Ciência em linha

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FICHA TÉCNICA Título: Ciência em Linha Autor: Biblioteca Escolar “A Casa de Camilo”

Capa: Vasco Dias (12.ºI – Aluno finalista do Curso Profissional Técnico de Multimédia Editor: Biblioteca Escolar “A Casa de Camilo” – Agrupamento de Escolas de Padre Bejamim Salgado Coordenação do E-Book: Arminda Ferreira (Docente) Paginação: Arminda Ferreira (Docente) Suporte Informático: Carlos Carvalho (Docente) Ano de Edição: 2013


Nota Prévia “Alcança quem não cansa”. Aquilino Ribeiro

Publicar um e-book é sempre um desafio. Publicar um e-book que contém todos os materiais produzidos, ao longo de um projeto, é um desafio maior. Assim, este e-book é uma amálgama de textos/trabalhos produzidos pelos alunos, desde o sétimo até ao décimo segundo ano, envolvidos no projeto Ciência em Linha. O e-book mostra a capacidade dos nossos alunos em escrever sobre um texto, em criar textos novos baseados no que leram ou lhes foi lido, ou em produzir textos sobre temas científicos. Com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares, no âmbito da Candidatura Ideias com Mérito 2012, conseguimos ir mais longe e disponibilizar aos nossos alunos um conjunto de materiais motivadores para o desenvolvimento do projeto. O apoio do Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão foi fundamental para a formação dos professores, envolvidos no projeto, através da ação de formação, na modalidade de projeto, “Interrogar a Ciência”. Um agradecimento de uma forma muito especial e carinhosa à Dr.ª Cândida Madureira pelo empenho e dedicação a este projeto. Uma palavra final, de agradecimento, a todos aqueles, professores e alunos, que tornaram possível uma utopia: cativar os alunos para a leitura de textos científicos.

AEPBS, 27 de maio de 2013 A Equipa da Biblioteca Escolar A Casa de Camilo


CiĂŞncia em Linha Projeto

2011/2012


Resumo do projeto Diagnóstico da situação que originou o projeto

Temos assistido, nos últimos anos, à afirmação da sociedade da informação onde os sistemas digitais passaram a fazer parte do dia-a-dia dos alunos, funcionando como ferramentas essenciais na aquisição do conhecimento reflexivo que se quer crítico e questionador. Fazer da escola um centro de trabalho humanizante e integrador, promotor do saber divergente onde se façam confluir os conhecimentos oriundos dos vários campos do saber, de modo a familiarizar os alunos com textos de natureza científica, ajudando-os a descomplexificar a natureza da sua linguagem e o seu conteúdo. Desvendar a densidade e a riqueza deste tipo de conteúdo através da leitura, que se pretende compreensiva e crítica utilizando as novas tecnologias da informação, através do recurso a Tablets, iPads, e-books e assinaturas de revistas científica digitais disponibilizados pela BE.

Descrição do projeto Com este projeto pretendemos desenvolver competências ao nível da literacia informativa, tecnológica e digital, através da leitura de livros/textos/artigos de natureza científica em suporte digital. Para o efeito, após seleção da literatura a utilizar pelos professores das diversas áreas disciplinares, nomeadamente Biologia, Físico-Química, Matemática, Português, História e Geografia estes serão disponibilizados em suporte digital aos alunos em dispositivos móveis. Esta literatura será objeto de leitura e análise orientada à luz dos diversos campos do saber, numa perspetiva compreensiva, crítica e questionadora. Partindo das leituras realizadas os alunos escreverão sobre os textos/artigos lidos e construirão outros baseados nas leituras feitas, que serão divulgados na comunidade educativa em formato de e-book. Os docentes envolvidos neste projeto encontram-se a receber formação na modalidade de oficina, orientada pela diretora e pela consultora do Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão. Os alunos envolvidos constituirão um grupo de “pequenos cientistas” que receberão formação de utilizadores, para aprenderem a rentabilizar o uso destes dispositivos móveis e habilitá-los a desenvolver competências nos seus colegas neste domínio, partindo das suas próprias experiências. As leituras realizadas estarão intimamente relacionadas com os conteúdos programáticos das disciplinas, funcionando como forma de complemento e de enriquecimento das atividades desenvolvidas no contexto da sala de aula.

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Objetivos Gerais

Objetivos Específicos - Divulgar textos científicos;

- Incrementar a literacia científica

- Ler sobre textos científicos utilizando dispositivos móveis; - Produzir textos a partir da leitura de textos de natureza científica.

- Transformar a informação de natureza científica em conhecimento mobilizável nas diversas disciplinas; - Promover o diálogo interdisciplinar e articulação com o currículo.

- Desenvolver competências de seleção e processamento da informação em articulação com as competências e saberes curriculares; - Promover a articulação vertical e horizontal do currículo.

- Desenvolver competências de leitura diversificada, incluindo nos dispositivos móveis;

- Promover a literacia da informação.

- Desenvolver competências de utilização de diversas ferramentas digitais; - Desenvolver metodologias de investigação centradas na leitura de conteúdos científicos; - Disponibilizar informação digital de conteúdos científicos.

- Potenciar a integração afetiva, a socialização e a - Reconhecer a importância da ciência como realização de interesses individuais e grupais; veículo promotor da cidadania ativa e - Contribuir para a formação de cidadãos informados, responsável. críticos e reflexivos.

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Processos/ações concretizados A implementação deste projeto iniciou-se com a frequência de uma oficina de formação, onde se explicitaram as linhas orientadoras do projeto e se fez o levantamento da bibliografia científica e das propostas de trabalhos a realizar pelos alunos, bem como se selecionaram os materiais a usar no projeto com a respetiva partilha. Os docentes ao longo das sessões de trabalho partilharam metodologias, estratégias e modos de abordagem dos livros/textos/artigos científicos de modo a agilizarem os processos de trabalho com os alunos em contexto de sala ou/e na BE. Com este projeto pretendemos levar professores e alunos a interrogar a realidade científica portuguesa em termos do conhecimento e compreensão do texto científico e contribuir para o desenvolvimento de metodologias de investigação, leitura e reflexão que possam aumentar a literacia científica dos alunos. Numa primeira fase, os alunos iniciaram a leitura e interpretação dos textos científicos, em ambientes digitais, procederam ao levantamento e resolução de questões suscitadas pelas leituras feitas e numa fase posterior produzirão textos orais e ou escritos e icónicos.

Calendarização Mês de setembro 2011 – reunião de formandos da oficina de formação para organização logística do projeto; Mês de outubro de outubro de 2011 – reunião de formandos da oficina de formação para seleção e disponibilização dos materiais a usar no projeto; Mês de outubro de dezembro de 2011 - disponibilização dos materiais aos alunos; Mês de fevereiro de 2012 – análise dos textos lidos, interpretados e analisados pelos alunos; Mês de março de 2012 – levantamento e resolução de questões/dificuldades decorrentes das leituras feitas; Mês de maio de 2012 – produção de textos diversificados (orais, escritos e icónicos); Mês de junho de 2012 – avaliação do trabalho realizado por todos os intervenientes.

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Processos/ações a concretizar No segundo ano de implementação do projeto, após realização de uma reflexão, acerca do nível de concretização dos objetivos propostos será reorientado o trabalho centrando-o na literacia digital nomeadamente, na leitura e processamento de informação a partir da utilização de dispositivos móveis disponibilizados pela BE, para utilização neste espaço ou em contexto de sala de aula. No decurso da produção dos trabalhos será feita uma monitorização por parte dos docentes envolvidos e de toda a equipa de trabalho. Os trabalhos realizados pelos alunos serão visualizados e selecionados a partir de critérios previamente definidos, para posterior publicação em e-books produzidos pelos próprios alunos. Na fase final, serão divulgados à comunidade educativa os trabalhos produzidos, no contexto da “Semana da Leitura 2013” e feita a avaliação dos resultados finais do projeto.

Calendarização Mês de setembro de 2012 – reunião da equipa de trabalho para reflexão acerca dos objetivos do projeto e possível redefinição do mesmo. - Aquisição de dispositivos móveis (iPads/Tablets); - Assinatura de revistas científica em linha e aquisição de e-books. Mês de outubro – Inventariação de novos títulos para leitura em dispositivos móveis e formação para os utilizadores dos dispositivos móveis. Mês de novembro – reunião da equipa de trabalho para monitorização dos trabalhos em curso. Mês de janeiro de 2013 – visualização e seleção dos trabalhos a apresentar na Semana da Leitura 2013. Mês de Março – publicação e apresentação dos trabalhos produzidos (e-books, desenhos, leituras, atividades experimentais etc.) Mês de Maio - Avaliação do projeto.

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Destinatários das ações a desenvolver - Quatro turmas do ensino básico (3º Ciclo) e cinco turmas do ensino secundário (curso científico humanísticos).

Avaliação do projeto - A avaliação deste projeto será realizada através de reuniões periódicas com a equipa de trabalho e a apresentação de um relatório anual que incidirá sobre os seguintes aspetos:  Objetivos concretizados;  Objetivos a concretizar;  Cumprimento da calendarização;  Constrangimentos;  Resultados obtidos. - Aplicação de uma grelha observação, no final do ano, sobre o nível de participação dos alunos nas atividades propostas.

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Escola Secundária Padre Benjamim Salgado

Ação de Formação Projeto Interrogar a Ciência

Plano de Trabalho

História – 3º Ciclo do Ensino Básico

Docente Arminda Esmeralda de Araújo Ferreira

Ano letivo 2011/2012


Projeto Interrogar a Ciência Ano/Turma: 7º D Professores/Disciplinas: Arminda Ferreira – História Plano de Trabalho da disciplina de História: Objetivos:  Desenvolver competências de leitura;  Despertar o prazer pela leitura através de diversas fontes bibliográficas.  Aprofundar a capacidade para relacionar a aprendizagem e a produção;  Analisar e explorar fontes escritas e iconográficas;  Desenvolver a comunicação escrita por meio da exposição de ideias;  Produzir textos em vários suportes, sobre temas científicos;  Desenvolver a imaginação e a criatividade;

Competências Gerais do Ensino da História: -

Tratamento de informação /Utilização de fontes: • Utilizar a metodologia específica da História. • Inferir conceitos históricos a partir da interpretação e análise cruzada de fontes, com linguagens e mensagens variadas

-

Compreensão Histórica: Temporalidade 

Estabelecer relações entre passado e presente;

Espacialidade 

Localizar no espaço, com recursos a formas diversas de apresentação

espacial, diferentes aspetos das sociedades humanas em evolução e interação; Contextualização 

Distinguir, numa dada realidade, os aspetos de ordem demográfica,

económica, social, política e cultural e estabelecer conexões e inter-relações entre eles; Interpretar o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social. 

Reconhecer a simultaneidade de diferentes valores e culturas e o carácter


relativo dos valores culturais em diferentes espaços e tempos históricos;

Comunicação em História: 

Utilizar diferentes formas de comunicação escrita na produção de narrativas,

sínteses, relatórios e pequenos trabalhos temáticos, aplicando o vocabulário específico da História na descrição, no relacionamento e na explicação dos diferentes aspetos das sociedades da História Mundial.

1º período: 

Seleção de livros pelo grupo turma na biblioteca da escola – Plano Nacional

de Leitura; 

Desenvolver competências de leitura e escrita (resumo do livro lido).

2º período:  Elaboração da biografia do autor do livro e/ou do cientista narrado no livro selecionado. 

Análise e exploração de um PowerPoint de “Como elaborar uma biografia?”:

Selecionar a personalidade da História a biografar; Pesquisar elementos sobre o(a) biografado(a):  Enciclopédias, publicações da especialidade, biografias já produzidas, livros, revistas;  Consulta de jornais, revistas ou outras publicações;  Entrevistas concedidas pela(s) própria(s) ou por quem a(s) conheça  Consulta na Internet Construir uma cronologia: factos da vida e obra da personalidade em causa; Colocar questões orientadoras: Como qualificar a personalidade do(a) biografado(a)?


Que teve ele(a) de interessante ou de menos digno? Que acontecimentos moldaram o seu carácter, a sua ideologia e a sua ação? Com que obstáculos se defrontou essa pessoa na vida? Como os ultrapassou? Optar por elaborar uma biografia cronológica ou temática: no primeiro caso seguir a vida e obra ao longo do tempo; no segundo, debruçar-se sobre um ou mais aspetos relevantes da ação do(a) biografado(a). Registar a informação:  Data e local de nascimento;  Percurso académico//Profissional;  Obra(s); Evitar desenvolver a época em que viveu a figura biografada;

Redigir a

biografia:  Dela deve constar: apresentação da figura histórica (data e local

de nascimento e

morte;

origem

familiar;

estudos;

profissão; vida afetiva); análise, mais ou menos desenvolvida, da sua vida e obra (carácter, episódios relevantes da vida, fatores que os condicionaram); conclusão (importância histórica da pessoa biografada). 

Procurar ser objetivo, sem que o trabalho se resuma a um suceder de factos.

Recorrer a ilustração (caso seja possível). . 3º período:

- Articulação com a disciplina de Físico-química – Exploração de experiências sobre perfumes e plantas de infusão – inseridas o plano curricular da disciplinar. - Análise e exploração de fontes escritas e iconográficas – perfume e plantas de infusão – inseridos nos conteúdos programáticos O Mundo Romano no apogeu do Império - A Vida Quotidiana em Roma. - Elaboração de uma narrativa histórica – Ficha de trabalho:


- Tarefa: Tendo em consideração os documentos escritos e icónicos (imagens) analisados sobre a vida quotidiana em Roma, imagina que eras:  um escravo(a) doméstico(a) urbano(a)  mulher rica  homem rico  comerciante.

Conta um dia da tua vida em Roma com o …


Ficha de Trabalho Lê com atenção os documentos escritos e as imagens sobre a vida quotidiana em Roma. Imagina que eras: •

Um escravo(a) doméstico(a) urbano(a)

Uma mulher rica

Um homem rico

Um comerciante.

1 – Lê os textos e observa as imagens: Doc. 1 - O uso das ervas com fins medicinais pode ter começado com as

primeiras comunidades sedentárias, com a queda acidental de folhas de árvores em água a ferver (tisanas), ou com a simples imersão de folhas em água

(infusões).

Elas

são

usadas

para

atenuar

insónias,

dores

intestinais, hipertensão, ansiedades… As mais vulgarizadas são erva-cidreira, hortelã, tília, salva, valeriana… O chá é um arbusto (Camellia sinensis) que quando plantado para a colheita das suas folhas não ultrapassa o metro e meio. É nativo de uma região entre o nordeste da Índia e o sudoeste da China. Existem muitas lendas sobre o início do seu uso como bebida. O registo mais antigo é chinês e datado no séc. X a.C. tendo sido o seu uso vulgarizado na Coreia e no Japão depois do séc. III. a.C. A importação do chá para a Europa foi feita pelos portugueses na época

dos Descobrimentos (séc. XVI). A


princesa portuguesa C a t a r i n a de Bragança, quando casou com o rei inglês Carlos II (1660), trouxe o hábito de beber o chá para a corte inglesa, mas só a partir do séc. XIX é que o chá passou a ser uma bebida comum como hoje em dia.

Doc. 2 - O vasto império conquistado pelos romanos contribuiu muito para a

expansão da perfumaria, pois eles consumiam aromas de maneira intensa. O comércio de matérias-primas perfumadas foi estimulado pela criação de rotas comerciais para a Arábia, Índia e China. No período imperial, o gosto dos romanos por incensos e perfumes passou dos limites imagináveis, e criou um desequilíbrio na balança de pagamentos do império. Até os cavalos eram perfumados! No século III, Roma tornou-se a capital mundial do banho, um ritual luxuoso jamais visto em qualquer outra cultura. O banho incluía poções aromáticas variadas. Os cidadãos mais ricos tinham até as solas dos pés perfumadas por escravos. Na cidade podiam ser encontradas mais de 100 casas de banho públicas e privadas, frequentadas por todas as classes sociais.


Bom Trabalho! A professor Arminda Ferreira




A comerciante (curandeira) Como todos sabem a medicina é essencial para a vida e bem-estar das pessoas. Como comerciante, curandeira, uso várias ervas com fins medicinais. Desde pequena soube que queria ser curandeira para poder curar certas doenças, o que em Roma era habitual. Vivo numa simples domus, situada em Roma e vou todos os dias trabalhar, bem cedo, para o meu centro de trabalho. Como curandeira comecei a a prender que as doenças não escolhem horas e por isso temos que estar bem preparadas para o que quer que apareça. A vida quotidiana em Roma é um pouco dura e a maioria dos comerciantes, para fazerem comércio, necessitam de se levantar bem cedo para arranjarem lugar nas pequenas ruelas, as quais cheiram mal. Há comerciantes que fazem o seu comércio na principal praça de Roma, e a toda a hora se veem os escravos a fazer os trabalhos duros e a trabalharem para os seus senhores, as mulheres a cuidarem dos filhos e a fazerem, atarefadas, a lida da casa. As escravas trabalhavam apenas para as suas senhoras. Diariamente penteiam-lhes os cabelos, e fazem-lhes tudo o que elas queriam. A maioria dos cidadãos trabalhavam na agricultura onde de lá retiravam os produtos e negociavam com os comerciantes que os revendiam. Resumindo todos os cidadãos tinham os seus afazeres por mais duros que fossem. Voltando, então, à medicina todos sabemos que as primeiras curas ou remedios surgiram com as primeiras comunidades sedentárias. A descoberta aconteceu por acidente, pois quando as folhas caiam, naturalmente, e caíram dentro da água a ferver. Assim, descobriu-se que essa mistura favorecia esta ou aquela doença. Assim, surgiram as primeiras curas e a partir dai as folhas das plantas foram utilizadas para atenuar insónias,

dores intestinais, hipertensão, ansiedades, etc.

No meu local de trabalho utilizo ervas vulgares como por exemplo a erva-cidreira, hortelã, tília, salva, valeriana, … Mas como é óbvio tinha que fazer experiências onde testava os remédios. Assim, punha água a ferver e juntava ervas medicinais e para saber se o remédio resultava ou não, utilizava uma pessoa que estivesse doente e se a dor não passasse era sinal que aquele


remédio não correspondia à cura dessa mesma doença. Era um bocado esquisito, eu sei, mas era assim que funcionava em Roma. Pois nesta altura nem sequer havia materiais para experiências. Em certos casos, as pessoas que experimentavam estes remédios corriam o risco de morrer e, por vezes, era o que acontecia. Felizmente que, na atualidade, existem materiais próprios para testar os remédios, assim pelo menos não corremos o risco de morrer a testar uma experiência. Era assim a vida em Roma, todas as curandeiras s e juntavam em certos dias da semana, de manhã, bem cedo para fazerem a colheita de folhas, plantas medicinais, ervas, água, etc. Depois

de

tudo

colhermos

regressávamos aos nossos postos de trabalho com as materiais-primas para testar e os materiais que se utilizavam eram pequenas pipas, funis, redes, bacias, etc. Em bacias ou em pequenas pipas enchíamos água e púnhamo-las a ferver misturando ervas medicinais. No fim escoávamos o remédio num tipo de rede fina para retirar pequenas ou grandes partículas que estivessem inseridas nos remédios. De seguida, pegávamos em frascos e com uma espécie de funil inseríamos o remédio dentro do frasco e armazenávamolos numa espécie de prateleira ou até mesmo num armário até que algum cidadão estivesse doente ou que necessitasse de comprar remédios. Em certos casos, íamos às domus das pessoas que estivessem doentes para podermos receitar ou ajudar a curar a doença, mas isso só acontecia em caso de urgência, em caso de algum cliente nobre ou até mesmo em dias de chuva em que os pacientes não conseguiam deslocar-se.

Ana Lúcia Mendes Couto


A vida quotidiana em Roma Há bastante tempo que sou comerciante e da minha vida de pouco me posso queixar. Vendo fruta e chá num mercado aqui bem perto da minha casa que até atrai bastante clientela. Tenho bastantes amigas, algumas mais ricas, outras mais pobres…mas o ser simpático e bemeducado é o mais importante. Tenho uma plantação pequenina, num quadradinho de terreno por trás de minha casa. Vendo muitos tipos de chás: erva-cidreira, hortelã, tília, salva e valeriana. Muitas pessoas vêm ter comigo quando estão com insónias, dores intestinais, hipertensão, ansiedade…Dizem que o meu chá é milagroso! O chá veio da China e foram os comerciantes e navegadores que o trouxeram para cá. Mas só passados alguns anos é que o chá passou a ser uma bebida comum que serve para cura de doenças, aquecer e até mesmo usado em festas importantes. Para preparar a infusão é necessário: Colocar a água (H2O – no estado líquido) na chama do fogão (reação de combustão do gás butano). Esperar que ela entre em ebulição (ocorre a 100ºC passagem do estado líquido para gasoso). Desligar o fogo e colocar a planta. Em seguida, tapar a mistura (ocorre a condensação: passagem do estado gasoso para líquido); deixar a mistura (heterogénea) em repouso por dez minutos e depois é só coar (decantação sólido-liquido). Os primeiros perfumes surgiram, provavelmente, associados a atos religiosos, há mais ou menos 800 mil anos, quando o homem descobriu o fogo por isso é que, hoje, oferecemos aos deuses homenageando-os com a oferenda de fumo proveniente da queima de madeira e de folhas secas (combustão). Hoje, toda a gente usa perfume e, por vezes, é em exagero, mas também passou a haver

cada vez mais pessoas ligadas ao comércio de matérias-primas

perfumadas. Roma tornou-se a capital mundial do banho e do uso do perfume. As pessoas começaram a preocupar-se mais com a sua aparência e higiene pessoal o que acho bastante bom! Por isso ganho muito dinheiro como comerciante. O banho incluía poções aromáticas variadas. Na cidade podiam ser

encontradas mais de cem casas de banho públicas privadas, frequentadas

por todas as classes sociais.


No fim do trabalho ou dos nossos turnos íamos até aos balneários\termas refrescar-nos. Podíamos tomar banhos de lama, banhos quentes e frios e relacionarmo-nos com outras pessoas novas, falar do comércio, da política da cidade e do império. Liamos, conversávamos e passávamos o tempo bastante divertido com as nossas famílias, amigos, ricos e pobres. Os cidadãos mais ricos tinham até as solas dos pés perfumadas por escravos! Iam várias vezes ao cabeleireiro que lhes cortava o cabelo com facas redondas e às vezes com óleos também! Nas casas de banho públicas, fazíamos as nossas necessidades e no fim passavam uma espécie de cotonete gigante para que todos se limpassem. A vida no Império Romano começou a melhorar bastante em relação à higiene!

Alice Ribeiro

Um homem rico Todos os dias, pela manhã, vou tomar o meu banho relaxado com as minhas mulheres a esfregar-me as costas, a limpar-me os pés e depois de um banho bem relaxado, ainda tenho a minha roupa limpa e fresca como eu gosto. No fim de me vestir, vou tomar o pequeno-almoço, feito pelo meu escravo: uvas com vinho e pão. Mas nem tudo era bom na minha vida porque para além de ser um homem rico também tenho os meus problemas e os meus negócios para tratar. O meu trabalho é um bocado estranho porque eu faço parte de uma rede de comércio de chá. Mas aqui em Roma ninguém sabe que eu sou comerciante. O chá é um bem para a sociedade porque cura muitas doenças sabe bem e é saudável para a saúde.

André Costa


Mulher Rica no Império Romano

Olá, chamo-me Margarida e sou uma privilegiada. Sou rica, tenho tudo o que quero, e vivo numa riquíssima domus no império Romano. O meu cabelo é tratado todos os dias pelas minhas criadas. Gosto de variar os penteados, por exemplo agora estou com um colosso de caracóis meticulosamente penteados. A Maria é a minha melhor escrava e todos os dias me maquilha, sempre tudo muito perfeito e elaborado com uma base de lanolina, a gordura extraída da lã virgem, sobre

a qual ela

cuidadosamente me põe camadas de vermelho-terra ou esbranquiçado carbonato de chumbo ou cré. Em torno dos olhos aplica uma máscara com minerais para me dar um brilho multicolor. Gosto de andar sempre bem maquilhada e com boas roupas porque uma senhora como eu não

pode andar com qualquer trapo como as minhas

escravas! Claro que não podem faltar os meus perfumes. Nunca ando com o mesmo, tenho vários e todos os dias gosto de variar para não me cansar dos cheiros apesar de serem ótimos. Tenho ótimos conhecimentos sobre perfumes , sei que a palavra “ perfume “ deriva do latim “per fumum“ que significa “pela fumaça“, pois foi justamente pela fumaça que os nossos ancestrais primitivos tomaram conhecimento dos perfumes que exalavam das florestas em chamas. Antes mesmo de dominar o fogo, o homem sentiu os cheiros que algumas árvores com troncos odoríficos, como o cedro e o pinheiro, soltavam no ar. Depois, quando o fogo foi dominado, o homem deliberadamente passou a queimar madeiras e folhas para sentir o aroma que lhe agradava, assim como durante as oferendas aos deuses. Todos os dias me ponho a pé às nove da manhã porque é de manhã que se começa ao dia e quando me ponho pronta já são quase horas de almoçar. Tenho várias ementas, não gosto de comer sempre a mesma coisa e tenho ótimos cozinheiros escravos. Da parte de tarde vou até às termas e vou às compras com as escravas para me certificar que não compram nada mal e, por fim, janto com a minha família. Há noite para não

estragar a pele, retiram-me a

maquilhagem e visto a minha camisa de noite, e durmo bela e feliz como uma princesa. Margarida


O dia-a-dia de um homem rico Olá! Como é habitual, hoje acordei ao nascer do sol e a primeira coisa que ouço são galinhas, mas o que dá gosto ouvir é os pássaros, a verdadeira música para os meus ouvidos! Lavei a cara e calcei os socos de madeira. A seguir, fui tomar o pequeno- almoço que o meu criado preparou. Comi pão, queijo e bebi água. De manhã aproveitei para receber, em minha casa, os meus clientes que ofereceram uma cesta com alimentos. Depois fui tartar dos meus negócios e visitor as minhas propriedades. Aproveitei para andar a cavalo, pois precisava de espairecer, de sentir o vento na cara, de cheirar a fragância da primavera, de ver as árvores dançando ao som do vento. Voltei a casa e fui almoçar carne fria, fruta, legumes e vinho. Que delicia! Após o almoço voltei ao meu trabalho e, ao meio da tarde, fui às termas tomar banho de água bem quente e relaxar. Fiz ginástica e desfrutei de uma bela massagem. Pouco depois fui jogar damas com os amigos, conversar e fazer a minha leitura. Umas horas depois fui dar um passeio ao fórum para saber de novidades. O dia terminou com a minha refeição principal, a ceia. Convidei a minha família e amigos e fizemos uma festa. Comi vários pratos, todos eles servidos pelos meus escravos em travessas, de onde os meus convidados retiravam a comida com uma colher. Depois do banquete, veio a distração: os músicos e as bailarinas mais belas da região. A noite já ia longa e continuávamos a rir e a rir, a divertir e a cantar, a dançar e aquilo sim, era um grande banquete! É bom conviver com as outras pessoas e divertir! Assim dá gosto viver … Ana Peixoto


A mulher rica no tempo dos romanos Olá, sou a Vanessa e vou contar um dia da minha vida. Acordo de manhã por volta das 10h15m, levanto-me e vou tomar o pequeno- almoço, que é chá com torradas. Quando chego à cozinha já está quase tudo pronto em cima da mesa, pois a minha escrava, a Zulmira, já tinha ido buscar o pão e o chá de hortelã (que é o meu preferido) ao mercado, só faltava acabar a combustão do chá e da água. No fim de tomar o pequeno-almoço, a minha escrava foi comigo para o meu quarto e ajudou-me a vestir, pentear, lavar-me e até me pôs um pouco de perfume (tinha de estar toda catita pois logo à tarde as minhas amigas vão aparecer na minha domus, para uma festa). O meu marido, Augusto, saiu logo pela manhã, por isso não o vejo até à hora de deitar (ele é um homem muito ocupado, está sempre cheio de trabalho). Como não tinha nada para fazer, decidi ir até ao mercado ver o que se passava por lá. Fui numa charrete e, por estranho que pareça, até os cavalos me cheiravam a perfume. Os primeiros perfumes surgiram há mais ou menos 800 mil anos, quando o homem descobriu o fogo. Os deuses eram homenageados com a oferenda de fumo proveniente da queima de madeira e de folhas secas. O passo seguinte, na evolução do emprego dos aromas, foi a adaptação das pessoas, para o uso particular, que provavelmente aconteceu entre os egípcios. Nesta altura, por onde quer que se passe sente-se o cheiro a perfume, pois quase toda a gente o usa. Estava eu a passear pelo mercado, quando passei em frente a uma loja, que me chamou particularmente à atenção. Dentro dessa loja estava uma mulher a fazer chá, tanto infusões, que era uma simples emersão das folhas em água, como tisanas, que acontecia quando se fervia água juntamente com folhas. Aquilo chamou-me à atenção, não sei porquê, mas o que é certo é que até comprei mais chá para experimentar (comprei chá de tília e cidreira). Depois, olhei para as horas e já eram 13h00, por isso fui para casa, almocei e mais uma vez fui tomar um banho com umas poções aromáticas que tinha comprado no mercado (sim,


comprei poções mas esqueci-me de referir). Passado uma hora, estava a chamar pela Zulmira para me vir ajudar a vestir e a perfumar. E agora vocês devem estar a pensar: “ tanto banho e perfume que eles tomam”, pois é que Roma foi considerada capital mundial do banho por alguma coisa foi. Depois de eu estar toda bonita, com o cabelo arranjado, perfume, joias…já estava quase na hora da festa. As minhas amigas começaram a chegar e a festa começou. A Zulmira serviu o chá que eu tinha comprado, fruta e alguns copos de vinho para quem não quisesse chá. Eu e as minhas amigas estivemos horas a falar e a beber. Na sala pairava um agradável cheiro a perfume. Estava estafada, pois quando elas foram embora já era tardíssimo. Então, a minha escrava arrumou a sala e ajudou-me a despir e a tirar todas as joias. Assim, pude, finalmente, deitar-me à beira do meu querido Augusto. E, assim, termina um dia da minha vida.

Beatriz Sá Campos

A vida de um comerciante Certo dia estava o Carlos a vender em plena praça de Roma os seus produtos, quando uma senhora da classe Alta se aproxima dele e pede-lhe que lhe mostre os seus produtos. Mostrei-lhe as sedas vindas da China, os alimentos colhidos na horta, os magníficos tecidos vindos de África, os utensílios de cozinha, de agricultura, da pesca e aquilo que as pessoas mais apreciavam no meu mercado: os perfumes. Eram perfumes exclusivos, pois fazia-os de maneira especial. Para começar, colhia algumas plantas aromáticas, como alfazema, colocandoas numa solução de vinagre. Agitava o frasco lentamente todos os dias, até ao fim de uma semana. Seguidamente, repetia o mesmo processo três vezes. Depois das três vezes, pegava num passador e filtrava as ervas ficando apenas o liquido. Para lhe dar um cheiro mais aromático, juntava rosas e o processo era o mesmo. Esperava mais três semanas e o produto podia ser vendido. A senhora adorou o meu produto, e sempre que ia à praça comprava-o.

Carlos Angeiras


Mulher Rica Era mais um dia normal da minha vida passado em Roma. Um dia que vos vou contar. De manhã, perto das 8 horas acordei e ordenei à minha ama que prepara-se um banho com os melhores sais que tínhamos em casa e, no fim do banho preparado, que servisse o pequeno-almoço. De seguida, fui para o quarto escolher um vestido mais apropriado para sair à rua. A minha escrava doméstica é que tratava dos meus longos cabelos, escolhia o chapéu e as joias. No fim de estar vestida e penteada, coloquei um dos melhores perfumes que tinha e saí de casa até ao parque da cidade, para dar um pequeno passeio e aproveitei também para ler um pouco. Aproximada a hora de almoçar decidi regressar a casa. Quando lá cheguei já o almoço estava a ser servido, e o meu marido à mesa, à minha espera para começar almoçar. Almoçámos e no fim fomos à casa de um casal amigo, para tomar um chá e conviver. Um pouco antes da hora do chá, saímos para comprar algumas variedades de chá, sais perfumados para o banho e também alguma roupa. Voltámos para a casa dos nossos amigos, para por a água do chá a aquecer, pusemos as ervas na água a ferver e esperamos uns cinco minutos. Depois de o chá feito, ficámos a conviver mais um bocado. Mais tarde, voltámos para casa, jantámos, e senti necessidade de tomar outro banho, e no fim fui descansar.

Elsa Guedes


Mulher rica Eu sou uma mulher rica, vivo na domús e tenho várias escravas domésticas que tratam de mim. Hoje vou pedir às escravas para pentearem-me, com penteado glamoroso nunca antes visto para poder impressionar as pessoas, maquiarem-me e essas coisas que uma mulher rica gosta de fazer. Quando elas acabarem de tratar de mim, pedirei a um escravo para ir ao Fórum Romano comprar chá do melhor, porque eu estou um pouco doente e dizem que o chá ajuda a atenuar insónias, dores de cabeça, dores intestinais, hipertensão e muitas outras coisas. Também vou mandar comprar perfume para o banquete que decorrerá à noite, pois quero que tudo cheire bem. Quando

estava

pronta

tocaram

à

campainha e era uma das minhas primeiras convidadas. Quando estava toda a gente, a festa começou. A minha festa tinha de tudo, vinho, comida, escravos a fazer malabarismo, escravas a servir à mesa e muitas outras coisas. Durante a festa conversamos sobre o vestuário de cada uma, sobre o cabelo, mas também jogamos e dançamos. Mais tarde, pedi a uma escrava para começar o banho aromatic de petalas de flores. Os perfumes contêm misturas de fragrâncias dissolvidas num solvente, geralmente o etanol (solução, cujo solvente é o álcool). O etanol, por sua vez, contém sempre uma pequena quantidade de água. Quando tudo terminou e as minhas convidadas foram embora fui dormir, pois estava um pouco cansada. Nós ricos somos do grupo dos privilegiados, temos tudo aquilo que queremos.

Mariana Ferreira Vidal


Mulher rica Hoje é um novo dia! Tenho de fazer aquilo que normalmente faço todos os dias, que vos vou contar. Normalmente, quando acordo vou tomar o pequeno-almoço com a minha família. Tenho uma mesa enorme cheia de comida só para o pequeno- almoço. No fim, vêm buscar o meu filho para a escolar e só depois me vou arranjar. Trato do cabelo e do meu aspeto, com a ajuda da minha escrava doméstica, e faço o meu penteado, a minha maquilhagem e perfumo-me toda, pois é chique, cá em Roma, o uso do perfume. Mais tarde o meu filho chega a casa, vamos almoçar, onde mais uma vez temos a mesa requintada. À tarde enquanto o meu filho vai fazer os trabalhos de casa com ajuda de um pedagógo, eu e o meu marido vamos para as termas relaxar. Pelo caminho parámos sempre numa banca de chá. A senhora que vende aqueles chás deliciosos chama-se Catarina e dizem que ela é uma curandeira. Foi ela que criou aquelas bebidas relaxantes e calmantes que servem não só para relaxar e acalmar, mas também para curar muitas doenças, apagar a sede e tratamentos para emagrecer. A Catarina faz aqueles chás com muito carinho e com gosto. Ela produz os chás com ervas que encontra, primeiro analisa-as para ver se são saudáveis e se forem próprias para consumo vê exatamente para que servem, mais tarde seca-as, logo depois embala as ervas, que vão dar origem ao chá, para vender, e também confeciona o chá, metendo as ervas dentro de uma cafeteira com água quente até ficar fervido, no fim tira da cafeteira e serve quente ou frio. E como eu estava a dizer, paramos sempre lá, pois ela tem especiarias diferentes todos os dias, mas todas maravilhosas.Depois continuamos e só parámos nas termas. Passamos lá o dia todo, pois também não temos mais nada para fazer. Já ao fim do dia voltamos para casa, onde lá está o nosso filho e a nossa escrava doméstica. Passado uma hora, mais ou menos, que é o tempo de irmos tomar banho e arranjarmo-nos novamente, vamos jantar, nada muito pesado, pois hoje como é sexta-feira temos uma festa no


palácio do imperador com todos os nossos amigos. Começamos a organizar isto todas as sextaferiras, e hoje é o dia de festa. Enquanto vamos para a festa o nosso filho fica em casa com a escrava doméstica. No palácio, divertimo-nos imenso. Lá há malabaristas, muita comida, música e muito divertimento e sentido de humor. Já de madrugada, chegámos a casa. Como é natural já está tudo a dormir, incluindo a escrava doméstica. Assim, foi mais um dia em Roma.

Inês Silva

Uma escrava …

Chamo-me Raquel e sou uma escrava. Vou contar-vos um dia da minha vida. Acordo cedo, pois o dever chama-me. Quando o galo canta já estou a pé a preparar um maravilhoso e fantástico pequeno-almoço para a Dona Alice e a sua filha Dona Ana. São

pessoas fantásticas mas, ao

mesmo tempo muito duras e exigentes. Depois de acabarem o pequeno-almoço junto-me com o meu marido e os meus filhos a comer o resto da comida que sobrou. Como a minha dona gosta de tomar chá sempre a meio da manhã preparo-o e depois vou ao mercado. No mercado compro chá, perfumes e as coisas indispensáveis para a alimentação. Às vezes tenho muita dificuldade em escolher os perfumes que devo comprar então, a Dona Alice vem sempre comigo. Assim passo as minhas manhãs. Na hora de almoço como muito pouco pois não há tempo a perder. Costumo passar as tardes a preparar e a ajudar a Dona Alice a pôr-se deslumbrante pois é a única refeição em que a família come toda junta. Primeiro, ajudo a escolher um vestido. Depois, os acessórios como pulseiras, fios, fitas e brincos. Em seguida, arranjo-lhe o cabelo e o toque final, chego-lhe perfume.


Enquanto eu faço isto o meu marido perfuma a sola dos sapatos do senhor rico. À noite vou aos balneários públicos para tomar um duche e logo de seguida, vou para a cama e durmo porque amanhã vai ser outro dia de trabalho.

Raquel Machado

HOMEM RICO

Olá, eu sou um homem rico que vivo no Império Romano. Sou um comerciante de ervas com fins medicinais. As ervas são usadas para atenuar insónias, dores intestinais, hipertensão e ansiedades. As mais vulgares são a erva de cidreira, hortelã, tília, salva e valeriana. O chá é um arbusto que quando plantado para a colheita das suas folhas não ultrapassa o metro e meio. Existem muitas lendas sobre o início do seu uso como bebida. O registo mais antigo é chinês, tendo sido o seu uso vulgarizado na Coreia e no Japão. A importação do chá para a Europa foi feita pelos portugueses na época dos Descobrimentos. A princesa portuguesa Catarina de Bragança, quando casou com o rei inglês Carlos II, levou o hábito de beber chá para a corte inglesa, mas só a partir do séc. XIX é que o chá passou a ser a bebida comum como hoje em dia. Quanto aos perfumes do Império Romano, o comércio de matérias-primas perfumadas foi estimulado pela criação de rotas comerciais para a Arábia, Índia e China. No período imperial os romanos chegaram a perfumar os cavalos! Assim, Roma tornou-se a capital mundial do banho, um ritual luxuoso jamais visto em qualquer outra cultura. Os cidadãos mais ricos tinham até as solas dos sapatos perfumadas.

Ricardo Guedes


Uma mulher rica Olá! Eu sou a Isabel uma mulher rica. Vivo de privilégios, tenho uma casa no campo a que damos o nome de villae e vivo na cidade numa casa chamada domus, com muitos escravos. Tenho uma escrava doméstica que me acompanha e cuida de mim. Trato os meus empregados bem e estes respeitam-me. Estou habituada a tomar um chá ao meio da tarde, mas se o chá não vier eu fico muito furiosa. Para fazer chá deve-se filtrar a água, depois pré aquecer o bule e colocar um pouco de água fervente num vaso de cerâmica ou porcelana onde quer que a infusão seja feita. Cobrir o bule com a tampa. Deixar descansar até aquecer e remover a água. Colocar a erva para a infusão no infusor, peneirar no fundo; colocar uma colher de chá de erva por vaso. A quantidade depende do chá que se deseja e depois derramar a água quente sobre a erva e deixar a infusão descansar. Depois tem que se cubrir para manter o calor. Remover as folhas (se estiver usando peneira ou infusor) ou passar o chá para outro recipiente. O chá serve para refrescar, estimular, curar uma dor de cabeça. Há vários tipos de chás, cada chá serve para uma coisa, por exemplo: - Alecrim: ajuda a aliviar os gases e cólicas; - Camomila: é usado como calmante, auxilia a digestão e alivia as cólicas menstruais; - Erva-cidreira: é utilizado como calmante; - Erva-doce: ajuda a aliviar irritações no estômago, Hortelã: tem ação refrescante e estimulador da digestão; - Sabugueiro: o chá de sabugueiro alivia os sintomas de gripes e resfriados; - Tomilho: é recomendado para problemas gastrointestinais,

além

de

aliviar

a

congestão

pulmonar. O meu marido, quando vai viajar traz-me perfumes ou joias, mas eu gosto mais dos perfumes, pois têm um cheiro magnífico. Quando vou visitar o Fórum Romano gosto de ir aos mercados onde se vendem perfumes, pois gosto de os cheirar. Na cidade há mais de cem casas de banho públicas e privadas, onde todas as classes sociais frequentam. Também há um mercado com cinco andares e cento e cinquenta lojas, é o mercado que eu mais gosto.


Ah! Em relação aos perfumes, esqueci-me de referir que tomamos “banho” com perfume, pois nós tínhamos as roupas e o calçado perfumados, isto era um ritual feito em Roma, em mais nenhum sítio se repete este ritual. Os medicamentos eram feitos com ervas, estes eram usados para atenuar insónias, dores intestinas, hipertensão, ansiedades, …As ervas mais utilizadas eram a cidreira, hortelã, tília, salva, valeriana, …

Sara Santos Oliveira

Uma mulher rica Levantei-me de manhã cedo e fui tomar o pequeno almoço. Tomei chá para as dores de cabeça que a minha escrava me tinha feito. De seguida, fui ao cabeleireiro e à manicura porque logo vou ter uma festa muito importante e chique. Depois do cabeleireiro e da manicura fui comprar umas roupas para toda a gente da minha família vestir na festa. O meu marido foi levar os cavalos a perfumarem-se, porque vamos para a festa numa liteira. A minha filha e o meu filho chegam da escola e vão arranjar-se logo, para não chegarmos atrasados à grande festa. Reparei durante a festa que as mulheres tinham penteados lindos e as bijutarias que usavam eram também lindíssimas. Os homens iam simples mas bonitos. Estava uma senhora japonesa no balcão a fazer chás. Disseram na festa que veio do Japão para fazer chá para a festa. Toda a gente dizia que o melhor chá era o de hortelã. Então fui provar e realmente era muito bom. Há muitos exemplos de chás: verde, preto, hortelã... cada um faz bem a uma coisa e alguns às dores de cabeça ... Havia escravos espalhados pelos salões da festa para servirem às mesas e a comida estava fabulosa. As crianças estavam a brincar umas com as outras que nem se deu conta delas. Á noite os casais foram dançar. No final da dança os homens juntaram-se a conversar e as mulheres também, os escravos também mereciam alguma recompensa pelo seu trabalho.

Sara Saldanha de Morais


Uma Mulher Rica A minha vida quotidiana é como a vida de todas as outras mulheres ricas. Não fazemos nada, limitámo-nos a mandar os escravos fazer. Tomo chá, arranjo-me bem e faço tudo para estar bonita. Um ritual, que eu acho fantástico é o de tomar banho. Um ritual luxuoso. Na cidade podemos encontrar mais de 100 casas de banho públicas e privadas perfumadas com ervas aromáticas. Até os meus escravos podem ter o privilégio de as frequentar. E por falar em ervas aromáticas, sabiam que são usadas para a medicina? Sim, é verdade, são utilizadas para insónias, não é que eu tenha, pois sou rica não preciso de me levantar cedo. Mas não é só para insónias, também é para dores intestinais, ansiedade, entre muitas outras coisas. Mas a coisa que eu mais adoro são os perfumes e os incensos, aqueles cheiros agradáveis. Eu, como mulher rica, tenho o privilégio de ter as solas dos sapatos e os meus cavalos perfumados. Mas claro, não sou eu que perfume essas coisas, são os meus escravos. Apesar de eu adorar isto tudo, o nosso gosto por estas coisas está a passar dos limites imagináveis

pois

está

a

criar

um

enorme

desequilíbrio nos pagamentos do Império. Não sei como isto vai acabar, mas não vai ser de uma boa maneira.

Inês Filipa Gomes Pereira




PROJETO INTERROGAR A CIÊNCIA 2011/12

Apresentação do trabalho desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa – 8º ano

Trabalho: Tendo em conta o período de implementação do projeto (2º período), optei pela elaboração de textos de opinião (matéria que estava a ser lecionada), a partir de artigos da revista Superinteressante, existente na biblioteca escolar.

Turma selecionada e motivo da escolha: o projeto foi desenvolvido na turma A do 8º ano, composta por 20 elementos. Esta foi a principal razão da escolha desta e não de outra turma, já que pretendia levar a cabo a realização de trabalho de grupo.

PLANIFICAÇÃO Objetivos: Desenvolver

práticas

de

relacionamento

interpessoal

responsável

e

cooperativo; Relacionar a aprendizagem escolar com vivências pessoais; Participar em atividades de pesquisa, organização e tratamento de informação; Aprofundar conhecimentos relativos à compreensão de textos científicos; Produzir textos sobre temas científicos; Manifestar opiniões e pontos de vista pessoais.

Competências e Conteúdos: Leitura – textos científicos Escrita – modelos de escrita: texto de opinião


Experiências de Aprendizagem: Trabalho de grupo para leitura e conhecimento de textos científicos da revista Superinteressante. Cinco grupos com cinco temáticas a serem trabalhadas; Pesquisa de informação a partir de indicações dadas; Esclarecimento de vocabulário com recurso ao dicionário; Identificação de termos e/ou expressões do domínio científico; Produção de textos de opinião sobre a temática apresentada no artigo lido; Apresentação dos trabalhos à turma.

Avaliação: Empenho, participação, capacidade de trabalho com os pares; Qualidade dos trabalhos produzidos.

A professora

Susana Maria da Silva Vieira


GRUPO 1 – Super Interessante nº86

1. Procurem responder às questões que se seguem, após a leitura atenta do artigo que vos foi entregue. 2. Qual é o tema a que se liga o artigo? 3. Qual é a ideia principal veiculada nele? 4. Quais são as evidências científicas do progresso na área? 5. Quais foram os problemas técnicos dos primeiros tempos? 6. Quais são as vantagens dos últimos tempos? 7. Quais são os problemas suscitados pelas novas tecnologias? 8. Qual é a conclusão do autor do artigo sobre o tema? 9. Quais são os termos e/ ou conceitos específicos da linguagem científica presentes no texto? O que significam? A que área pertencem? (Consultem o dicionário)

2. Certamente têm a vossa opinião sobre a temática abordada. Redijam um texto de opinião em que exponham a vossa visão da situação. Façam a planificação prévia.








GRUPO 2– Super Interessante nº81

1. Procurem responder às questões que se seguem, após a leitura atenta do artigo que vos foi entregue.

1. 2. 3. 4. 5. 6.

Qual é o tema a que se liga o artigo? Quais são as caraterísticas físicas do espaço? Quais são as caraterísticas humanas do espaço? Que atividades são aí levadas a cabo? Qual é a conclusão (ideia principal) veiculada no texto? Quais são os termos e/ ou conceitos específicos da linguagem científica presentes no texto? O que significam? A que área pertencem? (Consultem o dicionário)

2. Certamente têm a vossa opinião sobre a temática abordada. Redijam um texto de opinião em que exponham a vossa visão da situação. Façam a planificação prévia.









GRUPO 3 – Super Interessante nº77

1. Procurem responder às questões que se seguem, após a leitura atenta do artigo que vos foi entregue.

1. 2. 3. 4. 5.

Qual é o tema a que se liga o artigo? Qual é a ideia principal veiculada nele? Quais são os argumentos que fundamentam essa ideia? Qual é a conclusão do autor do artigo sobre o tema? Quais são os termos e/ ou conceitos específicos da linguagem científica presentes no texto? O que significam? A que área pertencem? (Consultem o dicionário)

2. Certamente têm a vossa opinião sobre a temática abordada. Redijam um texto de opinião em que exponham a vossa visão da situação. Façam a planificação prévia




GRUPO 4 – Super Interessante nº77

Procurem responder às questões que se seguem, após a leitura atenta do artigo que vos foi entregue.

1. Qual é o tema a que se liga o artigo? 2. Qual é a ideia principal veiculada nele? 3. Quais são os argumentos que fundamentam essa ideia? 3.1. Quais são os objetivos dos gerontólogos? 3.2. Quais são as evidências científicas do progresso (técnicas) ao longo dos tempos? 3.3. Quais são os obstáculos à obtenção de bons resultados? 4. Qual é a conclusão do autor do artigo sobre o tema? 5. Quais são os termos e/ ou conceitos específicos da linguagem científica presentes no texto? O que significam? A que área pertencem? (Consultem o dicionário)

2. Certamente têm a vossa opinião sobre a temática abordada. Redijam um texto de opinião em que exponham a vossa visão da situação. Façam a planificação prévia.









GRUPO 5 – Super Interessante nº84

1. Procurem responder às questões que se seguem, após a leitura atenta do artigo que vos foi entregue. 1. Qual é o tema a que se liga o artigo? 2. Qual é a ideia principal veiculada nele? 2.1. Quais foram as ações levadas a cabo para fundamentar essa ideia? 3. Qual é a conclusão do autor do artigo sobre o tema? 4. Quais são os termos e/ ou conceitos específicos da linguagem científica presentes no texto? O que significam? A que área pertencem? (Consultem o dicionário)

2. Certamente têm a vossa opinião sobre a temática abordada. Redijam um texto de opinião em que exponham a vossa visão da situação. Façam a planificação prévia.










Devem ou não existir clínicas de luxo para os animais?

Achamos um exagero a existência de clínicas tão luxuosas para animais, quando há pessoas que precisam de tratamentos médicos e não têm acesso a eles. Apesar da nossa oposição, apontamos algumas ideias que nos levam a, em parte, compreendermos essa realidade. Assim, o aspeto a favor de tal instituição é ser cumprida a Declaração dos Direitos dos Animais, nomeadamente no que diz respeito ao reconhecimento por parte da espécie humana do direito à existência das outras espécies animais, assim como ao seu tratamento digno. Consideramos como aspetos negativos deste tipo de instituições o facto de os animais não serem cidadãos, por isso não devem ser tratados como seres humanos. Achamos que este exagero é um atentado moral contra as pessoas que não têm acesso a tratamentos nem sequer à alimentação. Faznos também confusão que alguns donos tratem os seus animais como pessoas e, mais ainda, quando lhes deixam heranças que podiam ser utilizadas para fins solidários. Em questões de dinheiro, o utilizado nos equipamentos e edifícios de luxo poderia ser usado para melhorar as condições de vida de algumas famílias ou na ajuda de instituições de caridade. Perante a apresentação de todos estes aspetos, reafirmamos que este género de clínicas de luxo é um exagero absurdo.

Trabalho de grupo de Inês Azevedo, Leonardo Dinis, Hélder Fernandes, Alexandra Salgado - 8ºA


Aumento da longevidade

Na nossa opinião, o homem deve agir sobre a natureza contra o envelhecimento, embora de forma moderada. Consideramos que, em relação aos aspetos positivos, são importantes fatores como a melhoria da qualidade de vida, o avanço nas investigações científicas e o aumento de anos de vida do ser humano. Na verdade, com a melhoria da qualidade de vida, os idosos ficam a necessitar menos da ajuda dos outros. Relativamente ao avanço nas investigações científicas, sobretudo a nível da genética, podem ser combatidas doenças próprias da idade. Acrescentamos que o aumento de anos de vida torna os idosos mais felizes porque estão com os seus familiares e amigos em situação de bem-estar e não como um “estorvo”. No entanto, não podemos dar falsas esperanças aos idosos, pois estes podem acreditar na ilusão da eternidade (de que não se morre). Para além disso, em termos de aspetos negativos, é difícil que as experiências nos humanos sejam compatíveis com as realizadas nos animais, para se saber se os efeitos seriam os mesmos, pois os organismos são diferentes e há situações que não são aplicáveis ao ser humano. Haveria ainda a necessidade de serem criadas soluções para o aumento da população na faixa da terceira idade porque com a população ativa a diminuir seria uma situação social crítica. Apesar de termos apresentado aspetos positivos e negativos para o tema, mantemos a nossa opinião de que o homem deve intervir contra o envelhecimento.

Trabalho de grupo de Sara Abreu, Carina Martins, Ricardo Rodrigues, Ana Cláudia Andrade - 8ºA


Escola Secundária Padre Benjamim Salgado Docente: Susana Vieira Ano Letivo 2011/2012

O papel das tecnologias no jornalismo Consideramos que a inovação das tecnologias no jornalismo é vantajosa, embora tenha, como vários aspetos da vida, fatores a favor e contra. Na nossa opinião, algumas das muitas vantagens da inovação das tecnologias são a melhoria da eficácia e da rapidez na escolha da informação, no seu processamento e ainda na sua distribuição, que ocorre com a ajuda da internet. Antes desta existir, a comunicação era lenta e difícil, mas agora a internet permite o contacto direto e na hora com diferentes pessoas para troca de informações, a difusão de conteúdos a mais grupos de pessoas, graças às notícias online, permitindo também a possibilidade de se ler as notícias sem custo, pois não é necessário comprar o jornal, e há ainda a possibilidade de o jornalista poder trabalhar

em

qualquer

parte.

Em contrapartida, esta evolução apresenta alguns aspetos negativos dos quais se destacam o imediatismo pode levar à transmissão de informações erradas devido à falta de tempo para o jornalista testar a sua veracidade e o dinheiro gasto em equipamentos bastante caros. Apesar das desvantagens apresentadas, reafirmamos que a inovação das tecnologias no jornalismo é vantajosa.

Ana Bourbon Bruna Martins Catarina Vaz João Ribeiro

8ºA


A publicidade na sociedade

Consideramos que a publicidade atual é globalmente má para a sociedade e julgamos que tem mais aspetos negativos do que positivos. No nosso ponto de vista, os aspetos positivos da publicidade são permitir a divulgação mais rápida e eficaz de novos produtos e serviços, e até de campanhas de solidariedade, além de informar as pessoas (do que devem fazer para se prevenir, por exemplo, contra as doenças sexualmente transmissíveis). O último aspeto positivo que encontrámos é a existência de alguma ética ao serem divulgadas, por exemplo, bebidas alcoólicas a partir das 22horas. Por outro lado, pensamos que os aspetos negativos da publicidade atual são transformar necessidades simples em rituais de luxo (lavar os dentes, fazer a barba, entre outros), pois, ao exagerar as qualidades de um produto, o publicitário está a enganar o consumidor. Além disso, há um outro conjunto de pontos negativos: um anúncio publicitário pode levar a gastos desnecessários se as pessoas não tiverem uma vontade firme, os cartazes invadem as cidades e causam poluição e, por fim, a publicidade subverte os valores ao elogiar produtos que fazem mal à saúde tais como o fastfood, os refrigerantes, entre outros. Como quisemos mostrar, a publicidade atual tem os seus aspetos positivos, mas os negativos prevalecem.

Trabalho de grupo de Sara Abreu, Carina Martins, Ricardo Rodrigues, Ana Cláudia Andrade - 8ºA


A possibilidade de existência de vida extraterrestre

Na nossa opinião, devemos procurar extraterrestres. Consideramos que a compreensão de ambientes fora da terra, a descoberta de novas espécies e até de novos planetas é muito importante para a evolução dos nossos estudos científicos, pois permitem o avanço das tecnologias no nosso planeta e das investigações científicas. No nosso ponto de vista, os gastos financeiros em tecnologias sofisticadas (sondas, telescópios, radiotelescópios…) são uma desvantagem muito grande, pois gastamos dinheiro em coisas desnecessárias, dinheiro esse que poderia ser utilizado em benefício dos mais necessitados. Por outro lado, a criação de certos mitos à volta do tema pode fazer com que as populações fiquem com medo ou sugestionadas. Perante isto, consideramos que a procura de extraterrestres é muito importante para a sociedade, sendo os pontos positivos mais fortes do que os negativos.

Trabalho de grupo de Maria Gomes, Ana Machado, Maria João Sousa, Carlos Rodrigues - 8ºA




PROJETO INTERROGAR A CIÊNCIA - 10º D

Trabalho a realizar: A - Biografias sobre jovens cientistas portugueses B – Texto criativo pessoal - “Eu – cientista ….” PARTE A:   

Definir grupos de trabalho. Escolher o/a cientista a trabalhar. Biografia do cientista escolhido Indicações de alguns tópicos passíveis de serem abordados: - breves aspetos da vida pessoal (naturalidade, data de nascimento, percurso escolar, algumas curiosidades…; - área em que se destaca (breve descrição, descodificando, sempre que possível e necessário, o vocabulário científico associado) ; - dificuldades e/ou incentivos com que se depara/deparou na área de investigação (financeiros (bolsas), burocráticos,…) - dedicação ao trabalho (tempo gasto, …) - se trabalha no estrangeiro, o que o/a levou a estabelecer-se lá fora; -contributos para a ciência a nível nacional e internacional; - (…) Suportes de pesquisa: - Internet: sites relacionados com o tema “jovens cientistas portugueses” Ex.: cientistas portugueses na Europa; cientistas portugueses dão cartas em Portugal e no estrangeiro; sites das universidades, centros de investigação, etc. - notícias de jornais ( publicadas na net, por ex.); - revistas (biblioteca escolar) - dicionários - (…) Indicação de alguns cientistas: António Damásio António Coutinho Carlos Duarte Maria Mota, Cristina Rodrigues Luís Rocha Elvira Fortunato Marília Cascalho, Leonor Gonçalves, Nuno Barbosa – Morais, Miguel Ramalho – Santos João Magueijo Miguel Vale de Almeida Outros … 

Apresentação do trabalho – Finais de Outubro, em suporte digital (powerpoint, Word; Filme; Prezi…) Nota: o trabalho deverá ser sucinto e claro e em moldes cuja extensão corresponda ao formato escolhido.

B – Texto criativo pessoal - “Eu – cientista ….” 

Género textual à escolha (poema, autobiografia, texto de opinião, …)


Apresentação e realização deste trabalho – Após a apresentação da Parte A, em data a combinar.

INTERROGAR A CIÊNCIA - Grupos de trabalho

Grupo I

Cientista a trabalhar:

1 –Ana Dinis 3 – Ana Salgado 8 – Cátia 9 – Cláudia

Grupo II 4- André

Cientista a trabalhar: António Damásio

7- Catarina 11- Helena 20 – Pedro André

Grupo III 12 – Marcelo

Cientista a trabalhar: Carlos Duarte

14 – João Abreu 19 – Nuno 21 – Rafael

Grupo IV

Cientista a trabalhar:

2 – Ana Carvalho 5 – Bruno 10 – Diana 24 – Pedro Silva

Grupo V 6 – Carlos André

Cientista a trabalhar: Maria Mota

13 – João Pedro 16 – Luís 25 – Luís Filipe

Grupo VI 15 – João Mota 17 – Marlene 22- Sara

Cientista a trabalhar: Cristina Rodrigues




Trabalho elaborado por: -Ana Dinis nº1 -Ana Salgado nº3 -Cátia Azevedo nº8 -Cláudia Azevedo nº9

1


ÍNDICE Introdução………………………………………………3  Bilhete de identidade ………………………………4  Percurso Escolar……………………………………...5  Curiosidade……………………………………………..6  Área Cientifica em que se destaca …………..7 

2


INTRODUÇÃO Este trabalho foi feito no âmbito da disciplina de Português, integrado no projeto “Interrogar a ciência” e subordinado ao tema “Jovens cientistas portugueses “. Nós iremos abordar alguns aspetos relacionados com o cientista António Coutinho, um dos mais influentes cientistas portugueses a nível mundial.

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BILHETE DE IDENTIDADE: Nome completo: António Manuel Pinto do Amaral Coutinho Data de Nascimento: 8 de Outubro 1946 Idade: 66 anos Signo: Balança Local de nascimento : Aveiro , Vera Cruz Filho de: Armindo Tavares Coutinho e de Maria da Nazaré Pinto do Amaral Estado civil: Casado com Maria Teresa Pires Domingos

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PERCURSO ESCOLAR Em 1969 conclui a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e em 1974 recebeu os graus do doutor em microbiologia mĂŠdica e de docente em imunologia pelo Instituto karolinska, Estocolmo, SuĂŠcia.

5


PERCURSO PROFISSIONAL Investigador do Instituto de imunologia de Basileia, na Suiça, entre 1975 e 1979, foi nomeado professor e diretor do Departamento de imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Umea, na Suécia, cargo que exerceu entre 1979 e 1982. Entre 1982 e 1998, foi Diretor do Serviço de Imunobiologia no Instituto Pasteur, em Paris e desde 1998 exerce funções de Diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência. António Coutinho é um dos cem imunologistas mais citados e mais influentes no mundo.

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ÁREA CIENTIFICA EM QUE DESTACA: Imunologia – é o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário (ou imunológico) . Lida, entre outras coisas, com o funcionamento fisiológico do sistema imunológico de um indivíduo no estado sadio, ou pelo contrário, com o mau funcionamento do sistema imunológico de seres doentes (com doenças imunológicas: doenças autoimunes, hipersensitivadade , deficiência Imune, rejeição pós enxerto). 7


NOTÍCIA “Cientistas portugueses no top dos mais citados” “António Coutinho, António Damásio e Carlos Duarte constam numa lista de 250 cientistas de todo o Mundo mais citados em 21 áreas científicas entre 1981 e 2002. Dos três investigadores, apenas o primeiro trabalha presentemente em Portugal, dirigindo o Instituto Gulbenkian de Ciência.” ( Jornal Noticias , publicado em 26-08-2005 , por Eduarda Ferreira). 8


PRÉMIOS Durante a sua carreira científica, recebeu vários prémios e distinções: Prémio Fernstrbmska em 1981; Prémio Aniversário da FEBS em 1982; Prémio Gulbenkian de Ciência em 1987; Prémio Behring-Metchnikoff, da Sociedade Francesa de Imunologia, em 1990; Prémio Lacassagne do "College de France" em 1995; Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil) em 1998; Légion d'Honneur (França) em 2001; Placa de Homenagem da Sociedade Brasileira de Imunologia em 2002;Prémio Universidade de Lisboa em 2007; distinção com a Ordem do Infante D. Henrique em 2003 e com o Prémio Universidade de Lisboa. Em 2007, António Coutinho figurou no ranking do Science Citation Index de 2002 como um dos cem cientistas mais influentes no mundo, ao longo dos últimos vinte anos. 9


António Coutinho tem mantido intensa atividade de conferencista na Europa, EUA, Japão, América latina, tem sido professor visitante em várias Universidades e Institutos Europeus e Americanos. A sua atividade científica foi repetidamente premiada na Europa e no Brasil. 10


C0NCLUSÃO 

Com este trabalho, concluímos que António Coutinho é um grande cientista e que a sua investigação na área das doenças ligadas ao sistema imunitário tem contribuído bastante para os avanços da ciência. Daí a sua projeção a nível nacional e internacional.

11


BIBLIOGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_A. _Coutinho  http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=478 91&op=all 

12


Projeto interrogar a ciĂŞncia

CARLOS DUARTE


Biografia 

Carlos Duarte nasceu em Lisboa, no ano de 1965, no entanto naturalizou-se Espanhol, após um doutoramento na Universidade de Mcgill, no Canadá. Foi considerado, em 2005, um dos três cientistas de origem portuguesa mais influente no Mundo nos últimos 20 anos


O curriculum deste cientista é verdadeiramente impressionante. Licenciou-se em Biologia, pela Universidade de Coimbra, em 1987, curso que, confessa, o desiludiu um pouco. Quando entrou para a universidade queria fazer investigação genética, mas, ao ter de estudar a cadeira (na altura, baseada num livro de 1949), desistiu dessa área. No final do curso, começou a fazer investigação no Centro de Neurociências de Coimbra, em biologia celular básica Nos anos seguintes foi, durante o Verão, fazer investigação para laboratórios norte-americanos, canadenses, entre outros. Em 1989, começou a dar aulas, como assistente, na Universidade de Coimbra e, em 1993, concluiu a tese de doutoramento. Fez investigação em diversas áreas da biologia celular, como a morte celular de neurónios, o processo de morte celular e os processos de sensibilização intracelular. Neste momento faz pouca investigação laboratorial. É responsável pela orientação ou co-orientação de doutoramentos de outros cientistas e dá aulas de Neurobiologia como professor auxiliar. Foi considerado pela revista "Pública" (n.º 163, de 4 de Julho de 1999) um dos "Jovens Einsteins portugueses", ou seja, um dos melhores e mais produtivos cientistas portugueses com menos de 40 anos.


Foi em Madrid que se licenciou em “Ciências Biológicas”, tendo passado por Lisboa onde esteve no Instituto Superior de Agronomia para estudar a ecologia das plantas marinhas. Foi galardoado com o Prémio de Ciência e Investigação da 2ª edição dos Prémios Culturais das Artes e da Ciência "Baleares do Mundo", atribuídos pelas ilhas espanholas. Foi reconhecido pelo seu trabalho como cientista e pelas funções que desempenha como investigador do Conselho Superior de Investigações Cientificas (CSIC), no Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados (Imedea) da Universidade balear. Já tinha sido agraciado em 2001 com a medalha Evely Hutchinson de excelência científica, da American Society of Limnology & Oceanography, entidade a que preside este ano. 

É um dos três cientistas portugueses na lista dos 250 investigadores mais influentes do mundo, em mais de 20 áreas científicas apuradas entre 1901 e 2002, segundo os indicadores ESI da consultora Thompson. António Damásio e António Coutinho foram os outros dois


Área em que se destaca 

Carlos Duarte centra o seu trabalho essencialmente na biologia marinha e celular. Os seus principais interesses científicos relacionam-se com o estudo das reações intracelulares, resultante de estímulos recebidos pelas células, e o estudo dos processos de morte celular. Em Palma de Maiorca, no Instituto Mediterrânico de Estudos Avançados da Universidade das Ilhas Baleares, desenvolve a sua atividade. É professor e realiza diversos tipos de investigação em recursos naturais. A ecologia marinha, as alterações climáticas e os ecossistemas costeiros são algumas das áreas estudadas por si.


Além da ciência…

Consciente da velocidade com que surgem novas descobertas científicas nesta e em todas as áreas, a importância que dá à leitura regular de artigos científicos está bem patente no gabinete que partilha com Edgar Gomes, Ramiro Almeida e outros cientistas. Em cima da sua secretária está uma enorme pilha de artigos científicos para ler. Enquanto professor e orientador, considera indispensável transmitir o conhecimento adquirido ao longo dos anos, daí que seja crucial estar atualizado. Carlos Duarte é um cientista muito dedicado ao seu trabalho, no entanto, apesar do tempo que dedica à ciência, tem sempre disponibilidade para outras atividades, como ler, praticar jogging e viajar.


Trabalho realizado por:    

Rafael Mota; João Fernandes; João Abreu; Nuno Gomes;

Turma 10ºD



Escola: Escola Secundária Padre Benjamim Salgado Turma: 10ºD Nome: João Mota; Marlene Vieira; Sara Oliveira Números: 15,17; 22 Disciplina:Português Professora: Teresa Magalhães


Indíce: Introdução; Vida pessoal e Profissional da cientista;

Malária; Prémios; Conferência "Genomes 2008" ; Curiosidades; Conclusão; Bibliografia.


 O nosso grupo vai fazer uma breve apresentção sobre a jovem cientista Cristina Rodrigues.  Falaremos da sua vida profissional e dos projetos que realizou no âmbito da Biologia microbiana.


 Cristina Rodrigues é uma jovem cientista portuguesa que se destaca na Área da Biologia.  Tendo-se licenciado em Biologia Microbiana e Genética na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (2003), desde então dedica-se ao estudo da malária, nomeadamente no Cenix BioScience GmgH em Dresden (Alemanha), no IMM e no Instituto Gulbenkian de Ciência. Como referimos em cima , Cristina Rodrigues licenciou-se em Bilogia Microbiana e Genética. O ramo da biologia estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração (genética) e a Biologia Microbiana é uma teoria científica que sustenta que os microorganismos são a causa de inúmeras doenças.

Genética – ADN .


 A malária é o foco de estudo desta investigadora, tendo identificado os fatores do hospedeiro (habitat natural de cada parasita) responsáveis pela infetação das células do fígado. Estes parasitas são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência.  Segundo a própria "O conhecimento da biologia básica das interações entre o hospedeiro e o parasita é essencial para o desenvolvimento de abordagens profiláticas e o tratamento da doença através do bloqueio de fatores que o parasita necessite para infetar"

Insecto da malária .


Doença infecciosa causada pelo protozoário unicelular (Plasmodium), transportado pela fêmea do mosquito (Anopheles).

Pelo protozoário unicelular (Plasmodium) Fêmea do mosquito (Anopheles)


 Esta bióloga venceu o Prémio Europeu (Revealing Host Factors Important for Hepatocyte Infection by Plasmodium, 2007), na conferência europeia “Genomes 2008”, pelo seu doutoramento em biologia celular (dia 11 de abril de 2008, em Paris). Este prémio é atribuído anualmente por um júri de três cientistas de topo na área dos microrganismos patogénicos e destina-se a distinguir as três melhores teses de doutoramento europeias. Cristina Rodrigues foi uma das felizes contempladas com a sua tese de doutoramento em Biologia Celular, em que identificou fatores do hospedeiro importantes para a infeção das células do fígado pelo parasita da malária.


A conferência de "Genomes 2008" é organizada por investigadores de institutos europeus e decorre no Instituto Pasteur em Paris.

Nesta conferência participam investigadores de todo o mundo que se dedicam ao estudo de microrganismos patogénicos e aproveitam a ocasião para partilhar e discutir os seus trabalhos desenvolvidos nessa área. Este prémio, de 2000 euros, foi muito importante para Cristina Rodrigues, pois, como a própria referiu “reflecte a apreciação do trabalho que realizámos pela comunidade científica internacional."


Cristina Rodrigues concluiu a sua tese de doutoramento Revealing Host Factors Important for Hepatocyte Infection by Plasmodium in 2007 com apoio da FCT através de uma bolsa de doutoramento. A tese foi orientada por Maria Manuel Mota, no IMM, em colaboração com Graça Vieira, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Teve sempre o apoio dos familiares e amigos , embora a sua família não tivesse muitas possibilidades financeiras, fez sempre tudo o que era possível para que a sua filha pudesse prosseguir os seus estudos e chegar onde chegou - ser uma das mais reconhecidas investigadoras na área dos microrganismos patológicos, mormente a Malária, estudo a que se dedica com muito empenho e já algum sucesso.


 Com este breve trabalho, pudemos constatar que Portugal não só tem excelentes cientistas, como muios deles são jovens interessados e empenhados, tendo ainda muito a fazer pela ciência . Para tal ,só necessitam de mais incentivos e apoios a todos os níveis.

 Tal como é referido pela investigadora, “actualmente são poucas as oportunidades” para os jovens investigadores a nível nacional. “A investigação que é feita é muito boa, porém eram precisos mais institutos de investigação, mais financiamento para equipamentos, projetos de investigação e bolsas para formação de pessoas (…) Estes componentes são essenciais para que haja mais oportunidades para jovens investigadores em Portugal”. No entanto, considera a mesma que o trabalho de investigação científica “tem sido cada vez mais valorizado. E acho que isso se deve ao facto de nos últimos anos haver uma maior comunicação da ciência por investigadores, institutos e jornalistas”.


Bibliografia :  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:DNA_Overview2_shorter.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_microbiana_das_doen%C3% A7as http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria http://www.google.pt/search?hl=ptPT&pq=microbiana&cp=4&gs_id=p&xhr=t&q=mal%C3%A1ria& bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=38897761&biw=1280&bih=64 7&wrapid=tljp135344562189309&um=1&ie=UTF8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=DvGrULe6OM6ChQf 0r4DoCA http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=25875&op=all













Trabalho elaborado por: Diana Dias Rita Carvalho Bruno Sampaio Pedro Silva 10ยบD 1


Introdução Neste trabalho iremos falar sobre uma cientista portuguesa que se chama Maria Manuel Mota. Vão poder conhecer a sua vida, o seu trabalho , o que a inspirou para a investigação da malária. A nossa abordagem irá ser muito simples: imagens, pouco texto(mas o suficiente para que todos vocês a fiquem a conhecer) e um curto vídeo . Esperemos que gostem!

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É um dos rostos da nova geração da ciência em Portugal: Maria Manuel Mota, 38 anos, imunologista, investiga o parasita da malária e os seus mecanismos, com o intuito de salvar milhões de crianças.

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Maria Mota Biografia

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Cientista portuguesa, nascida em 1971, na Madalena, no concelho de Vila Nova de Gaia, desde cedo demonstrou vocação para a biologia, área em que se licenciou na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo feito depois o mestrado em imunologia. Interessou-se por parasitologia, principalmente pela patologia da malária. Concluiu a sua tese de doutoramento na University College de Londres (1998) e fez o pósdoutoramento na New York University Medical Center (2001), onde também lecionou.

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Desenvolve estudos sobre a malária no Instituto Gulbenkian de Ciência, tendo elaborado um artigo sobre o assunto para a revista Science, enquanto vivia nos Estados Unidos da América. Em 2004, ficou entre os 25 jovens cientistas galardoados com European Young Investigator Award. Recebeu um prémio de 1 milhão de Euros que lhe permitiu continuar a sua investigação sobre o parasita da malária, durante cinco anos, no Instituto Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa. O prémio foi-lhe entregue a 26 de agosto, em Estocolmo.

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Malária ..\Videos\Downloads do RealPlayer\Apresentação AP Malária YouTube.wmv

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Como tudo começou A história começa de uma forma simples e vulgar: o fascínio por esta área foi-lhe incutido por professores marcantes. Neste caso, dois professores de biologia da escola secundária acabaram por desviá-la da área da matemática, onde, até então, achava que pertencia. “Quando era jovem já queria fazer investigação, mas não fazia a mais pequena ideia do que isso era”. Ouviu vagamente os familiares que lhe propunham medicina, “não queria, de todo, atender pessoas nem fazer operações”, e passou ao lado da sugestão de que farmácia era uma “proissão tão bonita para uma senhora”.

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Já na Universidade do Porto, escolheu biologia, mas ficou perplexa: não queria estudar animais, detestava ir observar pássaros de madrugada com os colegas, era incapaz de tocar em répteis, odiou o estudo das plantas. Só gostava de biologia celular e microbiologia, a histologia permitia-lhe deliciar-se com o estudo dos tecidos. Mais uma vez tudo aconteceu por acaso: com o abrir uma porta que ela aproveitou para espreitar. Estava quase a terminar a licenciatura quando, num corredor do departamento de anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), onde trabalhava como voluntária, deparou com um anúncio para um mestrado em imunologia dirigido pela cientista Maria de Sousa. Apesar de achar que nunca seria escolhida, candidatou-se. Saiu da entrevista convencida de que nunca seria chamada, mas uma semana mais tarde chegou a carta que estabeleceu “a grande mudança”. O mestrado levou-a a Lisboa e a Londres, obrigou-a a aprender inglês e a deixar de lado qualquer vontade de desistir, mesmo quando tudo parecia insuportavelmente difícil. A preparação em imunologia era praticamente nula – agarrou-se aos livros e aprendeu. 9


Porquê a malária? “Acho que na minha vida tudo tem sido uma questão de coincidências. Em 1992, ainda nem tinha acabado o curso, concorri a um mestrado de Imunologia no Porto. Nunca me fascinou a imunologia pura e dura e quando chegou o módulo da infeção mudou tudo, sobretudo com os organismos que infetavam macrófagos, células que existem para os combater. Fiquei fascinada com o facto de um organismo escolher viver no perigo. Por isto, quis escolher a leishmania.”

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Malária

A malária é uma doença tropical causada por protozoários (seres eucariontes unicelulares) do género Plasmodium (cerca de 11 espécies deste género conseguem infetar humanos). Estes protozoários conseguem invadir um organismo humano a partir da picada de mosquitos do género Anopheles que estejam infetados. Esta doença é extremamente mortal, estimando-se que cause a morte de 3 milhões de pessoas por ano. Estes organismos parasitam células específicas do nosso corpo, começando primeiro pelas hepáticas (células do fígado) e, mas tarde, pelos glóbulos vermelhos. 11


Notícia publicada «O laboratório de Maria Mota, no IMM, foi pioneiro no desenvolvimento, nos últimos anos, de um sistema in vitro que permite monitorar o processo de infeção por esporozoitos de malária, o primeiro estádio infecioso para humanos e transmitido por mosquitos em células humanas de fígado.» Este é um excerto de uma notícia publicada no CH de 7 de Julho de 2005.

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Conclusão Podemos concluir que Maria Mota, apesar de jovem, é uma importante cientista da nova geração em Portugal. Ela escolheu investigar o parasita da malária e os seus mecanismos, porque ficou fascinada com o facto de um organismo escolher viver no perigo. As suas descobertas irão ajudar a salvar milhões de pessoas.

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Bibliografia • • • •

http://upmagazine-tap.com/pt_artigos/factor-x/ http://www.infopedia.pt/$maria-manuela-mota http://upmagazine-tap.com/pt_artigos/factor-x/ http://www1.ionline.pt/interior/index.php?p=newsprint&idNota=123424 • http://www.cienciahoje.pt/8933

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Condicionantes da atividade enzimรกtica

Autores: Ana Gonรงalves Ana Mendes Ana Pinheiro

Professor Coordenador: Nuno Ferreira

Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado


Condicionantes da atividade enzimática

Índice

Resumo ............................................................................ Erro! Marcador não definido. Sumário …………………………………………………..…………………...…………4 Capítulo I – Introdução ..................................................................................................... 5 Capítulo II – Experiência/Metodologia ............................................................................ 8 Capítulo III – Apresentação e discussão dos resultados ................................................. 10 Capítulo IV – Conclusão ................................................................................................ 18 Referências bibliográficas .............................................................................................. 20 Anexos ............................................................................................................................ 20

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Resumo Este trabalho foi desenvolvido para clarificar a função da catalase; comparar a atividade da catalase em diferentes condições metabólicas (dormência, anoxia e germinação); relacionar o efeito da temperatura, do pH e das concentrações de enzima e de substrato sobre a atividade da catalase e finalmente, eliminar a ambiguidade dos resultados estabelecidos pelos alunos com a experiência que é tradicionalmente realizada para o estudo deste tema. Seleccionou-se a batata (tubérculo da batateira) como fonte de catalase, cuja atividade foi mensurada através da determinação do volume de oxigénio produzido por minuto e por grama de peso fresco. O método de investigação assentou na metodologia experimental, onde se compararam diferentes grupos experimentais com o grupo controlo, preconizado pelas batatas submetidas a 100ºC. Quanto aos resultados obtidos, a atividade da catalase sofre influência de vários factores: temperatura, pH, condições metabólicas diferentes e concentrações de enzima e de substrato. Todavia, verificou-se um desvio entre os resultados obtidos e os esperados teoricamente, no que respeita à variação das condições metabólicas, à concentração de substrato e de enzima. Conclui-se, portanto, que a atividade da catalase é condicionada por diferentes fatores do meio, que interferem, por sua vez, nos processos metabólicos.

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Sumário O primeiro capítulo – Introdução – tem como finalidade contextualizar e apresentar o estudo a desenvolver. Para além disso, enunciam-se os objectivos, bem como a importância da investigação realizada. O segundo capítulo – Experiência / Metodologia – descrevem-se as opções metodológicas utilizadas e o material usado. No terceiro capítulo – Apresentação e Discussão dos resultados – apresenta-se e discute-se os resultados obtidos, em função dos objectivos estabelecidos para o estudo. O quarto capítulo – Conclusões – apresentam-se as conclusões do trabalho de investigação, uma síntese dos resultados obtidos em articulação com o problema de investigação e os objectivos formulados. Inclui ainda algumas sugestões/orientações para o prosseguimento de outros estudos que se enquadrem nesta temática, bem como as limitações do estudo realizado. Finalmente, apresenta-se a bibliografia consultada e os anexos.

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Capítulo I – Introdução Enzimas são um grupo de substâncias orgânicas de natureza geralmente proteica com actividade intra ou extra celular que têm funções catalisadoras, catalisando reacções químicas que, sem a sua presença, dificilmente aconteceriam ou aconteceriam a uma velocidade demasiado baixa. Isso é conseguido através do decréscimo da energia de activação necessária para que se dê uma reacção química, resultando no aumento da velocidade da reacção e possibilitando o metabolismo dos seres vivos. A capacidade catalítica das enzimas torna-os adequados para aplicações industriais, como na indústria farmacêutica ou na alimentar. As enzimas apresentam um elevado grau de especificidade, catalisando apenas um determinado tipo de reacção química, grande parte das enzimas actua apenas sobre um tipo particular de substância, designada substrato. Esta capacidade das enzimas deve-se à sua estrutura, pois a formação do complexo enzima-substrato induz uma mudança conformacional no centro activo que cria condições à quebra – catabolismo – e/ou síntese de ligações químicas – anabolismo – nas moléculas do(s) substrato(s). Esta especificidade pode ser absoluta ou relativa. A actividade enzimática é condicionada por diversos factores: pH, temperatura; quantidade de substrato e quantidade de enzima. Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

O pH é um factor que interfere com a actividade enzimática, pois pode alterar a distribuição das cargas eléctricas das enzimas. Verifica-se que no caso da catalase, valores elevados de acidez (pH baixo) ou basicidade (pH elevado) tornam a enzima inactiva. De facto o pH do meio interfere com a conformação do centro activo, podendo, em casos extremos, conduzir à desnaturação da enzima, tornando-a permanentemente inactiva. A temperatura é outro factor que condiciona a actividade enzimática. Tanto as temperaturas baixas como as temperaturas elevadas inactivam enzimas como a catalase. Contudo, no caso de as enzimas serem submetidas a temperaturas baixas, essa inactivação é reversível. Por outro lado, quando sujeitas a temperaturas muito elevadas a inibição é irreversível. Quando as enzimas são submetidas a elevadas temperaturas rompem-se ligações que conduzem a uma alteração da conformação da enzima e, consequentemente a uma modificação do centro activo. Este tipo de alteração da conformação associada à perda da actividade biológica é designado de desnaturação.

Mesmo que a temperatura regresse para valores inferiores, não se restabelecem as mesmas ligações químicas, tornando a enzima permanentemente inactiva. Por outro lado, quando as enzimas são sujeitas a temperaturas baixas, não ocorre rompimento de ligações, mas apenas compactação da molécula, dificultando as ligações com o substrato. Uma vez restabelecida a temperatura, a enzima torna-se novamente activa. Observa-se, ainda, que a velocidade das reacções catalisadas por enzimas aumenta à medida que a concentração de substrato vai aumentando até se atingir um valor máximo, a partir do qual a velocidade se mantém constante. Este comportamento resulta do facto de quanto maior for a quantidade de moléculas de substrato disponíveis no meio, maior seja a velocidade de reacção ate que todas as enzimas estejam ocupadas (ponto de saturação) A concentração de enzima é outro factor que condiciona a actividade enzimática. Verifica-se que a velocidade de reacção aumenta, de forma proporcional, com o aumento da concentração da enzima enquanto houver substrato disponível no meio. Para estudar o efeito da temperatura, do pH e das concentrações de enzima e de substrato sobre a actividade enzimática escolheu-se a enzima catalase. A catalase existe nas células eucarióticas nos peroxissomas (pequenas vesículas esféricas constituídas por Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

uma menbrana simples e por uma matriz que contém grandes quantidades desdta enzima). A catalase (formalmente designada hidroperoxidase) é uma enzima capaz de desdobrar o peróxido de hidrogénio (H2O2) conduzindo à formação de água e oxigénio. O peróxido de hidrogénio vulgarmente conhecido como água oxigenada, é uma substância tóxica que se forma nas células em consequência de determinadas reacções metabólicas. Se não for eliminada por acção da catalase, esta substância acumula-se, conduzindo à morte celular. Por esta razão esta enzima existe nas células dos mais diversos tecidos, como o da batata, um dos locais onde é possível encontrá-la em abundância. Esta actividade laboratorial foi delineada para clarificar a função da catalase; comparar a actividade da enzima catalase em diferentes condições metabólicas (dormência, anoxia e germinação); conhecer o efeito da temperatura e do pH sobre a actividade das enzimas; relacionar o efeito da temperatura e do pH com a estrutura e o modelo de acção enzimático; relacionar a velocidade de uma reacção catalisada enzimaticamente com a concentração das enzimas e do substrato e eliminar a ambiguidade dos resultados estabelecidos pelos alunos com a experiência que é tradicionalmente realizada para o estudo deste tema. Para tal seleccionou-se a batata (tubérculo da batateira) como material biológico, um orgão de reserva nutricional produzido na Primavera e que permanece em dormência durante o Inverno para, na Primavera seguinte, dar origem a novas plantas. Quando estão reunidas determinadas condições ambientais, os gomos (meristemas) da batata desenvolvem-se, originando pequenos caules em crescimento (batata grelada).

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Condicionantes da atividade enzimática

Capítulo II – Experiência/Metodologia Material: - almofariz e respectivo pilão

- gelo

- balança de precisão

- água

- bisturi

- peróxido de hidrogénio 10% (v/v) em

- copos de precipitação

tampão-fosfato (0,05 M, PH 7)

- espátula metálica

- conta-gotas

- placa eléctrica para aquecimento

- pipetas

- recipientes diversos

- solução 0,1 M de ácido clorídrico

- régua

- solução 0,1 M de hidróxido de sódio

- seringas de plástico (10 ml)

- batatas (tubérculos de S. tuberosum)

- cronómetro

Procedimento: 1- preparar/obter lotes de 3 batatas nas seguintes condições fisiológicas ou experimentais: a) batatas à temperatura ambiente; b) batatas em gelo (4ºC) durante pelo menos 90 minutos; c) batatas cozidas (100º C durante 10 minutos); d) batatas imersas em água durante 24 horas (flooding = inundação); e) batatas “greladas” (germinadas)

2- partindo pelo lote a), retirar uma pequena porção de polpa da superfície de cada uma das 3 batatas e esmagá-las conjuntamente num almofariz. (Nota: no ensaio com as batatas a 4ºC, o almofariz, a seringa e a solução de H2O2 devem ser previamente arrefecidos)

3- Depositar no interior de uma seringa de 10 ml cerca de 0,15 g da polpa triturada.

4- Aspirar 3 ml da solução de peróxido de hidrogénio e vedar rapidamente a abertura da seringa com o dedo polegar; agitar suavemente rodando a mão duas a três vezes. Aguardar 1 minuto. Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

5- Decorrido o tempo de reacção, retirar o dedo polegar da abertura da seringa e estimar a variação de volume (distância percorrida pelo êmbolo em resultado da formação da espuma característica – bolhas de O2).

6- Repetir os passos 2 a 5 com as batatas dos restantes lotes.

7- Depositar no interior de uma seringa 0,15 g de polpa triturada de batata do lote a). Aspirar 3 ml de solução de peróxido de hidrogénio com 4 gotas de HCl (previamente misturados) e vedar rapidamente a abertura da seringa com o dedo polegar; agitar suavemente rodando a mão duas a três vezes. Aguardar 1 minuto.

8- Depositar no interior de uma seringa 0,15 g de polpa triturada de batata do lote a). Aspirar 3 ml de solução de peróxido de hidrogénio com 4 gotas de NaOH (previamente misturados) e vedar rapidamente a abertura da seringa com o dedo polegar; agitar suavemente rodando a mão duas a três vezes. Aguardar 1 minuto.

9- Depositar no interior de uma seringa 0,20 g de polpa triturada de batata do lote a). Repetir passos 4 e 5.

10- Depositar no interior de uma seringa 0,25 g de polpa triturada de batata do lote a). Repetir passos 4 e 5.

11- Depositar no interior de uma seringa 0,30 g de polpa triturada de batata do lote a). Repetir passos 4 e 5.

12- Depositar no interior de uma seringa 0,15 g de polpa de batata do lote a). Aspirar 4ml de solução de peróxido de hidrogénio. Repetir passos 4 e 5.

13- Depositar no interior de uma seringa 0,15 g de polpa de batata do lote a). Aspirar 5ml de solução de peróxido de hidrogénio. Repetir passos 4 e 5.

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Condicionantes da atividade enzimática

14- Depositar no interior de uma seringa 0,15 g de polpa de batata do lote a). Aspirar 6ml de solução de peróxido de hidrogénio. Repetir passos 4 e 5.

Capítulo III – Apresentação e discussão dos resultados Resultados

De seguida são apresentados os resultados globais relativos aos 3 ensaios (tabelas 1, 2 e 3), bem como à média dos ensaios (tabela 4) para cada lote de batatas. Tabela 1 – Registo de resultados do ensaio 1 Condições

Peso (g)

T de reacção (min)

Variação de volume (ml)

Actividade da catalase (mlO2/min.g PF)

4ºC

0,15

1

1,25

8,33

Temperatura amb.

0,15

1

1,5

10

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Batatas greladas

0,15

1

0,5

3,33

Temperatura ambiente + HCl

0,15

1

1,0

6,67

Temperatura ambiente + NaOH

0,15

1

1,5

10

Temperatura ambiente + 0,20 g

0,20

1

2,0

10

Temperatura ambiente + 0,25 g

0,25

1

4,0

16

Temperatura ambiente + 0,30 g

0,30

1

4,5

15

0,15

1

2,75

18,33

0,15

1

2,25

15

Temperatura ambiente + 4ml de H2O2 Temperatura ambiente + 5ml de H2O2 Temperatura ambiente + 6ml de H202

10 0,15

1

1,5

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Tabela 2 – Registo de resultados do ensaio 2

Condições

Peso (g)

T de reacção (min)

Variação de volume (ml)

Actividade da catalase (mlO2/min.g PF)

4ºC

0,15

1

0,75

5

Temperatura amb.

0,15

1

1,5

10

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Batatas greladas

0,15

1

0,75

5

Temperatura ambiente + HCl

0,15

1

1,0

6,67

Temperatura ambiente + NaOH

0,15

1

1,75

11,67

Temperatura ambiente + 0,20 g

0,20

1

2,75

13,75

Temperatura ambiente + 0,25 g

0,25

1

3,0

12

Temperatura ambiente + 0,30 g

0,30

1

5,0

16,67

0,15

1

2,0

13,33

0,15

1

2,0

13,33

0,15

1

1,5

10

Temperatura ambiente + 4ml de H2O2 Temperatura ambiente + 5ml de H2O2 Temperatura ambiente + 6ml de H202

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Tabela 3 – Registo de resultados do ensaio 3

Condições

Peso (g)

T de reacção (min)

Variação de volume (ml)

Actividade da catalase (mlO2/min.g PF)

4ºC

0,15

1

0,5

3,33

Temperatura amb.

0,15

1

2,0

13,33

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Batatas greladas

0,15

1

0,75

5

Temperatura ambiente + HCl

0,15

1

1,5

10

Temperatura ambiente + NaOH

0,15

1

1,5

10

Temperatura ambiente + 0,20 g

0,20

1

3,0

15

Temperatura ambiente + 0,25 g

0,25

1

3,5

14

Temperatura ambiente + 0,30 g

0,30

1

4

13,33

0,15

1

2,5

16,67

0,15

1

1,5

10

0,15

1

1,5

10

Temperatura ambiente + 4ml de H2O2 Temperatura ambiente + 5ml de H2O2 Temperatura ambiente + 6ml de H202

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Tabela 4 – Média dos 3 ensaios Condições

Peso (g)

T de reacção (min)

Variação de volume 1 ensaio(ml)

Variação de volume 2 ensaio(ml)

Variação de volume 3 ensaio(ml)

Média da variação de volume dos 3 ensaios

Actividade da catalase (mlO2/min.g PF)

4ºC

0,15

1

1,25

0,75

0,5

0,83

5,53

Temperatura amb.

0,15

1

1,5

1,5

2,0

1,67

11,13

100ºC

0,15

1

0

0

0

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

0,5

0,5

0,5

3,33

Batatas greladas

0,15

1

0,5

0,75

0,75

0,67

4,47

Temperatura ambiente + HCl

0,15

1

1,0

1,0

1,5

1,17

7,8

Temperatura ambiente + NaOH

0,15

1

1,5

1,75

1,5

1,58

10,53

Temperatura ambiente + 0,20 g

0,20

1

2,0

2,75

2,5

2,42

12,1

Temperatura ambiente + 0,25 g

0,25

1

4,0

3,0

3,5

3,5

14

Temperatura ambiente + 0,30 g

0,30

1

4,5

5,0

4,0

4,5

15

Temperatura ambiente + 4ml de H2O2

0,15

1

2,75

2,0

2,5

2,42

16,13

Temperatura ambiente + 5ml de H2O2

0,15

1

2,25

2,0

1,5

1,92

12,8

Temperatura ambiente + 6ml de H202

0,15

1

1,5

1,5

1,5

1,5

10

Quanto à actividade da catalase em batatas submetidas a temperaturas diferentes, os valores apresentados reflectem o que se espera quanto ao efeito da temperatura na catálise enzimática (figura 1). A 100ºC, as enzimas sofrem uma modificação irreversível da sua conformação, tornando-se inactivas. Esta inactividade resulta da Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

quebra de ligações, sobretudo pontes de hidrogénio, necessárias para a definição e perpetuação da tridimensionalidade das proteínas, conduzindo à sua desnaturação. Este tratamento a 100ºC serviu de controlo à experiência, uma vez que foi necessário verificar se, com a catalase inactiva, ocorria algum deslocamento do êmbolo da seringa devido a outros factores, tais como a agitação e o efeito da gravidade. A 4ºC, a maior rigidez e compactação estrutural das enzimas a par da menor probabilidade de ocorrerem colisões entre a catalase e o peróxido de hidrogénio, contribuem para que a actividade enzimática seja mais lenta. Para uma temperatura de 18ºC (temperatura ambiente), constata-se que a catalase apresenta uma eficiência catalítica mais elevada, isto é, maior taxa ou velocidade a que os produtos da reacção catalisada se formam.

Fig. 1. Actividade da enzima catalase a diferentes temperaturas (pH neutro, concentrações de enzima e substrato constantes).

No que diz respeito à actividade da catalase em diferentes condições fisiológicas – dormência, flooding e germinadas – verifica-se que a actividade da catalase é maior nas batatas em dormência (Figura 2). Este facto contraria o esperado teoricamente. Segundo Hartman et al. (1997), a germinação dos gomos desencadeia uma intensa actividade metabólica na polpa da batata, onde a rápida mobilização do amido e de outros compostos disponibiliza os substratos essenciais para a produção de energia e para a biossíntese de proteínas. Portanto, esperar-se-ia que a actividade da catalase fosse superior à verificada nas batatas em dormência. Esta diferença dos resultados em relação ao esperado poderá dever-se ao facto de as batatas estarem ainda numa fase precoce de germinação, uma vez que os ensaios foram realizados no início da Primavera. Por outro lado, também se esperaria uma maior actividade da catalase de batatas imersas durante 24 horas em relação à actividade da catalase de batatas em Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

dormência. Segundo Barker e Saifi (1952), nas batatas submetidas a anoxia (ausência de oxigénio), ocorre fermentação alcoólica, com consequente acumulação de álcool etílici. Julga-se que a elevada produção deste composto nas plantas e em condições de flooding se deve a um mecanismo que engloba duas vias fermentativas (Arteca, 1997; Zyprian, 1997) em reacção à anoxia. Primeiramente, o ácido pirúvico (resultante da glicólise) é convertido em ácido láctico, o que leva à acidificação do meio intracelular. Por sua vez, esta diminuição do pH inibe a enzima lactato desidrogenase e activa as enzimas piruvato descarboxilase e álcool desidrogenase envolvidas na biossíntese de álcool etílico, levando à sua acumulação na polpa das batatas imersas na água. Esta situação de anoxia estimula a produção de peroxissomas (organelos auto-replicativos) que contém elevadas quantidades de catalase (sintetizada nos ribossomas livres do citoplasma) que utiliza o peróxido de hidrogénio para oxidar e neutralizar outras substâncias tóxicas, como nitritos e o etanol, e depois a catalase para decompor a quantidade de remanescente peróxido de hidrogénio (Hedt, 1997; Moore et al. 1995). Este desvio entre os resultados obtidos e a previsão teórica, poderá ser devida ao facto de se terem utilizado batatas intactas, isto é, por descascar.

Fig. 2. Actividade da enzima catalase em diferentes condições fisiológicas (pH neutro, concentrações de enzima e substrato constantes).

Relativamente à actividade da catalase em diferentes condições de pH (Figura 3), verifica-se que a enzima apresenta maior actividade em meio neutro e básico em relação ao meio ácido. Apesar de não se ter determinado o valor de pH das soluções obtidas, constata-se que o pH influencia a catálise enzimática, uma vez que alguns dos aminoácidos do centro activo das enzimas contêm um grupo ionizável, que perde ou ganha protões (H+), tornando-se activo apenas num determinado estado de ionização. Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

Neste caso, um aumento ou diminuição ligeira do pH relativamente ao pH óptimo (presumivelmente neutro) levou à diminuição da actividade da catalase, mais evidente na situação de meio ácido.

Fig. 3. Actividade da enzima catalase em diferentes condições de pH (temperatura ambiente 18ºC, concentrações de enzima e substrato constantes).

Quanto ao efeito da concentração de enzima sobre a actividade enzimática, a taxa ou velocidade da reacção é directamente proporcional à concentração das moléculas de catalase presentes no meio (Figura 4 e Figura 5). Para a interpretação dos resultados, partimos do pressuposto que quanto maior a quantidade de batata, maior a quantidade de enzimas presentes e, portanto, maior a velocidade de reacção enzimática. No entanto, talvez devido a um erro de medição, constata-se que a actividade da catalase, 0,2 gramas de batata, é superior ao registado para uma quantidade de batata de 0,15 gramas.

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Condicionantes da atividade enzimática

Fig. 4. Actividade da enzima catalase em relação à quantidade de batata (pH neutro, temperatura ambiente 18ºC, concentração de substrato constante).

Fig. 5. Actividade da enzima catalase em relação à quantidade de batata (pH neutro, temperatura ambiente 18ºC, concentração de substrato constante).

No que concerne à influência da concentração de substrato na actividade da catalase, verifica-se que a actividade enzimática aumenta com a concentração de substrato até um determinado valor máximo (para 4ml de peróxido de hidrogénio), a partir do qual diminui (Figura 6 e Figura 7). Para a interpretação dos resultados, partimos do pressuposto que quanto maior o volume de substrato, maior a quantidade de moléculas de substrato presentes. Os resultados obtidos não estão de acordo com os esperados, esperar-se-ia que, após atingida e velocidade máxima (concentração de substrato de 4ml), a velocidade se mantivesse estacionária para valores de concentração de substrato superiores, devido a que todas as enzimas presentes estariam ocupadas na Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

catálise. Desse modo, os centros activos das enzimas atingem a saturação, o que explicaria a velocidade constante.

Fig. 6. Actividade da enzima catalase em relação ao volume de substrato (pH neutro, temperatura ambiente 18ºC, concentração de enzima constante).

Fig. 7. Actividade da enzima catalase em relação ao volume de substrato (pH neutro, temperatura ambiente 18ºC, concentração de enzima constante).

Capítulo IV – Conclusão Da análise dos resultados e atendendo aos objectivos definidos no capítulo I, parece-nos ser possível tirar as seguintes conclusões: - A temperatura constitui um factor que influencia a actividade da catalase: as baixas temperaturas (4ºC) provocam inactivação da catalase; as altas temperaturas (100ºC) desnaturam as enzimas. A catalase apresenta maior actividade a temperaturas intermédias (18ºC). Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Condicionantes da atividade enzimática

- O estado fisiológico influencia a actividade da catalase: verificou-se que a actividade da catalase é maior em batatas dormentes em relação às germinadas e às submetidas a flooding. (Esta conclusão merece muitas reservas, uma vez que contraria os resultados obtidos por outros investigadores). - O pH também condiciona a actividade da catalase, verificando-se que a enzima apresenta maior actividade em meios neutro e básico relativamente ao ácido. - Quanto maior a quantidade de enzima presente, para o mesmo volume de substrato, maior é a actividade da catalase. - O volume de substrato condiciona a actividade da catalase: para uma quantidade constante de catalase, a actividade desta é proporcional ao volume de substrato até um valor máximo, a partir do qual diminui (esta conclusão merece algumas reservas, visto que contraria os resultados obtidos por outros investigadores). Tal como acontece nas mais diversas investigações, este estudo apresenta algumas limitações. Umas relacionadas com o objecto de estudo; outras com o número de ensaios realizados; ainda outras inerentes à observação e aos instrumentos de recolha de dados, bem como resultantes do tipo de análise efectuada e dos processos empregues no tratamento de dados. Seria interessante e vantajoso replicar este estudo, usando para o efeito outros tipos de enzimas.

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Condicionantes da atividade enzimática

Referências bibliográficas 

Arteca, R., (1997). Flloding, in M. Prasad (ed.), Plant Ecophysiology, p.151-172. New York:Wiley.

Hartman et al. (1997). Plant Propagation : Principles and Pratices, 6ª ed. Upper Saddle River, NJ : Prentice-Hall

Heldt, H.- W., (1997). Plant Biochemistry and Molecular Biology. Oxford: Oxford University Press.

Marques, M., (2004). Catorze Actividades Laboratoriais para o Ensino da Biologia, Porto Editora: Porto.

Matias, O., Martins, P., (2006). Biologia 12, Areal Editores: Porto.

Moore, R. et al. (1995). Botany. Dubuque. IA: Wm. C. Brown Publishers.

Osório, L., (2006). Preparar Testes de Biologia, Areal Editores: Porto.

Silva, A. et al. (2005). Terra, Universo de Vida, Porto Editora: Porto.

Zyprian E., (1997). Fuction of Genetic material – Molecular Biology of environmentally Stressed plants, in H. – D. Behnke (ed.), Progress in Botany, vol. 58. p. 368-385. Berlin: Springer – Verlag.

www.wikipedia.org

www.unl.pt

www.tecnet.pt

www.divulgarciencia.com

www.cienciahoje.pt

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Condicionantes da atividade enzimática

Anexos Fotografias da actividade laboratorial (ilustração de alguns dos estados fisiológicos a que as batatas foram sujeitas).

Imagem 1: Batatas em flooding

Imagem 2: Batatas sujeitas à temperatura de 100ºC

Imagem 3: Batatas sujeitas à temperatura de 4ºC

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Constraints on Enzyme Activity

Authors: Ana Gonรงalves Ana Mendes Ana Pinheiro

Coordinator Teacher: Nuno Ferreira

Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado


Constraints on Enzyme Activity

Abstract This study was designed to clarify the role of catalase; compare the activity of the catalase in different metabolic conditions (dormancy, germination and anoxia); relate the effect of temperature, pH and concentration of enzyme and substrate on catalase activity, and finally, remove the ambiguity of the results established by the students with the experience that is traditionally held for the study of this subject. Potato was selected (the potato tuber) as a source of catalase. Potato activity was measured by determining the amount of oxygen produced per minute and per gram of fresh weight. The research method is based on the experimental methodology, where different experimental groups were compared with the control group whose potatoes are subjected to 100 º C. As for results, the activity of the catalase suffers influence of several factors: temperature, pH, and different metabolic conditions and concentrations of enzyme and substrate. However, there was a difference between the achieved results and those theoretically expected, regarding the variation of metabolic conditions and the concentration of substrate and enzyme. It follows therefore that the activity of the catalase is conditioned by several environmental factors, which interfere, in turn, in metabolic processes.

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Constraints on Enzyme Activity

Index

Contents ........................................................................................................................................ 4 1. Introduction............................................................................................................................... 5 2. Experience/Methodology .......................................................................................................... 7 3. Presentation and Discussion of Results.................................................................................... 9 4 - Conclusion .............................................................................................................................. 18 Bibliography ................................................................................................................................ 19 Attachments ................................................................................................................................ 21

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Constraints on Enzyme Activity

Contents The first chapter - Introduction - aims to contextualize and submit the study to develop. Furthermore, the targets are set out,as well as the importance of research. The second chapter - Experience / Methodology – describes the methodological options used as well as the used material. The third chapter – Results presentation and discussion - presents and discusses the achieved results in terms of the established goals for the study. The fourth chapter - Conclusions - presents the conclusions of the research work, a summary of findings having in mind the issue of research and the formulated goals. It also includes some suggestions / guidelines for further studies on this issue, as well as the limitations of this study. Finally bibliography and appendix are presented.

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Constraints on Enzyme Activity

1. Introduction Enzymes are a group of organic substances with protein nature that present intra or extra cellular activity that has catalyst functions, catalysing chemical reactions that without their presence, would hardly happen or if it happened would occur at a too lower speed. Such is achieved through the decrease in the activation energy needed to take a chemical reaction, resulting in increasing of speed reaction and enabling the metabolism of living beings. The catalytic ability of the enzymes makes them suitable for industrial applications, such as in the pharmaceutical industry or in the food industry. Enzymes have a high degree of specificity, catalysing only a certain kind of chemical reaction. Most enzymes act only on a particular type of substance, known as substrate. This ability of enzymes is a consequence of its structure, since the formation of the enzyme-substrate complex induces a conformational change in the active centre that creates conditions to break - catabolism - and / or synthesis of chemical bonds anabolism – in the molecule(s) of the substrate(s). This specificity can be absolute or relative. The enzyme activity is conditioned by several factors: pH, temperature, amount of substrate and amount of enzyme. The pH is a factor that interferes with the enzyme activity, since it can change the distribution of electrical loads of enzymes. It appears that in the case of catalase, high acidity (low pH) or basicity (high pH) make the enzyme inactive. In fact the middle pH interferes with the conformation of the active center and it can, in extreme cases, lead to the distortion of the enzyme, making it permanentlyminactive. The temperature is another factor that restricts the enzyme activity. Both low temperatures as high temperatures inactive enzymes such as catalase. However, if the enzymes are subjected to low temperatures, that inactivation is reversible. On the other hand, when subjected to very high temperatures the inhibition is irreversible. When enzymes are subjected to high temperatures some connections, that lead to a change in the conformation of the enzyme and hence a change in the active center, are broken. This kind of change of conformation associated with the loss of biological activity is called

denaturing. Even if the temperature returns to lower values, the same chemical bonds are not

restored, so the enzyme is permanently inactive.

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

5


Constraints on Enzyme Activity

On the other hand, when enzymes are subject to low temperatures, there isn’t disruption of connections, but only compression of the molecule, hampering the links with the substrate. The temperature once restored, the enzyme becomes active again. Moreover the speed of reactions catalyzed by enzymes increases as the concentration of substrate increases until they reach a peak, after which the speed remains constant. This behaviour reflects the fact that the greater the number of molecules of substrate available in the middle, the greater is the speed of reaction until all enzymes are employed (point of saturation). The concentration of enzyme is another factor that restricts enzyme activity. It appears that the speed of reaction increases, in proportion with the increase of enzyme concentration

substrate

available

while

it

exists

substrate

in

the

middle.

To study the effect of temperature, pH and concentration of enzyme and substrate on the enzymatic activity it was chosen the enzyme catalase. Catalase exists in the eukaryotic cells of the Peroxysomal (small spherical vesicles formed by a simple membrane and a matrix that contains large amounts of this enzyme). The catalase (usually named hidroperoxidase) is an enzyme able to split the hydrogen peroxide (H2O2) leading to the formation of water and oxygen. The hydrogen peroxide is a toxic substance that is formed in cells as a result of certain metabolic reactions. If not eliminated by action of catalase, this substance builds up, leading to cell death. For this reason this enzyme exists in the cells of many different tissues, such as potatoes, one

of

the

places

where

you

can

find

it

in

abundance.

This laboratorial activity has been designed to clarify the role of catalase; compare the activity of the enzyme catalase in different metabolic conditions (dormancy, germination and anoxia); know the effect of temperature and of the pH on the activity of enzymes; relate the effect of temperature and of the pH with the structure and model of enzyme action; relate the speed of a reaction catalyzed enzymatically with the concentration of enzymes and of substrate and remove the ambiguity of the results achieved by students with the experience that is traditionally held for the study of this subject. For this experience we selected the potato (the potato tuber) as biological material, a body of nutritional reserves produced in the Spring that remains in dormancy during the Winter in order to give rise to new plants in the following Spring. When certain environmental conditions are gathered, the buds (meristems) of potatoes develop themselves, causing small growing stalks (germinated potatoes).

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

6


Constraints on Enzyme Activity

2. Experience/Methodology Material: -Mortar and respective pestle

- ice

-Balance of precision

- water

-Scalpel

- hydrogen peroxide 10% (v / v) in

-Glasses of precipitation

- phosphate buffer (0.05 M, pH 7)

-Metal spatula

- account-drops

-Plate for electrical heating

- pipettes

-Various containers

- 0.1 M solution of hydrochloric acid

-Ruler

- 0.1 M solution of sodium hydroxide

-Plastic syringes (10 ml)

- potatoes (tubers of S. tuberosum)

-Stopwatch

Procedure:

1 - Prepare and obtain lots of 3 potatoes in the following physiological or experimental conditions:

A) potatoes at room temperature; B) potatoes in ice (4 ° C) for at least 90 minutes; C) cooked potatoes (100 ° C for 10 minutes); D) potatoes immersed in water for 24 hours (flooding); E) germinated potatoes

2 - From the lot a) withdraw a small amount of pulp from the surface of each of the 3 potatoes

and

crush

them

together

in

a

mortar.

(Note: in the test with potatoes at 4 ° C, the mortar, the syringe and the solution of H2O2mmustmbemcooled)

3 - Depositing within a 10 ml syringe of about 0.15 g of ground pulp .

4 - Aspirate 3 ml of the solution of hydrogen peroxide and quickly seal the opening of the syringe with the thumb; stir gently and run hand two or three times. Wait 1 minute. Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

7


Constraints on Enzyme Activity

5 – Elapsed reaction time, remove the thumb of the opening of the syringe and estimate the change in volume (distance travelled by the piston as a result of the formation of the characteristic

6

-

from

Repeat

steps

2

to

bubbles

5

with

potatoes

of

for

the

O2).

remaining

lots.

7 - Depositing inside a syringe 0.15 g of ground potato pulp from lot a). Aspirate 3 ml of hydrogen peroxide solution with 4 drops of HCl (previously mixed) and quickly seal the opening of the syringe with the thumb; stir gently and run hand two or three times. Waitm1mminute.

8 - Depositing inside a syringe 0.15 g of ground potato pulp from lot a). Aspirate 3 ml of hydrogen peroxide solution with 4 drops of NaOH (previously mixed) and quickly seal the opening of the syringe with the thumb; stir gently and run hand two or three times. Wait 1 minute.

9 - Depositing inside a syringe 0.20 g of ground potato pulp from lot a). Repeat steps 4 andm5.

10 - Depositing inside a syringe 0.25 g of ground potato pulp from lot a). Repeat steps 4 andm5.

11 - Depositing inside a syringe 0.30 g of ground potato pulp from lot a). Repeat steps 4 andm5.

12 - Depositing inside a syringe 0.15 g of ground potato pulp from lot a). Aspirate 4ml of

the

hydrogen

peroxide

solution.

Repeat

steps

4

and

5.

13 - Depositing inside a syringe 0.15 g of ground potato pulp from lot a). Aspirate 5ml of

the

hydrogen

peroxide

solution.

Repeat

steps

4

and

5.

14 - Depositing inside a syringe 0.15 g of ground potato pulp from lot a). Aspirate 6ml of the hydrogen peroxide solution. Repeat steps 4 and 5.

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Constraints on Enzyme Activity

3. Presentation and Discussion of Results Results

The overall results of the three tests (tables 1, 2 and 3) as well as the average for each potato lot (table 4) are now presented.

Table 1 – Test 1 Results Conditions

Weight (g)

T-reaction

Changes in

(min)

volume (ml)

Catalase activity (mlO2/min.g PF)

4ºC

0,15

1

1,25

8,33

Room Temperature

0,15

1

1,5

10

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Germinated potatoes

0,15

1

0,5

3,33

Room temperature

0,15

1

1,0

6,67

0,15

1

1,5

10

0,20

1

2,0

10

0,25

1

4,0

16

0,30

1

4,5

15

+ HCl Room temperature + NaOH Room temperature + 0,20 g Room temperature + 0,25 g Room temperature + 0,30 g Room temperature Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

+ 4ml de H2O2

0,15

1

2,75

18,33

0,15

1

2,25

15

0,15

1

1,5

10

T-reaction

Changes in

Catalase activity

(min)

volume (ml)

Room temperature + 5ml de H2O2 Room temperature + 6ml de H202

Table 2 – Test 2 Results Conditions

Weight (g)

(mlO2/min.g PF) 4ºC

0,15

1

0,75

5

Room Temperature

0,15

1

1,5

10

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Germinated potatoes

0,15

1

0,75

5

Room temperature

0,15

1

1,0

6,67

0,15

1

1,75

11,67

0,20

1

2,75

13,75

0,25

1

3,0

12

+ HCl Room temperature + NaOH Room temperature + 0,20 g Room temperature + 0,25 g

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

10


Constraints on Enzyme Activity

Room temperature

0,30

1

5,0

16,67

0,15

1

2,0

13,33

0,15

1

2,0

13,33

0,15

1

1,5

10

T-reaction

Changes in

Catalase activity

(min)

volume (ml)

+ 0,30 g Room temperature + 4ml de H2O2 Room temperature + 5ml de H2O2 Room temperature + 6ml de H202

Table 3 – Test 3 Results Conditions

Weight (g)

(mlO2/min.g PF) 4ºC

0,15

1

0,5

3,33

Room Temperature

0,15

1

2,0

13,33

100ºC

0,15

1

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

3,33

Germinated potatoes

0,15

1

0,75

5

Room temperature

0,15

1

1,5

10

0,15

1

1,5

10

0,20

1

3,0

15

0,25

1

3,5

14

+ HCl Room temperature + NaOH Room temperature + 0,20 g Room temperature

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

11


Constraints on Enzyme Activity

+ 0,25 g Room temperature

0,30

1

4

13,33

0,15

1

2,5

16,67

0,15

1

1,5

10

0,15

1

1,5

10

+ 0,30 g Room temperature + 4ml de H2O2 Room temperature + 5ml de H2O2 Room temperature + 6ml de H202

Table 4 – Average of the three Tests Conditions

Weight

T-

Test 1 –

Test 2 –

Test 3 –

Average

Catalase

(g)

reaction

Changes in

Changes in

Changes in

volume

Activity

results (ml)

results (ml)

results (ml)

variation of

(min)

the three

(mlO2/min.g PF)

tests

4ºC

0,15

1

1,25

0,75

0,5

0,83

5,53

Room

0,15

1

1,5

1,5

2,0

1,67

11,13

100ºC

0,15

1

0

0

0

0

0

Flooding

0,15

1

0,5

0,5

0,5

0,5

3,33

Germinated

0,15

1

0,5

0,75

0,75

0,67

4,47

0,15

1

1,0

1,0

1,5

1,17

7,8

Temperature

potatoes Room temperature + HCl Room temperature Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

12


Constraints on Enzyme Activity

+ NaOH

0,15

1

1,5

1,75

1,5

1,58

10,53

0,20

1

2,0

2,75

2,5

2,42

12,1

0,25

1

4,0

3,0

3,5

3,5

14

0,30

1

4,5

5,0

4,0

4,5

15

0,15

1

2,75

2,0

2,5

2,42

16,13

0,15

1

2,25

2,0

1,5

1,92

12,8

0,15

1

1,5

1,5

1,5

1,5

10

Room temperature + 0,20 g Room temperature + 0,25 g Room temperature + 0,30 g Room temperature + 4ml de H2O2 Room temperature + 5ml de H2O2 Room temperature + 6ml de H202

As for the activity of catalase in potatoes subjected to different temperatures, the figures reflect what is expected concerning the effect of temperature on the enzyme catalysis (Graphic 1). At 100 ° C, enzymes suffer from an irreversible modification of its conformation, becoming inactive. This inactivity results from links breakdown, mainly bridges of hydrogen, necessary for the definition and perpetuation of proteins tridimensionality, leading to its distortion. This treatment at 100 ° C served as a control Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

to the experience, because it was necessary to determine if with the inactive catalase occurred some displacement of the plunger of the syringe due to other factors such as the unrest and the effect of gravity. At 4 ° C the largest structural stiffness and compaction of enzymes along with the lowest probability of collisions occurring between catalase and hydrogen peroxide contribute to a slower enzymatic activity. At 18 ° C (room temperature), it is clear that the catalase presents a higher catalytic efficiency, that is, higher rate or speed at which the products of the reaction catalyzed are formed.

Graphic 1. Activity of the enzyme catalase at different temperatures (neutral pH, constant concentrations of enzyme and substrate).

Regarding catalase activity in different physiological conditions - numbness, flooding and germinated – we can see that the activity of the catalase is greater in potatoes into dormancy (Graphic 2). This clearly contradicts what we could theoretically expect. According to Hartman et al. (1997), the germination of the buds triggers an intense metabolic activity in the flesh of the potato, where the fast mobilisation of starch and other compounds provides the essential substrate for the production of energy and for the biosynthesis of proteins. So, we would expect that the activity of catalase would be higher than the one shown in the potatoes into dormancy. These different results in relation to the expected ones may be due to the fact that the potatoes are still at an early stage of germination, since the tests were conducted in the early spring. On the other hand, it was also expected a greater activity of the catalase in potatoes immersed for 24 hours in relation to the activity of the catalase the potatoes into dormancy. According Saifi and Barker (1952), in the potatoes under anoxia (lack of Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

oxygen) alcoholic fermentation occurs, with consequent accumulation of alcohol ethyl. It is believed that the high production of this compound in plants and conditions of flooding is due to a mechanism that includes two routes fermentation (Arteca, 1997; Zyprian, 1997) in response to anoxia. First, the acid piruvic (resulting from glycolysis) is converted into lactic acid, which leads to the acidification of intracellular environment. In turn, this reduction in the pH inhibits the enzyme lactate dehydrogenise and activates the pyruvate decarboxylase enzymes and alcohol dehydrogenise involved in the biosynthesis of ethyl alcohol, leading to its accumulation in the flesh of the potatoes immersed in water. This situation of anoxia stimulates the production of Peroxysomal (organelles self-replications), which contains high amounts of catalase (synthesized in the cytoplasm free ribosomes), which uses hydrogen peroxide to oxidize and neutralize other toxic substances, such as nitrite and ethanol, and then the catalase to decompose the amount of remaining hydrogen peroxide (Hedt, 1997, Moore et al. 1995). This difference between the results obtained and the theoretical prediction, it may be due to the fact that potatoes were used intact, that is, by peel.

Graphic 2. Activity of the enzyme catalase in different physiological conditions (pH neutral, constant concentrations of enzyme and substrate).

Regarding the activity of catalase in different conditions of pH (Graphic 3), we verify that the enzyme shows higher activity in neutral and basic means in relation to the acidic environment. Despite not having determined the value of pH of the solutions obtained, it is clear that the pH influences the enzyme catalysis, as some of the amino acids of the active center of enzymes contain an ionise group who wins or loses protons (H +), becoming active only in a certain state of ionization. In this case, a slight increase or decrease in pH regarding the optimum pH (presumably neutral) leds to the decrease Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

of

activity of

catalase,

most

evident

in

the

acid

environment

situation.

Graphic 3. Activity of the enzyme catalase in different conditions of pH (room temperature 18 º C, constant concentrations of enzyme and substrate).

As to the effect of the concentration of enzyme on enzyme activity, the rate or speed of the reaction is proportional to the concentration of molecules of catalase in the middle (Graphic 4 and Graphic 5). To interpret the results, we assumed the assumption that the greater the amount of potato, the greater is the amount of enzymes, and therefore the greater the speed of enzymatic reaction. However, perhaps due to an error of measurement, it is clear that the activity of the catalase in 0.2 grams of potato is higher than that recorded for a quantity of potatoes of 0.15 grams.

Graphic 4. Activity of the enzyme catalase in relation to the quantity of potatoes (pH neutral, room temperature Ana Gonçalves, 18 º C, constant Ana concentration Mendes e AnaofPinheiro substrate). – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012 16


Constraints on Enzyme Activity

Graphic 5. Activity of the enzyme catalase in relation to the quantity of potatoes (pH neutral, room temperature 18 º C, constant concentration of substrate).

Concerning the influence of the concentration of substrate in the activity of catalase, we see that the enzyme activity increases with the concentration of substrate up to a certain maximum value (4ml Hydrogen peroxide), from which decreases (Graphic 6 and Graphic 7). For the interpretation of the results, we assumed the assumption that the larger the volume of substrate is, the greater is the number of molecules of substrate. The results are not in line with the expected. It would be expect that after hit the maximum speed (concentration of substrate of 4ml), the speed remained stationary for values of higher concentration of substrate, since all the present enzymes would be employed in the catalysis. Thus, the active centres active of enzymes reach saturation, which would explain the constant speed.

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

Graphic 6. Activity of the enzyme catalase in relation to the volume of substrate (pH neutral, room temperature 18 º C, constant concentration of enzyme).

Graphic 7. Activity of the enzyme catalase in relation to the volume of substrate (pH neutral, room temperature 18 º C, constant concentration of enzyme).

4 - Conclusion Having in mind the presented goals in chapter I and the results analysis it seems possible to draw the following conclusions:

- The temperature is a factor which influences the activity of the catalase: low temperatures (4 ° C) cause inactivation of catalase, high temperatures (100 ° C) denature the enzymes. Catalase presents greater activity at intermediate temperatures (18 ° C).

- The physiological state influences the activity of the catalase: it was found that the activity of the catalase is greater in potatoes dormant, when compared to germinated Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

ones and to those subject to flooding. (This conclusion deserves many reservations since it

contradicts

the

results

obtained

by

other

researchers).

- The pH also restricts the activity of the catalase. It has been found that the enzyme presents greater activity both in neutral and basic environments rather in the acid one; - The greater is the amount of the enzyme for the same volume of substrate; the greater is the activity of the catalase. - The amount of substrate constrains the activity of the catalase: for a given amount of catalase, its activity is proportional to the volume of substrate up to a maximum value, from which decreases (this conclusion deserves some reservations, since it contradicts other researchers’ results). As in the most researches, this study has some limitations. Some related to the subject of study; other with the number of performed tests; still others inherent to observation and tools of data collection, as well as others resulting from the type of analysis and the processes used in the treatment of data. It would be interesting and fruitful to replicate this study, using for this purpose other types of enzymes.

Bibliography 

Arteca, R., (1997). Flloding, in M. Prasad (ed.), Plant Ecophysiology, p.151-172. New York:Wiley.

Hartman et al. (1997). Plant Propagation : Principles and Pratices, 6ª ed. Upper Saddle River, NJ : Prentice-Hall

Heldt, H.- W., (1997). Plant Biochemistry and Molecular Biology. Oxford: Oxford University Press.

Marques, M., (2004). Catorze Actividades Laboratoriais para o Ensino da Biologia, Porto Editora: Porto.

Matias, O., Martins, P., (2006). Biologia 12, Areal Editores: Porto.

Moore, R. et al. (1995). Botany. Dubuque. IA: Wm. C. Brown Publishers.

Osório, L., (2006). Preparar Testes de Biologia, Areal Editores: Porto.

Silva, A. et al. (2005). Terra, Universo de Vida, Porto Editora: Porto.

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

Zyprian E., (1997). Fuction of Genetic material – Molecular Biology of environmentally Stressed plants, in H. – D. Behnke (ed.), Progress in Botany, vol. 58. p. 368-385. Berlin: Springer – Verlag.

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www.unl.pt

www.tecnet.pt

www.divulgarciencia.com

www.cienciahoje.pt

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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Constraints on Enzyme Activity

Attachments Laboratorial activity Photos (illustration of some of the physiological states that the potatoes were subjected to).

Image 1: Flooding Potatoes

Image 2: Potatoes under 100ºC

Image 3: Potatoes under 4ºC

Ana Gonçalves, Ana Mendes e Ana Pinheiro – Turma A do 12º Ano Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado – 2011/2012

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ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE BENJAMIM SALGADO Joane, Vila Nova de Famalicão

Ana Carina Ferreira Lopes Andreia Marisa Salgado Gonçalves Tânia Soraia Silva Mendes

À procura de um modelo: Construção de uma atividade de modelação matemática com recurso à calculadora gráfica TI-Nspire

Trabalho realizado no âmbito do 20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores

Professora Coordenadora: Carla Manuela Navio Dias Abril de 2012


20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

Índice

1.

Introdução .................................................................................................................... 3

2.

Enquadramento ........................................................................................................... 3 2.1 Modelação Matemática .............................................................................................................. 3 2.2 Produção de um filme: guião e aspetos principais .................................................................... 4

3.

Planificação da aula ..................................................................................................... 5 3.1 Plano de Aula ............................................................................................................................. 5 3.2. Desenvolvimento da atividade de modelação matemática na calculadora gráfica TI-Nspire . 5 3.3. Guião do filme ........................................................................................................................... 6

4.

Considerações finais .................................................................................................... 7 Referências bibliográficas ................................................................................................................ 7

Anexos ............................................................................................................................... 9 Anexo A – Plano de aula .................................................................................................................. 9 Anexo B – Atividade “À procura do modelo” ................................................................................. 10 Anexo C – Guião do filme .............................................................................................................. 17

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20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

1. Introdução Este projeto foi desenvolvido no âmbito do 20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012. Escolhemos como tema, para desenvolver este projeto, a preparação/construção de uma atividade sobre modelação matemática relativa ao capítulo “Geometria no Plano e no Espaço II – Trigonometria”. Justificamos a escolha deste capítulo por estarmos a frequentar o 11º ano de Matemática A e este assunto ter sido desenvolvido pela nossa professora durante o primeiro período. Foi um conteúdo que despertou o nosso interesse pela sua aplicabilidade a um diferente número de situações da vida real. O desenvolvimento/criação desta atividade prática foi pensada de modo a potenciar a utilização da nova calculadora gráfica TI-Nspire, possibilitado um reforço das nossas aprendizagens e constituindo-se como um desafio aliciante quer durante a sua planificação quer na apresentação deste projeto aos nossos colegas de turma, que tiveram a possibilidade de resolver a atividade durante uma aula de 90 minutos. Esta aula foi gravada em suporte vídeo, e construído um guião para o efeito. Nesse guião foram também registados/planificados outros momentos da nossa experiência de “professoras por um dia”. Consideramos que «a análise de situações da vida real e a identificação de modelos matemáticos que permitam a sua interpretação e resolução, constituem uma oportunidade de abordar o método científico» (Silva, 2001, p. 11) muito importante no nosso percurso escolar. A parte escrita do nosso projeto inicia com um enquadramento teórico ao nível da modelação matemática e dos aspetos a ter em consideração na produção de um filme (gravação da aula). Em seguida, apresentamos a planificação da nossa aula considerando um plano, a preparação/desenvolvimento da atividade na calculadora TI-Nspire e o guião do filme (registo em vídeo da aula). Terminamos com as considerações finais. 2. Enquadramento

2.1 Modelação Matemática A modelação matemática, tema de estudo deste projeto, trata do processo da criação de um modelo que posteriormente deverá ser aplicado na resolução do problema que originou a sua criação. Entende-se que o fazer uma modelação matemática consiste em partir de um facto real ou semi-real e criar, por meio da colheita, análise e organização de dados, uma expressão em linguagem matemática que possa servir de parâmetro para a descrição e compreensão da realidade pelo modelo criado. Assim, torna-se essencial dizer que o modelo matemático é obtido quando se consegue traduzir para a linguagem formal-simbólica a linguagem das hipóteses, ou seja, quando se consegue extrair o essencial da situação – problema e transformá-lo em linguagem matemática sistematizada (Bueno & Reis, 2005).

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É também importante referir que do ponto de vista conceptual, não existe uma definição única do que seja modelação matemática visto que existem diversas conceções a esse respeito. No entanto, a maioria, identificam o “modelo” como a descrição de um problema em termos reais onde a resolução é estudada, sistematizada em informações matemáticas e trazidas de volta ao problema original. Embora reconhecendo-se que a modelação matemática possa ser analisada em diversas linhas de seguimento: pela matemática aplicada, no campo científico, pelos experimentos sociais até ao campo do ensino e aprendizagem (Alves, 2009), este projeto terá sua atenção voltada para a modelação Matemática vista como método alternativo de ensino, na perspetiva da educação matemática. No que diz respeito à aprendizagem de conceitos matemáticos, a modelação matemática compreende uma série de conceitos fundamentais, entre eles está o conceito de ciclo de modelação. Um ciclo de modelação corresponde ao processo que permite transformar uma situação real num modelo matemático pertinente, sendo necessário três etapas básicas. A primeira etapa diz respeito à interação, onde se reconhece a situação-problema e se compreende o assunto a ser modelado. De seguida, parte-se para a matematização, em que se formaliza o problema e se resolve em termos do modelo. Por último, obtém-se o modelo matemático com vista à interpretação da solução e consequente validação. (Rico, 2003)

2.2 Produção de um filme: guião e aspetos principais Produzir um filme é uma tarefa que exige alguns procedimentos prévios que assegurem a qualidade do mesmo. Em primeiro lugar, é necessário definir a história que se quer retratar, depois é necessário pensar como e onde se pode retratar essa história. Para isso, é necessário que se faça um guião adequado. Um guião é um documento escrito que descreve sequencialmente as cenas que compõem um filme e, dentro de cada cena, as ações e diálogos dos personagens e os aspetos visíveis e audíveis que os condicionam. (Nunes, 2006) Depois de termos um guião pronto, é necessário começar a pensar em aspetos técnicos como: os locais onde se pretende filmar, os objetos necessários, os figurinos para os atores, o posicionamento das câmaras, etc… É importante fazer um estudo das condições do locar para evitar demasiada escuridão ou muita claridade na gravação. E quando já reunirmos todas as condições para gravar e os atores já souberem o que têm de fazer, é só marcar a hora e o local e começar a filmar. É importante que se selecione bem o que se quer filmar, e de que forma se quer filmar tendo em conta a linguagem audiovisual que constituída pelo som, a imagem e o movimento que devem ser devidamente complementados para que o filme retrate a realidade mais fielmente possível. (Broderick; Stolaroff & Veneruso, ano desconhecido). Outra parte essencial é a a pós-produção digital, ou seja, a montagem e edição do vídeo, que deve ser feita de acordo com aquilo que foi planeado, com recurso a programas Pag.4/20


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informáticos adequados para aquilo que se pretende e tendo em atenção a organização dos planos de um filme numa certa ordem e com uma certa duração. (Aramis, 2008) 3. Planificação da aula

3.1 Plano de Aula Este projeto centra-se na criação de uma atividade de modelação matemática e na sua apresentação a uma turma de alunos do 11º ano que frequentam a disciplina de Matemática A por três alunas da turma (autoras deste projeto). Para isso foram considerados vários aspetos. A planificação da aula (que se encontra em anexo – Anexo I) que teve como objetivos proporcionar aos alunos da turma uma melhor compreensão acerca da importância das funções periódicas e trigonométricas como modelos adequados na resolução de problemas, do cálculo das razões trigonométricas de um ângulo a partir do círculo trigonométrico e aplicação das fórmulas trigonométricas na determinação de uma função trigonométrica. Outro dos aspetos esteve relacionado com a preparação do espaço onde decorreu a aula respetivas filmagens. Assim, foram mantidos alguns contactos nomeadamente para a disponibilização do laboratório de matemática, da instalação do programa “TI-Nspire Teacher Software” em todos os computadores, de um aluno do curso profissional de multimédia que realizou as filmagens, e da nossa professora de matemática que nos sugeriu a calendarização, de acordo com o seu plano de aulas. Depois de tudo planificado seguiu-se a execução prática do projeto, numa aula de 90 minutos. Esta aula foi dinamizada por nós (autoras deste trabalho). Utilizamos como estratégia a utilização de uma ficha orientada que possibilitou/potenciou a realização da atividade de uma forma mais autónoma por parte dos nossos colegas de turma. Os alunos trabalharam em grupos de dois. 3.2. Desenvolvimento da atividade de modelação matemática na calculadora gráfica TINspire Para a realização desta atividade inspirámo-nos num modelo geométrico de um teste intermedio de Matemática A de 11º ano. A partir deste modelo, construímos um novo enunciado (ver quadro 1.) com questões adaptadas ao nosso projeto. A calculadora gráfica revelou-se essencial no processo. A atividade foi construída atendendo a quatro momentos: construção geométrica do modelo, a recolha de dados (captura para a folha de cálculo dos valores das variáveis), a construção das nuvens de pontos na página “Dados e Estatística” para o perímetro e área do triângulo, e a representação do gráfico da função perímetro e área sobre as nuvens de pontos. Consideramos importante a construção/elaboração de uma ficha de trabalho orientada (ver anexo II), com apresentação de alguns ecrãs de apoio. Com esta estratégia pretendíamos Pag.5/20


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promover uma maior autonomia na sua realização, adotando (cada uma de nós) uma postura orientadora/de apoio no processo de resolução da atividade pelos nossos colegas de turma. Quadro 1. Enunciado do problema

Na figura, está representado, em referencial o.n. xOy, a circunferência de centro em O e raio 5. Os pontos A e B são os pontos de interseção da circunferência com os semieixos positivos Oxe Oy , respetivamente. Considere que um ponto P se desloca ao longo do arco AB, nunca coincidindo com o ponto A nem com o ponto B. Para cada posição do ponto P, sabe-se que: 

 PQ O ponto Q é o ponto do eixo Oxtal que PO .

A reta r é a mediatriz do segmento OQ.

O ponto R é o ponto de interseção da reta r com o eixo Ox.

    é a amplitude, em radianos, do ângulo AOP  0,  . 

 2

1. A partir da construção geométrica encontre um modelo que a cada valor de

 faça corresponder o

perímetro do triângulo OPQ. 1.1. A função quadrática é um bom modelo? Justifique. 1.2. Obtenha, analiticamente, a expressão algébrica da função e conclua sobre o seu ajustamento à nuvem de pontos. 2. A partir da construção geométrica encontre um modelo que a cada valor de

 faça corresponder a

área do triângulo OPQ. 2.1. A função quadrática é um bom modelo? Justifique. 2.2. Obtenha, analiticamente, a expressão algébrica da função e conclua sobre o seu ajustamento à nuvem de pontos.

3.3. Guião do filme Um guião é um documento fundamental para a produção de qualquer filme, porque descreve sequencialmente as cenas que compõem um filme e, dentro de cada cena, as ações e diálogos dos personagens e os aspetos visíveis e audíveis que os condicionam. Cada guionista tem uma forma própria de escrever o seu guião, uns utilizam apenas imagens sequenciadas, outros apenas diálogos. Um guião é um conceito muito amplo e muitos guionistas escrevem mais do que um guião para o mesmo filme (Nunes, 2010). Assim, decidimos adotar um estilo próprio de guionismo, e criamos o nosso próprio guião (ver anexo III) com recurso a texto, imagens, desenhos, e tudo o que consideramos ser necessário para que todas as entidades envolvidas na produção do filme entendessem o que era pretendido. O nosso guião foi elaborado em conjunto pelos três elementos do grupo, e alterado várias vezes à medida que surgiram novas ideias. É fundamental que se altere muitas vezes o guião, Pag.6/20


20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

porque é natural que se cometam erros na primeira vez que se escreve, como escrever partes de diálogo demasiado maçadoras e dar pouco ênfase a determinados factos de extrema importância no filme (Nunes, 2007).

4. Considerações finais Consideramos que o desenvolvimento deste projeto permitiu-nos desenvolver competências ao nível da planificação, organização, construção e implementação/dinamização. Acreditamos que a construção desta atividade e a sua implementação em contexto de sala de aula permitiu uma aprendizagem mais dinâmica e criativa, tornando-nos sujeitos ativos na construção do conhecimento e propiciando um ambiente de aprendizagem colaborativo. Salientamos este aspeto como o ponto forte do nosso trabalho. Por ser uma metodologia flexível e que valoriza a investigação e a exploração para reforçar o conceito matemático, a modelação matemática permitiu a consolidação deste conteúdo de forma mais significativa. Entendemos, como refere Barbosa (1999, p. 6), que os alunos terão um campo de trabalho muito mais amplo, ao desenvolverem uma pesquisa de dados, um modelo, e uma confrontação de dados e comparação de resultados, pois assim os conceitos matemáticos tornam-se mais significativos na medida em «o conhecimento explorado é de natureza interdisciplinar, permitindo a compreensão e interpretação da realidade vivida».

Referências bibliográficas Alves, C. (2009). Modelagem matemática como estratégia de ensino aprendizagem: estudo de caso.

Disponível

em

http://www.biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20111021114549.pdf [Consultado em 25/02/2012]. Aramis, E. (2008). Como fazer um filme: Etapas, técnicas para criação de filmes curtas e longas metragens. Disponível em http://cineastassemdiploma.blogspot.pt/2008/10/1passo-criao-doroteiro-o-autor-criar.html [Consultado em 29/02/2012]. Bueno, V.; Reis, F. (2005). Modelagem matemática e ensino e aprendizagem de conceitos matemáticos

nos

ensinos

fundamental

e

médio.

www.sbem.com.br/files/ix_enem/.../MC92894607687T.doc

Disponível

[Consultado

em

em

24/02/2012]. Broderick, P.; Stolaroff, M; Veneruso, T. (ano desconhecido). Guia básico para produção de um filme

digital.

Disponível

em

http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/tv/tv_basico/pdf/guia_prod_filme_digit al.pdf [Consultado em 29/02/2012]. Nunes, J. (2006). O que é um guião? Disponível http://joaonunes.com/2006/guionismo/o-que-eum-guiao [Consultado em 05/03/2012] Pag.7/20


20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

Nunes, J. (2007). Os cinco erros mais frequentes na escrita de um guião. Disponível em em http://joaonunes.com/2007/guionismo/cinco-erros-escrita-guião [Consultado em 05/03/2012] Nunes,

J.

(2010).

Do

storyline

ao

guião.

http://joaonunes.com/2010/guionismo/curso-19-do-storyline-ao-guio

Disponível

em

[Consultado

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05/03/2012]. Rico, L. (2003). Modelação - A Matemática ajuda a compreender a realidade. Disponível em http://portfoliomatematica.no.sapo.pt/modelacao1.htm [Consultado em 24/02/2012]. Silva, J., Fonseca, M., Martins, A., Fonseca, C., Lopes, I. (2001). Matemática A (PROGRAMAS). Disponível em www.dgidc.min-edu.pt/data/.../Programas/matematica_a_10.pdf [Consultado em 12/02/2012].

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Anexos Anexo A – Plano de aula Unidade Temática: Geometria no Plano e no Espaço II – Trigonometria Período de aplicação: 2º período

Matemática A

Duração: 90 minutos

Ano: 11º

SUMÁRIO: Resolução de uma atividade de modelação matemática (“À procura do modelo”) com recurso à calculadora gráfica TI-nspire. Consolidação/Relacionação de conhecimentos: exploração de um modelo geométrico envolvendo o conceito de funções trigonométricas. CONTEÚDOS:  Resolução de problemas que envolvam triângulos.  Funções seno e coseno. OBJETIVOS ESPECIFICOS:  Compreender a importância das funções periódicas e trigonométricas como modelos adequados na resolução de problemas.  Calcular as razões trigonométricas de um ângulo a partir do círculo trigonométrico.  Conhecer e aplicar as fórmulas trigonométricas na determinação de uma função trigonométrica. ESTRATÉGIAS/ATIVIDADES:  Instrução direta - Utilização de uma ficha de trabalho orientada.  Exploração/Consolidação dos conteúdos por meio da resolução de um exercício prático.  Atividades de modelação com funções trigonométricas MATERIAL UTILIZADO:  Calculadora gráfica TI-nspire (unidade no computador: 2 computadores por aluno)  Ficha de trabalho orientada  Documento TI-Nspire  Computadores (14 unidades)  Videoprojetor  Câmara de filmar AVALIAÇÃO:  Participação/interesse dos alunos da turma no desenvolvimento da atividade  Registo em filme da experiência  Recolha de opinião dos colegas da turma sobre a experiência (registo vídeo).

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Anexo B – Atividade “À procura do modelo”

Ficha de trabalho orientada Atividade de modelação – À procura do modelo Unidade Temática: Geometria no Plano e no Espaço II – Trigonometria

Matemática A – 11º ano Duração: 90 minutos

Enunciado do problema Na figura, está representado, em referencial o.n. xOy, a circunferência de centro em O e raio 5. Os pontos A e B são os pontos de interseção da circunferência com os semieixos positivos Oxe Oy , respetivamente. Considere que um ponto P se desloca ao longo do arco AB, nunca coincidindo com o ponto A nem com o ponto B. Para cada posição do ponto P, sabe-se que:  PQ  O ponto Q é o ponto do eixo Oxtal que PO . 

A reta r é a mediatriz do segmento OQ.

O ponto R é o ponto de interseção da reta r com o eixo

Ox. 

 é a amplitude, em radianos, do ângulo AOP     0, 2 .   

3. A partir da construção geométrica encontre um modelo que a cada valor de  faça corresponder o perímetro do triângulo OPQ. 3.1. A função quadrática é um bom modelo? Justifique. 3.2. Obtenha, analiticamente, a expressão algébrica da função e conclua sobre o seu ajustamento à nuvem de pontos. 4. A partir da construção geométrica encontre um modelo que a cada valor de  faça corresponder a área do triângulo OPQ. 4.1. A função quadrática é um bom modelo? Justifique. 4.2. Obtenha, analiticamente, a expressão algébrica da função e conclua sobre o seu ajustamento à nuvem de pontos.

Construção geométrica:  Abra uma página com a aplicação Gráficos  Grave o documento utilizando a tecla save  Marque no referencial o ponto O(0,0) Pag.10/20


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 Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto (marcar o ponto de interseção dos eixos coordenados e em seguida pressione a tecla ESC para desativar a ferramenta);  Aproxime o cursor do ponto até aparecer a palavra ponto, prima ctrl menu e escolha 2: Etiqueta e em seguida escreva a letra O e pressione enter.  Marque no referencial o ponto A(5,0):  Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto, pressione a tecla ( , insira o valor 5, enter, insira valor 0, enter.  Coloque a etiqueta no ponto A.  Fixe o ponto A pressionando ctrl menu A: Fixo  Marque no referencial o ponto B(0,5):  Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto, marque o ponto de interseção do semieixo positivo Oy com a circunferência.  Coloque a etiqueta no ponto B.  Desenhe a circunferência de centro O e raio OA  Menu, 9: Formas, 1: Circunferência  Desenhe o arco AB:  Para desenhar o arco AB é necessário a existência de um terceiro ponto da circunferência situado entre A e B. Marque esse ponto pressionando Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto.  Selecione novamente Menu, 7: Pontos e Retas e em seguida 9: Arco de Circunferência.  Ativada a ferramenta, selecione os pontos A, ponto marcado e B respetivamente.  Esconda o ponto que serviu para a marcação do arco AB, pressionando ctrl menu, 4: Ocultar.  Marque no referencial o ponto P (ponto móvel no arco AB):  Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto, e marque o ponto sobre o objeto arco AB.  Coloque a etiqueta no ponto P.  Marque a reta r que passa por P e é perpendicular ao eixo

Ox  Menu, A: Construção, 1: Perpendicular e em seguida selecione o ponto P e o eixo Ox Pag.11/20


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 Marque o ponto R  Menu, 7: Pontos e Retas, 1:Ponto, marque o ponto R que resulta da interseção da reta r com o eixo Ox.  Coloque a etiqueta no ponto R.  Marque o ponto Q (ponto que resulta da translação do ponto R segundo o vetor OR):  Menu, 7: Pontos e Retas, 8: Vetor, marque o vetor OR  Menu, B: Transformação, 3: Translação e de seguida seleciona-se o ponto R e o vetor OR  Coloque a etiqueta no ponto Q.  Esconda o vetor OR.  Construa o triângulo OPQ:  Menu, 9: Formas, 2: Triângulo e construa o triângulo selecionando os seus vértices.  Para colorir o triângulo pressione ctrl menu B: Cor, 1: Cor de preenchimento.  Meça a amplitude do ângulo AOP (  ):  Menu, 8: Medição, 4: Ângulo e selecionando os pontos A, O e P, respetivamente.  Meça os segmentos de reta OR e RP  Menu, 8: Medição, 1: Comprimento e de seguida selecione pontos extremidade de cada segmento de reta.  Legende os comprimentos obtidos utilizando os seguintes procedimentos: - ctrl menu, 5: Texto, enter; - digite OR= e RP=  Ligue a etiqueta ao valor numérico, pressionando ctrl menu, 8: Ligar. Selecione o valor numérico e ligue-o à etiqueta respetiva.  Calcule o perímetro e a área do triângulo OPQ:  Defina a expressão algébrica do perímetro, pressionando Crtl Menu, 5: Texto e digite 10 + 2 * b (representando b o comprimento do segmento de reta OR).  Posicione o cursor sobre a expressão algébrica, pressione Crtl Menu, 4: Calcular e selecione o valor de b clicando no comprimento (valor numérico) de OR. SerPag.12/20


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lhe-á devolvido o resultado do cálculo que deverá arrastar para uma zona em branco da janela.  Esconda a expressão algébrica do perímetro.  Defina a expressão algébrica da área, pressionando Crtl Menu, 5: Texto e digite a * b (representando a o comprimento do segmento de reta RP b o comprimento do segmento de reta OR).  Posicione o cursor sobre a expressão algébrica, pressione Crtl Menu, 4: Calcular e selecione os valores de a e b clicando, respetivamente, nos comprimentos (valores numéricos) de RP e OR. Ser-lhe-á devolvido o resultado do cálculo que deverá arrastar para uma zona em branco da janela.  Esconda a expressão algébrica da área.  Defina as variáveis:  , perímetro e área:  Posicione o cursor sobre a amplitude do ângulo AOP, opte em ctrl Menu, por 5: Guardar, atribua  ao nome da variável e para finalizar pressione enter.  Repita o procedimento anterior para a definição das variáveis perímetro e área.

Recolha de dados (captura para a folha de cálculo dos valores das variáveis)  Abra uma página com a aplicação Listas e Folha de Cálculo.  No topo de cada coluna escreva o seu nome: ângulo, perímetro, área (Note que não pode ser atribuído ao nome das colunas a mesma designação que foi utilizada nas variáveis).  Para capturar a variável  , coloque o cursor na zona cinzenta da primeira coluna, pressione menu, 3: Dados, 2: Captura de Dados; 1: Automático, escolha o nome da variável, clicando na tecla var e em seguida enter.

 Repita o procedimento para as variáveis perímetro e área. Pag.13/20


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 Volte à página de Geometria e faça deslocar o ponto P ao longo do arco AB. Regresse novamente à Folha de Cálculo e observe que os valores das variáveis foram recolhidos nas respetivas listas.

Construção da nuvem de pontos na página Dados e Estatística para o perímetro do triângulo  Abra uma página com a aplicação Dados e Estatística.  Aparece uma nova página com uma representação gráfica pré-definida do conjunto de dados.  Pressione ctrl tab e defina como abcissa o ângulo e em seguida clique novamente em ctrl tab e defina como ordenada o perímetro. Repare que, automaticamente, surge a nuvem de pontos que modela o perímetro do triângulo OPQ em função do ângulo AOP.

 Investigue se a regressão quadrática é um bom modelo para esta situação.

 Obtenha o gráfico da regressão quadrática: Menu, 4: Analisar, 6: Regressão, 4: Mostrar Regressão Quadrática.

 Obtenha o gráfico de resíduos: selecione a curva obtida pela regressão quadrática, pressione ctrl menu, 3: Mostrar gráfico de resíduos.

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 Volte à página Listas e Folha de Cálculo, posicione-se numa célula em branco e opte em menu por 4: Estatística, 1: Cálculos Estatísticos, 6: Regressão quadrática. Surge uma nova janela no ecrã, a qual deverá preencher da seguinte forma: Lista X: ângulo; Lista Y: perímetro; clique em ok para finalizar.  Observe o valor obtido para o coeficiente de correlação das variáveis ângulo e perímetro e conclua, comparando com o gráfico de resíduos, sobre a adequação do modelo.  Obtenha, analiticamente, em função de  , a expressão algébrica da função perímetro.

Representação do gráfico da função perímetro sobre a nuvem de pontos  Abra uma página com a aplicação Gráficos.  Selecione em Menu, 3: Tipo de Gráfico, 4: Gráfico de Dispersão.  Na linha de edição defina a função s 1, indicando para as variáveis x e y, respetivamente, ângulo e perímetro (designação das colunas A e B da Folha de Cálculo), clicando na tecla var.

 Selecione em Menu, 3: Tipo de Gráfico, 1: Função e digite na linha de edição a expressão algébrica da função perímetro restringida ao domínio do problema, isto

    x  1  1 c 0 x | 0 0 o  x  é, P . s 2 Construção da nuvem de pontos e representação do gráfico da função área sobre a mesma  Repita o procedimento anterior para responder à alínea 2 do problema (ver sequência de figuras abaixo).  Construa a nuvem de pontos para a área do triângulo na página de Dados e Estatística.  Investigue se a regressão quadrática é um bom modelo para esta situação.  Obtenha, analiticamente, em função de  , a expressão algébrica da função área.  Represente a função área sobre a nuvem de pontos: - Expressão algébrica da função área restringida ao domínio do problema:

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     A x  2 s x c 5 x e |0  o x  n . s 2

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Anexo C – Guião do filme

Guião Curta-Metragem “Ser professor por um dia” O vídeo começa com sucessivas fotos de três casas diferentes, que vão focando e aproximando uma janela de cada uma das casas. Há uma professora de matemática a viver em cada casa. Assim inicia-se uma sequência de fotos que retratam, alternadamente, o começo do dia de cada uma das professoras nos atos de acordar, tomar o pequeno-almoço e vestir-se, respetivamente (essas três professoras somos nós, as autoras do trabalho).

De seguida, há um flash, com uma paragem onde, por exemplo, pode aparecer a frase “E assim começa um dia de trabalho…” e as professoras aparecem a entrar no portão da escola, e a dirigir-se à sala de professores (onde se vão encontrar posteriormente) a sorrir, de pasta na mão e cheias de vontade de trabalhar.

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Após o encontro na sala dos professores, as três deslocam-se para o bloco

As três professoras de matemática lecionam as suas aulas, cada uma tem as suas turmas, e por isso mesmo há uma sucessão de fotos perto do armário dos livros de ponto, que representa as diversas aulas que cada uma tem, e o passar do tempo. De seguida, o almoço. As três professoras almoçam juntas na cantina da escola, e voltam ao trabalho. Aqui inicia-se a parte em vídeo, com a aula propriamente dita. Apresentamos, em seguida, os possíveis diálogos que podem surgir ao longo da aula:

Andreia: (Depois de estar tudo sentado) Bom dia meninos! Vamos começar por escrever o sumário, por favor. Lição nº 72, hoje são 22 de Março de 2012. O sumário é: “Resolução de uma atividade de modelação matemática (“À procura do modelo”) com recurso à calculadora gráfica TInspire. Consolidação/Relacionação de conhecimentos: exploração de um modelo geométrico envolvendo o conceito de funções trigonométricas.” (Depois de todos escreverem o sumário e á medida que se entregam os enunciados). Tânia: Então, já têm uma ideia do que vamos fazer hoje? (Pausa) Hoje vamos pôr em prática os conhecimentos trigonométricos que temos para resolver um problema, que vos vai ser apresentado de seguida… Portanto, estejam atentos! Pag.18/20


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Carina: Prestem atenção ao enunciado que vos foi fornecido. Penso que todos já conhecem este exercício, visto que já vos saiu num teste. No entanto, hoje vamos abordá-lo de forma diferente. Este assunto diz respeito à trigonometria. Trata da modelação matemática, em que procuramos encontrar uma função que se adeque a um determinado modelo. Para isso, vamos tentar compreender melhor a importância das funções periódicas e trigonométricas como modelos adequados na resolução de problemas. Vamos calcular as razões trigonométricas de um ângulo a partir do círculo trigonométrico e, claro, conhecer e aplicar as fórmulas trigonométricas na determinação de uma função. Tânia: Vamos explorar todos esses conteúdos por meio da resolução desta ficha de trabalho e para isso vamos seguir todas as suas orientações para que no fim, possamos tirar algumas conclusões acerca da resolução de problemas que envolvam triângulos e sobre as funções seno e coseno, que já temos vindo a falar nas aulas de matemática.

Andreia: O objetivo é encontrar um modelo adequado que represente o perímetro e a área do triângulo dado em função de um ângulo α. Para isso vamos utilizar a calculadora gráfica TINspire que temos no computador. Então, podem agora dirigir-se para os computadores, dois a dois, e começarem, antes de mais, por abrir a aplicação. (Os alunos dirigem-se para os computadores, sem confusão, com os pares já previamente pensados. Entretanto dão início à realização da atividade e as professoras vão dando orientações e tirando dúvidas sempre que necessário.)

Em seguida, serão obtidos planos de pormenor da resolução da atividade pelos alunos e da orientação dada pelas três professoras. Antes 10 minutos do término da aula as professoras solicitam aos alunos o regresso às carteiras para uma conclusão/resposta às questões colocadas no enunciado do problema. No final da aula serão recolhidos depoimentos de alunos sobre a experiência realizada. Depois das aulas, as professoras dirigem-se às suas casas, e novamente surge uma sequência de fotos em que uma estará a corrigir testes, outra a jantar e outra a deitar-se)

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ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE BENJAMIM SALGADO Joane, Vila Nova de Famalicão

Luís Filipe Fernandes Costa Melo Tiago João Dias Barbosa

Condições de vida das famílias dos alunos da nossa escola: Estudo comparativo com os resultados dos Censos 2011

Trabalho realizado no âmbito do 20º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores

Professora Coordenadora: Carla Manuela Navio Dias Abril de 2012


Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

Índice 1. Introdução ................................................................................................................................................... 3 2. Censos – Enquadramento ........................................................................................................................... 3 3. Metodologia ................................................................................................................................................. 4 3.1. População e amostra ............................................................................................................................ 5 3.2. Questionário e variáveis estatísticas ..................................................................................................... 6 3.3. Processo de Recolha e análise de dados ............................................................................................. 7 4. Apresentação e discussão de resultados ..................................................................................................... 8 5. Conclusão .................................................................................................................................................. 15 Referências .................................................................................................................................................... 16

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1. Introdução

Este estudo foi desenvolvido com a intenção de conhecermos melhor as condições de vida das famílias dos alunos que estudam na nossa escola. A ideia surgiu a partir da realização dos Censos 2011 tendo como ponto de partida os questionários desenvolvidos para esse efeito. Dessa forma, através das aprendizagens desenvolvidas na aula de matemática, no conteúdo programático Estatística, e no âmbito da nossa participação no clube de matemática (MatClube), desenhamos um projeto que passou pela construção de um questionário (com base nos questionários dos Censos 2011) e pela sua aplicação a um grupo de Encarregados de Educação dos alunos da nossa escola. A recolha, tratamento e análise dos dados permitiu-nos uma consolidação das aprendizagens ao nível do conteúdo matemático Estatística, «determinante para estabelecer bases indispensáveis ao desenvolvimento de outras ciências e à própria Matemática» (Neves, 2008, p. 124), e o desenvolvimento de competências ao nível da formulação e resolução de problemas, da comunicação matemática e da investigação científica, que representam, segundo o programa de Matemática A para o Ensino Secundário, «uma das bases teóricas essenciais e necessárias de todos os grandes sistemas de interpretação da realidade que garantem a intervenção social com responsabilidade e dão sentido à condição humana» (Silva, 2001, p. 4). 2. Censos – Enquadramento

Censo é uma palavra de origem latina que significa «conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação etc.» (INE, 2009). O primeiro censo que se conhece realizou-se na China no ano de 2238 a.C e teve como objetivo o registo da população e das lavouras cultivadas. Contudo existem outros registos igualmente antigos, como são exemplo os recenseamentos anuais realizados pelos egípcios (sec. XVI a.c) e pelos romanos e gregos (séculos VIII e IV a.C). O Congresso Internacional de Estatística realizado em Bruxelas em 1853 marca o nascimento dos Censos da época moderna e apresenta como recomendação «o início da normalização internacional dos recenseamentos da população» (id., ib.) e a «sua realização decenal nos anos terminados em zero» (id., ib.). Em Portugal os primeiros registo de contagens realizaram-se no ano zero com o Imperador César Augusto. Durante a Idade Média também existem alguns registos. O primeiro recenseamento geral da população portuguesa realizou-se em 1864 já sob as orientações internacionais (id., ib.). Apresentamos na tabela 1. Uma listagem dos censos realizados em Portugal desde o primeiro registo até aos dias de hoje.

Data I Recenseamento Geral da População 1 de janeiro de 1864 II Recenseamento Geral da População 1 de janeiro de1878 III Recenseamento Geral da População 1 de dezembro de 1890 IV Recenseamento Geral da População 1 de dezembro de 1900 V Recenseamento Geral da População 1 de dezembro de 1911 VI Recenseamento Geral da População 1 de dezembro de 1920

Descrição Orientações do Congresso Internacional de Estatística Conteúdo reduzido mas mais completo do que o censo anterior A caracterização da população e das famílias foi bastante completa A metodologia de recolha de dados foi idêntica à do censo anterior contudo notaram-se algumas inovações Manteve-se a metodologia e as variáveis observadas

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VII Recenseamento Geral da População 1 de dezembro de 1930 VIII Recenseamento Geral da População 12 de dezembro de 1940

IX Recenseamento Geral da População 15 de dezembro de 1950 X Recenseamento Geral da População 15 de dezembro de 1960 XI Recenseamento Geral da População I Recenseamento Geral da Habitação 15 de dezembro de 1970 XII Recenseamento Geral da População II Recenseamento Geral da Habitação 15 de dezembro de 1981 XIII Recenseamento Geral da População III Recenseamento Geral da Habitação 15 de abril de 1991 XII Recenseamento Geral da População II Recenseamento Geral da Habitação 15 de março de 1211

Não se registaram grandes alterações as características económicas ainda estavam tratadas como era desejável Foi o primeiro recenseamento realizado pelo INE. Representou uma viragem na história dos censos em Portugal. As características económicas passaram a ser tratadas como um elemento fundamental de observação. Utilização da técnica de perguntas fechadas Publicaram-se pela primeira vez dados retrospetivos. Não teve sucesso no plano executivo, em especial na totalidade dos resultados a divulgar. Seguiram as recomendações internacionais (CEE/ ONU)

Construiu-se uma Base Geográfica de Referenciação Espacial

Inovação das tecnologias utilizadas (digitalização cartográfica, utilização de sistemas de informação geográfica, leitura ótica dos questionários, codificação assistida por computador e o reforço da correção automática das respostas incoerentes). Tabela 1. Censos em Portugal

A realização dos Censos obedece a um conjunto de normas internacionais. De acordo com as recomendações das Nações Unidas podem ser utilizados, como métodos de recolha de dados, quatro modelos: modelo clássico sem recurso a ficheiros administrativos («recolha exaustiva da informação» (id., ib.)), modelo clássico com recurso a ficheiros administrativos («utiliza informação administrativa para apoio à preparação da operação censitária» » (id., ib.)) , modelo baseado em registos administrativos sem recurso a inquéritos («utilização exclusiva de dados provenientes de ficheiros administrativos» (id., ib.))

e o modelo

baseado em registos administrativos com recurso a inquéritos («combinação da informação administrativa com outros inquéritos, sejam eles recenseamentos completos ou inquéritos amostrais» (id., ib.)). Segundo informação publicada no site do Instituto Nacional de Estatística (INE)

Existe um claro predomínio do modelo clássico nos países localizados mais a Sul da Europa (Espanha, Portugal, Grécia, Itália, por exemplo) enquanto que o modelo baseado em informação administrativa é predominante nos países localizados mais a Norte (Dinamarca, Finlândia, Suécia, por exemplo) (INE, 2009).

3. Metodologia

Este estudo foi realizado semanalmente, às quartas-feiras desde as 8h30 até às 9h50, no âmbito do Clube de Matemática (MatClube) existente na nossa escola (Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – ESPBS). Apresentamos, neste ponto, a calendarização das diferentes etapas do nosso projecto (ver tabela 2), uma descrição da população, amostra e variáveis estatísticas, a construção do questionário aplicado aos Encarregados de Educação dos alunos da ESPBS, e o processo de recolha e análise da informação obtida com a aplicação deste questionário.

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Setembro/Outubro Novembro Dezembro Janeiro/Fevereiro Março/Abril Maio

Planificação do trabalho Construção do questionário Validação e aplicação do questionário Recolha dos questionários Análise estatística dos dados Escrita do trabalho Elaboração do poster Tabela 2. Calendarização do estudo

3.1. População e amostra Segundo Martinho e Negra (2007, p. 203) “chamamos população, ou universo, a uma colecção de objectos com uma característica comum. A cada elemento da população chamamos unidade estatística ou indivíduo”. Uma amostra “é um subconjunto de elementos extraídos da população, com uma metodologia adequada” (id., ib.). As amostras mais utilizadas são: amostra aleatória simples, «cada indivíduo da população tem igual probabilidade de ser seleccionado» (id., ib); amostragem estratificada, «utiliza-se quando a população está dividida em diferentes estratos devendo a proporção de indivíduos de cada estrato ser aproximadamente igual à proporção do estrato na população» (id., ib); amostragem sistemática, «os elementos da população são escolhidos a partir de uma regra previamente definida» (id., ib.). O nosso estudo incide sobre a população escolar da ESPBS, da qual foi retirada uma amostra. Utilizamos como tipo de amostragem a estratificada. A ESPBS é constituída, no presente ano lectivo, por um total de 1451 alunos de diferentes freguesias. Consideramos uma amostra de 100 alunos que foram escolhidos tendo como ponto de partida a freguesia onde habitam. Assim, iniciamos com uma contagem de todos os alunos da escola pertencentes a cada uma das freguesias e calculamos a percentagem de alunos existentes por freguesia. No total das freguesias observadas fizeram parte da nossa amostra aquelas que apresentavam uma percentagem de representatividade superior ou igual a 0,5% (ver tabela 3). A base de dados (alunos/freguesia) foi fornecida pelos Serviços de Administração Escolar da ESPBS com a devida autorização do Diretor. Para a selecção dos alunos utilizamos a calculadora gráfica Texas TI-84 Plus Silver Edition. Os alunos foram ordenados alfabeticamente (por freguesia). Depois dessa ordenação atribuímos um número natural a cada um e através da calculadora escolhemos aleatoriamente os alunos (por freguesia). Apresentamos, em seguida, o exemplo de como realizamos a seleção dos 34 alunos da freguesia de Joane (ver imagem 1.).

Imagem 1. Gerar números aleatórios com a calculadora gráfica

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Freguesias consideradas no nosso estudo Joane Mogege Pedome Oliveira (Sta. Maria) Airão (Sta. Maria) Airão (S João Baptista) Vermil Pousada de Saramagos Ronfe Vermoim Brito Castelões Figueiredo Leitões Oleiros Total

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Número de alunos seleccionados por freguesia 34 8 2 2 6 3 3 8 9 10 6 4 1 2 2 100

Tabela 3. Percentagem de representatividade/ números de alunos selecionados por freguesia

3.2 Questionário e variáveis estatísticas

O questionário que construímos resultou de uma combinação de diferentes questionários aplicados nos Censos 2011. É composto por 24 questões: 11 retiradas do questionário de alojamento, 7 do questionário individual e 3 do questionário de edifício. No início do questionário colocamos 3 questões: qual a freguesia onde habita? Qual o número de pessoas do agregado familiar? E quais as suas idades? (ver tabela 4). De modo a identificarmos algumas lacunas, “gralhas”, ou questões mal interpretadas optamos por testar o questionário. Nesse sentido, entregamos o questionário a 10 alunos da nossa turma para os respetivos encarregados de educação responderem. A nossa turma não foi considerada aquando da constituição da amostra. Relativamente às variáveis estatísticas, segundo Martinho e Negra (2007, pp. 206-207) chama-se atributo qualitativo a “uma qualidade, uma característica ou uma categoria, que pode assumir varias modalidades que não se podem exprimir por um número”. Um atributo quantitativo “é uma característica que se pode medir, ou seja, que se pode exprimir por um número”. Para os atributos quantitativos existem uma distinção entre variáveis discretas e contínuas. Se uma variável quantitativa “toma apenas um número finito de valores, em qualquer intervalo de variação limitado, dizemos que uma variável discreta”; se, “a variável pode tomar todos os valores numéricos, compreendidos no seu intervalo de variação, dizemos que é uma variável contínua”. No nosso estudo tratamos essencialmente atributos qualitativos destacando-se como variável quantitativa discreta o número de elementos do agregado familiar.

Questionário Censos 2011

Nosso questionário

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Questionário de alojamento familiar

Questionário individual

Questionário de edifício

1. Tipo de alojamento familiar

Questão 4

2. O alojamento tem água canalizada?

Questão 7

3. O alojamento tem retrete?

Questão 8

4. O alojamento tem instalação de banho ou duche?

Questão 9

5. O alojamento tem sistema de esgotos?

Questão 11

6.O alojamento tem ar condicionado?

Questão 12

7. Qual o principal tipo de aquecimento disponível no alojamento?

Questão 13

9. Indique a área útil do alojamento

Questão 15

11. O alojamento tem lugar de estacionamento ou garagem?

Questão 14

12. Em que condições ocupa esse alojamento?

Questão 16

13. Tem encargos financeiros devido à aquisição deste alojamento?

Questão 17

10. Nas perguntas seguintes, indique o grau de dificuldade que sente diariamente na realização de algumas atividades devido a problemas de saúde ou decorrentes da idade (envelhecimento). 17. Qual o nível de ensino mais elevado que completou?

Questão 18

21. Qual o principal meio de transporte que utiliza na sua deslocação casa-trabalho ou casa-local de estudo? 23. Qual foi a sua principal fonte de rendimento nos últimos 12 meses?

Questão 20

29. Qual é a sua profissão principal?

Questão 22

31. Qual o número de horas que trabalha habitualmente por semana na profissão indicada? 35. Qual o número de pessoas que trabalha habitualmente na empresa ou organismo onde exerce a profissão indicada? 9. Em que época foi construído o edifício?

Questão 23

13. O edifício necessita de reparações?

Questão 6

14. O edifício é servido por um sistema de recolha regular e organizada de resíduos sólidos urbanos?

Questão 10

Questão 19

Questão 21

Questão 24 Questão 5

Tabela 4. Questionário (com base nos questionários dos Censos 2011)

3.3 Processo de Recolha e análise de dados

Os dados foram recolhidos, durante o mês de dezembro de 2011, através da entrega dos questionários a uma assistente operacional da escola que os distribuiu aos diretores de turma para que estes os entregassem aos 100 alunos que fazem parte da amostra. Cada encarregado de educação, dos respetivos alunos, preencheu o questionário e devolveu-o, pelo seu educando, ao diretor de turma, que os entregou à mesma assistente operacional. Após a recolha dos questionários devolvidos, 75 no total, começamos a análise de cada uma das variáveis, utilizando para isso a calculadora gráfica TI 84-plus e o Microsoft Office Excel 2010. Para o levantamento dos dados foi utilizada uma grelha, onde se registaram os dados relativos a cada aluno, utilizando uma simbologia numérica, atribuindo a cada possível resposta, um número, para cada uma das variáveis: freguesia, nº agregado familiar, idades, tipo de alojamento, ano de construção do edifício, reparações no edifício, água canalizada, retrete, banho, recolha de resíduos, sistema de esgotos, ar condicionado, tipo de aquecimento, garagem, área do alojamento, tipo de alojamento, encargos financeiros com o alojamento, problemas de saúde do agregado familiar, nível de ensino, principal meio de transporte,

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principal fonte de rendimento, profissão, nº de horas de trabalho/semana e nº de pessoas que trabalham na empresa/organização onde exerce. A análise estatística dos dados incluiu gráficos (circulares e de barras), um diagrama de extremos e quartis e para a única variável quantitativa discreta, apresentam-se as medidas de tendência central: média, mediana e moda e como medidas de dispersão a amplitude total, a amplitude interquartil e o desvio padrão (Guimarães e Cabral, 1997). Para a análise descritiva também se utilizaram frequências absolutas e relativas para descrever as variáveis. 4. Apresentação e discussão de resultados

Dos 100 questionários distribuídos, foram recebidos 75%. Como podemos observar pelo gráfico 1, a freguesia que recebeu e entregou mais questionários foi Joane. Podemos também constatar que a freguesia de Vila Nova de Famalicão e Oleiros entregaram mais questionários do que aqueles que receberam, isto pode ser explicado por uma eventual mudança de residência (recente), e que ainda não se encontra atualizada na base de dados da escola (ver gráfico 1). Gráfico 1. Questionários entregues/Questionários recebidos

40 35 30 25 20 15 10 5 0

34

27

10 7 6 01

3 32 44

32

6

8 3 22

4 23 22 2 1

8

5

98 11 Nº de questionários entregues Nº de questionários recebidos

Relativamente ao número de elementos do agregado familiar, podemos concluir que a média é de 3,68 pessoas por família, a moda e a mediana são de 4, a amplitude total é 4 pessoas e a amplitude interquartil (Q3-Q1) é de 1. Assim, existe uma concentração dos dados em relação aos valores centrais. (ver gráfico 2 - diagrama de extremos e quartis)

Gráfico 2. Diagrama de extremos e quartis relativo ao número de elementos do agregado familiar

7 6

Q1

5 4

Minimo

3

mediana

2

Máximo

1

Q3

0

1

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Quanto ao tipo de alojamento concluímos que a maior parte da população em estudo habita em alojamentos clássicos, havendo um número baixo de pessoas a habitar um alojamento móvel, improvisados em edifícios entre outros (ver gráfico 3) Em comparação com os resultados obtidos pelos Censos 2011 (ver tabela 5), nas regiões da zona Norte, concluímos que o alojamento clássico é o que regista maior número percentual contudo, nos nossos resultados existe uma maior percentagem de alojamento clássico relativamente aos resultados na região Norte.

Gráfico 3. Tipo de alojamento

2%3% 3%

Clássico

9% Móvel Improvisado em edificio Outro local habitado 83%

Norte Minho-Lima Cávado Ave Vila Nova de Famalicão Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga Douro Alto Trás-os-Montes

nº de habitações clássicas 1846488 150409 190093 221240 55251 623054 248100 123490 139834 150268

NR

nº de habitações não clássicas 1219 67 147 118 34 542 99 60 117 69

total 1847707 150476 190240 221358 55285 623596 248199 123550 139951 150337

% clássicos 99,9300 99,9600 99,9200 99,9500 99,9400 99,9100 99,9600 99,9500 99,9200 99,9500

Tabela 5. Número de Habitações Clássicas e não clássicas no Norte do Pais (INE, 2011)

De acordo com os nossos dados, podemos afirmar que a maioria das habitações foi construída entre 1991 e 2005. No entanto, reparamos que existem habitações com cerca de 100 anos (até 1919), em bom estado, devendo-se, provavelmente, a eventuais restaurações aquando a compra da casa, e que são poucas as habitações recentes (a partir de 2006). Estatisticamente, as habitações construídas entre 1991 e 2005 são aquelas que precisam de mais reparações comparativamente às restantes.

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Gráfico 4. Época de construção do edifício

NR

Tabela 6. Reparações no edifício

3

De 2006 a 2011

4

De 2001 a 2005

13

De 1996 a 2000

22

De 1991 a 1995

14

De 1981 a 1990

9

De 1971 a 1980

4

De 1961 a 1970

2

De 1946 a 1960

NR

Nenhumas

Pequenas

Médias

Grandes

Até 1919

0

2

0

1

0

De 1946 a 1960

0

0

0

0

1

De 1961 a 1970

0

1

1

0

0

De 1971 a 1980

0

3

1

0

0

De 1981 a 1990

0

7

2

0

0

De 1991 a 1995

1

11

1

1

0

De 1996 a 2000

2

11

6

2

4

De 2001 a 2005

0

11

1

1

0

De 2006 a 2011

0

4

0

0

0

Total

3

50

12

5

5

1

Até 1919

3 0

10

20

30

Quanto ao interior do alojamento observamos que 8% da população da nossa amostra (ver gráfico 5) não tem água canalizada em casa. Comparativamente com os resultados obtidos nos Censos 2011 podemos constatar que a percentagem de alojamentos que não possuem água canalizada é superior aos resultados obtidos para o concelho de Vila Nova de Famalicão (0,46%) e ao nível da região Norte (0,7%) (INE, 2011). Quanto ao sistema de esgotos o número de alojamentos que não possuem sistema de esgotos na nossa amostra é de 1% (ver gráfico 6), registando valores percentuais acima, mesmo que ligeiramente, dos do concelho (0,26%) e da Região Norte (0,51%). Quanto ao alojamento possuir ou não retrete, constatamos que na nossa amostra 2% dos alojamentos não possuem retrete (gráfico 7) e na Região Norte o valor percentual registado foi de 1,92% (INE, 2011). A partir da análise destas três variáveis, comparativamente com os resultados obtidos para o concelho de Vila Nova de Famalicão e a nível da região norte nos Censos 2011, os alunos da nossa escola vivem em piores condições de habitabilidade. Quanto ao aquecimento no alojamento concluímos que a maioria das habitações da nossa amostra possui apenas um tipo de aquecimento e que 12% não possui qualquer tipo de aquecimento (ver gráfico 8). Gráfico 5. Alojamento com/sem água canalizada

3%

3%

Agua canalizada ligada a rede privada e pública água canalizada ligada à rede pùblica

5%

Água canalizada ligada à rede privada 43%

46%

Não tem água canalizada mas existe no edificio Não tem água canalizada

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Gráfico 6. Sistema de esgotos

1% 1%

2%

Sim, ligado à rede pública

20%

76%

Sim, ligado a um sistema particular (fossa séptica) Sim, outro tipo (fossa aberta, vala,…) Não tem sistema de esgotos Sim, ligado a um sistema particular e à rede publica

Gráfico 7. Alojamento com/sem retrete

3%

1%1% 3% Sim, com dispositivo de descarga Sim, sem dispositivo de descarga Não, mas existe no edificio Não tem retrete NR

92%

Gráfico 8. Alojamento com aquecimento

1% 2%

12%

16% 69%

tem um tipo de aquecimento tem dois tipos de aquecimento tem três tipos de aquecimento não tem aquecimento NR

Quanto à área do alojamento constatamos que a maioria dos alojamentos possui área superior a 2

80m , observando-se que a classe que compreende um maior número de habitações é a de 120m2 a 199m2 de área (ver gráfico 9).

Gráfico 9. Área do alojamento Pag. 11/16


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25 20 15 10 5 0 30m2 a 49m2

50m2 a 79m2

80m2 a 119m2

120m2 a 199m2

mais de 200m2

NR

Quanto ao tipo de alojamento, pela análise do gráfico 10, podemos observar que a maioria dos alunos da nossa escola possui habitação própria. Comparativamente, os resultados divulgados pelos Censos 2011, revelam que «em 2001 a percentagem da casa própria e arrendada era de 75,7% e 20,8, respectivamente, e em 2011 os valores correspondem a 73,4% e 19,7%» (INE, 2011, p. 40). Constatamos que os resultados obtidos para a nossa amostra são similares, contudo a percentagem de inquiridos da nossa amostra apresenta percentagens, tanto ao nível de pessoas com habitação própria como arrendada abaixo dos valores nacionais. Gráfico 10. Tipo de alojamento

3%

3% 1%

1% habitação própria Habitação arrendada

23%

Hipoteca Casa de familiares

69%

Cedência gratuita NR

Analisamos também os encargos financeiros com o alojamento, quer seja por arrendamento, empréstimo, entre outros. Chegamos à conclusão que grande parte dos inquiridos tem encargos financeiros com a habitação, sendo que a maioria desses encargos variam entre os 150 e os 249,99€ (ver gráfico 11). Gráfico 11. Encargos financeiros com o alojamento

NR 800 Euros ou mais De 500 a 799,99 Euros De 350 a 499,99 Euros De 250 a 349,99 Euros De 150 a 249,99 Euros De 75 a 149,99 Euros Nenhum

1 2 5 11 8 22 6 20 0

5

10

15

20

25

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Relativamente ao número de horas de trabalho semanais, podemos concluir que há um maior número de pessoas a trabalhar entre 40 a 44 horas, havendo contudo também uma grande parte de pessoas que trabalham mais que 45 horas por semana (ver gráfico 12). Gráfico 12. Número de horas de trabalho semanais

NR 45 ou mais 40 a 44 35 a 39 30 a 34 15 a 29 5 a 14

11 17 31 9

1 1 5 0

5

10

15

20

25

30

35

Quanto ao número de pessoas que trabalham nas empresas empregadoras dos inquiridos da nossa amostra observamos que uma parte (15 pessoas) trabalha numa grande empresa (500 ou mais trabalhadores) mas a maioria trabalha em empresas com um número de trabalhadores abaixo dos 250 (ver gráfico 13).

Gráfico 13. Número de pessoas que trabalham numa empresa

NR 500 ou mais 250 a 499 100 a 249 50 a 99 20 a 49 10 a 19 5a9 2a4 1

11

15 4 6 8 8 5 8 8 2 0

2

4

6

8

10

12

14

16

Observamos ainda que uma parte significativa (33%) dos encarregados de educação da nossa amostra trabalha na indústria transformadora e que, dos inquiridos, só 4% estão desempregados (ver gráfico 14). O meio de transporte mais utilizado na deslocação de casa para o emprego é o automóvel ligeiro (gráfico 15). Também observamos que a principal fonte de rendimento dos agregados familiares da nossa amostra é o trabalho (gráfico 16).

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Gráfico 14. Profissão do Encarregado de Educação

Não respondeu

9

3 Reformado

2 4

Actividades das famílias empregadoras de pessoal …

1 3

Actividades de saúde humana e apoio social

1 6

Administração pública e defesa 7 Alojamento, restauração e similares

2 4

Comércio por grosso e a retalho; reparação de …

8 1

Indústrias transformadoras

24 0

5

10

15

20

25

30

Gráfico 15. Meio de transporte utilizado pelo Encarregado de Educação (casa/emprego)

NR Automóvel ligeiro ou transporte da empresa/escola Automóvel ligeiro ou autocarro A pé ou de automóvel ligeiro Autocarro Automóvel ligeiro A pé

3 1 2 3 16 45 5 0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Gráfico 16. Principal fonte de rendimento do agregado familiar

NR Outra A cargo da família Trabalho e apoio social Trabalho e subsídio de desemprego Subsídio de desemprego Reforma / Pensão Trabalho

4 2 5 1 1 1 4 57 0

10

20

30

40

50

60

Quanto ao nível de ensino os resultados revelam que 44% dos inquiridos frequentou o ensino básico sem concluir o terceiro ciclo, e que só cerca de 18% terminou o ensino secundário. Relativamente ao ensino superior observamos que 9,7% dos inquiridos possui como habilitação uma licenciatura (gráfico 17). Não conseguimos retirar conclusões evolutivas para a nossa amostra contudo, segundo os resultados apurados nos Censos, verifica-se que

o nível de instrução atingido pela população em Portugal progrediu de forma muito expressiva na última década. Relativamente aos Censos 2001, observa-se um recuo da Pag. 14/16


Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

população com níveis de instrução mais reduzidos, designadamente até ao ensino básico 2º ciclo e um aumento dos níveis de qualificação superiores. A população apurada nos Censos 2011 que possui o ensino superior completo quase duplicou na última década. Passámos das 674 094 pessoas que tinham o ensino superior completo para as 1 262 449 (INE, 2011, p. 23). Gráfico 17. Nível de ensino mais alto que completou

Resposta ambígua NR Licenciatura Ensino secundário (actual 12º ano/antigo… Ensino básico 3º ciclo (actual 9º … Ensino básico 2º ciclo (actual 6º … Ensino básico 1º ciclo (actual 4º …

2 1

0

7 13 19 21 12 5

10

15

20

25

5. Conclusão

O nosso estudo permitiu-nos conhecer de um modo mais próximo as condições de vida dos alunos da nossa escola ao nível das condições de habitabilidade, do rendimento do agregado familiar e das habilitações dos Encarregados de Educação. Mesmo sabendo que trabalhamos com variáveis estatísticas qualitativas, que não permitem a utilização de indicadores estatísticos como o cálculo de medidas de tendência central (média e mediana) e de dispersão (como por exemplo o desvio padrão), consideramos que o ponto forte do nosso estudo situase na comparação que pudemos realizar, atendendo aos resultados provisórios dos Censos 2011, com os resultados obtidos pela aplicação do nosso questionário. Destacamos como conclusões, atendendo às questões associadas à habitabilidade, que o tipo de habitação da nossa amostra situa-se, essencialmente, em alojamentos clássicos, havendo um número baixo de pessoas a habitar um alojamento móvel, improvisado, em edifícios entre outros. Ao nível do interior do alojamento os resultados ficam abaixo dos do nosso concelho e da região norte. Observamos que 8% dos inquiridos não tem água canalizada em casa, e que 1% das habitações não tem sistema de esgotos. Quanto ao alojamento possuir ou não retrete, constatamos que na nossa amostra 2% dos alojamentos não possui. Relativamente ao aquecimento a maioria das habitações tem apenas um tipo de aquecimento e cerca de 12% não tem nenhum. Os encargos com o alojamento são sentidos por uma grande parte dos inquiridos e variam essencialmente entre os 150 e os 250 €. Relativamente à profissão do Encarregado de Educação, destaca-se a percentagem daqueles que trabalham na indústria transformadora (33%). Quanto ao número de horas de trabalho observamos que há um maior número de pessoas a trabalhar entre 40 a 44 horas semanais (43%), havendo, contudo, uma grande parte de pessoas que trabalham mais que 45 horas por semana (24%). O rendimento dos agregados familiares provém, essencialmente, do trabalho e o principal meio de transporte utilizado pelos Encarregados de Educação, na deslocação para o emprego, é o automóvel ligeiro. Ao nível da escolaridade observamos que só cerca de 10% dos encarregados de educação têm como habilitação uma licenciatura e que 18% concluíram o ensino secundário.

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Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2011/2012

Referências

INE

(2011).

Censos

2011

Resultados

Provisórios.

Lisboa:

INE.

Disponível

em

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=12207397 8&PUBLICACOESmodo=2 [Consultado em 20/02/2012]. INE (2009). Censos. Disponível em http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censoshomepage [Consultado em 14/12/2011]. Martinho, E., Negra, C. (2007). Sem limites de Matemática A 10ºano. Porto: Santillana-Constância. Guimarães, R. C., Cabral, J.A.S. (1997). ESTATÍSTICA. Lisboa: McGraw-Hill. Silva, J., Fonseca, M., Martins, A., Fonseca, C., Lopes, I. (2001). Matemática A (PROGRAMAS). Disponível em

http://sitio.dgidc.min-

edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/257/matematica_A_10.pdf [Consultado em 14/011/2011].

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