Passe a Folha - Edição 58 - 24 de outubro de 2020

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Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Sábado, 24 de outubro de 2020 . ANO 19 . N. 58

A imagem de escolas abandonas de tornou recorrente nas áreas rurais do município. Foto: Jéssica Edel

EXTINÇÃO DAS ESCOLAS DO CAMPO EM CONCÓRDIA

(PAG. 4)

Um levantamento realizado com a Prefeitu- cipais do Campo ainda ativas. Nos últimos colinhas rurais. Das 84 unidades existentes ra de Concórdia mostra que houve conside- 10 anos, cerca de 80 unidades fecharam em em 2006 apenas quatro continuam com suas rável declínio no número de Escolas Muni- função da baixa demanda de alunos nas es- atividades.

A MISSÃO DE SER PROFESSOR

DE COLÔNIA DO PITO A TRÊS PALMEIRAS

Uma das profissões mais belas e importan- A história da emancipação de um pequetes, dá liberdade através da literatura e do no município gaúcho, contado em filme. conhecimento. (PAG. 5) (PAG. 7)

Foto: Pixabay

Foto: Divulgação/Facebook

CANCÊR: MAL DO SÉCULO XXI Em tempos atribulados, turbulentos, é difícil pensar em um sentimento profundo como o amor. (PAG. 8)

Foto: Poliana Peri


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Chapecó, 24 de outubro de 2020 . ANO 19. N. 58 Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

EDITORIAL Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

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TAREFA: TROCOU DE LADO

m meados de março, ano 2020, a vida dá uma cambalhota e a rotina muda do dia para a noite. A liberdade se torna incondicional, a galera jovem não encontra bares em funcionamento e as festas estão canceladas. Os idosos, jovens de espírito, não conseguem ir à igreja e a mesa de baralho das tardes, está vazia. Escolas, creches e comércio, fechados. Praças isoladas. Isso, reflete na vida das pessoas que, embora não esperassem um período tão longo de mudanças, acabam “atropelados” pelo desemprego e, como nem relógio trabalha de graça, sem renda e sustento. Isso, motivado pela pandemia do novo coronavírus. Presencio, em Trindade do Sul, uma situação familiar, próxima, por ser amigo meu. A família Ferreira, no início de 2020, iria começar um negócio próprio, já que Ronaldo, o pai, é metalúrgico. Jéssica, a mãe, trabalha em um supermercado da cidade, e o menino Juan, filho, estuda na creche e na parte da tarde, se diverte na companhia da “tata”, ditado popular, que faz referência às moças que cuidam de crianças.

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Esse sonho da família, num piscar de olhos, vai por água abaixo. Ronaldo vê, aos poucos, tudo se desfazer. Perde seu emprego e automaticamente, acaba sem renda. A mulher, permanece empregada. O primeiro passo, despedir a “tata” do Juan para cortar despesas e ele próprio assumir o desafio de tomar conta do filho, das tarefas domésticas e enfrentar uma nova rotina. Ao encontrá-lo na rua, pergunto: - Amigo, como estão as coisas? Ele tenta ser discreto e falar que está tudo 100%, mas acaba por dizer: -Nada fácil, radialista, perdi o emprego e tô fazendo o papel de dona de casa, ontem fui limpar o banheiro, quase que vomito por ali. Essa é até engraçada, na hora de limpar a bunda do meu nenê, deixei tudo meio rebocado. Não é fácil, não. Parece piada, em 2020, mas essa dependência do trabalho da mulher dentro de casa, gera essas situações. Me conta ainda que é difícil manter tudo organizado, que a louça está sempre à espera na pia, que os calçados estão sujos, que a casa é grande. E

por fim, em nossa conversa, Ronaldo solta o verbo: - Não é justo que eu faça tudo sozinho em casa! Eu explico, suplico por união dentro de casa, e ele ainda não consegue entender, vou então, de forma direta: -Ronaldo, antes disso, quem dominava tudo, era sua esposa. Cruzava na área e corria pra cabecear. Nunca esqueça disso. Ele entende, reflete por alguns segundos, se despede e vai embora. Mais tarde, em conversa com meu vizinho, passo a saber que Ronaldo teve crises de ansiedades. O desespero era tão grande, que tentou o suícidio. São situações como essa, que fazem parar, pensar e valorizar o papel das mulheres dentro de uma família, por isso, são consideradas, os “pilares” da casa. Mas, além da valorização, é preciso quebrar esse protocolo, abrir a mente e entender que dentro ou fora de casa, os trabalhos devem ser realizados com união, entre esposa e marido, mulher ou homem. E isso, começa por nós.

Muitos nem participam de reuniões de bairros, da comunidade, da igreja e a cobrança durante quatro anos e não serão suficientes somente em tempo eleitoral, as criticas. Torna-se preciso exigir trabalho durante o mandato, em busca de uma administração participativa e honesta. Como mencionado, os rostos são conhecidos diante a população searaense, Laci e Kiko ou Kiko e Laci? A mesma panela e a mesma tampa. Tão difícil renovar a politica municipal, mas seria a hora e forma de crer em uma nova administração e até mesmo um novo rumo de conceitos. O povo questiona, e mantem aquele discurso “entra fulano ou beltrame, pouco adianta, vão roubar o mesmo”. Também é um fato que não saberemos se não apostar na ideia do novo. É necessário uma nova geração de políticos, que beneficiam a população e não ao contrário, que sejam beneficiados por ela. Um município menor, como Seara, geralmente quem ganha são pessoas inseridas em famílias com “nome” e tradicionais do município. Engana-se quem acredita que apenas precisa ter um próprio princípio para ser candidato. Pastores e lideres religiosos, classe no qual mais se destaca os candidatos, por qual motivo será? Ao ver, isso acontece por possuírem uma rede de seguidores e uma estrutura de campanha maior. Torna-se difícil competir com um ser que possui poder ao seu lado. Diante do fato, não importa se o candidato tem potencial, honestidade e interesse em contribuir uma população, mas sim se tem poder em suas mãos, e assim permanecem a cada eleição as antigas estruturas e administração pública.

EXPEDIENTE

POLÍTICA

DE NOVO, SEM O NOVO Por Poliana Peri

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hegou, o ano de campanhas, promessas, discursos, comícios, compras de votos, entre tantas coisas. As eleições definem prefeitos e vereadores, que vão ser as caras novas, às vezes nem tão novas, como é o fato de Seara, que novamente irá ter dois rostos conhecidos para concorrer ao cargo de prefeito, Laci Grigolo e Kiko Canale. Mas esse ano, ambos candidatos precisam competir mais do que entre eles, mas sim com um concorrente de peso, o coronavírus. As redes sociais vão estar com tudo, porém, surge um outro concorrente de peso, as fake news. Será que se repetiram fatos de 2018, nas eleições nacionais? Sejamos realistas, as redes estão recheadas de fake news, e elas influenciam muitos eleitores, diretamente ou indiretamente. As fake news e o coronavírus serão aliados e cabos eleitorais para muitas desculpas neste ano. Claro, promessas de muitos candidatos podem se encaixar como fake news. Pessoas dizem odiar políticos e a politica em si, e usam do isolamento social como forma de querer se afastar da situação. Mas eis a questão, as mesmas pessoas não serão aquelas que vão exigir democracia, uma boa gestão, administração qualificada? Sim, são elas. Em novembro a população estará lá, com seu voto destinado, mas após o dia de votar, cadê os eleitores?

Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó Reitor: Cláudio Alcides Jackoski Pró-reitora de Graduação e Vice-Reitora: Silvana Muraro Wildner Pró-reitor de Pesquisa, Extensão, Inovação e Pós-Graduação: Leonel Piovezana Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Marcio da Paixão Rodrigues Pró-reitor de Administração: José Alexandre de Toni Servidão Anjo da Guarda, nº 295-D, Bairro Efapi - CEP 89809-900 www.unochapeco.edu.br Telefone: (49) 33218002 jornalismo@unochapeco.edu.br www.instagram.com/jornalismounochapeco Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Unochapecó Elaborado no componente curricular de Planejamento Gráfico em Jornalismo Professor responsável: Alexsandro Stumpf Editor: Jéssica Edel Redação e diagramação: Ivomar Rauber, Jéssica Edel, João Frandoloso e Poliana Peri Projeto gráfico: Ana Laura Baldo, Laura Fiori, Mirella Schuch e Natália Souza


Chapecó, 24 de outubro de 2020 . ANO 19. N. 58

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COLUNA Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

OLHO NA PEDALADA Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

Por João Frandoloso

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m uma semana que começa agitada, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), anuncia o programa social Renda Cidadã, possível substituto do atual Bolsa Família, a partir de 2021. O objetivo é ampliar o número pessoas atendidas, aumentar o valor do benefício e suceder o auxílio emergencial, que alavancou a popularidade do presidente e acabará em dezembro. Para completar o processo de implementação do Renda Cidadã, o governo precisa convencer o Congresso a aprovar uma proposta para financiá-lo. Porém, a mesma, não agrada a maioria dos 81 senadores, devido financiar o programa com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O descontentamento segue para o rumo da área econômica, pois, seria utilizado parte dos recursos precatórios do governo, valor que pode chegar em R$ 55 bilhões. A preocupação de Bolsonaro não reflete na área social/econômica, mas sim na política. Não haveria necessidade de substituição do Bolsa Família, se não fosse o interesse de crescimento de sua popularidade. Mas, pode dar com os “burros na água” ao cometer crime de responsabilidade fiscal no processo de movimentação de recursos de uma área para outra, o que pode acabar em impeachment. Sem contar que tirar dinheiro da educação em um país com 11 milhões de analfabetos e mais da metade da população acima de 25 anos, sem concluir o ensino básico, não foi, não é e nem será uma boa ideia. Psiu! Senhor presidente, como em brincadeira de criança, o “pedala Robinho” pode dançar e resultar em “samba Tevez”. processo de movimentação de recursos de uma área para outra, o que pode acabar em impeachment. Sem contar que tirar dinheiro da educação em um país com 11 milhões de analfabetos e mais da metade da população acima de 25 anos, sem concluir o ensino básico, não foi, não é e nem será uma boa ideia. Psiu! Senhor presidente, como em brincadeira de criança, o “pedala Robinho” pode dançar e resultar em “samba Tevez”.

Foto: Reprodução

NÃO, DOUTOR No decorrer da pandemia, o comportamento das pessoas pode alterar. Isso, devido aos fatores estresse, cansaço, saudade dos amigos e ao sentimento de estar sozinho. Porém, não é costumeira uma atitude “desrespeitosa” por parte de quem atua na linha de frente da saúde. Em Trindade do Sul, o candidato à prefeito, doutor há 23 anos no município, simplesmente “esqueceu” o coronavírus e realiza visitas às pessoas, sem máscara, divide o chimarrão e não deixa escapar o bom e velho aperto de mão.

NÃO VOLTA A Secretaria Municipal de Educação de Trindade do Sul, realizou uma pesquisa referente ao retorno das aulas. Foram consultadas as famílias dos alunos e os professores da Rede Municipal de Ensino, os quais, optaram por não voltar. Entre as famílias 85,5% são contra o retorno das aulas presenciais. Já entre os professores 93,4% se mostram contrários. Nenhum protocolo eficaz foi elaborado para a volta às aulas, enquanto isso, protocolos foram colocados em prática na área do esporte e, diálogos encaminham o retorno dos eventos de grande porte. Mais uma vez, a educação fica em segundo plano, o que pode explicar, em partes, a distância de satisfação em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que em escala 5, alcançou apenas 3,9 em Trindade do Sul.

REVOGOU O governo federal revogou resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que garantiam a preservação de áreas de restinga e manguezais, em 300 metros e, das regiões próximas aos reservatórios d'água, em 30 metros. O Conama, responsável pelo controle e a manutenção da qualidade do meio ambiente, diz que a decisão vai interferir na qualidade da água e vai facilitar a exploração econômica na área dos mangues. Por outro lado, os investidores comemoram e projetam a instalação de resorts e hotéis nessas regiões. É fato que a decisão caminha ao lado do poder, mas é bom a justiça abrir o olho. Ou respeitam à natureza ou, terão que dividir a suíte com os donos do terreno, peixes e caranguejos.

JA PENSOU? Durante a pandemia a tecnologia ganha força. As empresas oferecem soluções para os desafios enfrentados, são drones que funcionam como robôs e entregam ifood, pagamento por reconhecimento facial e um sensor que avisa shoppings e lojistas quando os locais estão cheios. Em condomínios de São Paulo, encomendas chegam até a portaria e depois são transportadas pelos robôs até o endereço do morador. Isso demonstra apenas o ínicio de um processo e que falta muito para chegar à população de modo geral. É admirável essa adaptação em meio à pandemia, mas já pensou criar sistemas inteligentes que acabe com filas em bancos, supermercados, soluções tecnológicas na saúde que façam "andar" a fila do SUS e que facilite a vida do povo em questões do dia-a-dia?


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EDUCAÇÃO

A MISSÃO DE SER PROFESSOR

Foto: Reprodução

Por Ivomar Rauber

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em dúvidas, ser professor não é tarefa fácil, mas apesar disso, é uma das profissões mais belas e importantes, já que são eles que ensinam a ler e escrever e dar liberdade aos seus alunos por meio da literatura e do conhecimento. Professor há 35 anos, Anildo Edson Tietz, é um exemplo de profissional que sempre buscou transmitir tudo que sabe aos seus alunos e segundo ele, isto é motivo de orgulho. “Considero a docência uma das profissões mais importantes. Apesar de todos os problemas, é possível ver a realização profissional, pois conseguimos fazer muitos alunos pensar, serem sujeitos na sociedade”, conta. Tietz é formado em física e atualmente leciona nas escolas estaduais Álvaro Leitão e 14 de maio, de Vicente Dutra. E para ele, a educação é extremamente importante para o futuro do país. “A educação defende a pluralidade de ideias, porem depende de cada professor, grande parte dos professores, mesmo em pleno século XXI é preocupada apenas com o conteúdo de sua área, não fazendo o debate e a discussão com os alunos, portanto, a pluralidade de ideias fica somente no papel e não na pratica docente”, relata. Mesmo com os relatos emocionantes de quem trabalha com a licenciatura, dados divulgados em 2012, pela pesquisa Atratividade, mostram que apenas 2% dos estudantes do ensino médio desejam seguir a carreira de professor. Segundo Tietz, isso se deve a desvalorização da profissão nos dias atuais. “Além da desvalorização profissional, a falta de recursos materiais e humanos é muito grande. Também falta atualização de grande parte dos professores”, acrescenta.

CARREIRA PERDE INTERESSE O desafio da educação brasileira não se resume a estimular crianças e adolescentes a aprender. Exige, também, encontrar quem se disponha a ensiná-los. Nas últimas décadas, a perda de interesse dos jovens pela carreira de professor dificulta a seleção de educadores em quantidade e qualidade suficientes para garantir o salto de desempenho que se espera nas escolas. Ao cativar o interesse de apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio, conforme demonstrado pela pesquisa A Atratividade da Carreira Docente no Brasil, o magistério brasileiro segue caminho inverso ao de países desenvolvidos. Em apenas quatro anos, entre 2007 e 2011, as sinopses estatísticas da Educação Básica revelam que o percentual de docentes com menos de 24 anos caiu de 6% para 5,1% no Brasil, No Rio Grande do Sul, o fenômeno se repete: os educadores mais jovens minguaram de 5% para 4,7%, e os mais velhos avançaram de 16,3% para 18,1% contribuem para o envelhecimento da categoria e despertam temor em relação ao futuro da profissão. Outro fator importante que merece destaque quando o assunto é a docência, são os dados divulgados pela pesquisa Educar, também em 2012, que revela que 89% da população não acredita que a educação seja o principal problema do país, mesmo com tantas dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área. “Grande parte dos governos, não tem a educação como prioridade. A prioridade é o mercado, o jogo de interesse de grandes multinacionais,

que precisam apenas de mão-de-obra, e não sujeitos que pensam e exigem direitos. Para isso, a educação fica em segundo plano”, afirma Tietz.

EDUCAÇÃO E SEUS DESAFIOS Mesmo com essa visão “brasileira” sobre a educação, é impossível negar que países que têm a educação como prioridade são mais desenvolvidos. Uma questão muito debatida atualmente, é o fato de ensinar sobre gênero e relacionamentos de forma cientificamente precisa, realista e sem julgamentos. “Sou favorável a adotar no currículo que se fale sobre sexo e identidade de gênero. Pois com problemas qualificados, a discussão terá melhor abordagem, com respeito e com conhecimento. Este debate, na sociedade é eito de forma superficial, levando muitas vezes a interpretação equivocada e de má fé”, conta o professor. Sendo assim, Tietz acredita que a Base Nacional Comum Curricular deve ser debatida e construída por educadores e não ser elaborada em gabinetes, sem discussão, pois assim será uma base que não vai avançar, será para priorizar uma educação excludente. “Acredito que a educação pode mudar a sociedade. Mas há uma onda conservadora em avanço em todos os países, principalmente no Brasil. Significa que o desafio dos professores do campo progressista é muito grande, e cada vez mais desafiador. Ou avançamos ou a sociedade vai pagar um alto preço; educação sem qualidade, retirada de direitos, terceirização, entre outras”, finaliza.


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EDUCAÇÃO

ESCOLAS DO CAMPO EXTINTAS EM CONCÓRDIA Por Jéssica Edel

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m levantamento realizado com a Prefeitura de Concórdia mostra que houve considerável declínio no número de Escolas Municipais do Campo ainda ativas. Nos últimos 10 anos, cerca de 80 unidades fecharam em função da baixa demanda de alunos nas escolinhas rurais. Para manter uma escola do campo ativa é necessário ter ao menos 10 alunos matriculados por período, e assim das 84 unidades existentes em 2006 apenas quatro continuam com suas atividades. Atualmente parte destas escolas extintas estão abandonadas ou servem de depósito para clubes das comunidades interioranas. A Escola Municipal do Campo (EMC) surgiu na em 1960, na época denominada como Escola Primária Rural. Começou como um projeto para as comunidades do interior, para facilitar a integração dos alunos com outras comunidades realizando atividades dinâmicas, como gincanas, visitas a museus ou a outras escolas, piqueniques e eventos para a família. Geralmente compostas por apenas uma sala de aula, tendo que desenvolver um trabalho de sala multisseriada, com mistura de idades de diferentes conteúdos, o currículo dessas escolas é diferenciado justamente para valorizar o estilo de vida e a cultura de suas comunidades. As EMCs surgiram para facilitar o acesso à educação para filhos de agricultores que moram em áreas isoladas, com grande importância na valorização das atividades rurais. A estudante Karine Dal Castel, de 16 anos, estudou da primeira a quarta série na Escola Municipal do Campo Linha Kaiser, extinta pelo decreto municipal n° 5875/ 2014. A jovem considera de extrema importância a existência das escolas rurais para a formação do aluno como cidadão: “As escolas do campo são importantes para a comunidade pelo fato de manter uma convivência maior das pessoas e uma grande união pelo fato de todos estarem preocupados na educação das crianças”. Ressalta, ainda, que ao estudar em uma escola do campo o estudante tem a oportunidade de conviver com seus amigos de infância e, através disso, obtém mais vantagens no ensino pelo fato de serem poucos alunos e o ensino ser bom. Karine complementa: “Nessas escolas há um aprendizado parecido com a forma que nossos pais nos ensinam, esse aprendizado torna-se melhor e ali você aprende não apenas conteúdos, mas também outras ideias para o futuro. São fatores essenciais para o desenvolvimento”. A jo-

O espaço que antes era destinado à educação, hoje se tornou um depósito. Foto: Jéssica Edel vem estudou nos anos de 2010 a 2014 na comunidade de Linha Kaiser, onde fez da primeira à quarta série.

DECRETO Conforme o artigo 2° da lei municipal n° 530 estabelecida em 1° de março de 1961, para a localização de escolas primárias rurais é necessária a existência, em um raio de três quilômetros, de pelo menos trinta crianças em idade escolar. Já para a não extinção da escola, devem estar regularmente matriculadas no mínimo 20 crianças, em idade obrigatória , mínima de seis anos. Conforme o artigo 3° da mesma lei, não poderão ser mantidas escolas primárias rurais com matrícula inferior a 25 alunos. Serão extintas as escolas que acusarem média inferior a 18 alunos, durante três meses consecutivos. O decreto-lei municipal n° 3.699/2005 determinou a alteração na denominação das escolas do campo. elas deixam de ser Escola Municipal do Campo para Escola Isolada do Campo.

NÚMEROS No total são quatro EMCs que continuam em atividade em Concórdia levando conhecimento para alunos de regiões afastadas localizadas em comunidades próximas às grandes vilas, onde ainda há considerável procura de alunos pelo ensino local. Assim, permitem a permanência das atividades escolares. Vejamos a seguir:

ESCOLAS EMC Tiradentes

LOCALIDADES Comunidade de Linha Tiradentes

EMC Angêlo Vitório Estédille

Comunidade de Lageado dos Pintos

EMC Antonieta de Barro

Linha Canhada Fund

EMC Elvira Elizabeth Becher Schel

Comunidade de Lageado Paulino

A falta de alunos é o fator que contribui para o fechamento dessas escolas. De acordo com dados divulgados em novembro de 2017, pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação no Campo (Gepec), foram mais de 30 mil escolas rurais fechadas em todo o país no período de 15 anos. Há uma grande preocupação em relação ao risco que muitos alunos se expõem para conseguir ter acesso à escola. Em muitos casos as famílias têm deixado o campo para viver na cidade, onde o ensino é mais acessível, mas em diversos casos é necessária a locomoção para locais afastados o que gera desgaste físico e psicológico. Hoje aos 40 anos, a agricultora Marilei Mateus relata os desafios enfrentados na infância para o acesso à educação. “Lembro de quando eu tinha sete anos, morava há cinco quilômetros de distância da escola de Lageado Medeiros, o caminho mais acessível era passar dentro de um potreiro. Numa noite de inverno, quando eu estava voltando um touro começou a correr atrás de mim, tive que subir em uma árvore e esperar horas até que meus pais viessem me procurar.” Marilei não terminou seus estudos devido às dificuldades enfrentadas na época. A escola foi extinta no ano de 1999.


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EDUCAÇÃO

Quatro anos após a reforma do parquinho, a escola fechou. Foto: Jéssica Edel

A tabela abaixo, apresenta cinco das 80 escolas tradicionais que fecharam suas portas por não corresponderem aos requisitos exigidos pela legislação municipal de Concórdia: ESCOLA EIC Linha Kaiser EIC Lageado Guilherme EIC Lageado Medeiros EIC Barra do Castilho EIC Linha Pinhal

LOCALIDADE Comunidade de Linha Kaiser Comunidade de Lageado Guilherme Comunidade de Lageado Medeiros Comunidade de Barra do Castilho Comunidade de Pinhal

São inúmeros os fatores que colaboram para com o fechamento das escolas do campo, como a diminuição do número de filhos, o abandono por parte das famílias da agricultura e do sistema que exige um determinado número de alunos matriculados para manter a escola em funciona-

mento. Em Concórdia também há a falta de investimento por parte do município que não aplica principalmente no transporte de professores até o local onde irão trabalhar, isso ocorre em virtude da pouca valorização do interior. “O fechamento das escolas se deu, primeiramente, por haver número reduzido de estudantes nessas áreas, necessitado de toda uma estrutura escolar e demandando grande número de professores para lecionarem no campo, tendo residência na área urbana. Nesse caso, no município de Concórdia, não há transporte para esses profissionais e nem ajuda de custos para o deslocamento” afirma a professora Cleusa Todescatto. Vanusa Donatti dedicou 13 dos seus 19 anos de carreira como professora em escolas do campo. A professora avalia a importância dessas escolas para o desenvolvimento do estudante: “Avalio que as escolas do campo sejam de grande importância para o crescimento, desenvolvimento e interação das famílias que lá residem. Pois a escola é o pilar da comunidade”.

DIAS CONTADOS Com o abandono da vida no campo os dias das EMCs estão contados. A tendência é que a taxa de natalidade venha a diminuir ainda mais, assim fazendo com que àqueles que vivem em áreas rurais e necessitam de ensino se mudem ou façam longos trajetos até a cidade onde os currículos não costumam ser interessantes, pois fogem à realidade de suas vidas e não e nem sempre é viável incutir a cultura da cidade aos mesmos. Pelo contrário, devem ser adaptados à realidade local, valorizando aquilo que faz parte do dia a dia dos alunos e de suas respectivas famílias. O baixo número de alunos não pode ser justificativa para o fechamento, tendo em vista que as comunidades podem investir em alternativas pedagógicas próprias. Qualquer pessoa têm direito à educação, não importa se for um pequeno grupo de pessoas.


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CULTURA

MONDAÍ: A HISTÓRIA CONTADA Museu Pastor Karl Ramminger é um dos mais completos da região, garantido assim a preservação da história do município.

Por Ivomar Rauber

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município de Mondaí situado no Extremo Oeste de Santa Catarina que fica a 97 km de Chapecó, possui o Museu Municipal Pastor Karl Ramminger, fundado no ano de 1984. O mesmo está localizado próximo ao Porto da Balsa na Rua do Porto número 135 e tem como função social, cultural e pedagógica. O museu possui em seu acervo 836 peças entre maquinários e peças que vieram da Europa e China com os imigrantes. O acervo guarda histórias da Coluna Prestes que passou por Mondaí e também da Segunda Guerra Mundial onde os alemães foram perseguidos no município. A história de Mondaí é amplamente contada em livros como “Porto Feliz, Uma História” de Arno Koelln, “Desbravando caminhos” da professora Maria Gertrudes Jansen com depoimento das três primeiras famílias pioneiras que chegaram no município sendo elas, Briegmann, Porsch e Ramminger e “Mondaí, a história que ainda não foi contada” por Edgar Eckert. Você também vai

encontrar filmes das balsas e balseiros do Rio Uruguai, bem como possui ainda quatro mil fotografias da época em que surgiu o Mondaí com os principais fatos e acontecimentos históricos do município. O acervo encontrado no Museu Municipal Pastor Karl Ramminger é um dos mais completos da região, garantido assim a preservação da história do município. Desde outubro o museu voltou a receber visitantes, pois estava fechado para o público, devido a pandemia do Covid-19. Podem visitar o museu pesquisadores, alunos, professores e comunidade em geral, com horário de atendimento das 08:00horas até

O ACERVO GUARDA HISTÓRIAS DA COLUNA PRESTES QUE PASSOU POR MONDAÍ E TAMBÉM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ONDE OS ALEMÃES FORAM PERSEGUIDOS NO MUNICÍPIO.

às 17:30min nas segundas, quartas e sextas, as visitas devem ser agendadas com antecedência pelo número de telefone (49) 36741144, lembrando que os visitantes devem estar usando máscaras. Sem sombra de dúvida, você que tiver a oportunidade de conhecer este bem cultural o Museu Pastor Karl Ramminger vai encontrar um acervo histórico riquíssimo, onde você vai viajar no tempo e resgatar a história do que foi essa imigração e colonização do município de Mondaí e região, bem como testemunha o trabalho e as dificuldades desses colonizadores. Encontrando assim a oportunidade de vivenciar um pouco de cultura através da sua diversidade, das suas raízes e tradições de um povo, além de proporcionar um momento de lazer ao visitante, leva ao mesmo tempo conhecimento, cultura e educação no resgate de histórias. Então não esqueça quando tiver uma oportunidade visite o Museu Pastor Karl Ramminger pois você vai se encantar e fica a dica, a parte da área da arqueologia é a mais atrativa.

DE COLÔNIA DO PITO A TRÊS PALMEIRAS

A história de emancipação de um pequeno município gaúcho, contado em filme. Por João Gabriel Frandoloso

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m comemoração aos 30 anos de emancipação do Município de Três Palmeiras, este, situado na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, distante 400 km da capital Porto Alegre, é lançada mais uma parte do filme documentário “De Colônia do Pito à Três Palmeiras”. O longa-metragem produzido pela jornalista Adriana Friedrich faz um resgate da história do município e da luta pela emancipação. Participam da produção cerca de 30 famílias e os integrantes do documentário, são homenageados pelo Governo Municipal em reconhecimento da contribuição com a história do município. Os documentários objetivam resgatar a história do município de Três Palmeiras através do relato das primeiras famílias que chegaram para colonizar o local. Com isso, a valorização do cidadão três-palmeirense e o resgate da memória histórica, com depoimentos e uso de fotografias antigas, objetivam gerar conhecimento por parte das crianças, jovens e adultos, além de garantir o arquivamento e preservação da história.

O projeto teve seu início em abril de 2018 e já abordou o resgate da história do município como um todo e, especificamente, das comunidades de Vila Progresso, Linha Nova e Linha Pipiri. A Linha Pinheiro foi a última localidade agraciada com a narração histórica. Através do projeto de resgate histórico e cultural “De Colônia do Pito à Três Palmeiras”, o município garantiu vaga entre os três premiados na categoria “Comunicação Social”, do 3º Prêmio Boas Práticas da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS).

AS IMAGENS SÃO EMOTIVAS, DOCUMENTOS ANTIGOS, PEQUENAS FILMAGENS EM PRETO E BRANCO, DEIXAM CLARO, O CENÁRIO VIVIDO NA ÉPOCA DA EMANCIPAÇÃO E, ANTES DESSE PERÍODO COM A CHEGADA DOS PRIMEIROS MORADORES.

O filme documentário “De Colônia do Pito à Três Palmeiras, é uma boa pedida para quem deseja conhecer a história e entender como foi o processo de conquista da emancipação do município. Um material riquíssimo para estudo nas escolas municipais e estaduais que fazem parte daquela comunidade. O produto final ficou muito bem detalhado e esse resgate das fontes que viveram a época, ou de seus respectivos familiares, deixaram a humanização em evidência, até mesmo pela proximidade dos produtores do filme com a localidade. As imagens são emotivas, documentos antigos, pequenas filmagens em preto e branco, deixam claro, o cenário vivido na época da emancipação e, antes desse período, com a chegada dos primeiros moradores. Essa ação da equipe de jornalismo em parceria com a prefeitura municipal, proporciona um incentivo para outros municípios resgatarem suas histórias em forma de conteúdo audiovisual, bem como, a valorização da cultura, por meio de uma sala de cinema, a qual, também é uma inovação, por se tratar de municípios que contabilizam menos de 5 mil habitantes.


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SAÚDE

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

Chapecó, 24 de outubro de 2020 . ANO 19. N. 58

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

CÂNCER: DOENÇA DO SÉCULO XXI Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO XX . N. 123

Por Poliana Peri

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os últimos anos, o câncer, uma doença que surge a partir de uma mutação genética está cada vez mais presente na sociedade. Mais de 27 milhões de pessoas poderão ser afetadas até 2030, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O câncer é um conjunto de doenças denominado por possuir células diversas descontroladas que invadem os tecidos e órgãos. A doença tem a possibilidade de surgir em qualquer órgão e parte do corpo. Classifica-se o câncer de acordo com o local primário do tumor. Os principais tipos de câncer são: de mama, intestino, boca, estomago, próstata, colo de útero, pele e leucemia. Dados divulgados pelos Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, mostra que em 2018, o câncer de mama apresentou 59.700 casos novos em mulheres. Desde os anos oitenta o combate a esse tipo de câncer foi impulsionado pelo Programa Viva Mulher. O câncer de próstata classifica-se em primeiro lugar como origem primaria e apresentou 68.220 casos novos. Pessoas mais velhas são mais propícias de portarem a enfermidade devido às células modificarem naturalmente com o envelhecimento e por estarem mais inseridas nos fatores que ocasionam o câncer. O surgimento do câncer pode ser ocasionado por causas externas, por exemplo, o estilo de vida e hábitos das pessoas no meio ambiente (água, terra, ar), ambiente de trabalho e o consumo de alimentos e medicamentos. A causa da doença pode ser interna, como problemas em hormônios e condições imunológicas. São denominados cancerígenos ou carcinógenos os riscos ambientais que são fatores que provocam alteração no DNA.

PREVENÇÃO A prevenção da doença está relacionada com ações e dicas que são orientadas por especialistas, tal como, evitar comer carne processada, que apresenta conservantes Existem diversos métodos para realizar o tratamento do câncer. Pode ser feito através de radioterapia que consiste a utilização de radiação ionizantes que destrói ou impede que aumente as células do tumor. A quimioterapia é um tratamento através de do uso de medicamentos. O transplante de medula óssea baseia-se na substituição de uma medula saudável. Em processo inicial é indicado fazer cirurgia oncológica, no qual é retirado o tumor. De acordo com a legislação o paciente que possui câncer tem direito, como auxilio doença e saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Orientações são disponibilizadas no Decreto nº 6932 de 11 de

Rede Feminina de Seara-SC | Foto: Poliana Peri agosto de 2009 que estabelece a Carta de Serviços ao Usuário. Além de informações sobre direitos trabalhistas, se torna essencial orientar família sobre como conviver e saber proceder neste processo de recuperação. No Brasil, o órgão auxiliar do Ministério da Saúde que auxilia em ações para prevenção e controle do câncer no pais é o INCA. São fornecidas médico-hospitalares, prestada direta e gratuitamente aos pacientes com câncer como parte dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, e a atuação em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica. O trabalho voluntariado no órgão conta com apoio desde os anos cinquenta com apoio de doenças, campanhas e ações destinadas para ajudar portadores da doença em diversos locais do país. Isso proporciona um aprendizado mútuo, calcado em valores como altruísmo e solidariedade. De acordo com o Decreto 8.901 de 10 de novembro de 2016, decreto 9.320, de 27 de março de 2018 e Portaria nº 1.419/GM/ MS, de 08/06/2017 (art.137) as competências estão relacionadas a planejar projetos, atividades e organizar pesquisas clinicas sobre a doença. Engloba neste decreto programas que aborda o controle ao tabagismo que capacita profissionais das secretarias de Saúde estaduais e municipais para orientar a população sobre todos os malefícios provocados pelo tabagismo em escolas, empresas, hospitais e comunidades. Um programa que se destaca é o combate ao câncer de mama que planeja ações para realização de mamografias qualificadas e processo adequado para detectar o câncer de forma precoce. Identificar o câncer é importante, desta forma surgiram programas organiza-

dos para reduzir a incidência e a mortalidade da doença em diversos órgãos do corpo humano. Em todo o país existem campanhas diversas relacionadas ao combate à doença. No mês de dezembro se destaca o combate ao câncer de pele o câncer de pele, o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O Dia Mundial do Câncer é celebrado no dia 4 de fevereiro. Um dia destinado a lembrar de campanhas de utilidade pública a qual visa tentar evitar milhões de mortes a cada ano por meio do aumento da consciência e conhecimento sobre doença, além de pressionar os governos e indivíduos em todo o mundo para que se importem e agem pelo controle do câncer.

ACESSO À INFORMAÇÕES Atualmente, com a ajuda da tecnologia as informações estão cada vez mais presentes e acessíveis para a comunidade. Um exemplo de fonte que apresenta conteúdo relevante sobre a doença é a Rede Câncer uma publicação trimestral do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. O objetivo é promover debate sobre assuntos relacionados à saúde, prevenção, artigos e reportagens expostas por profissionais e especialistas de várias instituições que abordam diversos enfoques. A Revista Brasileira de Cancerologia é outro elemento que possui a finalidade de expor manuscritos que abordam conteúdo sobre o conteúdo do câncer. A publicação é feita em vários idiomas com intuito de disseminar informações e conscientizações de forma mundial. Sites, jornais hoje em dia são fontes que abordam dicas e orientações que auxiliam a população sobre essa doença que esta abrangendo o século.


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