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. interseccionalidade
Existem diversas intersecções do que é ser mulher, não é possível falar por todas, nem seria capaz sem segregar parte.
A partir dos estudos de gênero no feminismo, parte das mulheres foi invisibilizada e oprimida, já que partia de uma visão de mulheres brancas, ainda sem ter incorporado conceitos de raça e classe.
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Desta maneira, iniciou-se um mais analises dentro do feminismo, as mulheres negras, lésbicas, classe trabalhadora que colocaram pautas relevantes para o movimento, abordando as diferenças de classe, raça/etnia e sexualidade, com isso, surge o termo interseccionalidade por Kimberlé Crenshaw em 1989, que busca compreender que que existem outros fatores que levam a opressão além do gênero.
O princípio da interseccionalidade é que não existe uma mulher universal, e sim vários grupos divergentes que precisam ser levados em consideração nas lutas feministas com suas questões e vivências específicas, buscando romper o sistema de opressão que afeta cada uma de sua maneira.
Existindo uma sororidade, onde a empatia e validação da luta da outra também é sua mesmo que as questões não nos afetem pessoalmente.
A partir de uma análise esquemática (figura 02) de Gabriela Inomata, compreende-se que não existe uma relação fixa, quanto mais conceitos combinados entre si mais opressão e marginalização existe.
Figura 02: Esquema demonstrando as categorias de opressão.
Fonte: Gabriela Inomata.

“O feminismo é a passagem das mulheres para o poder em si ao ser para si, é sua entrada na história como sujeitos históricos. Ele traz uma alternativa à sociedade patriarcal, é a revolução total.”
Victoria Sau
É um movimento com ideologia revolucionária e progressista, que busca a igualdade de gênero. O termo “feminismo”, segundo Pinto (2009, p. 05) a partir das últimas décadas do século XIX, no qual as mulheres organizaram-se para lutar por seus direitos. Em teoria não propõem um modelo econômico ou político, entretanto pressupõe políticas igualitárias em todos aspectos, como intelectual, cultural e político.
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”
Rosa Luxemburgo
O movimento é separado por “ondas”, que se referem as principais fases e atos relacionados a cada momento na história. A primeira surgiu a partir da indignação e falta de voz social das mulheres, iniciada no final do século XIX até início do século XX, marcada por discursos voltados para a liberdade do feminino, onde suas intenções devem ter peso na opinião pública, e assim, a luta pelo voto. A segunda onda tem início em 1950 indo até meados de 1990, onde o debate era entorno do SER, pensar no feminino, independente de qual classe pertença, trazendo a distinção entre sexo e gênero, juntamente com a revolução sexual, visando a liberdade dos corpos e dos desejos, também conhecido como corpo, prazer e trabalho. A terceira onda é a da interseccionalidade e do empoderamento, a com mais debates, ampliou as questões, trazendo à tona sobre raça, classe social, sexualidade, direitos reprodutivos, mercado de trabalho, dinheiro, saúde, do cotidiano ainda construído com base na descriminação e subordinação das mulheres, já é discutido o inicio da quarta onda a partir de 2012, alguns contra e outros a favor, é argumentado em torno de pautas identitárias.
“Sempre fui feminista. Isso significa que eu me oponho à discriminação das mulheres, a todas as formas de desigualdade baseadas no gênero, mas também significa que exijo uma política que leve em conta as restrições impostas pelo gênero ao desenvolvimento humano.”
Judith Butler
“Toda vez que uma mulher se defende, se nem perceber que isso é possível, sem qualquer pretensão, ela defende todas as mulheres.”
Maya Angelou