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4. A evolução do alfabeto e sua influência no grafite
4. A evolução do alfabeto e sua influência no grafite
Encontramo-nos no meio de toda classe de textos: nossa cotidianidade está
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composta de todo tipo de letras e escritos em livros, jornais, anúncios, publicidade, nomes de marcas e toda classe de material textual que acessamos na internet. Muitos tipos de letras desenhadas são projetadas para aparecer de forma que cumpram a função de transmitir uma ideia, e não de protagonizar a composição, é o caso dos textos para leitura corrida, por exemplo. No grafite acontece totalmente o contrário: em momento nenhum a pretensão é passar despercebido e sim chamar a atenção, ser visualizado e tomara que reconhecido.
A aparente banalidade do cotidiano tem sido valorizada, dentro do campo do design, como uma ferramenta visual e comunicativa que transmite a identidade e idiossincrasia do lugar. No Rio de Janeiro, como em outras cidades, a aparência que o grafite dá às ruas não fica de fora. Ela transmite sensações e mensagens que constroem o espaço e a percepção do transeunte. Ainda que o grafite contemporâneo tenha começado em Nova Iorque, e é até hoje uma grande influência, com técnicas e estilos que foram replicadas depois em diversos cantos do mundo, a prática tem tomado gosto local em cada lugar onde está inserida. A comunidade do grafite transmite diversas mensagens que abrangem toda classe de referentes sobre o lugar onde se encontram. A forma das letras não tem como único propósito dizer uma mensagem direta, a forma dos símbolos alfabéticos podem ser apenas uma parte da composição ou uma expressão que não precisa ser legível ou ilegível, e que acaba sendo mais um recurso dentro do leque de possibilidades para a criação da arte. Neste capítulo trataremos a diversidade de estilos numa tentativa de classificação dos símbolos alfabéticos que contêm os grafites, a partir da estrutura e as formas dos seus traços, aplicados nas paredes.