Informativo ACM Online Nº 16 by ACM Associação Catarinense de Medicina

INFORMATIVO ONLINE ACM Edição nº 16 - 31 de Março de 2017

80 ANOS

ACM comemora aniversário ao lado dos médicos catarinenses

“Ser uma sociedade médica que zele pelos interesses morais e materiais da classe médica e um laço de união entre todos os colegas que mourejam na clínica dentro do Estado de Santa Catarina” As palavras formam a missão da Associação Catarinense de Medicina, escrita e registrada na primeira ata de reuniões da entidade, na data de 28 de abril de 1937, num consultório médico localizado na Rua João Pinto, no centro de Florianópolis. Passados 80 anos, hoje a ACM representa as faces centrais dos movimentos médicos: a representação política, a defesa profissional, o aprimoramento científico e a integração da categoria através de ações sócio-culturais-esportivas. Reúne as Sociedades de Especialidades e congrega 26 Regionais Médicas, com profissionais da medicina de todos os municípios catarinenses. Parceira dos associados, a entidade atualmente também se destaca na prestação de serviços, oferecendo benefícios em planos de saúde e telefonia, assessoria jurídica, cursos de gestão em saúde e convênios com empresas que oferecem vantagens e descontos aos sócios, entre outros. Berço das demais entidades médicas no estado e nascedouro das grandes lideranças da profissão, seu nome hoje é sinônimo de defesa da saúde e sua sede é chamada de Casa do Médico Catarinense.

Baile Especial Uma data tão importante no calendário da medicina catarinense merece uma festa de comemoração especial. Assim, os médicos catarinenses são convidados para o BAILE DE 80 ANOS, com jantar dançante. Data: 28 de abril de 2017 Horário: 21 horas Local: Sede ACM Será um grande encontro da classe médica de Santa Catarina.

DEFESA POLÍTICA SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE Vicente Caropreso enfrenta desafios e promete defender o bom médico catarinense Médico e deputado estadual Vicente Caropreso concedeu entrevista exclusiva ao Boletim Online ACM após a sua posse oficial como Secretário de Estado da Saúde. REALIDADE DA SECRETARIA E PRINCIPAIS DESAFIOS A situação da Secretaria de Estado da Saúde requer um mergulho profundo na estrutura financeira, para que possamos trabalhar definitivamente na gestão da coisa pública. Temos um orçamento de R$ 3.2 bilhões e 13 hospitais públicos que, sozinhos, consomem mais de R$ 1 bilhão. Juntando as 7 estruturas da saúde da SES, que compõem as Organizações Sociais (OS), somamos mais R$ 500 milhões/ano, o que já compromete exatamente a metade do orçamento. Isso é altamente preocupante e vem merecendo toda a nossa atenção. Outra grande preocupação que temos é o aumento da demanda no SUS, tendo em vista a perda do emprego gerada pela crise econômica no país. A consequência imediata foi a perda dos planos de saúde de muitas pessoas que antes tinham seus direitos de acesso à medicina complementar e que acabaram vindo para a rede pública de atendimento, aumentando em 30% a 40% as nossas filas. Há ainda a necessidade de enfrentar o ralo do orçamento causado pela judicialização da saúde. Nós estamos prevendo que praticamente 10% do orçamento serão consumidos em processos de judiciais em 2017. Nesse sentido, estamos estruturando uma grande rede de proteção à SES porque entendemos que em muitos casos se formam verdadeiros “fura filas” no sistema e isso nós combatemos veementemente. É certo que as pessoas têm direitos que devem ser defendidos, desde que não interfiram no direito de milhões de outros cidadãos. Nós temos 25 mil pessoas que, hoje, por uma razão ou outra, conseguem na justiça um direito de determinado insumo em detrimento de mais de seis milhões de catarinenses que a Secretaria do Estado tem para atender. Então, toda uma articulação está sendo feita, com nosso poder de argumentação junto a juízes e no Tribunal de Justiça. Tem muita coisa que precisamos fazer para coibir essa prática que vem se tornando rotina na gestão da Secretaria.

ESTRATÉGIA NA BUSCA DE SOLUÇÕES Dia a pós dia estamos mergulhando de cabeça na análise da situação e no estudo de alternativas que deem as respostas que os catarinenses tanto necessitam. Para enfrentar e vencer as batalhas, estamos buscando as pessoas ideais, com perfil de gestão frente aos hospitais públicos e a rede de serviços como um todo. Estamos recalculando os preços dos grandes contratos estabelecidos pela SES e avaliando toda a estrutura existente, para fazer os ajustes indispensáveis. Eu tenho certeza, na verdade grande convicção, de que as medidas acertadas e efetivamente implantadas vão permitir que tenhamos recursos para pagar o que devemos e, acima de tudo, oferecer saúde de qualidade para os catarinenses. É importante que todos saibam que será necessário reduzir gastos onde for possível e que para ganhar a guerra, vamos nos basear na ciência, em estatísticas e na organização, com mão firme.

PARCERIA COM AS ENTIDADES MÉDICAS Eu acredito que a parceria com as entidades médicas catarinenses é de suma importância para o trabalho a ser realizado na SES, em especial na defesa da qualidade dos serviços prestados à população. É no médico qualificado que eu aposto. Eu vou defender o bom médico, aquele bem formado, que é solidário, que pratica a medicina de maneira humanitária. Porque eu estou aqui para proteger o interesse dos cidadãos e vou contar com a classe médica e com as entidades médicas para me darem esse reforço, essa importante retaguarda para poder avançar.

DEFESA POLÍTICA Entre os exemplos de parceria com as entidades médicas, eu posso citar a telemedicina, que está revolucionando o setor. Para se ter uma ideia, através deste método 4 dermatologistas acabam com filas de 250 municípios. Mas é preciso treinar e qualificar todas as equipes de saúde da família, das unidades básicas, quase 1.900 no estado, para que a resolutividade dessas estruturas seja cada vez melhor. É preciso oferecer informação de alta relevância e novos serviços. Isso é inovação e repostas aos anseios da comunidade. Evidentemente tudo sempre dentro da ética, garantindo atendimento de qualidade e seguro para um número cada vez maior de pessoas.

RESPOSTA ÀS REIVINDICAÇÕES DOS MÉDICOS Sabemos que temos desafios pela frente, na busca das respostas às reivindicações por melhor remuneração e condições adequadas de trabalho dos médicos. Então, é com responsabilidade e com a sensibilidade das entidades médicas, onde sempre participei de maneira muito ativa, que nós vamos conseguir ultrapassar mais esses percalços. Porém, é preciso que se diga que nos últimos quatro anos, os profissionais que trabalham nos hospitais públicos de Santa Catarina receberam reajustes nos seus salários, mesmo diante do momento de dificuldade que a Secretaria e o Governo estão passando, na arrecadação e também com dívidas contraídas para manter a máquina funcionando. Felizmente ninguém teve salários atrasados, estão todos em dia, com os compromissos honrados junto às pessoas. Existem casos isolados, é certo, mas a situação pede muito cuidado para que não se promova ações desenfreadas. Já fizemos um encontro com as entidades médicas e vamos seguir no caminho do diálogo, na busca das soluções que todos têm como meta.

IMPORTÂNCIA DA MISSÃO ASSUMIDA Foi com imensa satisfação que assumi o cargo de Secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina. O convite do governador tocou profundamente o meu coração, que, apesar de já ter sofrido alguns abalos, não me deixou sossegar, até dizer sim. Acima de tudo, assumo a missão com responsabilidade, dedicação, ética e muita vontade de ver nossa população recebendo o melhor da saúde pública. Sou inquieto, por natureza, e a possibilidade de comandar a SAÚDE me deixou ainda mais. Acredito que é justamente neste momento em que o Sistema Único de Saúde enfrenta grandes dificuldades que podemos encontrar grandes soluções. E para a saúde não será diferente. Podemos e iremos juntos construir grandes soluções. Sou médico neurologista, adoro minha profissão e tenho orgulho de ser um servidor da Saúde, com atenção sempre voltada para o setor público. Ressalto ainda, que defendo a boa medicina e o bom profissional, que atende o paciente como extensão de sua família. Nunca, como hoje, o Brasil precisou de tantos profissionais de saúde com perfil humanitário e preparados para atender as necessidades da saúde pública. Vivemos um período de recessão e de restrição de crédito. É imperativo encontrar soluções para estancar o déficit das contas públicas. Precisamos garantir o atendimento e utilizar de forma mais eficiente os recursos públicos. Assim, busco uma gestão na qual todos os profissionais da área devem dar o melhor de si, sobretudo neste momento de crise que atravessa o país, como um desafio pessoal de cada um por toda sociedade catarinense.

Novo secretário de Estado da Saúde assinou a posse ao lado do governador Raimundo Colombo, no dia 17 de janeiro de 2017

ASSISTÊNCIA MÉDICA Médicos das Regionais conhecem o SINAM As Regionais Médicas de Balneário Camboriú e da Zona Carbonífera, em Criciúma, receberam a visita do presidente da ACM, Rafael Klee de Vasconcellos, e de colaboradores da entidade, nas noites de 22 de fevereiro e 15 de março, respectivamente. Os encontros foram coordenados pelos presidentes das entidades médicas locais, Marcelo Rovaris e Alexandre José Faraco, e tiveram as presenças dos diretores e associados, que conheceram mais de perto as ações realizadas pela Associação Catarinense de Medicina em benefício dos médicos de todo o estado,

nos seus três pilares centrais de atuação: defesa profissional, aprimoramento científico e congraçamento sociocultural da categoria. Em Criciúma, também esteve presente o Diretor de Publicações Científicas da ACM, Ademar José de Oliveira Paes Junior. A pauta central das reuniões foi a apresentação do SINAM – Sistema Nacional de Atendimento Médico, implantado pela ACM em Santa Catarina, através de Termo de Cooperação Técnica com a Associação Médica do Paraná (AMP). O SINAM oferece o acesso dos pacientes

aos médicos por valores balizados na CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), sem intermediários, possibilizando o real exercício liberal da medicina e preenchendo a lacuna deixada para aqueles que não querem depender do SUS e não desejam ou não podem pagar um plano de saúde. Os encontros tiveram a participação ativa dos associados, que aproveitaram o momento para esclarecer suas dúvidas junto ao presidente e à equipe técnica da ACM.

Principais vantagens do SINAM: *Direta relação entre médico e paciente, sem intermediação. *Valores mais acessíveis para consultas, exames e procedimentos. *Usuário não paga mensalidade, não tem carência e não tem condicionantes de idade. *Médicos são associados da ACM, fortalecendo a entidade associativa.

Presidente da Regional Médica da Zona Carbonífera, Alexandre Faraco recebeu o presidente e o diretor de Publicações Científicas da ACM, Rafael Klee de Vasconcellos e Ademar de Oliveira Paes Junior

Médicos assistiram as apresentações feitas pelos diretores e equipe técnica da ACM

FORMAÇÃO MÉDICA Estudantes de medicina de todo o Brasil reunidos na capital catarinense

A 2ª Conferência Nacional dos Estudantes de Medicina foi realizada na sede da ACM

A ACM foi sede da 2ª Conferência Nacional dos Estudantes de Medicina (CONAMED), reunindo dirigentes e representantes das Associações de Estudantes de Medicina (AEMEDs) de mais de 20 estados e 35 universidades do todo o Brasil, além de acadêmicos das mais diversas fases das faculdades médicas em atividade no país. O evento aconteceu nos dias 3 a 5 de fevereiro, tendo como tema central “Médico empreendedor: desafios e oportunidades num mundo de inovação”. A Conferência foi promovida pela AEMED Brasil e a AEMED Santa Catarina, em parceria com a Associação Catarinense de Medicina, com o apoio da Associação Médica Brasileira, Associação Nacional dos Médicos Residentes, Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas e Conselho Federal de Medicina, entre outras instituições da categoria. Palestras, oficinas, mesas redondas e momentos de confraternização entre os acadêmicos fizeram parte da programação do evento, que teve a meta de projetar as ações em defesa da formação de qualidade dos novos médicos brasileiros, com resultados diretos em melhorias na assistência à saúde da população. Empreendedorismo, gestão profissional, inovação, capacidade de negociação e

marketing foram alguns dos assuntos discutidos, além da abordagem do valor do movimento estudantil no cenário político da medicina, assim como o papel do associativismo nas entidades médicas e sua relação com os estudantes. De acordo com o presidente da AEMEDSC, Caíque Martins, a Conferência revelou-se um grande fórum dos acadêmicos e o espaço maior para discutir, analisar e reivindicar melhorias na formação dos futuros médicos. “A partir dos debates, vamos poder propor ações aos poderes públicos e entidades médicas para pactuar instrumentos de monitoramento e ações entre as

AEMEDs, com foco no controle social das políticas médico-estudantis”. Na avaliação de Júlia Bastian, Diretora de Educação Médica da AEMED/SC, o evento foi um sucesso total, maior e mais significativo do que o esperado, tanto em público como em qualidade das palestras e discussões realizadas. “Recebemos muitos elogios da parte dos presentes, inclusive pela estrutura do centro de convenções e dos chalés, que abrigou os estudantes de outros estados, mas também pelo excelente apoio que recebemos da Diretoria da Associação Catarinense de Medicina”.

Dirigentes da AEMED-SC comemoraram os importantes resultados e o sucesso da programação realizada na capital catarinense

MEDALHA ROLDÃO CONSONI FORMANDOS RECEBEM PREMIAÇÃO DA ACM A ACM apresenta os formandos em medicina que conquistaram a Medalha Roldão Consoni no segundo semestre de 2016, alcançando 1º lugar nas faculdades médicas das universidades no estado. A Medalha se constitui de uma homenagem ao idealizador e fundador do primeiro curso médico em Santa Catarina. Ao criar a destacada premiação, a entidade também visa integrar os estudantes e formandos na vida associativa, valorizando e reconhecendo o esforço daqueles que se destacam nas atividades acadêmicas. DANIELA NOS – UNIVILLE “Receber a Medalha Roldão Consoni foi uma honra. A iniciativa de premiar o aluno com melhor desempenho acadêmico, desenvolvida pela ACM, além de valorizar o esforço e a dedicação durante os seis anos de curso, incentiva os futuros médicos a continuarem se aprimorando. Quando meu nome foi anunciado, demorei a entender o que estava acontecendo. Chorei de alegria. Foi um momento indescritível, tive a certeza que toda dedicação, estudo e noites em claro valeram muito a pena. Foi emocionante ver meus pais, amigos e professores orgulhosos com minha conquista, uma sensação de dever cumprido e imensa alegria de poder compartilhar esse momento com as pessoas que de alguma forma contribuíram para minha formação. O prêmio, sem dúvida, torna esse dia tão maravilhoso ainda mais especial”. KAROLINE KUHNEN FONSECA – UFSC “Ao longo dos seis anos de graduação, acredito que o objetivo maior de todos os acadêmicos de medicina seja tornar-se um bom médico, com empatia para com seus pacientes, mas também com a melhor capacidade técnica possível. Parte dessa capacidade técnica se reflete nas notas obtidas durante o curso, frutos do trabalho árduo, da dedicação diária, da procura contínua pelo conhecimento e o amor pela profissão. Ser premiada com a Medalha da ACM é uma bela homenagem e um grande reconhecimento por todo esforço empreendido nessa jornada. Foi, de fato, uma surpresa, pois só descobri que seria homenageada quando meu nome foi anunciado durante a colação de grau, o que tornou o momento ainda mais especial. Foi uma enorme honra e é com grande orgulho que carregarei a Medalha que leva consigo o nome do homem e médico que fez história, ajudou a fundar a escola na qual tive o privilégio de graduar-me (curso de Medicina da UFSC) e exerceu a medicina com excelência do começo ao fim. Receber a Medalha Roldão Consoni nesta etapa inicial da minha carreira trouxe-me um sentimento de missão cumprida, de gratidão pela faculdade, por meus mestres, amigos, familiares e noivo, que estiveram sempre ao meu lado. Caberá a mim, daqui em diante, honrá-la todos os dias ao exercer uma medicina de qualidade em prol de um bem maior: os pacientes”. LIELLI CARINE FISCHER POLLHEIM – UNIVALI “Achei entusiasmante a ideia da ACM em premiar os acadêmicos com melhor desempenho no curso de Medicina! Com certeza, é um estímulo maior ainda para fazermos tudo da melhor forma possível. A homenagem foi uma surpresa, porque sempre me dediquei muito durante todas as atividades do curso como provas, trabalhos, plantões, estágios curriculares e extracurriculares, mas não imaginava que seria eu a escolhida, pois o pessoal do curso e os professores que sabiam do resultado, guardaram segredo até a formatura. Receber da ACM a Medalha Roldão Consoni foi um momento mágico e o mais emocionante de toda a formatura, pois acredito que foi quando dei mais orgulho aos meus pais, avós e familiares, demonstrando que todo o esforço durante o curso, as horas mal dormidas, os períodos de ausência, a distância da família e amigos, tudo teve um grande reconhecimento e comprovou que valeu a pena. Confesso que ao ouvir meu nome as pernas bambearam, meu coração acelerou e minha respiração disparou. Foi realmente tocante e tenho certeza que a homenagem ficará para sempre marcada na minha memória e no meu coração. DEISE DESSANTI – UNOESC “Ter recebido esta homenagem é uma honra muito grande, motivo de imenso orgulho e felicidade indescritível. Descobri que eu seria a homenageada apenas no momento em que iriam entregar a Medalha Roldão Consoni, durante a formatura. Certamente a iniciativa da Associação Catarinense de Medicina é uma forma importante de incentivo aos alunos, reconhecendo todo o esforço durante o curso de medicina”.

MEDALHA ROLDÃO CONSONI MARCELA FONTANA – UNOCHAPECÓ “Acho uma ótima iniciativa da Associação Catarinense de Medicina a premiação ao aluno com melhor desempenho no curso, pois mais do que valorizar aquele que se dedicou durante sua graduação, mostra a todos a importância do esforço diário, das inúmeras abdicações e das longas jornadas de estudo que fizeram parte da vida acadêmica e que farão, para sempre, parte da vida profissional do médico. Receber a medalha representa muito! É uma grande honra ter seu desempenho acadêmico reconhecido através da premiação feita pela ACM e saber que a medalha recebida carrega o nome do fundador do primeiro curso de medicina de Santa Catarina. Sempre digo que nasci paranaense, mas me tornei uma catarinense de corpo, alma e coração, e isso torna ainda mais especial a premiação. Quando anunciaram o meu nome eu comecei a tremer, continuava não acreditando. Meus amigos diziam ‘levanta’, ‘vai lá que é você’. Só conseguia ouvir os gritos e a comemoração dos meus colegas, dos meus professores e, principalmente dos meus pais e familiares, que assim como eu foram pegos de surpresa. Foi, sem dúvida, o melhor presente de formatura que eu poderia receber e, ao mesmo tempo, dar às pessoas que participaram da minha formação acadêmica e da busca pelo sonho da arte médica. Foi uma surpresa maravilhosa”. GIGLIOLLE ROMANCINI DE SOUZA – UNESC “Acredito que a iniciativa da ACM em reconhecer publicamente o desempenho dos acadêmicos de Medicina representa uma grande manifestação de cortesia e consideração. É uma honraria que, sem dúvida, estimula a busca pelo conhecimento e pelo aprimoramento profissional. Para mim representa uma condecoração ímpar. Senti-me extremamente lisonjeada. E foi uma grande surpresa porque não imaginei que estivesse entre os acadêmicos com melhor desempenho da turma. Além disso, o prêmio ainda traz uma grande felicidade: um senso de dever cumprido ao poder devolver, especialmente aos meus pais, o esforço e o investimento desta formação. Em última análise, a Medalha Roldão Consoni representa uma grande responsabilidade para com a sociedade e a necessidade de aprimoramento contínuo. Foi um momento de grande emoção e que permanecerá para sempre em nossos corações. Agradeço imensamente à ACM pela bonita homenagem”. LUCAS CARLINI OGLIARI – UNISUL PEDRA BRANCA (PALHOÇA) “Considero muito interessante e importante o prêmio que a ACM entrega aos alunos com melhor desempenho no curso de Medicina. Demonstra proximidade da associação médica com as instituições de ensino e com os médicos recém-formados. Além disso, a homenagem premia um aluno que certamente abdicou de muitos prazeres durante os seis anos de faculdade em detrimento do estudo. Eu imaginava que pudesse receber a homenagem de melhor desempenho durante o curso, mas nunca tive certeza. Muitos colegas de minha turma tiravam notas semelhantes às minhas e se esforçaram durante toda a graduação, assim como eu, mas não havia espaço para a certeza. Descobri que seria o homenageado apenas quando fui chamado. Para mim, ter recebido a medalha com o nome do Professor Roldão Consoni, um médico e docente que fez tanto pela Medicina catarinense, foi uma honraria sem tamanho. Naquele momento a felicidade não cabia dentro de mim. Tive o pensamento de que estou no caminho certo, e que continuarei a trilhá-lo para honrar todos aqueles que contribuíram para o meu sucesso”. ANITA BRUNEL ALVES – UNISUL TUBARÃO “Sabemos que para ser médico é imperativo um estudo constante. A iniciativa da Associação Catarinense de Medicina em premiar com a Medalha Roldão Consoni consolida e encoraja tal necessidade. Como a nota de melhor desempenho não avalia somente notas teóricas, visto que também pondera a prática e a relação médico-paciente, o recebimento do prêmio nos incentiva a permanecer no caminho de dedicação. Eu soube que receberia a homenagem da ACM apenas durante a entrega do prêmio, na colação de formatura, e após seis anos de muito estudo, receber um prêmio de melhor desempenho acadêmico é uma grande honra. É a demonstração que podemos evoluir tecnicamente após a falibilidade de determinados atos e também de alguns acertos. Felicidade, gratidão, talvez seja pouco para demonstrar o que eu senti”.

HOMENAGENS Francisco Karan – 69 anos dedicados à medicina catarinense A ACM – Associação Catarinense de Medicina faz uma homenagem ao médico Francisco Karan, falecido aos 97 anos de idade, no dia 06 de janeiro de 2017, na cidade de Videira (SC). Formado no ano de 1943, na Faculdade de Medicina de Porto Alegre (atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul), ele chegou a Santa Catarina no ano 1946, inicialmente instalando-se no município de Arroio Trinta, onde foi o primeiro médico a atender a população local. Em 1959, transferiu-se para a vizinha cidade de Videira, atraído pela construção do Hospital Santa Maria, que oferecia a oportunidade de melhores condições de prestar assistência à comunidade. À época, a prática do médico incluía atender todas as necessidades dos pacientes, da pediatria a cirurgia geral, da clínica médica até a geriatria. No hospital, ele pôde ampliar ainda mais os seus conhecimentos e se especializou em Raio X e Ultrassom. Clinicou até 2012, depois de completar 69 anos de medicina. Foi autor de diversos livros e inúmeros artigos publicados regularmente em diversos jornais no estado. Em 2015, foi escolhido como Personalidade de Santa Catarina, homenageado com a Comenda do Legislativo Catarinense, concedida pela Assembleia Legislativa em reconhecimento ao seu compromisso social em prol do estado. Aliado dos pacientes, Karam ajudou a salvar incontáveis vidas e nunca mediu esforços para cumprir sua missão. Foi homenageado em vida pela ACM, na Coluna “SEU MÉDICO, SEU PARCEIRO”, em julho de 2016, quando contou parte de sua trajetória e destacou sua permanente preocupação com a saúde dos catarinenses. “Para chegar até os pacientes, durante algum tempo meu meio de transporte foi um cavalo. Anos mais tarde, quando começaram a ser abertas estradas, passei a atender de jipe, mas já peguei carona em caminhões de comerciantes e até de barco. Nunca me neguei a ver ninguém ou atender qualquer chamado, porque sabia que precisavam da atenção e do cuidado de um médico”.

Nelson Grissard – Trajetória contada em livro A história de 55 anos dedicados à medicina do pediatra e neonatologista Nelson Grisard está registrada no livro “O Caminho de médico e Professor”, escrito por sua esposa, Iza Vieira da Rosa Grisard e lançado pela Editora Unisul. De acordo com o protagonista da história, o livro não é propriamente a sua biografia, mas uma ata da reunião da vida nos seus primeiros oitenta anos. “É um carinhoso trabalho com boas e saudosas lembranças”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná, em 1961, com especialização em Pediatria no Hospital das Clínicas da USP, em Neonatologia no Hospital Infantil do México e em Perinatologia no Hospital de Clínicas de Montevidéu, o médico tem uma trajetória repleta de conquistas para a saúde catarinense. Entre muitos outros destaques, foi introdutor e pioneiro da vacinação em massa contra a poliomielite, no ano de 1963, e da vacina contra o sarampo, em 1966. Foi professor de Pediatria e livre-docente Doutor pela UFSC, ex-chefe do Departamento de Pediatria/UFSC e ex-diretor do HU/UFSC. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CREMESC) e professor de Ética Médica e Bioética da Unisul-Palhoça. Exerceu inúmeros cargos e foi merecedor de importantes reconhecimentos públicos, como o Mérito Científico da ACM, homenagem da Assembleia Legislativa e a Comenda Fernando Figueira de Medicina e Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina. Hoje, ao vivenciar os desafios da profissão, Nelson Grisard defende a qualidade da formação dos médicos, lembrando que as faculdades devem ensinar que o paciente é o centro das atenções. Nesse sentido, escolhe citar Luis V. Décourt, ícone do humanismo científico para descrever seu pensamento: “Creio na medicina que serve aos doentes e nunca se serve deles”.

RESPONSABILIDADE SOCIAL Sede da ACM acolhe grupo de apoio para familiares e pacientes com déficit de atenção Com olhar atento às necessidades dos médicos e da sociedade catarinense, a ACM é parceira de entidades e profissionais que possam fazer uso da estrutura física de sua sede para auxiliar quem necessita, especialmente a comunidade do seu entorno. Entre essas parcerias, destaca-se a firmada junto ao grupo de apoio para as pessoas portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e seus familiares. A iniciativa é da ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção), sob a coordenação do médico Marcelo Calcagno Reinhardt, especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência, que presta este importante serviço voluntariamente, junto com uma psicóloga, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, além de uma pedagoga, uma fonoaudióloga e um neurologista. Todos voluntários. “O grupo se reúne uma vez por mês,

com os portadores e/ou familiares, em reuniões de duas horas, com inscrição gratuita pelo site da ABDA para prestar orientações sobre o transtorno e oferecer o apoio emocional tão necessário”, explica Marcelo Reinhardt. “Basicamente sentamos em um grande círculo e as pessoas podem contar suas histórias ou de seus familiares e tirar dúvidas sobre o comportamento de quem sofre com a doença. São, na verdade, debates informais sobre o tema”.

adolescentes acima de 15 anos e de adultos. “Em cada reunião temos, em média, 25 pessoas, mas já chegamos a receber até 35 participantes. Isso é muito positivo, porque nós informamos as famílias sobre o que há de evidência científica sobre o assunto e de maneira compreensível, com ética e respeito. As pessoas que participam costumam nos dizer o quanto se sentem acolhidas, compreendidas, bem informadas”, diz o psiquiatra.

O objetivo é, segundo o médico, promover a educação sobre o TDAH, aumentando o entendimento dos portadores, dos familiares, dos profissionais de saúde e de educação. A ação é importante ainda porque facilita o reconhecimento do transtorno e aponta qual o tratamento adequado.

O médico destaca a importância da parceria com a ACM, que agrega ainda mais valor ao projeto. “A Associação Catarinense de Medicina é uma entidade de importante destaque na sociedade, é uma instituição idônea e sem fins lucrativos, que empresta seu nome e respeitabilidade, conferindo mais força ao grupo”.

O grupo de apoio foi criado em julho de 2014, com a participação de

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