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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PILOTOS DE HELICÓPTERO 8a EDIÇÃO JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2014

O QUE MUDA NA TMA-SP OS DETALHES DA AIC 23/13: AS REHS, ALTITUDES DE VOO E AS DICAS DO SRPV-SP AOS PILOTOS

BIÊNIO 2014/16 ABRAPHE ELEGE NOVA DIRETORIA

HELI-EXPO 2014 AS AERONAVES DESTAQUES E A PRESENÇA DA ABRAPHE EM ANAHEIM

CAI NÚMERO DE ACIDENTES COM HELICÓPTERO EM 2013

abraphe.org.br


Rodrigo Duarte

ÍNDICE

EDITORIAL 04 PALAVRA DO PRESIDENTE

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NA INTERNET

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CURTAS 07 CAPA 08 HAI 2014

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INOVAÇÃO 20 CAPACITAÇÃO 22 TURBINADO 26 INSTRUÇÃO IFR

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MOBILE 32 SEGURANÇA DE VOO

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ELEIÇÃO 36 HOMENAGEM 38 Agusta A 109 Trekker Painel 3


Editorial A primeira edição do ano da nossa ABRAPHE On Air é especial, porque marca uma fase inédita na história da entidade, ao mesmo tempo em que trafega entre o presente e o futuro, com despedidas, homenagens e expectativas para o setor em 2014. Pela primeira vez uma diretoria é eleita pelos associados com duas Chapas concorrentes para a Direção e Conselho Fiscal, o que reforça o crescimento e reconhecimento da ABRAPHE como representante dos pilotos de helicóptero de todo País. Também estão nesta 8ª edição da ABRAPHE On Air, os lançamentos em aeronaves e equipamentos que foram destaque na última Heli-Expo, realizada no final de fevereiro, na Califórnia, as mudanças na TMA-SP, que deixaram os pilotos em alerta desde que anunciadas e em vigor em dezembro do ano passado, o que justifica o tema em detalhes na nossa reportagem de capa e mais informações sobre instrução IFR. Como

não poderia faltar, menção especial para as nossas Aviadoras, neste março em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as boas vindas à nova diretoria do cmte Rodrigo Duarte, que assina sua última Palavra do Presidente neste mandato, e, claro, prestar nossa última homenagem póstuma ao saudoso cmte Domingos, falecido no final de 2013. Pilotos apertem os cintos e preparem-se para um voo repleto de Razão e Emoção.

Boa Leitura a todos!

DIRETORIA: Presidente: Rodrigo Duarte Vice - Presidente: Hoel Carvalho Secretária - Geral: Vera Berthault Diretor Administrativo Financeiro: Luciano de Oliveira Diretor de Associados: Eduardo Seehagen Diretor de Comunicação: Divaldo de Oliveira Diretor Técnico, Operações e Segurança de Voo: Isidoro Mekler Diretor de Instrução e Disciplina: Domingos de Souza (em memória) Diretor de Relações Públicas: Ruy Flemming 1° Suplente: Marcelo Micchi Regional RJ: Gustavo Ozolins Regional BH: Theo Coelho CONSELHO FISCAL:

abraphe.org.br

Presidente: Geoci Leonar Barbosa 1° Conselheiro: Marco A. A. Infante 2° Conselheiro: André Danita Suplente: André Barão EQUIPE: Ricardo Martins Willian Farias Roberta Gabriel

Capa Sikorsky S97

ASSESSORA DE IMPRENSA E JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carolina Denardi - Mtb 28205

Fotografia: Rodrigo Duarte

Contato / Assinatura

Rodrigo Duarte DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: marciovillar.com.br

ABRAPHE - Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero

IMPRESSÃO:

Avenida Olavo Fontoura, 1078 - St. C - Lt. 07

NYWGRAF - http://www.nywgraf.com.br

Hangar da Go Air - Santana - São Paulo - SP - CEP 02012-021 Tel.: +55 11 2221-2681 | FAX: +55 11 2221-1348

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REDAÇÃO E PRODUÇÃO:

A PALAVRA DO PRESIDENTE

Um ciclo se fecha Ter sido presidente da ABRAPHE nestes últimos 03 anos foi um enorme desafio que me obrigou a exercitar a criatividade, perseverança e humildade de maneira constante. Compartilhar vitórias, derrotas, alegrias e tristezas com todos foram momentos que para sempre ficarão guardados em minha memória. Os inúmeros comentários que ouvi a respeito desse tempo todo a frente de nossa associação e também com os pedidos para que eu não saísse me deixaram muito lisonjeado, porém precisamos dar continuidade ao trabalho até aqui feito para que possamos manter nosso vetor de crescimento. Sangue novo, ideias novas, vontade renovada... São os ingredientes para que o futuro da ABRAPHE possa seguir de maneira brilhante e que com toda a certeza continuará a ser assim. Gostaria de agradecer a diretoria que fez parte desse trabalho, aos funcionários que nos ajudam todos os dias, a todos os pilotos e empresas associadas pela confiança depositada em nosso trabalho e dizer que sem esse apoio o crescimento da entidade e a disseminação de nossa filosofia de segurança de voo não seriam possíveis de serem realizadas de maneira tão grandiosa e ostensiva. Voltamos a ABRAPHE para servir aos pilotos de helicóptero em todas as suas necessidades e agregar valor aos fabricantes e prestadores de serviço relacionados ao nosso mercado para que pudessem expor seus produtos e trabalhos a fim de orientar os pilotos para que saibam o que há por trás de um “cíclico e coletivo”.

RODRIGO DUARTE PRESIDENTE DA ABRAPHE

Peço desculpas também a aqueles que por algum motivo tenham se sentido desamparados ou que não foram plenamente atendidos pela nossa entidade ou por mim pessoalmente.

Tentamos fazer o nosso melhor! Sei que a nova diretoria, pela primeira vez eleita através do voto dos associados, será capaz de continuar o crescimento da ABRAPHE e devemos todos nós apoiá-los e participar de todas as atividades desenvolvidas. O respeito e a confiança que a ABRAPHE tem diante os olhos de toda a comunidade aeronáutica é reconhecida por todos. Afinal, não é a toa que somos a maior associação de pilotos de helicópteros civis do mundo. Saímos tranquilos e com a sensação do dever cumprido. Com algumas derrotas, mas com grandes vitórias. Estaremos sempre prontos a apoiar os novos diretores e torcemos para que façam uma administração melhor que nossa, afinal, o benefício sempre será em prol de todos nós.

Obrigado! 5


NA INTERNET

CURTAS ANAC certifica Bell 429 WLG A Bell anunciou no final de janeiro a certificação inicial do 429 WLG pela ANAC e Agência de Transporte do Canadá. A aeronave adiciona mais flexibilidade operacional à capacidade avançada do Bell 429 devido ao trem de pouso retrátil. Com um alcance de 412 milhas náuticas e velocidade de 153 nós, a fabricante garante ao Bell 429WLG desempenho excepcional em voos por instrumento.

SEM PAPEL O sistema Electronic Flight Bag (EFB) a bordo das aeronaves permite que a tripulação execute tarefas de gerenciamento de voo com mais eficiência e sem a necessidade do uso das publicações impressas. O DECEA tem incentivado o uso do sistema e estimulado a troca de informações sobre o tema com vistas na segurança de voo.

As apresentações já estão disponíveis na internet. Confira em

Como antecipado na última edição da Abraphe On Air, na seção curtas, no final de 2013, o DECEA reuniu autoridades e as associações representativas do setor, ABRAPHE, IATA e APPA em workshop sobre o tema no ICA – Instituto de Cartografia Aeronáutica.

http://www.decea.gov. br/2013/11/29/workshopapresenta-solucoes-paperlesspara-o-gerenciamento -de-voo/

Helipark é destaque em manutenção Pelo 4º ano consecutivo (2011-2014), o Helipark recebe classificação máxima na avaliação de qualidade realizada pela Bell Helicopter. O novo ranking foi divulgado no primeiro trimestre deste ano e posiciona novamente o Helipark como a única oficina Platinum do Brasil, atestando que a empresa atende a todos os requisitos de excelência exigidos pela fabricante. O Selo Platinum depende da obtenção de nota máxima em uma série de avaliações, incluindo qualidade de equipe técnica, ferramentas específicas e comuns, organização, registros, infraestrutura, normas e procedimentos.

Ada Rogato - pioneira no Brasil

Parabéns, aviadoras! Neste mês de março em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a ABRAPHE homenageia todas as aviadoras, que cada dia mais emprestam seu charme a frente dos comandos de helicópteros de pequeno, médio e grande porte, do executivo ao offshore. O número de licenças para mulheres tem aumentado ano a ano, tendo dobrado em menos de dois anos. A tendência é incrementar ainda mais este universo, que segundo os dados da ANAC de janeiro deste ano, já representa 422 licenças em atividade, só na asa rotativa.

AW 189 recebe certificação da EASA No último mês, a Agência Europeia para Segurança da Aviação (EASA) certificou a nova geração do AW189, o que valida sua produção menos de três anos após a apresentação do AW189, em 2011, durante a Paris Air Show. Voltado ao setor offshore e missões SAR, como anunciado na última edição da ABRAPHE On Air, a aeronave, de acordo com a fabricante, já recebeu 130 encomendas ocupando lugar de liderança em seu segmento.

Parceria Anhembi-Morumbi Associados ABRAPHE e dependentes passam a contar a partir do 2º semestre com desconto de 20% nas mensalidades para as novas matrículas. O aumento no percentual de desconto é resultado do trabalho da diretoria nos últimos meses junto a Universidade para assegurar benefícios e trazer melhorias aos associados. Matriculados, para acesso aos documentos necessários para a efetivação do desconto junto à sua mensalidade contate a sede da Abraphe, fale com a Roberta cadastro@abraphe.org.br.

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Piloto, atualize seu cadastro na ABRAPHE PPH, PCH, PLAH, aluno entre em contato com a ABRAPHE e atualize seu cadastro. É rápido e facilita o acesso às informações e contato com a entidade. Informe seu nome completo, se é piloto ou aluno, telefone e email. Pode ser por email (cadastro@abraphe.org.br), na página da Abraphe no Facebook, enviando uma mensagem ou ainda, se preferir, por telefone ou pessoalmente, na própria ABRAPHE. Esperamos o contato de vocês.

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CAPA Por WASHINGTON LUIZ PEREIRA DOS SANTOS - capitão especialista em controle de tráfego aéreo, chefe da subdivisão de aeródromos do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo

A NOVA CIRCULAÇÃO VISUAL PARA HELICÓPTEROS NA TMA-SP AIC 23/13 altera REH e altitudes de voo na capital além de estabelecer novas frequências de comunicação

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), com foco na segurança de voo, publicou a nova circulação visual na Terminal de São Paulo (TMA-SP), que entrou em vigor no último dia 13 de dezembro. As mudanças foram propostas pelo Serviço Regional de Proteção de Voo (SRPV-SP), com vistas a atender a uma série de demandas que exigiam uma reestruturação das Rotas de Aviões e de Helicópteros até então existentes. Este artigo versa somente sobre as modificações trazidas para as Rotas Especiais de Helicópteros, embora a nova Circular verse também sobre as ro-

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ABRAPHE reúne centenas de pilotos em auditório para palestra do SRPV-SP e esclarecimentos de dúvidas sobre a nova TMA-SP na véspera da entrada em vigor, em 12/12

tas para Aviões. Para fins didáticos, foram expostas algumas dicas e advertências ao leitor.

Novas Altitudes Como primeiro fator, foi verificada a necessidade de modificações das altitudes das Rotas Especiais de Helicópteros (REH) em face do surgimento de construções, notadamente residenciais e com alturas não comuns em certos bairros, como, por exemplo, ao longo das ferrovias que cortam a cidade, destacando-se o trecho Lapa-Brás, exatamente onde se encontra grande parte da REH Marte, a qual detém um dos maiores volumes de tráfego de helicópteros.

Neste particular, é exigido pelos Regulamentos do DECEA (Portaria nº 256/GC5, ICA 63-19, CIRCEA 10054) que, onde exista rota aérea, deverá ser observada determinada separação vertical mínima entre sua altitude nominal e as implantações mais altas sob ela existentes. Uma vez definida esta altitude, futuros empreendimentos só poderão ser construídos desde que observada esta limitação. O fato é que, anteriormente às modificações em apreço, muitas solicitações de construções de prédios sob as REH vinham recebendo pareceres desfavoráveis do SRPV-SP por violarem os mínimos acima apontados. A Prefeitura Municipal de São Paulo, com

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CAPA

PENSE SUPORTE & SERVIÇOS O nosso Centro de Suporte ao Cliente oferece manutenção, logística, assistência técnica e treinamento, para que seus helicópteros estejam sempre disponíveis. Helibras - pronta para servi-lo 365 dias por ano.

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Rotas especiais para aeronaves sob TMA São Paulo 1

vistas à redefinição do adensamento urbano, efetuou consultas neste Regional a fim de verificar a readequação das rotas com a condição de que não houvesse prejuízos operacionais ao tráfego aéreo. Desta forma, após estudos, verificou-se que um aumento médio em torno de 200 pés em quase todas as rotas permitiria ao Poder Público dar seguimento ao seu

projeto de reurbanização da cidade de São Paulo, e sem que houvesse qualquer impacto em demais circulações aéreas (VFR e IFR de aviões). Simultaneamente à solução para as futuras construções, de uma forma geral, a elevação na altitude de voo dos helicópteros nas REH tem contribuído (conforme ratificado por moradores, ressalvadas algumas colocações de associações de moradores) para

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uma melhora na redução do ruído em bairros costumeiramente sobrevoados com maior intensidade por estas aeronaves. Assim, sobre a questão do ruído, o máximo de esforço foi envidado pelo SRPV para a manutenção das REH, em sua maioria, sobre grandes avenidas, ferrovias e leitos de rios. Conjugadas a este pressuposto, a elevação das altitudes cumpriu com o papel de melhorar este impacto ambiental no redesenho da estrutura deste espaço aéreo. Entretanto, a desobediência desses trajetos e altitudes por parte de alguns pilotos, seja por falta de conscientização ou configurando violações propriamente ditas, vem fazendo com que as reclamações dos cidadãos permaneçam insistentes.

CSC - Centro de Suporte ao Cliente 0800 330 9797 0300 555 9797 - AOG Desk

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CAPA Avenida Paulista Dentre as diversas modificações nas REH em São Paulo, a extinção da rota da Avenida Paulista foi uma das mais expressivas. Esta decisão foi necessária por não ser mais possível definir uma altitude fixa em REH em face das antenas cada vez mais altas no setor e por este ser um dos locais mais elevados da cidade. Devido às condições meteorológicas, o teto tende a restringir mais facilmente as operações do que em outros setores. Assim, a decolagem de qualquer heliponto, ou o pouso, continuam sendo permitidos. A diferença é que será preciso fazer trajetos alternativos, tais como o da Avenida Brasil, uma vez que a rota da Paulista está no caminho de decolagem de aviões que partem do Aeroporto de Congonhas, quando em operação da pista 35. Como é de conhecimento geral, Congonhas chega a ter um pouso ou uma decolagem de avião a cada um minuto e meio nos horários de pico.

Área do Controle de Helicópteros Dentro da Área do Controle de helicópteros (quadrilátero de 5NM X 6NM contíguo à cabeceira 17 R de Congonhas), onde também se observam modificações em altitudes das REH na nova AIC, algumas determinações novas foram inseridas, como, por exemplo, a proibição de entrada no setor sem que o motivo para tal seja o pouso em helipontos localizados na Área de Controle (ressalvadas algumas exceções), restrições de locais para se efetuar 360º quando do aguardo de pouso dos jatos em Congonhas para depois cruzar o eixo da pista 17R, e obediência a manter-se estritamente sobre o leito do rio quando na REH PINHEIROS. Todas estas alterações possuem dois vieses: primeiro, garantir que o Controle de Helicópteros (Posição Operacional da TWR-SP) mantenha seu grau de segurança na prestação do serviço ATC e, segundo, que haja a redução de ruído em vários bairros sob estas rotas. Essas restri-

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ções foram muito bem recebidas por controladores de tráfego aéreo e também por moradores que costumavam endereçar reclamações ao SRPV-SP.

Rodovias Bandeirantes, Anhanguera e Torre Jundiaí A Rota Especial de Helicópteros Bandeirantes foi extinta devido a não existência de separação entre esta e a REA (Rota Especial de Aviões) Juliett - [REH BANDEIRANTES a 3500’ versus REA JULIET a 3600’]. Em dias com teto baixo, a tendência era que os aviões na REA JULIET buscassem condições VMC e, desta forma, desciam para altitudes abaixo de 3600’, adentrando na REH BANDEIRANTES. Como alternativa, optou-se pela criação da REH Anhanguera-Sul, que é paralela à rodovia Bandeirantes, havendo entre elas o Pico do Jaraguá. Realmente o voo na Anhanguera não é dos mais confortáveis, devido às muitas curvas e morros mais próximos, mas foi a opção que reduziu de forma mais considerável os riscos de AIRPROX (pouca separação) entre aeronaves, conforme acima comentado. Já a REH Anhanguera, da revogada AIC 05-10, foi extinta no trecho de Jundiaí em decorrência da solicitação da Prefeitura Municipal de Jundiaí para liberar construções junto à Rodovia, além de solicitações da TWR-JD, devido a impactos operacionais naquele aeroporto, entre aeronaves decolando e o tráfego de helicópteros no extinto corredor. Desta forma, foi criada a REH Jundiaí, que passa sobre aquela cidade consideravelmente afastada do Aeroporto. Para ingresso nesta REH, deve-se manter a frequência de coordenação em 135,675 Mhz. A atual REH Anhanguera-Norte, possui a mesma configuração do trecho Norte da REH Anhanguera, da revogada AIC 05-10.

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CAPA FIQUE ATENTO DICA 1: evite que o tráfego de helicópteros seja judicializado em São Paulo. Em 2012, o Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com um pedido de lacração dos hangares dos helicópteros utilizados nos sobrevoos do Corcovado, devido a baixa altura com que aconteciam sobre as residências no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. O pleito foi atendido pelo Poder Judiciário e somente após um Termo de Ajustamento de Conduta é que a atividade retornou, com uma série de restrições. É de crucial importância a observância da estrutura de rotas de helicópteros, sugerindo-se que o abandono das REH em direção aos helipontos seja realizado no ponto que traga o menor impacto de ruído para a população e que as altitudes sejam cumpridas a risca. DICA 2: fora das REH, deverá ser mantida a altitude de 500 pés sobre o maior obstáculo, num raio de 600 metros no entorno da aeronave (ICA 100-4). ADVERTÊNCIA 1: tanto o Ministério Público Estadual quanto o Federal abriram inquérito civil para apurar as questões de ruídos provocados pelo deslocamento de helicópteros na cidade de São Paulo. O MPE está cuidando de questões de evolução de helicópteros nos helipontos ao passo que o MPF analisa os deslocamentos destas aeronaves nas rotas. Foram realizadas audiências com representantes do SRPV e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em ambos os Ministérios, com desfecho a saber.

Links úteis:

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ADVERTÊNCIA 2: simultaneamente aos levantamentos feitos pelos Órgãos Ministeriais, a Câmara de Vereadores de São Paulo, provocada por associações de moradores, instituiu uma Comissão para apurar as problemáticas envolvendo ruídos de helicópteros na cidade de São Paulo, propondo, inclusive, a criação de uma lei municipal que impeça, em determinados setores da cidade, a construção de helipontos (com cancelamento dos já existentes) e o sobrevoo de helicópteros, com base na competência atribuída pela Constituição Federal aos municípios para legislar sobre a proteção ao meio ambiente (Artigo 24, VI, da CF). Os debates encontram-se em andamento. DICA 3: o acionamento do código transponder é obrigatório na Área do Controle de Helicópteros. DICA 4: o SRPV-SP chama a atenção para um dos erros mais preocupantes cometidos por muitos pilotos, o qual seria deixar de pedir autorização (via rádio) antes de entrar em qualquer área controlada. O controle de tráfego aéreo precisa se planejar e, para isso, ele precisa ter conhecimento, com antecedência, da posição e destino da aeronave. DICA 5: está previsto na própria AIC 23/13 que os helicópteros podem voar em qualquer REA (Rota Especial de Aviões) não controlada sem pré-requisitos. Entretanto, quando a REA estiver em espaço aéreo controlado, deverá solicitar autorização do órgão ATC.

Copa FIFA 2014 estão sendo debatidas entre vários

Baixe a publicação completa em:

órgãos públicos. Será disponibilizada, em breve,

http://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=3932

uma cartilha pelo CGNA (Centro de Gerenciamento

Dúvidas e reclamações acesse:

da Navegação Aérea) para tratar do assunto:

http://www.decea.gov.br/contato/

www.cgna.gov.br

ELEVAÇÃO DO CIRCUITO DE TRÁFEGO DE SBMT Ainda no quesito modificações de altitudes, a alteração ocorrida nas alturas do circuito de tráfego para o Campo de Marte entre 2012 e 2013 (também em função de construções que violavam seus gabaritos de proteção), repercutiram nas definições das novas altitudes e larguras da REH MARTE. A porção deste corredor dentro da Área de Controle da TWR-MT (com altitude de 3100 pés) não pôde seguir o mesmo valor previsto para o resto da Rota (3200 pés), pois logo acima da REH e dentro desta área controlada encontram-se as aeronaves asas-fixas girando no circuito para pouso a 3600 pés de altitude, obedecendo, portando, à separação regulamentar de 500 pés entre aos tráfegos em operação sob as regras de voo visual. No que diz respeito à largura, o corredor Marte neste trecho foi estabelecido com 100m para cada lado, a fim de separar lateralmente, o máximo possível, os helicópteros das aeronaves evoluindo para SBMT. Esta estrutura permite que os helicópteros no corredor não precisem chamar a Torre de Controle, solução extremamente salutar e segura, pois reduz o volume de comunicação com aquele órgão de controle, liberando-o para dedicar-se exclusivamente aos tráfegos evoluindo no aeródromo.

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HAI 2014

AS NOVIDADES

BELL HELICOPTER Com dois grandes lançamentos durante a Heli-Expo, a Bell Helicopter proporcionou um grande show durante a apresentação do novo Jet Ranger, o Bell 505 Jet Ranger X feita pessoalmente pelo CEO da empresa John Garrison. Com uma fabricação totalmente moderna, utilizando novos materiais e estrutura em treliça, o Jet Ranger se destaca pela avionica avançada e pela ausência de “circuit brakers” na cabine ou até mesmo de uma manete de potência. A turbina escolhida foi a Arrius da Turbomeca que proporciona mais potência com menor consumo. Também foi apresentado no evento o mock-up do Bell 525 Relenteless que entrará na disputa dos biturbinas médios, ou como a marca prega “super médios”, para o mercado offshore.

Fabricantes apresentam suas apostas; ao todo foram mais de US$ 1,5 bi em negócios gerados. A edição da Heli-Expo 2014 realizada no final de fevereiro em Anaheim – Califórnia contou com diversos lançamentos e grandes novidades para a aviação de helicópteros. Mais de 19 mil pessoas estiveram presentes ao evento que demonstra uma retomada no fôlego do mercado de aviação geral americano. Durante o evento, diversos negócios foram fechados e novas aeronaves foram vendidas com mais de US$ 1,5 bilhão em negócios gerados. Os eventos paralelos à exibição estática também foram destaque desde antes da abertura dos portões do salão de exposições. Cursos de gestão em aviação, apresentação de relatórios de estudos de acidentes e novas técnicas para aumento da Segurança de Voo também foram muito disputados. O destaque das apresentações foi para o NTSB (National Transportation Safety Board) que é o órgão americano para investigação e prevenção de acidentes em transporte.

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Fotos Rodrigo Duarte

DO EVENTO REFERÊNCIA NOS EUA

Segundo o órgão, um grande número de acidentes está relacionado à manutenção aeronáutica com lapsos de atenção dos mecânicos quando se distraem com algo do tipo telefone celular, conversas paralelas ao trabalho, falta de sono, pressão dos superiores, estresse e cansaço.

Durante as investigações, os mecânicos que recentemente haviam trabalhado nessa aeronave também foram entrevistados pelo NTSB e apresentaram as evidências de que o problema pode ter ocorrido por distrações no trabalho.

No estudo apresentado, a sugestão é a de que, caso haja interrupção ao trabalho sendo feito ou uma distração, que o mecânico volte três passos ao que estava fazendo a fim de que não possa esquecer de frenar um parafuso ou montar qualquer peça de um componente.

Todos os que estiveram presentes ao evento, puderam conferir os grandes lançamentos do ano para o mercado. A Enstrom, agora pertencente a um grupo chinês, apresentou seu novo helicóptero treinador TH-180 Trainer. O modelo marca o início do uso de governadores eletrônicos de potência em seus helicópteros e possui painel totalmente modernizado com solução de avionicos Aspen Avionics.

Nesse estudo também foi utilizado como exemplo um acidente ocorrido no Grand Canyon – Nevada, EUA, com uma aeronave que teve um de seus atuadores hidráulicos soltos após 3 horas de voo após uma manutenção. Os investigadores determinaram que a causa do acidente foi a falta de adequada fixação do atuador que ocasionou em perda catastrófica dos comandos da aeronave.

Novidades

A Robinson não apresentou novidades nesse ano, porém, mostrou números que a consolidam como a maior fabricante de helicóptero no mundo tendo produzido 523 helicópteros em 2013 contra 517 no ano anterior. A fabricante ainda conta com o modelo R44 como a aeronave mais

vendida. Porém, com o modelo R66 recebendo certificações em mais países, é natural que o novo helicóptero da marca seja seu número 1 em vendas brevemente. Com mais de 70% de sua produção sendo exportada para o mundo inteiro, Kurt Robinson – CEO da Robinson Helicopter, declarou que o Brasil diminuiu o ritmo de compra de aeronaves da marca no último ano. Segundo sua avaliação, a alta do dólar foi fator determinante para essa queda no número de aeronaves vendidas no país.

Airbus Helicopters Outra surpresa do evento foi a Airbus Helicopters. Desde o dia 1º de Janeiro de 2014 a Eurocopter passou a chamar-se Airbus Helicopters. Desde então todas as suas subsidiárias estão promovendo a troca de seus nomes para acompanhar a mesma marca da matriz. A única exceção será no Brasil aonde deverá ser mantida a marca Helibrás. Com relação ao nome dos produtos, a linha atual irá

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HAI 2014 SIKORSKY

manter os “EC´s” e “AS´s”. O primeiro helicóptero com uma nova designação deverá ser o X4, aeronave bi-motora média em desenvolvimento.

Marenco Era impossível não notar uma das maiores surpresas desse ano que foi a exposição em tamanho real de um protótipo do helicóptero suíço em desenvolvimento Skye SH-09 da fabricante suíça Marenco. Com a promessa de revolucionar o mercado de monoturbinas, o Skye SH-09 promete tecnologia avançada, grande espaço na cabine, agilidade e versatilidade em operações. A autonomia prometida é de 430 milhas náuticas com o tanque de combustível padrão e velocidade de até 145 knots. O sistema de rotor principal de 5 pás, totalmente em material composto e sem rolamentos na cabeça, promete alta manobrabilidade, risco zero de corrosão, custo de manutenção reduzido e maior segurança ao voo.Na cauda, o rotor foi nomeado pelo fabricante como “Shrouded”, que em tradução literal para o português significa “envolta”, proporciona voos com menores níveis de ruído interno e externo. A Marenco espera voar a primeira aeronave de testes ainda no primeiro semestre desse ano.

Mock-up do EC175 em tamanho real foi destaque no estande da Airbus Helicopters. EC145 T2 com rotor de cauda do tipo Fenestron também chamou atenção e deverá ser certificado ainda esse ano pela EASA.

AGUSTA A fábrica italiana de helicópteros apresentou durante o evento o A109 Trekker que nada mais é do que o já conhecido modelo A109 com trem de pouso fixo, além de um moderno sistema de avionicos Garmin. Esse novo sistema, além de diminuir o peso da aeronave, também retira todos os sistemas analógicos do painel. O protótipo apresentado ainda utiliza a fuselagem de uma aeronave antiga, porém as que serão entregues ao mercado contarão com a cabine do Agusta A109 Grand. Para o mercado offshore, a Agusta apresentou e voou o biturbina AW189 durante o evento aos seus potenciais clientes interessados. Um deles relatou que ficou impressionado com a melhora do sistema de piloto automático em relação à aeronave AW139 que já voa com mais de 500 unidades no mundo, inclusive no Brasil.

A fabricante americana expos seu novo S-76D. Somente o formato lembra o já conhecido modelo, porém toda a sua estrutura, pás, motores e aviônicos são novos, o que contribui para um considerável ganho de performance da aeronave. O grande destaque para o fabricante foi o mock-up do S-97 (foto) com novas tecnologias ainda em desenvolvimento principalmente para atender ao mercado militar de transporte rápido de equipes táticas e promete ser um concorrente para a tecnologia Tilt-Rotor.

ABRAPHE MARCA PRESENÇA NO EVENTO A ABRAPHE participou de diversos eventos durante os 3 dias

a discussão sobre as alterações do Anexo 14 da ICAO que trata

da Heli-Expo com o presidente ainda em exercício, Rodrigo

de layout de Heliportos. Problemas como formas de abatimen-

Duarte, que debateu com as autoridades presentes e reno-

to de ruídos, design para melhora da segurança operacional e

mados especialistas do mundo inteiro as praticas em vigor

maximização das operações estão em pauta nessa discussão

nos diversos países do mundo, seus benefícios, vulnerabili-

que terá como conclusão uma proposta da HAI – Helicopter

dades e formas de se incrementar a segurança de voo.

Association International, endereçada ao ICAO.

O destaque foi para um debate aonde foi levantada a hipó-

A ABRAPHE também esteve presente na reunião anual de

tese do uso em maior escala de simuladores de voo. Rodri-

entidades mundiais que são membros da HAI. Novamente

go Duarte imediatamente apresentou as novas exigências

Rodrigo Duarte apresentou os números de nossa operação

do RBAC 61 que prevê o uso mais intensificado de diversas

no Brasil que espantou a todos do mundo inteiro. A quantida-

ferramentas como ATD´s, FTD´s e FFS no processo ensino-

de de helicópteros, helipontos e operações na cidade de São

-aprendizagem e também na reciclagem dos pilotos. Ficou

Paulo sempre são recebidas com interjeições peculiares e

claro que estamos na vanguarda das melhores práticas para

perguntas do tipo: “como isso funciona?”, “incrível!”, “preci-

aumento da Segurança de Voo mas também foi feita uma

samos fazer isso funcionar em outros lugares....”...

ressalva: -“Será que o mercado está pronto para que as autoridades aeronáuticas do mundo inteiro façam as mesmas exigências que as nossas?” – disse Rodrigo Duarte. Haviam diversos fabricantes de simuladores na plateia que imediatamente se prontificaram a abrir um canal de conversas com nossa entidade a fim de entender quais os necessidades criadas e como equacioná-las para que possamos atingir os melhores níveis possíveis de segurança. Outro evento de destaque com a participação da ABRAPHE foi

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Durante a apresentação, também tiveram destaque as apresentações do Japão que demonstrou um aumento da frota de aeronaves no país desde 2008, após acentuada queda, e também da Índia que mostrou imagens do maior resgate humanitário do país em Dezembro/2012 que resgatou mais de 25 mil pessoas de helicóptero devido às fortes chuvas que atingiram a região e causou alagamentos gigantescos. Foi o maior resgate humanitário por helicópteros que se tem notícia no mundo.

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INOVAÇÃO

Foto reprodução

cionário e torná-lo realidade. Esta é a primeira vez que várias subsidiárias do Grupo Finmeccanica colaboraram com tantas empresas inovadoras, fora da indústria aeroespacial tradicional, em um programa demonstrador avançado”.

Apresentação do Project Zero no Paris Air Show 2013 pelo Dr. James Wang, Vice-Presidente de Pesquisa e Tecnologia da AgustaWestland

‘PROJECT ZERO’ Demonstrador tiltrotor totalmente elétrico e resultado de colaborações das empresas parceiras da Itália, Reino Unido, Japão e EUA

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FEITO, CONSTRUÍDO E TESTADO EM 12 MESES

Oficialmente apresentado em 04 de março, pouco antes da Heli-Expo 2013, em Las Vegas, EUA, a AgustaWestland mostra seu revolucionário “Projeto Zero”: um demonstrador tiltrotor totalmente elétrico. É o resultado de colaborações realizadas juntamente entre empresas Finmeccanica - Selex ES, Ansaldo Breda, e Ansaldo Energia - e empresas parceiras da Itália, Reino Unido, Japão e EUA.

James Wang, vice-presidente de Pesquisa e Tecnologia da AgustaWestland, disse: “Project Zero foi um projeto acelerado, complexo, envolvendo parceiros e fornecedores em diferentes fusos horários. Nossos parceiros trabalharam com grande entusiasmo, sob a liderança do grupo avançado de Pesquisa e Tecnologia da AgustaWestland para trazer este conceito revolu-

Stile Bertone da Itália trabalhou em colaboração com a AgustaWestland para desenvolver o tilt rotor com um estilo elegante e uma configuração aerodinâmica única. Para maximizar a resistência dos componentes e minimizar o peso, a totalidade da superfície externa da aeronave é composta de grafite de carbono, produzida pela Lola Composite no Reino Unido. Sistemi Dinamici é uma empresa de engenharia de alta tecnologia de propriedade conjunta da AgustaWestland e IDS de Pisa, na Itália. Sistemi Dinamici foi fundamental para “Zero Project”, trabalhando em colaboração com o Grupo de Conceito Avançado AgustaWestland no Sistema de Controle de Voo e no projeto do rotor. As tecnologias desenvolvidas por cada um dos parceiros estão sendo introduzidas em seus diversos setores industriais para adicionar valor para cada empresa. Selex ES contribuiu com um computador de High-Integrity para controle de voo e unidade de controle do atuador usando o software fornecido pela Wind River. Ansaldo Breda baseou-se em sua vasta experiência em projetar e construir trens elétricos de alta velocidade para produzir o inverter do motor elétrico e o algoritmo de controle do motor. Ansaldo Energia, especializada na fabricação de geradores de energia, proporcionou

conhecimentos valiosos sobre a solução alternativa híbrida diesel-elétrica. Outros parceiros e fornecedores ao redor do mundo que têm contribuído para “Projeto Zero” incluem Lucchi R. Elettromeccanica, uma empresa de motores baseada em Rimini, projetou exclusivamente e construiu os motores elétricos de fluxo axial e magnetismo permanente. As propriedades aerodinâmicas das pás do rotor foram desenhadas pela AgustaWestland e Rotor Systems Research LLC dos EUA. A estrutura composta das lâminas e seus demais componentes foram projetados pelo Grupo de Conceito Avançado e AgustaWestland Japan Asia Technology Center, em seguida, fabricado por Uchida no Japão. Os atuadores eletromecânicos de banda larga (EMA) para o inovador sistema de controle individual das pás sem prato oscilante foram especificamente desenvolvidos pela Microtecnica para o “Project Zero”. A aeronave não utiliza sistemas hidráulicos, o trem de pouso retrátil, o mecanismo de inclinação “nacele” e os “elevons” são controlados pela EMA. ORAL Engineering desenvolveu um motor a diesel eficiente como alternativa para uma propulsão elétrica - hibrida e proporcionou um mecanismo rápido CNC para o rotor e sistema de direção. MB Motorsport, Aerosviluppi e Marc’Ingegno confeccionaram um sistema especial de refrigeração do motor, o sistema de fiação e o trem de pouso retrátil, respectivamente.

Os rotores do demonstrador são movidos por avançados motores elétricos alimentados por baterias recarregáveis

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CAPACITAÇÃO Por CMTE. GEOCI LEONAR BARBOSA – presidente do conselho fiscal da ABRAPHE

A IMPORTÂNCIA DO

TREINAMENTO EM SIMULADOR Estou na atividade de piloto de helicóptero há mais de 40 anos, tenho mais de 20 mil horas de voo em helicópteros, desde o princípio da minha carreira, ministro instrução e treinamento de manobras normais, de emergência e de voo por instrumentos em Helicópteros e há algum tempo estou ministrando instrução em simuladores de voo de helicóptero, também sou examinador credenciado de pilotos de helicóptero. O helicóptero como é fácil de perceber é uma aeronave complexa e com uma instabilidade própria, o que torna difícil seu controle e sua pilotagem fazendo com que pilotos tenham mais dificuldade em conduzir o seu voo.

tes da sua conclusão, o que tornava o treinamento precário, visto que o piloto teria que imaginar o resultado de determinada pane ou emergência. Mesmo assim, havia certas escolas onde a experiência dos instrutores lhes permitia que finalizassem determinadas manobras de emergências, sempre com muito cuidado, atenção e estresse no aluno que naturalmente tinha muita dificuldade em desenvolver a perícia naquelas manobras. Com a criação e desenvolvimento dos simuladores de voo para helicóptero à formação e os treinamentos passaram a ser realizados nestes dispositivos, o que vem trazendo mais confiança, perícia e qualidade na formação do piloto de helicóptero. Devido ao alto risco e a precariedade em se realizar o treinamento de pilotos diretamente no helicóptero, as autoridades aeronáuticas passaram a exigir que o trei-

namento fosse feito em simuladores de voo desde que exista o simulador para o tipo de helicóptero. Portanto, há cerca de vinte anos temos a oportunidade de realizar o treinamento em simuladores de voo de helicóptero. Os simuladores de helicópteros são dispositivos muito complexos, com muita tecnologia embarcada para reproduzir as reações e a sensibilidade nas manobras conforme o helicóptero se comporta de tal forma que tornam estes dispositivos muito caros e consequentemente encarecendo o treinamento do piloto. Além disso pesa o fato de dispormos de poucos modelos no Brasil, que estão em outros países. As autoridades aeronáuticas visando à qualificação, segurança, perícia e qualidade da formação dos pilotos passaram a exigir que esta formação tenha que ser realizada em simulador de helicóptero para tipo se existir. Isto evidentemente agregou muita qualidade, seguran-

Na década de setenta quando iniciei minha atividade na pilotagem de helicóptero não se tinha simuladores para treinamento em helicópteros, na época existiam alguns simuladores para alguns tipos de aviões, portanto o treinamento de pilotagem era realizado na própria aeronave. O treinamento realizado no helicóptero traz um risco muito alto de acidente com resultado e prejuízo muito grande para as pessoas, equipamentos e coisas no solo. Devido à instabilidade do helicóptero seu controle é muito difícil, requerendo muita perícia, atenção e concentração do piloto para o controle e a pilotagem deste. Esta perícia era desenvolvida no piloto com um instrutor voando ao seu lado e passando os procedimentos e técnicas para a melhor condução e controle do helicóptero, nas manobras de voo normais e nas situações de emergências que eram simuladas na aeronave. As manobras de emergências do helicóptero eram praticadas com limitações para evitar o dano na aeronave, consequentemente era finalizada ou interrompida an-

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CAPACITAÇÃO diversas missões e voo, como piloto aero médico, piloto policial, piloto para offshore, operação em plataformas e navios marítimos, piloto executivo, operação em cidade, operação em helipontos elevados, operação em clareiras e áreas confinadas na selva, rapel, operação com carga externa e todo o tipo de voo possível de ser feito em helicóptero.

Arquivo pessoal

Tantas são as vantagens do treinamento em simuladores de voo que até mesmo as companhias de seguro incentivam sua prática e dão descontos nos prêmios de seguro das aeronaves que são operadas por pilotos treinados em simuladores, o que vêm a compensar o custo os tipos de treinamento, tornando este em um investimento em segurança pessoal e material para todos os envolvidos.

ça e perícia aos pilotos que realizam o treinamento em simulador, deixando-os mais tranquilos e seguros em situação anormal de voo. Há algum tempo venho ministrando instrução e fazendo avaliação de perícia de pilotos em um centro de treinamento em simuladores onde temos o simulador do Sikorsky SK-76 e um Eurocopter AS-350 Esquilo (B-2). O treinamento de pilotos de helicóptero em simulador é muito bom porque podemos praticar as emergências que podem ocorrer no helicóptero até conclusão da manobra sem que ninguém sofra qualquer dano assim como o helicóptero o que permite ao piloto verificar o resultado de determinada manobra, permitindo avaliar sua performance durante a execução dos procedimentos de emergência, permitindo que possa errar e analisar o erro, discutindo-se e praticando o exercício e a manobra até que atinja a proficiência desejada naquela manobra. No simulador é possível realizar todas as falhas e panes que possam ocorrer no helicóptero permitindo o desenvolvimento, o aprimoramento e a prática da ma-

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Desde 2012 já temos no Brasil um centro de treinamento em simuladores de ultima geração, está instalado

em São Paulo, próximo ao aeroporto de Congonhas, lá tem um Simulador de Sikorky SK-76, um simulador de Esquilo AS-350 e em julho chegará um simulador de SK-92, tem outro centro de treinamento sendo construído no Rio de Janeiro que deverá iniciar suas atividades no ano que vem. Desta forma se conclui que o treinamento em simulador de helicóptero é muito importante e deve ser implementado, incentivado para o aprimoramento e elevação da qualidade dos nossos pilotos de helicópteros.

Mais informações: Se precisarem de mais alguma informação sobre os tipos de treinamento e onde encontrá-los estou à disposição: g.leonar@terra.com.br

nobra normal e de emergência, permitindo inclusive a padronização de determinados procedimentos sem colocar ninguém em perigo, melhorando a perícia do piloto, resultando em maior segurança na atividade de voo do helicóptero, comprovadamente diminuindo o índice de acidentes com danos em pessoas e no helicóptero com pilotos treinados em simuladores, além de permitir o treinamento da tripulação completa, porque o instrutor fica ministrando o treinamento atrás da tripulação. Também é possível fazer o treinamento, a formação e qualificação do voo por instrumentos para o piloto, permitindo o treinamento em situação real de voo por instrumento incluindo todos os maus funcionamentos que possam ocorrer no voo real, em situação normal e em emergência, melhorando significativamente o grau de proficiência e perícia do piloto nestas condições, podem ser praticados ainda o voo noturno visual e por instrumentos, permitindo a obtenção desta habilitação no simulador. Podemos também formar o piloto para

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Há 20 anos nascemos, crescemos e agora vamos mais além!

TURBINADO X4. No Brasil, o investimento mais recente da Turbomeca é a nova linha de Produção & Revisão Geral do motor Makila 2, inaugurada em Xerém, no Rio de Janeiro, em 2012.

Makila 2

NOVOS INVESTIMENTOS AQUECEM MERCADO DE

TURBINAS

Líder em turbinas a gás de alta tecnologia, Turbomeca do Brasil investe no suporte local para os Operadores da América Latina

As turbinas Turbomeca equipam helicópteros Civis, Parapúblicos, Offshore e Militares para todos os principais fabricantes de aeronaves. A importância atribuída ao investimento da empresa em Pesquisa & Desenvolvimento permite aos operadores beneficiarem-se da mais recente tecnologia com um potencial real para melhorar a potência e de um acompanhamento completo do motor, garantindo desempenho superior. Como resultado deste constante investimento, a Turbomeca anunciou, recentemente, o lançamento do

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novo motor Ardiden 3 para equipar helicópteros de médio porte de 6 a 8 toneladas, iniciando as operações em um futuro próximo, especialmente nos helicópteros Kamov Ka-62. Outros motores recentemente lançados pela empresa são o Arrius 2R, projetado para equipar os helicópteros de categoria leve monomotor de 5 assentos da Bell Helicopters e o Arrano, o novo motor de 1.100 shp de potência, destinado para equipar helicópteros de 4 a 6 toneladas. Hoje incomparável em sua categoria, o motor Arrano irá primeiramente equipar a nova geração de helicópteros Eurocopter

years

Única empresa especializada em turbinas para helicópteros do mundo, a Turbomeca, uma empresa do Grupo Safran, é líder em turbinas a gás de alta tecnologia para uma grande variedade de helicópteros. Estabelecida no Brasil desde 1977, a Turbomeca do Brasil aumenta suas capacidades e investe no suporte local para os Operadores da América Latina.

1994 - 2014

Nestes 20 anos, percorremos um caminho repleto de trabalho, conquistas e realizações. Muito mais do que isso, temos a sua confiança.

Makila 2 O projeto mobilizou equipes de profissionais da Turbomeca França e Turbomeca do Brasil. Desde a concepção da linha de produção à armazenagem de motores, nada foi deixado de lado. Os desafios eram enormes, tais como a concepção e construção de uma nova célula de testes usando a mais nova tecnologia do Sistema de Aquisição de Dados, vinculado em tempo real com as equipes de engenharia da Turbomeca no mundo inteiro. Tudo foi planejado e executado em seus mínimos detalhes. O resultado: um projeto implementado dentro do prazo previsto e de grande eficácia.

Proximidade e inovação As novas instalações habilitaram a Turbomeca do Brasil para a produção de novos motores e fornecimento do suporte completo para os 50 motores dos helicópteros Eurocopter EC725 encomendados pelo Ministério da Defesa do Brasil, como parte do Programa HX-BR, para equipar as Forças Armadas brasileiras. E também para apoiar os helicópteros Eurocopter EC225 que operam missões Offshore para a Petrobras e outras empresas de petróleo e gás. No futuro, a Turbomeca do Brasil também pretende obter a certificação para reparar e revisar os motores Ardiden 3G localmente, ampliando ainda mais o apoio aos operadores latino-americanos.

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TURBINADO

A nova linha de produção (abaixo) e a nova célula de testes (ao lado) dos motores Makila 2

EM NÚMEROS:

75 anos de experiência

90 milhões de horas de operação dos motores acumuladas

70 mil motores de projeto próprio 18,2 mil turbinas em operação 2,5 mil

clientes em 155 países

CONFIABILIDADE TURBOMECA DO BRASIL Certificada para realizar MRO nas famílias de motores Arriel, Arrius, e Makila 150 motores reparados/ revisados por ano Mais de 1.000 motores e 1.500 FCUs reparados/revisados 28


INSTRUÇÃO IFR

REGULAMENTADA PRÁTICA SOB CAPOTA EM HELICÓPTEROS Após meses de pleito junto a ANAC, mais uma importante conquista da ABRAPHE para o setor: a instrução prática sob capota em helicópteros, para concessão, revalidação ou requalificação de habilitação IFR. A regulamentação foi detalhada na Instrução Suplementar da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) , IS Nº 61-002, aprovada em Portaria nº 244/SPO, publicada no Diário Oficial da União no último 31 de janeiro. A norma estabelece orientações para a instrução de voo e exame de proficiência para a concessão, revalidação ou requalificação de habilitação de voo por instrumentos em helicópteros não certificados para voos IFR e substitui a IS nº 61-002 Revisão A. Validada sob as definições contidas nos RBAC 01 e RBAC 61 e na IS 00-002 (Fichas de Avaliação de Piloto – FAP), o administrado que pretenda, para qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito previsto em RBAC ou RBHA, poderá adotar os meios e procedimentos previamente especificados em IS ou apresentar meio ou procedimento alternativo devidamente justificado, exigindo-se, nesse caso, a análise e concordância expressa do órgão competente da ANAC. De acordo com a ANAC, caso seja adotado procedimento alternativo, deve ser garantido o nível de segurança igual ou superior ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo do procedimento normalizado em IS. Além disso, não pode haver a criação de novos requisitos ou contrariar requisitos estabelecidos em RBAC ou outro ato normativo.

Na prática, os candidatos à concessão de habilitação de voo por instrumentos em helicópteros podem realizar instrução prática, em atendimento aos requisitos contidos RBAC 61 (parágrafos 61.223(a)(5), 61.223(a)(6)(ii) e 61.223(a)(7)), em helicópteros não certificados para voos IFR, desde que as aeronaves sejam previamente aprovadas pela ANAC para instrução IFR em condições visuais.

Escolas Os helicópteros não certificados para operações IFR somente podem ser utilizados para a realização de instrução IFR sob capota após receberem aprovação específica da ANAC, que expedirá para cada aeronave aprovada um “Certificado de Aprovação de Aeronave para a Instrução Sob Capota de Voo por Instrumentos ”. As Escolas de Aviação devem possuir, para a instrução IFR sob capota, pelo menos um helicóptero capaz de realizar todas as fases de instrução, cumprindo integralmente os requisitos dispostos em detalhe na IS. Helicópteros que não sejam capazes de realizar todas as fases de instrução poderão ser aprovados pela ANAC para utilização somente na fase de instrução básica. Toda Escola que ministre instrução IFR sob capota deverá contar com ao menos um helicóptero capaz de realizar instruções avançadas e de navegação.

Piloto-Aluno Simultaneamente à instrução em helicóptero IFR sob capota, o piloto-aluno deve cumprir um Programa de Instrução aprovado em AATD da categoria helicóptero, qualificado pela ANAC. O Programa deve compreender no mínimo 20 (vinte) horas, e atender às fases de instrução do APÊNDICE B desta IS. As instruções em AATD e no helicóptero podem ser realizadas concomitantemente, desde que a instrução em AATD esteja sempre uma fase adiantada em relação à fase correspondente de instrução no helicóptero. O AATD deve ser equipado com os instrumentos necessários para a realização de todas as fases de instrução, cumprindo integralmente as manobras dispostas em detalhe na IS e deve permitir ao piloto aluno familiarizar-se ao máximo com o inter-relacionamento de todos os instrumentos. Mais informações e acesso à IS completa no site da ANAC em http://www2.anac.gov.br/biblioteca/IS/2014/IS61-002B.pdf

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MOBILE

HELICIDADE LANÇA

APLICATIVO PARA SMARTPHONES Aplicativo visa agilizar o acesso aos serviços oferecidos pelo heliporto Os clientes do Helicidade contam agora com um aplicativo para smartphones que vai facilitar o acesso às informações e aos serviços do heliporto, além de ajudar a ganhar tempo. O app oferece funcionalidades como câmera do tempo, dados meteorológicos, mapa de todos os helipontos de São Paulo. Em breve, também será possível fazer agendamento de operações de pouso e decolagem exclusivamente pelo aplicativo. “Nosso objetivo primordial é reunir todas as informações essências nos celulares dos usuários de asas rotativas em São Paulo”, diz Edson Pedroso, diretor do Helicidade. “Além disso, também queremos ajudar os nossos clientes a ganharem tempo no agendamento de pousos e decolagem, que em breve poderão ser realizados facilmente por smartphones”, completa. O aplicativo também servirá de apoio ao projeto Helicóptero Neutro de Carbono (ação pioneira do Helicidade no Brasil, cujo objetivo é neutralizar todo o CO² emitido pelas aeronaves por meio do plantio de árvores). Será possível calcular a quantidade de carbono liberado na atmosfera de acordo com a quantidade de horas de voo dos helicópteros. Esta funcionalidade auxiliará os usuários de helicópteros a calcular quantas árvores precisarão ser plantadas para neutralizar os gases poluentes emitidos na atmosfera. O Helicidade tem um compromisso sério com o meio ambiente e desenvolve ações constantes em prol da natureza, portanto, este quesito não poderia deixar de ser incluído no aplicativo do heliporto.

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Considerado um dos maiores heliportos da América Latina, o Helicidade também ocupa posição de destaque no que se refere a serviços premium. Atualmente, o heliporto é considerado um dos mais luxuosos do mundo. Fundado em 2002, pelo economista Fabio Tinelli, o Helicidade já iniciou as atividades com o conceito Full Heliport Service, cujo objetivo é oferecer todos os serviços possíveis para usuários de asas rotativas em um só lugar. “Mas o foco do Helicidade é no passageiro, ou seja, em todas as comodidades que podem ser oferecidas a ele”, diz Pedroso. Recentemente, o Helicidade finalizou uma série de obras de modernização para garantir ainda mais conforto para os clientes. A recepção, sala vip, sala de reuniões e sala de pilotos foram reformuladas e ganharam nova decoração. O objetivo é oferecer aos clientes, além de serviços de alto padrão, também um ambiente confortável e sofisticado. Os passageiros contam com sala de espera protegida contra ruídos, climatizada e com cafeteria; restaurante; salas para reuniões; confortáveis suítes para pernoite; estacionamento particular com serviço de manobrista. Há ainda uma revistaria instalada na recepção que disponibiliza os melhores títulos nacionais e internacionais, além de loja de conveniências e caixa eletrônico. Para os pilotos há uma sala confortável, equipada com televisão a cabo, computadores com acesso à internet, serviços de estação meteorológica e poltronas de massagem.

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Helicopter

SEGURANÇA DE VOO

Customer Service Facility

CAI NÚMERO DE

Prezados clientes,

ACIDENTES COM HELICÓPTEROS Relatório do CENIPA aponta 23 acidentes em 2013, o que reforça a redução assistida em 2011 e 2012, mesmo diante de uma frota em ascensão no País

Temos imenso prazer em anunciar que, pelo quarto ano consecutivo (2011-2014), recebemos classificação máxima na avaliação anual de qualidade realizada pela Bell Helicopters. O Helipark é novamente a única oficina Platinum do país, e atende a todos os requisitos de excelência exigidos pela fabricante. Continue contando conosco para voar com segurança em 2014. Equipe Helipark

Boa notícia para a aviação por helicóptero e a aviação geral. Levantamento divulgado em 31 de janeiro pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CENIPA aponta a queda de 8,42% no número total de acidentes aéreos em 2013 no país. Para os helicópteros a redução continua. Enquanto em 2012 foram registrados 24 ocorrências, em 2013, a redução continua, acompanhando o ocorrido em 2011 e 2012. Entre os casos contabilizados no ano passado, 145 foram na aviação geral comercial pública e privada, 17 envolvendo aeronaves de táxi aéreo e um apenas na aviação regular (companhias de transporte de passageiros). “A aviação brasileira está mais segura, mas isso não significa que estamos satisfeitos. A prevenção deve ser reforçada sempre, nossa meta é zero”, diz o brigadeiro Luis Roberto Lourenço, chefe do CENIPA. “Há uma parcela de contribuição de todos os órgãos envolvidos, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero (que administa aeroportos), controladores. A responsabilidade é de todos”, diz ele.

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O Cenipa não divulgou até o momento as estatísticas de incidentes aéreos registrados em 2013, como são chamadas ocorrências com aviões e helicópteros de menor gravidade e sem vítimas. Mas, segundo o brigadeiro Lourenço, os dados também apresentam redução. Em relação a 2012, todos os segmentos da aviação tiveram queda no número de ocorrências: acidentes na aviação geral caíram 4,6%; de táxi aéreo, 29%, e aviação regular (transporte de passageiros), 50%. No mundo, o número de acidentes na aviação regular caiu 1,5%, segundo dados da ICAO.

Acesso ao estudo completo: http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/ index.php/component/content/article/1comunicacao-social/931-numero-deacidentes-aeronauticos-reduz-no-brasil

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Confira quem é quem na nova diretoria

Cmte Faria é o novo presidente da ABRAPHE

Votação reúne pilotos

ELEIÇÃO MARCA

O auditório da Infraero foi palco no último dia 13 de fevereiro de marco histórico para a ABRAPHE, quando duas chapas inscritas concorreram para assumir a Diretoria e o Conselho Fiscal da entidade no Biênio 2014/2016. Por 59 votos contra 42, a CHAPA A, liderada pelo cmte Faria, venceu o pleito eleitoral. Nas últimas vezes em que houve troca de direção na entidade a escolha foi aclamada, diante da não inscrição de mais de uma chapa.

NOVA FASE Os dois candidatos, cmte Faria (direita) e Arthur Fioratti (esquerda) com o cmte Rodrigo (centro) antes do início da votação

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Nova diretoria é escolhida em primeira eleição da história da entidade; duas chapas concorreram

Fotos: Carolina Denardi

DA ABRAPHE

O processo democrático e eleitoral reforça a representatividade conquistada pela ABRAPHE nos últimos anos, tendo triplicado o número de pilotos associados nos últimos três anos, atuando hoje em nome de mais de dois mil pilotos em todo país. No Brasil são pouco mais de 3 mil pilotos de helicóptero em operação.

DIRETORIA Presidente Vice-Presidente Secretário(a) Geral Dir. Adm./Financeiro Dir. Associados Dir. Comunicação Dir. Instrução e Disciplina Dir. Relações Públicas 1º. Suplente 2º. Suplente CONSELHO FISCAL Presidente 1º. Conselheiro 2º. Conselheiro Suplente

Jorge E. S. faria Rodolfo Lopes Ana Paula Sócio Fernanda G. Andrade Faria Marcelo Jorge Graciotti Felipe Diniz Antonio Sebastião Candido Ruy Flemming Filho Marco Antonio Adami Marcelo Cobra Thales Pereira Caio Mazza Guilherme Juc Jovilde Calisctil

Entre as propostas da diretoria eleita está o foco na constituição de um grupo de trabalho voltado aos assuntos de legislação e regulação, com busca na continuidade dos trabalhos iniciados por sua governança, bem como aprimoramento e buscas no sentido de mudanças nos processos de circulação e procedimento de planejamento e formalização de voos; sistema de obtenções e renovações de licenças; melhoria dos processos atualmente praticados pelas instituições de ensino, bem como a busca de processos informais de melhoria da qualificação profissional dos novos pilotos; cursos complementares à formação de pilotos; implantação de um processo de certificação desses cursos entre outros itens. A solenidade de posse da nova diretoria está prevista para abril.

Nova diretoria eleita

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HOMENAGEM

CMTE. DOMINGOS É LEMBRADO COM HONRARIAS E DEIXA SAUDADE Em extraordinária em dezembro, ex-presidentes se reúnem para homenagear o diretor, amigo e parceiro “Mingão”, como era conhecido entre os mais próximos

Centenas de pilotos se reuniram em um minuto de silêncio em memória ao cmte Domingos de Souza, Diretor de Instrução e Disciplina da ABRAPHE, falecido no dia 05 de dezembro. A homenagem formal ocorreu durante Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 12 de dezembro, no Auditório da Infraero. Em suas palavras, o então presidente da ABRAPHE, cmte. Rodrigo Duarte lembrou da figura carismática, querida e, ao mesmo tempo firme e disciplinar, que entoava sua personalidade. “Para quem conheceu o cmte Domingos, entende bem o sentido da perda não só de um profissional exemplar em disciplina e postura, mas, também, de um amigo, muito querido e sempre pronto a atender e ajudar. Aos que não tiveram a oportunidade de conhecê-lo, fica o exemplo a ser seguido e a herança deixada junto ao trabalho de anos dedicado à ABRAPHE e ao setor, impressos no que se refere à instrução e disseminação de informações relacionadas à segurança de voo e responsabilidade em solo ou no ar”, enfatizou Rodrigo na ocasião.

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“O primeiro helicóptero chegou e fez uma longa curva antes de pairar exatamente sobre nós. Um segundo chegou em seguida e também permaneceu em voo pairado. Solenemente, exatamente como o momento requeria. Aqueles voos não poderiam ser mais significativos. Cada um dos aviadores que estava embaixo gostaria de estar naquele pairado. Reverenciando. Prestando uma última homenagem ao comandante Do... mingos. Mais de 50 anos depois de iniciar uma carreira no Bradesco, acumulou alguns milhares de horas de voo, alguns punhados de amigos, doses consistentes de respeito e muita admiração. O Mingão nos deixou sob um silêncio que só foi quebrado pelos motores e rotores que o acompanharam por toda a vida e pelas palmas de agradecimento.”

Valeu, Mingão! Agradecemos por tudo! Cmte. Ruy Flemming – diretor de Relações Públicas da ABRAPHE

Ex-presidentes e pilotos reunidos em homenagem póstuma no Auditório da Infraero

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11 2463-8800

11 99940-8408


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