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6. Egoísmo

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Dedicatória

Dedicatória

Neste reino tudo vai à falência e nada prospera. “Cobiçais e nada tendes”. Desejar melhores condições de vida não é errado. É uma legítima aspiração humana. Mas, “cobiçar” aqui não é uma aspiração legítima. A sequência dos verbos no verso esclarece bem: cobiçar, matar, invejar, combater, fazer guerras. Não são desejos inspirados por Deus. São inspirados por deleite, prazer.

O que é ilícito, então? Passeio? Presentes? Restaurantes? Viagens? Não. O problema é onde colocamos estas coisas na nossa lista de prioridades.

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Quando lemos a parábola do filho pródigo compreendendo que Jesus estava confrontando e ensinando sobre a diferença entre ser zeloso, religioso, ao invés de viver uma vida de intimidade com o Pai, não temos dificuldade de lidar com estas coisas. Sabemos que a prioridade é a adoração a Deus, e que tampouco desfrutar de passeios, descanso e diversões não é uma atitude pecaminosa. O cristão, pode sim, se divertir, se alegrar e passear, porque a vida cristã não é uma vida escrava que tem que “trabalhar”, fazer tudo, o tempo todo, para que o Pai se agrade da gente.

A Bíblia diz que há tempo para tudo debaixo do sol. Logo não é uma vida tensa e escrava sob o pretexto da obediência a Deus que determina nosso grau de santidade. Você pode sorrir, se divertir e se alegrar.

Há um outro problema que enfrentamos quando vivemos rodeados pelas influências do reino terreno, não fazendo parte dele: como conciliar as demandas legais com os princípios bíblicos sobre finanças? Um exemplo claro é o pagamento de impostos num país onde você sabe que há corrupção, certamente lhe lesará naquilo que conquistou com dificuldade. Logo as pessoas criam os jeitinhos para burlar o imposto de renda e outras taxas que consideram injustas.

Não há nada que justifique isso. A palavra de Deus é clara quando diz: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Com isso, gastamos o que não gostaríamos de gastar. No entanto, vale a pena ser fiel e justo, porque não somos nós quem devemos julgar os que cobram os impostos. Deus os julgará. Este é um grande desafio para o cristão.

A gente pode gastar errado fazendo coisas erradas: o filho mais moço, na parábola, representa aqueles que deixam a casa do Pai e sua presença para gastar sua vida e seus bens longe dele, no reino terreno, fazendo as escolhas erradas, desperdiçando tudo. Também podemos gastar errado fazendo coisas certas, mesmo perto da casa do Pai, com a motivação errada: o filho mais velho trabalhava pesado, servia para receber recompensa e reconhecimento. Isso fica claro quando ele afirma: “Te sirvo como um escravo e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com meus amigos”. Gastou sua vida numa visão errada. Até as ofertas que entrego não me trazem alegria quando faço com interesse de receber algo em troca, ou tentando manipular pessoas e organizações com minha influência financeira. É comum ver pessoas que entregam grandes contribuições em igrejas ou organizações missionárias e esperam, até exigem, um tratamento ou uma atenção diferenciada.

Reflexão – 6. Egoísmo

1. É errado desejar uma melhor condição de vida? 2. Como nós podemos equilibrar os princípios do Reino de

Deus com passeios, presentes, almoço em restaurantes e outras coisas que gostamos? 3. Você percebe uma ligação entre a avareza e o deixar de pagar impostos? 4. O que você aprendeu e deseja aplicar destes ensinos na sua vida?

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