A Queda dos Tempos ou O que Significa Ser Eterno
Wellington Vinícius Fochetto Junior1
O cara não tem muito o que fazer: já lecionou de manhã, numa escola muito legal, cheia de gente boa e interessante. Viu rostos atentos, sonolentos, impacientes, rostos diferentes. Levou seu amorzinho ao veterinário, para trocar de curativos. A clínica, recém reformada, promete melhor acomodamento. O ruim são os fumantes que, lá fora, não se sabe se por falta de noção ou de educação mesmo, resolvem poluir o ambiente por conta dos vitrôs abertos. Smoke from Hell, man. Eat it!
Então o cara resolve ensaiar uma crônica com o título bem característico de “Ser Eterno”. E vai falar do que mesmo, xará? Ah, tá. Muda aí, né? Melhor, sabe? Ele lembra de “Al Qaeda e o que significa ser moderno”, de John Gray, professor de pensamento europeu (rapaz, quando eu li isso na orelha da quarta capa de “Cachorros de Palha”, logo pensei comigo: “como pode haver um ‘pensamento europeu’? Seria, pois, possível, generalizar uma linha de pensamento, tornado europeu, sei lá?) na London School Of Economics...
Como o dia do escritor foi marcado por “Nightmare”, do Avenged Sevenfold (muitos de seus alunos adoram essa banda nova, exatamente pela sua
1
Publicitário profissional, professor da rede municipal de Poá/SP (Língua Portuguesa) e autor de diversos textos avulsos, alguns livros para publicar e uma paixão pelo gênero crônica.