A Teia - nº 3

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nยบ REVISTA DE HUMOR SOBRE EVENTOS BEM E MAL PASSADOS

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12 de DEZEMBRO de 2017

NATAL ESCALDANTE FOTOS ร NTIMAS DO PAI NATAL VAZAM NA INTERNET


REVISTA DE HUMOR SOBRE EVENTOS BEM E MAL PASSADOS

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12 de DEZEMBRO de 2017

A TEIA é uma revista com uma periodicidade assídua, mas imprevisível. Utiliza o bom e o mau humor, as técnicas do “diz que disse” e do “foi mais ou menos assim” para discutir e refletir sobre factos objetivos, subjetivos, verdadeiros, e falsos.

Direção, edição e proprietários César Rodrigues (textos, ilustrações) D’ass! Rodrigues (textos, ilustrações) web: www.ateia.pt email: revista@ateia.pt

ÍNDICE CARTAS AO DIRETOR Especial Natal

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ESPAÇO LIVRE A verdadeira história do nascimento de Jesus

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ATUALIDADES A distopia dos Smartphones

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EPIFANIAS DA VIDA A Solidariedade

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UM CONTO DE HISTÓRIA Sophia: a robô modelo para a mulher saudita

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O BOATEIRO

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NO DIVÃ COM DANIEL Qual é o teu maior desejo para 2018?

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PASSATEMPOS

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HORÓSCOPO

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CARTAS AO

DIRETOR

Especial Natal Nesta edição especial fomos presenteados por uma carta exclusiva do Pai Natal. Sr. Diretor, eu sou aquele que todos os anos recebe cartas de crianças de todo o mundo. Pois bem, parece-me ter encontrado aqui um espaço de opinião digno de receber as minhas palavras. Sou o Pai Natal, e escrevo esta carta dirigida a todas as crianças e respetivos progenitores. Às crianças, eu apenas peço uma coisa: que se portem bem durante o ano. É esse o seu dever. Gostaria ainda de aproveitar para acrescentar mais uma ou outra coisa. A primeira, é que não peçam brinquedos tão pesados, como carros, bicicletas, ou casas de bonecas gigantes. Eu sou gordo, o que significa que as minhas costas também não são as melhores para andar a carregar com pesos. Tenham piedade, crianças, pois quando uma de vocês me pede um pónei, depois da entrega do animal são cerca de 80€ que vão diretamente para um osteopata. Em segundo lugar, crianças, pedia-vos que largassem A Teia - nº 3

os telemóveis e treinassem a vossa caligrafia. Ao longo destes anos tenho notado um atrofiamento da vossa mãozinha, coitadinha, toda carcomida pelos hábitos de escrever ao telemóvel. Sinceramente, crianças, a vossa caligrafia é tão torta que para eu conseguir ler direito tenho de amarrotar a folha. Agora dirijo-me a vocês, pais. É claro que eu não sou o Pai Natal, certo? Eu apenas sou a porcaria do diretor desta revista que, uma vez mais, está a fazer passar-se por um gordo vestido de vermelho para que vocês continuem a dizer às vossas crianças “O Pai Natal vem aí! Porta-te bem senão não recebes prendas!”. Pois bem, a verdade é que quem tem de se portar bem são vocês. Eu não tenho filhos. E tendo em conta que no momento em que escrevo esta carta me encontro apenas de cuecas, muito menos tenho autoridade moral para dar lições de ética a alguém. Não obstante, conheço pessoas que têm filhos. Conheço bons e maus pais; mães boas como o milho, e mães más como as cobras; e bons e maus casais para os seus filhos. A porcaria do Natal não deve ser um reflexo do que se passa nos centros comerciais, mas antes, o espelho daquilo que querem para a vossa família. Natal significa nascimento, e nascimento significa um novo começo. Cada criança é um novo começo, um novo nó nesta corda de lã frágil a que damos o nome de vida. E por isso nascimento também

significa família, que é a instituição mais sagrada que nós temos. O pai e a mãe são as figuras sagradas desta instituição. E que a palavra “sagrada” não se confunda aqui com qualquer coisa de espiritual. Que não afaste ateus, até porque eu sou ateu com a autorização de Deus. Sagrado significa “aquele que se sagrou”, como pai, ou como mãe. Eu admito que não existirá maior dádiva do que ter um filho. E brincadeiras à parte, quando a paternidade nos apanha desprevenidos - ou seja, quando alguém nos diz que vamos ser pais -, nós devemos nessa altura renunciar a nossa condição de humano para passar a ser humano. A vida sem sentido passa a ser sentida quando acrescentamos um novo nó ao cordão da humanidade. Natal é ser-se humano. E o espírito do Natal significa o cuidar da posteridade sem esquecer o nosso passado. Significa, portanto, o cuidar da família que, em si, encerra o nosso passado, presente, e futuro. Nos dias que correm, é fácil substituir o cuidado da família pelo espírito do consumo. Assim sendo, tentemos fazer no Natal aquilo que Jesus Cristo fez na Última Ceia, e que o jantar de Natal seja passado como se fosse o nosso último jantar em família. E, já agora, lembremo-nos das palavras do Nosso Senhor no frenesim de trocar as prendas: “Que se fodam as prendas”.

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ESPAร O LIVRE

A verdadeira histรณria do nascimento de Jesus 4

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sta é a história mal contada, do menino de ouro da humanidade. Começa com Maria em cima de um burro sentada, e com José a questionar-se sobre a sua paternidade. Enviado pelo Patrão para dar a boa-nova, o anjo Gabriel surpreendeu Maria com a novidade. Mas Maria quase lhe dava uma sova, pois os romanos não davam apoio à natalidade. No meio de toda esta convulsão, o pior foi mesmo a reação de José, que quando chegou a casa e se apercebeu da confusão, sabia que ia ser gozado por toda a Nazaré.

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hegados a Belém para o recenseamento, Maria e José depararam-se com um grande dilema. Os turistas endiabrados ocupavam todo o aldeamento, o que levantava agora um grave problema. Sem vagas no alojamento local, Maria acusava José de ter sido casmurro. Valeu-lhes um homem estranho que cheirava a mezcal, que ofereceu estadia em troca de uma noite com o burro. Quando Maria se preparava para deitar, e José, no sofá, descansava do imprevisto, as águas da maternidade resolveram rebentar, e foi deste acontecimento que nasceu Jesus Cristo.

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onge daquele local sagrado, três reis magos olhavam as constelações. Preparavam-se para experimentar um jogo, em que normalmente todos acabam sem calções. Logo na primeira jogada, Belchior diz ter uma carta gigante. Tal trapaça não convence a plateia desconfiada, que exige ver a aposta ultrajante. Ia o rei revelar o seu gigantismo, quando uma forte estrela se impôs no céu iluminado. Talvez fosse o Patrão a dissipar o obscurantismo, e a indicar aos três reis o caminho para o filho sagrado.

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om o Google Maps a indicar o caminho, os reis viajavam em modo relaxado. Gaspar insistia que com a Uber seria um tirinho, mas todos concordaram que a luxúria é um pecado. Enquanto atestavam os camelos numa estação de serviço, pensaram que aparecer sem prendas seria uma forretice. Compraram mirra, incenso, e ouro postiço, e juraram não contar a ninguém esta maquiavelice. Chegados a Belém para conhecer o menino, os reis congratularam o milagre da conceção. Ofereceram as suas prendas ao leito divino, e louvaram por Jesus ser a cara chapada do Patrão.

FIM 12

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FELIZ NATAL 14

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ATUALIDADES A Distopia dos Smartphones Nos campos de treino de Silicon Valley, a tecnologia continua a ser aperfeiçoada para servir o esplêndido mundo do virtual. Entre as academias de combate mais sofisticadas contam-se os gigantes da Google, Facebook, e Twitter; verdadeiros titãs nas denominadas artes marciais mistas que têm produzido alguns dos smartphones mais brutais. A estratégia de combate destas academias centra16

se na alienação total da tomada de decisão dos seus adversários - a saber, os seres humanos. Para cumprir o seu objetivo, estas escolas aliam as artes do design persuasivo às engenharias informáticas. O seu repertório marcial fica completo com as infalíveis “técnicas de submissão” oriundas da psicologia comportamental e cognitiva. Relativamente aos combates, os resultados têm sido impressionantes: os indivíduos

olham ou tocam para o seu smartphone uma média de 2,617 vezes por dia, e passam cerca de 3 horas diárias com os olhos colados no ecrã. Em linguagem desportiva, é o equivalente a dizer que o cartel dos smartphones conta com 50 vitórias, 47 por KO, 0 derrotas, e 0 empates. Os planos de combate destas tecnologias baseiam-se no modo como captam a atenção dos indivíduos. As suas técnicas de persuasão têm A Teia - nº 3


como objetivo a submissão da nossa atenção a um estado de vício e vulnerabilidade que encontra conforto nas eternas cronologias, atualizações, notificações, jogos, likes, seguidores, etc. Tudo nelas está otimizado para criar um estado de dependência que anula a possibilidade de qualquer contra-ataque. Encostados às cordas, os seres humanos têm sido impotentes a defenderem-se dos jabs e ganchos infligidos por punhos A Teia - nº 3

com polegares levantados - comummente conhecidos como likes. Dada a violência dos embates, o número de concussões nos seres humanos tem aumentado de forma preocupante. Os danos neurológicos manifestamse através de ansiedades, comportamentos de dependência, sensações de frustração e impaciência. A estratégia humana que se tem mostrado mais eficaz é a

de resistir: resistir à persuasão e à distração proporcionada pelos movimentos elusivos dos smartphones com as suas aplicações e redes sociais embutidas. Assiste-se ainda a uma escalada de violência com o atual refinamento da Inteligência Artificial. Se pequenos smartphones nos têm roubado o cérebro, temese que grandes robôs nos procurem roubar o corpo. 17


EPIFANIAS DA VIDA A Solidariedade Para meu espanto, quando o bandido vê o fiscal dirige-se imediatamente a ele. “Será que se vai armar em touro e enfaixar-se de frente contra o forcado?”, pensei eu. Se assim fosse, ótimo! De certeza haveria sangue! Era época natalícia. Estava sentado no meu banco habitual do metro que costumo apanhar, tal qual um burguês, quando vejo um senhor a entrar apressadamente pelas portas mecânicas. Por um triz o homem não foi rachado ao meio. Apesar do infortúnio daquele senhor, eu reparei que ele tinha entrado sem pagar o bilhete. Era, portanto, um execrável bandido. Desonestidade mesmo em frente aos meus olhos, e ainda por cima no Natal. Não gostei. 18

Até desejei que o senhor fosse apanhado por um fiscal, um daqueles que se enerva facilmente e que resolve tudo à pancada. Surpresa minha: entra um fiscal! Um homem de fato cinzento com listas verdes, com o olhar pousado sobre o seu aparelho tecnológico, a saber, um smartphone. “Desta não escapas tu, meu menino”, pensava eu enquanto abanava a cabeça em sinal de reprovação na direção do bandido. Ajeitei o meu gracioso rabo no banco em

que estava sentado, pus-me confortável, e esperei para assistir ao derradeiro ato de justiça divina. Para meu espanto, quando o bandido vê o fiscal dirige-se imediatamente a ele. “Será que se vai armar em touro e enfaixar-se de frente contra o forcado?”, pensei eu. Se assim fosse, ótimo! De certeza haveria sangue! Saquei do meu pacote de lenços e preparei dois: um para o suor do entusiasmo, outro para limpar da minha gabardina o sangue espirrado do bandido. A Teia - nº 3


“Amigo fiscal, eu não tenho bilhete”, disse o bandido. “Na verdade, nem dinheiro tenho comigo neste momento. Ainda por cima estou atrasado para ir visitar a minha filha que está internada no hospital. Não tive mesmo oportunidade de comprar bilhete... E agora?” “Amigo, eu não sou fiscal”, respondeu... o fiscal? “Eu tenho este fato porque trabalho numa empresa de telecomunicações.” “Como?”, pensei eu. Afinal, um não é bandido, e o outro não é fiscal? Aproximei os meus ouvidos e fiquei a escutar atentamente a conversa entre estes dois senhores. O “bandido” continuou: “Perdi o meu trabalho recentemente, numa altura em que a minha filha já estava muito doente. Já não tenho mulher, e a minha filha não tem marido.

Sou o único sustento dela, mas sem trabalho não consigo sustentar-nos aos dois. Ela agora está internada por tempo indefinido, e eu não sei bem o que fazer. Faço o que posso.” Entretanto, os lenços que anteriormente iriam servir para limpar suor e sangue espirrado, serviam agora para afagar a minha comoção. Errei quando julguei aquele homem. Errei também quando julguei que o outro senhor era um fiscal. Errei em tudo e aprendi uma valiosa lição: não julgar. “Amigo, não sei se está interessado, mas a empresa para a qual eu trabalho está a contratar novas pessoas. Não é um trabalho muito cansativo, e até podemos ser flexíveis em relação aos horários de trabalho. Podia continuar a cuidar da sua filha.

Se quiser, eu posso telefonar agora mesmo ao meu superior para lhe marcar uma entrevista. Desta forma talvez eu possa ajudá-lo.” Com esta última deixa convenci-me de que estava a assistir a um milagre de Natal, onde um bandido se transforma num homem honesto, e um fiscal num benfeitor. A honestidade de um foi a virtuosidade do outro, e quando estas duas características se cruzam normalmente assistimos a grandes momentos de humanidade. Foi assim que, de modo inesperado, aprendi uma segunda, e valiosa, lição: a da solidariedade. Uma lição que só se aprende com a prática de fazer, pois na teoria do dizer ela não encontra realização.

E já que falamos de solidariedade, sabia que... • ...o preço dos Direitos Humanos varia de acordo com a cotação do barril de Brent? • ...os ecologistas defendem o uso de energias renováveis na defesa dos direitos das pessoas? • ...mais vale um Dever na mão, do que dois Direitos a voar? • ...a pomba que serve de símbolo universal dos Direitos Humanos costuma ser alvo de assédio sexual e moral? A Teia - nº 3

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UM CONTO DE HISTÓRIA Sophia: a robô modelo para a mulher saudita Porque é que a Arábia Saudita, uma monarquia absoluta teocrática caracterizada pelo profundo desrespeito dos direitos humanos, decidiu dar cidadania ao robô Sophia? Um país onde as mulheres não têm os mesmos direitos que os homens; onde são obrigadas a andar tapadas; onde são claramente discriminadas à luz de uma interpretação rígida da lei islâmica que, aliás, tem no Alcorão a sua Constituição. Mas, afinal, porque é que a manifestação daquilo que muitos consideram como sendo passado dá a cidadania àquilo que muitos consideram ser o futuro? Primeiro, o argumento maquiavélico: se calhar os reis da Arábia Saudita não são passado, e assim sendo, são um vislumbre do nosso futuro. Mas tal não parece ser o caso. Então, talvez o robô Sophia não represente o futuro e, por conseguinte, seja passado. 20

Mas também este não é o caso. Poderá ser que os reis “passados” estejam a tentar ser futuro? Fica a hipótese. Segundo, o argumento de autoridade: para os reis “passados” a mulher é um ser sem cérebro; ou, pelo menos, com um cérebro suficientemente diferente para não usufruir dos mesmos direitos que os homens. Parece que, para estes reis “passados”, o cérebro das mulheres é tão feio que daí resulte que elas devam andar todas tapadas! Elas são um ultraje aos bons costumes, e é através da censura da sua imagem e dos seus atos que se procura anular a sua humanidade. Até podemos aceitar que muitas mulheres da Arábia Saudita gostem de andar tapadas - talvez para fugir da mira daqueles pervertidos! -, mas não é isso que está aqui em questão. A questão é que para um grupo de homens

que teima em tapar as suas mulheres, é estranho que eles tenham dado a cidadania a uma que anda destapada, e pior, que tem o cérebro à vista! Proponho a seguinte conclusão para o argumento de autoridade: o robô Sophia é o arquétipo da mulher saudita; um exemplo para as outras mulheres. Estes reis “passados”, ao darem a cidadania a esta senhora robô, estão a dizer: “Contemplem esta mulher. Sem cérebro, completamente programada pelo homem. Mas alto, contemplem bem! Vejam bem de que é feito o seu cérebro!” É também por este motivo que os reis “passados” não obrigam Sophia a usar uma burca. É que eles querem que as outras mulheres vejam o tipo de cérebro que é preciso ter para, naquele lugar inóspito, ambicionar ter os mesmos direitos que os homens. Fica a hipótese. A Teia - nº 3


Quando pedes fiado vezes a mais, atĂŠ os santos respondem torto. A Teia - nÂş 3

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Edição Taberneiro • Diretor: Alcoólico saneado • Capital Social: Falido, mas independente • Ano zero

O Boateiro Boatos sérios com base num jornalismo independente

Assalto à Pomba! “Ouvi muitas vezes: Aquela pombinha é uma p...!”

Orçamento do Estado para 2018: especialistas preveem ano fiscal difícil para prostitutas com mais que dois filhos e chulos gastadores, e extremamente complicado para recibos verdes.

A pombinha dos Direitos Humanos é a última vítima de assédio moral e sexual que veio publicamente denunciar os casos de abuso de que foi alvo. Entre os abusadores da pombinha estão os principais líderes mundiais, mas a lista não termina aí. A pombinha queixou-se ainda de pequenos abusadores, ao nível empresarial, que entre dólares e euros tentam aplicar a técnica do grab by the pussy; ou “agarrar pela pombinha”, em português.

Analistas de agência internacional confusos sobre a governação portuguesa. Após terem analisado o país durante o último ano, estes analistas não conseguiram perceber quem de facto governava: se o PS, o PCP, o Bloco de Esquerda, as Forças Sindicais, o PR Marcelo, ou as Redes Sociais. A conclusão do relatório aponta para “confusão estrutural grave”.

Trump avisa que a paz mundial vai depender da sua relação com a Coreia do Norte. O pai da Coreia, Kim Jong-un, já veio avisar que ela é uma moça delicada e que não gosta de relacionamentos com brutos. Fica o impasse.

A Porto Editora prevê que a palavra do ano para 2018 seja Assédio. A confirmar-se, e com vista à normalização do termo, a prática do assédio irá integrar os currículos de educação sexual a partir do 6º ano de escolaridade.

Putin organiza Baile de Máscaras erótico em Moscovo. O líder russo pretende desta forma trazer algum interesse mediático à Cimeira do G20, e quer alterar o nome da reunião internacional para Cimeira do Ponto G.

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NO DIVÃ COM DANIEL crónica “O que dizem os teus olhos?”

Qual é o teu maior desejo para 2018?

José Sócrates

Mariana Mortágua

Marcelo Rebelo de Sousa

Que façam uma versão em banda desenhada do meu despacho de acusação para ver se eu percebo aquilo.

Continuar a trinchar o Costa e restantes rapazes do PS para distribuir aquelas entranhas gordas pela Função Pública.

Pelo menos mais uma ou duas tragédias para assegurar a minha fantástica popularidade durante o próximo ano.

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Hรก gajos com ideias tรฃo iluminadas que sรณ apetece espetar-lhes um candeeiro na cabeรงa 24

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PASSATEMPOS P a l a v r a s

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1. Tubo de escape do casamento 2. Parte do homem produzida por mulher infiel 3. O órgão feminino que o homem conhece pior 4. Aquela coisa que temos quando já nada mais resulta 6. Tipo de inteligência que nos irá matar a todos 7. Recipiente usado para cozinhar carreiras profissionais

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Horizontal 3. Tipo de naperon que os homens usam no meio das pernas 4. Jogo com 22 jogadores e 50 mil árbitros 5. Parte má da Coreia 8. Ménage desajeitada 9. Processo civilizado para humilhar políticos falhados

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O ENFORCADO DA TEMPORADA Com base nas pistas dadas, adivinhe qual é a personagem enforcada. Se não conseguir adivinhar, aproveite os espacinhos para colocar o nome de um colega seu de quem não gosta. Pistas • ao que parece, não gosta de ser espanhol • é um líder feroz que abandonou a sua zona de combate • tem um penteado à Playmobil

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HORÓSCOPO CARNEIRO Durante o próximo ano prevêse que vocês continuarão a ser uma importante fonte de carne, couro e lã. Por isso, carneirada, se não querem ser comidos e maltratados, o melhor será votarem no PAN.

TOURO Atenção aos maus tratos. Mantenham os olhos abertos e os cornos afiados. Se alguém vos convidar para uma tourada, tentem perceber sem equívocos qual o sentido desse convite.

GÉMEOS Com a multiplicação de redes sociais também se multiplicam as personalidades. Cuidado, pois se sempre foram motivo para confusão, então os próximos tempos não se adivinham fáceis.

CARANGUEJO Os restaurantes gourmet estão todos os dias a experimentar novas iguarias baseadas em caranguejos. Assim sendo, prevê-se que no próximo ano vocês serão degustados ainda com maior prazer. 26

PREVISÕES PARA 2018 LEÃO Apesar dos caçadores furtivos, a vossa condição como Rei da Selva manter-se-á. Todavia, as leoas tenderão a ocupar novos lugar de poder. Cautela com os assédios sexuais durante a caçada.

VIRGEM Se quiserem continuar virgens, mantenham-se longe de bares noturnos e da internet. No entanto, se quiserem mudar a vossa condição de forma condigna, contactem o editor desta revista.

BALANÇA Para quem ainda não aderiu às novas tecnologias, o próximo ano poderá ser difícil. Estima-se que, a partir de 2018, cerca de 43% dos empregos sejam ocupados por balanças digitais.

ESCORPIÃO Novas técnicas no campo da cirurgia estética serão implementadas em 2018. Se quiserem remover o ferrão e levar uma vida de harmonia, o próximo ano poderá ser perfeito para isso.

SAGITÁRIO Não se espera que a sociedade consiga aceitar em pleno aqueles que, por opção, preferem ser homens-cavalo. Haja esperança para que no futuro todos sejam aceites e tratados como igual.

CAPRICÓRNIO O ano de 2018 trará novas conquistas no plano amoroso e dos negócios. Mas atenção, cabras e cabrões continuarão a aparecer associadas a situações de moralidade duvidosa.

AQUÁRIO Vocês vão continuar a ser excelentes recipientes para água. Dada a seca extrema que assola Portugal, esperase um grande serviço cívico da vossa parte na questão do armazenamento desse bem.

PEIXES Com as alterações climáticas e os níveis de poluição a baterem recordes, será necessário prudência sobre as águas em que se movem. Mais secas e inundações é aquilo que se avizinha no futuro. A Teia - nº 3


Super BOBI O melhor amigo d’ A Teia está treinado para lhe explicar como pode ir buscar o seu jornal. Por jornal, entenda-se “a revista”. Por revista, entenda-se “A Teia”.

Demonstração - Bobi, fiel amigo! Chegas-me a edição especial de Natal desta estrondosa revista? - Estás a ver essa porcaria que tens na mão, esse smartphone? Entra no teu navegador, digita www.ateia.pt, e faz o download do PDF do último número. E já que é Natal, ganha vergonha nessa cara e vê se fazes um donativo! - Meu querido Bobi! Feliz Natal!

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12 de DEZEMBRO de 2017 Copyright © A Teia - 2017 Todos os direitos reservados A Teia - nº 3

edição online

Aquele a quem imputar as responsabilidades: César Rodrigues revista@ateia.pt

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SE A VIDA FOSSE FÁCIL NINGUÉM SE RIA

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