Edição 02

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PRODUTOR DESTAQUE Hidroponia já chegou a Fernando de Noronha

HORTITEC Mostra cresce em público e comercialização

Arte: Glenio S. Correia Jr.

ANO 1 | EDIÇÃO 2 | AGOSTO 2011

A VEZ DOS

DEFENSIVOS BIOLÓGICOS Aumenta a importância do biocontrole no manejo de sistemas hidropônicos

GESTÃO A agricultura familiar com administração empresarial ENTREVISTA Alvaro Sánchez fala sobre o cultivo em água no Uruguai


ESPECIAL

PROTEGENDO PLANTAS, SAÚDE E O MEIO AMBIENTE Ao empregar como princípios ativos matérias-primas naturais, defensivos biológicos são opções sustentáveis e menos tóxicas para o controle de pragas e doenças no manejo hidropônico

Por Alexandre Volkweis

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o mesmo tempo em que aumenta, no mundo inteiro, o compromisso com práticas agrícolas ecologicamente corretas, cresce a importância, no contexto do agronegócio brasileiro, da utilização dos agentes biológicos de controle - que, menos tóxicos que os tradicionais, químicos, garantem mais segurança tanto para quem aplica quanto ao consumidor. Especialmente quando se trata de hidroponia, um sistema alinhado com a sustentabilidade. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por sua vez, adota medidas pontuais para disseminar e incentivar o uso desses produtos. A mais recente foi a norma que dispensa, nas embalagens, rotulagem com a tradicional caveira com duas tíbias cruzadas. Com esta e outras ações, o governo federal estima que a participação dos defensivos biológicos no mercado passe dos 3% atuais para até 10%, em 2015. Enquanto isso, comprometidas com sustentabilidade e apostando no potencial de crescimento desse nicho mercadológico, empresas como Improcrop (Araucária-PR) e Plantio (Canoinhas-SC) comercializam defensivos biológicos para controle de pragas e doenças na hortifruticultura que já estão sendo empregados no cultivo hidropônico. Para melhor entender os conceitos defensivo e insumo biológicos, relativamente novos aos produtores rurais, o entomologista Luís Cláudio Paterno Silveira, pós-doutor em controle biológico conservativo, diferencia os termos quanto à abrangência e ao tipo de inimigo natural utilizado. “Por insumo agrícola entende-se todo conjunto de produtos ou substâncias que podem ser utilizados na agricultura; portanto, um insumo biológico também englobaria todos os defensivos biológicos e mais uma gama de outros insumos ou inimigos naturais das pragas que podem ser usados pelo produtor”, explica. Por outro lado, segundo Paterno, a ideia de defensivo biológico está mais ligada aos agentes de controle biológico de pragas que são “formuláveis”, ou seja, que podem ser preparados em laboratórios, embalados e comercializados de maneira semelhante a muitos defensivos químicos. “Isso ocorre principalmente com fungos, bactérias e vírus, por exemplo, que podem ser comprados em embalagens diversas e armazenados pelo produtor para ser utilizados quando necessários”, diz.

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Seguindo o mesmo raciocínio, o termo insumo biológico pode ser aplicado a outros agentes de controle biológico de pragas, como os predadores e os parasitóides. “Nesse caso, trata-se de insetos vivos, que são muito difíceis de formular, mas que Paterno: orientação ao produtor é essencial podem também ser embalados e transportados de maneira mais cuidadosa, para que cheguem vivos ao seu destino final, a cultura- alvo”, conclui. Mais importantes que o termo empregado, ressalta o professor, são a orientação correta ao agricultor sobre o manejo adequado dessas substâncias e predadores naturais e a substituição gradual de uma opção por outra – controle químico para biológico. “Esse é um dos maiores erros cometidos nessa área, pois a substituição pura e simples de produtos químicos por biológicos pode não ser eficiente do ponto de vista da regulação de pragas”, alerta.

Para especialista, produtor deve combinar vários tipos de controle Na opinião de Luís Cláudio Paterno, o produtor rural precisa ser bem orientado não só sobre a aplicação correta dos defensivos biológicos, mas, de modo mais amplo, sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP) - que consiste, segundo ele, em empregar vários métodos de controle, desde que compatíveis entre si e que, ao final do processo, não acarretem em prejuízo ao empreendimento. “Ou seja: somar esforços. Muitas vezes, é possível usar defensivo químico e biológico, mas apenas quando as pesquisas já mostraram que são compatíveis.” Ao alertar sobre a necessidade de manejo adequado, Paterno lembra que, no Brasil, há muitos produtores que, ao aplicar agrotóxicos, restringem-se a seguir as recomendações das empresas de defensivos, sem mais esclarecimentos técnicos. Ele teme que o mesmo possa acontecer no emprego dos defensivos naturais, que também exigem procedimento criterioso e até cuidados específicos, como a aplicação em determinados horários (menos

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quentes e mais úmidos, por exemplo). “Sinceramente, muitos técnicos e agrônomos que vendem defensivos químicos não são treinados para dar todas as orientações corretas na aplicação do produto. Eles apenas dizem qual é a dose, para que praga e para qual cultura serve. Pois bem: imagine que um determinado produtor nunca foi bem orientado no uso dos químicos, que apenas sabe abrir a embalagem, diluir o produto na dose certa, pulverizar e esperar as pragas morrerem em seguida... ele está mal preparado para adotar o controle biológico”, adverte. Conforme o especialista, é possível fazer a substituição total do controle químico para o biológico. Mas, aqui, mais uma vez, orientação é a palavra-chave. E paciência, para entender que, procedendo passo a passo, o produtor terá menos transtornos. “O caminho é: começar a se instruir, aprender mais sobre manejo de pragas, passando a utilizar o MIP. Depois, o produtor, com certeza, já estará usando vários defensivos biológicos junto com os químicos. Ele aprende sobre eles e, com o tempo, diminuindo o uso de químicos, verá que as pragas ficam menos problemáticas. Então, o controle biológico passa a ser usado mais e mais, até substituir totalmente o químico. Fácil? Não, infelizmente. Demora um certo tempo. Mas, é possível? Sim, totalmente”, garante. Paterno aponta como exemplos de mudança completa de modelo alguns casos verificados nos Estados Unidos e em países da Ásia e da Europa, onde só é permitido o emprego do controle biológico, sobretudo em plasticultura. Mas, alerta: lá, é bem mais fácil encontrar produtos naturais. “Nesses países, o mercado de ‘inimigos naturais’ é superaquecido. Você consegue comprar todos os predadores e parasitóides que quiser, da noite para o dia.”

Na produção, caminho correto é a substituição gradual Na unidade de produção hidropônica de Eduardo Miyayaciki, em Embu-Guaçu (SP), cidade distante cerca de 60 quilômetros do centro de São Paulo, a mudança do controle químico para o biológico é adotada de forma gradual. Desde 2000, o agricultor paulista produz, em

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Produtor: Miyayaciki fez opção pelo controle biológico

escala comercial, hortaliças em sistema hidropônico em uma área de dois hectares. E, há apenas oito meses, optou pelo controle natural em vez do tradicional. Ele ressalta que a mudança é paulatina: “No cultivo de alface, já consigo utilizar somente defensivos biológicos. Mas, na rúcula, ainda não, somente em oitenta por cento desta produção. Mesmo assim, o uso do defensivo químico é mínimo. No início, usava o biológico em consórcio com o químico, mas, agora, o foco é mais no controle natural. Ainda não consegui em cem por cento da produção, mas vou chegar lá”, estima o produtor. No manejo biológico, ele utiliza três produtos da Improcrop: o Compost-Aid (em pó, era usado por ele em compostagem e, agora, misturado à solução nutritiva), Agro-Mos e Soil-Set (líquidos, estão sendo adaptados pelo produtor ao cultivo hidropônico). A aplicação é feita por meio de pulverização foliar e diluição na solução de nutrientes. Satisfeito com os resultados obtidos, Miyayaciki lista aspectos positivos desta opção, mas avisa: o produtor deve estar atento a todas as etapas do cultivo. Segundo ele, o controle natural exige cuidados em todas as fases do processo hidropônico e deve ser encarado como uma forma de prevenir agressões, e não expurgá-las, simplesmente, durante o desenvolvimento da planta. “A aplicação é muito fácil e, além disso, o produto não é tóxico. Porém, tem de fazer o (controle) preventivo desde o início do plantio. Quando o produto é pulverizado, por exemplo, você pode fazer a prevenção desde a muda, na semeadura, em todo o ciclo. E uma das vantagens é que dá para usar até a colheita. Mas ele não é curativo, como o defensivo químico. Dá uma mão-de-obra maior e ela tem de ser mais especializada”, observa.


Há oferta no mercado, mas demanda poderia ser maior No mercado brasileiro, já podem ser encontradas algumas opções de defensivos biológicos para controle de pragas que atacam cultivos hidropônicos. No entanto, na avaliação de Luís Cláudio Paterno, esta lista poderia ser muito maior. O entrave para a expansão da oferta desses produtos, segundo ele, é a falta de demanda e a dependência dos produtores, ainda, ao uso de agrotóxicos. Conforme Paterno, hoje existem, basicamente, fungos, bactérias, vírus e nematóides formulados para controle de lagartas desfolhadoras e minadoras, brocas de frutos, tripes (lacerdinhas), pragas de solo e algumas doenças foliares. Mas, começam a surgir, também, inimigos naturais (sobretudo predadores) comercializados na forma adulta, para controle de tripes e ácaros. Também há parasitóides de ovos de insetos que estão disponíveis para uso contra a maioria das mariposas e borboletas cujas lagartas atacam cultivos hidropônicos. “Apesar de existirem estas opções, poderíamos dizer que tecnicamente existem metodologias de criação de um grande número de outros inimigos naturais que seriam totalmente compatíveis com os cultivos hidropônicos, mas não são comercializados por falta de demanda. Os produtores, de maneira geral, ainda estão muito dependentes dos defensivos químicos, aparentemente mais fáceis de usar e controlar, mas que podem trazer sérias consequências, se forem mal-utilizados”, diz. Uma das empresas que investem na produção e comercialização de insumos e defensivos biológicos no mercado brasileiro é a paranaense Improcrop, divisão agrícola da Alltech Inc., líder mundial em biotecnologia natural aplicada à nutrição animal. O engenheiro agrônomo Leonardo Porpino Alves, gerente do depar-

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tamento técnico, explica que esses produtos são fabricados com ativos naturais como extratos vegetais e aminoácidos oriundos de processos de fermentação. Além disso, são empregados, na formulação, alguns Alves: produtos feitos aditivos resultantes da miscom ativos naturais tura de enzimas e bactérias selecionadas que otimizam o processo de decomposição, transformando elementos orgânicos em biomassa natural enriquecida. No cultivo hidropônico, alguns desses produtos já são utilizados, especialmente por produtores paulistas, geralmente com adaptações no manejo (como no caso de Miyayaciki), já que não há uma linha específica destinada à hidroponia. Segundo Alves, eles contribuem para a defesa das plantas contra agentes externos e doenças ao promover equilíbrio nutricional (aumentando caracteres produtivos) e ao proporcionar maior resistência contra estresses provocados por fatores ambientais. “Esses produtos atuam de forma fisiológica, equilibrando e melhorando a performance produtiva. Sua utilização pode ocorrer nas diferentes fases do cultivo, com opções de aplicação foliar ou via solução nutritiva”, detalha. Alves relaciona algumas características técnicas destes defensivos naturais que podem contribuir para melhorar o desempenho de plantas cultivadas em hidroponia: correção de carência nutricional, fornecimento de nutrientes complexados, fornecimento de aminoácidos, ativação de mecanismos latentes de resistência de forma natural, ativação microbiológica, melhora do equilíbrio da rizosfera, promoção de maior sanidade do sistema radicular.


Sem produtos específicos, produtor adapta à hidroponia

tendo sua eficiência a um custo compatível”, avalia Luís Cláudio Paterno. Paterno diz não conhecer trabalhos acadêmicos com pesquisas sobre biocontrole no sistema hidropônico. Mas reconhece que muitos insumos naturais Técnico: demanda cresce na hortifruticultura, diz Leite estão sendo desenvolvidos para uso na agricultura, em geral, e que sua aplicação no cultivo em água é tecnicamente viável. “Pessoalmente, não conheço grandes programas de pesquisa visando ao controle biológico de pragas especificamente em hidroponia. Mas existem diversos projetos de pesquisa e algumas empresas trabalhando em defensivos ou insumos biológicos que são plenamente aplicáveis aos cultivos hidropônicos”, relata. É o caso dos insumos produzidos pela Plantio Insumos Biológicos, com sede em Canoinhas, na Região Norte de Santa Catarina. Quem garante é o coordena-

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O biocontrole já é uma realidade na agricultura ecológica brasileira. Na hidroponia, sua utilização começa a crescer à medida que os produtores decidem por uma atividade mais sustentável, comprometem-se com a oferta de hortaliças e frutos isentos de toxinas e percebem as vantagens comerciais do uso de defensivos naturais. Porém, no segmento hidropônico, ainda sem demanda suficiente que seduza as fábricas a oferecer linhas de produtos específicas, ocorre, via de regra, a adaptação dos defensivos disponíveis no mercado (destinados ao controle de solo) ao manejo do cultivo em água. “Se considerarmos todo o mercado agrícola, sabemos que a hidroponia responde por uma fatia muito pequena. Portanto, desenvolver produtos especificamente para este segmento requer um mercado em condições de absorvê-los. Por isso, muitos produtos desenvolvidos para outros tipos de cultivo são adaptados e utilizados em diferentes condições. Mas podem funcionar, man-

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Produção: controle biológico pode ser feito com aplicação foliar (pulverização) ou por diluição dos defensivos na solução nutritiva

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DEFENSIVOS NA AGRICULTURA Inserção no mercado brasileiro

Marcas comerciais: 1.389 químicos

41 biológicos

Defensivos biológicos: Estimativa de participação no mercado:

2011

3% 2015

7 a 10%

Biocontrole reúne vantagens ao produtor hidropônico A utilização de defensivos biológicos no cultivo hidropônico oferece inúmeras vantagens. A principal, na opinião do entomologista Luís Cláudio Paterno, é a segurança proporcionada ao aplicador e ao consumidor. De acordo com o especialista, todos os defensivos biológicos (fungos, bactérias, vírus e nematóides) utilizados para o controle de pragas são inócuos ao ser humano e não há como um desses agentes sofrer alguma transformação que o tornasse nocivo ao homem. “Eles são nocivos apenas a insetos ou doenças específicas. Portanto, a segurança ao aplicar e se alimentar das plantas tratadas é total”, garante. O engenheiro agrônomo Natalício Leite também destaca a garantia de segurança alimentar, entre outros aspectos positivos, lembrando que, no controle químico,

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Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

dor técnico da empresa, engenheiro agrônomo Natalício Leite. Segundo ele, alguns produtos que vem obtendo sucesso em cultivos de solo – especialmente aqueles em forma líquida, que, no manejo hidropônico, podem ser pulverizados nas plantas ou diluídos em solução de nutrientes - tem registrado aumento da procura por produtores de horticultura e, mais pontualmente, hidroponia. “Temos notícias de aplicação de nossos produtos em cultivos hidropônicos e está crescendo muito a demanda no segmento de hortifruticultura”, revela. Leite destaca algumas matérias-primas formuladas nas linhas de produtos biológicos que agem no controle de pragas e algumas doenças. Um dos ativos empregados é o trichoderma, um fungo “amigo” antagonista, predador de outros seres da mesma espécie, produzido em laboratório e coletado de esporos (ou, como explica o técnico, as “sementes” de fungos). “Neste caso, temos um processo inédito de desidratação, com a retirada da umidade do fungo e a formação de uma estrutura de resistência que possibilita conservar o produto in natura por muito mais tempo”, afirma. Conforme o agrônomo, o controle com este ativo pode ser feito adotando duas estratégias: a direta, por meio de micoparasitismo (com ação predadora); ou a indireta, com aplicação em matéria orgânica e formação de micotoxinas que evitam a incidência de outros fungos indesejáveis. “Esse ativo vai proteger a planta fazendo a imunização e melhorando a microbiologia”, explica. No caso de aplicação em hortaliças ou outras espécies em horticultura e cultivo hidropônico, o trichoderma pode ser empregado para controlar fungos de solo (no caso da hidroponia, por meio da solução nutritiva, para atingir a raiz) ou aéreos (com aplicação mais frequente nas folhas). Um produto que merece destaque do técnico é o Plamax Gold, feito à base de ácidos cítricos extraídos de frutas europeias como o pomelo e a toranja (resultado do cruzamento do pomelo com a laranja). Esses ácidos (entre eles o ascórbico) possuem alto poder conservante e são utilizados, na Europa, para conservar bacalhau. “Nós registramos, no Brasil, para controle de doenças, pois eles têm várias propriedades benéficas às plantas, entre elas a fungicida, a bactericida e a algicida (controle de algas e musgos).”


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nem sempre isso é possível. “As vantagens são inúmeras, principalmente em relação à saúde humana, pois tudo que é utilizado na produção de alimentos vai ter efeito direto no ser humano. E há vários casos de alergias, por exemplo, que ocorrem dependendo da quantidade indiscriminada de venenos usados no plantio”, lamenta. O produtor Eduardo Myayaciki concorda: “Na verdade, estou buscando mais proteção ambiental e para a saúde, tanto do consumidor quanto do produtor. É mais saudável”, pondera. A sustentabilidade também é um fator importante no biocontrole, que, uma vez adotado, pode contribuir para reduzir o impacto ao meio ambiente na propriedade rural. Paterno salienta que o uso de defensivos biológicos não produz desequilíbrio ou contaminação, pois os organismos empregados já existem na natureza. Mas, ressalta: as recomendações técnicas devem ser respeitadas. “Obviamente que existem recomendações técnicas para uso de qualquer insumo, seja ele biológico ou químico, e estas devem ser obedecidas. No caso dos inimigos naturais, uma superutilização poderia, de alguma maneira, causar algum tipo de desequilíbrio em outras espécies de insetos que não seriam alvo de controle. Porém, estes limites estão muito acima dos valores recomendados. Além disso, nenhum produtor estaria inclinado a aumentar seus custos a tal nível”, avalia. Outro aspecto que deve ser analisado pelo produtor interessado em adotar o controle biológico é a oportu-

nidade de obter maior rentabilidade no empreendimento com a comercialização de produtos mais “saudáveis” - portanto, com maior valor agregado. Miyayaciki, por exemplo, acredita que a opção vai representar um diferencial no seu negócio, à medida que o biocontrole auferir mais qualidade e, associado a uma estratégia de vendas, maior valor comercial a certos produtos. “Para algumas variedades mais diferenciadas, isso agrega valor, entre outros aspectos positivos. A intenção é, sim, utilizar como marketing”, diz o produtor, que comercializa suas hortaliças em supermercados e atacados da Grande São Paulo e na capital paulista. Para os produtores hidropônicos preocupados com o impacto do valor dos insumos biológicos na planilha de custos, Paterno avisa: o preço dos produtos naturais não precisa ser, necessariamente, maior do que o dos químicos. “As instituições de pesquisa e as empresas que trabalham com controle biológico de pragas têm isso em mente. Ou seja, se um inimigo natural apresenta um custo de produção muito alto, ele não servirá como um bom insumo biológico, pois os produtores irão procurar opções mais baratas.” Na próxima edição, confira matéria especial sobre a diversidade de cultivos hidropônicos, um universo que inclui hortaliças, frutos, ervas medicinais, temperos, flores e até tubérculos. A revista Hidroponia quer contar com seu apoio para traçar um perfil amplo dessas culturas. Envie informações e sugestões para redação@revistahidroponia.com.br.


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