Revista Xonguila Nº52

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Publicação mensal • Outubro/October 2022 • Ed. 52 • Ano 05 • 300 MZN • xonguila.co.mz Abraçando o Outubro Rosa Supporting Pink October MEL MATSINHE Uma mulher, múltiplas artes One woman, many talents FIKANI 2022 Revitalização económica pelo turismo Economic revitalization through tourism MILLENNIUM BIM ELLPUTO Produção nacional com qualidade internacional Producing locally with international quality
Fazer com que a densidade do concreto se torne leve e harmoniosa à vista
Fotografia: Mariano Silva Fotografia: Mariano Silva

A minha jornada iniciou-se quando ainda pequenininha. Sempre gostei de arte! Lembro-me de brincar com o barro, pintar, desenhar, etc., mas houve um período em que ficou adormecido esse lugar em mim, e só anos mais tarde, num certo dia, é que o reactivo. Antes mesmo de ter escolhido o nome para a minha marca, no início de 2015, comecei por criar aleatoriamente, e passei a tê-lo como um hobby. Somente em Janeiro de 2016 dei o passo para a criação de uma página na internet, por influência de alguns dos meus seguidores, inicialmente apenas com o intuito de que a mesma servisse como meio para partilha daquilo que era a minha paixão.

Oque mais me inspira a criar é a minha própria busca interna. É a sensação por detrás de todo um processo que antecipa uma criação. É a conexão com a minha própria essência e as emoções que vêm quando a ideia começa a ganhar vida e personalidade. As minhas melhores ideias surgem quando estou conectada à força de tudo o que é! Dentro desse lugar em que pos so ser eu mesma, em que me permito receber e materializar inspirações do universo. Em cada criação, quero trazer o entendimento, a energia de como me sinto ao criar, da minha entrega, com o significado de, literalmente, entregar uma parte de mim a cada uma delas. Caracte rizo o meu trabalho como um lugar em que a inspiração se une ao lugar de expressão, cone xão e liberdade e ganha vida.

O estilo nórdico, traz-me uma sensação de aconchego, simplicidade nos detalhes e co res e, em parte, é o que tentei trazer para as minhas peças. Sou apaixonada pelos detalhes rústicos, e a liberdade que o trabalhar e criar me trazem, de ser eu mesma, de muitas vezes retirar das falhas os detalhes singulares que ne nhuma outra peça minha terá. Olho para mim mesma e tento perceber que habilidades eu já tinha quando decidi trabalhar na criação das minhas peças, e vêm-me as seguintes: paixão, vontade e determinação. Em seguida, que ha bilidades ganhei: paciência, conexão, liberda

de e a capacidade de manifestar a criatividade na qual recebia por inspiração. Tenho em mim uma memória de quando o cimento me escolheu. Sim, isso mesmo! Sin to hoje que foi literalmente isso. Realizei uma viagem a Cape Town, tendo ficado hospedada em casa de um familiar onde havia um vaso em cimento, com uma plantinha. Logo que entrei para o quarto, o meu olho se fixou no vasinho. Segurei nele, e lembra-me de dizer em voz alta: “Quando regressar a Maputo, irei começar a criar vasos em cimento”. Na verdade, não fa zia nem ideia de como iniciar tal criação, mas tinha uma firme certeza de que o faria. Não foi nada fácil no início, e até hoje digo que aprendi e aprendo todos os dias sobre a paciência com a arte, e hoje já sei e busco sempre aprender sobre como é trabalhar com este e diversos outros materiais.

Todas as minhas peças são únicas, e a energia em cada uma delas é envolvida desde o ins tante em que ela surge como uma ideia até ao momento em que é materializada e eu já sinto como seria receber uma das minhas peças e com isso me faria sentir — daí desejar que só sentimentos e emoções positivas sejam senti das por quem as receber. Considero o foco, a determinação, a criatividade (aliada a expres são única da alma) e a entrega como os ingre dientes essenciais para que consigamos pros perar no mundo da arte.

Fazer com que a densidade do concreto se torne leve e harmoniosa à vista

Neste momento ainda não tenho uma loja física/ateliê, mas tenho algumas parce rias com alguns estabelecimentos como o Bairro Bistrô, direccionado para a venda de artigos diversos, produzidos por artistas nacionais, e a loja DeCasa interiores, onde o foco é a venda de artigos diversos de decoração. Interessa-me bastante o tema “diversidade e inclusão” — vejo a minha marca a expandir-se no mercado, trazen do mais postos de trabalho, incluindo ho mens e mulheres, não somente treinando e capacitando trabalhadores, como tam bém criando oportunidades de formações para todos aqueles que tenham um sonho, que queiram criar a sua fonte de rendimen to, incentivando-os nos seus pequenos ou grandes negócios, e ajudando pessoas a descobrirem a sua paixão. Vejo-me a trazer novas perspectivas de implementação de projectos de responsabilização ambiental e social, envolvendo comunidades em al guns deles, apelando para o reaproveita mento maioritariamente de plásticos e vi dros na criação de estruturas que venham compor espaços sociais comunitários, par ques infantis, etc.

Fotografia: Mariano Silva

JESSIE KHAN

Making the density of concrete light and harmonious to the eye

My journey started when I was still a little girl. I’ve always loved art! I remember playing with clay, painting, drawing, etc., but there was a period when that place in me went dormant, and only years later, on a certain day, I reactivated it. In 2015, before I had even chosen a name for my brand, I started creating randomly, as a hobby. It was only in January 2016 that I took the step to create a website, influenced by some of my followers. Initially, the only intention was that it would serve as a means to share my passion with others.

What inspires me the most to cre ate is my own internal search. It´s the feeling behind the entire process that precedes any cre ation. It’s the connection to my own essence and to the emotions that arise when the idea starts to take on life and a personality. My best ideas come when I am connected to the power of all that is! From within that place where I can be myself, where I allow myself to receive and materialize inspira tions from the universe. With each creation, I want to bring the understanding, the en ergy of how I feel creating, of my surrender, by which I mean literally surrendering a part of myself to each one of those creations. I characterize my work as a place where in spiration meets expression, connection and freedom, and comes to life.

The Nordic style brings me a sense of coz iness, simplicity in the detailing and colors and, in part, that’s what I´ve tried to bring to my pieces. I am passionate about rustic de tails, and the freedom that working and cre ating brings me: to be myself; to frequent ly draw, from flaws, the singular details that no other piece of mine will have. I look at myself and try to understand what skills I al ready had when I decided to commit to cre ating my pieces, and the following came to mind: passion, will and determination. Next, the skills that I gained: patience, connection, freedom, and the ability to manifest the cre ativity I was receiving as inspiration.

Within me, there lies a memory of the mo ment cement chose me. Yes, that's right! To day, I feel that is exactly how it was. I made a trip to Cape Town and stayed at a relative´s house, which had a cement pot with a lit tle plant. As soon as I walked into the room, my eye was immediately drawn to the vase. I held it up, and recall saying out loud: “When I return to Maputo, I will start making cement

pots”. In fact, I had no idea how to start mak ing one, but I was sure that I would. It was not easy at all at first, and to this day I say that I´ve learnt and continue to learn, every day, about patience with art. These days, I al ready know [how to work with cement] and yet, I continue to learn more about it and about working with many other materials.

All my pieces are unique, and they are each imbued with a singular energy – from the moment they appear as an idea, until the moment that idea is materialized. At that moment, I can feel what it would be like to receive one of my pieces and how it would make me feel, wanting only positive feelings and emotions to be felt by those who re ceive them. I consider focus, determination, creativity (aligned with the unique expres sion of the soul) and delivery as the essential ingredients to succeed in the art world.

At the moment, I don't have a physical store/studio, but I have some partnerships with a few stores such as Bairro Bistrô, which sells a range of diverse products made by national artists, and the DeCasa Interiores store, which sells a variety of home décor items. The theme “diversity and inclusion” interests me a lot. I see my brand growing in the market, bringing in more jobs, for both men and women; not only training and qualifying workers, but also creating train ing opportunities for all those who have a dream, who want to create their own source of income, encouraging them in their small or large businesses, and helping people dis cover their passion. I see myself bringing new perspectives for the implementation of environmental and social responsibility pro jects – some of them involving communities – appealing for the reuse of mostly plastic and glass in the creation of structures that will make up community social spaces, play grounds, etc.

10 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
Fotografia: Mariano Silva Fotografia: Mariano Silva
All my pieces are unique, and they are each imbued with a singular energy - from the moment they appear as an idea, until the moment that idea is materialized.
– Jessie Khan
38 ABSA E suas soluções para as empresas And its solutions for companies 26 ELLPUTO Elevando a fasquia da produção musical nacional Raising the bar for national music production 4 JESSIE KHAN Artesanato local com inspirações nórdicas Locally made crafts with Nordic inspirations 54 MEL MATSINHE Mulher de múltiplos talentos A woman of many talents 18 MILLENNIUM BIM Apoia desfile no Outubro Rosa Supports Pink October fashion show

DRINKS AND SHOTS

by Pernod Ricard -

by Pernod Ricard -

CINEMA

MAFENHA

Sérgio

Sumário Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 15 110
35MM Entergalactic, uma história de amor em animação Entergalactic, an animated love story 74 JANETE Uma radionovela que ensina como empreender A radio soap opera that teaches how to be an entrepreneur 114
Por Sérgio Zimba By
Zimba 78 DIÁSPORA Ayanda Duarte – Traçando o destino em Pádua, Itália Ayanda Duarte – Forging the future in Padua, Italy 48 AIESEC Uma organização global de e para estudantes A global organization by and for students 86
Temporada 2
Season 2 FICHA TÉCNICA/BIOS Propriedade/Property: Veludo & Mentol, Sociedade Unipessoal Lda • Conselho de Administração/Administrative Council: Omar Diogo, Nuno Soares, Mariano Silva • Director: Nuno Soares • Gestão de Conteúdos Editoriais/Editorial Content Management: Nuno Soares, Mariano Silva • Copy-desk (português): Fátima Ribeiro • Colunistas/Writers: Eliana Silva, Mariano Silva, Nuno Soares, Jaime Álvaro, Precidónio Silvério, Aayat Irfan • Tradução (Português-Inglês)/Translation (Portuguese-English): M. Gabriela Carri lho Aragão • Fotografia/Photography: Mariano Silva • Design de Capa/Cover Design: Nuno Azevedo • Grafismo/Visuals: Omar Diogo • Infografia e Paginação/ Infographics and Pagination: Omar Diogo • Produtores Audiovisuais/Audiovisual Producers: Nuno Lopes, Ana Piedade, Mariano Silva • Gestão de Redes Sociais/ Social Media Management: Nuno Soares • Conteúdos de Marketing e Comunicação/ Marketing and Communication Contents: Omar Diogo, Nuno Azevedo • Gestão de Homepage e Edição Online/ Homepage Management and Online Editing: Omar Diogo, Jorge Oliveira • Departamento Comercial/Commercial Department: Nuno Soares - comercial@xonguila.co.mz • Impressão/Printing: Minerva Print • Distribuição/ Distribution: Flotsam Moçambique, Lda • ISSN: ISSN-0261-661 • Registo/Register: 02/Gabinfo-dec/2018 • Registo de Propriedade Industrial/Industrial Property Re gistration: 35065/2017 - 35066/2017 (15/01/2018) Os artigos com assinatura reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, requer a autorização expressa da empresa titular da revista. The articles reflect the authors opinion, and not necessarily the magazine opinion. All transcript or reproduction, partial or total, requires the authorization of the company that owns the magazine 108 KARINGANA Textos livres com assinatura Signature free texts 98 AUTÊNTICARTE Especialistas em personalizações Specialists in customization 66 FIKANI 2022 8ª edição da Feira Internacional do Turismo 8th edition of the International Tourism Fair

Do Director / From the Director

Caríssimo leitor, estamos em Outubro, aquele que é o décimo mês do ano no nosso calendário, o gregoria no. Mas, sabia que o nome deste mês deriva da pala vra latina octo, que significa oito? É que Outubro era o oitavo mês do calendário romano, seguido durante séculos, até 1582, cujo ano começava no actual mês de Março e tinha 10 meses. Interessante, não é?

Histórias antigas à parte, uma ideia moderna que associamos ao mês de Outubro é a de Outubro Rosa, um movimento interna cional que promove diversas acções em prol da consciencia lização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. Teve início na década de 90, nos Estados Unidos, e tem como símbolo um laço cor-de-rosa que foi lançado pela Fun dação Susan G. Komen for the Cure, durante uma corrida em Nova York em que os corredores o utilizaram. Esse laço passou a ser distribuído em locais públicos, desfiles de moda e outros eventos relevantes, tornando-se uma referência mundial. Tal como nas nossas edições anteriores, a Xonguila identifica-se com esta causa, e tem neste número algumas matérias asso ciadas ao tema da consciencialização para o cancro da mama, sendo também a capa em sua homenagem.

Maputo, entre os dias 13 e 15 de Outubro, foi palco da 8ª edi ção da Feira Internacional de Turismo de Moçambique (Fikani), o evento de referência do sector no nosso país. Foi inaugura do por Sua Excelência o Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi e contou com diversos expositores, debates e convidados de honra. Na ocasião foi assinado um memorando de entendi mento entre o Instituto Nacional do Turismo (INATUR) e a nossa revista, visando fortalecer a relação entres as duas entidades e criar acções conjuntas que contribuam para a promoção de Moçambique e dinamização do turismo nacional.

E nós, com alegria anunciamos que, a partir de agora, este nos so magazine irá contar também com uma versão narrada em áudio. Defendemos que procurar diminuir a desigualdade de oportunidades é uma obrigação de todos, e esta nova compo nente vem proporcionar inclusão social, proporcionando acesso a conhecimento e entretenimento a pessoas especiais, ofere cendo momentos de prazer a deficientes visuais, pessoas que não saibam ler ou que tenham outro tipo de condição particular. Além disso, nos dias que correm, as pessoas procuram soluções fáceis e rápidas, e, nesse sentido, dispõem agora da possibilida de de ouvir os nossos textos a qualquer momento e em qual quer lugar. Estamos convencidos de que esta nova funcionalida de acrescenta grande valor à nossa publicação, e convidamo-lo a viver connosco esta experiência.

Desejamos que esta e as futuras edições da Xonguila sejam do seu inteiro agrado. Fique connosco. Votos de uma excelente leitura.

Dear reader, it is now October, the tenth month of the year in our Gregorian calendar. But did you know that the name of this month comes from the Latin word octo, which means “eight”? This was because October was the eighth month of the Roman cal endar, followed for centuries until 1582, when the year began in the current month of March and had 10 months. Interest ing, isn't it?

Ancient stories aside, a modern idea that we associate with the month of October is that of Pink October, an international movement that promotes various actions to raise awareness for the prevention and early diagnosis of breast cancer. It be gan in the 1990s in the United States and is symbolized by a pink ribbon, launched by the Foundation Susan G. Komen for the Cure during a race in New York where runners wore it. This ribbon started to be distributed in public places, fash ion shows and other relevant events, becoming a worldwide reference. As in our previous editions, Xonguila is in solidarity with this cause and has, in our most recent issue, some arti cles on the theme of breast cancer awareness, and the cover also honours it.

Between October 13th and 15th, Maputo hosted the 8th edition of the Mozambique International Tourism Fair (FIKANI), the key event for the sector in our country. It was inaugurated by His Excellency the President of the Repub lic Filipe Jacinto Nyusi and featured several exhibitors, de bates and guests of honour. On the occasion, a memoran dum of understanding was signed between the National Institute of Tourism (INATUR) and our magazine, aimed at strengthening the relationship between the two entities and create joint actions that contribute to the promotion of Mozambique and boost national tourism.

And we are happy to announce that, from now on, our magazine will also have an audio narrated version. We defend that reducing the inequality of opportunities is an obligation of all, and this new feature seeks to provide social inclusion, in giving access to knowledge and enter tainment to special people, offering moments of pleasure to the visually impaired, people who cannot read or have any other type of condition. Besides, nowadays people look for quick and easy solutions and, in this sense, they now have the choice of listening to our articles anytime, anywhere. We are convinced that this new feature adds great value to our publication, and we invite you to live the experience with us.

We hope you enjoy this and future editions of Xonguila. Stay with us. Best wishes for an excellent reading.

Com o apoio de:

Editorial 16 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022

Um dos pilares do Absa Bank Moçambique é a Sustentabilidade, pilar esse que vem tendo cada vez mais peso à medida que a agenda sobre as mudanças climáticas ganha destaque a nível mundial.

Foi nesse contexto que o Banco integrou o Pacto Global das Nações Unidas, uma iniciativa com o objectivo de atrair a comunidade empresarial para a adopção de valores ligados aos direitos humanos, às práticas laborais, à protecção ambiental e ao combate à corrupção.

Como um Banco comprometido em contribuir para que Moçambique seja um exemplo no combate às catástrofes ambientais, a integração a este Pacto permite-nos agora alinhar as nossas estratégias e operações aos princípios universais em prol da conservação do meio ambiente

Tal facto irá, na prática, traduzir-se no desenho de iniciativas e acções ajustadas rumo a uma mudança profunda na gestão e promoção do crescimento sustentável e da cidadania.

Nas palavras de Rui Barros, Administrador Delegado do Absa Bank Moçambique, “Fazer parte do programa permitirá que a nossa agenda de sustentabilidade seja conduzida de forma estruturada, e reforça o nosso compromisso no cumprimento explícito e público de cada um dos Dez Princípios subjacentes. Isto implicará, claramente, um número cada vez maior de iniciativas alinhadas de forma explícita com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, uma caminhada que o Absa já iniciou há anos e agora entra numa nova fase de consolidação.”

Esta é uma demonstração do nosso empenho e elevado nível de compromisso perante todos os stakeholders, procurando alinhar os nossos comportamentos com modelos de desenvolvimento económico e social que fomentem a prosperidade, a valorização das pessoas, a criação de emprego, e o respeito pelo meio ambiente e biodiversidade.

Bank Moçambique, SA (registado sob o número 101220982)

Banco de Moçambique.

Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 17
Somos signatários do Pacto Global das Nações Unidas em prol da Sustentabilidade
Absa
é regulado pelo
Fotografia: Cortesia de Millennium bim

Em luta contra o cancro da mama MILLENNIUM BIM APOIA DESFILE OUTUBRO ROSA

A prevenção e a sensibilização para a detecção precoce e tratamento tem-se revelado uma fórmula eficaz de combate ao cancro da mama que o Millenium bim apadrinha e recomenda.

Para prevenir, sensibilizar e encorajar as mulheres na luta contra o cancro da mama, o Millennium bim, através de um desfile in tegrado na iniciativa “Renascer com a Juju”, enalteceu os valores de todas as mulheres que en frentam os preconceitos e desa fios impostos pela doença. Rea lizado no dia 1 de Outubro, com cerca 15 mulheres, modelos que padecem da doença do cancro da mama, o desfile foi organiza do pela actriz e apresentadora Joanett Rombe, a Juju, e surgiu na sequência do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro da Mama, que se assinala a 19 de Outubro, pretendendo apoiar as mulhe res que padecem da doença a abraçar as diferenças e a firmar seus passos na luta pela vida.

Anualmente, o Millennium bim tem vindo a realizar eventos en volvendo vários intervenientes multissectoriais no quadro do Outubro Rosa, alertando mu lheres e raparigas para a impor tância da prevenção e detecção precoce da doença. O “Renas cer com a Juju” é mais um. O Banco decidiu abraçar a causa no âmbito do seu compromisso social de contribuir para o de

senvolvimento do país a nível económico e social. O combate ao cancro da mama contribui para isso dado que o desenvol vimento de um país depende, em grande medida, do bem -estar e da qualidade de vida da sua comunidade.

De acordo com Liliana Cato ja, Administradora Executiva do Millennium bim, "a nível do Banco, esta temática é do nos so genuíno interesse. Há 17 anos, mais concretamente em 2005, lançámos o Cartão Mulher, uma solução que tem um seguro que cobre as despesas contra o can cro da mama e o cancro do colo do útero. Estamos cientes de que a mulher tem um encargo psicológico causado pela doen ça, porém também um encargo financeiro associado, e, neste sentido, é preciso pensar nele e tratá-lo. Quer homens, quer mu lheres, somos todos chamados para esta causa. Esta doença não tem cara, raça, religião, nem continente, afecta todos, e é por isso que recomendamos o au to-exame e a prevenção”.

E Joanett Rombe acrescentou: "Infelizmente a sociedade ainda não está preparada para nor

malizar o “tirar a mama". Muitas mulheres têm receio de o fazer porque temem a rejeição, aban dono, estigma e discriminação. Mais do que apoiar as mulheres nesta causa, queremos que a sociedade não as julgue devido à sua aparência, antes as apoie na sua condição, pois o cancro da mama está entre nós, é uma realidade. Ao Millennium bim endereçamos o nosso espe cial agradecimento, pois somos testemunhas do seu lado social activo para a materialização da gala e pela causa a que nos as sociamos."

Ao apoiar o desfile, o Banco pre tende enaltecer o testemunho das mulheres que travam a luta para vencer o cancro da mama, chamando a atenção dos mo çambicanos de um modo geral para a necessidade de prestar mais atenção aos sinais desta patologia, incentivando assim sobretudo as mulheres a pro curarem os serviços de saúde o mais cedo possível, ao mesmo tempo que incutimos a neces sidade de prevenção através de algumas acções diárias, como o auto-exame, a prática regular de actividade física, alimentação saudável, entre outros.

O
Millennium bim tem realizado campanhas de consciencialização para o cancro da mama junto dos seus colaboradores e clientes e participado em eventos relacionados com o tema.
Fotografia: Cortesia de Millennium bim

Fotografia: Cortesia de Millennium bim

O Millennium bim assumiu, há mais de 25 anos, o compromisso de contribuir para o desenvolvimento do país a nível económico e social, que depende, em grande medida, do bem-estar e qualidade de vida da sua comunidade.

Fotografia: Cortesia de Millennium bim

In the fight against breast cancer MILLENNIUM BIM SUPPORTS PINK OCTOBER FASHION SHOW

Millenium bim sponsors and recommends prevention and raising awareness towards early detection and treatment as an effective formula to combat breast cancer.

In order to prevent, raise awareness and encourage women in the fight against breast cancer, Millennium bim, through a fashion show in tegrated in the “Renascer com a Juju” initiative (“Reborn with Juju”), praised the valour of all women who face the prejudic es and challenges imposed by the disease. Held on October 1st with 15 women who suffer from breast cancer as models, the show was organized by actress and presenter Joanett Rombe, also known as Juju, on occasion of the International Day Against Breast Cancer. This particular date is celebrated worldwide on October 19th, seeking to support women who suffer from the dis ease in embracing differences and strengthening them in their fight for life.

On an annual basis, Millennium bim has held regular events involving various multisectoral actors within the framework of Pink October, alerting women and girls to the importance of prevention and early detection of the disease. “Renascer com a Juju” (“Reborn with Juju”) is one such example. The Bank de cided to embrace the cause as

part of its social commitment to contribute to the country's economic and social develop ment. The fight against breast cancer contributes to this, giv en that the development of a country largely depends on the wellbeing and quality of life of its community.

According to Liliana Catoja, Executive Director of Millen nium bim, "for the Bank, this issue is of genuine interest. About 17 years ago, in 2005 to be precise, we launched the Cartão Mulher (“Woman Card”), a product that includes insur ance against breast cancer and cervical cancer. We are aware that women not only endure a psychological burden at the onset of disease, but also a fi nancial one and, as such, it is necessary to think about it and solve it. Whether man or wom an, we are all called to take up this cause. This disease has no face, race, religion, or conti nent; it affects everyone, which is why we recommend self-ex amination and prevention”.

Joanett Rombe added: "Un fortunately, society is not yet ready to normalize mastecto

mies. Many women are afraid to do so because they fear rejection, abandonment, stig ma and discrimination. More than supporting women in this cause, we want society to stop judging them because of their appearance and support them instead in [dealing with] their condition, because breast can cer lives among us, it´s a reality. We extend our special thanks to Millennium bim, as we are witnesses of its active com mitment in making this gala a reality, and for supporting the cause at the centre of our ef forts."

By supporting the show, the Bank intends to honour the testimony of women who are fighting to overcome breast cancer, drawing the attention of the general Mozambican public to the need to pay more attention to the signs of this pathology. It thus encour ages women, in particular, to seek health services as soon as possible, whilst simultaneously instilling the need for preven tion through daily actions such as self-examination, regular physical activity, healthy eating, among others.

The Pink October Millennium bim event was held in support of the fight against breast cancer, to encourage new behaviors and attitudes towards this scourge.
Fotografia: Mariano Silva

Sou muito movido por histórias de vida.

As minhas referências ou fonte de inspiração são pessoas que de alguma forma servem de exemplo em diversas áreas da vida. - Ellputo

Comecemos olhando para trás. Como nasce o teu inte resse pela música?

O interesse pela música surge no ano 2000, quando assistia ao meu irmão mais velho, o Mic B, a trabalhar com alguns artistas locais em minha casa.

Comecei a mexer nos softwa res de produção como passa tempo, e, por algum motivo, assimilei as técnicas com al guma rapidez e, em menos de um ano, já me encontrava a produzir música para algumas pessoas. Em 2001 o rapper Klo ro, da Trio Fam, atribuiu-me o nome Ellputo, justamente por eu ter aprendido e desenvolvi do o talento muito rapidamen te, e não parar de evoluir. Na al tura, eu tinha apenas 12 anos, e estava só a divertir-me, estava longe de imaginar que aquilo se fosse tornar a minha pro fissão. Investia tanto tempo na arte que, inevitavelmente, aca bei me tornando bom no que fazia, mas nunca com intenção de me tornar um profissional. Chegou a um ponto em que já não tinha como voltar atrás, e o nome Ellputo já estava lançado no mercado. Uma das músicas que marcou a minha entrada no mercado foi “Dynomite está com gana”.

Como defines a tua actividade e aquilo que fazes?

Se tivesse de definir numa pa lavra, provavelmente seria “fan tástica”. É interessante poder conceber uma obra de raiz, e imaginar como será recebida pelo consumidor. O proces so criativo por vezes pode ser complexo, mas o resultado é sempre satisfatório. E, o melhor de tudo, não há limite para a criatividade.

Que fontes mais influenciam a tua forma de expressão artís tica?

Bem, diversas fontes, desde ar tistas a jogadores de futebol e empresários. Sou muito movido por histórias de vida. As minhas referências ou fonte de inspira ção são pessoas que de alguma

já estão guardadas no meu cérebro há algum tempo, e outros dias em que opto por algo mais experimental, sem compromisso nenhum. Fora estas duas opções, também existe o cenário em que re cebo um script que devo ter como base para criar. O meu exercício é perceber em que estado de espírito estou, e tento capitalizar o momento.

Existe algum género musical com que gostes de trabalhar em particular? Nos dias de hoje, o meu gé nero favorito é o amapiano, mas, fazendo uma análise macro, nunca tive preferên cia, apenas gosto de música, e tudo o que soa bem e me agrada eu abraço, até por que gosto de desafios, sair da zona de conforto e explorar o desconhecido.

A Ellputo Music Experience tem sido um sucesso. Con tas-nos qual o segredo por trás deste êxito?

forma servem de exemplo em diversas áreas da vida. Por exem plo, Jay-z, Garry Vee, Napoleon Hill, Timbaland, Pharrell, Dr Dre, Bob Proctor, David Guetta, Black Coffee, entre outros.

Como se desenvolve o teu pro cesso criativo?

O meu processo criativo de pende muito do meu estado de espírito. Há dias em que gos to de trabalhar em ideias que

Acredito que tudo se resu me a uma boa preparação. O conceito da Experience vive na minha cabeça desde 2015, mas só em 2021 é que real mente me senti preparado e confiante para avançar com a ideia, e felizmente correu bem. Ao longo dos anos, fui desenvolvendo a ideia len tamente e ao mínimo deta lhe e, felizmente, a execução e a repercussão superaram a minha expectativa. Aliar a componente Dj à produção musical faz todo sentido, es pecialmente porque tenho o privilégio de produzir con teúdo exclusivo para a minha audiência com regularidade.

Sons da alma 28 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
“Nos dias de hoje, o meu género favorito é o amapiano, mas nunca tive preferência, apenas gosto de música, e tudo o que soa bem e me agrada eu abraço, até porque gosto de desafios.”
Fotografia: Mariano Silva Fotografia: Mariano Silva

Quais consideras serem as maiores re ferências de Moçambique actualmente? Gostaste de colaborar particularmente com alguém? Hot Blaze, Hernâni da Silva, MR BOW, Lay lizzy e muitos outros. Recentemente tive uma boa experiência com o Mano Tsotsi, que é um artista muito talentoso e mui to dedicado, o que torna o meu trabalho mais fácil.

O mundo actual está marcado pela tec nologia. Na tua perspectiva, de que for ma é que as ferramentas que proporcio na influenciam a música e a cultura em geral?

Para mim, particularmente, a tecnolo gia é algo essencial. A produção musical nos últimos anos evoluiu tanto graças aos avanços tecnológicos! Atualmente exis tem ferramentas que aceleram e facili tam o nosso trabalho. Antigamente, para produzir uma música, dependíamos 100% de estúdios grandes e superequipados, e hoje conseguimos ter equipamentos com a mesma qualidade em versões mais acessíveis, que nos permitem trabalhar de casa e ter resultados fantásticos. Daí que surjam os ditos bed room producers, que, a partir das suas casas, conseguem pro duzir grandes hits mundiais. Graças à tec nologia, a cultura consegue alcançar uma audiência maior, e já não sofremos com limitações geográficas porque temos o mundo nas nossas mãos.

Quais são os teus planos para o futuro? De momento, a prioridade é perfurar novos mercados, e já está a acontecer. Acredito que em alguns meses estarei a partilhar grandes palcos internacionais com grandes nomes internacionais. Nos últimos anos tive avanços significativos nesse sentido, que encorajam e reforçam a visão.

És considerado por muitos um dos maio res produtores musicais moçambicanos. Que responsabilidades isto acarreta?

Fico feliz por este carinho, e sinto-me com a responsabilidade de educar atra vés da minha arte. Implica que seja um role model para muita gente; e, no fim do dia, faço de tudo para ser um bom exem plo a seguir, pois daqui a alguns anos gos taria de ver outros jovens a darem conti nuidade ao trabalho que tenho realizado nos últimos 22 anos, inspirados na minha ética de trabalho, e com auto-estima para acreditar nos seus sonhos. Todos os dias devo ter cuidado com o que falo e faço, pois existem pessoas a replicarem os meus passos.

Sons da Alma Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 31
Fotografia: Mariano Silva

Faço de tudo para ser um bom exemplo a seguir, pois daqui a alguns anos gostaria de ver outros jovens a darem continuidade ao trabalho que tenho realizado.

Let's begin by looking back. How was your interest in music born?

My interest in music started in 2000, when I watched my older brother, Mic B, work with some local artists at my house. I start ed playing with production software as a hobby, and for some reason, I learnt the tech niques quite quickly and, in less than a year, I was already pro ducing music for some people.

In 2001, rapper Kloro, from Trio Fam, gave me the name Ellpu to, precisely because I learnt and developed my talent very quickly, and didn't stop evolv ing. I was only 12 years old at the time, and I was just hav ing fun. I had no idea that this would become my profession. I invested so much time in [that] art that, inevitably, I ended up becoming good at what I did, but never with the intention of becoming a professional. It got to a point where there was no turning back, and the name Ell puto was already out there on the market. One of the songs that marked my entry into the market was “Dynomite está com gana” (“Dynomite is in the mood”).

How do you define your activi ty and what you do?

If I had to define it in one word, it would probably be “amazing”. It´s interesting to be able to conceive a work from scratch and imagine how it will be re ceived by the consumer. The creative process can some times be complex, but the re sult is always satisfying. And best of all, there is no limit to creativity.

What are the main sources

that influence your artistic ex pression?

Well, there are diverse sources – from artists to football play ers and businessmen. I am very moved by people´s life sto ries. My references or sources of inspiration are people who somehow serve as an example in different areas of life. For ex ample, there is Jay-z, Garry Vee, Napoleon Hill, Timbaland, Phar

something more experi mental, without any com mitment. Apart from these two options, there is also the scenario in which I receive a script that I must use as a base to create. My task is fig uring out what state of mind I'm in and try to capitalize on the moment.

Is there any music genre that you particularly enjoy working with?

Nowadays, my favorite gen re is amapiano but, broad ly speaking, I never had a [specific] preference. I just like music, and I embrace everything that sounds good and pleases me, be cause I like challenges, get ting out of the comfort zone and exploring the unknown.

rell, Dr Dre, Bob Proctor, David Guetta, Black Coffee, among others.

How does your creative pro cess unfold?

My creative process depends a lot on my state of mind. There are days when I like to work on ideas that have been stored in my brain for some time, and other days when I opt for

The Ellputo Music Experi ence has been a success. Can you tell us about the secret behind this success? I believe it all comes down to good preparation. The Experience concept has been on my mind since 2015, but it wasn't until 2021 that I really felt prepared and con fident to move forward with the idea, and luckily it went well. Over the years, I devel oped the idea slowly and down to the smallest detail and, fortunately, both the execution and the public´s reception exceeded my ex pectations. Combining the DJ component with music production makes perfect sense, especially because I have the privilege of pro ducing exclusive content for my audience on a regular basis.

34 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
“At the moment, the priority is to penetrate new markets, and this is already happening.”
Fotografia: Mariano Silva

What do you consider to be the biggest music names in Mozambique today? Did you enjoy collaborating with any one in particular?

Hot Blaze, Hernâni da Silva, MR BOW, Laylizzy and many others. I recently had a good experi ence with Mano Tsotsi, a very talented and very dedicated artist, which makes my job eas ier.

Technology is pervasive in to day´s world. From your per spective, how do the tools it provides influence music and culture in general?

Technology is essential for me.

In recent years, music pro duction has evolved tremen dously thanks to technologi cal advances! At the moment, there are tools that speed up and simplify our work. To pro duce a song in the past, we

depended 100% on large and super-equipped studios, and today we can have equipment with the same quality in more affordable versions, which al low us to work from home and have fantastic results. This al lows the so-called bedroom producers to emerge, who manage to produce big glob al hits in their homes. Thanks to technology, culture is able to reach a wider audience, and we no longer suffer from geo graphical limitations because we have the world in our hands.

What are your plans for the fu ture?

At the moment, the priority is to penetrate new markets, and this is already happening. I be lieve that, in a few months, I will be sharing big internation al stages with big international names. In recent years, I have

made significant advances in this direction, which encourage and reinforce my vision.

You are considered by many to be one of the greatest Mo zambican music producers. What responsibilities does this bring with?

I am happy for this love, and I feel a responsibility to educate through my art. It means that I am a role model for many people and, at the end of the day, I do my best to be a good example to follow because, in a few years, I would like to see other young people continu ing the work I've been doing for the last 22 years, inspired by my work ethic, and with self-esteem to believe in their dreams. I must be careful with what I say and do every day, as there are people replicating my steps.

36 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
Fotografia: Mariano Silva

Somos um banco que pensa local, mas com uma visão global, o que leva a que as nossas soluções sejam holísticas e acompanhem cada estágio do ciclo de vida das empresas que servimos.

– Patrícia Darsam, Directora da Banca Corporativa e de Investimentos

Fotografia: Mariano Silva Fotografia: Mariano Silva

Banco Absa SOLUÇÕES HOLÍSTICAS E DIFERENCIADAS PARA AS EMPRESAS

O tecido bancário moçambi cano acolhe uma forte fatia de empresas que procuram investimento e soluções para o seu crescimento. Que papel procura ter o Absa nesta ambição? Procuramos ser pioneiros no sec tor bancário em qualquer dos segmentos em que operamos. A verdade é que somos um banco que pensa local, mas com uma visão global, o que leva a que as nossas soluções sejam holísticas e acompanhem cada estágio do ciclo de vida das empresas que servimos. Acima de tudo, criamos soluções bancárias que poten ciam o crescimento das empresas moçambicanas porque essa é a única forma de impulsionar um desenvolvimento sustentável da economia nacional.

A vossa instituição tem dispo níveis opções de financiamen to para os diferentes sectores? Quais são aqueles que consti tuem a vossa maior aposta? Nós estamos focados nos prin cipais sectores da economia, nomeadamente os de Agricul tura, Recursos Naturais e Energia, Consumo, Infra-estruturas e Lo gística. Em todos estes sectores o foco no suporte à cadeia de valor é um diferenciador do qual nos orgulhamos. As soluções que apresentamos aos nossos clien tes visam suportar as necessida des particulares de cada um des tes sectores, sempre à procura de soluções dedicadas, seja de financiamento ou de banca tran saccional.

A área da banca corporativa requer alguma atenção específica por parte do vosso grupo? Se sim, qual?

Sim, porque, além de estarmos a lidar com um segmento de clien tes que pela dimensão e impacto

na economia é bastante relevan te e significativo, muitas destas empresas têm igualmente pre sença regional e internacional, o que obriga a um maior enfoque do grupo em suportar a equipa local visando sempre atingir os níveis de satisfação dos clientes e oferecendo soluções dedica

Como explica a relevância dos serviços financeiros para impul sionar a economia nacional e o desenvolvimento do País?

Os serviços financeiros são cruciais para o desenvolvimento de Mo çambique porque são um alicerce socioeconómico. Se, por um lado, a literacia financeira permite inclu são financeira e acesso à banca e produtos bancários, por outro lado, e para o caso das empresas, os serviços financeiros possibili tam o crescimento e desenvolvi mento dos negócios na medida em que permitem o acesso a fi nanciamento e soluções bancá rias necessários para fazer crescer o volume desses negócios. Per mitem igualmente, às empresas locais, estarem visíveis nos circui tos internacionais, o que posiciona Moçambique e as suas empresas num patamar de competitividade mundial.

Na área de investimentos, quais são os elementos e mais-valias que vos destacam em relação à concorrência?

das. Qualquer segmento bancá rio tem a sua especificidade, e a banca corporativa e de investi mento não é diferente. Adicio nalmente, o grupo reconhece o potencial do nosso mercado e coloca ao nosso dispor especia listas não apenas com o intuito de nos apoiar na estruturação de algumas operações, como também para ajudar na partilha do risco e na implementação de soluções bancárias diferenciadas.

Acredito que a grande mais-valia do Absa Bank Moçambique é a personalização dos nossos servi ços e o foco nas nossas pessoas. Colocamos os nossos clientes no centro de tudo o que fazemos. Nesse sentido, para além e estar mos atentos às suas necessidades, estamos totalmente disponíveis para os apoiar em todas as situa ções. Se uma empresa precisa de um especialista em determinada área, nós arranjamos; se precisa de determinada solução, nós apoia mo-la a desenvolvê-la. É assim que olhamos para cada um dos nossos clientes: como parceiros.

Trazemos soluções customizadas em função das necessidades do cliente e orgulhamo-nos de ser um banco relacional com foco no cliente e no seu negócio.

Enquanto olha para a cadeia de valor dos clientes do Absa Bank Moçambique, Patrícia Darsam, Directora da Banca Corporativa e de Investimentos, conta-nos como é que o banco se destaca no mercado moçambicano ao oferecer soluções diferenciadas.
Criamos soluções bancárias que potenciam o crescimento das empresas moçambicanas porque essa é a única forma de impulsionar um desenvolvimento sustentável da economia nacional.

A título mais pessoal, como olha a Patrícia Darsam para o mercado nacional actual? Nos últimos anos, as economias nacional e mundial têm enfrentado desafios ines perados, primeiro com a Covid e, mais re centemente com o conflito Rússia-Ucrânia, o que tem impactado as diversas variáveis macroeconómicas, como a subida das taxas de juros e dos níveis de inflação, afectan do dessa forma o crescimento económico. Moçambique, por ser um país emergente, tem não apenas estes desafios como tam bém desafios internos que passam por uma dependência externa significativa, uma ba lança de pagamentos deficitária, um regime fiscal que requer reformas, o que impõe de safios ainda maiores ao crescimento e de senvolvimento económico. Porém, o nosso país apresenta igualmente grandes oportu nidades, e não estou a olhar apenas para as oportunidades no sector de Petróleo e Gás, mas também para os restantes sectores, tais como agricultura, turismo, energia, etc. Com uma maior estabilidade macroeconó mica, associada à retoma da confiança in ternacional, acredito que num futuro breve voltaremos a alcançar níveis de crescimen to económico satisfatórios, abrindo assim oportunidades para os cidadãos e empresas moçambicanas prosperarem.

O mundo de negócios global começa a regressar à

normalidade. Qual considera ser a fórmu la adequada para que as nossas empresas nacionais possam acompanhar esta retoma económica? Na realidade, e não obstante todos os desa fios que enfrentámos nos últimos anos, nós mantivemo-nos perto dos nossos clientes, a trabalhar lado a lado e a apoiá-los nas suas mais diversas necessidades. A nossa pos tura manter-se-á, porém, dada a dinâmica do mundo actual, há necessidade de, igual mente, trazermos para debate e conheci mento temas que começam a ganhar bas tante relevância, como os aspectos ligados à sustentabilidade ambiental, social e de governança, assim como questões associa das a riscos cibernéticos que podem afectar os nossos clientes. Como parceiro, a nossa função não passa somente por oferecer so luções financeiras aos nossos clientes, mas também por apoiá-los a tornarem-se enti dades mais seguras e comprometidas com o crescimento sustentável.

O nosso país tem inúmeras potencialida des. Quais são as áreas em que as empre sas moçambicanas poderão vir a oferecer mais-valias ao mercado internacional?

Além do evidente sector energético, é im portante olhar para o turismo e para a agri cultura como dois polos importantes de crescimento.

A banca tem vindo a desenvolver diversas soluções tecnológicas que facilitam o dia -a-dia do cidadão. Considera que a banca corporativa do Absa tem seguido esta tendência? Sim, sem dúvida. E só desta forma é que faz sentido. As instituições bancárias existem para servir os cidadãos e as empresas nacio nais e internacionais de forma que tenham uma estrutura sólida para crescer e enfren tar os vários desafios económicos. O mun do está a mudar muito depressa e temos a obrigação de ouvir o que o mercado nos diz, e não só responder às suas expectativas como também excedê-las.

Quanto ao futuro, quais são as perspectivas definidas pelo Banco para estas áreas nos próximos anos?

A tecnologia permite antecipar necessidades, analisar dados rapidamente e aumentar a efi ciência na gestão e prestação dos serviços fi nanceiros. E é nesse sentido que continuamos a investir em soluções digitais que facilitem o dia -a-dia dos nossos clientes individuais e empresas. Queremos criar comodidade, flexibilidade e aju dar a fazer crescer o negócio dos nossos clientes. A nossa preocupação é estarmos perto do clien te, entender os seus desafios e necessidades, de senvolver e implementar soluções à medida. Essa é e será a nossa aposta, o nosso lema.

“A nossa preocupação é estarmos perto do cliente, entender os seus desafios e necessidades, desenvolver e implementar soluções à medida. Essa é e será a nossa aposta, o nosso lema.”
Fotografia: Mariano Silva

Absa Bank HOLISTIC AND DIFFERENTIATED SOLUTIONS FOR COMPANIES

Director of Corporate and Investment Banking Patrícia Darsam tells us how the bank stands out in the Mozambican market by offering differentiated solutions sensitive to the value-chain needs of Absa Bank Moçambique clients.

The Mozambican banking sector has a strong share of companies looking for investment and solutions for growth. What role does Absa seek to play in this ambition?

We endeavour to be pio neers in the banking sec tor in any of the segments we operate in. The truth is that we are a bank that has a local focus but a global vi sion, which leads us to cre ate holistic solutions that can support each stage of the life cycle of our corporate clients. Above all, we create banking solutions that boost the growth of Mozambican companies, as that is the only way to propel the sus tainable development of the national economy.

Does your institution have financing options available for the different sectors?

Which ones are your biggest bet?

We are focused on the main sectors of the economy, namely Agriculture, Natural Resources and Energy, Con

sumer, Infrastructure and Logistics. In all these sectors, the focus on supporting the value chain is a differentiator we are proud of. The solu tions presented to our clients seek to support the particu lar needs of each of those sectors, always looking for dedicated solutions, be they for financing or transactional banking.

Does the corporate banking sector demand any specif ic attention from the Absa group? If yes, what kind?

It does indeed because, in ad dition to being a very relevant and significant segment due to its size and impact in the econ omy, many of these companies also have a regional and inter national presence. This forc es the group to have a bigger focus on supporting the local teams so as to achieve client satisfaction and offer dedicat ed solutions. Banking sectors have individual specificities, and corporate and investment banking is no different. More over, the group recognizes our market´s potential and places

specialists at our disposal, not only with the intention of sup porting us in structuring some operations, but also to assist in risk allocation and implemen tation of differentiated banking solutions.

How do you explain the rele vance of financial services in boosting the national economy and the country's development?

Financial services are crucial to Mozambique's develop ment because they provide a socio-economic foundation.

If, on the one hand, financial literacy allows financial inclu sion and access to banking and banking products, on the other hand, and in the case of companies, financial services enable the growth and devel opment of businesses insofar as they allow access to finance and banking solutions needed to grow the volume of these businesses. They also allow lo cal companies to be visible on international circuits, which places Mozambique and its companies on a global com petitiveness level.

“I believe that we will, in the near future and once again, reach satisfactory levels of economic growth, thus opening up opportunities for Mozambican citizens and companies to prosper.”

In the investments sector, what are the elements and advantages that make you stand out from the compe tition?

I believe that the great asset of Absa Bank Moçambique is the customization of our ser vices and the focus on our people. We place our clients at the centre of everything we do. In this sense, in addition to being attentive to their needs, we are fully available to sup port them in any and all sit uations. If a company needs a specialist in a certain area, we arrange for it; if it needs a certain solution, we support them in developing it. This is how we look at each of our clients: as partners. We bring customized solutions based on the client's needs and we are proud to be a relational bank focused on the client and their business.

On a more personal note, how do you see the current national market?

In recent years, national and world economies have faced unexpected challenges; first with Covid and, more recent ly, with the Russia-Ukraine conflict, which has impacted several macroeconomic var iables such as rising interest rates and inflation, thereby affecting economic growth.

As an emerging country, Mo zambique not only has these challenges but also internal challenges that go through significant external depend ence, a balance of payments in deficit, a tax regime that re quires reforms, facts that im pose even greater challeng es to economic growth and development. However, our country also presents great

opportunities, and I am not only referring to opportunities in the Oil and Gas sector, but also in other sectors, such as agriculture, tourism, energy, etc. With greater macroeco nomic stability linked to the recovery of international con fidence, I believe that we will, in the near future and once again, reach satisfactory lev els of economic growth, thus opening up opportunities for Mozambican citizens and companies to prosper.

Across the globe, the busi ness world is gradually re turning to normalcy. What do you consider to be the appropriate formula that will enable our national compa nies to keep abreast of this economic recovery?

In practical terms and despite all the challenges we have faced in recent years, we have remained close to our clients, working with them side by side and supporting them in their most diverse needs. We intend to maintain this ap proach. However, given the world’s present-day dynam ics, there is also a need to bring up for debate and attain knowledge of topics that are beginning to gain considera ble relevance, such as aspects related to environmental, social and governance sus tainability, as well as issues associated with cyber risks that may affect our clients. As partners, our role is not only to offer financial solutions to our clients, but also to support them in becoming safer enti ties committed to sustainable growth.

Our country has countless po tential. What are the areas in

which Mozambican compa nies could offer added value to the international market?

In addition to the evident en ergy sector, it is important to look at tourism and agriculture as two important focal points for growth.

The banking sector has been developing several techno logical solutions that facili tate daily life for citizens. Do you consider that Absa's cor porate banking has followed this trend?

Yes, without a doubt. And that's the only way it makes sense. Banking institutions ex ist to serve national and inter national citizens and compa nies so that they have a solid structure to grow and face var ious economic challenges. The world is changing very fast, and we have an obligation to listen to what the market tells us, not only to meet their ex pectations but also to exceed them.

As for the future, what is the Bank´s outlook for these are as in the coming years?

Technology makes it possible to anticipate needs, analyse data quickly and increase ef ficiency in the management and provision of financial ser vices. It is with this in mind that we continue to invest in digital solutions that facilitate the daily lives of our individu al customers and companies. We want to create conveni ence, flexibility and help grow our clients´ businesses. Our concern is to be close to the client, understand their chal lenges and needs, develop and implement tailor-made solutions. This is and will be our bet, our motto.

46 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
“It is important to look at tourism and agriculture as two important focal points for growth.”
“Tenho muita fé que 2023 será um ano incrível para AIESEC. Afinal de contas, temo-nos preparado para isso, e os últimos meses deste ano foram apenas a prova de que saímos mais fortes desta pandemia.” - Izidino Matlava, Presidente da AIESEC Moçambique
Fotografia: Cortesia de AISEC

AIESEC

A Associação Internacional de Estudantes em Ciên cias Económicas e Comerciais (AIESEC) existe desde 1948. É uma organização sem fins lucrativos e sem qualquer filiação política, gerida exclusivamente por estudantes universitários e recém-licenciados, com cerca de 100.000 membros, à escala global. Actua em 2.400 universidades, estando actualmente pre sente em mais de 120 países e territórios. Criada em Moçambique no ano 2000, a AIESEC tem 3 escritó rios locais no país, 2 dos quais em Maputo (ISCTEM e UEM) e 1 em Sofala, na cidade da Beira, bem como uma expansão para Nampula e Cabo Delgado. Ao longo dos 22 de existência entre nós, a AIESEC já realizou mais de 700 estágios e intercâmbios inter nacionais, impactou mais de 10.000 jovens e possui uma rede de aproximadamente 500 alumni. A AIE SEC serve de plataforma para jovens de diversas universidades e institutos superiores de vários can tos do mundo explorarem e desenvolverem o seu potencial de liderança. Uma plataforma onde o po dem fazer através de experiências como o Progra ma de Membresia, Estágios Internacionais, Desen volvimento e Implementação de projectos.

Programa de Membresia:

Os membros da organização gerem experiências de intercâmbio cultural e estágios profissionais, po dendo assim viver e trabalhar em equipas, o que lhes permite desenvolver o seu potencial de lide rança. Jovens com diferentes históricos académicos têm na AIESEC a oportunidade de trabalhar em de partamentos diversos, tais como Marketing, Finan ças, Desenvolvimento Organizacional, Gestão de Ta lentos (RH), Relações Públicas, Desenvolvimento de Parcerias, Projectos Sociais e Operações (recepção e envio de estagiários).

Estágios Internacionais:

Este é provavelmente o programa mais conhecido programa da AIESEC, dado o número de jovens mo çambicanos que já tiveram a oportunidade de fazer um estágio ou intercâmbio cultural no estrangeiro. O programa de estágios internacionais dá essen cialmente a jovens de 18 a 30 anos a oportunidade de fazerem um estágio profissional na sua área de formação, por um período de 3 a 12 meses, em qual quer dos 120 países em que a AIESEC se encontra presente. O programa dá também às empresas a possibilidade de recrutar estagiários internacionais para compor as suas equipas e trazer para si mais diversidade cultural.

Desenvolvimento e Implementação de projectos:

Desde 2015 que a AIESEC se comprometeu a traba lhar junto da Organização das Nações Unidas em prol dos Objectivos de Desenvolvimento Susten

tável (ODS), e uma das formas de o fazer é através da implementação de projectos à escala nacional. Para o efeito, a AIESEC junta-se anualmente a ONGs, Embaixadas e Empresas para implementar projec tos, como foi o caso do YouthSpeak, um projecto que tem por objectivo debater sobre os principais problemas do mundo, e, acima de tudo, criar solu ções práticas que irão ter impacto no país e contri buir para a consecução dos ODS. No ano presente, na sua 4ª edição, que decorreu nos dias 28 e 29 de Julho último, mais de 15 jovens, em equipas, criaram soluções inovadoras em forma de projectos sociais de médio a longo prazo que afectarão de forma positiva as comunidades escolhidas pelas equipas vencedoras aquando da sua implementação.

Em 2022, além de projectos, a AIESEC realizou alguns eventos, webinars e conferências de liderança e ca pacitação em soft skills. Para concluir o ano, realizar -se-á a 9ª edição do Partnership Breakfast, um espa ço que junta parceiros da organização, membros do Conselho Consultivo, membros da Comissão Hono rária, o Governo e os Media num evento onde será apresentado o relatório anual da AIESEC, o relatório de contas e os planos previstos para o ano de 2023. Além do Partnership Breakfast, a AIESEC espera rea lizar a graduação de duas turmas do projecto Kwalé a Ideia, que está a implementar junto da HEINEKEN Moçambique, o lançamento da primeira edição do Skills 4 Life, o Natal Solidário, com a Bureau Veritas, e o recrutamento para o Programa de Membresia, as sim como o mais aguardado retorno do programa de Estágios Internacionais pós-eclosão da pande mia da covid-19.

50 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
Fotografia: D esola Lanre Ologun
“I strongly believe that 2023 will be an incredible year for AIESEC. After all, we have been preparing for it, and the last few months of this year were nothing but proof that we came out stronger from this pandemic.” - Izidino Matlava, President of AIESEC Mozambique
Fotografia: Rut Miit

AIESEC

The Associação Internacional de Estudantes em Ciências Económicas e Comerci ais – AIESEC (“International Association of Students in Economic and Commer cial Sciences”) is in existence since 1948. It is a non-profit organization without political affiliation, managed exclusively by university students and recent graduates, with around 100,000 members worldwide. It operates in 2,400 universities and is currently present in more than 120 countries and territories. Created in Mozambique in 2000, AIESEC has 3 local offices in the country, 2 of which are in Maputo (ISCTEM and UEM) and 1 in Sofala province, in the city of Beira, encompassing the additional provinces of Nampula and Cabo Delgado. During its 22 years among us, AIESEC has carried out more than 700 internships and international exchanges, impacted more than 10,000 young people and has a network of approximately 500 alumni. AIESEC serves as a platform for young people from var ious universities and higher education institutes from around the world to explore and develop their leadership potential. It provides a platform for them to do so through experiences such as the Membership Program, International Internships, Project Development and Implementation.

Membership Program:

The organization's members manage cultural ex change experiences and professional internships, which enables them to live and work in teams, and thus develop their leadership potential. At AIESEC, young people with different academic back grounds have the opportunity to work in different departments such as Marketing, Finance, Organ izational Development, Talent Management (HR), Public Relations, Partnerships Development, Social Projects and Operations (reception and dispatch of interns).

International Internships:

This is probably AIESEC's best-known program, given the number of young Mozambicans who have already had the opportunity to do an intern ship or cultural exchange abroad. The international internship program essentially gives young people between the ages of 18 and 30 the opportunity to do a professional internship in their area of train ing, for a period of 3 to 12 months, in any of the 120 countries in which AIESEC is present. The program also gives companies the possibility to recruit in ternational interns to join their teams and bring them more cultural diversity.

Project Development and Implementation:

Since 2015, AIESEC has committed to working with the United Nations towards the Sustainable Devel

opment Goals (SDGs), and one of the ways to do so is through the implementation of nation-wide projects. To this end, AIESEC annually teams up with NGOs, Embassies and Companies to imple ment projects such as YouthSpeak, a project that seeks to debate the main problems in the world and, above all, create practical solutions that will have a positive impact on the country and con tribute to the achievement of the SDGs. Going on its 4th edition this year, the event took place on the 28th and 29th of July. More than 15 young people, working in teams, created innovative solutions in the form of medium to long-term social projects that will positively impact the targeted communi ties, which will be selected by the winning teams when the time comes to implement them.

Throughout 2022 and in addition to projects, AIESEC also held some events, webinars and con ferences on leadership and training in soft skills. To conclude the year, AIESEC will hold the 9th edition of the Partnership Breakfast, an event that brings together partners of the organization, members of the Advisory Board, members of the Honor ary Commission, the Government and the Media. During the event, AIESEC will also present their an nual report, financial statements report, and plans for the year 2023. In addition to the Partnership Breakfast, AIESEC expects to hold the graduation of two classes of the Kwalé a Ideia project with HEINEKEN Moçambique as implementing partner, launch the first edition of the Skills 4 Life program and the Natal Solidário with Bureau Veritas. It will also recruit for the Membership Program and for the eagerly awaited return of the International In ternship program, suspended since the outbreak of the Covid-19 pandemic.

Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 53

Matsinhe

Mel
Uma mulher, múltiplas artes Fotografia: Mariano Silva
Descobri que, como seres humanos, somos criadores, e criadores não se limitam. Estamos constantemente a buscar novas formas de nos expressar, e é assim que surge a literatura na minha vida. – Mel Matsinhe

Mel Matsinhe Uma mulher, múltiplas artes

A música acompanha-a desde a infância, desde quando teve acesso à escola de música. Foi re gistada como Amélia Maria Matsinhe, mas a sua doçura e encanto fizeram o mundo artístico baptizá-la simplesmente de Mel Matsinhe, um nome que carrega a arte, de forma acentuada, sob diversas formas.

“Fiz parte do primeiro grupo que teve benefício da independência: a escola gratuita, a escola de música. Tive acesso a muita coisa a que as crian ças do meu tempo não tinham. Os meus pais sempre permitiram estudar livremente o que quiséssemos, e eu escolhi a música, ou a música escolheu-me”, afirmou Mel Matsinhe. Aos quin ze anos, teve uma bolsa de estudo e foi estudar música em Cuba. É formada em performance, como pianista e como pedagoga musical, pela Escola Nacional de Música de Havana. É licen ciada em história pela Universidade Eduardo Mondlane, com um trabalho de conclusão de curso pioneiro sobre a música popular urba na e a identidade no período pós-colonial. Mel Matsinhe é também mestre em história e mu sicologia pela Universidade de Oslo, na Norue

ga, onde viveu cerca de dez anos. De regresso a Moçambique, para além da música passou a dedicar-se à arte de escrever em verso: “Desco bri que, como seres humanos, somos criadores, e criadores não se limitam. Estamos constante mente a buscar novas formas de nos expressar, e é assim que surge a literatura na minha vida. É como se fossem duas pessoas diferentes em mim, uma prefere escrever e a outra, fazer músi ca, e as duas coexistem pacificamente”.

Mel lançou o seu livro de estreia Ignição de So nhos, em 2017, pela Fundação Fernando Leite Couto. Desde então, publica em diversas an tologias nacionais e internacionais. A sua obra seguinte, Palavras em Fuga, foi publicada sob chancela da Xiluva Edições. Xiluva - Partidas de

uma flor é outra obra da artista, que reúne 51 poemas repletos de musicalidade.

O “Mel” para animar os sonhos dos mais novos Para além de pianista, cantora, poetisa, activista social e empreendedora, Mel Matsinhe é tam bém apaixonada por crianças. Deste amor pelas artes e pelas “flores que nunca murcham”, surgiu há dez anos a Xiluva Artes, um centro de artes vocacionado para a formação artística de crian ças e adolescentes. Entre a palavra e o ritmo, a artista encontra um espaço para dar voz aos talentos dos mais novos. “Eu penso que é nas crianças que podemos colocar as sementes do cidadão. Eu escolhi, como parte do meu cami nho, influenciar de forma consciente as crianças através das artes”, acresceu a artista.

O Njingiritana, Festival Internacional da Crian ça, é um exemplo claro do esforço empreen dido pela artista para levar a arte às crianças. A plataforma desenvolvida pela Xiluva Artes visa promover a educação artística através de per formances, debates, oficinas infantis. A iniciativa surgiu em 2016 e, desde então, tem-se centra do na promoção da apresentação de conteú

dos artísticos apropriados para crianças, contri buindo assim para o acesso destas a produtos artísticos feitos especialmente por eles. “Nós percebemos que podíamos ocupar um espaço diferente e trazer os produtos de arte e cultura para mais crianças e mais famílias. Sair da zona de conforto e ocupar nosso próprio espaço. Neste contexto, a Xiluva Artes, através dos nos sos programas de ensino e por meio do festival, aproveita para fazer isso, para expor as crianças a todo o tipo de produtos de arte, de forma a terem outras experiências, a fim de desenvolve rem outras sensibilidades.”

A 7ª edição do Njigiritana teve lugar recente mente em Maputo, entre os dias 12 e 16 de Ou tubro, no espaço cultural Galeria de Maputo e no distrito de Marracuene. O festival procurou incitar a relevância da criação e acessibilidade a conteúdos infantis apropriados no contex to moçambicano, regional, africano, sobretudo neste período pós-pandemia da covid-19. O acesso aos produtos de arte tem sido uma das preocupações que paira na mente de vários ar tistas, e uma reflexão constante que se fez pre sente nesta edição do Njigiritana.

Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 57
Fotografia: Mariano Silva

Entre desafios e conquistas, a multifacetada artista carrega sonhos que não são somente seus, sonhos que reflectem as aspirações de muitos artistas do país. “Há um sonho colectivo, e não individual, de um sector artístico consis tente, robusto, em que os artistas, por exemplo, possam viver da sua arte, possam ter os seus direitos de criadores respeitados e protegi

dos, e deles beneficiar. Porque a arte perdura, e não só os artistas beneficiam, mas todas as gerações. Acredito que faço parte destes que sonham com um sector artístico mais robus to, em que a arte de facto seja assumida como ela é, como embaixadora de Moçambique, um vector de paz, harmonia e bem-estar individual e colectivo”, concluiu Mel.

Fotografia: Mariano Silva
“Eu penso que é nas crianças que podemos colocar as sementes do cidadão. Eu escolhi, como parte do meu caminho, influenciar de forma consciente as crianças através das artes.”
Fotografia: Mariano Silva
Acredito que faço parte destes que sonham com um sector artístico mais robusto, em que a arte de facto seja assumida como ela é, como embaixadora de Moçambique, um vector de paz, harmonia e bem-estar individual e colectivo.

Mel Matsinhe

A woman of many talents

Music has been with her since attending music school in childhood. She was registered as Amélia Maria Matsinhe, but her sweetness and charm made the artistic world chris ten her simply as Mel Matsinhe, a name that bears art strongly, in different ways.

“I was part of the first group that benefited from [Mozambique´s] independence: free school, music school. I had access to a lot of things that other kids of my time didn't have. My parents always allowed us to study freely – whatever we wanted, and I chose music, or, music chose me”, said Mel Matsi nhe. At the age of fifteen, she got a schol arship and went to Cuba to study music. She graduated in performance, as a pianist and as a music teacher, from the Nation al School of Music in Havana. She holds a degree in history from Universidade Edu ardo Mondlane, with a pioneering final the sis on urban popular music and identity in the post-colonial period. Mel Matsinhe also holds a master's degree in history and mu sicology from the University of Oslo, Nor way, where she lived for about ten years. Back in Mozambique, and in addition to music, she began to apply herself to the art

of writing in verse: “I discovered that, as hu man beings, we are creators, and creators are not limited. We are constantly look ing for new ways to express ourselves, and that's how literature came into my life. It’s as if I hold two different people inside me; one prefers to write, and the other to make music, and the two coexist peacefully.”

Mel launched her debut book Ignição de Sonhos (“Igniting Dreams”) in 2017, pub lished by the Fernando Leite Couto Foun dation. Since then, she has been published in several national and international an thologies. Her next work, Palavras em Fuga (“Runaway Words”), was published under the imprint Xiluva Edições. Xiluva – Partidas de uma flor (“Xiluva – Departures from a flower”) is another work by the artist, which brings together 51 poems filled with musi cality.

Fotografia: Mariano Silva
“I discovered that, as human beings, we are creators, and creators are not limited. We are constantly looking for new ways to express ourselves, and that's how literature came into my life.”
– Mel Matsinhe

Mel livens up the dreams of the young ones

In addition to being a pianist, singer, poet, social activist and entrepreneur, Mel Matsin he is also passionate about children. Out of this love for the arts and for the “flowers that never wither” (verse from a poem by Samora Machel, alluding to children), Xiluva Artes was born ten years ago, an arts training centre for children and adolescents. Between the word and the rhythm, the artist finds a space to

Fotografia: Mariano Silva

give voice to the talents of the young. “I think that it´s in children that we can sow the seeds of citizenship. As part of my path, I chose to consciously influence children through the arts”, added the artist.

The Njingiritana, an International Children´s Festival, is a clear example of the effort un dertaken by the artist to bring art to children. The platform developed by Xiluva Artes aims to promote artistic education through perfor mances, debates and children's workshops. The initiative emerged in 2016 and, since then, has focused on promoting appropriate artis tic content for children, thus contributing to their access to art-related products made es pecially for them. “We realized that we could occupy a different space and bring art and culture products to more children and more families. Get out of the comfort zone and occupy our own space. In this context, Xilu va Artes, through our teaching programs and through the festival, creates opportunities to expose children to all kinds of art products, so that they can have other experiences, in order to develop other sensibilities.”

The 7th edition of Njigiritana took place re cently in Maputo, between October 12th and

16th, in the cultural space Galeria de Maputo and in the District of Marracuene. The festi val sought to promote the relevance of cre ating and giving access to appropriate chil dren's content in the Mozambican, regional and African context, especially in this Cov id-19 post-pandemic period. Access to art products has been one of the concerns on the minds of several artists, and the subject of constant reflection throughout this edi tion of Njigiritana.

Between challenges and achievements, the multifaceted artist carries dreams that are not just hers, dreams that reflect the aspira tions of many artists in the country. “There is a collective dream, not an individual one, of a consistent, robust artistic sector, in which artists can, for example, make a living from their art, can have their rights as creators respected and protected, and benefit from them. Because art endures, and not only artists benefit, but all generations. I believe that I am part of those who dream of a more robust artistic sector, in which art is really accepted for what it is: an ambassador for Mozambique, an agent of peace, harmony and individual and collective well-being”, concluded Mel.

“I believe that I am part of those who dream of a more robust artistic sector.”
Fotografia: Mariano Silva

A FIKANI 2022

E O REFORÇO DE RELAÇÕES ENTRE O INATUR E A XONGUILA

A cidade de Maputo acolheu, entre os dias 13 e 15 de Outubro, a realização da VIII edição da Feira Internacional do Turismo (FIKANI). Realizada sob o lema “Turismo como factor de revitalização eco nómica”, tendo em conta os impactos negativos causados pela pandemia da covid-19, a presente edição pretendeu impulsionar a recuperação e o crescimento do sector do turismo, funcionando como montra para a retoma dos negócios.

AFIKANI é um evento organizado pelo Governo através do Instituto Nacio nal do Turismo (INATUR). Foi lançada em 2013 e opera como exposição de promoção e lançamento de novos produtos, serviços culturais e turísticos para exibir o país ao mundo, relevando o que tem de melhor a nível do sector.

Na mais recente edição da feira, cuja cerimónia de abertura foi presidida por Filipe Jacinto Nyu si, Presidente da República de Moçambique, e contou com inúmeros e distintos convida dos, tiveram lugar diversas actividades, tais como workshops, networking e eventos sociais. Foram premiados os melhores expositores e realizados seminários subordinados aos temas “Desafios do desenvolvimento do turismo na região da SADC” (infra-estruturas, conectivida de, segurança, promoção, medidas económi

cas) e “Oportunidades e investimento no sector do turismo”. Foram também assinados alguns memorandos de entendimento entre várias entidades, sendo aqui de referir, em particular, o que foi celebrado entre a Revista Xonguila e o INATUR com o propósito de fortalecer a relação entre as duas entidades e criar acções conjuntas que irão contribuir para a promoção de Moçambique e dinamização do turismo nacional. De destacar também uma Conferên cia Internacional de Restauração, que reflectiu sobre “Os desafios da restauração, catering e eventos como factor impulsionador do desen volvimento no contexto da covid-19”.

Ano após ano, a feira tem contado com um cada vez maior número de expositores e participantes, tendo recebido cerca de 5 mil pessoas durantes os três dias de exibição no presente ano.

Fotografia: Mariano Silva

A FIKANI foi lançada em 2013 e opera como exposição de promoção e lançamento de novos produtos e serviços culturais e turísticos para exibir o país ao mundo.

Fotografia: Mariano Silva

FIKANI 2022

STRENGTHENING THE RELATIONSHIP BETWEEN INATUR AND XONGUILA

Between October 13th and 15th, the city of Maputo hosted the VIII edition of the Feira Internacional do Turismo – FIKANI (“FIKANI International Tourism Fair”). Held under the motto “Tourism as a factor of economic revitalization” and taking into account the negative impacts caused by the Covid-19 pan demic, this edition aimed to boost the recovery and growth of the tourism sector, acting as a showcase for resuming business.

FIKANI is an event organized by the Government through the National Institute of Tour ism (INATUR). It was launched in 2013 and operates as an expo to promote and launch new products, cultural and tourism services to showcase the country to the world, and to highlight the best in the sector.

In the most recent edition of the fair, whose opening ceremony was presided over by Filipe Jacin to Nyusi, President of the Republic of Mozambique, with numerous distinguished guests in attendance, various activities took place, such as workshops, networking and social events. Awards were given to the best exhibitors and seminars were held on the themes “Challenges for tourism development in the SADC region” (infrastructure, connectiv

ity, security, promotion, economic measures) and “Opportunities and investment in the tourism sector”. A number of memoranda of under standing were also signed between various entities, and it is worth mentioning, in particular, the one celebrated between Revista Xongui la and INATUR, seeking to strength en the relationship between the two and creating joint actions that will contribute to the promotion of Mo zambique and national tourism. Also of note was the International Res taurant Conference, which reflected on “The challenges of restaurants, catering and events as a driving fac tor for development in the context of Covid-19”.

Year after year, the fair has attracted a growing number of exhibitors and participants. This year, it received about 5,000 people over 3 days.

FIKANI is an event organized by the Government though the National Institute of Tourism (INATUR).

do projecto

Fotografia:

A RADIONOVELA QUE ENSINA

Janete é um movimento catalisador de mulheres e homens empreendedores, focado no de senvolvimento de boas práticas de negócios, literacia financeira e igualdade de género. Esta iniciava da Anima Estúdio Criativo, em parceria com a Technoserv, tem como principal objec tivo garantir às grandes massas acesso a conteúdo útil para o desenvolvimento de negócios.

Ap rimeira fase do movimento consis tiu numa radionovela com o título “Janete, nada é impossível”, onde foi apresentada uma personagem com o nome de Janete, uma líder e uma figura inspiracional envolvente. Conta a história de uma mulher que decide abrir o seu próprio restaurante e que vai aprendendo, no dia a dia, a superar os desafios de gerir um negócio e todas as pressões sociais que existem em volta das mulheres e Moçambique. Vista como

um exemplo, Janete torna-se uma referência na sua comunidade, partilhando o que apren deu e inspirando outras empreendedoras a darem os próximos passos na concretização dos seus sonhos.

Didáctica e inclusiva, Janete ensina o público em geral a melhorar a gestão dos seus negó cios, a ganhar confiança, a saber como gerir finanças, poupar de forma eficaz e promover negócios, abordando estes aspectos entre

A primeira temporada, “Janete, nada é impossível”, “contou com 26 episódios, em 4 línguas nacionais. Neste momento, está em emissão a segunda temporada, intitulada “Janete, hora de mudar”, e em breve sairá a terceira, “Janete, pensar no amanhã”.

Cortesia
Janete

outras interessantes temáticas. A primeira temporada contou com 26 episódios, em 4 línguas nacionais, e passou em 9 rádios mo çambicanas, ouvida mensalmente por mais de 43 mil pessoas. Neste momento, está em emissão a 2ª temporada, intitulada “Janete, hora de mudar”, e em breve sairá a 3ª, “Janete, pensar no amanhã”.

Os criadores de Janete pretendem, para o futuro, dotar o projecto de novas ferramentas, assim como massificar o alcance da iniciati va, desenvolvendo conteúdos direccionados e apostando nos canais digitais. Pretendem também medir o alcance nestas plataformas, gerando conhecimento analítico sobre os seus seguidores. Querem chegar a novos pú blicos de forma directa e interactiva, testando a eficácia dos canais digitais como ferramen tas para os empreendedores. Procuram ainda engajar novos parceiros e potenciais clientes corporativos para garantir a sustentabilidade do projecto em formato multiplataformas.

A RADIO SOAP OPERA THAT TEACHES

Janete is a catalyst movement of women and men entrepreneurs, focused on developing good business practices, financial literacy and gender equality. This initiative by Anima Estúdio Criativo, in partnership with Technoserv, is primarily aimed at ensuring that the broad masses have access to useful content for business development.

The first phase of the movement con sisted of a radio soap opera entitled “Janete, nada é impossível” (“Janete, nothing is impossible”), featuring a character named Janete, a leader and an en gaging inspirational figure. It tells the story of a woman who decides to open her own restau rant and who learns, day by day, to overcome the challenges of running a business and all the social pressures that exist around women and Mozambique. Seen as an example, Janete becomes a reference in her community, sharing what she has learnt and inspiring other entre preneurs to take the next steps towards making their dreams real.

Didactic and inclusive, Janete teaches the general public to improve the management of their businesses, gain confidence, know how to manage finances, save effectively and promote business, addressing these aspects among other interesting topics. The first season had

26 episodes, in 4 national languages, and aired on 9 Mozambican radio stations, listened to monthly by more than 43 thousand people. At the moment, the 2nd season is being broad cast, entitled “Janete, hora de mudar” (“Janete, time for change”), and the 3rd season, “Janete, pensar no amanhã” (“Janete, think about the future”) will be out soon.

In the future, the creators of Janete intend to supply the project with new tools, as well as massify the scope of the initiative by develop ing targeted content and investing in digital channels. They also intend to measure the reach on these platforms, generating knowledge in the form of analytical data about their followers. They want to reach new audiences in a direct and interactive way, testing the effectiveness of digital channels as tools for entrepreneurs. They also seek to engage new partners and potential corporate clients to ensure the sustainability of the project in a multi-platform format.

Fotografia: Cortesia do projecto Janete
Fotografia: Stefano Segato
“A vontade de sair de Moçambique surgiu da necessidade de viver novas experiências e fazer um upgrade a nível profissional.”
– Ayanda Duarte

AYANDA DUARTE, PÁDUA, ITÁLIA

Escrito por: Eliana Silva

Haverá coisa melhor do que comida de casa? Assim que aterrou no Norte de Itália, em Pádua, Ayanda Duarte temeu pela alegria do seu estômago. Agora, depois de mais de 3 anos a viver na terra das massas, das pizzas e dos gelados, a jovem conta à Xonguila como tem sido a experiência.

Foi com vontade de sair da sua zona de conforto que Ayanda Duarte re leu, aos 25 anos, uma mensagem de WhatsApp. No meio de muitos emo jis, encontrou uma candidatura a um mes trado em Engenharia Ambiental e percebeu que seria a melhor ferramenta para dar um novo rumo à sua carreira. “A vontade de sair de Moçambique surgiu da necessidade de viver novas experiências e fazer um upgra de a nível profissional. Eu sabia que o meu trabalho seria muito mais valorizado em Moçambique se eu tivesse um mestrado fora de África”, conta-nos, através da mes ma rede social.

Se a comida nos traz conforto, foi essa ideia que mais desconfortável deixou Ayanda, pois acreditava que o estilo de vida dos italianos era menos saudável que o mo çambicano. Depois de perceber que os seus novos vizinhos não se alimentavam somente a “pasta”, teve que se adaptar às baixas temperaturas. Maputense de origem, a engenheira diz que esta adaptação cons tante fez parte de um processo de apren dizagem: “Aprendi tanto, e de forma tão profunda! Gostaria de ter a oportunidade de partilhar pelo menos 10% do que apren di”, revela-nos. O entusiasmo é de tal que

a jovem está a considerar abrir uma conta no Youtube para partilhar parte deste seu conhecimento.

Enquanto não concretiza as suas ideias, Ayanda Duarte organiza os projectos que gostaria de implementar em Moçambique: “Gostaria de criar um fundo ou serviços de reestruturação de aterros sanitários. Foi a minha área favorita durante os estudos. Achei bastante interessante e pude ver que o nosso país precisa de uma intervenção séria no sector de gestão de resíduos. Vive mos numa calamidade ambiental "silencio sa"’, comenta.

Com um misto de serenidade e coragem, a jovem vai aproveitando para apreciar os encantos arquitectónicos romanos, mas sempre com foco na sua cultura: “Não vivo sem xima e um bom caril de galinha. Faço sempre compras básicas nos mercados africanos. A nível cultural, transmito sempre como vivemos a toda a gente que conhe ço. Procuro partilhar sempre um pouco de Moçambique e mostrar como somos um povo supereducado”, escreve a engenheira, de forma divertida, adivinhamos nós. Se em Roma, sê romano, fora de Moçambique, sê moçambicano.

Diáspora 80 | Revista Xonguila © Ed. 52 • Outubro/October 2022
“Gostaria de criar um fundo ou serviços de reestruturação de aterros sanitários. Foi a minha área favorita durante os estudos.”
Fotografia: Cortesia de Ayanda Duarte
Fotografia: Sofia Rotaru

Aprendi tanto, e de forma tão profunda! Gostaria de ter a oportunidade de partilhar pelo menos 10% do que aprendi.

Fotografia: Cortesia de Ayanda Duarte

AYANDA DUARTE, PADUA, ITALY

Is there anything better than home cooking? As soon as she landed in Padua, northern Italy, Ayanda Duarte feared that her appetite would be dissatisfied. Now, after more than 3 years of living in the land of pasta, pizza and ice cream, the young woman shares her experience with Xonguila.

Yearning to get out of her com fort zone, Ayanda Duarte, at the age of 25, reread that fate ful WhatsApp message. Amid many emojis, she found a call for ap plications for a Master´s Degree in En vironmental Engineering and realized that that would be the best way to boost her career. “The desire to leave Mozambique arose from the need to live new experiences and upgrade pro fessionally. I knew that my work would be much more valued in Mozambique if I had a master's degree from outside Africa”, she tells us, via that same social network.

Ayanda believes that food brings com fort and was thus reticent to go, in light of her preconception that the Italian lifestyle was less healthy than the Mo zambican one. After realizing that her new neighbours didn't “just eat pasta", she still had to adapt to Padua´s low temperatures. Born in Maputo, the en gineer says that this continuous adap tation was part of a learning process: “I learnt so much, and in such a profound way! I would like the opportunity to share at least 10% of what I learnt”, she reveals. The enthusiasm is such that the

young woman is considering opening a YouTube account to share some of her knowledge.

This is yet to materialize, and Ayan da Duarte also considers projects she would like to implement in Mozam bique: “I would like to create a fund or service to restructure landfills. It was my favourite area while studying. I found it quite interesting, and I could see that our country needs serious intervention in the waste management sector. We are living through a “silent” environ mental calamity”, she says.

With a mix of serenity and courage, the young woman takes the opportunity to appreciate the charms of Roman archi tecture, yet never loses sight of her own culture: “I can't live without xima and a good chicken curry. I always shop for basics at African markets. Culturally, I al ways convey our way of life [in Mozam bique] to everyone I know. I always try to share a little bit of Mozambique and show how much of a polite people we are”, writes the engineer, with spirit. The saying goes, “When in Rome, be a ro man”, but we might go better by “Out side Mozambique, be Mozambican.”

Diáspora Outubro/October 2022 • Ed. 52 © Revista Xonguila | 85
“We are living through a “silent” environmental calamity.”
– Ayanda Duarte
Fotografia: Mariano Silva
INGREDIENTES: Beefeater 24, 40 ml Xarope de cardamomo, 20 ml Solução cítrica de manjericão, 10 ml Faça a mistura num copo e sirva numa taça de cocktail PRINCESS Aquilo que nos alerta para todos os sentidos é a simplicidade e a pureza de um cocktail delicado. – Ivan Lopes Com o apoio de
Fotografia: Mariano Silva

Mix all the

PRINCESS

Beefeater

to a

the

INGREDIENTS:
24, 40 ml Cardamom syrup, 20 ml Citrus-basil mixer, 10 ml
ingredients in a glass, transfer
cocktail glass and serve.
The simplicity and purity of a delicate
cocktail
is what
awakens us
to
all
senses. – Ivan Lopes
Com o apoio de
O Jameson Takeover Train Edition foi conceptualizado para apoiar a promoção da cultura e turismo local. Criamos sinergias entre os locais onde estamos e talentos nacionais. – Francisco Júnior, Director Geral da Pernod Ricard Moçambique
Fotografia: Cortesia de Pernod Ricard

Promovendo o turismo local com viagem de comboio

Com vista a enaltecer as potencialidades dos patrimónios históricos nacionais e promover o aumento da procura de turismo doméstico, favorecendo uma ampla visibilidade e valorização das artes e seus fazedores, a estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) mostrou-se resplandecida pelo verde da marca Jameson, que se fez notar em grande estilo na decoração das passadeiras e muito mais, até aos carris. Na verdade, a linha férrea proporcionou um elo de interactividade especial entre os participantes, que, ao som da música, experienciaram uma viagem de ida e volta a Marracuene baseada num conceito inovador e sofisticado.

Como boa criadora de convívios que é, a Pernod Ricard Moçambique proporcionou momentos que supe raram as expectativas, ao inaugurar as novas carruagens dos CFM. Os participan tes fizeram-se ao comboio distribuídos por três vagões altamente decorados, com direi to a música, gastronomia à Jameson, drinks, cocktails, embalados pelo diversificado re pertório dos DJs da casa, que abrilhantaram a

viagem entre sons e contrastes de luz em que se destacou o verde. Tudo isto levou o públi co a vibrar de alegria ao longo de um passeio pelos bairros da cidade de Maputo.

Na ocasião, o Director Geral da Pernod Ricard Moçambique, Francisco Júnior, destacou: “O Jameson Takeover Train Edition foi concep tualizado para apoiar a promoção da cultura e turismo local, e é precisamente isso que fa

zemos. Criamos sinergias entre os locais onde estamos e talentos nacionais. Ao organizar um evento com esta envergadura, tivemos em atenção as medidas de segurança den tro do comboio, alocando uma equipa mé dica da Cruz Vermelha distribuída pelos três vagões, e membros da corporação da Polícia, para qualquer eventualidade. Na estação dos CFM, onde decorreu a festa, também foram acauteladas todas medidas, tenho o evento decorrido sem nenhum sobressalto”.

Por sua vez, o embaixador da marca Jameson, Hédito Marcelino, acrescentou: “Quisemos trazer um evento diferenciado e icónico, ao gosto dos nossos cinco pilares da Jameson, designadamente, música, gastronomia, jogos interactivos, arte gráfica e barbearia, nuan

ces estas que concorrem para proporcionar experiências integradas de socialização que estão no nosso DNA como marca. Através da viagem de comboio, os participantes pu deram experienciar o que é viajar nas novas carruagens, do CFM, com muita diversão ao ritmo da nossa energia. Já na estação, os ar tistas fizeram grandes performances, que ale graram o público, indo ao encontro das nos sas expectativas”.

O evento contou com a participação de ar tistas como Kloro, Hernâni da Silva, DJ Alvin, entre outras figuras oriundas de outras pro víncias. A próxima edição da Jameson Takeo ver vai decorrer já em Novembro, sendo que desta vez a província de Nampula será a grande anfitriã.

Fotografia: Cortesia de Pernod Ricard
Quisemos trazer um evento diferenciado e icónico, ao gosto dos nossos cinco pilares da Jameson, designadamente, música, gastronomia, jogos interactivos, arte gráfica e barbearia. – Hédito Marcelino, embaixador da marca Jameson Fotografia: Cortesia de Pernod Ricard
Fotografia: Cortesia de Pernod Ricard

Promoting local tourism with train travel

Seeking to expand the potential of Mozambique´s historical heritage and help boost demand for domestic tourism, whilst favoring a broad visibility and ap preciation of the arts and their makers, the Caminhos de Ferro de Moçambique – CFM (“Mozambique Railways”) central station was resplendent with the char acteristic green of the Jameson brand, conspicuously present in the decoration of the walkways and beyond, right down to the tracks. In fact, the railway line provided a special interactive link between the participants who, to the sound of music, experienced a round trip to Marracuene based on an innovative and sophisticated concept.

Making good on its fame as creator of social gatherings, Pernod Ricard Mozam bique provided moments that exceeded expectations whilst inaugurating the new CFM carriages. The guests took the train, distributed among three highly decorated car riages, with music, Jameson-style gas tronomy, drinks and cocktails, rocked by the diversified repertoire of the inhouse DJs, who brightened up the trip among sounds and contrasts of light, where green was the highlight. All this led the audience to vibrate with joy along a tour of the Maputo city neigh bourhoods.

Speaking on the occasion, the Gen eral Manager of Pernod Ricard Mo zambique, Francisco Júnior, pinpoint ed that: “The Jameson Takeover Train Edition was conceived to support the promotion of local culture and tourism, and that is precisely what we do. We create synergies between the places where we are and national talents. When organizing an event of this magnitude, we took into account the security measures inside the train, allocating a medical team from the

Red Cross distributed across the three wagons, and members of the police force, for any eventuality. At the CFM station, where the party took place, all measures were also taken care of, and the event took place without a hitch”.

Jameson brand ambassador Hédito Marcelino added: "We wanted to bring a differentiated and iconic event, in line with of our five Jameson pillars, namely: music, gastronomy, interac tive games, graphic art and barber shop, nuances that help provide inte grated experiences of gathering that are in our brand DNA. Through the train trip, the participants could expe rience what it’s like to travel in CFM’s new carriages, with a lot of fun aligned with the rhythm of our energy. At the station, the artists gave great perfor mances, which delighted the public, and met our expectations".

The event had the participation of art ists such as Kloro, Hernâni da Silva, DJ Alvin, among others from other prov inces. The next edition of the Jameson Takeover will take place in November, and the province of Nampula will be the big host then.

Fotografia: Mariano Silva
O negócio da AutênticArte consiste na criação e personalização de produtos em madeira, contraplacado, vidro, tecido, entre outros materiais.

AutênticArte

A AutênticArte é uma empresa especializada em gravações a laser. O negócio consiste na criação e personalização de produtos em madeira, contraplacado, vidro, tecido, entre outros materiais. Dispõe de uma vasta gama de brindes para a sector corporativo, casamentos, restaurantes e, até, floristas.

Apandemia foi a causa que le vou os fundadores a criarem este conceito. O mundo vivia um cenário nunca visto e foi nesse contexto que tiveram a ideia de responder às imposições pandémicas, criando o anticontacto, uma peça para ser utilizada nos ATM que permite pre mir os botões sem utilizar os dedos di rectamente. Mais tarde, decidiram criar brincos personalizados, um produto que se tornou viral, e que hoje é co nhecido por muitos como os “brincos da sorte”. Estes dois artigos, ditaram o arranque do negócio, que os levou até à gráfica que são hoje.

Desde que abriram a empresa, e à medida que foram tendo uma maior demanda, foram adquirindo equipa mento especializado mais moderno, que actualmente permite fazer todo o tipo de impressões, podendo perso nalizar quase qualquer material.

A equipa de trabalho é composta por cinco elementos, que vão desde

criativos e gestores a administrativos. Têm uma carteira de clientes diversi ficada, uma vez que os seus produtos são transversais no mercado, poden do interessar a clientes singulares ou a grandes empresas e organizações. Queixam-se que um dos maiores desafios que enfrentam é o facto de as grandes empresas apostarem pouco em parcerias locais, isto é, não comprarem produtos a firmas que entraram no mercado recentemen te, continuando a dar preferência a fornecedores que actuam fora do país, o que acaba por influenciar nega tivamente o negócio. Para o futuro pretendem expandir-se para outras geografias e continuar a apostar na qualidade dos seus serviços, e, dessa forma, angariarem mais clientes para que, num amanhã muito próximo, se jam uma grande referência no sector. Os seus trabalhos podem ser encon trados na nossa loja ou apreciados nas plataformas digitais Facebook (@ autenticarte) e Instagram (@autenti cartemoz).

Fotografia: Mariano Silva
Um dos maiores desafios que a AutênticArte enfrenta é o facto de as grandes empresas apostarem pouco em parcerias locais.
Fotografia: Mariano Silva

AutênticArte

AutênticArte is a company that specializes in laser engraving. The busi ness consists of creating and customizing products in wood, plywood, glass, fabric, among other materials. It has a wide range of gifts for the corporate sector, weddings, restaurants and even florists.

The pandemic was what led the founders to create this concept. The world was experiencing a scenario never seen before and it was in this context that they had the idea to respond to pandemic impositions, creating the anticontacto (“an ti-contact”), a piece to be used in ATMs that allows you to press but tons without using your fingers di rectly. Later, they decided to create personalized earrings, a product that

went viral and is known today by many as the “lucky earrings”. These two articles dictated the start of the business, which evolved into the printing business they are today.

Since opening the company, and as demand increased, more mod ern specialized equipment was acquired, which currently allows all types of printing to be made, with the possibility of customizing almost any material.

Fotografia:
Mariano Silva

The work team is composed of five ele ments, ranging from creative and mana gerial to administrative. They have a diver sified customer base, since their products are transversal to the market, and may be of interest to individual customers or to large companies and organizations. They complain that one of the biggest challeng es they face is the fact that large com panies invest little in local partnerships. That is, they do not buy products from companies that have recently entered the

market, continuing to give preference to suppliers that operate outside the country, which negatively influences the business. In the future, they intend to expand to other geographies and continue to focus on the quality of their services and, in this way, attract more customers so that, in the very near future, they will be a great reference in the sector. Their work can be found instore or appreciated on the digital platforms Facebook (@authenticarte) and Instagram (@authenticartemoz).

Since opening the company, and as demand increased, more modern specialized equipment was acquired, which currently allows all types of printing to be made.
Fotografia: Mariano Silva

oh áfrica! quando eles compreenderem que és coração entenderão o alento vasto de tua anca sentirão a dádiva gémea de teus seios levarão à alma o marfim de teu sorriso se aquietarão no pouso longo de teu olhar navegarão o mar ondulante de tuas coxas condoer-se-ão do excesso dos deuses beijando teus pés voarão no ir a céu de teus cânticos fúnebres ouvirão o folhear palavra de mais velho saberão que és a mãe do provérbio Ibn Vitterbo

oh áfrica!

Entergalactic

Entergalactic é uma longa-metra gem de animação com assinatura de Kid Cudi que tem como cenário de fundo a movimentada cidade de Nova York. Conta-nos a atribulada histó ria de Jabari, um grafiteiro promissor que acaba de terminar um relacionamento e se encontra a viver um turbilhão de emoções. É que, embora ainda tenha sentimentos pela sua recente ex-namorada Carmen, conhece uma nova rapariga que se mudou para o seu prédio, a talentosa fotógrafa Meadow. Dividido entre uma oportuni dade de sucesso real no mundo da arte, pois acaba por ser contrato para fazer uma grande campanha publicitária, e os seus problemas pessoais, Jabari delicia a au diência com uma moderna e irreverente história de amor.

A animação conta com um ambiente visual arrojado, repleto de cor, e apresenta um elenco impressionante, contando com as de vozes de Timothée Chalamet, Ty Dolla $ign, Vanessa Hudgens, Christopher Abbott, 070 Shake, Jaden Smith, Keith David, Teyana Taylor, Arturo Castro e Macaulay Culkin. Encontra-se disponível na plataforma de streaming Netflix, onde, na primeira se mana de lançamento, bateu recordes de audiência, sendo um dos conteúdos mais vistos em diversos países do mundo.

Kid Cudi aproveitou a situação para lançar, em conjunto com o filme de animação, o seu mais recente álbum, que tem o mesmo nome e que faz de trilha sonora da película. Kudi conquistou assim, simultaneamente, o mundo da rádio e do cinema.

Entergalactic
conta com um ambiente visual arrojado, repleto de cor, e apresenta um impressionante elenco.

Entergalactic

Entergalactic is an animated feature film by Kid Cudi set against the backdrop of a bustling New York City. It tells us the troubled story of Jabari, a promising graffiti artist who has just ended a romantic relationship and is experiencing a whirlwind of emo tions. It’s just that, although he still has feelings for his now ex-girlfriend Carmen, he meets a new girl who recently moved into his building: Meadow, a talented photographer. Torn between an opportunity for real success in the art world – hired as he was to do a major advertising campaign – and his personal pro blems, Jabari delights the audience with an irreverent modern day love story.

The animation has a bold visual envi ronment, full of colour, and features an impressive cast, featuring the voi ces of Timothée Chalamet, Ty Dolla $ign, Vanessa Hudgens, Christopher Abbott, 070 Shake, Jaden Smith, Keith David, Teyana Taylor, Arturo Castro and Macaulay Culkin. It is available on the Netflix streaming platform and broke audience records in the first week of release, making it some of the most watched content in several countries around the world.

Along with the animated film, Kid Cudi took the opportunity to release his latest album, which is named af ter the film and is its soundtrack. Kudi thus conquered, simultaneously, the worlds of radio and cinema.

The full-length animated film offers a good romantic story with likable, down-to-earth characters, and a banging soundtrack.

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