O Endereço da Prosperidade | Izaias Querino

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Capa: APS Diagramação: Manoel Menezes Revisão: Eliane C. do R. S. de Sousa Coordenação editorial: Jennyfer Calado Barcelos Impressão e acabamento: Gráfica Optagraf

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) QUERINO, Izaías.

O endereço da prosperidade – prepare-se para o sucesso financeiro / Izaías Querino – A.D. Santos Editora, Curitiba, 2022. 96 páginas.

ISBN – 978-65-89636-25-0 1. Moral Cristã 1ª edição – junho de 2022.

Proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

CDD 240

Dedicatória Dedico este livro àqueles que de uma forma especial, até aqui, fizeram parte da minha vida.

Ouso citar alguns nomes sem, contudo, desprezar outros que porventura aqui não sejam citados.

Depois de quase cinco décadas de ministério, certamente tenho recebido o apoio, incentivo e participação ativa de muitas pessoas.

Por isso, quero a estes dedicar este livro. Primeiramente à minha família: minha esposa, companheira fiel que ao longo desses anos sempre esteve presente na minha vida. Aos meus três filhos, Leonardo, André e Evelize. Às minhas noras: Lidiane, Viviane e meu genro Lucas. Não poderia deixar de fora os meus netos Lucas, Luiz Filipe, Davi, Alice e ao Isaque que está para nascer no mesmo tempo deste livro.

Dedico aos meus companheiros de trabalho, diretores, coordenadores e colaboradores da Convenção Batista Paranaense, com quem convivi nos últimos anos de trabalho como diretor.

Apresentação Este livro é baseado nos conceitos de finanças apresentados por Jesus na parábola do “filho pródigo”, registrada no Evangelho Segundo Lucas, na Bíblia Sagrada.

Depois de estudar exaustivamente o capítulo quinze desse evangelho há quase duas décadas, publicando 5 livros e construindo 74 mensagens, minha atenção voltou-se para os aspectos financeiros e econômicos da história.

Embora o capítulo 15 de Lucas seja ensinos de Jesus sobre o que fazer com a herança espiritual, ouso aplicá-los, de forma prática, quanto ao que fazer com o dinheiro e os bens que venhamos possuir e com o desejo de sermos prósperos e felizes.

Ele mostra o endereço da prosperidade e como alcançá-la, de uma forma bem lúcida e prática, e sua leitura será de fácil compreensão.

Posso garantir que as experiências que vivi na prática desses ensinos, me tornaram próspero e convicto de que a prosperidade está na casa e na presença do Pai.

Sumário Dedicatória......................................................................................3 Apresentação...................................................................................5 Introdução.......................................................................................9 O “País Distante” e a “Casa do Pai”............................................11 País Distante – O Reino da Economia Mundial..........................13 1. Escolhas.....................................................................................13 2. O Relacionamento com o Dinheiro..........................................17 Características da Administração Financeira no Reino Terreno.....21 3. Desejo de Autonomia – Independência do Pai.........................21 4. Confiança na Riqueza – “Ajuntou tudo que era seu”.................27 5. Avareza......................................................................................31 6. Egoísmo....................................................................................35 7. Quando a Carreira Está Acima da Missão...............................39 8. Desperdício...............................................................................43 O Reino de Deus É a Casa do Pai – Este é o Reino de uma vida de fé...............................................................................47 Características da Administração Financeira no Reino do Céu...49

9. Liberdade..................................................................................49 10. Liberalidade – Um princípio da generosidade .......................55 11. Recompensa – A lei da semeadura..........................................59 12. Confiança................................................................................63 13. Contentamento.......................................................................67 14. Vida Livre do Medo e do Orgulho.........................................71 15. O Dízimo – Um Princípio Essencial......................................77 Conselhos Práticos......................................................................81 16. Planejando...............................................................................83 17. Faça Uma Boa Administração Financeira..............................87 Conclusão.....................................................................................91 Referências Bíblicas Sobre Finanças.............................................94 Orientações para o Estudo em Grupos........................................95

Introdução

N

ormalmente gostamos de possuir dinheiro. Ter é o objetivo do ser humano. Desde que Deus criou o homem, deu-lhe a atribuição de cuidar das coisas.

Mas, desde o momento da desobediência, quando o homem ouviu a voz de Satanás, conforme descrito em Gênesis 3.1-5, ele trocou o ser amigo íntimo de Deus, SER CUIDADOR, para tentar ter o mesmo poder de Deus, POSSUIDOR. Ali começava a inversão que distanciaria o homem de seu criador.

Nascia uma nova ordem econômica, ele deixara de ser cuidador das coisas de Deus, buscando ser o dono segundo seus próprios interesses. Era como se ele abrisse o seu próprio negócio.

No mundo distante de Deus, o cuidado, que deveria ser a nossa tarefa, se tornou em posse. Para as pessoas, é mais importante possuir do que cuidar. Quanto maior a posse, mais importância você tem. Somos medidos pelo que aparentamos possuir e não pelo que somos.

Quando Jesus descreve na parábola a ilustração de uma pessoa que ajunta tudo nas suas mãos e, em seguida, desperdiça e perde tudo, serve para que aprendamos a lição de que além de nossas vidas não nos pertencerem, as coisas que pensamos possuir também não são nossas e que não devemos tentar dominar e controlar exclusivamente para nós. O filho mais moço ajuntou tudo, mas desperdiçou tudo. Gastou.

Uma outra questão que devemos considerar é: o que é mais fácil, ajuntar ou gastar? Na vida sempre percebemos que gasta-

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O Endereço da Prosperidade

mos com muita facilidade aquilo que juntamos. Se não temos uma boa educação financeira, certamente não saberemos controlar os impulsos para gastar.

Provavelmente, seja por isso que existem na Bíblia 3.225 referências sobre questões financeiras. A Palavra de Deus fala bastante sobre o assunto, pois Ele sabia que a administração do dinheiro e dos bens seria desafiador para nós.

Lucas 15.13-14 – “Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha. O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade.”

Uma coisa precisa ficar bem clara aqui, obviamente, Jesus usou a parábola para aplicar e explicar princípios espirituais quanto ao nosso relacionamento com Deus; porém podemos aproveitar os conceitos deixados por Ele na construção da história, especialmente, no que diz respeito ao nosso relacionamento com o dinheiro e os bens. Então, abordaremos os princípios descritos sobre finanças.

Faremos isso porque entendemos que a vida é um constante ajuntar e gastar. Não há nada que se faça na terra sem gastar tempo, dinheiro e bens. E, nesta parábola, Jesus deixa claro que existem dois reinos e duas maneiras de gastarmos nossos bens. Sobre isso, discorreremos nesta obra.

O “País Distante” e a “Casa do Pai”

País Distante – O Reino da Economia Mundial 1

Escolhas

O

texto diz que o filho foi para um país que ficava longe.

Lucas 15.13 – “Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha.”

Aqui eu levanto uma questão: é possível um crente viver longe do Pai? Sim, é possível. Isso acontece quando nos distraímos e deixamos as regras econômicas da terra dominar nossos corações, nos afastando das normas do Reino de Deus.

O que aconteceu com aquele rapaz é que ele foi além de uma mudança de lugar, ele foi para longe do pai.

Quando nossa mente está no lugar errado, longe do Pai, fatalmente, gastamos de maneira errada e gastamos tudo. Se nossa vida está longe do Reino de Deus, certamente viveremos uma vida cheia de complicações, porque não teremos a orien-

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O Endereço da Prosperidade

tação correta para gastar e investir. A grande questão é morar no mundo, mas não ser do mundo.

As consequências da escolha do reino e lugar errado para prosperar A declaração que Jesus põe nos lábios do filho mais velho é para descrever o desatino que é viver longe do pai, e é muito forte.

Lucas 15.30 – “Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!”

A expressão “com prostitutas”, era a maneira mais dolorosa para um pai saber como seu filho poderia ter gastado sua riqueza, era uma ofensa para o pai. Toda riqueza acumulada e entregue nas suas mãos, foram destruídas. Notemos que o dinheiro longe de Deus só serve para nos afastar para mais longe ainda. E as coisas que compramos com ele têm a cor da prostituição.

Muitas coisas prostituem nossas mentes, nos levando para longe de Deus, que não quer nossa prostituição, não quer dividir nosso culto com outras coisas, pessoas ou deuses.

Lucas 16.13-14 – “Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará outro, ou se dedicará a um e desprezará outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro’. Os fariseus, que amavam o dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus.”

1. Escolhas

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A tendência natural é acharmos que é possível conviver com as duas maneiras, ser um cristão e, ao mesmo tempo, dedicar muita atenção às coisas materiais.

Deuteronômio 8.2-3 – “Lembrem como o nosso Deus guiou vocês pelo deserto esses quarenta anos. Durante essa longa caminhada, Deus os humilhou e os pôs à prova para saber se estavam resolvidos ou não a obedecer aos seus mandamentos. Ele os deixou passar fome e depois lhes deu para comer o maná, uma comida que nem vocês nem os seus antepassados conheciam. Deus fez isso para que soubessem que o ser humano não vive só de pão, mas vive de tudo o que o Senhor Deus diz.”

Deus ainda quer um povo que confie nEle para sua subsistência, e não em seus próprios recursos, nem num sistema terreno. Não podemos confiar nos sistemas financeiros de bancos. É cuidando da gente que Deus prova, para nós mesmos e para o mundo, a realidade de Seu poder.

O texto de Deuteronômio nos ajuda a compreender os momentos difíceis e as crises financeiras pelas quais possamos passar. Precisamos visualizar esses momentos como sendo uma oportunidade de Deus nos ensinar a confiar mais nEle e não naquilo que temos em nossas mãos.

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O Endereço da Prosperidade

Reflexão – 1. Escolhas 1. É possível um crente viver longe do Pai?

2. O que acontece quando a gente vai para longe do Pai? 3. Como morar no mundo, mas não ser do mundo?

4. Muitas coisas prostituem nossas mentes, nos levando para longe de Deus. Cite algumas: 5. Lucas 16.14 diz que os fariseus amavam ao dinheiro. O que você acha que é amar o dinheiro?

6. Você confia no sistema financeiro?

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O Relacionamento com o Dinheiro

1 Timóteo 6.9-10. – “Porém os que querem ficar ricos caem em pecado, ao serem tentados, e ficam presos na armadilha de muitos desejos tolos, que fazem mal e levam as pessoas a se afundarem na desgraça e na destruição. Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos. Mas você, homem de Deus, fuja de tudo isso. Viva uma vida correta, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de respeito pelos outros. Corra a boa corrida da fé e ganhe a vida eterna. Pois foi para essa vida que Deus o chamou quando você deu o seu belo testemunho de fé na presença de muitas testemunhas.”

Q

uando Jesus contou essa história, deixou claro uma importante distinção: a diferença de viver em acordo com as regras normais da vida, ou viver segundo o padrão do Reino do céu. O Reino que Ele veio anunciar e que muitos de Seus ouvintes não queriam entender e aceitar, por isso, conta essa parábola. Já naquela época existiam pessoas aficionadas pelo dinheiro, a ponto de amá-lo. Mateus 6.24 - Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejei-

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tar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará outro. Vocês não podem servir a Deus e servir ao dinheiro. A questão é que temos que fazer escolhas diárias. Não é apenas uma decisão definitiva para a vida, mas todos os dias Deus aguarda nossas decisões em favor de Sua vontade e na direção do Seu Reino.

Sofonias 3.5 - “Mas o Senhor ainda está na cidade e sempre faz o que é certo e nunca o que é errado. Todas as manhãs, sem falta, ele manda fazer o que é direito; mas os que são maus continuam na mesma e não se sentem envergonhados.”

Na parábola, os dois reinos estão bem nítidos, a casa do pai e o país distante. O Reino do céu que é a casa do Pai, que também podemos chamá-lo de “O Reino da fé”, e o país distante é o reino financeiro, onde é a economia quem dita as regras, e tudo, obviamente, gira em torno do dinheiro.

Na parábola podemos perceber as características do tipo de vida nos dois reinos: o terreno, onde o fim e consequências são: a insatisfação, a fome, uma vida sem amigos, roupa suja, dedos sujos de lama, pés descalços, trabalho árduo; e naquele caso, ser desprezado e discriminado como estrangeiro, destaques ilustrativos dados por Jesus na parábola para descrever o grau de perigo e desatino que é se afastar da presença de Deus para viver uma vida autônoma. Já no Reino do céu, encontramos alegria, fartura, presentes, abraço do Pai, carinho de filho, roupa de festa. Tudo que uma pessoa em boa consciência deseja para sua vida.

Quando alguém ganha uma boa quantia numa loteria, na entrevista sempre perguntam: Como você vai gastar esse dinheiro?

2. O Relacionamento com o Dinheiro

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Deus nos faz a mesma pergunta em relação a cada dinheiro que coloca em nossas mãos. Como menciona o texto de Sofonias 3.5a: “todas as manhãs sem falta ele manda fazer o que é direito.” Na parábola encontramos os dois jeitos (lugares) de viver financeiramente: longe do pai, ou na sua casa, mas precisamente, na sua mesa.

Reflexão – 2. O Relacionamento com o Dinheiro 1. Como você entende 1 Timóteo 6.9?

2. O que são na parábola o Reino do céu e o reino da terra?

3. Quais são as características do Reino do céu, na parábola?

Características da Administração Financeira no Reino Terreno 3

Desejo de Autonomia – Independência do Pai

Lucas 15.13 – “Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha.”

A

autonomia foi problema para a raça humana desde seus primeiros momentos aqui na terra. Foi lá no Éden que tudo começou. No momento da queda, Satanás chegou oferecendo justamente a autonomia e independência de Deus ao homem e este acreditou e desejou muito a oferta. Ao contar a parábola, Jesus aborda este fato na declaração do filho ao seu pai pedindo-lhe sua parte da herança e na sua saída para o país distante.

Mais adiante percebemos uma outra lição na parábola sobre os resultados da autonomia na vida financeira comum no reino terreno, onde não se busca a direção do Pai. Lá no país

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distante do pai, é onde se gasta tudo. Gastamos tudo quando vivemos uma vida independente do Pai. Na prática, isso acontece quando eu tomo decisões financeiras sem antes falar com Ele. Nos damos muito mal quando não levamos tudo a Deus em oração.

Quando se perde tudo, a tendência daqueles que vivem longe das orientações de Deus, é tentar resolver as coisas do seu modo. Não tem o hábito de compartilhar suas vidas com Deus. Com certeza, as nossas decisões poderão não serem assertivas, por isso devemos ter cuidado com a tomada de decisões próprias.

Lucas 15.15-16 – “Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.”

Onde podemos melhorar de vida? Sempre haverá moradores perto da gente, porém estes não podem nos ajudar. Naquela fazenda não teve muitas oportunidades, caiu no abandono.

Sem promoção, sem salário, sem amigos... Não sabemos quantos mais estavam com ele naquela fazenda, mas era discriminado de tal forma que nem comida lhe davam. Era um imigrante. A ilustração é que nossas iniciativas são insuficientes para melhorar nossa vida. Quando tentamos ajeitar nossa vida por nós mesmos, ficamos limitados à esfera terrena – daquela terra, não mudou de lugar. Não deu um passo mais longo.

Jesus está dizendo que buscamos as soluções mais fáceis para melhorar nossa vida.

3. Desejo de Autonomia

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Talvez você esteja passando por um momento muito difícil e sente-se como se estivesse morrendo. Você precisa tomar uma atitude e a única coisa que você pensa é no que pode fazer. É nesse momento que devemos reconhecer nossa limitação e a limitação do reino terreno que não dá nada a ninguém.

Reconhecer que uma vida autônoma não é o melhor para nós.

O problema é que pensamos que podemos dar jeito às coisas. A Bíblia diz que sua vida piorou ainda mais.

Ilustração: Permita-me contar uma história que ouvi há bastante tempo.

Um certo homem foi procurar emprego numa indústria têxtil.

Depois de fazer todos os exames, foi aprovado e avisado que começaria trabalhar na semana seguinte. No dia marcado, ele se apresentou e foi encaminhado a um senhor que viria ser o seu chefe na seção de tecelagem. Colocado diante de uma grande máquina, o seu chefe explicou seu trabalho, que parecia ser muito fácil. Ele teria apenas que ficar com os olhos fixos nos fios que se entrelaçava diante de si.

Em seguida, o chefe lhe passou somente duas orientações: Se os fios embaralharem, desligue a máquina nesse botão vermelho, apontando o botão, e em seguida me chame. Bem adiante dos seus olhos havia uma plaquinha fixa na testeira da máquina, com os seguintes dizeres: Quando os fios embaralharem, chame o chefe.

De pronto, ele começou seu trabalho. Tudo transcorria perfeitamente, até que num determinado momento, os fios embaralharam.

Ele então seguiu a primeira recomendação: apertou o botão vermelho. A seguir deu uma olhada para os lados e não avistou o chefe, o que o levou a pensar, por que chamar o chefe, se lhe parecia tão fácil resolver o problema?

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Então, pôs-se a mexer nos fios para os desembaralharem. Para seu desespero quanto mais ele mexia, os fios se embaralhavam mais.

Ele estava suando frio, suas mãos tremiam de nervoso que estava, foi quando alguém veio por trás dele e bateu no seu ombro. Ele olhou e desconcertado percebeu que era seu chefe. Este lhe perguntou: “O que você está fazendo? Você não leu esta plaquinha? Não ouviu minha recomendação que quando os fios embaralhassem, chamasse o chefe? Era tudo que você tinha que fazer! Só isso! Foi quando ele percebeu o grande erro de sua vida.”

Preciosas lições para nossas vidas. Quando as coisas estiverem embaralhadas, tenhamos consciência de algumas coisas: Deus estará sempre por perto, para nos socorrer, mesmo que não percebamos Sua presença. Não adianta querermos resolver nossas crises sozinhos, só Ele pode fazer. Não adianta nossos esforços, precisamos buscar a Deus. Chame o Chefe!

3. Desejo de Autonomia

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Reflexão – 3. Desejo de Autonomia 1. Quando as pessoas estão longe de Deus Pai, elas tentam resolver tudo sozinhas. Elas conseguem? Por quê?

2. Qual tem sido sua experiência na vida com Deus? Sente-se perto dEle? 3. O que você entende por autonomia?

4. Você acredita que nas horas difíceis, devemos entregar tudo nas mãos de Jesus?

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Confiança na Riqueza –

“Ajuntou tudo que era seu”

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uando você tenta trazer as coisas para seu controle, começa a confiar nelas. Ajuntar bens nas nossas mãos pode nos levar a confiar neles. O problema é que, quando queremos ajuntar tudo, facilmente nos tornamos escravos de tudo.

1 Timóteo 6.9-10 – “Porém os que querem ficar ricos caem em pecado, ao serem tentados, e ficam presos na armadilha de muitos desejos tolos, que fazem mal e levam as pessoas a se afundarem na desgraça e na destruição. Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos.”

Este texto deixa muito claro que não é possível servir a Jesus e às riquezas. A nossa fé não pode estar em dois extremos, no reino da terra e no Reino do céu. O nosso coração não deve se inclinar a confiar nos bens terrenos.

A Bíblia diz que desta vida ninguém vai levar nada. Todos partirão daqui de mãos vazias.

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Ilustração: Há uma história de uma vila pequena onde morava um homem muito rico que possuía muitas terras e gado. Além disso, desfilava pela cidade adornado de muitas joias. Era notado aonde ia e as crianças da pequena vila se referiam a ele como “o homem rico”.

Ostentava um grosso colar de ouro, um belo relógio e vários anéis em seus dedos. Além de desfilar com extravagantes carros de luxo.

Um dia chegou a notícia aos habitantes do vilarejo que ele havia morrido. Toda vila parou.

Todos se dirigiram à fazenda daquele homem para acompanhar o funeral. Um menino muito esperto, ao se aproximar do caixão e ver ali o corpo do “homem rico”, observou que suas mãos estavam cruzadas e vazias, nem mesmo o belo relógio e os anéis estavam nelas. Então exclamou para todos escutarem: “Ele sempre teve as mãos cheias e agora morreu e vai de mãos vazias.”

Esta é uma das lições mais importantes que devemos guardar conosco. Não levamos nada dessa vida. Veja a primeira carta de Timóteo 6.7: “O que foi que trouxemos para o mundo?

Nada! E o que é que vamos levar do mundo? Nada!”

Jesus contou uma história que está registrada em Lucas 12.15,19-20. Ele disse que um Homem conseguiu fazer uma grande colheita e esta foi tão grande que ele não tinha armazém suficiente para guardar. Então ele chegou a algumas conclusões: Sua riqueza era muito grande, estava com o celeiro cheio. Vendo tudo aquilo, concluiu que era a hora da aposentadoria. Então, bateu a mão na barriga, olhou para seu umbigo e disse: Estou rico, vou ajuntar tudo em celeiros maiores; e então concluiu: Alma, aproveita, descansa, passeie bastante, faça festas. Ai Deus lhe pergunta: Para quem você fez isso? Neste momento ele perdeu o sono.

4. Conf iança na Riqueza

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Quando você corre atrás de bens e dinheiro, já se perguntou: Para quem estou fazendo isso? Você vive e se alegra com o que Deus lhe deu? Ou você está ajuntando, sabe lá para quem?

Como cristãos não podemos gastar nossa vida correndo atrás das coisas terrenas, cheios de cargos e compromissos, sem tempo para reunir a família para um churrasco. A vida cristã não pode ser uma fazenda onde se trabalha pesado, como escravo, mas um ambiente de festa.

Precisamos saber equacionar a confiança nos bens, com o viver e usufruir bem os nossos bens. Percebeu o perfil da loucura? É achar que se tivermos abundância podemos descansar, aposentarmos sobre a conta bancária e dizermos a nós mesmos e aos outros, vou viver aquilo que juntei, numa atitude egoísta.

Lucas 12.15 – “E continuou dizendo a todos: – Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza, porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas.”

Confiar no dinheiro é pecado.

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Reflexão – 4. Confiança na Riqueza 1. Como é que a gente pode saber se está confiando no dinheiro?

2. Como você vê as pessoas que lutam para ganhar dinheiro, mesmo sabendo que não vão levar nada deste mundo?

3. Bem, se devemos confiar em Deus, você acha que devemos também querer ganhar dinheiro?

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Avareza

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vareza, o que é? O termo envolve o desejo excessivo de um tesouro sem fim. Esse tipo de pessoa procura acumular vários tipos de bens materiais, porém não estão dispostos a gastá-los ou sequer compartilhá-los. Por outro lado, o termo aparece, frequentemente, ligado a outros pecados ou certos crimes, como traição, fraude e suborno.

O avarento pretende apenas acrescentar mais e mais riqueza e não conhece nada daquilo que é legal ou ético, ou seja, ele faz de tudo para cumprir o seu limite alvo. Se necessário burla outra pessoa ou lei para chegar ao resultado. A riqueza em si não é um mal, mas o amor e a confiança nela, sim. O avarento nunca cansa de ajuntar para si.

Administrou para si, pois gastou consigo mesmo. A Bíblia diz que gastou com seus deleites. Que interpretação damos para “vossos próprios deleites”?

Tiago 4.1-3 – “De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês?

Elas vêm dos maus desejos que estão sempre lutando dentro de vocês.

Querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. E, quando pedem,

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não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres”.

No verso 1, Tiago nos mostra que naqueles dias havia hostilidade no meio das comunidades cristãs da época, assim como temos hoje. Há divisões, rixas, e competições na igreja de Cristo, infelizmente. Como chega a acontecer isto? Por que é assim? “Donde vem as guerras e contendas?”

A resposta de Tiago é imediata: “Dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam”. Deleites (hedonôn), que é hedonismo, a concepção da vida segundo a qual o prazer é a finalidade, o bem supremo da vida. É a glorificação dos sentidos. Os deleites estão na “carne”, no homem interior.

A lucidez de Tiago é grande: a força dos prazeres que operam na nossa vida produz o clima de regras sociais dentro das igrejas, que só causam problemas. Trocando em miúdos, o espírito de contendas entre os cristãos é produto da carnalidade humana, da carne trabalhada pelo intenso desejo do ter e do prazer, desejo de satisfação. É o homem dominado pela carne que produz problemas na igreja.

5. Avareza

Reflexão – 5. Avareza 1. O que é avareza?

2. O que a avareza provoca entre as pessoas?

3. O que é hedonismo?

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6

Egoísmo

N

este reino tudo vai à falência e nada prospera. “Cobiçais e nada tendes”. Desejar melhores condições de vida não é errado. É uma legítima aspiração humana. Mas, “cobiçar” aqui não é uma aspiração legítima. A sequência dos verbos no verso esclarece bem: cobiçar, matar, invejar, combater, fazer guerras. Não são desejos inspirados por Deus. São inspirados por deleite, prazer.

O que é ilícito, então? Passeio? Presentes? Restaurantes?

Viagens? Não. O problema é onde colocamos estas coisas na nossa lista de prioridades.

Quando lemos a parábola do filho pródigo compreendendo que Jesus estava confrontando e ensinando sobre a diferença entre ser zeloso, religioso, ao invés de viver uma vida de intimidade com o Pai, não temos dificuldade de lidar com estas coisas. Sabemos que a prioridade é a adoração a Deus, e que tampouco desfrutar de passeios, descanso e diversões não é uma atitude pecaminosa. O cristão, pode sim, se divertir, se alegrar e passear, porque a vida cristã não é uma vida escrava que tem que “trabalhar”, fazer tudo, o tempo todo, para que o Pai se agrade da gente.

A Bíblia diz que há tempo para tudo debaixo do sol. Logo não é uma vida tensa e escrava sob o pretexto da obediência a Deus que determina nosso grau de santidade. Você pode sorrir, se divertir e se alegrar.

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O Endereço da Prosperidade

Há um outro problema que enfrentamos quando vivemos rodeados pelas influências do reino terreno, não fazendo parte dele: como conciliar as demandas legais com os princípios bíblicos sobre finanças? Um exemplo claro é o pagamento de impostos num país onde você sabe que há corrupção, certamente lhe lesará naquilo que conquistou com dificuldade.

Logo as pessoas criam os jeitinhos para burlar o imposto de renda e outras taxas que consideram injustas.

Não há nada que justifique isso. A palavra de Deus é clara quando diz: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Com isso, gastamos o que não gostaríamos de gastar.

No entanto, vale a pena ser fiel e justo, porque não somos nós quem devemos julgar os que cobram os impostos. Deus os julgará. Este é um grande desafio para o cristão.

A gente pode gastar errado fazendo coisas erradas: o filho mais moço, na parábola, representa aqueles que deixam a casa do Pai e sua presença para gastar sua vida e seus bens longe dele, no reino terreno, fazendo as escolhas erradas, desperdiçando tudo. Também podemos gastar errado fazendo coisas certas, mesmo perto da casa do Pai, com a motivação errada: o filho mais velho trabalhava pesado, servia para receber recompensa e reconhecimento. Isso fica claro quando ele afirma: “Te sirvo como um escravo e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com meus amigos”. Gastou sua vida numa visão errada. Até as ofertas que entrego não me trazem alegria quando faço com interesse de receber algo em troca, ou tentando manipular pessoas e organizações com minha influência financeira. É comum ver pessoas que entregam grandes contribuições em igrejas ou organizações missionárias e esperam, até exigem, um tratamento ou uma atenção diferenciada.

6. Egoísmo

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Reflexão – 6. Egoísmo 1. É errado desejar uma melhor condição de vida?

2. Como nós podemos equilibrar os princípios do Reino de Deus com passeios, presentes, almoço em restaurantes e outras coisas que gostamos?

3. Você percebe uma ligação entre a avareza e o deixar de pagar impostos?

4. O que você aprendeu e deseja aplicar destes ensinos na sua vida?

Continua...

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