MAIS SUPERIOR_NOV_DEZ_2021

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NOVEMBRO - DEZEMBRO 2020 | Nº78 | 4 x ano | REVISTA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÃO PODE SER VENDIDA

DIRETOR: DUARTE FORTUNATO

maissuperior.com

Tio Jel

Tudo se consegue... com muita calma! D.A.M.A

Passado, presente e futuro

Papillon

No seu Sweet Spot a conquistar o hip-hop português

Paulo Battista

O craque que veste craques

Maria Correia

A Mega voz das manhãs



Ficha Técnica

P ro p r ie tá r io/Ed itor: Young Direct Media, Lda

NIP C nº 510080723 E m p r esa j o r nal istica i nsc ri t a c om o nº: 22385 2 C a p i t al Social : 2 2 . 500 euros D ETEN TORE S D E 5 % O U MA I S DO CA PI TAL DA EM P R ES A: Mar i a da Gr aça Al v es Romão d os Sant os 33,3 3 % | D u art e Jo sé A l v e s F o r tunato 3 3 ,33% | Paulo Jorge Fort un at o 3 3 , 3 4 % ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação e editor: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt

www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Superior DIRETOR Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; REDAÇÃO Hugo Casaca, hugocasaca@youngdirectmedia.pt; Rita Coelho, ritacoelho@youngdirectmedia.pt; COLABORAÇÃO Filipa Tojal, redacao@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL Gonçalo Pires goncalopires@youngdirectmedia.pt; DESIGN Cristina Germano imagem@youngdirectmedia.pt; COMUNICAÇÃO Hugo Silva comunicacao@youngdirectmedia.pt;

ESTATUTO EDITORIAL Disponivel em https://www.maissuperior.com/ficha-tecnica/ TIRAGEM: 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: 4 x ano REGISTO NA ERC Nº 126168 DEPÓSITO LEGAL: 339820/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha BANCO DE IMAGENS :

Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do Adobe Stock, Unsplash e Pixabay.

Editorial Oh oh oh! Está a chegar a melhor época do ano, e tu não sabes para que lado te deves virar, no meio de tantas frequências e trabalhos, não é? A Mais Superior aconselha-te a ter muita CALMA... e a desfrutares desta edição repleta de Sal Grosso - ordem do Tio Jel! Mas atenção que a tua banda sonora não fica por aqui! Os D.A.M.A e o Papillon têm novidades bem fresquinhas que vais querer ouvir em repeat! E quem diz em repeat... diz durante uma noite de dança em tua casa, onde é obrigatório vestir um look a rigor depois de leres a entrevista que o alfaiate Paulo Battista deu, mesmo à tua medida! Mais Mega que isto? Só a entrevista da Maria Correia! Isso mesmo! A voz que estás habituad@ a ouvir todas as manhãs, na tua rádio! Agora que estás pront@ para aproveitar o teu Natal, vê as dicas de alimentação saudável que a nutricionista Tatiana Prata deixou para ti! E se sentires que precisas de uma inspiração extra, visita restaurantes da aplicação Zomato, que te recomendamos, e utiliza o código da Mais Superior! A Mais Superior deseja-te umas boas festas! Filipa Tojal e Hugo Casaca

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ESTA PUBLICAÇÃO ENCONTRA-SE ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.

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06/11/20

12:50

04 Música

índice

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Entrevista D.A.M.A Passado, presente e futuro

10 Música

Entrevista Papillon No seu Sweet Spot a conquistar o hip-hop

14 Sugestões

Dicas para ser mais saudável... no Natal!

18 Comédia

Entrevista Tio Jel Tudo se consegue... com muita calma!

22 Moda

Entrevista a Paulo Battista O craque que veste craques

26 Experiências

Zomato, apetecia-me algo...

30 Rádio

Entrevista a Maria Correia A Mega voz das manhãs

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música

D.A.M.A passado, presente e futuro Entrevista: Rita Coelho Fotos: Cedidas pelos entrevistados

São uma das bandas mais conhecidas em Portugal e lançaram recentemente o seu novo álbum Sozinhos à Chuva. À Mais Superior, os D.A.M.A recordaram as origens da banda, desvendaram curiosidades acerca do seu mais recente disco e, levantaram o véu sobre quais são os objetivos para o futuro da banda. A vossa banda tem mais de dez anos, mas para quem vos conheceu mais recentemente, vamos regressar às origens. O nome da vossa banda é uma sigla para a expressão Deixa-me Aclarar a Tua Mente Amigo, é isto que pretendem com as vossas músicas e projetos musicais? De onde surgiu esta expressão?

alguém, e, alguém poder identificar os sentimentos que nós queremos passar através das nossas músicas, é o nosso maior objetivo enquanto artistas.

A vossa banda inicialmente era composta pelo Francisco Pereira, Miguel Coimbra e pela vossa amiga Filipa, mais tarde entrou o Miguel Cristovinho. De que forma Essa expressão surge quando nós tínhamos sentiram musicalmente e enquanto grupo uns 16/17 anos... E olhando para nós naquela esta mudança? altura, com toda esta distância temporal, a expressão continua a ser verdadeira. Penso Quando fizemos esta mudança, aquele a que que o nosso core é o mesmo, pretendemos nós chamamos, o nosso novo sentido de vida, que a nossa música diga alguma coisa a começou também a alinhar-se. Na altura NOVEMBRO | DEZEMBRO 2020

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isto era um hobby para nós, encarávamos a música de uma forma totalmente amadora. Entretanto, terminámos o curso, o Miguel Cristovinho estava a fazer o mestrado e começámos a fazer aquelas típicas questões: “O que queremos fazer da vida?” E esta mudança aconteceu mais ou menos nessa altura, nós tocávamos juntos, juntávamonos para fazer música... Esta era uma paixão que tínhamos em comum e começámos a lançar músicas que tiveram algum sucesso, com o sucesso vieram os concertos e a indisponibilidade de nos dedicarmos a outra vida que não a da música e depois foi uma bola de neve que durou até agora.



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música

O Francisco estudou Direito, o Miguel Coimbra e o Cristovinho estudaram Gestão, estas áreas foram escolhidas com a cabeça ou o coração esteve sempre na música? A música era um estado de espírito muito inconsciente, nós sabíamos que este era o nosso hobby preferido. Sabíamos o que gostávamos de fazer, porque esta é uma coisa que fazemos desde muito novos, mas a verdade é que apesar de haver sempre qualquer coisinha que nos fizesse imaginar em vários palcos, nunca tomámos isto como: “É isto que eu quero fazer, é este o meu sonho!” Apesar de, desde muito novos darmos concertos para os nossos amigos, é como o Miguel disse, chega aquele momento da nossa vida, em que depois dos nossos cursos superiores concluídos, nos quais enveredámos por eles, porque o sistema de ensino leva-nos para aí, afunila as possibilidades de profissões entre médicos, advogados, professores, gestores, e pouco mais, portanto nós estávamos moldados a esse formato que as pessoas têm de vida. Mas, a verdade é que depois de trabalharmos noutra área, continuámos a juntar-nos para fazer música, a procurar avidamente um manager, enviávamos mails a pedir para ouvirem as nossas músicas e, depois finalmente quando decidimos: “Vamos dedicar este tempo para fazer música!” Tudo começou a fluir... Mas se calhar tudo isto correu tão bem, porque já não éramos assim super jovens, tínhamos 24/25 anos quando a nossa carreira começou a ser pública, portanto podemos dizer com certeza que não mudaríamos nada do que fizemos até aqui. De que forma recordam os vossos primeiros concertos no Colégio, no MEO Sudoeste e nas Festas do Mar em Cascais? Com alguma nostalgia, às vezes vemos entrevistas que demos naquela altura e rimo-nos, mas fez parte do processo, já foi há algum tempo, já nos conseguimos distanciar das pessoas que éramos e vemos o quanto crescemos e éramos pessoas diferentes. É giro olhar para trás, ver o quanto mudámos e crescemos, e o quanto a vida nos foi surpreendendo. Ao longo da vossa carreira, muitos já foram os concertos dados, têm algum concerto que guardem com um carinho especial? Aquele que por mais anos que passem nunca irão esquecer. Temos vários, mas se tivéssemos de enumerar: Rock in Rio Lisboa, os três Campo Pequeno, MEO Arena. No Porto, na Avenida dos Aliados demos um concerto memorável e no Estádio do Dragão...

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“Este é um disco para ouvir como um todo, fizemo-lo para que fosse experimentado como um todo, como uma peça única!” Para quem ainda não ouviu o vosso novo Portanto, o vosso novo estúdio modificou álbum Sozinhos à chuva, de que forma o o processo construtivo da música, e a gostariam de apresentar? O que gostavam forma como vivem estes momentos? de dizer sobre ele? Na parte das colaborações especificamente. Este é um disco para ouvir como um todo, Porque antes fazíamos um estúdio em fizemo-lo para que fosse experimentado qualquer salinha, e essa parte para nós é a como um todo, como uma peça única, do mesma coisa, diferindo claro em condições princípio ao fim, sem interrupções, tirem 38 e qualidade. Agora a maior diferença está minutos para ouvir do princípio ao fim. Nós nas colaborações e, para conjuntamente as quisemos ligar as músicas umas com as pessoas criarem connosco uma vibe, sem outras, e é assim que nós recomendamos dúvida que a nossa estrutura está agora que seja ouvido. Claro que podem ouvir muito mais propícia a isso. Num piscar uma de cada vez, e retirar as favoritas, mas de olhos, acontece uma colaboração de pelo menos na primeira vez, devem fazer que não se estava à espera só porque as este exercício de ouvir o disco do princípio condições estão agora todas reunidas. ao fim. A capa do vosso álbum é ilustrada e Conta com participações de Bárbara bastante criativa, o que querem dizer Bandeira, Carolina Deslandes, Ivo Lucas, sobre ela? Lutz, Mike 11, Nelson Freitas e T-REX. De que forma é que sentem que estas A capa foi desenhada pelo Gonçalo Coimbra, colaborações acrescentam à vossa irmão do Miguel Coimbra, que também já tinha desenhado a capa do álbum anterior, música? uma mandala. Foi uma surpresa para nós, A 100%, tivemos a sorte de colaborar com porque fomos trabalhando musicalmente e artistas incríveis e nossos amigos, como é dissemos-lhe só a sensação que queríamos o caso da Bárbara, Carolina Deslandes, Ivo que a capa transmitisse. Ele enquanto Lucas e todas as faixas tiveram um peso artista, pintor e designer, fez o trabalho importante e essencial. A grande diferença dele, e quando nos apresentou ficámos entre este álbum e o anterior é que, não só avassalados com a proposta e, como se este é o nosso álbum mais colaborativo, como pode ver, é uma coisa que salta à vista e agora temos o nosso próprio estúdio, e por podemos dizer que nessa capa estão lá os isso, há colaborações que ficam mais fáceis D.A.M.A representados e as pessoas têm de concretizar, porque antes falávamos com de descobrir onde nós estamos! o artista, mandávamos a faixa, ele gravava, enviava-nos e depois colávamos a parte dele. Agora com o estúdio conseguimos viver a música e a experiência de uma outra forma, a vibe é mais conjunta, o artista vem ao nosso estúdio e estamos ali todos de volta da canção. Esta foi para nós uma aprendizagem muito grande e que enriqueceu muito o nosso álbum.

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Fundação ”la Caixa” financia bolsas de estudo para apoiar académicos e investigadores de pós-graduação, doutoramento e pós-doutoramento A Fundação ”la Caixa” anuncia bolsas de pós-graduação na Europa, América do Norte e na zona da Ásia-Pacífico, e bolsas de doutoramento e pós-doutoramento em Espanha e Portugal.

Calendário Pós-Graduação 11 de fevereiro de 2021 Doutoramento Incoming 4 de fevereiro de 2021 Doutoramento Retaining 25 de fevereiro de 2021 Pós-doutoramento CONCURSO ENCERRADO Não poderão ser apresentados projetos, nem documentação complementar fora dos prazos estabelecidos nas bases do concurso.


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Como te podes candidatar? Através do link: fellowships.lacaixa.pt

Bolsas de Pós-graduação A Fundação ”la Caixa” atribui 120 bolsas para frequentar estudos de pós-graduação em universidades ou centros de ensino superior de países do Espaço Europeu de Educação Superior (EEES), América do Norte ou Ásia. Os estudos são de mestrado ou doutoramento. Também serão admitidos projetos de prédoutoramento de investigação científica e técnica.

Bolsas de doutoramento INPhINIT O programa de bolsas de doutoramento INPhINIT da Fundação ”la Caixa” destina-se a atrair investigadores em início de carreira com talento, de todas as nacionalidades, que pretendam realizar um doutoramento em território espanhol ou português. O programa está dividido em dois concursos com enquadramentos distintos: Incoming: 35 bolsas de doutoramento abertas a concurso. Retaining: 30 bolsas de doutoramento abertas a concurso.

Bolsas de Pós-doutoramento O Programa de Bolsas de Pós-Doutoramento Junior Leader destina-se à contratação de investigadores de excelência, de qualquer nacionalidade, que pretendam continuar a sua carreira de investigação em território espanhol ou português nas áreas das ciências da saúde e da vida, da tecnologia, da física, da engenharia e da matemática. Promovido pela Fundação ”la Caixa”, este programa tem como objetivo fomentar a investigação inovadora e de alta qualidade em Espanha e Portugal e apoiar os melhores talentos científicos oferecendo-lhes um ambiente atrativo e competitivo no qual poderão realizar uma investigação de excelência.

Para mais informações: fellowships.lacaixa.pt


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música

PAPILLON

No seu Sweet Spot a conquistar o hip-hop português Com dois anos de carreira a solo, Papillon já conquistou o mundo do hip hop e do rap português com o álbum Deepak Looper e as suas colaborações. Com um novo single lançado recentemente, 00 Fala Bonito , o músico da linha de Sintra esteve à conversa com a Mais Superior! Texto: Hugo Casaca Fotos: Cedidas pelo entrevistado

Como é que surgiu a música na tua vida? Surgiu de uma maneira muito passiva, nas festas que se faziam em casa, a minha mãe e as minhas tias faziam muitas, praticamente semana sim, semana não. Foi aí um dos meus primeiros contactos com o rap. Havia um grupo que passava muito na playlist, os SSP, e foi nesse primeiro contacto com os SSP que eu comecei a ouvir e gostar de rap. Foi aí que começaste a rimar? De certa forma sim. Nessas festas, quando já estava a esmorecer, nós, os mais novos, fazíamos uma espécie de concurso de talentos, íamos ao meio e cada um fazia um talento. O meu era imitar as músicas dos SSP. Começaste então a treinar o flow. Exatamente. Foi aí que comecei a treinar o meu flow. Dizia palavra a palavra. Com dois anos de carreira a solo estás nos tops e nos maiores palcos. Como olhas para o teu percurso? É interessante, a escola de Grognation já me permitiu ver muito dentro do mundo da música e do entretenimento. Então, há muitas coisas que eu já estou à espera que NOVEMBRO | DEZEMBRO 2020

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aconteçam, e eu parto sempre do princípio que tudo leva o seu tempo e que é preciso trabalho. O que tem de acontecer, acontece no timing certo. Eu simplesmente limito-me a tentar fazer o meu melhor, quando consigo e depois fica ao critério do consumidor, das pessoas que vão ouvir. A forma como me faz sentir? Deixa-me muito contente e feliz, porque tenho pessoas que gostam daquilo que faço, e que entendem a essência da música que eu faço.

Quando eu comecei esta caminhada, não comecei a pensar que ia ser um fracasso (risos), eu acreditei que ia chegar a algum lado. Não só eu, mas também pessoas que trabalham comigo. Trabalhámos para chegar a algum lado, felizmente vamos conseguindo fazer acontecer de alguma maneira. Já consegui tocar em alguns sítios que para mim eram completamente um sonho, ainda para mais com uma carreira solo relativamente curta.


Hรก quem tenha um ingrediente secreto. Nรณs temos vรกrios.

Natas para Culinรกria Parmalat, sabores para todos os gostos. parmalatdagosto.pt


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música Eu lancei o meu álbum em 2018, portanto, é muito pouco tempo para já ter ido ao NOS Alive, para ter feito um MEO Sudoeste… Pelo menos, na minha cabeça, tendo em conta todo o percurso que fiz como Grognation, e o tempo que as coisas demoraram a acontecer em grupo, a solo acabaram por acontecer um pouco mais rápido. Mas, como já existe este trabalho que já vem de trás, e agora a solo já existem conhecimentos e conexões desde esse tempo, as coisas acabam por se desenvolver mais rápido. Mas ainda me sinto no início, está muito prematuro. Estou muito contente com o que fiz até agora, mas acho que ainda conseguimos fazer muito mais, e estamos a trabalhar nessa direção.

perceber como vai resultar, estamos a tentar montar um espetáculo que seja agradável, atendendo à forma como temos de o fazer. Estou ansioso, já não dou concertos há muito tempo. Adoro atuar, para mim e o seal the deal, juntas tudo em que tiveste a trabalhar até agora, e partilhas com as pessoas que potencialmente gostam da tua música. Portanto, vai ser interessante também fazê-lo no sítio mítico que é a Altice Arena. Estou expectante. Vamos ver como corre. Tenho de ser realista, nós não sabemos como é que isto se vai desenvolver, portanto, espero que corra tudo bem, vamos trabalhar para isso.

Quais as tuas maiores influências? São muitas (risos)! Kendrick Lamar, J Cole, 00 Fala Bonito é o teu mais recente trabalho. Drake, Sam The Kid, Valete, Boss Ac, SSP, O que podes contar sobre esta canção? Plutónio, Slow J, entre muitas outras. A ideia na construção deste single foi criar uma espécie de casa para as pessoas Projetos para o futuro, podes contar alguma que muitas das vezes se deixam enganar coisa? pelo palavreado, pelas pessoas que têm Sair mais música. Espero conseguir lançar até muita lábia. Conforme o meu crescimento ao final do ano mais uma, é isso. No início do pessoal e artístico, já tive a oportunidade de próximo ano veremos o que é que podemos me cruzar com muitas pessoas que, só de fazer mais. falar, conseguem convencer-se de tudo. Tive de aprender a controlar e a filtrar as minhas Se o Papillon de hoje se cruzasse com o Rui expectativas em relação às outras pessoas, não que estava nas festas de família a imitar criar demasiadas. Esta é uma das ideias centrais SSP, o que é que diriam um ao outro? deste tema, de que quando começamos uma Eu não ia dizer nada. Tudo o que aconteceu relação com alguém, ou quando iniciamos até agora, aconteceu por algum motivo. Acho uma conexão, é importante controlarmos que não faz sentido mudar nada e não faz as nossas expectativas em relação a essas sentido influenciar em nada, porque eu vim pessoas, porque só com o tempo é que vamos parar exatamente a este momento. Portanto, perceber realmente o que é que essas pessoas se calhar só dizia “Puto, passa aí um Sumol” e são. Vivemos num mundo de primeiras ficava a vê-lo cantar SSP (risos). impressões, de informação muito rápida e instantânea, onde tu vais às redes sociais da pessoa, e vais querer julgar pelo que tu estás a ver, para o bem e para o mal. É válido para os dois lados, e isso pode não corresponder à realidade, então aquilo o que eu quis fazer foi este exercício de quando tu estás a conhecer alguém. Não te deixes enganar só pelo que a pessoa diz, e de realmente perceberes as atitudes dela com o passar do tempo. Foi feita base nas minhas próprias experiências, porque quando tu te começas a tornar mediático, começas a atrair pessoas que acham que se conseguem aproveitar. Tenho verificado algumas vezes, ao longo do meu caminho, e normalmente as minhas canções são sempre um reflexo daquilo que eu vou aprendendo. Foi uma lição que eu aprendi, e estou a transmitir também às pessoas que estão comigo nesta viagem. Frequentaste a licenciatura de Ciências da Comunicação. Não terminaste? Não, não cheguei a acabar. Gostava muito de ter terminado! As condições económicas na altura não me permitiram. Com o Slow J pisaste o palco da Altice Arena. Agora vais voltar lá, dia 18 de dezembro. Qual é a sensação de dar um concerto em situação de pandemia? Como é que te sentes? Sinto que estamos a continuar a saga. Vai ser estranho, não vou mentir. Não sei como é que vai ser atuar dentro de um contexto de pandemia. Só tive a oportunidade de fazer transmissões. Estou expectante para

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• Nos tempos de escola, conheceste outros miúdos da linha de Sintra que se juntavam para fazer música, os Grognation. Contaram com o apadrinhamento de Sam The Kid. Como é que tudo aconteceu? • Vocês, Grognation, estão juntos há 9 anos. Alguns têm carreiras a solo, como é que gerem? Há algum tipo de competição saudável entre vocês? • Em várias entrevistas falas muito da interpretação do ouvinte. Dizes que fica sempre à interpretação de quem ouve, não tem de ser espelho daquilo que sentiste e/ou pensaste ao fazer a canção. Tens isso em mente quando constróis um tema? • Na pandemia lançaste dois singles. Sem concertos, em confinamento. No In dizes “A dança é cá dentro. (…) Sem visitantes, só janelas, paredes (...)”. São espelho daquilo que estamos a viver? • Na canção AAA dizes: “Papi no rap é tipo Modric na Croácia”. Já colaboraste com grandes artistas, estás no top nacional. Como é fazer parte da seleção da nova geração do rap? Como é trabalhar com artistas que, no fundo, há dois anos sonhavas ser como eles? • Passaste pela Liga Knock Out, estás num grupo e tens uma carreira a solo. De que forma é que estas experiências contribuem para a forma como tu estás hoje na música? • Durante esse período, alguma vez pensaste em seguir a área da comunicação, antes de interromper os estudos? Chegaste a trabalhar num restaurante ao mesmo tempo que te dedicavas à tua carreira. A música sempre foi o foco principal? • Quando é que sentiste que já não precisavas mais de trabalhar fora da área da música, que te tinhas tornado somente dependente da arte que fazes? • Tiveste dois grandes padrinhos, no Grognation o Sam The Kid e na tua carreira a solo, o Slow J. Sentes que houve uma espécie de sinal do destino para investires na música? Tiveste sempre bem acompanhado por pessoas com experiência e currículo para te ajudar. • Algum artista com que gostarias de colaborar? Um nacional e um internacional.

Conhece todas as canções na playlist de Spotify da Mais Superior

Queres saber as respostas? Lê a entrevista completa no site da Mais Superior!


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sugestões

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Dicas para ser mais saudável... no Natal!

Todos sabemos que a Época de Natal é sempre uma altura em que se cometem mais excessos alimentares. Os alimentos típicos da época são, por norma, mais ricos em açúcares, gorduras saturadas, bem como as bebidas alcoólicas. Desde os próprios pratos principais com carnes gordas, queijos, frutos oleaginosos em grandes quantidades, até chegarmos às sobremesas doces e muitas delas doces e fritas. A Mais Superior falou com a nutricionista Tatiana Prata que nos deu 7 sugestões para ter uma refeição saudável nesta época festiva. Texto: Rita Coelho Fotos: Adobe Stock/ Unsplash Novembro | Dezembro 2020

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então, como podemos { Mas combater estes excessos? }

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Inicia a refeição com uma sopa de legumes. Esta auxiliará no consumo de produtos hortícolas e também hidrata. No início da refeição irás sentir-te mais saciado, fazendo com que moderes a quantidade de alimentos consumidos durante a refeição principal. Como base para a sopa, utiliza curgete, chuchu, abóbora ou então leguminosas, tais como o feijão ou o grão-de-bico.

Acompanha a refeição principal com legumes ou salada. Existem diversas opções, como os grelos ou couves cozidas, saladas mistas, ou até sugestões mais elaboradas, como puré de legumes. Para além disso, também podes utilizar as leguminosas como acompanhamento, sendo consumidas apenas cozidas ou, então sob a forma de húmus (grão-de-bico em puré), para acompanhar com palitos de cenoura, por exemplo, ou substituindo um paté com mais gordura. Através destes produtos, consegues diminuir a ingestão de outros alimentos mais ricos em gordura e calorias, aumentando o aporte de vitaminas e minerais da tua refeição.


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sugestões

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Diminui o consumo de sal através da demolha bem feita do bacalhau, típico desta época. Assim, evitas inchaços causados pela retenção de líquidos.

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A fruta deve fazer parte da ceia de natal. Uma ótima sugestão para a noite de consoada é uma salada de frutas, tendo um lugar prestigiado no centro das nossas mesas. Esta é uma sugestão doce que é capaz de fornecer diversas vitaminas, minerais e fibra e poucas calorias, evitando os excessos nos doces típicos de natal.

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Adapta as receitas de natal, reduzindo as quantidades de gordura adicionada, e sal, substituindo por ervas aromáticas (isto nos pratos principais). Nos doces, opta pela redução de açúcar das receitas originais, utiliza farinhas integrais para te sentires mais saciado com o que consumes e substitui a fritura pela confeção de refeições no forno.

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Tem sempre na mesa jarros de água à disposição de todos. Podes optar por água simples ou águas aromatizadas com fruta fresca e outros condimentos, tais como canela ou hortelã. A água irá contribuir para a regulação da pressão arterial, evita o consumo de bebidas açucaradas (como refrigerantes) e bebidas alcoólicas e aumenta a saciedade. Algumas sugestões são a água aromatizada com rodelas de maçã e 1 pau de canela; água aromatizada com framboesas, hortelã, limão e folhas de stevia; ou até água aromatizada com gengibre, canela e limão. Dá asas à imaginação!

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Pratica exercício físico para haver maior gasto energético, relativamente aos alimentos ingeridos. Opta por passeios na tarde de natal, jogos em família ou desportos alternativos. Acima de tudo, não te deixes ficar pelo sofá, exercita-te!


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sugestões

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comédia

Tio Jel

Tudo se consegue… com muita calma! Nuno Duarte estava na cozinha e decidiu fazer uma brincadeira com o sal grosso. Filmou, hesitou… mas acabou por publicar. Assim, surgiu o Tio Jel! O comediante esteve à conversa com a Mais Superior e falou-nos sobre a sua carreira. Texto: Hugo Casaca Fotos: Cedidas pelo entrevistado

A alcunha Jel, vem de criança? Sim, vem de miúdo. Com 14 anos utilizava um penteado com muito gel, cabelo espetado para cima, então houve um colega que me começou a chamar Jel. Foi com essa idade que começaste a dar os teus passos no mundo artístico? Não, comecei tarde. Eu cresci no subúrbio e os meus pais trabalhavam de manhã à noite. A minha infância era jogar à bola, brincar, ir à escola... Entrei na universidade aos 18 anos em Gestão de Marketing, no Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), mas fui ao engano... ia à procura da vertente mais criativa da área, mas percebi que era muito virado para a Gestão. Ao fim de dois anos decidi que não era para mim, desisti e fui trabalhar para a noite, no Bairro Alto, a apanhar copos e como barman.

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Então, a tua aventura nas artes começou aos 20 anos? Sim, aos 20 anos, enquanto trabalhava no Bairro Alto, vi um anúncio de um curso de iniciação de teatro, com duração de seis meses. Fiquei interessado porque em miúdo brincava ao “faz de conta” sozinho no meu quarto, imitava os cantores que ouvia nos discos do meu pai. Acabei por me inscrever no curso. Mais tarde, um amigo de infância e a namorada, que já tinha trabalhado com a Marina Mota, decidiram fundar uma companhia de teatro e convidaram-me. Era para fazer peças para escolas, o Auto da Barca do Inferno e o Auto da Índia.

isso, mas esteve sempre muito presente na minha vida. A música apareceu num dos bares que explorava no verão. Numa noite, fizemos uma jam session e eu, a certa altura, peguei no microfone e comecei a improvisar e tive uma epifania, um momento em que percebi que realmente era a música que eu queria. Foi a luz. Comecei a fazer música nessa altura, com 26 anos. Falei com uns amigos da área, membros dos The Gift, que já andavam na estrada a dar concertos e ofereci-me para ser roadie. Fui eu e o meu irmão. Com isso, ficámos com acesso ao estúdio e podia gravar as minhas canções.

E de onde surge a música? Eu nunca tinha feito nada de música, só aquelas brincadeiras em criança a imitar cantores. Nunca tinha explorado mais que

E os Homens da Luta? Quando é que surgiram? No Vai Tudo Abaixo, em 2006, onde levei uma data de personagens que já tinha


comédia

“O Sal Grosso é o vídeo mais visto da minha carreira. Foi viral, esta personagem apresentou-me a uma geração completamente nova, que não conheciam nada do meu trabalho, só vagas memórias dos Homens da Luta.”

feito no passado, entre outros que tinha imaginado mas que nunca tinha feito, como os Homens da Luta. Começou comigo e com o meu irmão, éramos personagens que viviam no 25 de abril, teletransportadas para os dias de hoje. Até chegámos a ir aos Estados Unidos da América (EUA) em 2009, fazer filmagens na campanha do Obama, o meu irmão apertou-lhe a mão e tudo! Esse programa nos EUA não teve muito sucesso em termos de audiências, então houve um período em que a SIC Radical hesitou, e também não havia expetativa de passar para a SIC generalista com o conteúdo que nós fazíamos. Houve um ano de “limbo”, onde tivemos seis meses a fazer Sketches para o sapo.pt, estávamos muito parados. Das manifestações para o Festival da Canção… mais um acaso? Sim (risos). Há um ano, 2010, em que estou em casa e, por acaso, vejo um anúncio do Festival da Canção. Atenção que na altura ninguém ligava nenhuma ao evento, não é como é hoje. Enviámos uma canção que tínhamos no nosso álbum, sem ler os regulamentos. Fomos apurados e na votação da internet já estávamos em primeiro, onde eram selecionados os finalistas, mas alguém foi ler os regulamentos e repararam que era uma canção que já tinha sido publicada, e portanto não cumpria o regulamento, e fomos retirados...erro nosso! No ano a seguir fizemos outra canção, A Luta É Alegria, concorremos e ganhámos. Foi um escândalo! Fomos assobiados, só a minha família e amigos é que batiam palmas. Nós éramos vistos como uma ofensa por sermos comediantes e estarmos ali, estava tudo contra nós. Uma das recordações mais

emocionantes que tenho do meu pai, que já faleceu, é dessa altura, tudo a assobiar e ele aos saltos com a t-shirt a apoiar. E depois do auge? Devíamos ter acabado os Homens da Luta na manifestação de 12 de março, mas é daquelas coisas que só se sabe depois. Não me arrependo, continuámos a fazer, mas aquele momento foi o pináculo. Depois, nunca dura muito. Começaram a olhar para nós como “os que queriam ganhar dinheiro como os outros”. Embora isso seja o percurso normal, para as personagens não funciona da mesma maneira… Uma coisa é a pessoa, outra é a personagem, e no nosso caso já estava tudo tão misturado que o público já não distinguia. Foi aí que paraste por completo? Sim, precisava mesmo de parar. Já estava saturado, foi a fatura a pagar. A pausa da comédia, prolongou-se? Fiz uma travessia de vários anos, estava saturado e zangado com a comédia. Dediquei-me aos documentários. Fui para Marrocos, fiz um documentário que passou na SIC, O Dia de Jogo. Fiz também o documentário dos 20 anos de The Gift, dos Pop Dell’Arte… Fiz vários filmes de 360, realizei publicidades, etc. Trabalhava como produtor e realizador. E quando é que fizeste as pazes com a comédia? Foi aos poucos, comecei a ser convidado para fazer roasts. Do Toy, do Álvaro Costa, do Fernando Rocha… e isso começou a despertar o bichinho da comédia, em 2018,

mas desta vez para algo que nunca tinha feito, o Stand Up Comedy. Comecei, mas sem grande sucesso. E em 2019 surge o Sal Grosso… Mais um acaso? Sim (risos). Fiz aquele vídeo para me meter com o Rui Unas, embora não declaradamente, mas a satirizar aqueles vídeos dele sempre em forma com os produtos de desporto. Pensei, “vou fazer um vídeo na brincadeira”. Estava na cozinha, meti uma música que gostava e foi o que foi. novembro | dezembro 2020

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comédia Porquê Tio? Porque já me chamavam assim no meio da comédia, por ser um dos mais velhos, em comparação com os de hoje em dia. E mesmo nos festivais em que faço curadoria, era assim que me chamavam. O impacto foi imediato? Engraçado que foi uma boa lição. Não tinha nada que tivesse tido impacto na comédia desde os Homens da Luta, estava bem comigo próprio no sentido em que conseguia viver bem sem ter tido outro grande impacto, e nem sequer era algo que procurasse. Quando fiz o vídeo na brincadeira, e o vi, desatei a rir sozinho, quase com vergonha (risos). Pensei em não por… hesitei, mas… vamos a isto! Meti no Twitter, onde tinha menos seguidores, só por descargo de consciência. Continuei a fazer a minha vida, passadas umas horas fui ver e já tinha milhares de partilhas… nunca tinha tido nada assim! Fui logo pôr nas outras redes sociais. A partir daí… nem imaginei… No final do mesmo dia, tinha amigos com quem não falava há anos a ligar-me para falarem do vídeo. Viralizou. No dia seguinte, fui ao supermercado, como vou todos os dias, saio e estão miúdos a chamar-me Tio e a quererem tirar fotos. Decidi aproveitar a oportunidade e… não parei mais, fiz mais vídeos. Pensaste logo em fazer uma música? Foi com o pensamento de “escalar” mais. Precisava de ir para o palco com esta personagem, e, para isso, precisava de música. Queria música de dança e conheço os Karetus há anos, desde miúdos, já tínhamos trabalhado em conjunto, a fazerem alguns trabalhos de filmagem para mim. Ligo ao Carlos dos Karetus, já não

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falava com ele há anos. Ele atende e só diz, “já sei, queres a música para o Tio” (risos). Fomos para o estúdio e, em pouco menos de uma hora, fizemos o Sal Grosso. Foi um renascimento. Sem dúvida, o Sal Grosso é o vídeo mais visto da minha carreira. Foi viral, esta personagem apresentou-me a uma geração completamente nova, que não conheciam nada do meu trabalho, só vagas memórias dos Homens da Luta. Foi mais um acaso. Até tens merchandising, pensaste logo em tudo. Sim, tem de ser. Não sou uma pessoa muito organizada, mas sempre tive de ser eu o meu manager. Tive de aprender sozinho. Estou sempre a explorar hipóteses. Se agora te cruzasses com o Nuno de 18 anos, o que é que um diria ao outro? Eu ia tentar que o Nuno de 18 anos não perdesse tanto tempo como eu perdi, dizia-lhe, “segue a tua cena”. Para mim foi um processo que veio da educação, os meus pais começaram a trabalhar muito cedo e são de uma geração diferente. Foram gerações que não tiveram um acesso à cultura e às oportunidades que eu tive, e não me souberam educar para isso. Para a minha mãe, quando decidi ser artista, foi um desgosto, era bom aluno e ela queria que eu fosse advogado ou engenheiro. Foi um handicap. Sempre tive uma boa ética, sempre cumpri e consegui ter e manter uma boa relação com as pessoas do meio, mas a confiança para isso demorou a vir por causa da educação. O Nuno de 18 anos olhava para mim e dizia, “estás velho, estás maduro… é do sal grosso” (risos).

• O que retiras da tua passagem pelo Ensino Superior? • Sentiste que a comédia era o teu caminho? • E quais foram os teus primeiros passos na comédia? • Foste sempre o teu próprio agente? As escolhas passaram por ti. • Os Kalashnikov ainda tocaram no Nos Alive e no estrangeiro. Como é que surgiram? Esperam tanto sucesso? • Como é que foi a experiência de representar Portugal lá fora? • Depois da comédia, foste para a política, candidato à Câmara Municipal de Cascais. Porquê? • Passaste por todas as fases da comédia em televisão. Qual a tua opinião? • Na tua opinião, quem é o futuro da comédia? • Quais são as tuas maiores influências? • Se pudesses escolher alguém, nacional e internacional, para trabalhares num projeto, quem escolherias? Queres saber as respostas a estas perguntas e muitas mais? Lê a entrevista completa no site da Mais Superior!


ucal galĂŁo ~ Tao bom que nem precisa de ir a melhoria


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moda

PAULO BATTISTA O craque que veste craques

Oriundo do Bairro da Cruz Vermelha, Lisboa, Paulo Battista cresceu com o objetivo de orgulhar a sua mãe e ser alguém na vida. Sem nunca ter pensado em ser alfaiate durante a adolescência, hoje é um dos mais conceituados na sua área. Esteve à conversa com a Mais Superior e contou-nos tudo! NOVEMBRO | DEZEMBRO 2020

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Texto: Hugo Casaca Fotos: Cedidas pelo entrevistado


moda Cresceste em Lisboa, sem pai e com a mãe a trabalhar em Espanha. Como é que foi viver muito novo sem as figuras paternais? Naquela altura eu achava que era natural, e ainda acho. A minha mãe tentou sempre fazer aquilo que achava que era melhor para mim e, naquela altura, as dificuldades também eram imensas, até devido ao sítio onde vivíamos, eram vidas bastante difíceis. Ela optou por ir para fora, até porque a moeda ainda não era o euro, cada país tinha a sua, e na troca praticamente dava mais do dobro. Optou por tomar essa decisão, achando ela que era a melhor. E eu respeito. Aquilo que tentei fazer sempre foi ter a consciência de que ela estava a fazer um esforço tremendo, e só não a queria desiludir e então, tentei dentro dos possíveis portar-me bem, o melhor possível, mas é complicado. Acabas por ser uma criança, embora estivesse ali toda a minha família, as tias, os tios, os primos, todos à minha volta, mas não tinha a minha mãe. Ser alfaiate não era o teu sonho. Durante a adolescência, quais eram os planos para o futuro? Curiosamente, não tinha. Queria portar-me bem, dar alegrias à minha mãe e tentar ser alguém. Agora, claro que nunca me passou pela cabeça ser alfaiate. Queria ser alguma coisa. Na transição da escola para o Ensino Superior, não tinhas possibilidades e acabaste por ir trabalhar. Primeiro como barman e depois numa loja de roupa, onde surgiu a oportunidade de teres a formação em Espanha para seres alfaiate. Sim, quando acabo o 12º ano, ainda me vou matricular na faculdade. A minha mãe, coitada, com os esforços que tinha ainda dizia que dava para pagar o curso. Rapidamente percebi que não dava, decidi começar a trabalhar. Comecei a trabalhar à noite porque tinha um vizinho que o fazia. Trabalhei como barman, mas vi que não era aquilo que queria. Surgiu a oportunidade de ir trabalhar para uma loja de roupa clássica. Depois, mais tarde, sou convidado pelo El Corte Inglés e surge a oportunidade de ir tirar o curso em Espanha. Aí sim, desde o primeiro dia senti que era o que queria. Foi imediato. Eu gostava muito de Geometria Descritiva, e na realidade isto acaba por ser parecido, transpor o corpo do cliente e as medidas para o tecido. Na Academia de Corte, eu era dos poucos que conseguia transpor as medidas para o tecido. Por isso, logo nesse dia achei que seria alfaiate. Muitas das figuras públicas que são teus clientes fazem questão de manifestar o carinho que têm por ti. Como é que encaras isso? Acaba por ser um acrescento? Sem dúvida. Não é por ser o Adrien Silva, o Ricardo Quaresma, o Pizzi, quem quer que seja. Se forem amigos do Bairro da Cruz Vermelha a darem o mesmo elogio, eu fico exatamente igual. Feliz e grato, mas sem dúvida que me deixa orgulhoso do caminho que estou a fazer.

“Nós, os portugueses, somos mesmo os melhores do mundo,acreditem nisso. Não há dúvidas. (...) Alguém criou Portugal e disse: “ali vão sair os melhores do mundo”.

Em 2019 recebeste o Prémio Mercúrio - O Melhor do Comércio e Serviços. Qual foi a sensação? Não sabia que existia e nunca pensei receber qualquer tipo de prémio. Vivemos numa sociedade, não digo viciada, mas basta ver os prémios que existem no que quer que seja, são sempre para os mesmos. É o que é. Sinto-me orgulhoso enquanto alfaiate, enquanto representante da alfaiataria. Nós temos história e respeitando essa história, é algo que me orgulha. Enche-me de orgulho, por todo o percurso e de onde vim, por todas as dificuldades que passei, tudo o que eu conquistei. Este é mesmo meu, isso deixa-me completamente orgulhoso. Além da alfaiataria, tens passagens pela televisão, a fazer alguns programas, tanto mais ligados ao desporto e à moda. Como é que surgiu esse desafio? Sentes-te à vontade em frente às câmaras? Eu sou um comunicador nato. Eu adoro falar, estou sempre a falar. Quando não estou a falar, estou a cantar. Eu adoro comunicar. Foi um

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moda desafio que inicialmente começou na Sport TV, da qual eu sou fã, adoro desporto. Amo futebol. Pratiquei futebol imensos anos, joguei com alguns craques, mas rapidamente vi que ia ter dois pés esquerdos e então saí. Prefiro ser o alfaiate deles do que ser mais um. A Sport TV surgiu naturalmente, correu muito bem. Depois tive o convite. Já tinha tido um programa meu, meu salvo seja, sobre costura, era jurado. Correu muito bem, Cosido à Mão, fizemos duas temporadas na RTP. Depois surgiu o convite da TVI. Foi um período engraçado, foi, lá está, tudo aquilo que eu possa mostrar enquanto amigo de alguém conhecido e que possa valorizar a outra parte, para que as pessoas tenham uma ideia certa e não a errada, porque geralmente as pessoas têm uma ideia errada do que quer que seja. Então, tudo o que seja para valorizar o homem, o profissional, a família, deixa-me satisfeito. Foi agradável e vamos embora, venham mais que, se surgirem, cá estarei! Também entraste no mundo da escrita. És autor do livro Manual de Estilo Para Eles. Para quem não conhece o livro, como é que o descreves? O livro fala por si. Acho que o homem tem de saber cuidar de si. Eu também gosto de andar de chinelos, andar de sapatilhas, de calções, mas acho que nós temos de saber cuidar de nós. Temos de estar preparados para tudo. Temos de saber usar um fato, gravata e papillon. Saber conjugar. Se não temos 10 ou 20 fatos, então que tipo de fato deveremos ter? Nem que seja um, mas tentar perceber o porquê de ter um para que ocasiões. É tentar fazer com que o homem ande cuidado todos os dias. Deve haver um cuidado com a nossa aparência, é um cartão de visita. É um livro para alertar o facto de termos que estar sempre preparados para o que quer que seja, uma entrevista de trabalho, por exemplo. Confesso que não sou propriamente um adepto assíduo da leitura, leio quando me apetece, e quando são apenas só letras é um bocado aborrecido. Por isso, é um livro em que todas as páginas têm ilustração. Aquilo sou eu, é o livro que eu iria gostar de ler. Tudo foi feito ao detalhe, com a minha linguagem, com os meus termos. Aquilo sou eu e não faria sentido fazer de outra forma. Se te cruzasses com o Paulo de 18 anos, o que diriam um ao outro? O Paulo de 18 anos diria que quando fosse grande queria ser assim. Eu diria ao miúdo para acreditar nele e não desistir, que com trabalho tudo se consegue. Hoje tens 42 anos e és um nome incontornável da alfaiataria. Como é que se chega a esse patamar? Sabes o grande truque para tudo isto? Eu acho que as pessoas enchem-se delas próprias. Eu nunca tenho a noção de nada. Eu prefiro ser o mesmo Paulo. Faço o meu trabalho todos os dias sempre igual, ou seja, é não ter essa noção, se sou, se não sou... Quando oiço isso fico encavacado porque não tenho essa noção, não me quero debruçar muito sobre isso. Quero continuar a fazer o que eu gosto, que são fatos, e se puder fazer comunicação em televisão para aquilo que eu acho que vale a pena, faço,

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mas uma coisa é certa: eu fiz muita televisão o ano passado, mas foi a altura de dizer calma porque a minha vida são fatos, a minha paixão são fatos e nada se vai sobrepor a isso. Então, é ter sempre os dois pés assentes da terra e ir caminhando. Às vezes com ajudas de alguém, mas tu só caminhas com as duas pernas, por isso pés no chão e vamos embora. Acaba por ser esse o conselho que deixas aos mais jovens. É fazer exatamente o que disseste, manter os pés assentes na terra? Sem dúvida. Eu tenho um lema de vida que é: “o que terá que ser meu, irá ser”. Não precisa de ser já hoje, nem amanhã. Por isso, não vale a pena, o que tiver que ser, será. E aquilo que eu dizia quando recebi o Prémio Mercúrio, estavam lá imensos miúdos que estão a acabar os cursos. Eu aprendi alfaiataria onde já ninguém aprendia, eu andei numa academia em Lisboa onde já não se davam cursos há cerca de 16 anos. Fui para uma profissão completamente desconhecida de toda a gente. Aquilo que digo é: acredita. Nós, os portugueses, somos mesmo os melhores do mundo, acreditem nisso. Não há dúvidas. Mas é que não há mesmo dúvidas. Alguém criou Portugal e disse: “ali vão sair os melhores do mundo”. O problema é que nós andávamos a fazer o que os nossos pais queriam, o que nos era imposto, e de repente tens malta formada e que está a fazer pão, mas esse pão é o melhor pão do mundo. Não temos de ter vergonha nenhuma de fazer pão. Qual é o problema? Isso era antigamente, todos tinham de ser doutores, de ser engenheiros. A minha mãe assim o fez, fez sacrifícios para isso e graças a Deus a vida deu a volta de outra forma e cá estou. Por isso, eu sou exemplo vivo de que se acreditares, tudo acontece, agora, obviamente eu também quero tudo aquilo a que eu me proponho e ainda sonho, que aconteça amanhã. Mas, eu só sei que amanhã me vou levantar outra vez às cinco, isso eu sei. • Para quem não conhece, o que é ser alfaiate? • É um mercado muito específico e personalizado. Como é que funciona? • Falaste da questão dos nãos. Fecharam-se muitas portas, como é que se gere sendo alfaiate? Tiveste algum momento em que pensaste em desistir? Tinhas um plano B? • Manuel Luís Goucha foi o teu primeiro cliente. Podes contar essa história? • Foi aí que se abriram as portas? Foi a montra? • És um craque que veste craques. São vários os jogadores e celebridades que tu vestes e se tornam teus amigos. É um processo muito ao detalhe, é algo muito íntimo, feito à medida. Essa “intimidade” leva à amizade? Queres saber as respostas? Lê a entrevista completa no site da Mais Superior!

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rádio

Maria Correia

a Mega voz das manhãs Entrevista: Filipa Tojal Fotos: Cedidas pela entrevistada

Espontânea, livre e terra-a-terra, aos 29 anos é uma das principais vozes da rádio Mega Hits. Revelou à Mais Superior que faz questão de acordar as pessoas ‘mal dispostas’ no seu programa semanal Snooze, das 6h às 10h, e que não dispensa a animação de domingo na nova estreia Mega Hits TikTok Radioshow! O teu primeiro contacto com o mundo radiofónico foi na Mega Hits, a mesma estação em que ainda hoje trabalhas. Fizeste todo o caminho desde estagiária até Animadora de Rádio, com vários colegas diferentes, e hoje contas com cerca de sete anos de casa. Como é que olhas para o teu percurso? Por um lado, parece-me um percurso muito mais longo do que é, mas por outro sinto que entrei ontem, é muito esquisito. Quando eu penso que há estagiários a entrar agora para a Mega Hits, eu apercebo-me que ainda está muito presente em mim os tempos em que eu própria fui estagiária, há quase oito anos. Estou muito grata por todo este percurso, muito feliz. Acho que com trabalho tudo se consegue, ou quase tudo, porque claro que temos de ter em conta o contexto em que as coisas acontecem, e as nossas próprias oportunidades. No meu caso, o facto de eu ter tido possibilidade de frequentar a Universidade Católica Portuguesa, permitiu-me fazer o estágio na Mega Hits. Tudo tem um contexto, e eu tive essa sorte, mas no estágio consegui provar que trabalhava bem, que era muito esforçada, e mostrei o meu valor. E acho que hoje em dia, acaba por faltar um bocadinho isso nos jovens em geral: a garra e o querer mostrar. Também sinto que a minha evolução foi muito rápida porque logo depois do meu estágio, comecei a ter um programa à noite, e de repente o meu diretor Nélson Cunha convidou-me para fazer o programa a seguir às manhãs, e passado nem um ano já estava a fazer as manhãs. E eu, que na altura tinha 23 anos, estava muito feliz, mas muito assustada. Então, olho para este percurso como um crescimento e uma grande evolução, tanto ao nível profissional como pessoal. É muito bonito olhar para trás em retrospetiva e perceber que valeu a pena estar na Mega Hits desde o primeiro dia.

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rádio Sentes que o Mega Hits TikTok Radioshow reflete o posicionamento que a MegaHits quer perpetuar no digital? Sim, nós estamos mesmo onde o nosso target está. No caso da Mega Hits, cada um está à sua maneira, e somos todos bastante diferentes. No meu caso, eu faço mais danças, porque sempre o fiz no Instagram. Provavelmente a Mafalda vai falar mais, enquanto o Conguito fará algo completamente diferente. Há mesmo espaço para tudo, e é isso que queremos mostrar.

“É muito bonito olhar para trás em retrospetiva e perceber que valeu a pena estar na Mega Hits desde o primeiro dia.” Fazes anos no dia 13 de fevereiro, na mesma data em que se celebra o Dia Mundial da Rádio. Acreditas que era o destino que já estava traçado ou foi uma feliz coincidência? Com a idade eu estou-me a tornar cada vez mais cética, mas há coisas que não consigo deixar de achar que acontecem com um motivo. Por exemplo, acho que conheço as pessoas por uma razão, e que comecei a minha carreira em 2013 - depois de ter tido um ano quase sabático, no curso de Administração Pública no ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) – porque era assim que as coisas deveriam acontecer. Acho que o nosso caminho está muito bem traçado e tudo tem uma razão de ser. Portanto, se calhar há qualquer coisa no universo que destinou a minha profissão, não acredito que seja uma mera coincidência. Foste uma das Animadoras que viveu o sucesso do Cala-te Boca, uma das rubricas do programa Snooze. Sentes que foi aí que começaste a ter um reconhecimento mais amplo? É possível, porque as coisas em Rádio demoram muito tempo. Eu já faço Rádio desde a altura das Mega Manhãs, mas sem a parte visual, as pessoas demoram a adaptar-se e a conhecer quem está atrás do microfone. Portanto sim, é possível que o Cala-te Boca me tenha dado mais visibilidade.

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Defendes que a espontaneidade é a chave do sucesso, e que prezas ao máximo a liberdade de poderes ser quem és. É por isso que a Mega Hits é uma extensão de ti própria e ano após ano, registam tanto sucesso junto dos ouvintes e seguidores? Acho que o facto da Mega Hits me deixar ser eu própria me ajuda a ser cada vez mais eu própria, salvo a redundância. Se repararmos quase todas as pessoas da Mega Hits têm uma personalidade forte e características muito específicas, e isso também enriquece a própria rádio. É uma win win situation. Ou seja, obrigada à Mega Hits e ao meu diretor por me darem espaço para fazer o que me apetecer, com bom senso, mas também sei que é bom terem pessoas como nós. No entanto, como foi o nosso diretor a escolher-nos, só tenho a agradecer por me permitirem ser quem eu sou e estar tão confortável, exatamente como uma extensão de mim própria. Estreaste agora o Mega Hits TikTok Radioshow, relacionado com a plataforma que interliga as palavras “quarentena” e “tempo-livre”. O que o público pode esperar desta nova aposta? Todos os domingos, das 12h às 14h, o público pode contar comigo, com a Constanza Ariza – uma tiktoker incrível da área da dança, que é muito engraçada e uma ótima comunicadora; e com a Janico Durão, da página 1minuto.comigo - que faz sketchs de humor incríveis. Elas vão-se revezando a cada domingo, e vamos ter sempre convidados, que não têm de ser utilizadores da plataforma. Vamos ser uma companhia para todos aqueles que estão a fazer o almoço, ou a ir para o trabalho ao fim de semana, onde podem dançar um bocadinho mais do que o habitual.

• O teu sonho de criança sempre foi entreter, mas não soubeste desde cedo qual seria a vertente que irias escolher. Em que sentido é que estudar na Escola Artística António Arroio foi uma mais valia? Abriu-te os horizontes? • Depois de concluíres os teus estudos secundários, entraste para a licenciatura de Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica Portuguesa. Quando tomaste essa decisão já tinhas como objetivo trabalhar em rádio? • Já fizeste vários horários, mas afirmaste publicamente que preferes as manhãs, a qualquer outro. Há alguma razão especial? • Aos 29 anos és um nome de referência para qualquer jovem que queira trabalhar em rádio. Sentes a pressão da idade por pertenceres a uma rádio jovem, ou és adepta de viver cada etapa sem pressas ou limites? • Hoje em dia a rádio está a aproximar-se cada vez mais do universo televisivo. Todas as rubricas estão disponíveis no YouTube e o cunho visual é uma constante. Encaras esta transição como uma consequência natural do digital, ou preferias a rádio no seu formato original? • Tens um canal de YouTube chamado MCMC On Backsta-G, onde falas de todos os conteúdos que desejas. É essa a essência que vai de encontro à tua personalidade, e que revelas através da tua página de Instagram, do podcast “Latas Tu” da Sumol, e das tatuagens que tens – como é o caso do “Não tenho vergonha nenhuma” que tatuaste recentemente? • Quais são as tuas maiores inspirações diárias? • O que é que a Maria Correia de hoje diria à Maria Correia de 10 anos? • Se pudesses dar dois conselhos a todos os jovens que sonham trabalhar em rádio, quais seriam? • Enquanto utilizadora do TikTok, vês esta nova plataforma como um dos vários espelhos que o tipo de música Mega Hits emite? Uma vez que é muito dedicado ao setor jovem comercial. • Quais são as tuas cinco contas favoritas do TikTok? Queres saber as respostas? Lê a entrevista completa no site da Mais Superior!


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