Tons e sons da língua portuguesa | Dia Mundial da Língua Portuguesa

Page 1

DA LÍNGUA PORTUGUESA

5.MAIO.2O21

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA


GEOGRAFIA DO ENTENDIMENTO



DA LÍNGUA PORTUGUESA O Externato Ribadouro congratula-se com a decisão da UNESCO que reconhece o Português como língua global e de comunicação internacional. Língua materna, língua segunda, de herança, de ideias, de emoções e de afetos, de comunicação internacional, de mobilização cultural, artística e científica abre oportunidades para o multiculturalismo e cooperação internacional.    

O Português na CASA DO MUNDO HOJE é uma porta para aceder ao mundo uma janela para o poder ver , conhecer e perceber uma varanda para o poder contemplar e apreciar uma ponte para interconectar o mundo

Com mais de 265 milhões de falantes, a Língua Portuguesa é a mais falada no hemisfério sul, a 4ª a nível mundial, a 5ª mais usada na internet, a 3ª mais usada no facebook e é a língua oficial de 9 países.

NÃO SE PODE PENSAR FORA DAS POSSIBILIDADES DA LÍNGUA EM QUE SE PENSA VERGÍLIO FERREIRA

NESTE APRESENTAMOS RECORTES SOBRE ALGUNS DOS NOSSOS AUTORES, NUMA COLETÂNEA QUE SERÁ CONTINUADA EM AÇÕES FUTURAS.

REPRESENTAM DA LÍNGUA PORTUGUESA EM QUE SE EXPPRIMEM E SE SENTEM, NOS MAIS VARIADOS NÚCLEOS ESPALHADOS PELOS 4 CANTOS DO MUNDO, NA GEOGRAFIA DO ENTENDIMENTO. OS AUTORES SÃO REFERENCIADOS NUMA APRESENTAÇÃO POR CRITÉRIOS EXCLUSIVAMENTE DE ORDEM ALFABÉTICA.

COORDENAÇÃO MARIA OLINDA DESIGN CARLOS CHAVES


AGUSTINA BESSA-LUÍS PRÉMIO CAMÕES 2OO4


ALMADA NEGREIROS


ANTÓNIO GEDEÃO


ENEIDA NELLY CABO VERDE


EUGÉNIO DE ANDRADE

PRÉMIO CAMÕES 2OO1


FERNANDO PESSOA

ALBERTO CAEIRO/HETERÓNIMO

ÁLVARO CAMPOS/HETERÓNIMO


BRASIL

FERREIRA GULLAR

PRÉMIO CAMÕES 2O1O


BRASIL

JOÃO GUIMARÃES ROSA


BRASIL

JORGE AMADO

PRÉMIO CAMÕES 1994


JORGE BARROS DUARTE

TIMOR-LESTE



PRÉMIO CAMÕES 1991

JOSÉ CRAVEIRINHA

MOÇAMBIQUE


BRASIL

JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS


LEVAVA CHÃO NOS PÉS INDO A SUBIR TRAZIA CÉU NAS MÃOS VINDO A DESCER


JOSÉ SARAMAGO PRÉMIO NOBEL 1998

PRÉMIO CAMÕES 1995

“ Um escritor é como os outros homens: sonha. E o meu sonho foi o de poder dizer deste livro, quando terminasse: Isto é o Alentejo”

PASSADO, PRESENE E FUTURO Eu fui. Mas o que fui já me não lembra: Mil camadas de pó disfarçam, véus, Estes quarenta rostos desiguais. Tão marcados do tempo e macaréus. Eu sou. Mas o que sou tão pouco é: Rã fugida do charco, que saltou, E no salto que deu, quanto podia, Um ar dum outro mundo a rebentou. Falta ver, se é que falta, o que serei: Um rosto recomposto antes do fim, Um canto de batráquio, mesmo rouco, Uma vida que corra assim- assim.

Re-Iniciação É porque tudo foge que não fujo E começo do princípio, a conjugar O verbo já sabido e suspeitado. Numa eira de brasas me sentaram, Mas digo que são brumas. Negador, O corpo me regressa iniciando.

Saramago

No romance “ Memorial do Convento”, o povo é o grande protagonista, responsável pelo trabalho bruto, muitas vezes forçado que gerou este edifício “ pelo menos o povo é o mesmo de sempre; trabalhando incansavelmente para sustentar as ordens privilegiadas, pagando com pesadas lágrimas ao mais pequeno sinal de rebeldia, morrendo à míngua um pouco em cada dia. Os trabalhadores viveram num tipo de submissão escrava, na qual o Rei “ não mede esforços para ver a sua vontade cumprida.


JOSÉ GOMES FERREIRA

FONTINHAPORTO


CHINA

MACAU

CMILO PESSANHA


PRÉMIO CAMÕES 2O17

MANUEL ALEGRE


MANUEL ANTÓNIO PINA


MOÇAMBIQUE

MIA COUTO PRÉMIO CAMÕES 2O13

A PRENDA O menino recebeu a dádiva. Era o seu dia, assim disseram. Estranhou: os outros dias não eram seus? Se achegou. Espreitou. A oferenda, era coisa nenhuma que nem parecia existir. – O que é isso?, perguntou. – É uma prenda, responderam. Que prenda poderia ser se tinha forma de nada. – Abre. Abrir como se não tinha fora nem dentro? – Prova. Como provar o que não tem onde se pegar? Olhou melhor. Fixou não a prenda, mas os olhos de quem a dava. Foi, então: o que era nada lhe pareceu tudo. Grato, retribuiu com palavra e beijo. O que lhe ofereciam era a divina graça do inventar. Um talento para não ter nada. Mas um dom para ser tudo. Mia Couto


PRÉMIO CAMÕES 1989 – PRIMEIRA ATRIBUIÇÃO

MIGUEL TORGA


ODETE SEMEDO GUINÉ BISSAU


S.TOMÉ E PRÍNCIPE

OLINDA BEJA


ANGOLA


PEDRO HOMEM DE MELLO


PRÉMIO CAMÕES 1997

PEPETELA ANGOLA



MOÇAMBIQUE

RUI KNOPFLI


SOEIRO PEREIRA GOMES

80 ANOS DA PRIMEIRA EDIÇÃO


PRÉMIO CAMÕES 1998

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN


VALTER HUGO MÃE


VERGÍLIO FERREIRA


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.