Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 52 - 1954

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Ano V

N.° 51

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GRÁFICA

Ô RG ÀO OFICIAL DO SINDICATO DA S I N D Ú S T R I A S

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PAULO

CINCO ANOS DE B O L E T I M Os industriais gráficos recebem hoje um Boletim da Indústria Gráfica que está come­ morando o seu quinto aniversário. Ao escre­ ver o editorial para este número, poderiamos usar as mesmas verdades por que nos vimos debatendo a tanto tempo, tais como: "a classe industrial gráfica precisa ficar mais unida” ; "é preciso que exista maior coopera­ ção com o Sindicato de classe”; "é necessário maior número de realizações em prol do de­ senvolvimento de um melhor padrão de qua­ lidade nos impressos” ; ou então fazer refe­ rências sôbre concorrências desleais e sôbre os baixos .njveis dos preços cobrados pelos trabalhos gráficos e, enfim, bater e rebater as mesmas teclas até que tudo fique como devia ser. Porém hoje é nosso aniversário e a data muito significa para nós. Vejamos a indústria gráfica com óculos azuis. Cinco anos de Boletim. Quinhentos anos de indústria gráfica, desde Gutenberg. Cinco mil oficinas gráficas aproximadamente no Brasil. A indústria gráfica é uma das ativi­ dades industriais mais promissoras, uma vez que seja bem aproveitada. Uma das suas principais finalidades é servir a todos os demais ramos na indústria em geral, no comércio, nas artes, na literatura,

na vida pública, em todos os lugares. As principais representações de dinheiro, poder, ouro e capital estão na inteira dependência da indústria gráfica através do papel moeda, dos selos, dos passes da C M T C , dos títulos, dos papagaios, dos cheques, dos bônus rota­ tivos, dos vales, e do “ pistolão” . A indústria gráfica serve a todos num grande campo de ação e fica obscurecida numa singela humil­ dade. Quem pega numa nota de mil cruzei­ ros não pensa na indústria gráfica, na nota cm si, como foi ela impressa, ou a quem deve o portador a facilidade de não ter de carregar um saco de ouro ou equivalente nacional para fazer as suas aquisições. A indústria gráfica é vista de manhã até à noite. Desde o jornal matutino, os cartazes, os anúncios, as embalagens, o papel de em­ brulho, os tecidos estampados, os impressos comerciais, os cartões de visita, a correspon­ dência, os livros, as revistas até um sem nú­ mero de cousas de uso cotidiano e constante. Se não existisse mais de hoje para amanhã a indústria gráfica, se tudo que fôsse impresso desaparecesse, é bem certo que o colapso de inúmeras atividades deixaria a atual crise que atravessamos como simples gôta de água num ( Continua na pág. 4)


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