1 minute read

Figura 55 - Ishtar, tríptico de 1983, por Jean-Michel Basquiat

em Nova Iorque, entrou para lhe oferecer os postais que ele fazia com colagens junto a Jennifer Stein. Mas foi só em 1982 que Basquiat e Warhol se conheceram concretamente. Quando o comerciante de Basquiat, Bruno Bischofberger, levou-o para o The Factory de Warhol para uma sessão de fotos, ali pegaram polaroids um do outro e Basquiat, mais tarde, levou um retrato recém-pintado de ambos os artistas, Duas Cabeças, o que impressionou Warhol pela velocidade com que Basquiat havia pintado a peça49 . Graças à amizade e trabalho conjunto, Basquiat teve a chance de conquistar um lugar na cena da “arte culta”. Pode-se observar nas obras de Basquiat a escrita (Figura 55), elemento sobressaliente que usava frequentemente nas suas composições, algo que manteve do seu trabalho com o grafite. Outro artista que surgiu do grafite e que foi também um dos mentorados do Andy Warhol foi o artista Keith Haring, em 1980. Ele realizava desenhos de linhas rítmicas rápidas em giz branco sobre os painéis publicitários do metrô de Nova Iorque, e incluía textos em algumas oportunidades (Figura 56). Ele também foi convidado a participar de The Factory, ali levou a essência de suas intervenções em espaços públicos para dentro de galerias e museus, onde ganhou prestígio e reconhecimento. Basquiat e Haring sem dúvida criaram enlaces significativos entre a arte culta e o grafite, levando suas linguagens à posição de serem reconhecidos e legitimados no espaço artístico.

Figura 55 - Ishtar, tríptico de 1983, por Jean-Michel Basquiat. Fonte: https://www.dezeen.com/2017/10/23/jean-michel-basquiat-art-reconstituted-world-aroundhim-boom-for-real-barbican-curator-lotte-johnson/

Advertisement

49 https://www.artimage.org.uk/news/2017/when-warhol-met-basquiat/

This article is from: