Revista Acao Comercial Edicao 19

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Campo Grande / Ano IV / Maio de 2011 / nº 19

REVISTA AÇÃO COMERCIAL

ACICG tem nova diretoria.

Omar Aukar recebe o comando de Luiz Fernando Buainain. e-Commerce MS espera arrecadar R$ 40 mi/ano com ICMS de compras pela web

Arrecadação Em 2011 governo federal já arrecadou mais de R$ 500 bilhões

Ponto eletrônico Adiamento das novas regras não atende empresários do comércio

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EDITORIAL

>Missão cumprida

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Quando assumimos a gestão da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, em maio de 2005, ombreados com outros grandes companheiros que tinham o mesmo desejo de transformar a ACICG numa entidade referência, com representatividade e porte para garantir e fortalecer o setor produtivo na Capital de Mato Grosso do Sul, tínhamos plena consciência da responsabilidade que essa proposta trazia em seu bojo.

Prestes a completar 80 anos de vida, a ACICG carecia de oxigenação administrativa, ideias inovadoras que pudessem robustecer os futuros projetos, ampliação do alcance das bandeiras defendidas pelo empresariado local. Mas para que todas essas variáveis caminhassem para um resultado positivo era necessário a obtenção de considerável suporte financeiro.

Mas, como conseguir o suporte necessário com um número reduzido de empresas associadas e sem um mix de benefícios em condições de atrair novos associados?

Com um grande trabalho a realizar, pretendíamos, em três anos, transformar a ACICG numa entidade muito mais forte politicamente, verdadeira representante do setor produtivo junto aos órgãos públicos, com proposta de oferecer às empresas associadas um leque de benefícios capaz de atrair novos associados e aumentar a base de representação da entidade.

Os três primeiros anos foram de ajustes financeiroadministrativos, com foco na reforma física do prédio sede da ACICG no centro da Capital e formatação de planejamento estratégico adequado às transformações pleiteadas pelas empresas locais. Um novo tempo exigia tomada de decisão moderna e com ações de efeito perene, sem retrocessos.

Nada é tão gratificante quanto colher resultados de um trabalho voltado para o benefício do setor mais significativo da economia de Mato Grosso do Sul! Foram inúmeras as vitórias que robusteceram o comércio varejista local como há muito tempo não acontecia. Com o crescimento do número de empresas associadas, aumentaram também os benefícios aos empresários e seus colaboradores, a representatividade cresceu e encorpou na mesma proporção da participação do setor comercial no incremento do Tesouro Estadual.

Os três anos seguintes, na segunda gestão da atual diretoria, foram colhidos os frutos da primeira semeadura e reforçados os preceitos básicos do planejamento estratégico, com a consolidação de parcerias fundamentais para o desenvolvimento da entidade e fortalecimento do setor produtivo.

Hoje, seis anos após o início dessa desafiadora empreitada, com certeza podemos garantir que temos plena consciência do dever cumprido. Metas foram superadas, a representatividade da Associação Comercial cresceu substancialmente e as empresas associadas têm um leque de opções e benefícios que compensam a confiança depositada na entidade.

Lançamos a semente, cabe agora às futuras gerações colher os frutos desse trabalho voltado para o bem dos empresários e de toda a sociedade constituída.

Luiz Fernando Buainain Presidente da ACICG

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EXPEDIENTE

Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande Gestão 2008/2011 Presidente: Luiz Fernando Buainain 1º Vice-Presidente: João Carlos Polidoro da Silva 2º Vice-Presidente: Roberto Bigolin 3º Vice-Presidente: Luiz Carlos da S. Feitosa 1º Secretário: Roberto T. Oshiro Júnior 2º Secretária: Cláudia Pinedo Zottos Volpini 3º Secretária: Rosane Mara Maia Costa 1º Tesoureiro: Omar P. Andrade Aukar 2º Tesoureiro: Wilson Berton 3º Tesoureiro: Milton Silvino Souza de Oliveira Diretores: Fernando Pontalti Amorim Sidney Maria Volpe Simplícia Ap. Alves de Arruda Maria Vilma Riberio Rotta Nilson Carvalho Vieira Luiz Afonso Ribeiro Assumpção Domingos Sérgio Barreto Silva José Pereira de Santana Pedro Chaves do Santos Filho Roberto Rech José Marques Amadeu Ziliotto Renato Paniago da Silva Conselho Deliberativo: Ueze Elias Zahran Antônio João Hugo Rodrigues Jaime Valler Paulo Antunes de Siqueira Luiz Humberto Pereira Carlos Roberto Bellin Sérgio Dias Campos Valzumiro Ceolim João Garcia Paulo Ribeiro Júnior Josimar Ferreira dos Santos Douglas Verati Campos Cristiano Gionco Egídio Vilani Comin Hélio Ceni Feres Soubhia Filho Anagildes Caetano de Oliveira Arildo Bras Flores Sinval Matins de Araujo Thomas Malby Croften Horton Conselho Fiscal: Augusto Raimundo Aléssio Ilmara de Cássia de Paula Vieira Osvaldo Aparecido Piccinin Gilberto Pereira Gonçalves Luiz Dodero Junior Idamir José Munarini Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans 1º Secretário do Conselho Fiscal: Rodrigo Possari 2ª Secretária do Conselho Fiscal: Gisele Serra Barbosa 4

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Publicação da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) www.acicg.com.br Rua XV de Novembro, 390 Centro - CEP 79002-140 Campo Grande / MS (67) 3312-5000

Editor: Hélio de Souza assessoriadeimprensa@acicg.com.br Conselho Editorial: João Carlos Polidoro Roberto T. Oshiro Júnior Colaboradores: Valdineir Ciro de Souza Projeto Gráfico: Qualitas Brasil Coordenadora de Marketing: Tais Lenzi de Luca Superintendente: Fernanda Barbeta dos Rios Pinto Sugestões: 67 3312-5003 comercial@acicg.com.br

ÍNDICE

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>>Destaques

06 > e-Commerce MS adere a protocolo e protege empresas locais

Eleição e Posse Cadastro Positivo Entidade Curtas Empresas Pontocom Carga Tributária Associados

Eleição e Posse Omar Aukar assume, ACICG tem nova diretoria

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Editorial

> Capa

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> PACE Proposta inovadora quer agilizar relações de consumo

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Inadimplência Procon Empresarial Jovens Empresários Mercado Conciliação Ponto Eletrônico Inflação

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ELEIÇÃO E POSSE

Lu L uiz iz F Fernando ern er nando d eO Omar: mar: sequê sequência q ên ênci cia ia de de u um m trabalho que transformou a ACICG. G

Luiz L uiz iz F Fernando ern nando d B Buainain uainai i in confi confirmou firm fi rmou ou aapo poio poi po io a Omar Aukar, presidente eeleiito.

ar A , o novo prresidente e Bua o cu c empresário Omar Pedro de Andrade Aukar, eleito dia 15 de abril presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), tomou posse no cargo no dia 12 de maio encabeçando chapa única de consenso para dirigir a entidade no triênio 2011-2014. Luiz Fernando Buainain, presidente da ACICG nas duas últimas gestões, ocupará a primeira vice-presidência na nova diretoria.

Empresário atuando no setor comercial há muitos anos, Omar Aukar terá 6

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a incumbência de manter e ampliar a representatividade institucional da ACICG, reforçando os laços com o empresariado local nos próximos três anos.

INTERESSE COLETIVO Na passagem da presidência ao sucessor, Luiz Fernando Buainain não fez um balanço completo dos seis anos em que esteve dirigindo a entidade, falando rapidamente aos diretores presentes e deixando um relatório completo para a solenidade festiva de posse a ser realizada no

próximo dia 17 de junho, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.

No entanto, Buainain fez questão de ressaltar fatores positivos que conduziram a entidade a ocupar o lugar de destaque em que está atualmente. “A Associação Comercial não tem um único dono, os donos somos todos nós, empresários de Campo Grande”, destacou Buainain, afirmando também que a representatividade que a ACICG tem hoje foi alcançada graças ao caráter coletivo e associativista que a entidade possui. “Os

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Omar O mar vvota. ota t IIntegrantes ntegra teg ant ntes tess d doo CJ CJE E participaram da comissão m eleitoral. e

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Luiz L uiiz F Fernando ernando d B Buainain uai aina in naiin in rrecebeu reec ecebeu ebeu eb beu u diretores da ACICG na C Casa doo Park a k.

De D Des es essembargador embargad b dor A Amaury, maury L Luiz uiiz F Fern erna er nando nd ndo do, Serg rggio Longen (Fiems), Aukar e Poolidoro oo no jantar de desp pedida da.

interesses coletivos foram colocados acima dos interesses pessoais. Deixo ao novo presidente uma entidade equilibrada econômica e financeiramente, além de uma estrada bem pavimentada para que a caminhada rumo ao futuro seja mais tranquila”, completou Luiz Fernando Buainain. “É incontestável a força representativa que a Associação Comercial tem atualmente graças a um trabalho sério que esse grupo de gestão realizou nos últimos seis anos. Buscamos intensamente o aumento da repre-

sentatividade da entidade nas duas gestões, atingindo um patamar nunca antes alcançado pela entidade”, comentou Omar Aukar. Para ele, essa representatividade pode aumentar ainda mais, fortalecendo o setor comercial “se houver um comprometimento de todos os empresários, deixando as vaidades de lado”.

DESPEDIDA Na noite de quinta-feira (12/05) Luiz Fernando Buainain ofereceu um jantar aos membros da Diretoria da

ACICG na Casa do Parque, um dos excelentes espaços para eventos em Campo Grande, ocasião em que agradeceu o apoio recebido nos seis anos de gestão da ACICG. “Não podíamos deixar a presidência da entidade sem agradecer o apoio que recebemos dos nossos pares de diretoria. Foram seis anos de lutas constantes visando fortalecer o setor comercial da Capital e garantir a representatividade das empresas junto ao setor público. A missão está cumprida”, concluiu Buanain.

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REPRESENTATIVIDADE “Nos seis anos que permanecemos à frente da gestão da entidade vimos um acentuado crescimento em relação a história da Associação Comercial. No entanto, temos opinião que a alternância de poder é fundamental para que a entidade siga célere em seu processo de fortalecimento de representatividade junto ao setor público e a sociedade em geral” Luiz Fernando Buainain

CRESCIMENTO “É incontestável a força representativa que a Associação Comercial tem atualmente graças a um trabalho sério que esse grupo de gestão realizou nos últimos seis anos. Nossa proposta é continuar crescendo e ocupando novos espaços, fazendo com que a ACICG seja cada dia mais a voz do empresariado de Campo Grande”.

Omar Aukar

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CADASTRO POSITIVO

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Senado aprova Cadastro Positivo Plenário do Senado aprovou, dia 18 de maio, a Medida Provisória (MP) 518/10, transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 12/11, que cria um Cadastro Positivo com informações e dados de pessoas físicas e jurídicas que estão em dia com seus compromissos financeiros. A inclusão dos nomes, porém, depende de autorização expressa do interessado.

O objetivo é subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro. O projeto, aprovado com o mesmo texto vindo da Câmara, agora segue para sanção presidencial.

Para o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), relator-revisor da matéria no Senado, a aprovação do Cadastro Positivo abre um “caminho para a redução do spread bancário”.

Em dezembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou projeto de lei do Senado (PLS 263/04), de autoria do ex-senador Rodolfo Tourinho (DEM-BA), que também propunha a criação do cadastro positivo.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assina a mensagem ao Congresso fundamentando a MP, o conjunto de medidas deverá reduzir o problema da assimetria de informações e proporcionar novos meios para redução das taxas de juros e a ampliação das relações comerciais, com a adequada proteção da privacidade das pessoas.

O relator da matéria na Câmara, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), disse que o cadastro deverá, no prazo de dois anos, diminuir o custo financeiro para o tomador de empréstimos. Informou ainda que uma legislação semelhante adotada no México reduziu

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em até 30% o custo do crédito.

Funcionamento Os bancos de dados poderão conter informações de adimplemento do cadastrado para a formação do histórico de crédito. As informações armazenadas deverão ser objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, necessárias para avaliar a situação econômica do cadastrado, conforme o texto final aprovado pelos deputados.

A abertura do cadastro positivo de uma pessoa dependerá de sua autorização prévia por meio de um documento específico ou de uma cláusula à parte em um contrato de financiamento ou compra a prazo, por exemplo. O relator da matéria na Câmara incluiu no texto que tal autorização tenha validade para todos os bancos de dados. O compartilhamento de informações entre os bancos de dados só será permitido, entretanto, se autorizado expressamente pelo cadastrado em documento específico ou cláusula à parte de um contrato de compra.

Entre os direitos do cadastrado no banco de dados destaca-se o de poder cancelar seu cadastro quando isso for solicitado. O cadastrado pode, ainda, acessar gratuitamente as informações registradas sobre ele e pedir a impugnação de dados anotados incorretamente. Pode também conhecer os principais critérios da análise de risco, resguardado o segredo empresarial.

O acesso gratuito poderá ser limitado pelo gestor do banco de dados a até uma vez a cada quatro meses, e a correção de dado impugnado deverá ocorrer em até sete dias.

Os gestores dos bancos de dados serão obrigados a fornecer ao cadastrado, quando este solicitar, todas

as informações constantes de seus arquivos até o momento do pedido.

Os gestores também terão prazo de sete dias para informar o cadastrado sobre endereço e telefone das fontes de informação (lojas, bancos, etc).

O mesmo prazo deverá ser cumprido para informar ao cadastrado quais os bancos de dados que compartilharam seus arquivos e quem consultou as informações. Os bancos de dados não poderão limitar nem impedir o acesso do cadastrado às informações registradas sobre ele.

As chamadas fontes de informação fornecidas aos bancos de dados poderão ser pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pelo cadastrado. Elas são obrigadas a manter registros adequados para demonstrar que a pessoa autorizou o envio dos dados, assim como para comprovar a exatidão da informação. Essas fontes deverão ainda confirmar ou corrigir, em até dois dias úteis, as informações que tiverem sido impugnadas, sempre que esse procedimento for solicitado pelo gestor do banco de dados ou diretamente pelos cadastrados.

Nos casos em que a pessoa for caracterizada como consumidora, com base no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), os Procons deverão aplicar as sanções previstas na legislação, sem prejuízo de medidas corretivas para obrigar os bancos de dados a adotarem as medidas previstas na proposição. O prazo de permanência das informações nos bancos de dados é de 15 anos. A MP proíbe a anotação de informação considerada excessiva, que não tem qualquer relação com a análise de risco de crédito ao consumidor. Também não pode haver no cadastro informações pertinentes à origem étnica, sexual, à saúde ou às convicções políticas e religiosas do cadastrado.

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ENTIDADE

Aos 85 anos, ACICG permanece atual e a cada dia mais representativa ano era 1937 e a administração da Prefeitura de Campo Grande passava para o advogado e ex-juiz baiano Eduardo Olímpio Machado. Ao assumir o cargo, encontrou dois problemas crônicos: as pesadas dívidas das administrações passadas e o saneamento da cidade que, com seus 23 mil habitantes na zona urbana, ainda era servida pela rede de abastecimento de água construída em 1921, na administração de Arlindo de Andrade Gomes quando a cidade tinha pouco mais de 3.500 habitantes.

Preocupado com a questão do saneamento básico, que envolvia uma urgente ampliação da rede de abastecimento de água, uma completa rede de esgotos com sistema de tratamento, além dos problemas de drenagem urbana, o Prefeito tratou de resolver o problema e assim conseguiu aprovar na Câmara de Vereadores, através da Lei n.

15, de 10 de julho daquele ano, uma autorização para contratar um empréstimo interno no valor de 10 mil contos de réis (equivalentes a cinco milhões de reais a preços de agosto de 2001), para aplicar exclusivamente em obras de pavimentação da cidade, abastecimento de água, rede de esgoto e outras obras complementares, tudo de acordo com um Plano Urbanístico a ser elaborado por especialistas, além de uma Planta Cadastral da Cidade e diversos projetos

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de rodovias e de prédios escolares.

Esses últimos itens surgiram em função da ausência total de uma Planta de Valores para cobranças do Imposto Predial e Territorial além do também grave problema de ligação da cidade com seus distritos e a existência de uma pequena rede

“Somente uma entidade que completa 85 anos defendendo o trabalho e a geração de emprego e renda tem autoridade para representar os anseios dos empresários e garantir, em contrapartida, a confiança necessária ao fortalecimento de todo o setor comercial”, Luiz Fernando Buainain. escolar municipal. Este relato feito pela revista eletrônica Vitruvius, portal especializado em arquitetura, urbanismo, arte e cultura, comprova a visão futurista e empreendedora do advogado Eduardo Olímpio Machado, que 11 anos antes, em 14 de março de 1926, fundou a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), uma das mais antigas entidades de classe de Mato Grosso do Sul. Olímpio Machado foi o fundador e primeiro presidente da ACICG, além de ser prefeito de Campo Grande duas vezes.

SONHO PROFÉTICO Se abandonou os caminhos da sua verdadeira profissão para fundar uma entidade voltada para congregar empreendedores natos é porque Olímpio Machado, um visionário, já se antecipava ao futuro e sentia a pujança de um setor que viria a ser o sustento da economia de Mato Grosso do Sul. A soma dos acontecimentos viria, futuramente, garantir a viabilidade desse sonho profético.

“Somente uma entidade que completa 85 anos defendendo o trabalho e a geração de emprego e renda tem autoridade para representar os anseios dos empresários e garantir, em contrapartida, a confiança necessária ao fortalecimento de todo o setor comercial”, afirma Luiz Fernando Buainain, presidente da ACICG nos últimos seis anos. “Nossa missão principal é levar essa determinação adiante, preparando a entidade para os próximos 85 anos”, completa Luiz Fernando Buainain.

De 1926 para cá são 85 anos de trabalho árduo, mas com resultados magníficos. O crescimento mais acentuado foi observado a partir das décadas de 60/70, com as construções da sede atual, na rua XV de Novembro, e da Colônia de Férias.

A implantação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) também figura como uma das ações de destaque na história (1964) da ACICG.

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Advogado empreendedor

Álbum de família

“Eduardo Olímpio Machado não foi apenas o juiz das decisões justas, calcadas em sólido saber jurídico e numa extraordinária perspicácia humana, cheio de probidade e irrepreensível em sua vida privada. Era o dinamizador de iniciativas que importassem no progresso da cidade e na melhoria do nível social e cultural. Era, ainda, o homem de espírito aberto, sempre com um dito chistoso, uma blague ou trocadilho inteligente, que não descambava, nunca, para a pornografia ou a vulgaridade.

Sem fugir da austeridade de seu cargo, sem permitir intimidades que o diminuíssem, resguardando, sempre, sua posição de magistrado, do apaixonado facciosismo da época, ninguém mais do que ele sabia dar vida e brilho às reuniões sociais, a uma comemoração cívica e mesmo a qualquer daquelas festas de igreja, da qual se aproveitava a sociedade da época para encontrar-se” Texto do professor Antônio Lopes Lins, publicado na Revista da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, setembro 2003.

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CURTAS

Leitura Rápida • Redes sociais, coqueluche nacional Uma pesquisa feita pela e-Life no final do ano passado com quase mil usuários de redes sociais em todo o país confirma a tese de que elas se tornaram uma coqueluche nacional. Segundo o levantamento, 42% dos brasileiros passam mais de 40 horas semanais nas redes sociais.

• Internacionalização do varejo brasileiro Próxima de explorar o mercado no Brasil, a rede varejista americana de supermercados HEB, dona de 300 lojas nos Estados Unidos, deve enfocar em breve no público latino, ao ver com boas expectativas as vendas para os brasileiros. A empresa segue varejistas estrangeiras instaladas no Brasil, como as francesas Carrefour, Leroy Merlin e Casino (esta última, dona de boa parte do Grupo Pão de Açúcar), que despontam como líderes nos segmentos em que atuam, e cujo forte desempenho começa a atrair novas empresas de fora para o comércio no País.

• Bosque dos Ipês A inauguração do shopping Bosque dos Ipês (Grupo Jereissati) em Campo Grande está prevista para novembro de 2012. O valor total da obra está orçado em R$ 200 milhões.

A área total do shopping será de 114,5 mil metros quadrados, sendo 58 mil metros de área construída. Os estacionamento terá 2 mil vagas, serão 167 lojas instaladas, oito lojas âncoras, seis salas de cinema da rede UCI com tecnologia 3D, além de uma diversificada praça de alimentação. Depois de pronto, de acordo com o ex-senador Tasso Jereissati, o shopping irá gerar 3 mil empregos.

A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) publicou dia 29 de abril um comunicado em que os Microempreendedores Individuais (MEI) estão dispensados do cumprimento da obrigação tributária acessória relativa à apresentação da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), inclusive a relativa ao exercício de 2010. De acordo com o comunicado, a medida foi adotada com o objetivo de simplificar o cumprimento das obrigações tributárias acessórias pelo Microempreendedor Individual, visando induzir o desenvolvimento econômico e social dessa categoria. O ato foi assinado pelo governador André Puccinelli com presença do tributarista Roberto Oshiro, representando a ACICG. 12

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Rachid Waqued

• Microempreendedores dispensados da GIA

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Miguel Palácios

EMPRESAS PONTOCOM

Puccin Pucc inel e li con el onfi f rm fi ma na ACI CICG CG,, qu CG quee aten atten e deeu pedi pedi pe d doo da a ent ntid id dad a e naa que uest stão ão dass ven end nda das peelaa int das nter eerrne net.

MS espera p arrecadar R$ 40 mi/ano com ICMS de compras pela internet ato Grosso do Sul foi o 19º Estado a formalizar adesão ao bloco de estados brasileiros que a partir de 1º de maio passaram a cobrar a alíquota interna do ICMS nas compras pela internet realizadas fora do Estado. Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda (SEFAZ), a sistemática de cobrança em vigor até então, beneficiava apenas os estados onde estão situadas as chamadas empresas pontocom.

A estimativa é de que só nos últimos 12 meses o Estado de Mato Grosso do Sul tenha deixado de arrecadar em torno de R$ 40 milhões. O co-

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mércio pela internet em alguns segmentos, como os de ar-condicionado, informática e eletroeletrônico, já absorveu 25% do mercado do comércio tradicional.

Segundo o governador André Puccinelli, a solicitação para aderência no pacto foi encaminhada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande. “A Associação solicitou que aderíssemos e nós acatamos este pedido”, afirmou André durante evento de lançamento do Procon Empresarial na ACICG. Oferecendo seu apoio à adesão de MS ao protocolo do Confaz, a ACICG tem como objetivo proteger o empresário local que tem uma carga tri-

butária muito maior que as empresas pontocom, não podendo competir em igualdade com essas empresas.

Para o secretário de Fazenda, Mário Sérgio Lorenzetto, o protocolo tem sustentação jurídica. “Esse protocolo, assinado por dois terços dos estados brasileiros, mostra que estamos buscando nosso espaço”, ressalta ele.

Segundo Lorenzetto, o objetivo “é forçar uma negociação para iniciar a discussão de uma legislação para a tributação do comércio eletrônico”.

GRANDE PREJUÍZO Em Mato Grosso do Sul o comércio virtual tem feito muitos lojistas amargarem prejuízos reais. Os se-

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tores de refrigeração e informática calculam que tenham perdido 25% das vendas para as compras on-line e os produtos adquiridos no Paraguai.

Na listagem divulgada pelo e-commerce, livros, CD´s e DVD´s ainda são os campeões de vendas - representam 39% de tudo o que é vendido pela internet. Esta diferença de preço se explica pela carga tributária menor.

As empresas on-line, além de não pagarem a alíquota interna do ICMS, estão livres de encargos trabalhistas no Estado, já que não têm funcionários aqui, despesas com aluguel, custos de manutenção (gastos com as tarifas de água, energia), IPTU, sem contar que nas vendas via web é possível negociar preços menores dos fornecedores diante da escala maior de venda, afinal, o mercado consumidor é o País inteiro ou até fora das fronteiras.

No acordo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), assinado por 19 Estados, se o produto

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tem como origem o Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo: 12% ficam no estado de origem da mercadoria (onde está a empresa que fez a venda) e 5% ficam para o estado consumidor (o destino para onde vai a mercadoria comprada).

Se o produto comprado tem como origem as regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito Santo: 7% ficam no estado de origem da mercadoria e 10% ficam para o estado consumidor.

Segundo o secretário Lorenzetto, a grande resistência com relação à partilha vem de São Paulo e do Rio de Janeiro, de onde sai o grande volume das vendas pela internet e se concentram os centros de distribuição das lojas. “É um erro estratégico destes Estados estimular essa concorrência predatória”, afirma o secretário. “A mudança de logística das empresas passou a incluir estoques menores e concentrados em poucos pontos, e essa eficácia está sendo usada como oportunidade para passar burla em outros Estados”.

e-commerce em alta Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da e-bit, empresa especializada em informações sobre hábitos e tendências de e-commerce, destaca que o faturamento das vendas online no Brasil em 2010 foi de R$ 14,8 bilhões, um crescimento nominal de 40% frente aos R$ 10,6 bilhões faturados em 2009.

O resultado, aliás, superou nossa previsão anterior, que considerava um movimento de R$ 14,5 bilhões. Ainda segundo Umberti, a expectativa é que o comércio eletrônico fature R$ 20 bilhões nesse ano, um crescimento nominal de 30% em relação a 2010. Devido à comodidade da compra online, facilidade de pesquisar produtos e percepção de preços mais baixos, a internet continuará a ganhar espaço.

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Divulgação

CARGA TRIBUTÁRIA

A ccaada da an noo o prra azo zo de aarrrre eca cad daaçã ão do d sp prrim imei eiiro ros os R$ R$ 500 00 billhõões es dim min in u uii.

ntes do dia 10 de maio, os brasileiros já haviam atingido a marca de R$ 500 bilhões pagos em impostos federais, estaduais e municipais ao longo deste ano, segundo cálculo do Impostômetro, instrumento administrado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSA).

Considerando os 190,7 milhões de brasileiros que vivem no país, segundo o Censo 2010, cada um pagou, em média, mais de R$ 2.600.

“A previsão é que até o fim do ano o valor seja de aproximadamente R$ 7.500”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike.

Em 2010, a marca de R$ 500 bilhões foi atingida quase no fim de maio. No

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ano anterior, foi alcançada no dia 24 de junho, e em 2008, em 25 de junho.

A cada ano o tempo recorde de arrecadação de imposto está diminuindo.

IMPOSTÔMETRO Inaugurado em 20 de abril de 2005, o Impostômetro foi desenvolvido pelo IBPT em parceria com a ACSP, onde está instalado (no centro de São Paulo).

Pela internet, qualquer cidadão pode acompanhar o total de impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal. Também é possível consultar por Estados, municípios e capitais. O sistema informa ainda o total de impostos pagos desde janeiro do ano 2000 e faz estimativas de quanto será pago até a data indicada pelo usuário.

Quando os R$ 500 bi foram pagos em anos anteriores Ano

Data

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4 de maio

2010

25 de maio

2009

24 de junho

2008

25 de junho

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A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande vem realizando um trabalho sério, conquistando cada vez mais respeito e espaço no setor empresarial da cidade. Esta soma de esforços é o resultado de um compromisso firmado com Campo Grande e o seu desenvolvimento.

E agora, mostra-se com a chegada de novos filiados.

AGRÍCOLA IBICATÚ COMÉRCIO DIVERSOS

CLICK TELECOMUNICAÇÕES SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES

FÊNIX BEL INSTITUTO DE BELEZA

ALUMIX INDÚSTRIA METALÚRGICA

CNA VIVENDAS DO BOSQUE ESCOLAS

FLOR DA PELE COMÉRCIO DE PRODUTOS

AMBIENTS MÓVEIS PLANEJADOS COMÉRCIO DE MÓVEIS

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL BARILOCHE II CONDOMÍNIOS

ARTESANIA DE RETALHO SERVIÇOS DIVERSOS

CVC VIAGENS AGÊNCIA DE VIAGENS

GERENCIAL INFORMÁTICA COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS PARA INFORMÁTICA

AUTO ESCOLA VIP AUTO ESCOLAS

DENISE DE LEON SERVIÇOS DIVERSOS

AUTO PEÇAS IPIRANGA SERVIÇO DE MANUTENÇÃO

DOCTUS ODONTOLOGIA CLÍNICAS

AUTO SUL REPAROS AUTOMOTIVOS COMÉRCIO DE PEÇAS PARA AUTOS E MOTOS

EDUCAÇÃO ADVENTISTA ESCOLAS

BELÍSSIMA INDÚSTRIA DE MÓVEIS BON SABORE PADARIAS CENTRO OESTE EMBALAGENS COMÉRCIO DE EMBALAGEM

ELETRÔNICA POLO SUL SERVIÇO DE AUTO ELÉTRICA ERICK HEFER COMÉRCIO DE ARMARINHO ESCRITÓRIO CONTÁBIL SANTA LUZIA ESCRITÓRIO CONTÁBIL

GIGANTENEWS COMÉRCIO DIVERSOS GRUPO TERRA SEGURANÇA E MONITORAMENTO IBEMDS COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO IMBAÚBA SORVETES COM. ATACADISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS INVERSO MODAS INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO J A D SERVIÇOS EM CONSTRUÇÕES LTDA SERVIÇOS EM CONSTRUÇÃO CIVIL, DEMOLIÇÃO J.D. SERVICE PRESTADORA DE SERVIÇOS PRESTADORA DE SERVIÇOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE ESCOLAS

ESQUADRIFERROS COM. DE VIDROS, ESPELHOS E MOLDURAS

CESTA BÁSICA CAPITAL INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

ESTRELA ENCANTADA PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DE EVENTOS

LOCA MAIS LOCADORA DE VEÍCULOS

CLEAN LAVANDERIA HOSPITALAR LAVANDERIA

FARMÁCIA PANTA FARMA LTDA - ME FARMÁCIA

LUCIANA RONDON SERVIÇO DE CONSULTORIA

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JAILE PEREIRA SGAMATTI COMÉRCIO DE ROUPAS

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LUCY GÁS COMÉRCIO DIVERSOS

POSTO AMÉRICA COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS

TOK COMUNICAÇÃO COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS

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INADIMPLÊNCIA

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Mais tempo para os inadimplentes >Câmara aprova projeto que obriga serviços de proteção ao crédito a adotarem prazo de 30 dias antes de incluir o nome do consumidor em seus cadastros.

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Consumidor Marcel Solimeo, economista-che-

fe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), é contrário à medida. Segundo ele, a proposta “afronta a liberdade de se empreender” no País. Solimeo diz que, na prática, o varejo já garante prazos até maiores do que os 30 dias em questão para consumidores que julga em condições de se recuperar. “É o dinheiro dos empresários que está em jogo. Esperar 30 dias para incluir um inadimplente reincidente no cadastro é um custo a mais para as empresas, já que levará 30 dias a mais para que recebam o dinheiro”, disse o economista Solimeo.

O Projeto de Lei 5.848/2009 foi desarquivado em fevereiro deste ano e passou, em caráter terminativo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara.

Isso significa que o texto agora segue para o Senado sem ter passado pelo plenário da Câmara. “O projeto parece proteger o consumidor, mas ao onerar as empresas, ele prejudica principalmente os pequenos em-

preendedores, concentrando ainda mais o mercado. Em outras palavras, ele reduz a concorrência, que verdadeiramente protege o consumidor”, afirmou Marcel Solimeo.

(Com informações de Renato Carbonari Ibelli /Dcomércio)

ACSP

Câmara dos Deputados aprovou no dia 4 de maio um projeto de lei que obrigará os serviços de proteção ao crédito a adotarem o prazo de 30 dias antes de incluir em seus cadastros um consumidor inadimplente. O projeto em questão é o 5.848/2009, de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB/ MT). Entre as justificativas para a matéria, o peemedebista destaca que o prazo de 30 dias “permite a chance de o consumidor conseguir encontrar uma solução amigável para o pagamento da dívida”.

O texto ainda precisa passar pelo Senado para entrar em vigor. O Projeto de Lei 5.848/2009 altera a Lei 8.078/1990, que disciplina os serviços de proteção ao crédito. A lei vigente não estipula prazo para inclusão de inadimplentes nos cadastros.

O projeto que passou na Câmara pede que seja acrescentado um sexto parágrafo ao artigo 43 da Lei 8.078 com o seguinte texto: “o registro de consumidor inadimplente nos serviços de proteção ao crédito somente poderá ocorrer decorridos 30 dias a contar da data do pagamento inadimplido” – ou seja, a partir de um mês do vencimento do pagamento não realizado.

Seggu Se un nd do So Soli lim lime li me eo, o a pro ropo post sta ““aafr fron onta ntta a a liib berrda dadee de se dade empr em pree pr eend ee n err” noo Paaíís. nd s

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PROCON EMPRESARIAL

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>Governo do Estado firma parceria inédita e histórica entre Procon e Associação Comercial

O

to do Estado. Estamos no caminho certo”, comemora.

André Puccinelli ressaltou que é melhor orientar do que punir. “Através do diálogo, discussão, mediação, conseguimos avanços. Temos certeza que a orientação é a melhor prevenção. E o setor do comércio é, sem dúvida,

to da pessoa jurídica como consumidora nas reclamações que chegam à Superintendência. “A pessoa jurídica também é consumidora e necessita de orientações. Estamos criando algo inédito no Brasil e espero que nosso modelo sul-mato-grossense seja difundido em todo o País”.

Miguel Palácios

governo do Estado, por meio da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), firmou convênio no dia 15 de abril com a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), criando o Procon Empresarial - um posto avançado do Procon dentro da Associação Comercial para que as empresas do setor produtivo da Capital possam usufruir dos serviços do órgão estadual. As atividades do posto foram iniciadas, efetivamente, no início de maio.

O objetivo é fazer uma política de aproximação num convênio que visa estabelecer um ponto de atendimento do Procon dentro da ACICG. O atendimento é voltado exclusivamente à pessoa jurídica, seja do setor comercial ou industrial.

A ACICG poderá ainda fazer atendimento itinerante, levando o serviço do Procon até as empresas.

Para Luiz Fernando Buainain, presidente da ACICG à época, o governo do Estado, através desta parceria, dá atenção especial aos empresários.

“Para nosso setor é muito importante contar com o apoio do governador André Puccinelli. Com essa parceria e o esforço de cada um dos empresários é possível criar emprego e renda e contribuir para o crescimen-

Pucc Pu ccin inel elli li,, Bu Buai aaiina ina nain in e Lam amarrtine assina assi naam conv onvên ênio io in néédito no Pa P ís.

o que contribui com a maior parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, significa mais da metade da arrecadação. Vamos trabalhar em conjunto através de orientações corretas e adequadas para obter êxito” diz o governador.

Já o superintendente do Procon/MS, Lamartine Ribeiro, afirmou que o órgão, através de pesquisa e dados estatísticos, notou um distanciamen-

O Procon Empresarial funciona: • De segunda a sexta-feira • Das 14h às 18h • Rua XV de Novembro, 390 - Centro • Telefone 3312-5062

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Divulgação

JOVENS EMPRESÁRIOS

Cava Ca vacoo Sil ilva lva va,, pr preessid sid den ente te de Port Po ort rtug tug gal al,, aoo lad ado do d dee joovvens een ns em emp prressário áárrio ios naa cid dade ad de doo Porrto to.

Conselho de Jovens Empresários (CJE) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande teve representante no Congresso do Empreendedor Lusófono, realizado na primeira quinzena de maio em Portugal.

O CJE foi representado no evento pelo seu diretor Jordão Santana. A participação de Santana no congresso lusitano contou com o apoio do Governo do Estado, através da secretaria de Produção e Turismo.

O jovem empresário participou do congresso ao lado de líderes empresariais de vários países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, estando ainda presentes representantes de Macau.

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“É sempre bom poder se reunir com empreendedores de outros países, onde o objetivo é buscar novidades e exemplo de bons projetos. Aproveitei a ida ao Congresso para convidar os jovens para vir ao Brasil e participarem do nosso Congresso Nacional de Jovens Empresários que será realizado em novembro, em Campo Grande”, disse Jordão Santana.

O evento foi realizado no Centro de Conferências da Alfândega do Porto. A organização do congresso foi da Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE), em colaboração com as congêneres dos países membros da CPLP. BOA SEMENTE O Congresso do Empreendedor Lusófono foi “uma semente bem lan-

çada” para multiplicar negócios entre os países que falam português, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) do Brasil, Eduardo Machado. O congresso terá uma nova edição entre 20 a 22 de julho de 2012, no Brasil no Estado do Espírito Santo, sob organização da Conaje, estando também garantidos congressos para 2013, em Angola, e para 2014, em Cabo Verde.

“A partir desta semente tão bem lançada por Portugal, esperamos resultados ainda mais expressivos, uma evolução sólida e também muito focada em negócios e na exposição de produtos e serviços de uma maneira bem mais prática”, afirmou o representante da estrutura brasileira de jovens empresários.

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MERCADO

Shoppings avançam ç para o interior em busca de novos mercados s shopping centers esstão se dirigindo para o in nterior em busca de no ovos mercados. O alvo dos novos investimentos são cidades com mais de 150 mil haabitantes. Essas cidades se tornarram atrativas diante da falta de terreenos amplos e baratos nos grandes centtros e do crescimento de consumido ores com o avanço da classe C. Até 2012, 56 novos shopping devvem m ser inaugurados no país, segund do a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). O setor fech hou 2010 com 408 empreendimentos e crescimento de 17% sobre as vendas de 2009, totalizando R$ 89 bilhões em faturamento. Dos 56 novos shoppings previstos, 36 estarão em cidades com menos de 1 milhão de habitantes.

Luiz Fernando Veiga, da Abrasce, diz que há cerca de dez anos 85% dos shoppings estavam em capitais.

O percentual caiu para 55%, e deve diminuir ainda mais.

Marcelo Sallum, sócio-diretor da Lumine – especializada em administração de shoppings, destaca que os centros de cidades de porte médio não têm mais como crescer, dificultando a ampliação do comércio local.

Logo, a solução apresentada é a criação de um novo local de compras, muitas vezes distante do centro, com potencial para atrair clientela.

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CLASSE C O fenômeno classe C ajuda a impulsionar a construção dos empreendi26

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mentos. “Hoje a nova classe média frequenta pouco o shopping, mas isso está mudando”, diz.

Adriana Collo, superintendente de operação da Abrasce, diz que enquanto houver renda e emprego em crescimento, “por mais que o financiamento diminua”, as vendas irão aumentar (a previsão para este ano é de avanço de 12% no faturamento).

Nos últimos anos, sete grandes grupos de shoppings abriram capital na Bolsa. O crescimento do setor tam-

Até 2012, 56 novos shoppings devem ser inaugurados no país, segundo a Abrasce.

bém chamou a atenção de investidores estrangeiros.

Desde 2005, nove desses grupos investiram em shoppings no Brasil.

Fundos imobiliários e de pensão, além de fundações, também investem nessa área, diz Adriana.

CIDADES VIÁVEIS Segundo Luís Augusto da Silva, da Alshop (associação de lojistas de shoppings), estudos prévios são usados para analisar a viabilidade de entrada de shoppings nos municípios menores.

“Cidades como Vinhedo (SP) e Caruaru (PE), por exemplo, já têm potencial para atrair um shopping”.

Pelos critérios da Alshop, o país tinha 744 shoppings em 2010. Para a Abrasce, o número é menor porque ela só considera os que têm área vendável superior a 5.000 m2. Locais vistos como shoppings pela Alshop – que prevê 124 novos centros neste ano – são galerias para a Abrasce.

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CONCILIAÇÃO

PACE tem conciliação ç extraprocessual para aliviar Judiciário Posto de Atendimento e de Conciliação Extraprocessual (PACE) tem como objetivo realizar atendimento às pessoas que tiverem demanda jurídica que envolva direitos patrimoniais disponíveis e que possa ser resolvida por

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meio da conciliação extraprocessual entre as partes. O Posto, inaugurado no dia 27 de abril, vai oportunizar aos empresários a possibilidade de fazerem acordos de processos já ajuizados ou não num ambiente fora do judiciário, ou seja, menos beligerante, e ainda com a

homologação de um juiz.

Sem acionar o Judiciário, a conciliação pode diminuir a sobrecarga de trabalho do TJ, trazendo a pacificação social, o acordo entre as partes, conforme o advogado Roberto Oshiro, diretor-presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial

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(CBMAE) onde o PACE já está funcionando. Para ele, “é preciso manter intactas as boas relações entre as partes, sem beligerância”.

Presentes ao evento de lançamento do PACE, o presidente do TJMS, desembargador Luiz Carlos Santini; o presidente da ACICG, Luiz Fernando Buainain; o diretor-presidente da CBMAE-CG, Roberto Oshiro; Des. Sideni Soncini Pimentel, presidente do Conselho de Supervisão de Juizados Especiais em MS; Camila Mansur Iane, consultora da Confederação das Associações Comerciais do Brasil; José Alcides do Santos, vice-presidente da Fecomércio; Ronaldo José da Silva, juiz federal; Silmara Salomaia Silva, representante da OAB/MS; Humberto de Matos Brittes, procurador-geral da Justiça adjunto; e Ueze Elias Zahran, presidente do Grupo Zahran, além de presidentes de entidades integrantes do setor produtivo de MS. LENTIDÃO “Se o Judiciário fosse mais rápido o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro seria, pelo menos, 40% maior”, disse o desembargador Luiz Carlos Santini ao analisar a importância da conciliação nas relações entre pessoas e entre empresas, considerando o espaço que o PACE vai ocupar doravante.

Para o presidente do TJ, “o formalismo que herdamos da Península Ibérica é exagerado e desnecessário. O País precisa fazer o giro das atividades econômicas de maneira rápida, fazendo a riqueza nacional crescer”.

Comentando o caso do processo oriundo do acidente com um Boeing em julho de 1973, no qual morreram o senador Filinto Muller e o cantor Agostinho dos Santos. O acidente ocorreu próximo ao aeroporto de Orly, na França.

“Eu era um jovem advogado e acompanhei o processo que estava nas mãos de um grande advogado da época. Ele representava um casal do interior de SP que morreu no acidente”, conta Luiz Carlos Santini. Ele diz que ficou impressionado com a rapidez que o processo chegou à decisão. A família do casal que morreu no acidente reclamava indenização porque o Boeng da Varig realizou um pouso de emergência sobre uma plantação de couve em decorrência de um incêndio iniciado no banheiro e que chegou a invadir a cabine da aeronave. O incêndio, a fumaça e a aterrissagem forçada resultaram em 123 mortes, com apenas 11 sobreviventes (10 tripulantes e 1 passageiro).

“Cerca de 40 dias após

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o processo instaurado o advogado brasileiro recebeu convocação para estar no Tribunal de Seattle, EUA, onde a causa seria julgada. Como determina a Lei americana, de posse de um laudo muito bem elaborado pela acusação o juiz perguntou ao representante da Boeing, fabricante do avião, se ele tinha conhecimento dos fatos, se o sinistro ocorreu da forma como estava descrita no laudo e se ele possuía um laudo dizendo o contrário. Após a negativa do advogado da empresa, o juiz questionou de forma simples: então a Boeing está condenada a pagar a indenização pleiteada? E fim, processo encerrado”, relatou o desembargador mostrando a agilidade da justiça americana em comparação com a brasileira.

“Nós temos que aprender a nos conciliar se quisermos ser uma Nação emergente de fato”, concluiu o desembargador Luiz Carlos Santini.

O PACE funciona junto à CBMAE, à rua XV de Novembro 390, centro.

Fatonotório

“Se o Judiciário fosse mais rápido o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro seria, pelo menos, 40% maior”.

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Adiamento das novas regras não atende empresários do comércio

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Agência Câmara

PONTO ELETRÔNICO

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Portaria 373 do Ministério do Trabalho e Emprego - que adia para 1º de setembro a entrada em vigor das novas regras para o Registro de Ponto Eletrônico (REP) nas empresas do País - não atende aos interesses do empresariado do comércio e serviços.

A opinião é do deputado federal e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Laércio Oliveira (PR-SE). “A proposta é a revogação da portaria que institui o REP pelas várias razões já elencadas e discutidas em reuniões e audiências públicas”, diz Laércio.

A nova portaria do MTE permite às empresas adotarem, por meio de convenções ou acordos coletivos, “sistemas alternativos” de controle da jornada de trabalho. Foi criado ainda um grupo de trabalho para discutir o aperfeiçoamento do sistema de registro. “As alternativas apresen-

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tadas pela nova portaria já são prática recorrente nas empresas, inclusive quanto ao fornecimento de extrato de remuneração e frequência do trabalhador”, explica Laércio. Para o vice-presidente da CNC, validar os sistemas eletrônicos hoje existentes nas empresas é positivo e benéfico para as partes envolvidas, já que garantem e preservam os direitos legítimos dos trabalhadores.

Esta é a segunda vez que a portaria tem sua data de entrada em vigor adiada. No ano passado, a Portaria 1.510, do mesmo Ministério, que entraria em vigor dia 26 agosto, já mudava as regras para o registro eletrônico.

Entre as alterações, estava a obrigatoriedade de que as empresas adquirissem o equipamento para que a entrada e saída dos funcionários fossem registradas, e que o trabalhador tivesse a comprovação, via emissão de boletos, da sua jornada de

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trabalho, tanto na entrada, como na saída. Isso deveria valer para todas as empresas do País com mais de 10 funcionários.

Ao serem apresentadas às novas normas, confederações patronais e centrais sindicais se posicionaram de forma análoga sobre o assunto, já que as alterações não traziam benefícios a nenhuma das partes.

A CNC se mobilizou junto ao Congresso Nacional para sustar qualquer mudança que prejudicasse um setor que agrega mais de 4 milhões de empreendedores e que emprega 25 milhões de pessoas.

As ações foram coordenadas para obter um consenso no que diz respeito às dificuldades que as novas regras gerariam, como compra de novos equipamentos em tempo hábil, filas nas entradas e saídas das empresas, acúmulo de papel nas mãos dos funcionários e possibilidade de fraude.

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INFLAÇÃO

Economista recomenda uso de redes sociais a guerra contra a inflação, a população deve lançar mão de armas como as redes sociais na internet, para divulgar os locais onde podem ser encontrados os melhores preços de bens e serviços, e denunciar abusos.

A recomendação é da economista Cornélia Nogueira, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Cornélia discorda da avaliação da equipe econômica do governo, segundo a qual o pior já passou e a tendência agora é de queda nos preços.

“Tenho a impressão que a coisa não está tão tranquila, não. No ano passado, nesta época, a inflação estava muito baixa. Neste ano, não vai ser fácil chegar aos patamares de maio e junho passados.” Para a economista, a curva no gráfico, que mostra a tendência nas taxas de inflação anualizada, ainda demorará um pouco mais para cair. Ela acredita que os combustíveis, considerados os vilões do momento, poderão ajudar a reduzir os índices de inflação, mas ressaltou que, por enquanto, os preços estão altos demais.

A população deve se proteger e pechinchar, o mais que puder, na hora de contratar qualquer tipo de serviço, aconselha. “É importante não aceitar o primeiro preço que é dado, pechinchar e questionar o porquê do aumento. Isso deve ser feito no cabeleireiro, na manicure e em vários lugares, sem ter vergonha de questionar”.

Para Cornélia, o trabalhador que

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almoça fora de casa, por exemplo, pode encontrar saídas como trocar de restaurante. Alimentação fora do domicílio foi um item que aumentou muito nos últimos 12 meses, com 13,4% ante uma inflação de quase a metade. Só este ano, lembrou a economista, esse item já aumentou 4,83% ante uma inflação de 3,44%.

No caso da alimentação, pode-se trocar o restaurante habitual por outro com preços mais em conta. “Se eles [restaurantes] perdem freguesia, automaticamente diminuem o ritmo de aumento, pelo menos”.

No caso de compra de bens, porém, Cornélia diz que os consumidores encontram mais dificuldade, principalmente nas redes de supermercados e lojas de departamentos. “Lá, não existem descontos e não há com quem reclamar, a não ser com o bispo, não é?”, ironizou.

Recorrer às redes sociais na internet passa, então, a ser importante, porque elas servem para denunciar abusos de preço e até alguns artifícios, como redução no volume dentro de uma mesma embalagem de produto para induzir o consumidor a “pagar mais por menos”, o que, na prática, também é inflacionar, destaca a economista. “As pessoas podem usar as redes sociais na internet para denunciar abusos de preço, mudanças nas embalagens, sugerir marcas e produtos alternativos com preços menores”.

Por meio das redes sociais, os consumidores também podem indicar para outros consumidores as localidades que têm preços justos, bem como

aqueles que têm preços abusivos, acrescenta Cornélia.

Sobre a manutenção do poder de compra dos salários, ela alerta que os trabalhadores precisam ser razoáveis na hora de tentar recompor o que foi perdido com a inflação. “Que seja palatável pelo menos. A inflação, para o assalariado, é uma coisa ruim, mas é preferível não ter tantos aumentos, com o salário indexado, e sim menos inflação”.

Aumentar salário acima da inflação neste momento poderia significar mais consumo, devido à elevação do poder aquisitivo, e, no caso do funcionalismo, mais gastos públicos.

Cornélia Nogueira lembra que, na época da inflação alta, a população não tinha noção de valores e ficava impossibilitada de fazer qualquer tipo de planejamento de suas necessidades de consumo, de acordo com seus rendimentos e com o orçamento elaborado mensalmente. “No meio do caminho, as coisas aumentavam, a escola mandava um bilhetinho para o cidadão pagar mais não sei quanto. Tudo aumentava. Ninguém tinha noção de valor, do que era caro ou barato”.

Até pesquisar preços era muito difícil, pois as mudanças eram rápidas até em um mesmo estabelecimento, lembra.

A economista do Dieese concorda com a decisão do governo, que estuda uma forma de reduzir a indexação da economia. “Os serviços estão indexados e a parte do salário, não. É uma bola de neve. Um indexa, o outro indexa. E isso aumenta tudo”.

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