Revista Abigraf Nº 281

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ARTIGO ESPECIAL

Foco no acabamento

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Algumas das principais atrações da Drupa 2016 serão as novidades nas áreas de encadernação e acabamento para a impressão comercial, de embalagem, sinalização e artes gráficas em geral, voltadas, principalmente, para o aumento da produtividade e a redução de custos. Texto: Cary Sherburn

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janeiro /fevereiro 2016

onfrontadas por tiragens reduzidas, prazos de entrega mais curtos, conteúdos mais diversificados e variáveis, as empresas gráficas estão mudando para um fluxo de trabalho cada vez mais digital. Ao mesmo tempo em que os benefícios da impressão digital estão despertando grande atenção, as tecnologias analógicas — particularmente offset e flexografia — também estão caminhando para fluxos de trabalho que proporcionam produção mais rápida, menor desperdício e menos pontos de contato durante o processo produtivo. Alon Gershon, diretor de soluções de fluxo de trabalho na HP Indigo, observa: “Os processos de acabamento — tanto na configuração como no funciona mento — frequentemente conti nuam a ser extremamente demorados e trabalhosos, com grande dependência de mão de obra especia lizada e com propensão para erros e perdas dispendiosos no processamento”. O desafio para as gráficas e convertedores de embalagem é a implementação de operações de pós-impressão que superem estes obstáculos à eficiência na produção. A pré- impressão e a impressão já incorporaram tec nolo gias que aceleram o trabalho na produção, mas, para muitas empresas, os processos de pós-impressão continuam sendo um problema, talvez o último entrave na transformação do analógico para o digital. “Muitos clientes continuam a concentrar seus investimentos nas

áreas de pré-impressão e impressão, dando menor importância ao acabamento, e isso é um desafio para nós”, preocupa-se Yoshihiro Oe, diretor geral de exportação, Europa e África Business Al liance, da Horizon. No entanto, acreditamos que isso está mudando rapidamente e que veremos na Drupa 2016 muitos avanços no sentido de tornar os processos de pós-impressão tão eficientes quanto nos demais fluxos de trabalho de produção, assim como a constatação de um maior interesse nesses desenvolvimentos por parte dos utilizadores finais. PENSE NO ACABAMENTO DESDE O INÍCIO

A forma como o trabalho será finalizado deverá ser levada em conta desde o início do processo do design e produção. É preciso haver um equilíbrio entre a imposição que seja mais eficiente para a folha impressa e para o equipamento de pós-impressão, para garantir um fluxo de trabalho tranquilo e com o mínimo de desperdícios. A automação é essencial. Em muitas empresas, ela já tem uma presença significativa no processo da pré-impressão à impressão, porém menor na encadernação. A configuração manual da máquina pode ser demorada e sujeita a falhas, muitas vezes exigindo funcionários qualificados para essa tarefa. Na medida em que a configuração da máquina seja automatizada, com base em informações de etiquetagem do trabalho, códigos de barras, sinais e afins, a probabilidade da ocorrência de erros será


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