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Sistema de abastecimento da EPAL
from Água é Património
Sistema de Abastecimento da EPAL
A EPAL recorre a diversas origens para a produção de água para consumo humano, incluindo o consumo industrial. O seu sistema de abastecimento inclui duas captações superficiais (rio Tejo e Zêzere), uma de nascente (rio Alviela) e 28 subterrâneas (furos).
De todas as suas origens, por ano são captados mais de 250 milhões de m 3 de água, sendo que 220 milhões de m 3 são captados das origens superficiais, água proveniente da Albufeira de Castelo do Bode (rio Zêzere), do rio Tejo e do rio Alviela.
O seu sistema de abastecimento percorre cerca de 2.100 quilómetros da região da Grande Lisboa, servindo cerca de 2.8 milhões de habitantes. Neste sistema existem cerca de 750 quilómetros de adutores, aptos a produzir à volta de 1.1 milhões de m 3 de água por dia e com uma capacidade de reserva de 400.000 m 3 .
A água é transportada das origens directamente para as Estações de Tratamento onde é devidamente tratada. A EPAL acompanha todo o processo de captação, tratamento e transporte, como a distribuição da água a Lisboa.
Curiosidade: A rede total de distribuição da EPAL desenvolve-se ao longo de mais de 1.400 quilómetros, (sensivelmente, a mesma distância entre Lisboa e Tunis, a capital da Tunísia).
O rio Alviela nasce na Serra de Aire, na freguesia da Louriceira, concelho de Alcanena, e desde 1880, através do Aqueduto do Alviela faz parte do abastecimento de água à cidade de Lisboa. Tem cerca de 100 quilómetros e desagua na margem direita do rio Tejo. A nascente de Olhos de Água do Alviela é um dos maiores reservatórios de água doce do país, chegando a debitar 30 m 3 por segundo. A bacia de alimentação da nascente estende-se ao longo de cerca de 180 km 2 , onde a água percorre verdadeiros labirintos subterrâneos até chegar aos Olhos de Água.
O seu caudal tem tendência a oscilar mediante as diferentes épocas do ano, (30.000 m 3 no Verão e 1.4 milhões de m 3 no Inverno). Desta forma a EPAL assegura uma manutenção permanente para que o caudal nunca seja inferior a 10.000 m 3 por dia.
Rio Tejo

É o segundo maior rio português em extensão e o maior da Península Ibérica. A sua nascente localiza-se em Espanha, na Serra de Albarracín e desagua no Oceano Atlântico. No seu total tem mais de 1.000 quilómetros e tem uma bacia hidrográfica com mais de 80.000 km 2 . Tem um dos maiores estuários da Europa, com cerca de 320 km 2 desde a sua foz até à região de Vila Franca de Xira. Para além da água superficial, existem duas captações subterrâneas, na zona de Valada. Através da Estação de Captação de Valada Tejo são captados anualmente, mais de 50 milhões de m 3 de água que são distribuídos para a região da Grande Lisboa. Do rio Tejo são aduzidos diariamente para consumo humano, cerca 240.000 m 3 de água (valor máximo).
Rio Zêzere | Castelo do Bode
O rio Zêzere nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1.900 metros de altitude, e conflui com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 quilómetros. O rio Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego. Criada em 1951, no rio Zêzere, a Albufeira de Castelo do Bode é um dos maiores reservatórios naturais de água do país, uma das mais extensas albufeiras, com cerca de 60 quilómetros. Ligada à Albufeira, existe a Estação de Tratamento de Água da Asseiceira (inaugurada em 1987 e ampliada em 2007), que consegue captar e tratar mais 625 milhões de m 3 por dia, considerando-se a principal fonte de captação da EPAL. A sua bacia hidrográfica tem 5.043 km², e representa uma notável riqueza hidroeléctrica, aproveitada em três barragens (Bouçã, Cabril e Castelo do Bode). A Albufeira de Castelo do Bode serve ainda como local para desportos, como por exemplo windsurf, vela, jet ski e ainda pesca recreativa, respeitando o exigido pelo Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo do Bode.
Capacidade máx ima de transp orte
Subsistema do Alviela Subsistema do Tejo Subsistema do Castelo do Bode 50.000 m 3 /dia
400.000 m 3 /dia