Folha
informativa equiparedaccao@aefp.pt Agrupamento de Escolas Fernão do Pó Folha informativa IV Série n.º 2
Janeiro de 2011
EDITORIAL - “Um por todos e todos pela escola ...” Em Dezembro terminou o primeiro período lectivo mas também o primeiro período de utilização das novas instalações na escola sede do Agrupamento. É certo que, mesmo nas instalações já em utilização, ainda foram existindo trabalhos de conclusão. No caso dos laboratórios, só muito perto do final do período ficaram utilizáveis para a realização de actividade prática. Tem sido exigido a todos um grande sacrifício mas parece-me inquestionável que o mesmo esteja a ser claramente compensado com a melhoria muito considerável das condições de trabalho. O que ninguém compreende nem aceita é a desvalorização que alguns alunos fazem desta oportunidade única que nos é dada, a oportunidade de termos uma escola em que nos sentimos bem e podemos dar asas à imaginação, podemos criar, podemos inovar, podemos aprender mais e muito melhor. Aparentemente seria um anseio de todos e não apenas de alguns. O que ninguém compreende nem aceita é que já se tenham registado inúmeras acções de puro vandalismo sobre as instalações, de forma particular sobre as instalações sanitárias. Deixo um forte apelo a toda a comunidade educativa no sentido de, em conjunto, fazermos frente à insensibilidade reinante no espírito de alguns jovens. É fundamental que os próprios alunos sejam interventivos e chamem à atenção os colegas que vandalizam ou causam dano por má utilização das instalações escolares. Assim como os pais, em casa, deverão ter um papel importante na sensibilização dos filhos. Quem destrói a escola não o faz apenas por não gostar dela, mas sobretudo por má formação e falta de consciência cívica. «O que ninguém compreende nem aceita é a desvalorização que alguns alunos fazem desta oportunidade única de termos uma escola em que nos sentimos bem. O que ninguém compreende nem aceita é que já se tenham registado inúmeras acções de puro vandalismo sobre as instalações.» Apelo de forma especial aos professores e funcionários. Afinal o problema nuclear será uma questão de educação e formação. É preciso apelar constantemente à consciência cívica dos alunos, pois será também esta uma forma de a construir e consolidar. É preciso recordar constantemente que a escola é de todos, é um bem público pago com os impostos dos cidadãos e, como tal, tem que ser respeitada. A Educação para a Cidadania faz-se no exercício activo da mesma e esta é, também nesse contexto, uma oportunidade única. Recordo que, no presente ano lectivo, o Plano Anual do Actividades do Agrupamento tem como tema aglutinador “um por todos e todos pela escola”. Emanuel Vilaça Director do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência no AEFP No dia 3 de Dezembro de 2010 comemorou-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A secção de Educação Especial assinalou a efeméride com a divulgação e entrega de cartazes e panfletos pelas EB1/ JI do concelho do Bombarral, na sede do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, assim como pela comunidade onde nos encontramos inseridos (como por exemplo cafés, restaurantes, lojas). Foram distribuídos panfletos aos Docentes de todos os níveis de ensino, desde o Pré-escolar até ao Secundário. Alguns por sua iniciativa abordaram o tema, na hora de Formação Cívica, outros contaram uma história aos alunos e até outros, tiraram fotocópias dos panfletos e entregaram aos alunos para levarem para casa. Neste dia com a ajuda da professora Cristina Simão (responsável pelo Desporto Adaptado da EAE e do grupo-equipa de Boccia do Desporto Escolar da Escola Básica e Secundária Fernão do Pó) fez-se uma sensibilização/demonstração do desporto “Boccia” aos encarregados de educação, alunos do 1ºciclo, professores e assistentes operacionais da escola do 1º ciclo do Bombarral, pólo 2 onde se encontra a Unidade de Multi-deficiência. Todos os intervenientes participaram na parte prática, juntamente com os alunos da Multi-deficiência, demonstrando muito interesse em aprender a modalidade. No mundo do individualismo e da competição individual sempre frenética e usando, por vezes, estratégias pouco éticas para si e para os outros é muito difícil pensar e falar numa sociedade mais humana. Esta quase incapacidade de assumir e integrar a diferença, a nossa e a dos outros, com profundas raízes culturais, tem sido, ao longo dos tempos, o factor desencadeado das enormes atrocidades que têm sido feitas aos “diferentes”. A tendência normalizadora da sociedade e as leis que para isso inventa, tem marginalizado e continua a excluir uma boa parte dos seus cidadãos, sempre em nome de grandes princípios que dão grandes oportunidades aos que os estipulam (Sanches, 2005). Queremos caminhar para uma escola inclusiva, é importante começarmos a questionar as nossas práticas e reflectir sobre elas, partilharmos saberes e experiências que nos permitam evoluir enquanto educadores. Cada vez mais os professores recebem nas suas salas alunos com Necessidades Educativas Especiais, e com determinada “deficiência” e não se trata apenas de receber a sua (continua) matrícula como diz a Lei.