ENTREVISTA No primeiro número deste ano lectivo, seis meses após a nomeação da Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de S. Brás de Alportel, a Dra. Violantina Hilário, entrevistámo-la para a conhecer melhor neste novo cargo. Passos – Era consensual que o anterior modelo de gestão escolar funcionava bem, quer em termos de representatividade quer relativamente à organização e gestão. Em que medida as alterações introduzidas pelo novo modelo de gestão vieram melhorar a escola? Directora – De facto, o anterior modelo de gestão funcionava bem. Por um lado, os órgãos colegiais eram democraticamente eleitos pelos diferentes corpos de eleitores, no caso do nosso Agrupamento, pessoal docente, não docente e pais. Por outro lado, todos os interesses escolares estavam representados na Assembleia de Escola e no Conselho Pedagógico. A implementação deste regime de administração e gestão é muito recente, para se poder tirar conclusões. No entanto, não há indícios nem estudos sistemáticos que demonstrem que o desempenho dos órgãos enquadrados no anterior modelo de gestão tenha condicionado a resolução de alguns problemas com que a escola se debate. Provavelmente, os decisores estariam bem-intencionados com a aprovação deste regime, contudo a forma de nomeação do Director impossibilita a intervenção directa dos antigos corpos de eleitores. Podemos, no entanto, acreditar que os membros das estruturas do actual sistema participam activamente e que, tendo a formação adequada, desempenham correctamente as suas funções com vista ao bom funcionamento das Escolas e Agrupamentos. Passos – Na prática, que diferenças sente entre ser Presidente de um Conselho Executivo e desempenhar o cargo de Directora de um Agrupamento? Directora – Tendo tão interiorizado o sistema anterior, o facto de ter sido nomeada Directora não alterou as práticas de diálogo, de discussão, de consensos, que eram habituais no Conselho Executivo. As minhas funções são desempenhadas com dedicação e elevado sentido de responsabilidade. Apesar de algumas decisões serem colectivas ou colegiais e defenderem diferentes pontos de vista, assumo-as como minhas, pelo que represento o Agrupamento não só nos seus pontos fortes, mas também nas situações que carecem de melhoria.