Revista Tecnologia Gráfica Nº 92

Page 33

Em 2013 Alejandro Tomas foi nomeado diretor sênior de Finanças e Administração para agora, numa sucessão natural, segundo ele, chegar ao posto de country manager, ou gerente geral. Quais são seus principais objetivos ao assumir o cargo de gerente geral? Alejandro Tomas – Quando vim para cá, em 2007, o faturamento da Ricoh no Brasil era de R$ 50 milhões, contando com 150 funcionários. Fechamos 2014 com uma receita de R$ 280 milhões, mais de 500 funcionários, filiais no Rio, São Paulo, Espírito Santo e Itajaí, 300 revendas e 500 clientes diretos na área de outsourcing de impressão. Minha meta é dar continuidade a esse crescimento, acelerando os processos internos de transformação. Estamos nos transformando em uma empresa de serviço e o objetivo é duplicar ou triplicar nosso faturamento nos próximos três ou quatro anos. Nosso direcionamento será ampliar nosso core business de MPS , investir cada vez mais no segmento de alto volume e em serviços profissionais. Quais processos internos precisam ser acelerados? AT – Desde a atualização do ERP até a expansão dos negó cios na linha de equipamentos de produção para o segmento gráfico e a introdução de novas tecnologias, como projetores e lousas digitais, tanto para os clientes corporativos quanto para as revendas. A ideia é nos posicionarmos como um fornecedor único. Quais são as estratégias para as três áreas que o senhor acaba de citar? AT – O MPS nada mais é do que o outsourcing de impressão e estamos trabalhando para migrar do management printing solution (MPS) para o management document solution (MDS), envolvendo novas tecnologias e processos focados no documento. O output da informação está mudando,

não se restringe mais à impressão. O mercado está se transformando e nós também. Já o segmento de alto volume é dividido em duas linhas: impressoras inkjet coloridas em formulário contínuo e impressoras folha solta. Os equipamentos em formulário contínuo atendem principalmente o mercado transacional, os birôs de serviço, a produção de malas diretas e livros. Nesse segmento estamos liderando a migração da tecnologia laser P/B para jato de tinta colorida e conseguimos colocar cinco conjuntos de impressão do nosso equipamento de ponta, a 5000 , nos principais birôs de impressão transacional do mercado brasileiro. É um segmento que está evoluindo e a Ricoh lançará no segundo semestre deste ano uma máquina de formulário contínuo para a produção de livros. Trata- se da 60000 , uma evolução da IP 5000 , com qualidade de impressão superior.

Enxergamos o gráfico como uma extensão da Ricoh na geração de negócios. Estamos caminhando bem também na linha das impressoras folha solta, com as quais atendemos o setor gráfico com equipamentos P/B e cor. Para ele lançamos na ExpoPrint Digital a Ricoh Pro C7100 x, voltada às pequenas e mé dias empresas. Ela trabalha com uma quinta cor, que pode ser o toner branco ou um clear, funcionando como um verniz. No campo dos serviços profissionais atuamos como uma consultoria. Entramos nos processos dos clientes com a digitalização dos dados, com soluções de gestão eletrônica de documentos e softwares para otimização de processos. Evidentemente usamos a nossa tecnologia, porém pensamos mais no fluxo do documento do que na impressão.

Olhando para esses três segmentos, como se divide a receita da Ricoh Brasil hoje? AT – Um terço de nosso faturamento vem dos equipamentos de produção, tanto formulário contínuo quanto folha solta, um terço do outsourcing de impressão e um terço dos canais indiretos, que são as revendas. A parte de serviços profissionais cruza essas três áreas, representando entre 3% e 4% de nossa receita total. Nosso foco em outsourcing é seguir atendendo as contas grandes e globais da Ricoh. Continuaremos crescendo com novas tecnologias na parte de sistemas de produção e ao mesmo tempo queremos ampliar nossa presença nacional com os revendedores. Além dos lançamentos já mencionados, quais são os projetos para o setor gráfico em 2015? AT – Nosso diferencial para o gráfico não é somente o hardware, o produto em si, mas as soluções que ajudam a empresa a gerar mais negócios. Enxergamos o gráfico como uma extensão da Ricoh na geração de negócios e para isso temos algumas soluções, como soft wares de web-to-print, nas quais vamos além da venda dos sistemas, prestando serviços de implementação, suporte e assistência técnica direta. É um pacote completo, no mesmo conceito que trabalhamos no segmento corporativo. Apresentamos uma oferta única e abrangente, o que na nossa visão representa uma segurança maior para o cliente. Porque a diferença entre o gráfico e o cliente corporativo é que ele faz seu negócio a partir de nossa máquina e a corporação basicamente usa a máquina como uma parte de seu processo, ela não é o seu negócio principal. O gráfico pode esperar a Ricoh ainda mais próxima neste ano, sobretudo em função do equipamento lançado na ExpoPrint Digital. Queremos chegar a ele, no Rio e em São Paulo, com a nossa força direta de vendas, e no resto do Brasil por meio de nossos canais indiretos. VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA 33


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.