Revista Tecnologia Gráfica Nº 83

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Linha de produção de livros CABS 4000S.

A linha CABS4000S é um sistema completo para produção de livros e revistas. Bastante modular, ela pode ser configurada com alceadeira, coladeira, cor­ tadeira trilateral e sistemas de transporte automa­ tizados entre as estações, ou cons­truí­da em partes, já que cada módulo é também um Stand Alone. Nora Setton, do departamento de máquinas grá­ ficas da Fer­ros­taal, explicou que “o equipamento recebe tanto as folhas soltas do offset quanto bo­ binas de uma jato de tinta utilizando o alimenta­ dor de bobina e uma cortadeira e dobradeira me­ nor. A primeira máquina já foi vendida para o Brasil.” A coladeira oferece a possibilidade de uso de PUR e EVA e a linha chega a até 4.000 livros por hora na configuração 100% automática. Já a HT‑1000 , máquina compacta para corte tri­ lateral va­riá­vel, está alinhada com a tendência de produção de livros sob demanda. Indicado para qualquer tipo de livro, o equipamento se ajusta automaticamente a cada formato final “em ques­ tão de segundos”, conforme explicou Nora. “O sis­ tema é exatamente o que o mercado de livro sob demanda precisa: nada de desperdício de ma­te­rial e muita flexibilidade”. No caso, por exemplo, de fotolivros com diver­ sos formatos, a cada entrada as facas se movem e um novo formato é con­fec­cio­na­do. Ela faz de 400 a 1.000 ciclos por hora, de acordo, é claro, com a quantidade de diferentes formatos e número de ajustes. Como a maioria dos sistemas ajustáveis um a um, a HT‑1000 também trabalha com a lei­ tura do código de barras presente em cada exem­ plar para identificar o formato final, ou seja, to­ das as informações devem ser pré-​­carregadas no sistema, ma­nual­men­te ou por JDF. Hewlett Packard

Na conversa com Fernando Alperowitch, diretor de ne­gó­cios Indigo e Inkjet para a América Latina, pudemos falar não só sobre o mar de equipamen­ tos que a HP trouxe para a Drupa, mas também so­ bre mercado e tecnologia. Começamos discutindo as alternativas de futuro para a indústria gráfica. Fernando acredita que há duas formas de analisar 14 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. III  2012

essa si­tua­ç ão, uma pela ótica tecnológica e ou­ tra pela ótica do mercado, da demanda na ponta. E uma acompanha a outra, mas nem sempre elas se encontram no mesmo espaço de tempo. Pelo lado da tecnologia, segundo o executivo, existe uma busca da impressão con­ven­cio­nal para ser cada vez mais efi­cien­te, e uma busca do digital para ser mais cada vez mais assimilado pelas gráficas. E pelo lado da demanda existe claramente um aumento muito rápido da adoção do digital, con­ firmado pelo volume de vendas da HP, que pos­ sui uma fatia de mercado de 85 a 90% na Améri­ ca Latina na categoria de alta produção. Fernando afirmou que “o volume de produção dos nossos clien­tes cresce de 50 a 60% ano a ano e, paradoxal­ mente, a crise de 2009 ajudou o mercado da im­ pressão digital. Os clien­tes das gráficas olharam mais criticamente para seus investimentos em ma­ te­rial impresso e compraram muito mais sob de­ manda, produzindo efetivamente somente o que ­iriam utilizar ime­dia­ta­men­te”.

HP Indigo 7600.

A va­rie­da­de de opções da HP cobriu praticamen­ te todas as possíveis aplicações com relevância para o mercado gráfico: edi­to­rial, pro­mo­cio­nal e trans­ promo, tran­sa­cio­nal, sinalização, embalagens e ró­ tulos. Alguns dos equipamentos desse portfólio se sobrepõem em relação às aplicações. A resposta da HP para isso é flexibilidade e mais escolha para o clien­te. Fernando citou o caso da T200 e da W7250, a primeira jato de tinta e a segun­ da Indigo. “Neste caso pode haver dúvida por parte do clien­te, e estudamos com ele, caso a caso, qual a melhor forma de imprimir. O que no começo pare­ cia um problema é hoje um grande cartão de visita para a HP, pois temos todas as opções”. Por falar em máquinas, a HP Indigo 7600, que é a nova versão das já conhecidas 7000 e 7500, ga­ nhou efeitos especiais como relevo. Além disso, há um controle de qualidade folha a folha que avisa o operador sobre possíveis falhas no impresso, uma vantagem importante para o mercado de livros, onde todo o ma­te­rial se perde quando o controle 


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