Manual do Voluntário

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Manual do Voluntário

Introdução.................................................................... 3 Dúvidas frequentes....................................................... 4 O que é o Lar Hermínia Scheleder?.......................... 4 Por que as crianças vêm para o lar?........................ 4 Até quando eles ficarão na instituição?................... 4 O que o lar oferece para os acolhidos?................... 5 E quando completam 18 anos?................................. 5 A quem posso recorrer em dúvida?.......................... 5 Importância e papel do voluntário............................... 6 Dicas para ações de sucesso .................................. 7 Atitudes de um voluntário consciente ......................... 8 Termo de voluntariado ................................................. 9 Sumário

Introdução

Este material foi criado com a finalidade de orientar as ações e posturas dos voluntários e parceiros que atuam no Lar Hermínia Scheleder, visando maximizar os impactos positivos das atividades realizadas. Aqui você encontrará as respostas para as dúvidas mais frequentes, a importância e papel do voluntário na instituição e outras dicas para o melhor alinhamento das nossas necessidades com as suas expectativas.

Já deixamos nosso mais sincero agradecimento pela sua dedicação e carinho, com a oferta do seu tempo e esforço para nos ajudar a transformar a realidade dessas vidas tão importantes!

Olá, eu sou a Sra. Hermínia. Eu sou muito prestativa e sincera, por isso, vou aparecer por aqui para contribuir com informações importantes e bem diretas! Seja bem vindo!

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dúvidas frequentes

O que é o Lar Hermínia Scheleder?

O Lar Hermínia Scheleder atende crianças e adolescentes em situação de violação de direitos, afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), art.101, oferecendo assistência social especial de alta complexidade através de acolhimento provisório.

Sua atuação visa promover o resgate da cidadania e da autoestima dos acolhidos integralmente, de forma a preparar cada criança e adolescente para a reintegração familiar ou a adaptação em lar substituto, assim como a sua reinserção na sociedade como um todo.

Muitas pessoas confundem o lar como uma medida de punição, sendo um equívoco, já que as crianças e adolescentes estão sob medida de proteção. Todo o atendimento prestado aos acolhidos nesse período deve garantir privacidade, respeito aos costumes, tradições e diversidade de ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual.

Além disso, deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade.

Por que as crianças vêm para o lar?

Por motivo de abandono, negligência ou quando a família se encontra temporariamente impossibilitada de cumprir sua função de cuidado e proteção. São encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude ou pelo Conselho Tutelar.

Até quando eles ficarão na instituição?

Depois da chegada, a equipe técnica inicia um levantamento de todos os encaminhamentos e demandas do acolhido e, com este plano em ação, ele permanecerá no lar até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhado para família substituta (adoção).

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O que o lar oferece para os acolhidos?

Oferecemos condições dignas e adequadas de habitação, vestuário, alimentação, escolaridade, preparação para o mercado de trabalho, saúde física e emocional, participação em atividades culturais e esportivas, exatamente conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

E quando completam 18 anos? Para onde vão?

O atendimento é personalizado, portanto trabalhamos com cada adolescente de forma individualizada para a construção do projeto de vida. Espera-se que quando chegar aos 18 anos, já se tenha trabalhado junto com eles o vínculo familiar, a socialização, maior participação na comunidade, a autonomia, a responsabilidade e a profissionalização. Desta forma, o que importa não é a questão da idade, mas o acompanhamento e a preparação para que eles possam ser autônomos e capazes de realizar seu projeto vida dando continuidade ao período trabalhado.

Sabia que nós não somos um orfanato? Esse era o nome usado antigamente para locais que abrigavam grandes grupos de crianças. Esquece essa história de Chiquititas, não tem como a gente viver uma novela tendo 17 órgãos fiscalizadores.

hihihihihi

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dúvidas frequentes

A quem posso recorrer caso tenha dúvida?

Sempre que necessário, solicite orientações aos profissionais da equipe técnica, que estão aptos a prestar esclarecimento e conhecem a rotina da casa. Em uma emergência, contacte as mães sociais que são as profissionais que convivem com as crianças e adolescentes diariamente, sabendo de suas necessidades, horários e alterações comportamentais, bem como restrições alimentares.

Lembramos que o serviço de acolhimento é uma medida protetiva, e assim toda criança e adolescente tem direito a sua individualidade e privacidade. Desta forma, o ambiente das casas é privado e restrito, e não deve ser acessado sem previa autorização e avaliação da equipe técnica.

Importância e papel do voluntário

Executamos um serviço primordial para a sociedade e, como organização sem fins lucrativos, vivenciamos a escassez de braços e recursos para atuar no complexo cenário da vulnerabilidade social. Portanto, apreciamos muito as ações de voluntários e parceiros que ofertam seu tempo, disposição e expertise com excelência, dedicação e coração para nossas crianças e adolescentes. O atendimento integral deles, só pode ser pleno com essa participação e envolvimento da sociedade.

Valorizando esses recursos, entendemos que toda a ação precisa ser bem planejada e construída, estando alinhada e contribuindo com as demandas do lar. Se nosso objetivo comum é formar cidadãos, com autonomia, responsabilidade, ética, respeito, solidariedade, igualdade, fomentando a construção de um projeto de vida, é preciso que as atividades corroborem com isso.

Sendo assim, buscamos auxiliar os voluntários na condução das atividades, mitigando ações com viés assistencialista, baseados em sentimentos como dó ou pena, já que eles apenas reforçam as crianças e adolescentes a ideia de que são vítimas, incapacitando-as para cuidar de si com autonomia e responsabilidade.

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dicas para ações de sucesso

Ao estruturar uma ação ou parceria, é importante ter o foco em atividades que promovam a transformação de vida e levem em consideração que, enquanto acolhidos, as crianças e adolescentes estão em um ambiente saudável, sem a privação dos seus direitos básicos. Por isso:

Investigue quais são as demandas atuais do lar. Valorizamos muito os seus recursos, não queremos que você os desperdice e desejamos que você tenha um impacto relevante! Antes de estruturar uma ação, agende uma conversa com a nossa equipe técnica. Podemos estar precisando justamente de alguém que tem suas habilidades e conhecimentos, e só vamos descobrir isso se te conhecermos melhor. Pense como uma criança, não como um doador. Quando você tinha 05 anos, do que você mais gostava de comer, brincar e fazer? Se um estranho viesse na sua casa, como você gostaria que ele se comportasse? Você ganhava brinquedos ou doces sem motivo ou fora de datas especiais?

Constância é chave. As ações mais relevantes e impactantes são aquelas que possuem periodicidade. Atividades pontuais, por mais significativas que sejam, costumam indicar uma intenção de assistencialismo e são danosas para aqueles que já vivenciaram intensamente a quebra de vínculos.

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Éimportante
entender que os acolhidos não estão privados de lazer, doces e cuidado. Doque seráque eles maisprecisam?

atitudes de um voluntário consciente

Ter respeito a individualidade e história privada dos acolhidos.

Ter respeito as diferenças étnicas, culturais e religiosas.

Não fazer promessas e perguntas sobre a vida das crianças e adolescentes, evitando constrangimentos.

Ter cuidado com toques e manifestações de carinho que podem ser interpretadas de forma equivocada.

Não realizar qualquer tipo de registro de imagens da criança e do adolescente, como foto e filmagens.

Ter respeito com o dia e horário de sua atividade e os horários de atendimento de outros profissionais da equipe.

Zelar pelo espaço físico ou material utilizado pertencente à instituição.

Não usar o nome da instituição para arrecadação de valores ou donativos, nem dar declarações à imprensa, debates, em nome da instituição sem autorização previa da coordenação.

Não sair com o acolhido das dependências da instituição.

Não interferir na rotina e disciplina das casas, respeitando os profissionais da instituição.

Ter conduta adequada e profissional com outros voluntários, especialmente com toques, demonstrações de afeto, brincadeiras e palavras inadequadas.

Não presentear as crianças e adolescentes com objetos pessoais, presentes e alimentos, sem anuência da equipe.

Executar as atividades de acordo com o interesse e faixa etária dos participantes.

Todas as crianças e adolescentes devem ser tratados de forma igual, não deve demonstrar preferência ou afinidades individualizadas.

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Estamos muito felizes de ter você somando consco!

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Se você tiver qualquer dúvida procure o responsável técnico por sua ação. Muito obrigada por se juntar a nós no esforço de transformar essas vidas!

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