ESTRUTURAS TUBULARES: EVOLUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
DUPLEX: GALVANIZADOS E PINTADOS: DURABILIDADE EM DOBRO
Nossos contatos:
EDITORIAL
Avanços que moldam o amanhã da siderurgia
TUBOS DE AÇO
A nova revolução das estruturas tubulares
GALVANIZAÇÃO A FOGO
Duplex: galvanizado e pintado para máxima resistência
PANORAMA
Perspectivas de curto prazo para a siderurgia mundial
EVENTOS
Inovação e conhecimento marcam a edição histórica da Metalurgia 2025
Últimas notícias do setor energético
AVANÇOS QUE MOLDAM O AMANHÃ DA SIDERURGIA
Aciência avança continuamente, e a presença da Inteligência Artificial em quase todos os aspectos da vida humana já é uma realidade incontestável. Todos os dias, novas descobertas tornam nosso cotidiano mais prático e eficiente. Na siderurgia, não é diferente: grandes corporações já contam com departamentos especializados ou contratam consultorias para implementar sistemas capazes de identificar demandas e otimizar o desempenho, produzindo mais e melhor. E o objetivo é claro: alcançar níveis de produtividade que gerem resultados não apenas financeiros, mas também sociais e sustentáveis.
A gestão moderna e eficaz não abre mão de ferramentas que ampliam resultados e contribuam para a construção de um mundo mais justo e equilibrado. Mas, e fora dos muros das fábricas e escritórios? Bem, ainda há um longo caminho a percorrer até que possamos desenvolver soluções dignas e compatíveis com nossas necessidades de crescimento econômico e social, mirando horizontes mais saudáveis para o país.
Fazendo a nossa parte, apresentamos
mais uma edição que preza pela excelência em cada página. Buscamos, junto a especialistas, o que há de mais atual na produção e aplicação de estruturas tubulares, com foco especial na construção industrializada. Estivemos na Feira Metalurgia, em Joinville – evento já consolidado como referência nacional em negócios e inovação –, e compartilhamos os principais destaques de sua programação.
Destacamos ainda em nossas páginas uma importante inovação: a combinação de galvanização com pintura, processo que mais que dobra a durabilidade dos metais tratados, aproveitando a oportunidade para lembrar também que a revista Siderurgia Brasil é Mídia Oficial do Workshop sobre Galvanização a Fogo, promovido pelo ICZ e pela ABRACO, e que será realizado no Instituto de Engenharia, em São Paulo, neste próximo dia 11 de novembro.
Nesta revista, vocês encontrarão ainda os prognósticos da Worldsteel sobre o uso e o crescimento do mercado global de aço no curto prazo, com boas perspectivas de expansão até 2026. No cenário nacional, o destaque vem sendo o aumento nas
SIDERURGIA
Henrique Patria
Editor responsável
vendas de aços planos no mercado interno, impulsionado pelo anúncio de reajuste nos preços, que realmente aconteceu, mas, que, de qualquer forma, representa um sinal positivo para o setor. Já na seção
Energia, celebramos os avanços que unem natureza e tecnologia na busca por fontes alternativas e mais limpas. E encerramos esta edição com as últimas novidades, lançamentos e acontecimentos que continuam moldando a história do aço.
Por fim, agradecemos sinceramente sua participação e o prestígio dedicados às nossas publicações, atestado pelas estatísticas do mês de setembro, no qual ultrapassamos a marca de 72 mil visualizações de nossos canais, um reconhecimento que nos consolida como referência nacional no ambiente digital. E reiteramos o convite para que continuem nos acompanhando e compartilhando suas impressões, fundamentais para elevarmos ainda mais a qualidade do nosso trabalho.
Boa leitura!
Henrique Patria henrique@grips.com.br
Ano 26 – nº 191 – Outubro de 2025
Siderurgia Brasil é de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339.
Diretor: Henrique Isliker Patria
Coordenação de TI: Versão Digital Vicente Bernardo vicente@grips.com.br
Projeto gráfico e Edição de Arte / DTP: Via Papel Estúdio
Capa:
Criação: André Siqueira
Créditos: Montagem com fotos de André Siqueira e Shtterstock
Divulgação: Através do portal: https://siderurgiabrasil.com.br
Observações:
A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: Grips Marketing e Negócios Ltda.
Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.
A NOVA REVOLUÇÃO TUBULARES
Tubos de aço revolucionam a construção: leves, versáteis e sustentáveis, dominam obras civis, industriais e arquitetônicas.
MARCUS FREDIANI
Elas estão em toda a parte. Utilizadas de forma multiversáteis, as estruturas tubulares em aço marcam presença nas obras de infraestrutura, na construção civil, nas indústrias, em prédios de apartamentos, nas residências, na arquitetura ambiental, e em todo lugar onde suas incomparáveis propriedades se fazem necessárias.
“Elas vêm ganhando cada vez mais espaço em todos esses segmentos devido aos seus atributos de eficiência, economia e versatilidade técnica. Nos últimos anos, o setor passou por uma transformação im -
DAS ESTRUTURAS
Fotos: Imagem de 4045 no Freepik
TUBOS DE AÇO
portante: o que antes era feito com barras maciças passou a ser substituído por tubos de aço, refletindo uma construção mais moderna, leve e racional”, explica Silvino Canzian, diretor comercial da Cedisa Central de Aço.
E o executivo da empresa – com sede no município de Serra, no Espírito Santo, fundada pelos irmãos José e Claudionor Dalla Bernardina, e que completou em julho último 50 anos de atividades atendendo a todo o Brasil –, faz questão de ressaltar que não é apenas a robustez técnica dos tubos que fazem a diferença em sua utilização, mas também o seu aspecto visual, que transmite a sensação de solidez nas edificações. “O uso das estruturas tubulares vem se ampliando de forma constante, como, por exemplo, em gradis, em fechamentos e coberturas, áreas estas nas quais as construtoras têm investido fortemente por conta da praticidade, da estética e do custo-benefício. Assim, o aço tubular deixou de ser apenas uma opção, e passou a ocupar um papel central nas construções”, enfatiza.
Ainda segundo Silvino, as estruturas tubulares em aço seguem como uma das principais tendências da Construção Civil, devido à busca por soluções mais leves, versáteis e sustentáveis. Isso porque o uso desses elementos possibilita a criação de designs arrojados, com estruturas aparentes que valorizam a estética arquitetônica. “Além disso, a leveza dos tubos de
aço também contribui significativamente para a facilidade de transporte, manuseio e montagem dos componentes, reduzindo a necessidade de equipamentos pesados e otimizando o cronograma de execução. Por serem pré-fabricados com alta precisão dimensional, os sistemas tubulares também aceleram a montagem no canteiro de obras, o que resulta em menor tempo de construção, redução de custos com mão de obra e maior previsibilidade de desempenho”, pontua o diretor comercial da Cedisa.
USO CADA VEZ MAIOR NA ÁREA DE INFRAESTUTURA
Na área da infraestrutura, a segurança de uma ponte ou viaduto está intrinsecamente ligada à qualidade e ao desempenho dos materiais utilizados em sua construção. Nesse contexto, segundo os especia -
Fotos:
Imagem de 4045 no Freepik
listas, os tubos de aço carbono destacam-se como um dos componentes estruturais mais confiáveis – por exemplo, na construção de pontes, viadutos e túneis –, graças à sua combinação única de resistência, durabilidade e versatilidade, características estas reguladas no Brasil por rigorosas normas técnicas, tais como as NBRs 8261, 6321, 5580 e 5590.
Especificamente para esse setor, as estruturas tubulares são projetadas para suportar cargas extremas, tanto estáticas quanto dinâmicas, garantindo a integridade da estrutura ao longo de décadas de uso, com eficiência operacional, graças à sua alta resistência mecânica à fadiga estrutural. Além disso, são componentes essenciais em vigas, colunas e treliças, uma vez que esses tubos são projetados para resistir a forças externas, como ventos fortes e variações térmicas, que podem causar tensões significativas em tais estruturas. Seus usos
mais comuns nessa área são fundações, pilares e treliças, bem como para garantir a estabilidade dos projetos com vãos maiores e sujeitos a balanços sucessivos ocasionados pelo tráfego.
Aliás, a já mencionada questão da leveza das componentes tubulares nos projetos de infraestrutura também é salientada como vantagem potencial pela Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM). E isso porque o uso de tubos permite modelos estruturais com peso menor, além de menor quantidade de peças e com menor exposição superficial a intempéries do que com o uso de outros materiais. É o caso de obras de grandes dimensões com vãos superiores a 30 metros, que, como as pontes e viadutos, suportam, por exemplo, coberturas de estádios, aeroportos, centros de convenções e passarelas, entre outras. Simultaneamente, em muitos casos, isso facilita tam -
TUBOS
DE AÇO
bém a montagem, sem contar a beleza arquitetônica resultante da forma tubular.
AVANÇO NAS SOLUÇÕES PARA MINERAÇÃO
Já na mineração, o leque de aplicações de estruturas tubulares de algumas empresas são referências em suas áreas de atuação. É o caso do Grupo Açotubo, com sede em Guarulhos/SP, que acaba de apresentar na Bahia – na mostra de mineração Exposibram 2025, organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) –, algumas novidades do extenso portfólio de componentes e materiais desenvolvidos em aço carbono e inoxidável, além de tecnologias voltadas a projetos de geotecnia. Entre eles, os spools (segmentos pré-montados de tubos, conexões e flanges sob medida), da marca Açotubo, que oferecem instalação simplificada e redução de custos operacionais, além da linha de aço inox, formada por tubos, conexões, barras, chapas e acessórios, que atendem com excelência às exigências técnicas do mercado; e as novas telas soldadas, tirantes, split set e cordoalhas, desenvolvidos pela sua marca Incotep-Sistemas de Ancoragem para garantir segurança, durabilidade e eficiência em operações subterrâneas e de estabilização de terrenos na mineração.
“Foi uma ótima oportunidade de mostrarmos, em um mesmo evento, os portfólios dessas nossas duas marcas, que são referência em suas áreas de atuação. Em
síntese, comunicamos ao mercado que é possível encontrar uma série de produtos e soluções na mesma empresa, o que facilita a logística, orçamento e otimização da operação. Somos parceiros estratégicos na construção de soluções que aliam inovação, confiança e qualidade no setor de mineração”, sublinha Fernando Del Roy, diretor de Marketing, Suprimentos e Inteligência de Mercado do Grupo Açotubo.
EM CICLO VIRTUOSO DE CONTÍNUA EXPANSÃO
Em paralelo, as estruturas tubulares em aço também vêm ganhando cada vez mais espaço na construção civil, devido aos seus atributos de eficiência, economia e versatilidade técnica. “Nos últimos anos, o setor passou por uma transformação importante: o que antes era feito com barras maciças passou a ser substituído por tubos de aço, refletindo uma construção mais moderna, leve e racional”, observa Silvino, da Cedisa. “E, ao mesmo tempo, representam uma alternativa mais econômica, facilitando o transporte, a montagem e a manutenção nos canteiros de obras de prédios e residência, cumprindo um ciclo virtuoso de expansão no âmbito de suas aplicações”, complementa.
Por sua vez, no ambiente industrial, os tubos de aço são essenciais em diversas etapas de produção. Eles desempenham um papel importante no direcionamento de matérias-primas, em processos de usi -
nagem e no transporte de fluidos sob diferentes temperaturas e pressões. Dessa forma, sua robustez garante segurança e eficiência operacional, características indispensáveis para o setor.
Outro destaque de sua utilização são suas aplicações em projetos dos setores de energia e telecomunicação. No primeiro, graças à sua resistência mecânica e capacidade de suportar cargas elevadas, as estruturas tubulares em aço encontram cada vez mais aplicações na construção de torres de transmissão. E, no segundo, servem como suporte para antenas e outros equipamentos, assegurando estabilidade e durabilidade às estruturas.
PERFEITO ALINHAMENTO À ARQUITETURA MODERNA
Complementarmente, mas nem de longe menos importante, o uso de estruturas tubulares de aço na arquitetura oferece diversas vantagens, que combinam estética, eficiência e sustentabilidade, como atestam grandes escritórios especializados em projetos no ramo. Isso porque, esses materiais permitem maior liberdade de design, prazos de construção mais curtos e obras mais limpas, entre muitos outros benefícios.
Nesse espectro, segundo a ABCEM, existem três aspectos essenciais que devem ser considerados. O primeiro é a economia, como a redução de peso e do custo com as fundações necessárias para suportar as obras, uma vez que o uso do aço costuma ter um valor menor em comparação com o outros materiais, como é o caso do concreto; a diminuição do tempo de execução dos projetos, devido à eficiência na montagem e à leveza das estruturas metálicas; a adequação a solos com baixa capacidade de carga, em locais nos quais estruturas mais pesadas poderiam representar desafios técnicos e aumentar os custos das fundações; a diminuição dos desperdícios durante a construção, já que o processo de fabricação do aço permite um controle mais preciso sobre a quantidade necessária de material nas obras arquitetônicas; e ainda a manutenção simplificada, uma vez que o aço é um material durável, que apre -
Fotos: Imagem de Freepik
TUBOS DE AÇO
senta necessidade reduzida de reparos ao longo do tempo, gerando economia no longo prazo.
O segundo é a derrubada do mito de que o aço não é um bom material para projetos arquitetônicos contemporâneos, do qual deriva o segundo fator fundamental: a versatilidade. E isso permite que os arquitetos explorem diferentes conceitos e expressem toda a sua criatividade, a partir de uma ampla variedade de formas e estruturas, desde linhas simples e modernas até formas mais complexas e orgânicas.
Nesse âmbito também, a resistência do aço permite a criação de estruturas arquitetônicas de diferentes portes e propostas, sem comprometer a estabilidade e a segurança da construção. Isso sem falar de outros benefícios, como: a compatibilidade com uma ampla variedade de outros materiais, tais como aqueles de revestimento e acabamento – por exemplo, vidros, madeiras, pedras e cerâmicas –, muito usados em projetos arquitetônicos de fachadas e interiores personalizados, adaptados às necessidades e às preferências dos cliente; e a facilidade de modificação e expansão, devido ao fato de que as estruturas tubulares de aço são facilmente modificáveis e expansíveis, possibilitando que os edifícios construídos com elas possam ser adaptados para atender a novas estruturas, sem a necessidade de demolição ou reconstrução completa.
Finalmente, o terceiro aspecto refere -
-se à durabilidade conferida aos projetos arquitetônicos, de saída proporcionada pela resistência à corrosão, especialmente quando as estruturas tubulares são revestidas ou protegidas contra intempéries ambientais. Nesse sentido, também entra a resistência ao fogo, pois o material não contribui para a propagação de incêndios. Por conta de seus atributos, as estruturas de aço na arquitetura têm demonstrado uma boa capacidade de resistência a ventos fortes, e até mesmo a abalos sísmicos. Por fim, atreladas à sua durabilidade e resistência, elas têm uma vida útil longa em comparação com outros materiais de construção. Assim, as estruturas de aço podem permanecer funcionais e esteticamente atraentes por muitos anos, oferecendo um excelente retorno sobre o investimento, sem falar no aspecto da sustentabilidade ecofriendly , porque são totalmente recicláveis.
Em síntese, o contínuo avanço tecnológico do uso de estruturas tubulares de aço na arquitetura vem se expandido significativamente. Com suas propriedades aprimoradas e capacidade de adaptação, elas desempenham um papel fundamental na moldagem de espaços arquitetônicos inovadores e duradouros, que atendem às demandas modernas, bem como às exigências de funcionalidade, beleza e responsabilidade ambiental, aliás como já grafou Silvino Canzian, diretor comercial da Cedisa Central de Aço, no início desta reportagem .
Red Bud
Nossas Estiradoras fazem otrabalho mais rápido e processam mais bobinas por turno
Com mais de 30 anos de experiência e 60
5
Anos de
Estiradoras In-Line vendidas, a Red Bud Industries é a especialista líder quando se trata da tecnologia de nivelamento por estiramento. Nossos sistemas de Nivelamento por Estiramento contam com os tempos de ciclo mais rápidos do setor. Nenhum outro se compara. Nossas pinças metálicas duram um ano ou mais e dispensam a utilização de calços de papelão. Nossas unidades também podem ser pareadas com a nossa Niveladora de Rolos de Grande Porte para a remoção da “memória da bobina e da coroa” antes de o material ser estirado, e os dois equipamentos trabalhando em sintonia produzem o material de maior planicidade do setor e totalmente livre de tensões internas.
Entre em contato com o nosso representante de vendas independente no Brasil VPE Consultoria 11 -999860586 mader@vpeconsultoria.com.br
Niveladoras Estiradoras (Stretc her Leveler)
Garantia
DUPLEX: GALVANIZADO MÁXIMA RESISTÊNCIA
Por meio da combinação entre aço galvanizado por imersão a quente e pintura, o Sistema Duplex oferece proteção muito superior àquela de cada sistema isoladamente. Ideal para ambientes como áreas marítimas e industriais, ele é uma das soluções mais eficazes contra a corrosão.
RICARDO SUPLICY GOES*
Agalvanização por imersão a quente, também conhecida como galvanização a fogo ou zincagem a fogo, já proporciona uma grande proteção anticorrosiva por apresentar uma dupla proteção:
PROTEÇÃO POR BARREIRA
Na proteção por barreira, o zinco reveste e isola superfícies contra agentes oxidantes presentes no meio ambiente. Ele penetra na rede cristalina do metal base, formando ligas Fe-Zn por difusão intermetálica, o que garante resistência à corrosão.
E PINTADO PARA
GALVANIZAÇÃO A FOGO
PROTEÇÃO CATÓDICA
Além de atuar como barreira mecânica, o zinco é usado por oferecer proteção catódica ao ferro. Por ter potencial de redução menor, oxida-se antes do ferro, “sacrificando-se” para protegê-lo. Mesmo com danos no revestimento, os sais de zinco, aderentes e insolúveis formados pela corrosão, depositam-se nas áreas expostas, isolando novamente o aço do ambiente — processo semelhante a uma cicatrização (Figura 1).
SISTEMA DUPLEX – AÇO GALVANIZADO E PINTADO
A pintura de aços galvanizados por imersão a quente, denominada Sistema Duplex, é resultado de duas necessidades:
1. Cores para a estética, identificação ou sinalização; 2. Máxima durabilidade em meios ambientes agressivos – como ambientes C3, C4 e C5 (conforme a norma ABNT NBR 14643: 2001 - Corrosão atmosférica - Classificação da corrosividade de atmosferas), ou ambientes com pH abaixo de 6 e pH acima de 12.
Graças à dupla proteção (barreira e catódica), a pintura sobre superfície galvanizada a fogo tem alta performance. Se houver dano na tinta, como um risco que exponha o aço, o zinco se redeposita no local, protegendo o substrato, como mostra a Figura 2.
Para garantir alta performance, recomenda-se o uso de tinta de fundo epóxi-isocianato com acabamento poliuretano acrílico alifático. Deve-se evitar a tinta alquídica, pois esta apresenta baixa resistência à umidade, imersão em água, meios alcalinos, produtos químicos e solventes fortes, podendo ocorrer seu destacamento por ser saponificável.
A tinta alquídica, semelhante às tintas a óleo e acrílica, é produzida a partir de óleos vegetais, geralmente de soja, polimerizados com álcool e ácido. O resultado é uma resina que, diluída em solvente, adquire consistência oleosa e seca completamente após 24 horas. Seu preparo confere aspecto cromático distinto das demais tintas. A durabilidade máxima do revestimento depende
Figura 1: Proteção catódica
Figura 2: Proteção catódica sob a tinta
da agressividade do meio, e pode ampliar a vida útil do aço em 1,5 a 2,5 vezes em relação à pintura isolada. Essa eficiência resulta da sinergia entre o zinco e a tinta, em que a ação conjunta gera um efeito superior à soma dos individuais, caracterizado por um coeficiente K de duplicação.
A durabilidade do Sistema Duplex é determinada pela seguinte fórmula:
DSD = K (DG + DP), na qual DSD é: Durabilidade do Sistema Duplex; K é Coeficiente de sinergia (varia conforme ambiente e pintura); DG: Durabilidade da galvanização (espessura do zinco) DP é Durabilidade da Pintura (resistência e aderência).
Valores de K: Baixa agressividade: 2,0–2,7 Industrial/marinho: 1,8–2,0 Água do mar (imerso): 1,5–1,6
Exemplo: em ambiente de baixa agressividade (categoria C2 – rural, segundo ABNT NBR 14643:2001), a vida útil do aço galvanizado a fogo é de 45 anos, e a do pintado, 10 anos. No Sistema Duplex (galvanizado + pintura), a durabilidade não é a soma simples (55 anos), mas sim 110 anos, considerando o coeficiente K: DSD = 2,0 × (45DG + 10DP) = 110.
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO AÇO
GALVANIZADO A FOGO A SER PINTADA
Como em todo tratamento de proteção de estruturas em aço, a preparação correta da superfície é fundamental. Ao sair da cuba de galvanização, o aço apresenta-se limpo e brilhante, mas, com o tempo, adquire tonalidade
GALVANIZAÇÃO A FOGO
Normas de pintura sobre a superfície
galvanizada – Sistema Duplex
Norma / Documento Assunto Principal
ABNT NBR 15158:2016
Limpeza química de superfícies de aço
ABNT NBR 15239:2005 Tratamento com ferramentas manuais/mecânicas
ABNT NBR NM ISO 7347:2000 Ferroligas – Erros sistemáticos na amostragem
ABNT NBR 9209:2016
ABNT NBR 16733:2019
PETROBRAS N–1021 F
ISO 12944-2:2017
ISO 12944-5:2018
Fosfatização para pintura (aços carbono/galvanizados)
Pintura anticorrosiva em aço galvanizado
Pintura de metais e materiais compósitos
Classificação de ambientes corrosivos
Sistemas de pintura protetiva
Norma de galvanização Galvanização por imersão a quente
ABNT NBR 6323:2016 Especificação da galvanização a quente
Fonte: Guia de galvanização por imersão a quente do ICZ; Manual para Especificação da Galvanização por Imersão a Quente do ICZ; e pesquisas do autor.
cinza-fosca, devido à reação do zinco com oxigênio, água e dióxido de carbono, formando uma camada estável, rígida e aderente que o protege. A oxidação ocorre lentamente, variando conforme o clima, entre seis meses e dois anos. Durante essa transição, surgem óxidos e carbonatos pouco aderentes. Como muitos revestimentos duplex são aplicados nessa fase, a superfície deve ser tratada quimicamente ou mecanicamente para garantir aderência da tinta. O revestimento pode ser aplicado tanto em superfícies recém-galvanizadas quanto nas envelhecidas; porém, neste último caso, os resultados são menos consistentes, não sendo o método recomendado.
PASSIVAÇÃO
Para melhor aderência da tinta sobre o aço galvanizado, recomenda-se não passivar a peça durante a galvanização. A passivação, última etapa do processo, aplica uma solução cromatizante que protege temporariamente o zinco contra a oxidação branca. No Brasil, porém, alguns galvanizadores indicam a passivação mesmo quando a peça será pintada, considerando o tempo até a pintura e as
condições de armazenamento. Nesses casos, é essencial remover a camada de bicromato antes da pintura com solvente ou esponja abrasiva (como Scotch-Brite), para garantir boa aderência. O ideal é pintar logo após a galvanização a fogo, antes do início da corrosão natural do zinco. Quando há exigências estéticas elevadas em Sistemas Duplex, pode ser necessário um acabamento adicional na superfície galvanizada, pois pequenas imperfeições ficam mais visíveis após a aplicação de revestimentos orgânicos, especialmente em sistemas de pintura em pó. Deve-se evitar polimento excessivo, que pode danificar a camada de zinco.
ORIENTAÇÕES: PRÉ-TRATAMENTO
PARA PINTURA
As orientações para o pré-tratamento de superfícies resultam de um estudo conjunto entre um centro independente de pesquisa e um fabricante de tintas, que avaliou o desempenho de sistemas comercialmente disponíveis em aço galvanizado por imersão a quente. Após anos de experiência com revestimentos duplex, foram de-
finidos os principais parâmetros de desempenho. O pré-tratamento é mais eficaz quando realizado logo após a galvanização, antes de qualquer contaminação. Caso ocorra depois, a superfície deve ser cuidadosamente limpa, removendo óleo, graxa, sujeira e manchas de umidade, utilizando escova e lavagem com água para eliminar sais solúveis. Há três métodos reconhecidos de pré-tratamento que garantem um substrato adequado à pintura: fosfatização, jateamento abrasivo e envelhecimento.
FOSFATIZAÇÃO
A fosfatização é considerada o melhor pré-tratamento para pintura do aço galvanizado. Utiliza-se fosfato de zinco com sais de cobre, resultando em
coloração preta ou cinza escura. A solução não deve se acumular em superfícies horizontais, pois prejudica a aderência da tinta. Ecessos devem ser removidoscom água. É indicada para galvanização nova, não para superfícies já expostas ao tempo. A solução deve secar completamente antes da pintura. Embora estudos indiquem boa aderência até 30 dias após o tratamento, recomenda-se pintar o quanto antes. Sais brancos formados pela umidade devem ser removidos com escova, e contaminações devem ser limpas conforme orientação dos fabricantes.
JATEAMENTO ABRASIVO
O jateamento abrasivo com escória de cobre fina ou pó de carborundum, a até 40 psi (2,7 bar),
GALVANIZAÇÃO A FOGO
é um método mecânico de pré-tratamento que remove pouco óxido, e deixa o zinco levemente áspero. Deve-se ter cuidado com peças de zinco espesso para evitar danos. Para melhores resultados, é necessário ajustar a distância e o ângulo do jato conforme a superfície. Esse método complementa a preparação química e, no mercado, é conhecido como jateamento de varredura (sweep blast), com ângulos entre 30° e 60°.
ENVELHECIMENTO
O processo só é efetivo após seis meses de exposição do galvanizado à atmosfera. A superfície deve ser preparada com esponja abrasiva ou escova dura, sem restaurar o brilho do zinco, seguida de lavagem quente com detergente e enxágue. A secagem completa é essencial antes da pintura. O envelhecimento não deve ser utilizado como um método de preparação da superfície em ambientes marítimos com altos níveis de cloro.
ORIENTAÇÕES: PINTURA
Os sistemas de pintura devem ser formulados para uso em aço galvanizado e aplicados, conforme as recomendações do fabricante. A escolha depende da aplicação e do ambiente de exposição. Com a redução do uso de tintas látex à base de óleo e alquídicas (não recomendadas), destacam-se os acrílicos com base epóxi de alta densidade ou polivinílica, sendo o epóxi reforçado indicado para condições severas. Em sistemas múltiplos, a base de óxido de ferro micáceo (MIO) garante melhor aderência. Revestimentos como poliuretano bicomponente e acrílico-uretanos oferecem alta durabilidade e boa manutenção de cor, enquanto epóxis acrí-
licos e polisiloxanos se destacam pela resistência à abrasão e retenção de brilho. Os epóxis de alta densidade são amplamente usados, mas cresce o uso de produtos à base de água, menos tolerantes a pré-tratamentos inadequados, porém favorecidos por normas que restringem solventes.
REVESTIMENTO EM PÓ
O revestimento em pó tem crescido rapidamente como método de adição de cor a superfícies metálicas. Assim como a galvanização, é realizado em condições controladas de fábrica, o que limita o tamanho máximo das peças, mas permite excelente aplicação em superfícies galvanizadas por imersão a quente. As propriedades térmicas do aço galvanizado são semelhantes às do aço comum, possibilitando o uso de diferentes tipos de pó, como poliéster, epóxi ou híbrido. O processo requer pré-tratamento químico, geralmente cromatização ou fosfatização, seguido de tratamento térmico leve e aplicação do pó. Para obter bons resultados, é essencial seguir rigorosamente as instruções do fabricante e contar com aplicadores experientes. Tal como na pintura líquida, há ampla variedade de cores disponíveis. O galvanizador deve ser informado previamente sobre o posterior revestimento em pó, pois o pós-tratamento deve ser compatível com o tipo de revestimento. Há também produtos de aplicação direta que dispensam pré-tratamento adicional, desde que a galvanização seja bem executada, sendo amplamente utilizados em diversas aplicações.
Ricardo
Suplicy Goes* - Engenheiro- - Gerente Executivo do ICZ – Instituto da Cadeia do Zinco
Desde 1975, a Lumegal é referência em Zincagem por Imersão a Quente, unindo qualidade, tecnologia e sustentabilidade. Com duas unidades estrategicamente localizadas e capacidade de 4.500 toneladas por mês, garante agilidade e precisão no atendimento às mais variadas demandas. Suas cubas de galvanização
— entre as maiores do país — permitem o processamento de peças de até 10,5 metros de comprimento.
Certificada pela ISO 9001, a Lumegal investe continuamente em inovação, capacitação e respeito ao meio ambiente.
Tradição, tecnologia e confiança há 50 anos.
PERSPECTIVAS DE CURTO A SIDERURGIA MUNDIAL
Na comparação com o ano passado, a estabilidade deverá ser o principal destaque na demanda global por aço
HENRIQUE PATRIA
AAssociação Mundial do Aço (worldsteel), que reúne produtores, institutos de pesquisa, universidades e entidades ligadas à siderurgia e representando cerca de 85% da produção global, divulgou seu mais recente estudo: a Perspectiva de Curto Prazo (SRO ) para a demanda mundial de aço em 2025 e 2026.
A projeção para este ano indica estabilidade em relação a 2024, com a demanda global alcançando cerca de 1.750 milhões de toneladas (Mt). Já para 2026, prevê-se uma recuperação modesta de 1,3%, elevando a demanda para 1.773 Mt.
Comentando o cenário, Alfonso Hidalgo de Calcerrada, economista-chefe da Associação Es-
CURTO PRAZO PARA MUNDIAL
Foto: Divulgação Ternium_Brazilwordsteel
panhola de Produtores de Aço (UNESID), e presidente do Comitê de Economia da worldsteel, afirmou: “Apesar da intensificação da guerra comercial global e das incertezas envolvidas, estamos cautelosamente otimistas com a demanda mundial por que deverá atingir seu ponto mais baixo em 2025, e apresentará crescimento moderado em 2026. Essa visão positiva se apoia na resiliência da economia global, na continuidade dos investimentos em infraestrutura pública nas principais economias, e ainda a esperada flexibilização das condições de financiamento.”
O crescimento projetado para 2026 será impulsionado por tendências regionais distintas. Espera-se uma desaceleração na demanda chinesa, enquanto economias em desenvolvimento como Índia, Vietnã, Egito e Arábia Saudita devem registrar forte expansão. Além disso, prevê-se o tão aguardado retorno do crescimento da demanda por aço na Europa.
Na China, a demanda deverá continuar em queda em 2025, com retração de cerca de 2,0%. Essa projeção representa uma desaceleração da tendência negativa observada desde 2021, causada principalmente pela crise no setor imobiliário, que deve seguir em declínio em 2026, com nova queda estimada de 1%.
Nos países em desenvolvimento, excluindo a China, a demanda por aço deverá crescer de forma robusta: 3,4% em 2025 e 4,7% em 2026. Esse avanço será puxado pelo bom desempenho da Índia e dos países das regiões ASEAN e MENA.
A demanda indiana por aço deverá manter seu ritmo acelerado, com crescimento próximo a 9% entre 2025 e 2026, sustentado pela expansão contínua dos setores consumidores de aço. Em 2026, a demanda na Índia deverá ser quase 75 Mt superior à registrada em 2020.
Na África, a demanda permaneceu praticamente estável, entre 35-40 Mt, desde meados de
Foto:
Divulgação Gerdau -Worldsteel
SEJA VISTO POR MILHARES DE PROFISSIONAIS E DECISORES DO SETOR!
Anuncie na principal fonte de informação para quem busca produtos e serviços em aço. Em 2024, ultrapassamos a casa dos 3 milhões de pageviews, conectando empresas a um público altamente qualificado.
NÃO PERCA ESSA OPORTUNIDADE! A revista Siderurgia Brasil vai ao ar de março a dezembro. Garanta seu espaço na próxima edição. +55 11 99633-6164 – diretoria@grips.com.br www.siderurgiabrasil.com.br
2010. Contudo, desde 2023 observa-se uma mudança significativa, com sinais claros de retomada na construção e no consumo de aço. Estima-se que, nos últimos três anos, a demanda africana tenha crescido em média 5,5% ao ano. A maioria das economias do continente alcançou maior estabilidade, com redução da volatilidade inflacionária e cambial. Além disso, diversas nações estão adotando ambiciosas agendas de diversificação econômica, apoiadas por reformas estruturais.
Já na América Central e do Sul, projeta-se uma aceleração da demanda por aço em 2025, com crescimento acima de 5%. Esse avanço será impulsionado por uma recuperação de dois dígitos na Argentina — após queda superior a 30% em 2024 —, e por um sólido crescimento de 5,0% no Brasil, onde programas de habitação social continuam a fomentar o consumo de aço na construção civil.
Nos países desenvolvidos, a previsão é de queda de 0,5% na demanda por aço em 2025, marcando o quarto ano consecutivo de retração desde 2021. Para 2026, espera-se uma re -
cuperação de 1,5%, com a demanda na UE e nos EUA atingindo o fundo do poço em 2025, e retomando crescimento modesto. Por outro lado, Japão e Coreia devem manter demanda contida ao longo de 2026.
A região UE+Reino Unido deverá crescer 1,3% em 2025, e 3,2% em 2026. O retorno do crescimento na UE reflete o impacto do aumento dos gastos com infraestrutura e defesa, aliado à melhora das condições macroeconômicas, como inflação mais baixa, crédito mais acessível e aumento da renda familiar real.
Por fim, a demanda por aço nos EUA deverá crescer 1,8% em 2025, impulsionada pela antecipação da produção diante do aumento de tarifas e dos investimentos em infraestrutura. Em 2026, espera-se novo crescimento de 1,8%, sustentado pela demanda reprimida na construção residencial e nos investimentos privados. Para acessar todo o estudo: https://worldsteel.org/ media/press-releases/2025/worldsteel-short-range-outlook-october-2025/ Fonte: worldsteel.org
Foto:
Divulgação Usiminas
Serão milhares de Empresários, Diretores, CEOs e Alta Gerência de empresas do Agronegócio e Agribusiness, Proprietários rurais, Engenheiros agrônomos, Operadores logísticos, Autoridades governamentais, Cooperativas, Faculdades, Institutos de pesquisas e demais pessoas ligadas ao setor. Pessoas com capacidade de decisão nos postos que ocupam.
BOLETIM DO AGRONEGÓCIO:
Faça um anúncio de sua empresa, veja os formatos:
PORTAL : FORMATOS DOS BANNERS
Master
Banners: Peso 250 Kb, em caso de animação no máximo 10 segundos.
OUTRAS FORMAS DE PUBLICIDADE:
Matérias exclusivas, noticias patrocinadas, plurieditoriais, entrevistas, vídeos e outros.
Durante quatro dias, Joinville se tornou o centro da metalurgia sul-americana. A feira de 2025 destacou automação, Inteligência Artificial e novos negócios, marcando um novo ciclo de inovação para a indústria.
HENRIQUE PATRIA
Realizada de 6 a 10 de outubro no Centro de Convenções e Exposições Expoville, em Joinville/SC, a Feira Metalurgia 2025 confirmou seu status de um dos principais eventos de fundição e metalurgia da América do Sul. Foram quatro dias de intensa movimentação, com mais de 15 mil visitantes de diversos
estados brasileiros e do exterior. Pesquisa aplicada nos pavilhões apontou predominância de empresários, engenheiros e técnicos qualificados, em busca de atualização tecnológica e oportunidades de negócios.
Com mais de 240 expositores — número 20% superior ao da edição anterior —, a feira apresentou todo o ciclo produtivo da fundição e ferramentaria, das matérias-primas aos processos e equipamentos de última geração. Além das empresas brasileiras, participaram expositores da Alemanha, Bielorrússia, China, Espanha, EUA, França, Índia, Itália e Tailândia. Robôs e soluções baseadas em Inteligência Artificial foram destaque, demonstrando o avanço da automação industrial.
Os visitantes vieram de 18 estados e de 17 países, principalmente da América do Sul. Cerca de 25% ocupam cargos de decisão, e metade visitou o evento pela primeira vez. O volume estimado de negócios gerados, e que devem se concretizar nos próximos meses, é de cerca de R$ 450 milhões.
Segundo Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil e presidente da feira, “Os números mostram a qualificação e a renovação do público, reflexo da ampliação da divulgação, do crescimento da feira e da demanda do mercado por tecnologia, inovação e conhecimento.”
RODADA DE NEGÓCIOS
A Rodada de Negócios mais uma vez foi destaque pela efetividade em gerar co -
nexões comerciais. O formato, que coloca frente a frente fornecedores e compradores em reuniões pré-agendadas, tem se mostrado estratégico para a formação de novas parcerias. Nesta edição, 65 empresas participaram das sessões, que somaram 420 encontros. Diversos empresários relataram ter iniciado relações comerciais duradouras a partir de contatos feitos no evento.
CONGRESSO TÉCNICO E PROGRAMAÇÃO PARALELA
Simultaneamente à feira, foi realizdo o Congresso Citec Fundição, com palestras voltadas a novos processos produtivos, aumento de produtividade e uso de Inteligência Artificial e robotização. O evento foi coordenado por Fernando Oliveira, CEO da plataforma Dr. Fundição, que destacou a relevância dos temas apresentados: “O congresso trouxe soluções práticas para aprimorar técnicas e aumentar a performance industrial.”
O Senai, tradicional parceiro da Messe Brasil, também marcou presença. Daniel de Aviz, gerente operacional das regiões Norte e Nordeste Catarinenses, ressaltou o papel da instituição na formação de mão de obra qualificada. Atualmente, o Senai contabiliza 19 mil alunos matriculados em 10 unidades da região, com taxa de empregabilidade superior a 90%. Os cursos abrangem áreas como Metalurgia, Fundição, Automação, Têxtil, Plásticos e Engenharia. “A educação é a transformação da
vida das pessoas, e a busca do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento humano”, afirmou Aviz.
WORKSHOPS E INOVAÇÕES
Os expositores também contribuíram com 30 palestras gratuitas sobre produtos, tecnologias e inovações, ampliando o intercâmbio técnico e profissional. A atualização tecnológica foi um dos pilares do sucesso da feira, com destaque para a apresentação de tendências em máquinas, equipamentos auxiliares, insumos e serviços especializados. Os expositores destacaram a alta qualificação dos visitantes, e o retorno obtido em visibilidade e novos contatos comerciais.
PRESENÇA DA GRIPS EDITORA
Mais uma vez, a GRIPS Editora esteve ao lado da Messe Brasil, oferecendo suporte de mídia antes, durante e após o evento. Com audiência média de 60 mil acessos mensais em seus veículos e canais de comunicação, a parceria contribuiu de forma decisiva para a ampla divulgação da Feira Metalurgia 2025.
PRÓXIMA EDIÇÃO
O sucesso desta edição consolida a Metalurgia como referência no calendário industrial brasileiro e sul-americano. A próxima feira já tem nova edição agendada para 2027, novamente em Joinville, prometendo uma mostra ainda maior, mais tecnológica e inovadora.
Henrique Pátria – Editor Siderurgia Brasil e Richard Spirandelli – Presidente da Metalurgia 2025
Foto: Alexandre Silvino
No último dia 3 de outubro foi celebrado o Dia Nacional de Preservação das Abelhas, e também o primeiro ano do projeto BeeVolt, iniciativa de manejo sustentável voltada à preservação de abelhas nativas e geração de renda. O projeto, de caráter agrivoltaico — que combina agricultura com geração de energia solar — é desenvolvido pela EDP, empresa que atua nos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, em parceria com a startup Bee2Be e a ONG Orientavida.
A criação e multiplicação das abelhas começaram com a instalação de um meliponário, conjunto de caixas de madeira que abriga as colônias. Inicialmente eram 20 enxames, com cerca de 600 abelhas cada. Hoje, o projeto conta com 48 colmeias, e a meta é alcançar 100 até abril de 2026.
Como polinizadoras, garantem a regeneração de espécies vegetais nativas e fortalecem os ecossistemas.
O BeeVolt atua na região de Roseira/SP,
Divulgação
Foto: EDP
ABELHAS E ENERGIA
SOLAR EM HARMONIA
onde está localizada a usina solar da EDP, com foco na recuperação da biodiversidade. As abelhas da espécie Mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides)
— nativas, sem ferrão e ameaçadas de extinção — são as principais responsáveis pela polinização, processo que garante a reprodução das plantas e a produção de frutos e sementes. Estima-se que cerca de 630 hectares já tenham sido polinizados desde o início do projeto.
A Usina Solar de Roseira, que abriga o BeeVolt, foi inaugurada em fevereiro de 2024, com capacidade de 75 kW. A energia gerada beneficia 154 famílias da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos (SP), por meio de créditos na conta de luz. Entre março de 2024 e agosto de 2025, a economia superou R$ 110 mil. O projeto, realizado em parceria com a Gerando Falcões, recebeu investimento superior a R$ 500 mil da EDP.
Fonte: edp@massinteligencia.com.br
Brasil de Noticia
Foto: Agência
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou retração de 3,5% no consumo de energia elétrica, em relação ao mesmo período de 2024.
Segundo a entidade, a variação das temperaturas influencia diretamente o uso de eletricidade no país. O aumento do uso de equipamentos de refrigeração impacta a demanda, sobretudo no ambiente regulado,
Foto: FIEC
DE ENERGIA RECUA
CAPACITAÇÃO EM ENERGIA SOLAR CONSUMO
que reúne residências, pequenos comércios e empresas de médio porte.
Já no ambiente de contratação livre, no qual os consumidores podem escolher seus fornecedores de energia com base em critérios como preço, tipo de fonte e flexibilidade contratual, houve redução de 2% em comparação a setembro de 2024.
Fonte: CCEE
Foi firmado um acordo entre a FIEC, o Senai Ceará e a multinacional chinesa GoodWe para implantar um centro de treinamento de ponta voltado à formação de profissionais do setor fotovoltaico.
O novo laboratório será instalado no SENAI Ceará, e contará com sistemas completos fornecidos pela GoodWe, como inversores on-grid e híbridos, soluções de armazenamen -
to e um carport com módulos solares BIPV. O objetivo é capacitar técnicos e engenheiros para atuar em todas as etapas dos sistemas solares, do dimensionamento e instalação ao monitoramento e manutenção. O projeto executivo está em andamento no Centro de Excelência para Transição Energética Prof. Jurandir Picanço, com início previsto até o final de 2025.
Foto: Divulgação
SETOR GLOBAL DE AÇO RECUA 1,6% E REVELA DESACELERAÇÃO
Segundo a Worldsteel Association, a produção mundial de aço bruto totalizou 141,8 milhões de toneladas em setembro de 2025, representando uma queda de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2024.
Principais Países Produtores
– China: 73,5 Mt (−4,6%)
– Índia: 13,6 Mt (+13,2%)
– EUA: 6,9 Mt (+6,7%)
– Japão: 6,4 Mt (−3,7%)
– Rússia: 5,2 Mt (−3,8%)
– Coreia do Sul: 5,0 Mt (−2,4%)
– Turquia: 3,2 Mt (+3,3%)
– Alemanha: 3,0 Mt (−0,6%)
– Brasil: 2,8 Mt (−3,2%)
– Irã: 2,3 Mt (+6,0%)
Regiões e países abrangidos pela tabela:
• África: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, África do Sul, Tunísia
• Ásia/Oceania: Austrália, China, Índia, Japão, Mongólia, Nova Zelândia, Paquistão, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia, Vietnã
• América do Norte: Canadá, Cuba, El Salvador, Guatemala, México, EUA
• Rússia e CEI + Ucrânia: Bielorrússia, Cazaquistão, Rússia, Ucrânia
• América do Sul: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela
Fonte: Worldsteel Association
QUEDA NA PRODUÇÃO E VENDA DE CAMINHÕES PESADOS
A queda na produção e venda de caminhões pesados no terceiro trimestre de 2025 registrou 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. E também a indústria automobilística como um todo recuou 0,8%, mas já atingiu a meta de 2 milhões de veículos produzidos em 2025.
De janeiro a setembro, houve crescimento de 6%, embora os dados mais recentes indiquem dificuldade em manter esse ritmo. Segundo Igor Calvet, presidente da ANFAVEA, “os números de julho a setembro nos preocupam por indicarem perda de tração e impõem o desafio de recuperação”.
Já o setor de ônibus avançou, com alta de 13,4% frente ao mesmo período de 2024. Já o varejo de veículos nacionais preocupa, com retração de 8,1% no acumulado do ano,
Destaques de setembro
resultado que seria pior sem o programa Carro Sustentável, cujos modelos cresceram 24% nas vendas.
Os importados também desaceleraram em setembro, exceto os chineses, que bateram recorde pelo terceiro mês seguido, com mais de 18 mil emplacamentos. As exportações são o ponto forte do setor, com alta de 51,6% frente a 2024, totalizando 430,8 mil veículos. No comércio exterior a situação com a Colômbia preocupa: o fim do acordo bilateral e o novo imposto de 16,1% sobre carros brasileiros já começou a vigor em outubro.
Na contramão, os embarques para a Argentina mais que dobraram, com alta de 130,6%, sendo essenciais para sustentar o crescimento de 6% na produção acumulada.
Fonte: Anfavea
Produção: recuo de 0,8% no 3º trimestre puxado por caminhões (-9,4%)
Colômbia: 3º maior destino sob risco após fim do acordo automotivo
2 Milhões: nesta semana atingimos essa importante marca na nossa produção
Cenário desafiador: ciclo de aperto monetário desacelera atividade econômica e setor
Carro Sustentável: alta de 24% nas vendas ameniza queda no varejo
Salão do Automóvel: recorde de 27 marcas e foco na experiência dos visitantes
AÇOS: CRESCEM O CONSUMO E A IMPORTAÇÃO, CAI A PRODUÇÃO
Segundo dados do Instituto Aço Brasil, a produção nacional de aço bruto somou 25 milhões de toneladas entre janeiro e setembro de 2025, queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2024.
Enquanto a atividade industrial segue em ritmo moderado, as importações continuam em expansão, com alta de 9,7% e volume acumulado de 5,1 milhões de toneladas até setembro. As exportações, por sua vez, totalizaram 7,8 milhões de toneladas, um avanço de 2,6% sobre o ano anterior.
O consumo aparente de produtos siderúrgicos alcançou 20,4 milhões de toneladas, crescimento de 4,1%, impulsionado principalmente pelos aços importados. Já as vendas internas das usinas brasilei -
ras chegaram a 16,1 milhões de toneladas, com leve aumento de 0,5% no período. Em setembro, a produção recuou 3,2%, atingindo 2,8 milhões de toneladas frente a agosto. O consumo aparente do mês foi de 2,3 milhões de toneladas, uma queda de 5%. As exportações cresceram 11,6%, chegando a 786 mil toneladas, enquanto as importações caíram 31,9%, somando 446 mil toneladas.
O Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) encerrou outubro em 33,4 pontos, uma alta de 5,9 pontos ante setembro. Apesar da melhora, o índice segue abaixo dos 50 pontos, refletindo a persistente cautela entre os executivos do setor.
Fonte: Instituto Aço Brasil
SETOR DE AÇOS PLANOS ACELERA
EM SETEMBRO
As vendas de aços planos somaram 361,7 mil toneladas em setembro, uma alta de 7,2% sobre agosto (337,4 mil toneladas), e de 10,6% na comparação anual com setembro de 2024 (327,1 mil toneladas).
Segundo o presidente do INDA , Carlos Loureiro, este movimento ocorreu devido ao anuncio antecipado das usinas de que os preços seriam reajustados em outubro, o que realmente aconteceu com aumentos entre 7,5% e 8% nos laminados a quente, e de 3,5% a 4% nos demais tipos
As compras também tiveram movimento de alta: foram adquiridas 360 mil toneladas junto às usinas, um avanço de 9,9% frente às 327,6 mil toneladas de agosto. Em relação
ao mesmo mês do ano anterior (341,5 mil toneladas), o crescimento foi de 5,4%.
Com esse movimento, os estoques encerraram o mês em nível mais confortável, com 1.084,4 mil toneladas, o equivalente a três meses de vendas.
E as importações se mantiveram estáveis, com 241,4 mil toneladas, mesmo volume de agosto. Na comparação anual, houve queda de 16,6% frente às 289,5 mil toneladas registradas em setembro de 2024.
No acumulado do ano as vendas registram crescimento de 1,1%, movimento que deve permanecer segundo presidente da entidade.
Fonte: Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço - INDA
EXPORTAÇÃO: “NOVOS RUMOS PARA O MERCADO HALAL”
Conforme destacou Mohamad Orra Mourad, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, durante a realização do o Global Halal Brazil Business Forum 2025, em São Paulo, no ultimo dia 27/09 “a ampliação das exportações brasileiras para países de maioria muçulmana depende da diversificação da pauta comercial, do fortalecimento da interlocução diplomática e da ampliação da oferta de produtos com certificação halal”.
Apesar de as exportações do Brasil
para os 57 países da OCI terem somado US$ 28,09 bilhões em 2024 em alimentos e bebidas, a pauta ainda é dominada por produtos básicos, um cenário que empresários e governo devem transformar.
GESTÃO ESG AUTOMATIZADA
A Brasilata está investindo em tecnologias para fortalecer sua estratégia ESG, celebrando 30 anos de parceria com a TOTVS. Produzindo mais de 50 mil toneladas de embalagens por ano, a empresa adotou o TOTVS Backoffice - Linha Datasul em 1995. Recentemente, contratou a solução Gestão ESG by DEEP, que automatiza e centraliza a coleta de indicadores
ambientais, sociais e de governança. Integrada ao ERP, a ferramenta fornece dados confiáveis e atualizados mensalmente, reduz riscos operacionais, financeiros e comerciais, minimiza controles manuais, e aprimora a elaboração de Inventários de Carbono e Relatórios de Sustentabilidade nos principais padrões de mercado. Fonte: totvs@ideal-axicom.com
Foto:Agência Brasil de Notícias
Foto: Brasilata
ELETROMOBILIDADE GANHA FORÇA NO BRASIL
A Edenred Ticket Log, marca da Edenred Brasil especializada em soluções de mobilidade, realizou pesquisa com 300 gestores de frotas para mapear os avanços da eletrificação veicular no país.
O estudo revelou que 76% das empresas com veículos elétricos fazem o carregamento em suas próprias sedes; 42% já contam com fornecedores especializados, e 87% planejam instalar pontos de recarga nos próximos anos.
A frota elétrica está concentrada nas capi-
tais, que abrigam 70% dos veículos. O Sudeste lidera, seguido pelo Sul. Juntas, as regiões somam 68% do total. Nordeste e Centro-Oeste têm participação próxima (14%), e o Norte responde por 3%.
Fonte: https://www.edenredmobilidade. com.br/
SOLUÇÕES 4.0 PARA MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Mais de 2,6 mil micro, pequenas e médias empresas vão receber tecnologias desenvolvidas em 91 projetos de digitalização industrial, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Elas foram selecionadas pela B+P Smart Factory BNDES/2025, que vai destinar R$ 45,3 milhões em recursos não reembolsáveis para soluções voltadas à chamada indústria 4.0, a fim de tornar as fábricas mais
eficientes e sustentáveis.
O B+P Smart Factory oferece apoio técnico e financiamento de até 70% do valor dos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Foram selecionadas 91 propostas entre as 124 que foram enviadas.
Fonte: https://brasil61.com/
LUMEGAL: 50 ANOS GALVANIZANDO CONFIANÇA
A Lumegal, uma das empresas mais tradicionais no ramo de galvanização a fogo, comemorou em junho suas Bodas de Ouro. São 50 anos de muito crescimento e sucesso, com um atendimento especial que sempre coloca o cliente em primeiro lugar. Com capacidade para produzir 4.500 toneladas por mês de produtos galvaniza -
dos de alta qualidade, tanto na sede em Diadema quanto na filial em Indaiatuba, ambas em São Paulo, a empresa está pronta para entregar soluções confiáveis e econômicas até para os projetos mais complexos. Na edição de novembro da nossa revista, vamos contar a trajetória, os novos planos, o momento atual e o que vem por aí dessa gigante do setor.