Revista ACI - Agosto 2023

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A trajetória de 30 anos da LKC Transportes em Santa Cruz

PÁGINAS 06 e 07 PÁGINA 03 revista Informativo da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul ANO VIII – agosto 2023
apresenta ações e desafios para o cumprimento das metas
RS PÁGINA 05 EmprEEndEdorismo sAnEAmEnTo
Evento
no
Encontro
liderança
debate a
feminina

editorial

Ações que nos movem

O Tá na Hora mais uma vez confirma o seu protagonismo, trazendo para o debate do meio empresarial da região temas atuais e relevantes. A edição de setembro do evento abordou os desafios do saneamento no Rio Grande do Sul. Fabiano Dallazen, diretor de Relações Institucionais da Aegea Saneamento, empresa que assumiu as operações da Corsan no Estado, foi o painelista do encontro. Figura conhecida por sua atuação como Procurador Geral de Justiça do Rio Grande do Sul (2015 a 2019) e, de forma especial, em Santa Cruz, por ter sido palestrante do Tá na Hora no ano do seu lançamento.

As audaciosas metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento representam um desafio para a concessionária, diante da grande defasagem que o Estado apresenta nesta área. Como destacou Dallazen em sua apresentação: “A empresa traz o aporte de recursos e a capacidade operacional, mas a tarefa é de todos”.

Cases inspiradores de empreendedorismo não faltaram nos eventos da ACI. O Café Empresarial trouxe a trajetória de 30 anos de atividades da LKC Transportes na região e sua ação diferenciada na área da sustentabilidade. Os diretores da empresa, Alaor Canêz (pai) e o filho, Cristiano Canêz, protagonizaram um momento único, compartilhando suas experiências na gestão do negócio com uma numerosa plateia de empresários e profissionais de empresas.

Já o Núcleo de Mulheres Empreendedoras da entidade apresentou a história da empresária Giulia Tolotti, gestora da GT Participações. O case integrou a programação do evento sobre Liderança Feminina e contou ainda com a palestra da ex-presidente da Federasul, Simone Leite, atual presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Federação. Momentos riquíssimos em aprendizados, prestigiados por um grande público.

A importante pauta do ESG também está no radar da entidade. No dia 3 de outubro, a ACI, junto com UNISC, Afubra, SindiTabaco, Sebrae/RS e o Grupo Gazeta da Comunicações promovem o evento ESG Experience – buscando novos valores para os negócios. Um dia inteiro dedicado a debater a temática do ESG e sua aplicação no meio corporativo, com apresentação de palestras e cases de empresas e a participação da comunidade. O evento inicia às 8h da manhã, no auditório do Memorial da UNISC.

Aos eventos, somam-se as ações para oferecer melhores serviços aos associados por meio da rede ACI Mais Vantagens. Trabalhar para desenvolvimento das empresas e da comunidade é o que move esta gestão.

Acoplando o Esg à gestão das empresas

ACOP27 (Conferência do Clima da ONU), realizada no Egito em 2022 e tantos outros eventos que tratam de temas como as mudanças climáticas (o maior desafio a ser enfrentado nos próximos anos), têm trazido importantes discussões, aprendizados e dúvidas sobre a problemática socioambiental contemporânea. A grande maioria dos especialistas e autoridades têm implorado para que o mundo arregace as mangas e coloque a mão “na massa” para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ou seja, implemente aquilo que se fala. E esta é, provavelmente, a maior dúvida da maioria das pessoas, especialmente no meio empresarial. Como implementar esta e outras ações de ESG (meio ambiente, social e governança) nas empresas?

Como sugere o título acima, um bom caminho é acoplar os temas de ESG à gestão que as empresas têm no momento, através de políticas, programas, procedimentos e indicadores, juntamente com uma boa dose de educação e comunicação. Este acoplamento, gradativamente, vai entrando na rotina da empresa, tornando-se uma cultura e inspirando toda a respectiva cadeia. Como exemplos, podemos citar ações de controle e redução do uso de recursos naturais, como materiais, água e energia, bem como de poluentes, como gases de efeito estufa, emissões atmosféricas, resíduos sólidos e efluentes. No âmbito social, temos o respeito aos direitos humanos, segurança e saúde do trabalhador e diversidade e inclusão. Já com relação à governança, podemos citar aspectos relacionados à ética, transparência, práticas anticorrupção, privacidade de dados e prestação de contas.

Começar é importante, fazendo o que é possível, mas sempre mantendo o ESG na pauta. Em um movimento cíclico, auditorias, análise crítica e planos de ação podem complementar o processo, tor-

nando este desafio, consequentemente, sistêmico e bem menos difícil.

Esta decisão, a médio e longo prazos, ajudará a nos tirar do perigoso caminho da insustentabilidade e seus efeitos adversos, já sentidos aqui e em vários locais do planeta. Sara Parkin, escritora escocesa e co-fundadora do Forum for the Future, em seu livro O Divergente Positivo, diz que o principal motivo de estarmos presos a um desenvolvimento insustentável é o fato de desagregarmos nossa maneira de pensar e agir, já que a especialização, ao seu ver, não permite uma visão sistêmica de mundo. Portanto, quando falamos em ESG, torna-se necessária uma visão mais interdisciplinar, privilegiando a conexão entre os temas que envolvem os negócios, a natureza, as pessoas e a sociedade.

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AponTe A câmerA do seu celulAr pArA esTe código e fAçA A suA inscrição pArA o esg experience. Eduardo E. Assmann Engenheiro / Bel. Direito Executivo e Consultor em ESG

Os caminhos que levaram a LKC a se tornar referência em transportes na região

Com o olhar voltado para sustentabilidade socioambiental e a qualidade, a LKC Transportes construiu uma trajetória vitoriosa no seu segmento. O relato dos desafios enfrentados e os ensinamentos para inspirar outros empreendedores foram tema da edição de agosto do Café Empresarial LKC - 30 anos conectando Santa Cruz ao Brasil com responsabilidade e sustentabilidade. Os diretores da empresa Alaor Canêz (pai) e Cristiano Canêz (filho) foram os painelistas do encontro promovido pela ACI de Santa Cruz. Com a presença de grande público, o Café Empresarial teve a mediação do presidente da entidade, Cesar Cechinato, e transmissão simultânea pelas plataformas do Facebook e Youtube.

Sexto filho de uma família de 12 irmãos, Alaor Canêz nasceu no interior de Canguçu, no RS. Aos nove anos foi morar com uma tia em Porto Alegre para estudar. Ela trabalhava em uma empresa de transportes e ali nasceu o gosto do empreendedor pelo setor. Muitas vezes ia para o trabalho com ela e convivia com o dia a dia do

Experiências compartilhadas para inspirar outros empreendedores

setor tem hoje”, recorda.

Na adolescência, passou a trabalhar em empresas de transportes, adquirindo muita experiência. Mais tarde, foi contratado por uma grande transportadora, pioneira em agências no País, o que ampliou ainda mais seus conhecimentos. Na época, viaja para todo o Brasil e morou em diversas cidades. Já casado e com três filhos pequenos, decidiu residir em Santa Cruz, atendendo ao apelo da esposa que é natural da cidade. A ideia era criar os filhos perto da família e estabelecer laços de convivência com o local.

Deixou a antiga empresa e veio para o município abrir uma agência de transportes. Nascia ali o empresário. Contudo, o negócio não prosperou. Do aprendizado com o “erro” surgiu o ímpeto de abrir a própria empresa, no início dos anos 90: LKC Transportes. O nome é uma homenagem aos filhos – L (Luciana), K (Kelly) e C (Cristiano). Hoje, além Cristiano, a irmã, Kelly, e a mãe, Nelly, também atuam na empresa.

– Dificuldades não faltaram nesta trajetória de 30 anos de atuação. “Sem dinheiro, sem crédito e sem estrutura”, foi assim que o patriarca da família fundou a empresa, resume o filho Cristino Canêz, hoje à frente da direção da LKC junto com Alaor.

Com um caminhão emprestado e usando a própria casa como depósito, a empresa deu os primeiros passos, atuando só como franquia. Vizinhos e amigos eram os funcionários. Um ano depois, compraram o primeiro caminhão, usado.

“O amor pelo que se faz é a grande diferença para o sucesso no mundo dos negócios”, ensina Cristiano. Foi com essa convicção que a LKC cres-

ceu e em 1997 mudou-se para um prédio alugado de 250 metros quadrados, próximo à rodoviária. A empresa atendia todo o Vale do Taquari. Em 1999, comprou o primeiro caminhão novo. Passo a passo o negócio se consolidava, mas ainda somente como franquia de outra empresa.

INVESTIMENTO NA MARCA –Uma mudança que poderia ter sido o fim do negócio deu um novo rumo à empresa. O rompimento com a franquia que há 18 anos representavam, em 2009, deu a LKC a oportunidade de fortalecer a própria marca.

Tempos desafiantes que foram enfrentados com muita determinação e trabalho. Com o protagonismo de estampar o próprio nome e o apoio de parceiros, a empresa se consolidou no mercado regional e abriu uma unidade em São Paulo.

Em 2012, mais uma forte turbulência abalou o negócio, com a falência do principal parceiro em São Paulo. Momentos difíceis que serviram de ensinamento e fortaleceram ainda a estrutura da empresa.

A pandemia, contudo, foi o período de maior incerteza, afirma Cristiano Canêz. “Tivemos que enxugar ao máximo a estrutura do negócio, mas nunca deixamos de acreditar e honrar nossos compromissos”, destaca.

SER A MELHOR - A LKC trabalha com carga lotação e com parceiros de transportes (encomendas), que são empresas que atendem outras regiões a nível Brasil, mas o seu principal negócio é o modelo de carga fracionada, atendendo o comércio, a indústria e o varejo. Com matriz em Santa Cruz, a empresa possui filiais em Cachoerinha e São Paulo.

Para Cristiano, a LKC não busca ser a maior transportadora, mas sim

“a melhor”. Essa determinação está no DNA da empresa desde a sua fundação. Isso se reflete na valorização e na relação de respeito com seus colaboradores, clientes e principalmente com a comunidade onde está inserida. Hoje, a organização é reconhecida por seus investimentos em tecnologia, qualidade e sustentabilidade. Todos os processos da LKC são informatizados. “100% da nossa frota é rastreada via satélite e os clientes podem acompanhar tudo via site ou sistema”, explica o diretor.

ESG - A LKC também é referência na área da sustentabilidade. Ações como as trocas de óleo e revisão dos veículos para diminuir a emissão de poluentes são feitas de forma pontual e regularmente, além de investimentos na constante renovação da frota (frota verde).

A empresa criou um selo ambiental “Preservar é o nosso caminho” para identificar suas ações nesta área. É usado nos diversos materiais de divulgação e nos veículos da frota, que são abastecidos somente com etanol.

Realiza ainda o monitoramento da energia elétrica, visando otimizar e reduzir o consumo. Mesmo procedimento que é aplicado na utilização do combustível, para diminuir os danos ambientais. Também busca neutralizar as emissões de Dióxido de Carbono (CO²) resultante de suas atividades, por meio do plantio de mudas florestais.

• Networking

n Trazer cases inspiradores de empreendedores locais é um dos objetivos do Café Empresarial. Presente na programação da ACI há mais de uma década, o evento conta com o patrocínio da Bitencourt Corretora de Seguros, UNISC, Sebrae, Wizard Idiomas, Cindapa, Borba Imóveis, Lisaruth e Grupo Gazeta de Comunicações.

AssisTA Ao vídeo desTA edição n ínTegrA AponTAndo A câmerA do seu celulAr pAr o Qr-code Ao lAdo ou Acesse o cAnAl dA Aci no YouTube (Aci sAnTA cruz).

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Fotos: Rodrigo Assmann Alaor:“Errosserviramcomoaprendizados” Cristiano: “Trabalhamos para ser a melhor transportadora.”

BRDE DISPoNIBIlIzA ADIAmENto DE DívIDAS PARA EmPRESAS

AtINGIDAS PElAS ENChENtES

Para auxiliar na retomada das atividades e atenuar os prejuízos com as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, em especial no Vale do Taquari e na Serra, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) irá suspender por um ano o pagamento de empréstimos para empresas cujos negócios foram prejudicados pelas cheias mais graves já registradas em algumas regiões. Além de congelamento temporário das dívidas com a repactuação de contratos, conhecido como standstill, o banco igualmente está buscando viabilizar linhas de crédito emergencial para a retomada das atividades econômicas, em parceria com o BNDES, para aquisição de máquinas, obras físicas e inclusive capital de giro.

Em termos de prevenção a desastres naturais, o banco tem à disposição das prefeituras o programa Sul Resiliente, com recursos captados junto ao Banco Mundial. O programa é direcionado a projetos de qualificação da infraestrutura dos municípios para atenuar impactos de desastres naturais e riscos relacionados ao clima, como inundações e deslizamento.

Além de investir em obras para evitar desastre naturais e eventos climáticos, os municípios poderão utilizar o dinheiro para a elaboração de projetos executivos, como mapeamento de risco e planos de contingência, treinamento de servidores municipais ou aquisição de sistemas e equipamentos para monitoramento de risco.

Mais de 40 escolas de 10 municípios da região foram mobilizadas nesta edição

Com o tema Sustentabilidade Ambiental, concurso de redação divulga vencedores

OComitê Tributário Permanente de Santa Cruz do Sul divulgou os vencedores da 9ª edição do Concurso de Redação Tributação e Cidadania com o tema “Sustentabilidade Ambiental”. Participaram estudantes com 134 redações, avaliadas pela Academia de Letras de Santa Cruz do Sul (Alesc). Durante o ano, foram realizadas mobilizações, palestras e discussões sobre o tema em mais de 40 escolas, nos 10 municípios de mobilização (Arroio do Tigre, Candelária, Montenegro, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Sobradinho, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz) envolvendo mais de três mil alunos e professores dos ensinos Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas.

A iniciativa tem como objetivo despertar, por meio da reflexão acerca dos temas pertinentes à tributação e cidadania, as noções de ética, cidadania e controle social, sobre a aplicação de recursos públicos, focando no tema proposto que é a sustentabilidade ambiental. Os participantes foram divididos em duas categorias: Categoria 1 – alunos do Ensino Fundamental (7º; 8º e 9º anos); e Categoria 2 – alunos do Ensino Médio (1ª; 2ª e 3ª anos).

O concurso é promovido pelo Comitê Tributário Permanente de Santa Cruz do Sul, formado por um conjunto de entidades e agentes públicos. São eles: ACI de Santa Cruz do Sul, Associação de Entidades Empresariais (Assemp), Associação dos Jovens Empreendedores (Ajesc), OAB Subseção de Santa Cruz do Sul, Prefeitura Municipal, Receita Federal, Receita Estadual, Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Sindicontábil Vale do Rio Pardo, Sinditabaco, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) - por meio do Curso de Ciências Contábeis e a ONG João da Silva que se reúnem para debater temas vinculados à tributação e à aplicação de recursos públicos.

Apoiaram também o concurso o Governo do Es-

tado - por meio da 2ª e 6ª Coordenadoria Regional de Educação, representando a Secretaria Estadual de Educação do Estado; as Prefeituras de Arroio do Tigre, Candelária, Montenegro, Rio Pardo, Sinimbu, Sobradinho, Santa Cruz do Sul, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz por meio das Secretarias Municipais de Educação e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) de Santa Cruz do Sul.

Mais informações sobre critérios, seleção e premiação constam no regulamento do concurso que pode ser acessado no site unisc.br/concursoredacao.

• VENCEDORES EM SANTA CRUZ DO

n Ensino Fundamental (7º a 9º ano)

SUL

1) ISADORA SILVIANE SCHMIDT (9° ano)

Professora Orientadora: Maira Andréia Leite da Silva

Escola Municipal de Ensino Fundamental Harmonia

2) ANA JULIA HERBER DA SILVA (8° ano)

Professor Orientador: Rafael Luiz Ritter

Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Schroeder

3) WESLLEY EDUARDOALVES PEDROSO DA ROSA (8º Ano)

Professora Orientadora: Maira Andréia Leite da Silva

Escola Municipal de Ensino Fundamental Harmonia Ensino Médio (1º a 3º ano)

1) RAFAELA KIPPER DE LARA (2° ano)

Professora Orientadora: Catiussa Martins

Escola de Educação Básica Educar-se

2) LAURA GOBBI SCHMIDT (2° ano)

Professora Orientadora: Catiussa Martins

Escola de Educação Básica Educar-se

3) LARA MARY SOARES MUELLER (3° ano)

Professora Orientadora: Graziela Strothmann

Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira Confira os vencedores nos demais municípios no link https://encurtador.com.br/iGIPY

Foto: Bruna Lovato

Diretor da Aegea aponta os desafios para cumprir metas de saneamento no rs

Aedição de setembro da reunião-almoço Tá na Hora teve como painelista o diretor de Relações Institucionais da Aegea Saneamento, Fabiano Dallazen. Ele falou sobre “Os desafios do saneamento básico no RS” após a empresa ter assumido as operações do Corsan no Estado, em especial com relação ao cumprimento das metas do novo marco legal do saneamento, previsto pelo governo federal. Promovido pela ACI de Santa Cruz, o encontro reuniu empresários e autoridades do município e da região no restaurante do Hotel Águas Claras.

Fabiano Dallazen foi promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) de 1998 a 2022 e procurador-geral de Justiça do MPRS por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2019. Conhecedor da burocracia que envolve o setor público, o diretor da Aegea abriu sua apresentação destacando a agilidade da Prefeitura de Santa Cruz na condução das negociações, lideradas pela prefeita Helena Hermany, com a nova concessionária. Informou que o município contratualizou R$ 555 milhões além de R$ 20 milhões destinados aos cofres da Prefeitura, em função do acréscimo de oito anos na vigência do documento.

DESAFIOS NO RS – Conforme

Dallazen, a Aegea prevê investir R$ 15 bilhões nos próximos 10 anos no RS para se aproximar das metas do marco legal de 90% de coleta de tratamento de esgoto e de redução do índice de perda de água, que hoje supera 40%.

“Mas não basta só a capacidade financeira, vamos precisar de mão de obra, isso gera cerca de cinco mil empregos diretos na cadeia de saneamento e de construção civil”, frisou.

Destacou ainda a importância da agilidade por parte dos órgãos de licenciamento ambiental para que essas obras sejam licenciadas com a máxima brevidade. “Precisaremos de uma soma de fatores. A empresa traz o aporte de recursos e a capacidade operacional, mas a tarefa é de todos”.

SOBRE A CONCESSIONÁRIA – No evento, o diretor da Aegea apresentou as operações da empresa no País, que hoje conta com 16 mil funcionários e está presente em 14 Estados, o mais recente é o Paraná. Líder em saneamento básico no setor privado no Brasil, o consórcio arrematou a Corsan em leilão realizado na B3, em dezembro de 2022, por mais de R$ 4 bilhões. Decisões judiciais, no entanto, impediram a concretização do negócio até o início de julho, quando finalmente o contrato foi assinado. O grupo já atua

no RS, por meio de parceria público-privada (PPP) com a Corsan para a coleta e tratamento de esgoto na região metropolitana de Porto Alegre.

Dallazen frisou que a privatização da companhia pelo governo gaúcho buscou assegurar o cumprimento do novo marco legal do saneamento, cuja meta é assegurar à população 90% de cobertura do tratamento de esgoto e 99% de fornecimento de água, até 2033. “Hoje o RS está bem distante desta meta: somente 34% dos moradores do Estado têm acesso à rede de esgoto”.

A manutenção do nome Corsan no RS foi decidida mediante pesquisa realizada junto aos consumidores. Os cinco mil funcionários da companhia que assinaram um acordo trabalhista inédito também foram mantidos e terão estabilidade de 18 meses.

A Aegea promete investir cerca de R$ 100 milhões nos primeiros 100 dias no Estado em obras para melhorar fornecimento de água e saneamento básico nas cidades atendidas pela

• ESG

n Em sua fala, o presidente da ACI, César Cechinato, destacou o protagonismo do Tá na Hora, hoje reconhecido como o maior evento empresarial estilo reunião-almoço do RS. Recordou a participação de Fabiano Dallazen, na época Procurador-geral do Estado, nesta trajetória como painelista no ano de lançamento do Tá no Hora. Reforçou ainda o convite para o evento ESG Experience, que corre no dia 3 de outubro, no Memorial da Unisc. “Diante dos problemas que vivenciamos hoje com as cheias no Estado e os desequilíbrios ambientais em todo mundo, mais do que nunca a pauta ESG ganha relevância. Precisamos urgentemente repensar nossas ações com relação ao meio ambiente”, frisou.

O presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz (AGERST), Astor Grüner, também fez uma breve apresentação sobre o trabalho da agência, em especial em relação à Corsan Aegea. “Vamos trabalhar na interlocução entre a companhia e o poder concedente (Prefeitura) para que esse diálogo ocorra da forma mais efetiva possível.”

O Tá Hora conta com o patrocínio da BAT Brasil, BRDE, JTI, Banrisul, Philip Morris Brasil, Unimed, Universal Leaf, UNISC e Gazeta Grupo de Comu-

Diretor

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(Aci sAnTA cruz)
Fotos: Rodrigo Assmann
Precisaremos de uma soma de fatores. A empresa traz o aporte de recursos e a capacidade operacional, mas a tarefa é de todos
de Relações Institucionais da Aegea Saneamento
Público confirmou protagonismo do Tá na Hora Grüner: Interlocução da AGERST

Evento debateu caminhos para estimular a liderança feminina

Provocar reflexões sobre o papel das mulheres no meio empreendedor foi o objetivo do evento o Poder da Liderança Feminina. Promovido pelo Núcleo de Mulheres Empreendedoras da ACI de Santa Cruz, o encontro reuniu dezenas de mulheres no auditório da entidade, no início de setembro (4). Empreendedoras, gestoras e profissionais de diferentes áreas acompanharam atentas as vivências compartilhadas pelas painelistas Simone Leite, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul), e Giulia Tolotti, gestora da GT Participações.

Formada em Administração de Empresas pela PUCRS, com MBA em Finanças e Governança Corporativa pela ESPM, Giulia Tolotti abriu a programação com o relato de sua trajetória como empreendedora.

Após concluir os estudos em Porto Alegre, Giulia voltou a Santa Cruz com o intuito de atuar no grupo de empresas da família. Os planos mudaram com o surgimento de uma oportunidade de empreender dentro de um grupo que já existia,

através da GT Participações, uma holding de negócios imobiliários. A GT atua em três pilares: locação comercial, administração de obras e urbanização. Hoje à frente do negócio, onde lidera uma equipe majoritariamente feminina, a gestora revela que busca colocar em prática todos os ensinamentos que teve ao longo de sua vivência, tanto de estudo quanto profissional.

“Estar à frente de um negócio que tem um viés extremamente masculino, o mercado da construção civil, é muito desafiador”, afirmou. Contudo, ensina que é preciso ter coragem e acreditar na própria capacidade, pois muitas vezes os desafios do empreendedorismo e os de ser uma mulher empreendedora se confundem.

Conforme a gestora, ter uma visão glamurizada do empreendedorismo é um erro muito comum de quem está iniciando um negócio. “Achar que empreender é fácil e que vamos acertar logo na primeira tentativa. Ao contrário, é preciso muito trabalho e resiliência e quando falamos de mulheres, soma-se a isso vencer preconceitos também”.

• DICAS PARA EMPREENDER

n A gestora elencou cinco ensinamentos que aprendeu em sua trajetória e que considera fundamentais para orientar as mulheres a empreenderem com sucesso em seus negócios ou em suas carreias.

1 - Ninguém sabe fazer tudo. Por isso quanto antes buscarmos ajuda melhor.

2- Protagonismo é diferente de liderança. Não basta ter a iniciativa é preciso saber conduzir a sua realização.

3- Para quem não sabe para onde está indo, qualquer estrada serve. O conselho não é novidade, mas vale muito no mundo dos negócios e na vida. Sem um mínimo de planejamento e visão do que ser quer desperdiçamos tempo, dinheiro e energia.

4 - Vão duvidar da gente. Sim, principalmente as mulheres sofrem essa cobrança diariamente.

5 - Ter coragem e acreditar no próprio trabalho. É fundamental confiar na própria capacidade, sempre. “Nunca podemos duvidar de nós mesmas na hora de empreender”.

EmPREENDEDoRISmo
Giulia compartilhou experiências e ensinamentos de sua trajetória como empreendedora
Fotos: Rodrigo Assmann
Para empreender é preciso acreditar e confiar na própria capacidade”
Giulia Tolotti
Gestora da GT Participações

Empoderamento: o poder de decidir

Asegunda palestra da noite trouxe a experiência de liderança da empresária Simone Leite nos ambientes corporativos e associativistas. Com grande protagonismo no cenário da representatividade empresarial no Estado, Simone construiu uma exitosa trajetória marcada por quebras de paradigmas e de pioneirismo, sobretudo no empreendedorismo feminino. Foi a primeira mulher a presidir a Câmara de Comércio e Indústria (CIC) de Canoas e mais tarde, também de forma inédita, assumiu a presidência da Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul), cargo que nenhuma mulher havia ocupado antes na história da entidade.

Além da sólida carreira como empresária, a dirigente mantém um papel ativo na Federasul como presidente do Conselho da Mulher Empreendedora. Vivências que compartilhou no encontro, buscando inspirar outras mulheres a também ocuparem seus espaços seja no mundo dos negócios, nas entidades representativas ou na política.

A empresária recordou que sua caminhada no mundo da representação empresarial não foi fácil. “Ser uma mulher em posição de liderança em um ambiente historicamente ocupado por homens aumentaram muito as expectativas e as cobranças”.

Para Simone, todos esses aprendizados foram importantes e serviram de motivação para que seguisse o que hoje é o seu propósito de vida: trabalhar para que as mulheres ocupem os espaços de liderança com menos preconceito e dificuldade.

Afirmou que o empoderamento feminino é fundamental nesse processo. “Porque o empoderamento nada mais é do que o poder de decidir, de escolher, de participar. É o poder da igualdade”. Recordou que durante muito tempo as mulheres não tiveram as mesmas oportunidades que os homens. Hoje elas têm os mesmos direitos, mas ainda há muitos desafios a superar.

Destacou ainda a importância do trabalho dos Núcleos de Mulheres nesse processo de empoderamento, como um espaço de apoio mútuo, de reconhecimento e de conhecimento para que desenvolvam seu potencial como empreendedoras nos negócios e na sociedade.

Para a coordenadora NME da ACI, Niceia Wünsch, a iniciativa foi um grande sucesso. “Ter a oportunidade de compartilhar essas vivências com as integrantes do grupo e com tantas mulheres que participaram do evento foi muito enriquecedor e sem dúvida serve de estímulo para continuarmos o nosso trabalho”.

DIRETORIA

Presidente: Cesar Antonio Cechinato

1º vice-presidente: Paulo Roberto de Sousa Bigolin

1º diretor-secretário: Lucas Leon Rubinger Jr.

2º diretor-secretário: Eduardo Kroth

1º diretor-tesoureiro: Gabriel Haas de Borba

2º diretor-tesoureiro: Eduardo Paes Bitencourt

Vice-presidente de Agronegócios: Marco Antonio Dornelles

Vice-presidente de comércio: Elisa Cristine Trinks

Vice-presidente de Indústria: Tironi Paz Ortiz

Vice-presidente de serviços: Lauro Mainardi Jr.

Diretor Ambiental: Enoir Luís Greiner

Diretora de Desenvolvimento Humano: Keli Geller

Diretor de Desenvolvimento Urbano: Auro Jorge Schilling

Diretor Educação: Bruno Cesar Faller

Diretora de Eventos: Nelza Lau

Diretor de Governança e Desenvolvimento Empresarial:

Fábio Luís Marion

Diretor de Infraestrutura: Evandro Schramm Trevisan

Diretor de Inovação e Transformação:

Rogério Augusto Pereira

Diretor de Integração e Desenvolvimento Regional:

Marlon Alberto Bentlin

Diretor Jurídico: Diogo Frantz

Diretor de Transportes e Logística: Cristiano da Silva Canez

Diretor de Marketing: Lucas Leon Rubinger Jr.

Diretora de Micro e Pequenas Empresas:

Ieda Bavaresco Machado

Diretor de Novos Negócios: Gabriel Haas de Borba

Diretora do Núcleo Mulheres Empreendedoras:

Nicéia Wünsch

Diretor do Núcleo Empreendedores Zona Sul: Luiz Faccin

Diretor do Núcleo Empreendedores Zona Norte:

Ricardo Luíz Bringmann

Diretor de Qualidade e Melhoria Contínua:

André Neimar Sevegnani

Diretora de Relações de Trabalho: Betina Kipper

Diretor de Relações Institucionais: Gabriel Conte Quiliconi

Diretor de Sustentabilidade: João Vogt

Diretor de Tecnologia: Eduardo Paes Bitencourt

Diretora de Turismo: Luciana Antônia Tremea

Diretor-Executivo: Cassiano Steinhaus

CONSELHO FISCAL

Titulares: Moacyr Pinto da Rocha Filho, Norberto Raul Haas e Roberto Jeferson Gross

Suplentes: André Kohl, Carlos Augusto Gerhardt e Fernando Pritsch Winck

CONSELHO DELIBERATIVO

Astor José Grüner, Cesar Antonio Cechinato, Carlos Alberto Koehler, Diogo Durigon, Dirceu Weiand, Eduardo Assmann, Eduardo Kroth, Gabriel Haas de Borba, Guatimozin de Oliveira Santos Filho, Gustavo Pauli, Ido Inácio Dupont, Leandro Siqueira, Lucas Rubinger, Mara Andrea Schwengber, Marco Antônio Borba, Mathias Emílio Bertram, Rafael Frederico Henn, Romeu Schneider, Tironi Paz Ortiz e Zeferino Ario Hostyn Sabbi.

CÂMARA DE ABITRAGEM ACI (CAACI)

Vice-presidente de Arbitragem: Paulo R. de S. Bigolin

Vice-presidente Institucional de Arbitragem: Leandro Konzen Stein

Diretor-secretário de Arbitragem: Cassiano R. Steinhaus

ExPEDIENTE

Simone Leite

Presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Federasul

Órgão Informativo da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul – RS

REVISTA EMPRESARIAL

Redação/edição: Adriana de Farias Costa

Projeto gráfico: Nascimento MKT de Conteúdo e Mídias

Impressão: Lupagraf

Periodicidade: mensal

Tiragem: 2 mil exemplares (edição impressa e virtual) Distribuição gratuita

Rua Venâncio Aires, 633, sala 04

Santa Cruz do Sul – RS

Fone/whatsapp: (51) 3713-01400

E-mail: aci@acisantacruz.org.br

Site: www.acisantacruz.org.br

Facebook: @Aci.Sta.Cruz

Instagram: @aci_scs

Linkegin: ACI Santa Cruz do Sul

Twitter: aci_scs

YouTube: ACI Santa Cruz

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tive que vencer preconceitos e ser muito resiliente. Ser uma mulher em posição de liderança em um ambiente historicamente ocupado por homens aumentaram muito as expectativas e as cobranças”

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