritores sagrados do Antigo Testamento foram inspirados por Deus para falarem a respeito do Salvador do mundo de uma maneira tão singular que parecem ser testemunhas oculares do que registraram em seus magníficos livros. Em minha opinião, o que mais se destaca nesta lavra literária é o profeta Isaías, o qual viveu em torno de 700 antes de Cristo, mas teve uma visão tão nítida e particular do ministério de Jesus que parece ter sido seu contemporâneo desde o seu nascimento até sua morte e

ressurreição, tanta é a riqueza de detalhe que nos é oferecida. Isaías pertencia à realeza. Portanto, nasceu e cresceu praticamente no palácio dos reis de Judá. Porém ele não concordava com as arbitrariedades que eram cometidas pelos membros da família real, todos descendentes do rei Davi, o homem escolhido segundo o coração de Deus para fazer a diferença na condução de seu povo. Isaías 6.1-4 revela-nos com propriedade a chamada deste príncipe da casa de Davi para o ministério profético. Nesta visão ele contempla um anjo que sai de junto do trono de Deus em sua direção

trazendo em sua mão uma tenaz com uma brasa viva e com ela toca em seus lábios purificando-o de todos os seus pecados. Imediatamente, ele é transformado por Deus e começa a combater as transgressões de seu povo, com o intuito de livrá-lo das terríveis conseqüências que viriam por causa de sua desobediência. Mas eles entediados pelo pecado não aceitam a sua mensagem e matamno partindo-o ao meio conforme registra a tradição rabínica. No entanto, ele nos deixou um legado de um valor incalculável, ao descrever as minúcias do ministério terreno de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Isaías é chamado o profeta messiânico e

também considerado o escritor do quinto evangelho pela forma como escreve a vida do Filho de Deus como se fosse uma autêntica biografia. O capítulo 53 descreve o sofrimento do Justo que, para cumprir o cronograma divino, deu sua vida para nos justificar e livrar da condenação eterna, um ato de sublime amor que se tornou indescritível e incompreensível pela humanidade, mas que nos elevou à dignidade de herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.

Pr. José W. B. da Costa Presidente do Min. Belém, da CONFRADESP e da CGADB

Agenda Ceifeiros

Marketing Pr. Adilson Rossi Pr. Eduardo F. da Conceição Pr. Gilberto Correia de Andrade Captação de Recursos Pr. Alexandre F. da Silva Junior Pr. Vargas Daniel L. da Silva Pr. Sergio Silva

Fotografia Fernando Flor Colaboradores Dário Ferreira

15.000 exemplares mensais

Simpósio Missionário SENAMI

Taxa de inscrição: Apenas R$ 30,00 (grupos com mais de 10 pessoas terão 50% de descontos). Transporte, hospedagem e alimentação por conta do participante.

Eventos Pr. Ivan Tavares Ribeiro Pr. Paulo dos Santos Pr. Adeli G. dos Santos

Editoração e Diagramação Indesigner: 11 8794 0130

De 15 a 17 de setembro http://encontro.renas.org.br/

Será nos dias 18 e 19 de agosto de 2011, no Museu da Bíblia em Barueri, SP. Reserve esta data na sua agenda para estar conosco. Informações pelo telefone 11 3474-5813 ou pelo site www.sbb.org.br/forum.

Pesquisa Pr. José de Oliveira Pr. Alberto Brito de Almeida Pr. Sérgio Ferreira da Paz

Editor Chefe Pr. Antonio Mardônio N. Vieira

"Missão integral: Participação política e social"

VII Fórum de Ciências Bíblicas

Tesoureiro 1° Pr. Lelis W.Marinhos 2° Pr. Daniel M. Rocha 3° Pr. Astrogildo A. Américo

Jornalismo Pr. Edson Silva Melo Pr. Israel Padilha Siqueira

Eventos de Missões

Preletores: Pr. Jose Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB; Pr. Anísio do Nascimento, diretor da SENAMI; Pr. George Wood, USA; Brad Walz, USA; Pr. Álvaro Sanches, Além/MG; e Pr. Elizeu Martins, EMAD/SP.

Secretários 1° Pr. José Miguel da Silva 2° Pr. Paulo Silva 3° Pr. Emanuel B. Martins

Conselho Fiscal Pr. João C. Padilha de Siqueira Pr. Evandro de Souza Lopes Pr. Jessé Correia dos Santos Pr. José Felipe da Silva Pr. José Prado Veiga

Agosto: 12 a 14 – Jaboticabal Agosto: 26 a 28 – Santana de Parnaíba/Cajamar Setembro: 16 a 18 – Pinheiros Setembro: 25 e 26 – Belém Outubro: 07 a 09 – Registro Novembro: 24 - EUA

A Secretaria Nacional de Missões (SENAMI) realizará nos dias 16 e 17 de novembro de 2011 o Simpósio Missionário na igreja-sede do Ministério do Belém.

Vice- diretores executivos 1° Pr. José W. Costa Junior 2° Pr. José Domingos Neto

Homenageados: Pr. José Wellington Bezerra da Costa, Ir. Wanda Freire Costa e Pr.Paulo Freire da Costa

Homenagens durante os 50 anos da AD Cotia A Assembléia de Deus em Cotia, completou 50 anos de atividade no evangelismo e propagação do evangelho. Instalada no distrito de Caucaia do Alto, conta com 15 congregações sob a direção do pastor Brás Virginio Dias, por mais de 18 anos. Em meio ás comemorações que tiveram inicio dia 15 de julho , aconteceram diversas homenagens. O presidente do ministério do Belenzinho, pastor José Wellington Bezerra da Costa, recebeu o Titulo de Cidadão Cotiano, a irmã Wanda Freire recebeu a medalha de Honra ao Mérito e o deputado e pastor Paulo Freire foi agraciado com o Diploma de Reconhecimento da Cidade. O deputado disse se sentir ainda mais responsável pela comunidade de Cotia, que além de ter lhe confiado essa representatividade, agora lhe oferece este reconhecimento. Segundo ele, vai continuar trabalhando pelo município.

Fonte: http://pastorjuarezlima.blogspot.com

Distribuição Mensal: Primeira 2°F. do mês na Sede da AD. Belem - SP Ceifeiros em Chamas localiza-se no 2° Andar - Sala Valdir Nunes Bicego R: Conselheiro Cotegipe, 273 - Belém São paulo -SP - Cep: 03058-000 Brasil Tel. 55 011 2696 5467 Fax. 11 2796 9122

ceifeiros@uol.com.br Toda comissão, pastores, colaboradores e articulistas do jornal Ceifeiros em Chamas, prestam serviços voluntários para o órgão. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representa necessáriamente a opinião do editor, nem do conselho editorial.

ESCREVA - NOS Dê sua opinião, ou envie informação com fotos do evento missionário.

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Leitor Nós do jornal Ceifeiros ficamos felizes com a correspondência de Reginaldo e Marceo que estão na Penitenciária: "Odon Ramos Maranhão" - Iperó - SP "Fiquei muito feliz com o jornal. Poderia me mandar outro? Gosto muito de ler este jornal. Mando meus cumprimentos! Que a paz do Senhor seja com todos vocês. Orem por nós a fim de que Deus nos dê força para caminharmos com Ele e que a palavra da verdade aumente em nosso coração. Amem" Reginaldo Vieira – Iperó – TATUÍ/SP "Na manhã deste dia veio até as minhas mãos um exemplar do “Ceifeiros em Chamas” e me deparei com uma reportagem falando a respeito da Capelania Carcerária. Fiquei impressionado com a intimidade e o domínio do assunto. Um forte abraço e que Deus continue iluminando a vossa mente para continuar cada vez mais escrevendo brilhantes matérias e nunca se esqueçam dos excluídos da sociedade. Que Deus vos abençoe". Atenciosamente Marcelo Rosa do Nascimento – Iperó – Tatuí/SP O Jornal Ceifeiros agradece o apoio do departamento de Capelania da AD pela distribuição do jornal que é realizado mensalmente nas penitenciárias sob a coordenadoria do Pr. Agostinho.

Contato Missionário Estamos bem, graças ao Senhor Jesus Cristo. A obra continua! Estamos com nossa base na capital (Cochabamba) e em mais cinco províncias com pequenas congregações. Estamos orando pelo sustento de três obreiros que estão nos ajudando: um casal e dois solteiros. Inauguramos recentemente um programa de televisão, duas vezes na semana, para o serviço de evangelização. Ajudamos em parceria um orfanato com 25 crianças extremamente carentes e necessitadas. Por isso, necessitamos mesmo das orações, pois os desafios são muitos e o país passa por um momento bastante difícil com constante alta de preços e bloqueios nas estradas. Uma vez mais muito obrigado, equipe do “Ceifeiros em Chamas”, pois o jornal tem chegado todos os meses para nós. Continuem a enviar o jornal e a orar por nós. Missionário Antonio Pedro Bispo e família\ Cochabamba – Bolívia

LAR EVANGÉLICO “A Igreja Evangélica ASSEMBLEIA DE DEUS, Ministério do Belém, é mantenedora do ASILAR e conta com contribuintes permanentes (associados) ou esporádicos. Abriga no LAR REDENÇÃO, localizado num sítio no município de Descalvado/SP, idosos carentes, acima de 60 anos. Ali os residentes recebem cuidados e assistência integral, como se estivessem em seu lar, tendo-se diariamente três momentos de adoração a Deus. COMO COLABORAR: a) Ore em favor dos abrigados, contribuintes e cuidadores; b) Contribua com alegria: procure o representante do Asilar em sua congregação ou no templo sede. Se precisar contatar o diretor executivo, ligue: (11) 2421-0182 ou (11) 7819-7815 Dr. Orlando Pontiroli Deposite: BRADESCO: Agencia 165 - CC 31.652-0 Site: www.asilar.org.br

Editorial

Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.Mateus 25:36

Um Reino Abalado 22 de julho de 2011 torna-se um dos dias mais tristes da história de uma nação considerada pacata pelos seus princípios cristãos e democráticos que a faziam despreocupar-se tanto com a segurança e um possível atentado terrorista, apesar de que vivemos em uma época que é difícil se prever o que poderá acontecer a qualquer momento em toda parte do mundo. O jovem norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, até então considerado um bom moço, causa a maior perplexidade para o mundo e a maior consternação do pós-guerra na Noruega com a atitude tresloucada que cometeu em nome de um idealismo descabido contra o islamismo que ceifa dezenas de vidas inocentes. Neste dia fatídico do verão europeu, ele detona um carro-bomba em Oslo, capital da Noruega, nas proximidades da sede do governo que causa a morte de oito pessoas inocentes, além do abalo que causou à estrutura dos edifícios da localidade, os quais provavelmente serão implodidos pelo perigo que constituem para a população que transita e trabalha naquele local. Insatisfeito com este ato terrorista, aparece na ilha Utoeya, nas proximidades da capital, onde estavam acampados os jovens pertencentes ao Partido Trabalhista, que aguardavam a presença do primeiro-ministro

norueguês, o qual lhes transmitiria uma palestra, abortada pela crueldade cometida por alguém que agiu um ato de verdadeira selvageria. Vestido de policial para não levantar suspeita e passar como segurança designado para aquele evento, Breivik abre fogo contra pessoas indefesas que não sabiam o que fazer senão procurar refúgio na água, onde muitos foram alvejados e mortos covardemente, o que causou um sentimento de revolta internacional. Causou uma grande tristeza para nós em todo mundo contemplarmos o rei e a rainha noruegueses chorando por um trágico acontecimento que causou a reprovação de vários grupos terroristas da atualidade, por julgarem que os noruegueses não mereciam uma tragédia de tamanha proporção, por serem tão hospedeiros e pacatos. 76 mortos em dois atentados causados por uma só pessoa deixaramnos perplexos, mas, ao mesmo tempo, cientes de que estes acontecimentos atuais retratam a grande realidade de que Jesus está à porta para vir nos buscar. Oremos pelos nossos irmãos noruegueses, a fim de que possam superar este trauma e tirar a grande lição de que o Rei do Reino inabalável está voltando. Pr. Antonio Mardonio Editor-chefe


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Secularismo ameaça evangélicos na

Austrália A

Austrália é um país solitário da Oceania. Sem vizinhos, cercado por águas, a nação é facilmente lembrada como a terra dos cangurus e aborígines. Atualmente apresenta estabilidade econômica, política e têm mantido suas portas abertas à pregação do evangelho. Atualmente 68% dos australianos se consideram cristãos segundo dados do livro Interseção Mundial. É uma situação consideravelmente tranqüila, e, quem ousaria dizer que as igrejas evangélicas australianas estão ameaçadas? Quem seria capaz de enxergar perigo em um lugar tolerante à pregação do evangelho? Sem pensar, alguém pode responder a estas indagações de maneira precipitada, fria e superficial, julgando ser este um dos lugares com menor prioridade para se investir no que diz respeito a missões. Porém, a estatística apresentada acima não reflete a realidade dos evangélicos australianos, apenas maquia a verdadeira situação do país, retratada por uma sociedade que vive a busca do lazer, prazer e riquezas, ficando cada vez mais longe do Senhor Jesus Cristo e prestes a ser engolida por um tsunami chamado Secularismo. O secularismo é um dos principais problemas que afetam as igrejas do presente século. Este tem sido o grande causador do esfriamento dos cristãos na Europa e Estados Unidos. Para uma melhor compreensão, “secular é o que pertence à maneira de viver deste mundo, e não do mundo vindouro; é algo que não comunga com os interesses e as entidades espirituais”. Nos dias de hoje “Secular tornou-se o oposto de sagrado”. Assim está definida a conotação desta palavra na Enciclopédia de Teologia e Filosofia de R N Champlin. Pessoas de diferentes nacionalidades estão migrando para a Austrália por diversos motivos, aumentando o número de estrangeiros no país. De acordo com o livro Interseção Mundial, são povos oriundos da antiga Iugoslávia, muitos ainda retêm o uso da língua pátria, como os croatas, macedônios, sérvios, bósnios, albaneses e russos. É notória a presença de chineses, vietnamitas, italianos, gregos, poloneses, espanhóis entre outros. São habitantes que pertencem a nações que oferecem resistência ao evangelho e por isso tiveram

pouca oportunidade de ouvir falar sobre Jesus. Toda essa representação estrangeira em solo australiano totaliza mais de 2 milhões de pessoas. Por pertencerem às nações que dificultam a comunicação do evangelho, como China e Rússia, esse público seleto pode ser priorizado pelas agencias de missões e igrejas, tornando-os alvo principal da pregação das boas novas. Uma vez alcançados podem contribuir com a propagação da palavra de Deus em suas pátrias quando retornarem às mesmas, facilitando de certa forma o árduo trabalho das missões mundiais. Alem disso, a Austrália possui nativos, seres primitivos que já habitavam o território antes da colonização inglesa. Os aborígines, que segundo estimativa são 350 mil, foram desmoralizados ao longo dos anos, submetendo-se ao trabalho escravo e muitos foram exterminados de maneira cruel. Devido a este passado sombrio a população aborígine que resta tem sido preservada para, segundo as autoridades, manter sua identidade cultural. Situação que vem dificultando o contato dos missionários com os nativos. Don Richardson, pastor, missionário e autor de vários livros sobre missão transcultural, esclarece que “quando um missionário entra numa cultura diferente, logo o povo percebe que ele é estrangeiro, e isso é normal. O problema é que o evangelho que ele prega também é tachado de estrangeiro”. Mas, Don destaca que Deus criou as “analogias de redenção”, ou seja, toda cultura contém idéias que podem ser aproveitadas para a comunicação do evangelho. Don Richardson crê que o evangelho é perfeitamente adequado para qualquer cultura. O pastor José de Oliveira, responsável pelo departamento de pesquisas dos Ceifeiros em Chamas, visitou a igreja Assembleia de Deus Belém na Austrália por um período de 34 dias e pode testemunhar que o país, é um campo fértil para semear o evangelho. Ele diz que “a igreja AD na Austrália”, pastoreada pelo pastor Paulo Eduardo Schriner, “é constituída de brasileiros, porém têm chegado alguns irmãos de vários países de fala espanhola, alguns nativos e eslavos”. Segundo o pastor Oliveira, as mensagens proferidas nos cultos eram traduzidas para os russos, tarefa executada pela irmã Geisa.

Participantes da segunda EBO

Durante o período em que esteve na Austrália, o pastor Oliveira participou da 2ª edição da Escola Bíblica para Obreiros e do 3º aniversário da igreja pastoreada pelo pastor Paulo Schriner. José de Oliveira destacou que os objetivos

da AD australiana são “alcançar os brasileiros que vivem lá e os imigrantes”. Pastor Oliveira apontou que a principal dificuldade tem sido “o aluguel caro e dispendioso que deve ser pago semanalmente”, diz. As cidades de Sydney, Woollongong, Rockhampton, Melborune, Corrimal foram visitadas pelo pastor José de Oliveira, que também faz o trabalho de cuidado integral dos missionários. Oliveira sinaliza que a igreja na Austrália necessita de oração, pois precisa fortalecer sua identidade cristã, e apesar de ser “um país desenvolvido, rico muito organizado nas áreas educacionais, no comércio, indústria, na agricultura e pecuária, está dominado pelo secularismo ateu. Há a necessidade de uma forte intercessão para Deus operar nesse país”. Os idealizadores do livro Intercessão Mundial destacaram os principais motivos de oração pelos quais as igrejas podem se envolver. Alem dos riscos da Austrália tornar-se secular e distante de Deus, pedese que os cristãos orem em favor da freqüência aos cultos, pois tem caído constantemente; que as igrejas australianas tenham objetividade; visão missionária e para que desenvolva projetos de apoio aos obreiros que estão atuando nos campos. Se Deus permanecer nos corações dos australianos, essa nação ficará solitária apenas na geografia apresentada no mapa. Dário Ferreira Ceifeiros Em Chamas


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Ceifeiros na

Austrália O

pastor José de Oliveira, representante dos Ceifeiros em Chamas, passou 34 dias na Austrália, entre os meses de maio e junho, a convite do pastor Paulo Eduardo Shriner, responsável pela igreja AD Belém australiana. Na ocasião pastor José de Oliveira participou das comemorações do 3º aniversario da igreja, da 2ª edição da Escola Bíblica de Obreiros e visitou os trabalhos desenvolvidos em outras cidades. No dia 21de maio, pastor Oliveira seguiu para Woollongong, onde participou de reuniões de oração. Posteriormente, retornou a essa cidade para cooperar em outros eventos. Cinco dias depois alçou vôo para Rockhampton, localizada a 1 700 quilômetros de Sydnei, onde está estabelecida uma congregação bem desenvolvida. A mesma foi constituída por imigrantes brasileiros. Nessa cidade, permaneceu por mais tempo e pode participar de reuniões de oração nos lares e no culto dominical no templo da AD Australiana. “A cooperação ali foi muito proveitosa para os irmãos, percebi a alegria deles no carinho que demonstraram por minha vida”. Esta igreja é liderada pelo irmão Marcolino e sua esposa Patrícia, tendo como auxiliar o irmão Edson. Pastor José de Oliveira foi enviado à cidade de Melbourne no dia 2 de junho, quase 1 000 quilômetros de Sydney, onde existe uma Congregação bem estabelecida em local alugado. O dirigente local é o pastor Anilton. Oliveira julgou sua cooperação ali “muito oportuna”, e afirmou, “querem minha volta para ajudá-los”. Em Baía de Sidney 21 de junho dirigiu-se com outros obreiros para Corrimal onde visitaram o irmão Nelson Rosa Pires. Pastor Oliveira recordou, “passamos um frio horripilante”. Após retornarem, os irmãos manifestaram todo carinho pela família do pastor Paulo Schriner ao comemorarem o aniversário de sua esposa, irmã Isaura. “Trouxeram presentes, bolo e refrigerante”, diz Oliveira. A razão principal da viagem do pastor Oliveira à Austrália foi à realização da 2ª Escola Bíblica para Obreiros. “Eu e o Pastor Paulo nos revezamos nas preleções, com temas apostilados cujos resultados só o tempo dirá. Pr.Oliveira próximo ao Cartão postal de Sidney “o Teatro da Ópera’ Foi um momento precioso de confraternização, de comunhão, de novas amizades. Não há como nomearmos cada pessoa, mas ficou muito claro que todos participam do trabalho com alegria.” O encerramento da Escola Bíblica se deu no período da manha de domingo, 12 de junho, “em culto emocionante, onde sentimos a presença de Deus”, relembra.

Prs.Oliveira e Anilton frente á faxada da AD em Melbourne

Durante sua estada na Austrália, pastor Oliveira constatou os dados da Intercessão Mundial que o país “abriga uma gama de imigrantes de vários países asiáticos, eslavos, das ilhas e arquipélagos da Oceania e agora também de brasileiros. Esses imigrantes também têm suas extensões de suas igrejas evangélicas. Igrejas históricas marcam presença, como evangélicas e protestantes, Anglicana, Ortodoxa Grega, Batistas e Pentecostais assembleianos, formam uma população de quase 10 milhões de filiados e nominais”.

O grande desafio, segundo o pastor José de Oliveira “é alcançar os brasileiros que lá vivem e não são poucos, e por tabela também chegam os latinos de idioma espanhol. Apoiemos o Pastor Paulo e sua família, orando e lembrando de outras necessidades, como por exemplo, o aluguel que é caro e dispendioso e se paga semanalmente. Nestes três anos de atividade os resultados tem sido promissores, o Pastor Paulo juntamente com sua família tem sido incansável, se desdobrando no atendimento da obra. Por tudo somos muito gratos a Deus que tem nos ajudado em visitar e cooperar com a obra missionária”. Nesta ocasião o pastor José de Oliveira representou os Ceifeiros e a Assembléia de Deus-Ministério do Belém. O trabalho desenvolvido na Austrália, atualmente é apoiado pela Igreja AD e Ministério de Miami-FL, onde preside o Pastor Joel Freire da Costa. Dário Ferreira e José de Oliveira

Pr. Oliveira prega a Palavra no culto e a Geisa, filha do missionário Paulo, o interpreta


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O desafio da tradução da Bíblia para línguas minoritárias Vilson Scholz* Ao contrário das religiões pagãs, o Cristianismo não tem nenhuma reserva quanto à tradução das Escrituras Sagradas. E não foram os cristãos que começaram a traduzir a Bíblia. A primeira tradução foi feita ainda antes do nascimento de Jesus, pelo povo judeu, no Egito. Trata-se da tradução do Antigo Testamento para o grego e é conhecida como Septuaginta (ou “versão dos setenta”).

Ore pela Ásia Central, Brunei e Chechênia Ásia Central – Projeto de mídias Agradecemos a Deus pelo crescimento dos projetos de mídia em grande parte dos países da Ásia Central. Novas pessoas foram treinadas através de DVDs. Agradecemos pela possibilidade de distribuir centenas de DVDs e CDs nessa região. Ore por proteção de todos os envolvidos e pelas igrejas que enviam os recursos.

Brunei – Direcionamento Cristãos locais e trabalhadores que têm o desejo de compartilhar o que possuem com os outros estão enfrentando o preconceito religioso. Algumas vezes eles têm de lidar com a situação de perder o emprego e ir para a prisão. Ore para que Deus direcione as pessoas que estão prontas e maduras para ajudá-los.

C

om a encarnação da Palavra de Deus, em Jesus Cristo, o trabalho de tradução se tornou ainda mais claro e possível. A encarnação de Cristo é o ponto alto da revelação de Deus. Em Jesus, Deus se fez homem. Mais do que nunca, agora Deus fala a nossa língua. Assim, não precisamos aprender uma língua especial, a única que Deus entenderia (talvez o aramaico). Não. Deus é o grande linguista: ele fala e entende todas as línguas. À luz disto, ninguém mais precisa ou deveria ter que aprender outra língua para ouvir a mensagem de Deus. Deus pode e quer se dirigir a nós na língua que falamos. E se isto é bom para nós, é bom para todos. Mesmo para aqueles que falam uma língua que poucas pessoas conhecem. Calcula-se que existam no mundo, hoje, umas 6.700 línguas diferentes. Dessas, 2.500 têm um trecho da Bíblia traduzido. Nenhum outro livro ou texto atinge essa marca. Para ser mais específico, a Bíblia completa (Antigo Testamento e Novo Testamento) já está em mais de 400 línguas. Além disto, umas 1.100 línguas já têm o Novo Testamento traduzido. E umas 800 línguas têm uma porção da Bíblia traduzida (um Evangelho, por exemplo). Assim, restam mais de quatro mil línguas no mundo que não têm nenhum trecho da Bíblia em tradução. Essas quatro mil línguas são faladas por 350 milhões de pessoas. São línguas minoritárias, faladas por pouca gente.

Enquanto esperam pela Bíblia ou por um trecho dela em sua língua materna, terão que ser alcançados com uma tradução fácil numa língua próxima a deles ou na língua oficial do país. É o caso, por exemplo, de comunidades indígenas do Brasil: na falta de uma Bíblia na língua nativa, precisam entender o português. E, para muitos deles, o nível de português da Nova Tradução na Linguagem de Hoje ainda é complicado demais. A Bíblia de Almeida, nem se fala. Portanto, é necessário traduzir a Bíblia, ou trechos dela, para essas línguas também. Muitos talvez não saibam, mas no Brasil são faladas umas 200 línguas diferentes. A maioria delas (mais ou menos 180) é nativa. As demais (umas 20) são línguas de imigração, línguas trazidas por imigrantes (como o chinês, o alemão, o japonês, entre outras). No Brasil, a Bíblia completa só foi traduzida para quatro línguas: Português, Guarani Mbyá, Guajajara e Wai-Wai. O Novo Testamento completo está traduzido em mais 42 línguas. Tudo o mais está sendo feito ou está por fazer. Você pode participar, orando, ofertando, informando-se a respeito (consulte o site www.sbb.org.br) ou, quem sabe, engajando-se num projeto de tradução.

*Vilson Scholz é doutor em Novo Testamento e consultor de Tradução da Sociedade Bíblica do Brasil

CONHEÇA OS NOSSOS MISSIONÁRIOS ANTONIO PEDRO BISPO AV. CAPITAN VICTOR USTARIZ 1541 CHIMBA CASILLA 1417 - COCHABAMBA - BOLIVIA antoniopedrobispo@hotmail.com

Chechênia – Liberdade religiosa Os chechenos que se tornaram cristãos estão encontrando dificuldades para ter comunhão com outros irmãos. Normalmente eles têm que deixar seu país para conhecer outros cristãos. Ore para que eles tenham mais espaço para viver sua fé.

DIRCEU BARBOSA DE MACEDO/JOSIMEIRE TRAVESSA DA ASSEMBLEIA DE DEUS 30 CENTRO BATALHA – PI - 64190-000 prdirceumacedo@hotmail.com

Escreva para os nossos missionários. Não os abandone!


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VIDAS MARCANTES

AGNES OZMAN 1870 - 1937 Em tempo de comemorações do Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, não podemos deixar de salientar as circunstâncias que em se deu o fato mais marcante do avivamento pentecostal.

Lembrando que no final do século XIX houve várias manifestações do poder de Deus em vidas de homens e mulheres que almejavam uma igreja avivada na santidade, no evangelismo e em missões. Homens como Charles Finney, Dwight L.Moody, John Wesley e outros tiveram suas posições sobre esse tema do avivamento, mas não era tudo que Deus tinha para realizar por sua Igreja. As experiências alcançadas por muitos dos que buscavam o poder de Deus ficavam longe da realidade das promessas que foram feitas por Jesus, conforme o que registra o Novo Testamento. Os que foram mais ousados chegaram e pediram o batismo no Espírito Santo, e o resultado foi realmente alcançado com a primeira manifestação desse batismo na chegada do século XX. Esse acontecimento tornou-se a linha divisória entre os conceitos humanos e a potente mão de Deus manifestada no Bible Bethel College em Topeka-Kansas. No final do ano de 1900, os alunos começaram a estudar sobre o batismo com o Espírito Santo. Eles decidiram ficar até mais tarde neste dia, para receber o batismo com Espírito Santo e fogo (termo específico usado por eles), indicando claramente que oravam por uma experiência de acordo com o que havia sido ensinado por Charles Fox Parham. Encontravam-se entre eles Agnes Ozman e duas outras mulheres. O nome de Agnes Ozman tornou-se muito familiar aos primeiros pentecostais (ela mais tarde manteve sua filiação com as Assembléias de Deus). Nascida em Albany, Wisconsin, em 15 de setembro de 1870, mudou-se no ano seguinte para o Nebraska e experimentou uma vida dura de colona da fronteira. Assim cresceu, até atingir sua maturidade. A família tinha fortes inclinações religiosas, e Agnes e seus cinco irmãos frequentavam a Igreja Metodista Episcopal. Ainda jovem Agnes inscreveu-se em um grupo de estudo bíblico patrocinado pela YMCA (Associação Cristã de Moços). O grupo de discussões a convenceu de sua necessidade de ser batizada por imersão, o que ela veio a fazer na Igreja Cristã local. Também aceitou o ensino pré-milenial e obteve a experiência de uma cura milagrosa de pneumonia. Durante o inverno de 1892, até 1893, Ozman assistiu a uma Escola Bíblica em St. Paul, Minnesota. Quando o seu diretor, T.C. Horton, fechou aquele

estabelecimento para começar um trabalho evangelístico de tempo integral em 1894, Agnes Ozman mudou-se para Nova Iorque, a fim de continuar seu treinamento no Instituto Bíblico presidido pelo pastor A.B. Simpson. Lá, ela ficou intrigada com a forte experiência e ênfase no Espírito Santo e descobriu um trabalho muito atrativo para recuperar missões. Após ter deixado a escola, frequentou uma reunião de acampamento no Velho Pomar da Praia, no Estado de Maine, de onde viajou para Nebraska, via Chicago, onde visitou o “lar de cura divina” do Pr. Alexandre Dowie. Ozman posteriormente dedicou-se a missões na cidade de Kansas, onde ouviu sobre os planos do Pr. Parham para abrir uma escola em Topeka, e decidiu inscrever-se. Com trinta anos de idade, ela reconheceu que não tinha vocação para colona, nem para formar um lar. Ozman falhara ao perambular de um lado para outro, buscando algo muito vago como realidade espiritual. Apesar de estar inclinada ao ensino ou ministério, gostaria de receber tão depressa fosse possível uma nova experiência, que mudaria seus rumos. Em 1912, Ozman disse que na Escola de Parham, na passagem do ano de 1900, ela e mais outras pessoas ficaram orando juntas, quando falou três palavras em outras línguas. A isto ela declarou: “Foi uma experiência sobrenatural e estava guardado em meu coração como algo sagrado; o Senhor tinha nos enriquecido a cada um de nós e nada foi falado a respeito até ultimamente”. Ozman relatou que, semelhantemente, outros estudantes dedicaram um bom tempo à oração. Durante o culto da noite de 1º de janeiro de 1901, tendo um desejo de ser batizada com o Espírito Santo e fogo, perguntou a Parham se ele imporia as mãos sobre ela e os outros, assim como foi nos dias dos apóstolos, a fim de que recebessem a experiência. Ela disse: “Falei em línguas conforme Atos 2.1 e 19.6, de modo semelhante, quando o apostolo Paulo impôs as suas mãos sobre os discípulos de Éfeso, e o relato bíblico acontecido no Cenáculo em Jerusalém, quando foram vistas línguas como de fogo”. O Pr. Parham e seus 40 primeiros alunos foram unânimes em concordar que a evidência do batismo com o Espírito Santo era o falar em línguas. Confirmava o resultado dos estudos a que chegaram. Segundo o relato de Parham, e também confirmado por Ozman, o qual afirmava que ela falou chinês por três dias, período

em que não podia falar seu próprio idioma e nem escrever. O tempo provou e não demorou muito que a centelha caída em Topeka foi para Los Angeles e lá se tornou o maior centro irradiador difundindo a mensagem pentecostal, abrangendo em todo o país e outras nações e só, para exemplo, a obra de missões recebeu uma dinâmica e velocidade tão expressiva que em dez anos chegou ao Brasil, em seis anos na Índia e África do Sul, em 14 anos no Japão, Noruega, Suécia, Finlândia e outros países da Europa, lembrando também que não dependeu de organizações humanas, Cumpria-se mais uma vez o que o evangelista Marcos escreveu em seu

evangelho 16.20: ”Então os discípulos partiram, e pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor, confirmando a sua palavra por meio de sinais, que a acompanhavam”.

Pr. José de Oliveira Fonte: Breve História do Movimento Pentecostal – CPAD 2003.


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Agosto 2011

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