Gazeta Rural nº 433

Vai acontecer no fim de semana de 6 a 8 de julho o Ser + Cultura, evento que coloca à disposição dos visitantes, locais ou de outras regiões, atividades diversificadas das vertentes artística e musical, dinamizando o Centro Histórico de Sernancelhe. A iniciativa é da Câmara Municipal e tem vindo a afirmar-se como um evento de referência na região, tornando este concelho num polo dinamizador de cultura.

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 433

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)

E-mail: jla.viseu@gmail.com

Telemóvel: 968 044 320 (chamada para rede móvel nacional)

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda

Sede: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Ana Pinto

Sede de Redacção: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Telefone: 232 436 400 (chamada para a rede fixa nacional)

E-mail : gazetarural@gmail.com

Web: www.gazetarural.com

N.º ERC 124546

Propriedade:

Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo

Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda

R. Cap. Salomão, 121 - Viseu

Telefone: 232 411 299 (chamada para a rede fixa nacional)

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

04 Feira de São Mateus de Viseu com cartaz de espetáculos de grande qualidade

05 CIM Viseu Dão Lafões lançou a campanha de verão “Esta é a minha praia”

06 Na praia de Pedrogão há sardinha (da boa) e muita animação

08 Expovila está de regresso a Vila Flor com nomes grandes no cartaz musical

10 FACECO é “a imagem do concelho de Odemira”

12 Festas do Bodo de Pombal regressam e conjugam tradição e inovação

13 Romaria de Nossa Senhora dos Remédios espera mais de cem mil pessoas

14 Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo transporta visitantes para 1664

15 Emanuel e João Pedro Pais atuam na Feira de Atividades Económicas de Arronches

16 Ser + Cultura vai animar centro histórico de Sernancelhe

18 Tondela Brancos 2023 apresenta muitas novidades

20 União Europeia adota medidas para ajudar produtores de vinho

22 Apresentados os resultados do projeto de combate à vespa asiática em Viseu Dão Lafões

24 Produtos do Mercado da Praia de Mira vão ter selo de qualidade

25 Cereja nacional com quebra de produção estimada em cerca de 50% este ano

26 Município de Mogadouro quer o restauro ecológico das margens do Sabor

28 Bayer apoia a décima edição do Concurso Nacional de Jovens Agricultores

30 Lançada em Castelo Branco a Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro

33 Feira do Cavalo atrai a Ponte de Lima aficionados nacionais e internacionais

34 Festival Côa percorre cinco concelhos da região

35 Pastores e rebanhos participam na bênção do gado em Vila Franca da Serra

36 Câmara de Tondela candidata Barro Negro de Molelos a Património Imaterial

37 Festival Frango do Campo está de volta a Oliveira de Frades

38 Fernando Daniel e Quim Roscas e Zeca Estacionâncio são cabeças de cartaz nas Festas de São Tomé

“SER + CULTURA” ANIMA CENTRO HISTÓRICO DE SERNANCELHE

Viseu prepara-se para receber a edição 631 da Feira de São Mateus. A guardiã das feiras populares vai decorrer de 10 de agosto a 21 de setembro e conta com um cartaz de espetáculos de grande qualidade, num ano em que a aposta é na sustentabilidade.

A realizar entre 10 de agosto e 21 de setembro

Feira de São Mateus de Viseu com cartaz de espetáculos com artistas nacionais e internacionais

Vários artistas nacionais e internacionais integram o cartaz da Feira de São Mateus de Viseu 2023, a realizar entre 10 de agosto e 21 de setembro. Do cartaz de artistas, os brasileiros Giulia Be e Pedro Sampaio foram os últimos a ser conhecidos, juntando-se a Xutos e Pontapés, Fernando Daniel, Os Quatro e Meia, Noble, Nina Toc Toc, Marisa, Calema, Slow J, Richie Campbell, Pedro Abrunhosa e Comité Caviar, Carolina Deslandes, Marisa Liz, Toy, Bárbara Tinoco, Paulo Gonzo e Hybrid Theory como Tributo aos Linkin Park, entre outros. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, disse que esta “será mais uma edição da feira com todos os ingredientes necessários para garantir o sucesso”. Já Pedro Alves, presidente da Viseu Marca, entidade que organiza o certame, destacou o facto de se tratar da primeira feira, a nível nacional, a obter a certificação de “evento sustentável, nas vertentes social, económica e ambiental”, o que considerou “uma conquista muito importante”. “Estamos a adotar medidas para promover um evento mais amigo do ambiente, reconhecendo a extrema importância

da preservação ambiental”, frisou.

Segundo Pedro Alves, este é um compromisso “com as gerações futuras” e “um exemplo e sinal positivo” que a Viseu Marca quer dar “em como a área dos eventos pode e deve também dar o seu contributo para a promoção da sustentabilidade”.

A edição 631 da Feira de São Mateus, realizada num recinto com 75 mil metros quadrados, vai associar-se à celebração dos 900 anos da atribuição do Foral de D. Teresa a Viseu. Fernando Ruas considerou que esta edição terá “um particular significado e relevância já que num espaço secular como a Feira de São Mateus, que é desde há muito uma marca identitária da região”, haverá também “oportunidade de celebrar uma data tão significativa e marcante para a cidade”. “Este foral comprova a importância de Viseu, que se tornou urbe 20 anos antes da própria independência do Condado Portucalense”, frisou.

Durante os 43 dias de feira, haverá vários momentos alusivos aos 900 anos do foral e a própria identidade visual do certame estará relacionada com esta data.

Estão também previstas mais de 45 atividades desportivas, destacando-se a quadragésima Meia Maratona de Viseu, em versão noturna, o vigésimo quinto Torneio Internacional de Andebol, a Maratona de Cycling, o segundo torneio de Gaming da Feira de São Mateus e a segunda edição do torneio de Padel.

Iniciativa valoriza os variados recursos turísticos do território

CIM Viseu Dão Lafões lançou campanha “Esta é a minha praia”

“Esta é a minha praia” é mote para campanha que a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões lançou para esta época do ano. A iniciativa valoriza os variados recursos turísticos do território e, embora tenha sido lançada para o verão, tem uma mensagem intemporal e pretende atrair visitantes para a região durante todo o ano.

-pandemia, do ano de 2019”, destacou aquele responsável, acrescentando que, em 2021, ainda a decorrer a pandemia de covid-19, a região teve 352.456 dormidas e, no ano seguinte, 536.490.

“Esta é a minha praia” dá mote à campanha deste ano que vai começar a ser difundida a nível nacional, depois de, em 2021, a CIM ter apostado no ‘slogan’ “O verão é aqui” e, em 2022, “Um verão sem comparação” é na região de Viseu Dão Lafões.

A CIM Viseu Dão Lafões apresentou a sua nova campanha de promoção turística, com a qual pretende fazer aumentar as visitas ao território, num ano que está já a bater recordes de afluência. Intitulada “Esta é a minha praia”, a campanha desafia todas as pessoas a serem embaixadoras da região e a partilharem-na com o mundo.

Nuno Martinho realçou ainda, dirigindo-se aos participantes na sessão, designadamente autarcas dos 14 municípios que integram a CIM, durante a qual não faltaram referências à natureza, gastronomia, monumentos e “identidade de cada concelho” da região. “Não tenho dúvida que nós vivemos melhor, quanto melhor viverem os nossos vizinhos e todos ganhamos com esta complementaridade da ação entre os municípios, ao divulgar os eventos de qualidade deste vasto território”, defendeu o presidente da Comunidade.

A campanha valoriza os variados recursos turísticos do território e, embora tenha sido lançada para o verão, tem uma mensagem intemporal e pretende atrair visitantes para a região durante todo o ano, numa altura em que os dados mostram um aumento de 14% de dormidas. “Este ano, e até ao momento, já registámos no nosso território um aumento de dormidas de 14%”, disse o secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões. Nuno Martinho adiantou que há “bons indicadores para que o verão seja o melhor de sempre da região, em termos de dormidas no território” dos 14 concelhos da CIM Viseu Dão Lafões.

Na apresentação da campanha, que decorreu nas Termas de São Pedro do Sul, Nuno Martinho recordou que, em 2022, os 14 municípios da CIM Viseu Dão Lafões registaram “um crescimento de 34%”. “Mais importante é que em 2022 a região atingiu um número de pré-

Fernando Ruas acrescentou que “um evento pode determinar que uma pessoa fique mais dias e acabe por visitar os concelhos vizinhos” e, nesse sentido, elogiou a iniciativa da campanha conjunta, que vai no terceiro ano. Presente na apresentação da campanha, no balneário romano das Termas de São Pedro do Sul, esteve também o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, que defendeu o “novo luxo” que os turistas procuram. “As pessoas apostam no luxo, mas um novo luxo, já não é aquele hotel seis estrelas ou, em alguns casos, a caminhar para as sete estrelas. O novo luxo, aquilo que todos ambicionam, é espaço, tempo e segurança”, sustentou.

Pedro Machado acrescentou que “já não é o massificado e o dos grandes ‘resorts’, é o luxo da autenticidade e da singularidade” e é nisso que Viseu Dão Lafões “está a apostar”.

No concelho de Leiria, de 6 a 9 e de 13 a 16 de julho

Na praia de Pedrogão há sardinha (da boa) e muita animação

O Festival da Sardinha é um evento promovido pelo Município de Leiria e vai decorrer num recinto montado junto à rotunda sul da praia de Pedrogão e estende-se aos restaurantes aderentes, que fazem dos seus espaços extensões deste certame que é já uma referência do programa de animação de verão nas praias da região.

O recinto, com 3.700 m2, permitirá aumentar a área do palco para os espetáculos, com capacidade para cinco mil pessoas, a Praça da Gastronomia com oito restaurantes/ tasquinhas, coordenados pelo movimento associativo das freguesias do Coimbrão, de Monte Real e Carvide e de Monte Redondo e Carreira, com capacidade para servir mais de mil pessoas, e um espaço de mostra e venda por associações locais. Os visitantes poderão ainda usufruir de um espaço de lazer, ao ar livre, com áreas de animação infantil, dez espaços de mostra de artesanato e de outros produtos locais.

O programa começa dia 6 de julho, com a abertura da Festa. Jorge Guerreiro abre o cartaz de espetáculos, seguindo-se Quim Barreiros, no dia 7, e Blaya, no dia 8, encerrando o primeiro fim de semana do evento. O Festival da Sardinha recebe ainda Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, no dia 13, os Hi-Fi, a 14, e, no dia 15, os Polo Norte encerram o festival. Aos domingos haverá animação com a Banda Rytmos e Cinderela e os Bons Rapazes, nos dias 9 e 16 de julho, respetivamente, pelas 16 horas.

Os concertos são gratuitos e têm lugar a partir das 22,30 horas no palco instalado no recinto do festival e que, este ano, conta com maior capacidade e melhores condições para receber o público.

Um festival “para atrair visitantes à região”

O Festival da Sardinha é uma iniciativa da Câmara de Leiria, que visa atrair visitantes àquela região, numa altura em que, para a maioria dos portugueses, decorrem as merecidas ferias. Em entre-

A praia de Pedrogão, no concelho de Leiria, vai receber de 6 a 9 e de 13 a 16 de julho o XXIV Festival da Sardinha, um evento que é já é um clássico nas iniciativas de verão na região centro. São já duas dúzias de eventos a servir sardinha da boa, com cardápio musical a condizer, com Quim Barreiros, Blaya, Polo Norte, Jorge Guerreiro, Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, Hi-Fi, Banda Rytmos, Cinderela e os Bons Rapazes.

vista à Gazeta Rural, a vereadora da Câmara de Leiria, com os pelouros de Grandes Eventos, Mercados e Feiras Municipais e Turismo, diz que a Festa da Sardinha “conjuga a vertente gastronómica com um cartaz de espetáculos que atrai milhares de visitantes à praia do Pedrógão”. Ana Catarina Louro diz ainda que este evento visa também “promover a praia do Pedrógão, mas também contribuir para a dinamização do movimento associativo” daquela região.

Gazeta Rural (GR): O Festival da Sardinha é uma forma de atrair visitantes à região numa época de férias de verão?

GR: A aposta num cartaz de animação, com nomes conhecidos do panorama musical e de entretenimento português, inserte-se na lógica da atração?

ACL: Sim, e de descentralizar a estratégia de animação e oferta cultural em todo o território do concelho.

GR: Este festival, para além da rainha da festa, é também uma mostra de produtos locais. O que podem os visitantes encontrar neste espaço e quantos expositores estão presentes?

Ana Catarina Louro (ACL): O Festival da Sardinha constitui um dos mais importantes festivais gastronómicos de Verão da região Centro, que conjuga a vertente gastronómica com um cartaz de espetáculos que atrai milhares de visitantes à praia do Pedrógão, assumindo grande importância para a economia local, não apenas nos dias em que decorre, mas também pelo impacto que tem na promoção deste destino de férias.

GR: Neste quadro, que expectativas tem para este evento, tendo em conta edições anteriores?

ACL: O nosso objetivo é, como referido anteriormente, promover a praia do Pedrógão, mas também contribuir para a dinamização do movimento associativo, um parceiro decisivo para o sucesso deste festival, e de igual forma para os agentes económicos desta praia, que têm nestes dias uma oportunidade adicional de promoverem os seus serviços.

ACL: O Festival da Sardinha é também o evento dos artesãos e pequenos produtores das freguesias do Norte do Concelho de Leiria. O visitante poderá adquirir mel, compotas, doçaria tradicional, artigos de decoração e de olaria.

GR: Para quem não é amante da sardinha, que outras propostas gastronómicas a região oferece?

ACL: O Festival da Sardinha integra também os restaurantes da Praia, podendo, o visitante optar por uma vasta ementa rica em peixe e marisco e carne. Destacamos o Robalo ao Sal no restaurante Rotunda, o peixe fresco do Quebra Mar e a da Esplanada da AMA. Os interessados poderão consultar os restaurantes aderentes no site do Festival da Sardinha, em www.visiteleiria.pt. Poderão ainda disfrutar de diversos cocktails nos fins de tarde ou as noites com Dj no Praia Nova Beach Club.

A Expovila está de regresso a Vila Flor de 6 a 9 julho. O evento com maior impacto económico neste concelho transmontano prepara-se para superar os 15 mil visitantes da edição anterior e gerar negócios superiores a um milhão de euros.

Gisela João, madrinha da feira, Paulo Gonzo, Fernando Daniel e Ivandro são os nomes grandes do cartaz de animação.

Evento de maior impacto económico vai decorrer de 6 a 9 de julho

Expovila está de regresso a Vila Flor com nomes grandes no cartaz musical

O certame vai decorrer entre os dias 6 e 9 de julho, e contará com cerca de cem expositores, quase todos deste concelho do distrito de Bragança, a maioria ligados aos produtos regionais como azeite, vinho, fruta, mel, enchidos, amêndoa, queijo e artesanato.

O presidente da Câmara de Vila For, na apresentação do programa, diz que a Expovila gerou no ano passado “um impacto económico de cerca de um milhão de euros na economia local”, entre os negócios feitos na feira e no comércio, restauração e hotelaria locais.

A expectativa é a de que a edição deste ano supere os números anteriores, inclusive os 15 mil visitantes oriundos de toda a região, que se deslocaram à sede deste concelho com cerca de seis mil habitantes.

As entradas no certame são pagas, com preços entre seis euros para um bilhete ou 17 euros para os quatro dias, uma decisão que a Câmara Municipal, promotora do evento, tomou depois de “bastante ponderação”, segundo o autarca. “As pessoas interiorizaram isso, terem de pagar. Foi um passo que teve bastante ponderação da nossa parte. Isto não é uma festa, é uma feira de promoção, é um certame para dignificar a imagem de Vila Flor”, frisou.

Segundo o presidente da Câmara, Pedro Lima, “quem paga é porque quer mesmo ir”, e a expectativa do município é de um “aumento de receitas”,

já que, para além das entradas, a organização vai também dinamizar um restaurante no recinto e vender ‘merchandising’ da Expovila.

O autarca afirmou que o serviço de refeições a cargo da organização não retirará movimento aos restaurantes e hotelaria do concelho, que, segundo disse, nos dias da feira “ficam lotados e não têm capacidade para mais marcações”.

A Expovila decorre no Parque Municipal de Feiras e Exposições e o objetivo é que o próprio evento gere de ano para ano receitas capazes de cobrir metade do investimento de 250 mil euros.

Além dos expositores, o certame tem também um dia dedicado ao debate sobre questões pertinentes para a região que, nesta edição, será sobre a ferrovia, com a apresentação de um livro sobre a temática da autoria do antigo presidente da Câmara de Bragança Jorge Nunes.

A animação faz também parte do programa com artistas como Gisela João, que é madrinha da feira, Paulo Gonzo, Fernando Daniel, Ivandro, assim como grupos regionais.

O último dia, domingo, é dedicado à família, com atividades para as crianças, e o festival da canção Encantar organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor. Ao longo dos quatro dias a Expovila tem uma tenda onde os pais podem deixar as crianças com vigilância.

O certame tem também como propósito divulgar as associações existentes no concelho e é realizado em parceria com a Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor e a GNR, que irá fazer demonstrações no espaço da feira.

Prémios em 2023:

- Duas Medalhas ‘Grande Ouro’ no Concurso Vinhos de Portugal

- Nove Medalhas no Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor - Colheita 2022”

- Três Medalhas no Concursos Cidades do Vinho 2023

“Os prémios são o reflexo do trabalho de todos os dias”

São Teotónio, no concelho de Odemira, vai receber de 21 a 23 de junho a XXXI FACECO - Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho, evento promovido pelo Município de Odemira. Pecuária, turismo, artesanato, gastronomia e um intenso programa de animação serão os pontos fortes de um certame que a marcar a agenda desta região alentejana.

Certame decorre nos dias 21, 22 e 23 de julho, em São Teotónio

FACECO é “a imagem do concelho de Odemira”

Serão três dias de muita animação, numa feira de tradições. Haverá dezenas de artesãos a trabalhar ao vivo, num certame onde o setor pecuário tem um grande destaque, nomeadamente a Raça Bovina Limousine, com a realização do Concurso Nacional e do Concurso Ibérico, promovidos pela Associação Portuguesa de Criadores de Raça Bovina Limousine. Haverá atividades para todos os públicos e idades, desde música, teatro, cante alentejano, provas gastronómicas, desporto e muita animação infantil.

Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Odemira, diz que a FACECO é “dinâmica, empreendedora, viva e ativa, à imagem daquilo que é o concelho de Odemira”. Ricardo Cardoso salienta que o objetivo da feira “é apresentar a face cultural e económica do concelho”.

Gazeta Rural (GR): Que expectativa tem para a edição deste ano?

Ricardo Cardoso (RC): As nossas expetativas refletem aquilo que é o objetivo central da feira, apresentar a face cultural e económica do concelho. Por isso esperamos uma FACECO dinâmica, empreendedora, viva e ativa, à imagem daquilo que é o concelho de Odemira.

GR: Esta é a Feira das Atividades Culturais e Económicas. Pode explicar o conceito e em que medidas estão interligadas?

RC: A FACECO pretende ser um misto entre a tradição e a inovação, entre os hábitos e costumes e a vivência contemporânea, e não há melhores atividades para o manifestar que a cultura e as ativida-

des económicas, duas áreas que consideramos absolutamente decisivas para o futuro de Odemira.

GR: No plano económico Odemira tem uma marca ligada ao setor primário. Qual é a realidade deste setor?

RC: O setor primário é central na atividade económica local, apresentando-se muito dinâmico e competitivo atualmente. As atividades principais são a agricultura, a pecuária e a silvicultura. Também a pesca é uma atividade de grande tradição em Odemira e com uma importância estratégica para a área gastronómica local.

GR: Está a decorrer a campanha dos pequenos frutos. Como está este setor?

RC: É um setor economicamente dinâmico, muito ativo e tecnologicamente evoluído, mas a necessitar de ajustamentos face ao seu impacto social e ambiental no território.

GR: Olhando para a questão da água, numa altura em que tanto se fala de seca, e dos seus efeitos, em que medida isto pode ‘marcar’ o desenvolvimento do setor primário no concelho?

RC: No atual contexto climático, com uma diminuição clara da disponibilidade de água, provocada pelas alterações climáticas, existem limitações ao consumo deste fundamental recurso por parte do setor primário, em particular na atividade agrícola. Essa circunstância terá impactos evidentes no desenvolvimento desta atividade, pelo que terá de se adaptar e ser resiliente em face desta nova realidade, o que certamente acontecerá.

GR: Qual o peso do setor na economia do concelho de Odemira?

RC: O setor primário representa atualmente 46,7% da atividade económica local, repartindo com o setor terciário, que representa 48,6% do volume de negócios do concelho, um papel determinante e fundamental para a economia local.

As Festas do Bodo, em Pombal, estão de regresso com uma programação diversificada que conjuga a tradição com a inovação. Serão promovidas “várias iniciativas que perspetivam umas grandes festas”, afirma o presidente da Câmara de Pombal, Pedro Pimpão. Plutónio, The Gift, Gisela João, Resistência e Bonga são os destaques do programa de animação.

Vão decorrer de 27 de julho a 1 de agosto

Festas do Bodo de Pombal regressam e conjugam tradição e inovação

As festividades seculares, que são umas das mais relevantes do concelho de Pombal, decorrerão de 27 de julho a 1 de agosto, numa organização tripartida entre o Município, a Pombal Manutenção Urbana (PMUGest) e a Associação de Desenvolvimento de Iniciativas Locais de Pombal (Adilpom), em parceria com várias entidades como a Confraria do Bodo, a Paróquia de Pombal e o Rancho Típico de Pombal.

Uma das novidades para a edição deste ano é a realização do Bodo das Freguesias. A intenção é “envolver todas as freguesias do concelho para que todos os munícipes se identifiquem com as Festas do Bodo”, explica Pedro Pimpão.

Com o apoio da Confraria do Bodo, a iniciativa pretende igualmente dinamizar a Praça Marquês de Pombal, correspondendo a um desígnio antigo de integrar a dinâmica cultural do Bodo ao centro histórico da cidade.

Destaca-se também o regresso da vertente rural com o Agro-Bodo, no espaço junto às piscinas municipais. O objetivo é recuperar uma tradição antiga para valorizar e incentivar os produtores agrícolas locais, com destaque para a exposição de diferentes raças de ovinos, caprinos e bovinos, e com a realização de várias atividades relacionadas com o sector, destinadas a miúdos e graúdos.

Na mesma zona, surge mais uma vez o Bodo dos Pequeninos, este ano dedicado à arte circense, com diversas atividades que farão certamente as delícias dos mais novos. Por seu turno, será come-

morado o Dia dos Avós, com a presença dos utentes das várias instituições de solidariedade social e lares privados do concelho, com a animação a cargo de Ruizinho de Penacova.

Na vertente desportiva, mantém-se a realização a Prova do Bodo, denominada de Corrida João Faria, e que, se a saúde assim o permitir, participará na mesma à semelhança do ano anterior. Será realizada também mais uma edição da Corrida das Farturas e da Caminhada do Bodo.

Ainda na área do desporto, será retomado o percurso de BTT “Na rota dos fornos do bodo”, que percorrerá essencialmente as freguesias de Abiul, Pombal e Santiago de Litém.

Por sua vez, a devoção à Nossa Senhora do Cardal é a essência das Festas do Bodo. A tradição cumpre-se com a Missa seguida de Procissão de Velas, e Pregação, sendo um dos pontos mais altos a celebração de Missa e Grandiosa Procissão, na tarde de domingo, 30 de julho.

Este ano com a participação de cerca de um milhar de jovens peregrinos, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que serão, por esses dias, acolhidos em Pombal, oriundos de vários países como Polónia, Estados Unidos da América, Roménia e Emirados Árabes Unidos.

Destaca-se igualmente a realização do tradicional Festival de Folclore, em colaboração com o Rancho Típico de Pombal. Um evento que será transmitido pela Rádio Portugal Folclore TV, e que, este ano, além de quatro ranchos nacionais, contará com a participação especial de um grupo de Sevilha (Espanha).

À semelhança do ano anterior, as Festas do Bodo encerrarão na terça-feira, dia 1 de agosto, com o Dia da Diáspora, no Castelo de Pombal. Um momento que pretende prestar reconhecimento à comunidade emigrante do concelho.

Lamego espera mais de cem mil pessoas na Romaria de Nossa Senhora dos Remédios, que vai decorrer de 24 de agosto a 9 de setembro. O programa de animação conta com nomes importante do panorama musical nacional, como Bárbara Bandeira, Minhotos Marotos, Rosinha, Black Mamba, Mickael Carreira, Toy, Nuno Ribeiro e Nininho Maia

Romaria de Nossa Senhora dos Remédios espera mais de cem mil pessoas

A romaria de Nossa Senhora dos Remédios, que terá na procissão, no dia 8 de setembro, o “momento alto” das festividades de Lamego, deverá atrair mais de 100 mil pessoas, prevê o presidente da Câmara da cidade.

“Este ano, a procissão coincide com uma sexta-feira, o que é muito bom para os lamecences, que terão um fim de semana prolongado e isso já será muito motivador de uma assistência extraordinária, que pode ser mais de 100 mil pessoas na cidade”, afirma Francisco Lopes.

O presidente da Câmara de Lamego disse na apresentação do programa da romaria, que decorre entre 24 de agosto e 09 de setembro, que “tem havido uma afluência muito grande de turistas” à cidade e que “se deve prolongar até ao final do verão”. Nesse sentido, foi feito “um esforço para [a festa] ter um programa mais animado”, sendo, por isso mesmo, um programa “um bocadinho mais sobrecarregado, talvez até com um bocadinho de exagero, mas para também mais animado”.

Ao longo da romaria, precisou, atuarão “artistas nacionais de renome”, como Bárbara Bandeira, Minhotos Marotos, Rosinha, Black Mamba, Mickael Carreira, Toy, Nuno Ribeiro e Nininho Maia. “Não é normal termos tantos artistas, mas de facto temos tido, a nível turístico, uma afluência brutal de pessoas e quisemos fazer este esforço para ter um programa mais animado”, sublinhou.

Um dos pontos altos das festividades é a procissão do Triunfo, no dia 8 de setembro, Dia de Nossa Senhora dos Remédios e feriado municipal em Lamego, antevendo o

autarca “uma moldura humana extraordinária”. Outro dos momentos altos, acrescentou, será o dia da abertura da romaria, “com a marcha luminosa” e “a batalha das flores”, e, depois, ao longo dos 17 dias, “muita animação e imensas atividades para todos os gostos”.

Como “complemento ao lado religioso, está o lado mais popular”, que contempla atividades como “filarmónicas, folclore, desgarradas e o cortejo etnográfico” e “artistas locais, também para se darem a conhecer”.

Outros eventos de cariz cultural e desportivo, promovidos pela autarquia e coletividades do concelho, no distrito de Viseu, contemplam “exposições, apresentações de livros e a concentração motard, que será a mais expressiva”. “A cidade estará preparada para receber as pessoas com iluminação festiva, com os divertimentos, os comes e bebes, a feira de artesanato, a feira normal, tudo aquilo que é necessário para receber milhares de pessoas”, assegura Francisco Lopes.

Com um orçamento “a rondar os 400 mil euros, semelhante aos anos anteriores”, a romaria tem ainda o “Ai Remédios”, que decorrerá “no pavilhão multiúsos, para que não haja problemas com ruído”, já que se prolongará “pela noite dentro com DJ a animar” o espaço.

De fora do programa das festividades da Senhora dos Remédios fica, este ano, o ZigurFest (Festival de Música de Lamego), “uma vez que tem autonomia suficiente para se realizar fora da romaria, com um programa autónomo para um público mais alternativo” e que acontecerá entre 27 e 29 de julho.

Em Lamego, de 24 de agosto a 9 de setembro

Vai decorrer de 7 a 30 de julho

Feira do Caracol ‘Belmiro Domingos’ regressa a Cernache do Bonjardim

O Clube Bonjardim, em Cernache do Bonjardim, no concelho da Sertã, volta a promover a Feira do Caracol que vai decorrer de 7 a 30 de julho. Nesta décima oitava edição esteve evento gastronómico regressa aos moldes habituais, no Jardim do Clube, e adotou, em jeito de homenagem, o nome do seu mestre, Belmiro Domingos.

“Comer caracóis com o ensinamento do Mestre” continua a ser o mote desta iniciativa que possibilita degustar onze receitas diferentes desta especialidade, como Caracol frito, Caracol

à Pescador, Caracol com Caril, Caracol à S. Nuno, Omelete de Caracol, Feijoada de Caracol, Escargot, Caracoleta Grelhada na Chapa, Caracol Tradicional, Caracol à Caçador e Caracol à Criança.

A Feira do Caracol funcionará de terça a domingo, das 16 às 23 horas, no Jardim do Clube Bonjardim, em Cernache do Bonjardim. Este evento é promovido pelo Clube Bonjardim, com o apoio do Município da Sertã e da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais.

Iniciativa está de regresso de 6 a 9 de julho

Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo transporta visitantes para 1664

A Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo está de volta, de 6 a 9 de julho. Este evento evocará uma das batalhas mais importantes da Guerra da Restauração da Independência, ocorrida a 7 de Julho de 1664, que opôs a armada lusitana, comandada por Pedro Jacques de Magalhães, às forças espanholas, culminando com uma vitória portuguesa que se tornou parte marcante da nossa história.

Durante quatro dias, os visitantes serão transportados para um período de coragem e bravura, onde a grandeza de Portugal estava em jogo. A Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo promete uma experiência emocionante, repleta de animação, recriações e atividades que transportarão os visitantes para o séc. XVII. No dia 6 de julho, as atenções estarão voltadas para a aldeia de Mata de Lobos, onde se encontram os campos históricos da Salgadela. A partir do dia 7 de julho, as atividades deslocam-se para a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo. Ruas de pedra, muralhas imponentes e construções históricas servirão de pano de fundo para uma jornada no tempo.

A gastronomia, o artesanato e as atividades económicas do concelho, nomeadamente a agropecuária, vão estar em destaque na XXII Feira de Atividades Económicas do Concelho de Arronches, que vai acontecer de 13 e 16 de julho. Noble, Emanuel, João Pedro Pais e FF com a Banda Euterpe de Portalegre, num tributo aos Queen, marcam o cartaz de espetáculos.

Com a presença de cerca de 150 expositores, 13 e 16 de julho

Emanuel e João Pedro Pais atuam na Feira de Atividades Económicas de Arronches

Cerca de 150 expositores vão marcar presença na XXII Feira de Atividades Económicas do Concelho de Arronches, iniciativa que anualmente atrai muitas dezenas de visitantes oriundos da vizinha raia espanhola.

O presidente do município, João Crespo, referiu que o certame, que vai decorrer entre os dias 13 e 16 de julho, atrai expositores espanhóis e também “muitas dezenas” de visitantes de vilas e aldeias da raia espanhola.

A gastronomia, o artesanato, as atividades económicas, entre as quais se destacam as atividades agropecuárias, vão estar em destaque neste evento, além da animação musical, estando anunciados concertos com Noble, Emanuel, João Pedro Pais e FF com a Banda Euterpe de Portalegre, num tributo aos Queen. De acordo com o autarca, as tasquinhas que vão ser exploradas

pelas associações do concelho vão apresentar ementas “muito variadas”, embora os pratos à base de carne de porco estejam “sempre presentes” neste certame. João Crespo revelou ainda que o evento vai contar com a presença de um restaurante da “responsabilidade da câmara”, apresentando esse espaço refeições com pratos típicos da região do Alentejo e, em particular, do concelho de Arronches. “Convido as pessoas a visitarem o concelho de Arronches, para terem uma noção mais precisa daquilo que é o nosso concelho, a todos os níveis, como económico, agrícola e para conhecer também a nossa gastronomia e artesanato”, disse.

O autarca alertou ainda que durante o certame o concelho de Arronches tem para oferecer aos visitantes uma oferta cultural “muito abrangente” e que a mesma “vai ao encontro dos interesses dos mais novos aos mais velhos”.

“Ser + Cultura” anima Centro Histórico de Sernancelhe

O Ser + Cultura é uma iniciativa da Câmara de Sernancelhe, que tem vindo a afirmar-se como um evento de referência na região, tornando este concelho num polo dinamizador de cultura. O vereador da Cultura da Câmara de Sernancelhe diz que o Ser + Cultura deste ano apresenta “inovações pontuais”, mantando “uma oferta diferenciada, com novos conceitos e novas ideias”. Armando Mateus, à Gazeta Rural, destaca a importância desta iniciativa na revitalização do centro histórico da vila, na reabilitação urbana e no regresso de pessoas ao centro de Sernancelhe.

Gazeta Rural (GR): Que novidades apresenta a edição deste ano do Ser + Cultura?

Armando Mateus (AM): Há sempre novidades. Há sempre algo que, ano após ano, vamos tentando melhorar, também numa questão de dar uma oferta diferenciada ou trazer novos conceitos e novas ideias. Nesse sentido podemos dizer que há inovações pontuais, para uma oferta mais variada a nível artístico, ou também de formatos que agora existem muito interessantes a nível de instalações de arte, sejam elas musicais, teatrais ou também, transversalmente, a nível cultural.

No entanto o Ser + Cultura quer-se fidelizar com o seu espírito de principio ou a sua forma de arranque que é levar a um espaço tão nobre e importante, como é o Centro Histórico de Sernancelhe, uma vida, uma revitalização e uma dinâmica com todos estes momentos culturais, em várias artérias deste espaço, complementadas com a

No fim de semana de 6 a 8 de Junho

nossa gastronomia local, com o nosso comercio residente nessa mesma zona histórica, e todos se preparam para três dias de festividade, de emoção, de convívio e, cada vez mais, com visitantes do concelho e de outras regiões, num evento que identifica muito os sernancelhenses, que os toca. Portanto, é acima de tudo, para quem cá reside e, obviamente, esses acabam por convidar amigos, trazer familiares, e também com toda a comunicação que é feita o Ser + Cultura já é de todos.

GR: Sernancelhe assume-se, cada vez mais, como um polo cultural muito importante no interior?

AM: Foi a aposta inicial do atual Executivo municipal, liderado pelo presidente Carlos Silva. Assumiram que o município, para além das áreas da educação e da economia, a cultura fosse também um pilar. Construíram-se projetos novos e a dar continuidade a outros.

A grande alavanca é, sem dúvida, a Festa da Castanha. É ela que traz muito milhares de pessoas a Sernancelhe, mas é esta marca ‘Terra da Castanha’ que fica, que está registada e cada vez mais conhecida, pela qualidade, mas também por uma oferta de diferenciação, de identidade e de um propósito único, que é dar oportunidade a quem vive no interior ter a mesma oferta cultural de quem vive nos grandes centros urbanos.

Está tem sido a estratégia, totalmente ganha, no sentido de que temos sido exemplo para todos os outros concelhos, não só os mais próximos, mas também para toda a região, na qual estamos inseridos, hoje mais afirmados, que é toda esta outra marca que é a Comunidade Intermunicipal do Douro. É esta região que, este ano, é ‘Cidade Europeia do Vinho’ e o Ser+ Cultura tem essa chancela e está integrado na sua programação.

Vai acontecer no fim de semana de 6 a 8 de julho o Ser + Cultura, evento que coloca à disposição dos visitantes, locais ou de outras regiões, atividades diversificadas das vertentes artística e musical, dinamizando o Centro Histórico de Sernancelhe.

o centro histórico de Sernancelhe?

AM: Nos últimos anos temos verificado, de forma satisfatória, dois grandes resultados desta dinamização cultural. A primeira foi a requalificação e reabilitação de imóveis pelos proprietários ou por outros, que, entretanto, os compraram, que transformaram todo o centro histórico, para habitação própria, mas também para comércio, hotelaria ou alojamento local. Nessa zona vamos ter um espaço requalificado, com alojamento local e serviço de restauração. Esta tem sido uma aposta ganha, não só pelos que já estão implementados, mas por outros, na área do alojamento local, que estão em andamento. Também há muita requalificação para investimento na área do comércio.

Se há pouco dizia que tínhamos aqui alguns apontamentos ou melhoramentos no programa deste nosso evento, que este ano tem uma presença bem vincada com o ‘Douro - Cidade Europeia do Vinho’, com stands de prova e venda de vinhos, que irão harmonizar com a nossa gastronomia, mas também com todos os outros eventos culturais.

GR: A realização do Ser + Cultura serviu também para dinamizar

A zona histórica de Sernancelhe, até finais dos anos 70 do século passado, era uma zona essencialmente comercial, mas que ao longo das últimas décadas se veio perdendo e hoje verifica-se uma inversão dessa tendência. Estamos a levar, outra vez, comércio ao centro histórico, estamos a levar requalificação urbana e, fundamentalmente, a levar pessoas para aquela zona em muito resultante deste evento cultural.

O Parque Urbano de Tondela vai receber, mais uma vez, um evento único, onde estarão em destaque os vinhos brancos do Dão, mas também de outras regiões produtoras. O VIII Tondela Brancos abre com a gala de entrega de prémios do XIV Concurso ‘Os Melhores Vinhos do Dão’, uma iniciativa da Comissão Vitivinícola Regional do Dão.

A realizar no fim de semana de 7 a 9 de Julho

Tondela Brancos 2023 apresenta muitas novidades

O Tondela Brancos visa a promoção e divulgação dos vinhos brancos de Tondela, um produto de excelência da região do Dão, com um paladar diferenciado, fruto do “terroir” único e específico das Terras de Besteiros. Vai realizar-se de 7 a 9 de julho, conta com mais produtores, e o programa da oitava edição inclui muitas novidades, com vários momentos, provas de vinho, gastronomia, showcooking, palestras, exposições e animação musical e até uma ‘prova’ desportiva.

A presidente da Câmara de Tondela, em entrevista à Gazeta Rural, diz que este evento pretende “celebrar os vinhos brancos” e afirmar uma “marca” que já é relevante. Carla Antunes Borges realça a importância do setor primário no concelho, com empresas espalhadas pelo território e que dinamizam a economia local.

Gazeta Rural (GR): A edição deste ano do Tondela Brancos traz algumas novidades?

Carla Antunes Borges (CAB): Sim, vai haver muitas novidades. Logo na abertura vamos ter um grande momento, com a entrega de prémios do XIV Concurso ‘Os Melhores Vinhos do Dão’, um evento que enaltece os néctares da região e que marcará a abertura do Tondela Brancos.

Teremos, no dia 7, um espetáculo musical, que é também uma novidade.

Contudo, o que pretendemos é celebrar os vinhos brancos. Vamos ter mais expositores participantes, mas também aquilo que já é uma marca clara deste evento, que são as provas de vinhos, as harmonizações gastronómicas e as sessões de showcooking. Vamos ter um fim de semana em grande, onde os vinhos brancos do Dão, de uma forma que queremos sublinhar, vão ser enaltecidos.

GR: Há uma outra novidade associada ao Tondela Brancos, que

são visitas aos produtores do concelho?

CAB: Naturalmente. Lançámos esse desafio às quintas que estão localizadas no concelho de Tondela e que foi bem aceite. Associada a esta atividade temos um passeio de BTT por quintas vinhateiras do concelho, que estarão de portas abertas para receber os participantes. Além de ser uma novidade, permite que as pessoas conheçam de perto as vinhas e as adegas, mas também conversar com os produtores e, desse modo, conhecer aquilo que são as características intrínsecas dos brancos da sub-região de Besteiros.

GR: A produção de vinhos, no concelho de Tondela, passou por uma fase difícil, nomeadamente com o encerramento da Adega Cooperativa, mas têm vindo a recuperar a sua posição no mercado e a crescer?

Tondela, que estão dispersas pelo território, que ‘fogem’ do conhecimento mais imediato uma vez que estão instaladas fora das áreas de acolhimento industrial, mas que são grandes dinamizadores do tecido económico do concelho. Não só pelo facto de produzirem e estarem ligadas ao setor vitivinícola, mas porque também possibilitam algo que para nós e muito importante e que é a promoção da nossa gastronomia. É indissociável falarmos de vinhos e de gastronomia. São dois temas que estão sempre a par. Para nós é muito importante ligar o cabrito ou os carolos de milho ao vinho, já para não falar do pescado, setor que tem grande relevância no nosso concelho.

GR: Falou de dois produtos que marcam a gastronomia do território?

CAB: Temos apostado muito neste setor, que é muito importante para o nosso concelho. Nunca é demais sublinhar que Tondela reúne um conjunto de características edafoclimáticas que permitem os vinhos brancos aqui produzidos tenham particularidades únicas, que não tem a ver apenas com as castas, mas sim com o “terroir” desta nossa região. Isso faz com que nós, ao longo dos anos através deste evento, tenhamos dinamizado e estimulado esta marca, própria do concelho de Tondela, que é importante cada vez mais levar ao conhecimento de todos. No concelho produzem-se excelentes vinhos brancos, mas também tintos de grande qualidade.

GR: Sendo Tondela um concelho com um setor industrial bastante importante, o que representa hoje o setor primário na economia do concelho?

CAB: O setor primário é um dos principais setores do nosso concelho. Temos grandes empresas neste setor instalados em

CAB: O cabrito do Caramulo e os carolos são dois produtos que associamos ao vinho. Porém, podemos falar também da laranja, do mel, da castanha e outros. Os dois primeiros são os dois pratos principais de uma ementa muita rica, que associados a um bom vinho ganham um esplendor diferente.

GR: E depois há o ex-libris do concelho, que é o Caramulo?

CAB: Naturalmente. Nada melhor do que ter uma mesa posta na serra do Caramulo virada para o magnifico Vale de Basteiros e desfrutar da frescura de um ambiente único, por exemplo debaixo de um castanheiro ou um cipreste. Na mesa haverá, com certeza, cabrito, confecionado de diferentes formas, acompanhado de um vinho do Dão e de uma sobremesa a com dizer, típica da nossa região.

Para fazer face aos desequilíbrios no mercado

União Europeia adota medidas para ajudar produtores de vinho

Os vinhos mais afetados são os vinhos tintos e rosés de certas regiões de França, Espanha e Portugal, mas outros vinhos e/ou Estados-Membros poderão encontrar dificuldades semelhantes em certas regiões de produção.

A Comissão Europeia adotou medidas excecionais para ajudar os produtores de vinho da União Europeia (UE), face aos desequilíbrios no mercado, nomeadamente aumentando a taxa de cofinanciamento e permitindo a destilação, sendo Portugal um dos mais afetados.

De acordo com a Comissão Europeia, os vinhos mais afetados são os vinhos tintos e rosés de certas regiões de França, Espanha e Portugal, mas outros vinhos e/ou Estados-Membros poderão encontrar dificuldades semelhantes em certas regiões de produção.

A queda do consumo de vinho para a campanha em curso está estimada, segundo um comunicado do executivo comunitário, em 34% em Portugal, 22% na Alemanha, 15% em França, 10% em Espanha e 7% em Itália.

Bruxelas propõe aumentar de 50% para 60% a taxa de cofinanciamento da UE para medidas relativas à restruturação, colheita verde (antes da uva amadurecer), promoção e investimento. Foi ainda concedida uma flexibilidade adicional na execução e no financiamento dos programas de apoio ao setor vitivinícola para o exercício de 2023. Por outro lado, até 15 de outubro, os vinhos mais afetados podem ser destilados, sendo assim retirados do mercado, ao abrigo de programas específicos de apoio.

O setor vitivinícola está a ser afetado pela redução do consumo devido à atual inflação dos preços dos alimentos e das bebidas, que, acrescenta Bruxelas, associada a uma boa colheita de 2022 e às consequências das dificuldades do mercado durante a pandemia, levou a uma acumulação de existências.

A produção de vinho da UE aumentou 4% este ano em comparação com o ano anterior, enquanto as existências iniciais foram superiores em 2% em comparação com a média dos últimos cinco anos. Paralelamente, as exportações de vinho da UE para o período de janeiro a abril de 2023 foram 8,5% inferiores às do ano anterior, contribuindo para aumentar ainda mais as existências.

Iniciativa juntou especialistas em Nelas

Seminário

apresentou conclusões do projeto de combate à vespa asiática

O Auditório do Edifício Multiusos, em Nelas, foi o palco para a apresentação das conclusões do projeto que, recorde-se, teve início em janeiro de 2022, fruto de uma candidatura aprovada com vista à deteção e combate à vespa velutina, espécie invasora que, como é sabido, representa uma ameaça séria para os ecossistemas, por afetar o ciclo de polinização.

Durante os 18 meses de projeto, foi implementado um conjunto de medidas, tendo em vista a prevenção, vigilância e controlo precoce da presença de exemplares ou ninhos de vespa velutina - ou vespa asiática, como é popularmente conhecida – e o acompanhamento e estudo da sua dispersão por todo o território da CIM Viseu Dão Lafões.

Entre estas medidas, destacam-se a aquisição, instalação e monitorização de equipamentos para a deteção e combate a esta espécie, nomeadamente uma rede de armadilhas entomológicas, equipamento de proteção individual, kits de destruição de ninhos, hipsómetros, entre outros. Estas ações decorreram em articulação com os gabinetes técnicos florestais, serviços municipais de proteção civil, equipas municipais de eliminação de ninhos, organizações de apicultores e apicultores presentes no território.

O projeto chegou, também, às escolas de Viseu Dão Lafões onde, através de ações de sensibilização, centenas de alunos aprenderam o que devem fazer se detetarem a presença da vespa velutina no território.

O seminário começou com uma sessão de boas-vindas, a cargo de Joaquim Amaral, presidente da Câmara de Nelas, e de Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões.

Joaquim Amaral felicitou o projeto que, em boa hora, foi levado a efeito pela CIM Viseu Dão Lafões e pelos catorze municípios que a constituem. Espero que, no fim dos trabalhos, fiquemos todos com a

certeza plena de que este foi um evento que nos capacitou e onde obtivemos mais conhecimento sobre um assunto que acarreta muitas preocupações, que têm a ver com a proteção civil, a proteção das populações, mas também com os nossos produtos endógenos, a nossa agricultura e os nossos bens patrimoniais”.

Na ocasião, Nuno Martinho considerou que “com este projeto, a CIM procurou dinamizar, em todo o seu território, uma estratégia intermunicipal de combate a esta espécie invasora. Por um lado, quisemos promover a segurança dos cidadãos. Para isso, levámos para o terreno diversas campanhas de sensibilização e informação nas escolas, nas redes sociais e junto das populações. Por outro lado, este projeto também promoveu o estudo da distribuição da Vespa Velutina no nosso território, de modo a minimizar os impactos desta espécie, para a biodiversidade e ecossistemas, por via de um combate localizado”.

Seguiu-se um painel alargado, com especialistas sobre o tema. Paula Casteleira, da Cooperativa Agrícola e Apícola das Beiras, foi autora de uma intervenção sobre o “Impacto na Apicultura e Importância da Sensibilização” que o projeto teve na região. Nuno Capela, da Universidade de Coimbra, abordou os resultados e a proposta de estratégia de atuação do projeto.

O momento seguinte consistiu numa mesa-redonda, intitulada “A Vespa Velutina: Impactos, Metodologias, Constrangimentos…” Moderada por Cristina Amaro da Costa, da Escola Superior Agrária de Viseu, contou com a participação de Mónica Lopes, da Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva, dos apicultores Rafael Guimarães e Jorge Oliveira e de Márcio Pereira, coordenador municipal de Proteção Civil do Município de Oliveira de Frades.

O Projeto “Deteção e Combate à Espécie Exótica Invasora Vespa Velutina”, realizado com a colaboração da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, teve um valor total superior a 330 mil euros, financiado a 85% pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Uma iniciativa que a Câmara de Mira quer implementar

Produtos do Mercado da Praia de Mira vão ter selo de qualidade

A Câmara de Mira quer criar um selo de qualidade gratuito que certifique os restaurantes aderentes que tenham produtos provenientes do Mercado da Praia de Mira. “Queremos implementar um selo de qualidade entre a restauração e o mercado naquilo que consideramos ser uma estratégia de valorização e certificação dos nossos produtos e agentes locais. Em suma, queremos afirmar, valorizar e potenciar este mercado, os seus vendedores e os seus produtos”, disse o presidente do município de Mira, Raul Almeida.

Durante o verão está previsto um primeiro contacto com os restaurantes para proceder à criação desse autocolante. A ideia é a de que, com este selo, o cliente ao ir ao restaurante aderente saiba que alguns dos produtos que vai comer foram adquiridos naquele local.

A empreitada de requalificação e modernização do Mercado da Praia de Mira contou com um investimento de cerca de 400 mil euros, cofinanciado pelos programas comunitários do MAR2020 e do

PDR2020. A infraestrutura, além de um restaurante, vai ter cerca de dez pessoas que vão vender peixe e marisco, pão, talho e charcutaria, frutas, legumes e flores.

O município preparou uma agenda cultural com várias atividades, durante todo o ano, para dinamizar este espaço, nomeadamente com atividades de `showcooking` com produtos tradicionais piscatórios. As bancas são amovíveis, permitindo uma polivalência do espaço.

“Agora é fácil termos aqui muita gente, no verão, mas queríamos dinamizar no inverno”, adiantou Raul Almeida. Por isso, o Mercado da Praia de Mira passa a estar aberto todo o ano e não só durante o verão.

A autarquia, com este investimento, pretendeu “potenciar o aumento de visitantes e consumidores”, valorizar os produtos e ainda promover a “comercialização de proximidade quer da arte xávega quer do simples produtor de legumes e hortícolas”. O Mercado da Praia de Mira vai estar aberto à sexta-feira, sábados e domingos, das 9 às 20 horas.

Com a “renovação deste mercado, existe ainda mais um atrativo para a região”, sublinhou Raul Almeida, lembrando que a Praia de Mira foi galardoada com a trigésima sétima Bandeira Azul, sempre de forma consecutiva.

Os produtores de cereja nacionais não têm razões para sorrir. A quebra de produção estimada é de 50% devido às condições climatéricas adversas. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referem que as áreas de arroz e batata vão aumentar 5% e 4%, respetivamente, e o pêssego manter os valores normais de produção.

Devido às condições climatéricas adversas

Cereja nacional com quebra de produção estimada em cerca de

Os pomares de cerejeiras registam este ano quebras de 50% na produtividade devido às condições meteorológicas adversas, devendo as áreas de arroz e batata aumentar 5% e 4%, respetivamente, e o pêssego manter os valores normais de produção.

Segundo as “Previsões Agrícolas” em 31 de maio do INE, as sementeiras de milho para grão de regadio “têm decorrido com normalidade e estão praticamente concluídas, devendo a área ser semelhante à instalada em 2022”, e a área contratada de tomate para a indústria aumentou 7% face a 2022.

50% este ano

Pelo contrário, as condições meteorológicas adversas, principalmente as elevadas temperaturas, não afetaram os pomares de pessegueiros, que apresentam “um desenvolvimento vegetativo normal para a época”, apontando as previsões para “uma produtividade próxima dos valores normais”.

Já concluídas, as plantações de tomate para a indústria decorreram “em boas condições e sem atrasos”, tendo a área contratada entre a indústria transformadora e as organizações de produtores e/ou produtores individuais sido de 17,7 mil hectares, o que corresponde a um aumento de 7% em relação à área contratada em 2022 e de 16% face à área declarada no Pedido Único de 2022. Também concluída “com normalidade” está a plantação de batata de regadio, apontando as previsões para um aumento de 5%, enquanto a área da batata de sequeiro deverá decrescer 5% face a 2022 e 31% face à média do último quinquénio, resultando num aumento global de 4% face 2022.

De acordo com o INE, os pomares de cerejeiras “registam quebras de produtividade muito significativas, na ordem dos 50%”, devido às “condições meteorológicas adversas”, designadamente “a falta de horas de frio atempadas, as amplitudes térmicas muito acentuadas na fase da floração/polinização, que prejudicaram o vingamento dos frutos e, posteriormente, a continuação de temperaturas muito elevadas, que aceleraram a maturação dos frutos, especialmente das variedades precoces, em alguns casos sem que fosse atingido o calibre normal”. Por sua vez, a chuva dos últimos dias de maio, em algumas zonas com forte intensidade, “afetou a produção das variedades em fase de prematuração e maturação, [...] observando-se o fendilhamento/ rachamento de uma elevada percentagem de frutos, com consequências na capacidade de conservação”. Face a este cenário, nota o INE, alguns produtores optaram por nem colher a produção destes pomares.

Produção de batata e arroz aumentaram

No que respeita à área de arroz, as previsões do INE são de que a respetiva superfície aumente 5%, essencialmente devido à conclusão das obras nos canais do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado.

Quanto ao milho para grão de regadio, o INE diz que as sementeiras “têm decorrido com normalidade e estão praticamente concluídas”, não se prevendo alterações de área face a 2022.

Promover ações

de restauro

nas encostas do rio Sabor é o objetivo do concurso público, lançado pelo

de Mogadouro, que visa salvaguardar a qualidade da água do rio e evitar a degradação dos solos. O projeto, denominado “ForestWaterUp”, tem um investimento superior a 420 mil euros

Para salvaguardar a qualidade da água e evitar a degradação dos solos

Município de Mogadouro quer o restauro ecológico das margens do Sabor

O município de Mogadouro lançou um concurso público para ações de restauro ecológico nas encostas do rio Sabor, no montante de mais de 420 mil euros denominado “ForestWaterUp”, já publicado em Diário da República. “Estas intervenções têm em vista o restauro ecológico das margens do rio Sabor, numa área que abrange as freguesias de Meirinhos, Paradela, Brunhoso e a União de Freguesias de Remondes e Soutelo numa área de mais de 30 hectares de terreno, para evitar a degradação dos solos, onde serão investidos 429 mil euros, só do lado da autarquia”, explicou o presidente da Câmara de Mogadouro.

António Pimentel entende também que, “além de todos os benefícios ambientais e científicos que serão alcançados com a realização do projeto ‘ForestWaterUp - Lagos dos Sabor’, as intervenções programadas terão como efeito paralelo o aumento da qualidade da água do rio Sabor junto às zonas de atuação e a melhoria paisagística de toda a área envolvente”. “Trata-se de um projeto que nos permite salvaguardar a qualidade da água do rio Sabor nesta área de intervenção. O município de Mogadouro tem a intenção de construir dois ‘eco-resorts’ e pretendemos que ambos os empreendimentos turísticos tenham um componente balnear onde a qualidade da água é importante”, vincou António Pimentel. O projeto ‘ForestWaterUp - Lagos dos Sabor’ resulta de uma

parceria entre o município de Mogadouro e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

O autarca de Mogadouro disse ainda que este projeto está dividido em duas componentes: uma ligada à investigação a cargo IPB e outra ligada ao município que passa por intervenções de consolidação das margens do Sabor. “Esta intervenção vai ajudar na contenção dos materiais e matéria orgânica que escorrem para o rio Sabor, e ao mesmo tempo na construção de ilhas flutuantes que vão ajudar a melhorar a qualidade da água do rio”, enfatizou.

Em 22 de novembro de 2022, data da apresentação desta iniciativa, o investigador do IPB Tomás de Figueiredo adiantava que o projeto vai aplicar metodologias no terreno que permitam “acelerar” a recuperação e restauro de ecossistemas situados nas encostas e que vertem para o rio Sabor. “Nas encostas que marginam com a albufeira da barragem do Baixo Sabor e que estão em risco de incêndios há ecossistemas mediterrânicos valiosos, e que estão identificados, em torno dos quais há toda uma atividade económica e agrícola associada às margens do rio”, vincava o especialista.

De acordo com o investigador, o restauro ecológico dos solos será alcançado através de operações de reflorestação que vão favorecer a fixação de carbono e de nutrientes no solo, impedindo a sua sedimentação para a albufeira dos Lagos do Sabor. “Será ainda garantida uma extensa monitorização de todas as intervenções do projeto, o que permitirá testar o seu contributo para o combate à desertificação e para a resiliência dos ecossistemas à seca”, concluiu o investigador. O prazo de execução do contrato é de 150 dias a partir da data da sua adjudicação.

ecológico

município

Inscrições decorrem até dia 1 de Setembro

Bayer apoia a décima edição do Concurso Nacional de Jovens Agricultores

A Bayer volta a apoiar o Concurso Nacional de Jovens Agricultores, uma iniciativa da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que vai já na sua décima edição. O concurso visa eleger o melhor Jovem Agricultor de Portugal, que representará Portugal no Congresso Europeu de Jovens Agricultores, no Parlamento Europeu. A participação é gratuita e as inscrições decorrem até dia 1 de Setembro.

O concurso, que conta ainda com o apoio da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), CONSULAI, New Holland e Repsol, visa reconhecer e dar visibilidade aos projetos promovidos por jovens agricultores em Portugal, promover a partilha de boas práticas associadas a projetos de investimento e envolver todas as entidades públicas e privadas para a promoção da importância dos Jovens Agricultores.

A entrega do prémio será realizada no dia 5 de setembro na Agroglobal, a maior feira agrícola nacional na qual estarão presentes representantes de toda a fileira do setor agroalimentar. O vencedor terá oportunidade de divulgar o que de melhor se faz no país, no Congresso Europeu, em Bruxelas, onde Portugal conquistou três vezes o galardão nos últimos anos, uma prova do dinamismo, da inovação e qualidade da agricultura portuguesa.

quer replicar produção agrícola mundial à escala em terreno de Odemira

O projeto Global Field, que replica a produção agrícola mundial em dois quilómetros quadrados, pretende instalar-se em Odemira com foco na água, disseram vários responsáveis, após uma nomeação para os prémios Novo Bauhaus Europeu. “A ideia é que este espaço do Global Field [campo global] possa ser localizado num espaço facilmente acessível ao público, mais centralizada, e é esse debate que vamos iniciar agora, entre setembro e outubro”, disse o coordenador português do projeto, Diogo Coutinho, da associação Project Earth.

O objetivo é que o futuro campo seja um “‘playground’ [recreio] educativo, de sensibilização, de diálogo e de debate onde se podem proporcionar uma série de conversas sobre água, sobre solo, sobre biodiversidade e sobre comunidade, nas suas várias dimensões”.

O projeto replica o modelo dos Campos Globais iniciado pela fundação alemã Zukunftstiftung (Fundação para o Futuro) no bairro de Pankow, em Berlim, que se replicou em vários outros países, mas também na Alemanha, como é o caso de Rothenklempenow, no estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental (nordeste).

O projeto de Rothenklempenow, do Centro Regional de Especialização em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Lagoa de Estetino (RCE Stettiner Haff), está nomeado para o prémio do tema “Formar um ecossistema industrial circular e apoiar pensamento sobre o ciclo da vida”, na categoria “Campeões da Educação” do Novo Bauhaus Europeu, iniciativa da Comissão Europeia lançada em 2021.

Em apenas dois quilómetros quadrados Projeto

Com 43 aderentes e mais de 50 experiências únicas

Lançada em Castelo Branco a Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal

A Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal é uma oferta turística sustentável e identitária, que tem como produto âncora os queijos com DOP da região Centro, e que convida todos os turistas a mergulharem numa experiência imersiva onde poderão vestir a pele de pastores e acompanhar os rebanhos, experienciar a ordenha, participar em workshops de confeção de queijos, visitar queijarias, realizar provas de degustação e experiências gastronómicas. Estas propostas estão, ainda, complementadas por outras experiências igualmente únicas, tais como visitas a museus, fábricas de burel, trilhos, castelos e aldeias.

Patrícia Coelho, presidente da InovCluster, referiu que esta rota disponibiliza “produtos e experiências tangíveis, diferenciadoras, únicas e de valor acrescentado que envolvem em si uma profunda ligação aos territórios”. Com este projeto pretende-se comunicar de forma estruturada e em rede, por forma

a ganhar escala e alcançar melhores resultados na captação de novos fluxos turísticos.

Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, reforçou a importância de estruturar produto, “tendo bons recursos, podemos estruturar bom produto e é na estruturação de produto que nós temos condições de chegar, para mim, à condição e à última variável mais importante desta apresentação que é a componente das economias, da economia dos produtores, a fileira dos produtores, do seu acesso ao mercado interno e muito em particular aos mercados internacionais, com uma nota especial, esta Rota e queijo DOP faz-nos caminhar para um ativo que ainda hoje precisamos continuar a trabalhar que é o valor justo por produto que o mercado pode absorver.”

A rota pretende, assim, contribuir para melhorar a atratividade do destino, estimulando a economia local e sendo uma excelente oportunidade para o desenvolvimento de território de baixa densidade.

Leopoldo Martins Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, destacou ainda “o apoio aos agricultores e aos produtores que se faz a partir do InovCluster e do CATAA. Os nossos investigadores têm contacto de proximidade com esses produtores, iden-

Foi apresentada pela InovCluster, em Castelo Branco, uma nova rota para descobrir na Região Centro. Conta já com 43 aderentes, nove roteiros e mais de 50 experiências únicas, a Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal convida a abraçar tradições e sabores. O denominador comum são os queijos com Denominação de Origem Protegida (DOP) do Centro de Portugal: Queijo Serra da Estrela, Queijo Beira Baixa e Queijo Rabaçal.

tificam as suas necessidades, perspetivam aquilo que são as suas intenções de maximização destes produtos e ajudam a definir caminhos na melhoria dos mesmos.” De igual forma, a rota visa sensibilizar para a impor tância de consumir Queijos com DOP do Centro, produ tos altamente diferenciadores e de valor acrescentado, detentores de um património único, com uma profunda ligação ao saber fazer das suas gentes e com uma enor me importância para a economia de territórios de baixa densidade, assim como, para a preservação de paisagens, tradições e sabores.

A Rota foi apresentada pela diretora executiva da Ino vcluster, Christelle Domingos, que anunciou uma forte es tratégia de comunicação, por forma a que “chamar turistas para o nosso território seja uma realidade”. Reforçando ain da o desenvolvimento de uma campanha nas redes sociais, a produção de uma brochura para distribuição nos postos de turismo, a presença em canais de televisão e rádio, assim com a realização de Press Trips. Esta rota pode ser já consultada a partir dos respetivos website e APP que foram apresentados em primeira mão no evento e que quer ser o braço direito dos visitantes do território.

A InovCluster pretende trabalhar no sentido de procurar novas linhas de financiamento e novas estratégias em parceria, que sejam um fator impulsionador para que novos agentes integrem o projeto.

O projeto Rota Turística e Gastronómica Queijos da Região Centro é promovido pela InovCluster e financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito do programa Valorizar e vem complementar o trabalho desenvolvido pelo Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro.

Festival Terra Transmontana 2023

O Festival Terra Transmontana está de regresso ao “coração” da Vila de Mogadouro. Entre 21 e 23 de julho, a bússola aponta para esta “Terra Trasmontana”.

“É com enorme alegria e satisfação que anunciamos o reencontro, com a garantia plena de artistas e público às ruas da zona histórica da vila”, refere a autarquia transmontana em publicação no seu site.

“Os ofícios, as tradições, a gastronomia, as sonoridades da região, são um conjunto de atividades que pretendem valorizar tudo o que é história e o que levou a Mogadouro, a ser aquilo que é hoje”, refere a autarquia transmontana. Além disso, “pretende-se também proporcionar oportunidades de mostra e comercialização de produtos locais, com diversas tendas e bancas de expositores”.

Recriação Histórica do Recontro de Valdevez de 1141 regressa a 8 e 9 de julho

O Recontro de Valdevez é um momento referencial da história de Portugal que em 1141 colocou frente-a-frente os exércitos de Afonso Henriques, futuro primeiro rei de Portugal, e os do seu primo Afonso VII de Leão e Castela.

Este fantástico momento do nosso passado coletivo é novamente celebrado este ano através da quinta edição da Recriação Histórica do Recontro de Valdevez, que ocorre a 8 e 9 de julho em Arcos de Valdevez, no Paço de Giela, numa organização do Município arcuense.

É uma verdadeira viagem à Idade Média e ao século XII, com dois dias cheios de dança, música, gastronomia e muita História ao vivo, com ponto alto em ambos os dias, pelas 22h00, na produção de grande escala que envolve dezenas de figurantes e que durante 60 minutos recria este importante momento histórico da formação de Portugal, naquele que é o único torneio/bafordo documentado na História medieval portuguesa.

Ficabeira com inscrições abertas

A quadragésima edição da FICABEIRA - Feira Industrial, Comercial e Agrícola da Beira Serra vai realizar-se entre os dias 6 e 10 de setembro, em Arganil, para mostrar aquilo que de melhor se faz no concelho e na região, nos sectores da indústria, comércio, agricultura e associativismo. Aliando a tradição à inovação e à cultura, apresenta também um programa pautado pela animação e entretenimento, com nomes maiores da música nacional. Neste âmbito, a Câmara de Arganil tem abertas as inscrições para expositores nas diversas áreas.

Seminário “Elementos para a Floresta e a Paisagem na Região da Beira Interior” realiza-se no Fundão

No âmbito do projeto Projecto Scapefire, irá ter lugar, no dia 13 de julho, a partir das 14h30, na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, o seminário “Elementos para a Floresta e a Paisagem na Região da Beira Interior. Como os Municípios podem beneficiar o futuro da região”, organizado pelo Município do Fundão e pela ARS Investigação e Desenvolvimento.

Este seminário pretende dar a conhecer alguns dos principais resultados do Projecto Scapefire, incluindo o contributo das formações florestais naturais do território da Beira Interior na valorização das suas múltiplas funções e usos.

O Projecto Scapefire, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia entre 2019-2023, desenvolveu estudos de ordenamento de espaço rural de modo a contribuir para a prevenção dos incêndios rurais, atendendo à sustentabilidade ecológica, económica e social da paisagem.

Festival do Pastel de Molho da Covilhã regressa em julho

A segunda edição do Festival do Pastel de Molho da Covilhã regressa este ano, entre os dias 7 e 9 de julho, com mais um dia de certame e um programa que une este produto gastronómico típico do concelho à tradição etnográfica e musical.

Numa organização conjunta da Câmara da Covilhã, Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho e Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), o evento visa promover e valorizar a marca registada Pastel de Molho da Covilhã. Ao longo dos três dias, a partir das 18 horas, vai instalar-se no Jardim das Artes e contará com oito espaços de venda desta iguaria.

Depois de, em 2022, ter alcançado a marca dos 4.000 pastéis vendidos ao longo de dois dias, este ano a aposta é reforçada e a expectativa passa por duplicar esse número. A promoção e divulgação também serão reforçadas, explicou a vereadora da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, na conferência de imprensa de apresentação do certame. “A primeira edição foi a celebração de uma conquista, que teve a ver com a certificação do Pastel de Molho da Covilhã, e esta segunda vai continuar a consolidar o caminho de valorização e promoção”, afirmou.

Além da gastronomia, o programa também inclui uma componente musical e etnográfica, havendo, em cada um dos dias, uma atuação musical, que está marcada para as 21,30 horas.

Feira do Cavalo atrai a Ponte de Lima afinados nacionais e internacionais

A Feira do Cavalo de Ponte de Lima está de regresso a Ponte de Lima, com a sua décima quinta edição. O evento hípico vai decorrer nos dias 6 a 9 de julho, na Expolima, e recebe este ano o Campeonato do Mundo de Equitação de trabalho.

O certame que catapultou a Vila Mais Antiga de Portugal como um destino equestre internacional e a capital deste desporto, é um projeto que traz valor e reconhecimento à região. Segundo a organização, para além dos concorrentes, atrai também a Ponte Lima aficionados de todo o país e estrangeiro que ativam o turismo, assim como também do “turismo a cavalo”, ou seja, cavaleiros que participam nas várias competições do evento, com destaque para o Campeonato do Mundo de Equitação de trabalho, Taça de Portugal de Dressage e Final do Campeonato Nacional de Horseball.

A Feira do Cavalo é cada vez mais procurada por profissionais e aficionados da modalidade, consolidando-se como um evento de referência. O destaque internacional da feira é mais uma evidência de que o investimento no desporto equestre traz resultados. O tópico equestre é um fator de promoção de toda a região, uma vez que a movimentação de turistas internacionais agita o tecido empresarial limiano de forma vincada.

Ponte de Lima é, assim, uma das capitais portuguesas da cultura equestre, distinguindo-se como um destino equestre internacional. Destaca-se o próximo evento, que são os Jogos Equestres, de 17 a 20 de agosto.

Certame vai decorrer de 6 a 9 de julho, na Expolima

Evento decorre de 1 a 30 de julho

Festival Côa percorre cinco concelhos do Vale do Côa

O Festival Côa - Corredor das Artes, na sua primeira edição, abrange diferentes expressões artísticas e vai decorrer em cinco concelhos do distrito da Guarda de 1 a 30 de julho.

“São 30 dias de programação diária e altamente variada num festival que procura conectar artistas com comunidades neste ambiente natural”, afirma a Rewilding Portugal, entidade organizadora do evento.

Sabugal (1 a 4), Almeida (5 a 10), Figueira de Castelo Rodrigo (11 a 16), Pinhel (17 a 23) e Foz Côa (24 a 30) são os municípios que acolhem a programação, promovida pela Rewilding Portugal, uma entidade privada sem fins lucrativos, com sede na Guarda, cuja missão é promover a conservação da natureza por meio de medidas de ‘rewilding’ (renaturalização)”.

“Ao longo de cada um dos cinco fins de semana, o festival conta com diversos espetáculos de música, dança, teatro, circo contemporâneo, arte de rua, ‘showcooking’, vídeoperformance, magia e muito mais”, segundo a nota. Ao mesmo tempo, “muitas serão as oficinais, caminhadas, aulas de desporto,

corridas artísticas e visitas de campo e de natureza também nesses dias”.

“Já durante a semana, o festival foca-se mais na sua componente natural e cultural”, realizando, entre outras atividades, visitas às áreas geridas pela Rewilding Portugal, visitas comentadas pelo património histórico da região, mostras de cinema ambiental, observação de vida selvagem e visitas às gravuras rupestres do vale do Côa.

Na área musical, “destacam-se grandes nomes em ascensão na música portuguesa nos últimos anos”, como Surma, Noiserv, Márcia, Criatura, Meta, La Baq e Metamito, além de “alguns veteranos nestas andanças”, por exemplo, Manuel João Vieira ou António Bexiga, bem como “jovens músicos e artistas que estão agora a lançar a sua carreira a nível nacional”.

“Todos os espetáculos do festival são totalmente gratuitos e sem bilhete necessário, sendo apenas preciso comprar bilhete e reservar lugar para as atividades à parte”, informa a organização.

Em destaque vai estar ainda o festival de cinema ambiental “Do(C)ôa Nature Film Festiva”, destinado a “premiar o que de melhor se faz em vídeo de natureza” em Portugal e distinguir “o melhor realizador e o melhor realizador jovem”, entre os 17 finalistas, que já foram selecionados.

No concelho de Gouveia, a 9 de julho

Pastores e rebanhos

participam na bênção do gado em Vila Franca da Serra

Pastores da Serra da Estrela, com mais de 100 ovelhas e cabras, são esperados no dia 9 de julho em Vila Franca da Serra, no concelho de Gouveia, para a cerimónia ancestral da bênção dos animais, anunciou hoje a Câmara Municipal.

“Com encontro marcado junto à capela de Santo António, em Vila Franca da Serra, pastores e rebanhos reúnem-se para a tradicional bênção (…), fazendo o devoto [um] pedido ao santo por boas pastagens com vista à boa alimentação, saúde e proteção do gado”, adianta em comunicado o município liderado por Luís Tadeu.

Ainda neste verão, o concelho de Gouveia vai acolher mais duas atividades no âmbito da mesma rede cultural: a transumância dos rebanhos de Vila Nova de Tazem, em dia de agosto a definir, e a romaria da Nossa Senhora de Assedasse, em Folgosinho, a 8 de setembro.

Grandes nomes sobem ao palco nas Festas do Senhor do Calvário

A população e os visitantes “são convidados a acompanhar os pastores e rebanhos com mais de 100 ovelhas e cabras numa caminhada de três quilómetros” na freguesia, cumprindo-se assim a tradição secular da transumância. “Esta tradição consiste no deslocamento sazonal de rebanhos para locais que oferecem melhores condições para o gado durante uma parte do ano. O termo é associado geralmente aos deslocamentos de gado ovino, com a chegada do verão, e à procura de pastagens ainda frescas”, segundo a autarquia.

As Festas do Senhor do Calvário, que decorrem em Gouveia de 10 a 14 de agosto, contam no cartaz musical com os Táxi, Carolina Deslandes, José Cid, Fernando Daniel e Ivandro. Segundo o município, esta é “a maior romaria das Beiras” e um certame que une a religião, as tradições e a cultura. “O concelho estará em festa, com um programa que unifica o culto religioso, a tradição, a cultura, a música e a animação, num evento único para quem visita a cidade e num ponto de encontro e regresso às origens para todos os gouveenses”, salientou a Câmara de Gouveia.

O programa começa às 15 horas com um concerto pela Banda Filarmónica da Boa Educação de Vila Cova de Tavares, seguindo-se a realização do percurso pedestre na localidade, às 16:30, dedicado desta vez ao “Ciclo do pão”, com os participantes a poderem conhecer melhor, também, todo o processo de obtenção do pão, “desde a ceifa do centeio até à cozedura”. Às 18 horas, de regresso à capela de Santo António, realiza-se a bênção dos rebanhos. A iniciativa é integrada na Rede Cultural Terras da Transumância, que envolve os municípios de Gouveia, Fundão, Castro Daire e Seia, nos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu, e a Agência de Desenvolvimento Gardunha 21. A participação nesta atividade etnográfica é gratuita e limitada a um máximo de 50 pessoas, devendo as inscrições ser efetuadas até 05 de julho.

A 10 de agosto sobe ao palco a banda de rock Táxi e, no dia seguinte, é a vez de Carolina Deslandes. No dia 12, realiza-se o XLVI Festival Internacional de Folclore de Gouveia, com o desfile etnográfico pelas ruas da cidade, seguido, à noite, da atuação de José Cid. Dia 13, o músico Fernando Daniel é o cabeça de cartaz e dia 14 atua o cantor Ivandro.

O programa contempla eventos paralelos, como a Feira Industrial, Comercial e de Artesanato de Gouveia (FICA), dedicada às atividades económicas e produtos locais, a Mostra Associativa, a Mostra de Gado Ovino e Caprino, a Festa do Livro, o Espaço Miniatura Automóvel ou os concertos de bandas filarmónicas.

Dando seguimento à vontade manifestada pelos oleiros e pelo poder local

Câmara de Tondela candidata Barro Negro de Molelos a Património Imaterial

A Câmara de Tondela apresentou uma candidatura do processo de fabrico do Barro Negro de Molelos ao Inventário Nacional de Património Imaterial, dando seguimento a uma vontade há muito manifestada pelos oleiros e pelo poder local.

A autarquia começou a preparar a candidatura em março de 2022, no âmbito da estratégia definida pelo executivo camarário, liderado por Carla Antunes Borges, que tem como prioridades o conhecimento, a salvaguarda e a valorização do património cultural, natural e humano locais.

Carla Borges explicou que “esta candidatura foi apresentada atendendo à importância que esta atividade tem quer na economia local, quer no fator identitário deste território” do distrito de Viseu. “A inserção da louça preta de Molelos no Inventário Nacional de Património Imaterial é condição essencial para preservar o saber fazer desta arte ancestral, ao mesmo tempo que trabalhamos num plano de salvaguarda a dez anos, que é fundamental para a sua preservação”, frisou.

Segundo a autarquia, “Molelos é uma das poucas localidades do país que se dedica à produção de

barro negro e é, provavelmente, aquela com maior vitalidade em Portugal nos dias de hoje”. “A freguesia é considerada um centro de tradição oleira desde o século XVIII, mas a cerâmica fez sempre parte do território”, acrescentou, explicando que a louça preta de Molelos se destaca pela cor negra, “resultante da cozedura redutora (soenga), pela decoração e pelo brilho das peças”.

Em Molelos há ainda em atividade sete oleiros, entre os quais duas mulheres, e serão estes artesãos que, caso a candidatura seja aceite, ficarão registados como os detentores deste saber fazer ancestral. Estes oleiros são responsáveis pela produção das peças cerâmicas (quer louça utilitária, quer objetos decorativos), pela sua cozedura e pela sua comercialização, situando-se as suas olarias em vários pontos da freguesia de Molelos, como Machorro, Vela e Raposeiras.

“É neste último lugar que a Câmara de Tondela, em parceria com a Junta de Freguesia local, promove, desde 2017, a soenga, um evento que reconstituiu, durante um fim de semana, o processo artesanal de cozedura da louça preta. Esta mostra já se tornou um marco cultural e turístico de excelência, atraindo à localidade gente de todo o país e até do estrangeiro”, sublinhou a autarquia. Este ano, e por intermédio do município, a louça preta de Molelos foi inscrita no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas.

Com música, cultura e o melhor da gastronomia

Festival Frango do Campo está de volta a Oliveira de Frades

Com atuações de Diogo Piçarra, HMB, Toy e muitos outros, o festival organizado pela Câmara Municipal de Oliveira de Frades, conta com o apoio da Campoaves e espera receber 30 mil pessoas entre 12 e 16 de julho.

A considerada “capital portuguesa do frango do campo”, Oliveira de Frades, recebe uma vez mais o Festival do Frango do Campo, com 05 dias de festa, atuações de artistas conhecidos do grande público e muita comida.

O cartaz está repleto de talento português e promete animar as noites quentes de verão e atrair visitantes de concelhos limítrofes e outras regiões do país.

em pratos difíceis de resistir.

“Somos muito orgulhosos da culinária portuguesa e das nossas tradições. Para nós, apoiar este evento é apoiar a nossa história e a sua evolução. É fomentar a cultura e produção local, e contribuir para que expanda cada vez mais horizontes”, comenta André Temudo, Senior Brand Manager da Campoaves. “Além disso, pretendemos também que mais pessoas descubram os sabores do frango do campo, que tem produção certificada, saudável e de alto valor nutritivo e que na sua produção respeita o bem-estar do animal assim como o meio ambiente”, complementa André Temudo.

A abrir a primeira noite do Festival Frango do Campo, o público irá receber o Toy e a Banda Tricôt & Friends; o Bispo, a Banda Voto Nulo e o DJ Miguel Henriques serão os responsáveis pela animação do palco na segunda noite; HMB, DJ The Boss e DJ João C estarão a cargo da oferta musical do terceiro dia; Diogo Piçarra, DJ Peter Sky e DJ Guest irão animar a penúltima noite; e, por fim, a festa termina em grande no dia 16 de julho com um Queen Tribute by Kind of Magic e um espetáculo piromusical que encerrará esta edição do festival.

Fora do palco, a grande aposta deste ano será reforçar a versatilidade da estrela do Festival, o Frango do Campo. Para isso, a organização preparou os “Showcooking by Campoaves”, o espaço dedicado à partilha de novas e surpreendentes receitas, levadas a cabo por chefs convidados, como é o caso do Chef Pedro Pinto, que trará toda a sua sabedoria sobre o Frango do Campo,

A Praça da Restauração será reestruturada e colocada numa localização ainda mais nobre, repleta de restaurantes, tasquinhas e mais de 50 stands que irão confecionar o que de melhor se faz na região: o frango do campo.

Pensadas para toda a família, as festas do concelho enaltecem não só a cultura local com os produtos artesanais, confrarias e receitas que remetem todos os visitantes à casa dos avós, misturar a tradição com a atualidade. Nesta edição, a organização espera ainda mais visitantes do que nos anos anteriores devido ao aumento na oferta gastronómica, um cartaz ainda mais cativante e até a transmissão em direto no programa Somos Portugal.

O Festival, que contará com espaço de restauração, área infantil, concertos e comércio, será de 12 a 16 de julho, em Oliveira de Frades. Poderá encontrar mais informações no website do Festival Frango do Campo.

Em Mira, de 21 a 25 de Julho

Fernando Daniel e Quim Roscas e Zeca Estacionâncio são cabeças de cartaz nas Festas de São Tomé

A banda D.A.M.A, Fernando Daniel, T-Rex e Quim Roscas e Zeca Estacionâncio são cabeça de cartaz das Festas de São Tomé, que decorrem de 21 a 25 de julho, no Jardim do Visconde, em Mira.

“Esperamos ter os números de sucesso do ano passado. Temos um cartaz diversificado, de uma faixa etária mais nova à faixa etária mais velha. Tentámos ser abrangentes”, disse hoje, na conferência de imprensa de apresentação do cartaz das festas deste ano, o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida.

O evento, com entrada gratuita, além da programação noturna vai ter, no período diurno, exposições, atividades desportivas e atividades culturais, como, por exemplo, a apresentação de um livro. Pelas 23 horas, sobem ao palco principal a banda D.A.M.A (dia 21), Fernando Daniel (dia 22), T-Rex (dia 23), Quim Roscas e Zeca Estacionâncio (dia 24) e duas bandas filarmónicas que vão atuar à desgarrada, seguindo-se um espetáculo piromusical (dia 25).

Já no palco das tasquinhas estarão o Grupo Folclórico de Portomar e os Filhos da Madrugada (dia 21), o Grupo Folclórico Varandinhas de S. Bento, o Grupo Folclórico do Poço da Cruz e os Picadinhos da Concertina (dia 22). O Grupo Folclórico da Casa do Povo de Mira e o Grupo Taboeira sobem ao palco no dia

23. No dia seguinte, será a vez do Grupo Folclórico Flores Vivas do Seixo e Tangerina não é Clementina, sendo que, o último dia do certame, 25 de julho, vai ter, no mesmo palco, a atuação de Gurillaz Dance Crew e Colibry.

As festas vão ter áreas infantil e desportiva, uma área de carrosséis e uma zona para as tasquinhas, com designadamente seis associações a confecionarem pratos regionais e gandareses.

O dia 23 de julho deverá ser marcado com uma homenagem aos funcionários do município de Mira e, no dia seguinte, haverá um momento de inauguração da requalificação do órgão de tubos, que é, “provavelmente, o património histórico-cultural mais antigo que Mira tem”, sublinhou o vereador com o pelouro dos Eventos e Animação, Tiago Cruz.

O evento, organizado pela Câmara de Mira, tem “crescido”, atingido este ano um número recorde de cerca de 100 expositores, entre tasquinhas, stands e terrados. Relativamente a esses espaços, houve um “crescimento de cerca de 20%” face a 2022, no entanto, face 2019 o aumento é “mais de 50%”, sublinhou. Este progresso está originar um problema que tem a ver limitação física do espaço. De acordo com o presidente da Câmara de Mira, a solução passará, certamente, pelo alargamento da área já ocupada para o lado da zona “junto ao cemitério e do Centro de Saúde”, medida que, deverá de ser avaliada.

O orçamento para as Festas de São Tomé de 2023 é de cerca de 160 mil euros.