Revista Red Beach

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inverno 2011

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Winter 2011


Palavra do

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Ano 02 - No 03

Mussa

inverno 2011

Fala Galera, Estamos aí, na 3ª edição da Revista Red Beach e só temos a comemorar, porque a cada edição, a revista cresce mais e supera nossas expectativas. Matérias interessantes, entrevistas, novidades. Tudo para que você da Família Red Beach, esteja ‘antenado’ no mundo do surf e skate, e claro; por dentro das novidades das lojas da rede Red Beach. Trazemos para você a fera das pistas, Karen Jonz e Caio Ibelli, a grande promessa do surf brasileiro (acreditem, ele cresceu nos arredores da Red Beach). Eles contam tudo, desde quando começaram até os planos futuros. Saiba tudo sobre as principais marcas de calçados Goofy e LuiLui, que enfrentam a grande concorrência do mercado surfwear e ainda assim, são campeões em popularidade e vendas. A seção Arte na Red inaugura espaço na revista, com uma ótima dica de passeio na Galeria Alma do Mar, local que reúne muita arte relacionada ao surf. Fique ainda por dentro de tudo o que está rolando nas lojas Red Beach e confira as últimas tendências da moda inverno surfwear. Ufa! Por agora é só. Aqui ficam nossos agradecimentos a todas as pessoas que colaboraram nesta edição: às marcas parceiras, aos esportistas que cederam um horário em suas agendas, ao Marcelo Ibelli, que nos contou toda a vida de seu filho, Caio Ibelli (que estava em viagem para Austrália), à Goofy e LuiLui, por mostrarem um pouco o universo de seus negócios, à Galeria Alma do Mar e aos fotógrafos que cederam imagens para ilustrar tão bem as páginas da Revista Red Beach: Rodrigo Brandassi, Felipe Lente, Andre Pitelli e Bruno Ramos. Espero que curtam! Até a próxima. Um abraço do amigo, Mussa (mussa@redbeach.com.br) SURF, SKATE E ATITUDE!

A Revista Red Beach é uma publicação semestral da Comunnica Soluções Integradas Ltda sob licença da Red Beach Surf & Skate. Diretor Responsável Waltinho Saavedra waltinho@comunnica.com.br Diretor de Operações Denis Fernandes denis@comunnica.com.br Contato Comercial Will Costa comercial@comunnica.com.br Redação/Edição Daniela Oliveira redacao@comunnica.com.br Revisão Fernanda Santos redacao@comunnica.com.br Fotografia Vanessa Valentin vanessa@comunnica.com.br Arte /Pré-Impressão Comunnica Soluções Integadas Ltda Impressão: Editora Parma Ltda


índice:

Colaboraram nesta revista: Matéria Arte na Red Tito Bertolucci Galeria Alma do Mar

Matéria Red Girls Karen Jonz

Garoto Prodígio: A história de união de uma família que

Matéria Mercado Surfwear Récio Zago – Grupo Lopo (Goofy, Freedom Fog e Play Skate) Salomão de Aquino – LuiLui Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - ABIT Site UOL

Arte na Red: A Red Beach mostra arte e cultura

Matéria Garoto Prodígio Marcelo Ibelli e Caio Ibelli

superou as dificuldades e fez de um filho um vencedor. - Pág.20

com a galeria Alma do Mar - Pág.34

Gostou das matérias? Escreva e nos diga o que achou. Seu contato é muito importante! Você também pode mandar dicas, comentários e sugestões para as próximas edições. Basta enviar um e-mail para:

Red Girls: Karen Jonz, a garota das pistas Pág.40

redacao@comunnica.com.br

News: Red Beach desenvolve ações www.redbeach.com.br

inovadoras no relacionamento com seus clientes - Pág.46

Mercado: Grandes nomes da indústria

calçadista no mercado surfwear falam sobre as dificuldades de uma concorrência tão acirrada - Pág.52


Bomba Front side air longboard

Lendro MacaĂŠ Backside one truck

Laurence Reali Front feeble

Filipe Pirulito Melon to fakie

Renato Sales Brincando de longboard slob

mais no site: www.redbeach.com.br



P H O T O B Y: A T I L L A C H O P A

/ LUCAS XAPARRAL

F R O N T S I D E O L L I E 1 8 0 - P I S C O TO U R , L I M A - P E R U


TO DA COBERTURA DE F OTO S E V íD E O S NO FAC E B O O K . C O M / E L E M E N T SKAT E B OA R D SB R A SI L



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Perfil

Caio ibelli

´ Garoto PRODiGIO

por: Daniela Oliveira fotos: Rodrigo Brandassi

A história de união de uma família que superou as dificuldades e fez de um filho um vencedor. Caio Ibelli é apenas um garoto de 17 anos como qualquer outro. O que o diferencia dos demais é o fato de que nessa idade ele já sabe o que quer fazer pelo resto da vida e, acreditem, descobriu isso aos três anos. O talento, força de vontade e disciplina de Caio só não são maiores que uma coisa: a união e o apoio de sua família, que se esforçou muito para que ele chegasse ao topo. Sim, porque só talento não o ajudaria a ser considerado a promessa do surf brasileiro, foi preciso muito mais. Alguns podem discordar dessa afirmativa, mas ao final dessa matéria, isso certamente ficará evidente. Conheça a emocionante história do garoto prodígio. É de arrepiar, e muito! >>

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Perfil

Caio Ibelli nasceu e morou em São Paulo até os oito anos, vivia na Zona Norte com sua família, onde seu pai tinha uma padaria. Filho de Marcelo e Márcia Ibelli e irmão de Lucas. A galera da Red Beach conhece o garoto desde pequeno. O pai o levava pra loja, ele ficava conversando com o Mussa (diretor proprietário da Red Beach), vendo as pranchas, se amarrava ficar lá. Caio cresceu vendo o pai surfar e foi ele, aliás, quem ensinou o esporte para o menino. A família tinha uma casa em Ubatuba e sempre que podiam, todos desciam para aproveitar o final de semana no litoral. Foi lá que o garoto começou a surfar. O tempo foi passando e o gosto pelo esporte foi ficando cada vez maior. Com cinco anos, Marcelo, o pai, conta que o filho não dava sossego: “Eu tinha que ficar com ele na prancha. Frio, chovendo e ele não queria sair da água”. Em julho de 2002, Caio, então com oito anos, o pai e o irmão saíram de férias e foram para a Praia Grande surfar. O mar estava calmo, e o pai, de fora, observava a atuação do filho. Na água também estava surfando um menino da mesma

idade de Caio e o pai desse menino estava bem próximo ao pai do Caio. Ele elogiou o desempenho do filho de Marcelo, disse que ele poderia competir e indicou uma pessoa, o Ademir Silva, que acolheu e trabalhou com Caio durante um tempo. O garoto prodígio então iria participar do seu primeiro campeonato, o Municipal de Ubatuba, que acabou sendo adiado e Caio foi então disputar a última etapa do Circuito Paulista Amador, em Camburi. “Foi o primeiro campeonato que ele participou na categoria petit, conquistando o 7º lugar, troféu e tudo mais”, disse o pai, Marcelo Ibelli. Logo na sequência aconteceu a etapa de Ubatuba, com Caio em 4º lugar e outro troféu. O final do ano havia chegado e a família decidiu que eles iam passar todo o período de férias em Ubatuba, para que o garoto pudesse treinar. “Peguei o Caio no último dia de aula e só voltamos dois meses depois”, disse o pai. 2003: um novo ano começa e se torna o marco na família Ibelli

Houve a primeira etapa do Paulista, em Guarujá. Caio fica em 3º lugar e mostra que cada vez mais cresce no esporte. Percebendo isso, seus pais decidem que seria melhor para a família morar em Guarujá, para que o garoto pudesse se dedicar aos treinos. Só que a padaria, local de onde vinha o sustento da família, não poderia ser fechada. Então, a proposta era que a mãe e os meninos morassem em Guarujá por seis meses como período de experiência e o pai trabalharia durante a semana em São Paulo e desceria para o litoral aos finais de semana para ficar com a família. Por ser perto de São Paulo (apenas uma hora de viagem), o plano parecia perfeito. Em julho de 2003, a família se muda para o litoral para morar em um apartamento alugado. “Os meninos adoraram, o Caio dizia: achamos a Austrália brasileira!”, comenta o pai do garoto. Passado o período de experiência e adaptação no litoral, os pais resolvem vender as casas de Ubatuba e São Paulo para comprar um apartamento em Guarujá. Nesse período, o filho mostrava sua dedicação e mesmo sendo

amador, parecia ser da categoria profissional. “Caio acordava às cinco da manhã, sentava no calçadão e ficava esperando o dia clarear para entrar na água”, diz o pai, Marcelo Ibelli. Mas nem tudo foram flores, os momentos difíceis chegaram. “Administrar a padaria em São Paulo e a distância da família foi se tornando difícil. Meu casamento entrou em crise devido à distância, acabava não vendo minha esposa direito. Quando tinha campeonato era um sacrifício só, a Márcia ia para São Paulo ficar no meu lugar na padaria e eu descia a serra, pegava os meninos, viajava 4, 6 horas, passava o final de semana no sol, na chuva, no frio, sem comer direito e acordando às 6 horas da manhã. Terminado o campeonato, eu ia direto para o Guarujá levar os meninos e depois voltava para São Paulo. Durante a viagem, eles dormiam de casaco e eu pensava no que estava acontecendo; algumas vezes feliz da vida, outras nem tanto, porque todo mundo sabe, quem manda no circo é o dono da tenda e não os palhaços”, conta Marcelo. Algumas vezes, Márcia, a mãe de

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Perfil

Caio, chegou a pedir ao Marcelo para desistirem do plano, pois a distância estava ficando grande e os meninos precisavam do pai por perto. “Tive medo de o Caio ter que parar de surfar”, confessa Ibelli, o pai. Marcelo se emociona: “A gente passa a viver a vida deles. Eu fiz a base, levei em todos os campeonatos, ele não tinha treinador, quem acompanhava ele era eu, eu fazia a inscrição dele, verificava as pranchas. As pessoas falavam que eu era louco, que ia perder tudo o que tinha por causa de um sonho, mas a única pessoa que podia falar era minha esposa, que estava junto comigo”. Deu tudo certo e hoje, Caio Ibelli vive do surf. Há oito anos ele tem patrocínio da Oakley e da Pranchas Ricardo Martins. Para conseguir seu grande sonho, o menino ainda bem novinho teve que se virar, e muito. Com 10 anos ele foi para o Havaí treinar, com 12, foi sozinho disputar na Califórnia e com 15 anos viajou para a França para participar de um campeonato mundial. Em 2008, Caio foi Campeão Paulista Júnior na categoria amador. Como

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prêmio, ganhou uma passagem para Fernando de Noronha, onde participou da primeira etapa do Nordestino Profissional. Foi nessa viagem que ele tornou-se profissional, teve um excelente desempenho. Nesse dia, o mar estava com ondas gigantes, de até 15 pés (em torno de 4 a 5 metros de altura). A partir desse campeonato, ele teve destaque e respeito dos profissionais e pessoas do meio. “Uma coisa é você ser aceito como profissional, outra é você chegar a ser profissional, até hoje comentam do campeonato de Noronha”, comenta Marcelo Ibelli. 2010 foi um grande ano para Caio, que disputou várias etapas no circuito profissional tendo resultados expressivos: ficou em 3º lugar duas vezes em Bali e garantiu o 5º lugar no WQS, na Austrália. Foi eleito o brasileiro com melhor colocação, se classificando para o Mundial Pro Junior Sub-21. Em reconhecimento à excelente fase, revistas consagradas no segmento surf estampam capas com Caio e ilustram matérias sobre sua atuação. O surfista é o segundo brasileiro a ser

capa da Surfing, a revista mais antiga e de maior prestígio no mundo, além da Hard Core e Fluir. O garoto agora começa a colher os frutos que plantou e cada vez mais atinge resultados rápidos. No momento em que esta matéria estava sendo escrita, Caio estava na Austrália, disputando o WQS, em Margaret Rivers, entre 04 e 10/04/11. Esse campeonato é considerado “prime” e entram na disputa os 100 melhores classificados no one ranquing; no qual os 45 melhores surfistas se classificarão para o tão sonhado WCT (mundial profissional). No one ranquing, Caio estava no 128º lugar, mas como foi o 3º colocado no Mundial, ganhou o direito de participar dos campeonatos prime, considerados os mais importantes do mundo. Na Austrália há quatro meses, ele já disputou vários outros circuitos além do Margaret Rivers, seu principal objetivo. E para quem pensa que ser surfista profissional é moleza, se engana; assim que chegar ao Brasil irá para o sul a fim de participar de mais uma competição.

Ainda em 2010, Caio tinha mais uma meta, desta vez não imposta pelos circuitos de surf, mas por Márcia Ibelli: terminar o segundo grau. A mãe dizia que assim que concluísse os estudos, poderia viajar bastante e se dedicar ao surf em tempo integral. Com o apoio da escola e de sua mãe, o garoto obteve mais essa conquista. Perguntado sobre o filho, o pai diz que Caio é muito divertido, acorda e dorme dando risada, não tem apego a nada material, é bagunceiro e um cara muito amigo, tem poucos, mas muito bons amigos. Marcelo diz que a geração do Caio é de um nível muito alto no surf. Modesto quando fala na promessa do surf, o pai diz: “O Brasil tem vários nomes que estão despontando e acho que entre os que estão surgindo, ele tem uma grande credibilidade, o pessoal tem apostado nele”. Antes, o pai acompanhava o filho em todos os campeonatos que podia, agora, corre para dar um jeito de ligar o computador para assistir pela internet. “A gente deu toda a estrutura que ele precisava, mas chega uma hora que você tem que deixar o filho seguir sozinho o

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Perfil seu caminho e o momento do Caio chegou. Ele já era adolescente, tava nessa transição. Acho que na minha cabeça, a pessoa tem que sair da asa do pai, dar seus próprios passos, a gente cria os filhos para o mundo”. Com a sensação de dever cumprido, Marcelo Ibelli vendeu a padaria em São Paulo no ano passado e desceu para o litoral definitivamente. Ele abriu uma lanchonete e finalmente mora com sua família em Guarujá, de onde torce para que seu garoto prodígio ganhe as areias do mundo. “Quero dizer que amo minha mulher e meus filhos Caio e Lucas, e que faria tudo de novo se fosse preciso para ver meus filhos felizes como são”, Marcelo Ibelli, pai de Caio Ibelli. A equipe da Red Beach conseguiu localizar o Caio na Austrália e graças à tecnologia (santa tecnologia!), batemos um papo com a promessa do surf brasileiro. RB: Caio, você acha que o gosto pelo esporte veio da influência de seu pai, já que ele é surfista e nessa idade os pais são ídolos para os filhos? CI: Sim, foi meu pai que fez crescer minha paixão pelo surf, com dois anos ele me colocava deitado na prancha. RB: Seu pai e sua mãe mudaram a vida da família pelo seu sonho porque acreditavam em seu sucesso. Você tem consciência do esforço da sua família? O que você tem a dizer sobre isso? CI: Agradeço muito a eles pelos esforços feitos, sei que tudo foi muito difícil na época, mas graças a Deus deu tudo certo e hoje estamos vendo os resultados positivos. RB: Para você, qual foi a importância da participação e apoio da sua família no esporte que pratica? CI: Foi tudo. Sem o apoio deles eu não estaria onde eu estou agora.

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o corpo mais inteligente porque trabalha de forma tridimensional).

RB: Seu pai disse que em Guarujá você acordava às cinco da manhã, ia para a praia e ficava esperando o dia clarear para poder surfar. De onde vem tanta vontade? CI: Eu morava em São Paulo, então, quando mudei para a praia, queria aproveitar todos os dias, eu acordava muito cedo, era muito surf! RB: Com 11 anos você disse que surfar era o que mais gostava de fazer. Mudou alguma coisa? CI: Não, minha vontade de surfar e minha instigação são as mesmas de quando eu tinha 11 anos, com certeza é o que eu mais gosto de fazer. RB: Aos 17 anos você já é considerado a promessa do surf, é muita responsabilidade para apenas um garoto? CI: Não, isso é o fruto de muita diversão, apenas isso.

RB: Você cuida da alimentação? CI: Cuido, procuro comer o melhor possível, minha saúde é tudo. RB: Mas você leva a sério, não é? Encara como uma profissão? CI: Com certeza! Hoje em dia se tornou minha profissão, mas confesso que ela é muito divertida! (risos) RB: Principais prêmios/títulos conquistados: CI: 4º lugar no ranking mundial até 21 anos e Campeão Brasileiro Pro Junior. Como profissional, são os títulos mais importantes. RB: Qual é seu ritmo de treino? Fica em média quantas horas por dia no mar? CI: Faço, em média, dois sessions diários de surf de 3 horas e ainda guardo um tempo para fazer um treino físico, faço Pilates e treino funcional CORE (novo método de treinamento esportivo que previne lesões, corrige a postura e torna

RB: Tem alguma preparação antes de entrar no mar? CI: Sim, faço aquecimento. RB: O que você sente quando está surfando? CI: Felicidade e liberdade de poder me expressar através do surf. RB: Quando está surfando você fica concentrado ou dá para pensar em alguma coisa? Se sim, em que você pensa? CI: Depende, quando estou em um freesurf, só penso em me divertir, mesmo que seja um treino. Quando estou competindo, quero ganhar, aí fico bastante concentrado. RB: Atualmente você tem treinador? CI: Não. RB: Quem te orienta? CI: Meu pai e meu manager, o Pinga (Luís Carlos, Gerente de Marketing da


Perfil patrocinadora. Vocês estão juntos há quase 8 anos. O que você tem a dizer sobre esse patrocínio? CI: A Oakley é animal, supre todas as minhas necessidades e meus sonhos. RB: E as Pranchas Ricardo Martins, estão com você há quanto tempo? CI: 8 anos também. RB: Depois que chegar da Austrália, quais são os próximos campeonatos? CI: Pro Junior, no Brasil. RB: Quais os planos futuros? CI: Meus planos são competir o Pro Junior e as etapas do WQS (World Qualifying Series) para tentar me qualificar para o WCT (World Championship Tour).

RB: Ah, mas não fica triste, você ainda vencerá esse. CI: Tomara! (risos) RB: Conta mais do campeonato aí na Austrália. Você disputou quantas vezes? CI: Perdi na primeira fase. Disputei com Dammien Hobgood (americano), Masathoshi Ohno (japonês) e Ben Dunn (australiano). Oakley). RB: A melhor praia para pegar onda no Guarujá? CI: Pitangueiras, no Monduba. RB: Você já surfou em quais países? CI: Austrália, Peru, Equador, Indonésia, Havaí, Colômbia, Argentina, Califórnia, Nova Zelândia. De repente, esqueci de mais algum... RB: Para você, qual o melhor lugar do mundo para pegar onda? CI: Indonésia, na região de Mentawaii. RB: Quem é seu ídolo no surf? Você se espelha em alguém? CI: Ah, são muitos, mais o Mick Fanning e o falecido Andy Irons são muito talentosos! RB: Está ansioso para o campeonato na Austrália? Qual é sua expectativa? CI: Já disputei a primeira fase e perdi, estou voltando para o Brasil.

RB: Esse campeonato são para os melhores do mundo, os mais bem classificados, certo? CI: Sim, isso. São só para os 96 melhores do mundo, os 96 primeiros no ranking mundial. RB: E como é a seleção de quem disputa com quem, é por peso, por idade? Como é que definem com quem você vai disputar, por exemplo: você poderia disputar com Kelly Slater? CI: As baterias são definidas através de seed. Por exemplo, o Kelly é o número 1 do ranking, ele é o seed número 1, ele cai com quem tem menos pontos, tipo o seed 96. O 1 cai com o 96, o 2 com 95, e assim vai. Quem tem mais pontos com quem tem menos. Eu tenho pontos bons também, é que todas as baterias são difíceis nesse campeonato. RB: Como é competir com os

RB: Já se sente realizado? CI: Ainda não.

melhores do mundo? CI: É legal. Esse é meu primeiro ano, estou só competindo para conhecer as ondas e me adaptar para o ano que vem ir com tudo, já sabendo o que vou encontrar, com os equipamentos certos, etc. RB: Além de você, quais os surfistas brasileiros que disputarão esse campeonato? CI: Adriano de Souza, Jadson, Silvana... São muitos, tipo uns 15 ou 20 brasileiros. RB: Já fez amigos no surf mundial? CI: Já, muitos. Tem uma galera muito massa. RB: Você teve que viajar sozinho para treinar na Califórnia aos 12 anos. Achou difícil, já que era muito novo? Como foi? CI: Foi tranqüilo. Eu ‘tava’ super feliz de viajar sozinho para fazer o que eu mais gosto: surfar e competir. RB: A Oakley é a sua primeira

RB: O que falta? CI: Muita coisa, meu objetivo é ser campeão mundial, mas isso é um trabalho a longo prazo. RB: Você frequentava bastante a loja da Red Beach. Tem boas lembranças de lá? CI: Muitas! Passei anos da minha infância lá. Fiz aulas de skate com o Mikima, ficava na loja assistindo aos vídeos de surf, era irado. RB: Quando vem para o Brasil? CI: ‘Tô’ tentando mudar minha passagem para depois de amanhã (08/04). RB: Qual recado você deixa pra galera que lê a revista Red Beach? CI: O recado é apenas acreditar em seu sonho, tudo que você deseja com esforço e fé em Deus pode se realizar, basta apenas acreditar em você mesmo. RB: Caio, finalizamos por aqui. Parabéns pelo trabalho e determinação e mais ainda pela união de sua família e história de vida. CI: Show! Obrigado.

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KEEP THE SUN ON YOUR FACE


W W W . R OX Y B R A S I L . C O M . B R


Arte na Red

acervo inspirador

A partir desta edição, a Revista Red Beach traz para os leitores a influência do surf, skate e street no mundo das artes e cultura. A nova sessão “Arte na Red” invade a revista e terá sempre um espaço reservado para quem é fã e curte belas artes. Aproveite!

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por: Daniela Oliveira fotos: Arquivo Pessoal


Como você bem sabe, a Vila Madalena é considerado o reduto boêmio de São Paulo, com vários bares, restaurantes, pizzarias e casas noturnas. Diariamente, milhares de pessoas circulam na região, em busca de uma boa opção de gastronomia, compras, entretenimento e agito. Mas nem só disso vive a Vila Madalena. O bairro também abriga vários ateliês e exposições de arte. Situado à Rua Harmonia, um casarão de esquina em tons de azul e branco é um desses lugares. Trata-se de um boulevard (shopping de rua) com cinco lojas voltadas à decoração e a loja 05 é uma galeria de arte e design direcionada ao surf. O local é simplesmente fantástico, reúne um impecável acervo cultural e histórico relacionado à atmosfera surf e recebe o nome de Alma do Mar – Galeria de Arte & Design. É frequentado principalmente por skatistas, surfistas, pessoas que passam pelo bairro e entram para conhecer e os apaixonados pelo mar, que gostam de investir em arte. Tito Bertolucci é o proprietário. Publicitário de formação, foi para o Havaí a passeio em 1994 e, a partir de então, sempre viajava para conhecer e pesquisar galerias e tinha o sonho de ter a sua. Há exatos um ano e três meses, ele conseguiu por o projeto em prática e transformar sua paixão pela cultura surf em um espaço único com essa temática. Durante as viagens ao redor de picos legendários, como Havaí, Califórnia e Austrália, ele coletava peças de arte, que incluem pranchas de coleção e séries limitadas, skates antigos originais, pôsteres que retratam a história do surf no Havaí, suvenires feitos à mão por artesãos e um vasto acervo de obras de arte nacionais e internacionais relacionados à “Beach Culture”. O acervo de pranchas da galeria é exclusivo. Durante uma exposição de arte na cidade de Santa Barbara, na Califórnia, realizada pelo Surf Heritage Museum, Tito ficou fascinado por uma peça de um colecionador, uma prancha feita em madeira e madrepérola, e adquiriu a obra diretamente das mãos de Ranny Yater. Com o passar dos anos, algumas obras tornaram-se verdadeiras relíquias, como a prancha da série “Finger 8”, praticamente esculpida pelo lendário Greg Noll no final dos anos 60, além de uma coleção de quilhas em madeira assinadas pelo próprio Greg sob um chassi de acrílico. Outro destaque é a prancha do surfista Robert “Wingnut” Weaver, usada no filme

“Endless Summer” em uma session na Indonésia, que tem assinatura de lendas do surf, como Pat O´ Connell, Bruce Brown e Dora Brown. O acervo ainda conta com pranchas cujo shape remete aos anos 70, como o caso das consagradas AIPAS, com design único, modelo Fisher e a Blue Hawaii, surfada por Mark Foo, em Pipeline, no Havaí. A galeria Alma do Mar possui um rico acervo literário relacionado à fotografia, arte e cultura surf. Alguns dos livros mais cobiçados por artistas e fotógrafos são disponibilizados para o púbico e jornalistas, tanto para pesquisa como para apreciação. Robb Havassy, Sean Davey, Flavio Caporali, Greg Noll, entre outros, compõem páginas alucinantes, coloridas e com muita qualidade de impressão. Também é possível encontrar os principais veículos de mídia especializada em surf e lançadas no Brasil, como jornais e revistas em edições históricas e coleções completas. Peças originais que retratam ondas e vida marinha de artistas expressivos na cultura surf fazem parte do acervo permanente na Alma do Mar, como Drew Brohphy, Claudia Simões, João Vianey, Di Molinaro, Flavia Bassit, Agnelo Palumbo, entre outros. Também estão disponíveis na galeria obras do músico e escultor Ithaka, feitas de tocos de pranchas achados no meio ambiente e transformados em arte, integrando à exposição itinerante “Reencarnation of Surfboards”, recentemente exibida na Califórnia. Com o foco de promover artistas, a Alma do Mar realiza regularmente exposições de arte no interior da galeria, sempre com entradas gratuitas. As próximas exposições terão como protagonistas a primeira geração de fotógrafos de esporte radical do Brasil e os fundadores da “Revista Fluir”, Alberto Sodré e Alberto Alves. Entre os dias 16 de abril e 08 de maio de 2011 é a vez do fotógrafo Alberto Sodré, mais conhecido como Cacao. A exposição nomeada como “Baú do Cacao” retratará momentos históricos do surf das décadas de 80 e 90. No dia 14 de maio, o trabalho de Alberto Alves será exposto em “Vida Caiçara”, que mostra o dia a dia dos caiçaras do litoral norte paulista. Além de expor, a galeria Alma do Mar também faz venda de obras de arte, pôsteres, objetos de decoração, livros, suvenires, roupas com temática oceânica e vários objetos acessíveis, como chaveiros e adesivos, tudo para quem gosta de coisas do mar. Chame seus amigos e conheça a Alma do Mar!

Arte na Red Mais informações: Galeria Alma do Mar Rua Harmonia, 150 – Loja 05 Vila Madalena – São Paulo/SP (esquina da Rua Harmonia com Aspicuelta). Horário de funcionamento: De 2ª a 5ª feira, das 10h às 18h. Sexta e Sábado, das 10h às 19h. Tel.: (11) 3097-0665 Entrada gratuita e estacionamento no local. www.almadomar.com.br

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Red Girl

A Garota das pistas

por: Daniela Oliveira fotos: Felipe Lente / Andre Pitelli

O nome dela é Karen Jonz. Provavelmente você já deve ter ouvido falar na “garota das pistas”. Loira, 26 anos, brasileira, natural de Santos (mas mora em Santo André desde os 7 anos), skatista, formada em Rádio, TV e Design Multimídia. Ela pinta lindos quadros, desenha, toca piano, violão, arrisca na batera e já foi integrante da banda Violeta Ping Pong (extinta). Também é colunista do Ehlas (revista feminina de skate), já foi tema de entrevistas em vários programas de TV, jornais, revistas, rádios e sites, tem colunas em diversos veículos, se dedica a exposições de arte e ainda posa de modelo, com participações em campanhas publicitárias. Além do talento no skate, Karen também tem uma veia artística afinada. A casa dela tem um estúdio/ ateliê onde a skatista faz desenhos e desenvolve projetos, dentre outras coisas. Quando não tinha patrocínio, a garota saía para comprar roupas e achava que podiam ser diferentes, por esse motivo ela começou a criar suas próprias peças. Algum tempo depois, já com o patrocínio de algumas marcas, colaborava dando ‘palpites’ sobre as roupas. Ela gostou tanto dessa área que acabou entrando na faculdade. Atualmente, Karen está cursando Moda na Universidade Anhembi Morumbi e hoje cria roupas e administra sua marca própria, a Monstra Maçã. Com tanta coisa para fazer, ainda sobra tempo para sua dedicação maior, que é o skate, é claro. Há 10 anos, ela pratica a modalidade e é considerada a melhor do país. Com dois títulos mundiais (Campeã Mundial 2006 e Bicampeã Mundial 2008) e três medalhas no X-Games, Karen Jonz é o maior nome no skate feminino brasileiro, foi eleita a skatista do ano em 2006 e 2007 e é a única mulher brasileira a competir em campeonatos masculinos, em nível nacional e mundial. Apesar da pouca idade já fez e faz muita coisa. Com jeito de menina, é uma mulher que se esforça, corre atrás dos seus objetivos e os conquista. Um reconhecimento de seu trabalho? Karen recebeu em 2008 o Prêmio Jovem Brasileiro, evento que premia jovens talentos que se destacam nas diversas áreas em que atuam. Com tanta experiência assim, a equipe da Revista Red Beach não poderia deixar passar “em branco”. Para todos que curtem a “garota das pistas”, segue um bate papo super bacana!

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foto: Andre Pitelli


AMPLIFIER - ORANGE FLUOR

AMPLIBOX - TECNOCOLOR

POWER FLOWER - CHAMPANHE

POWER FLOWER - TURTLE

10thANNIVERSARY


Red Girl RB: Karen, a pergunta que não quer calar: como você arruma tempo para fazer tudo isso? KJ: Como eu ando de skate, meus horários são alternados e flexíveis. Por isso tenho tempo para criar, consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo. Na minha opinião, tempo todo mundo tem, acho que quando você tem vontade, vai atrás, se esforça e consegue. RB: Por que você se interessou pelo skate e como foi que você aprendeu a andar? KJ: Quando eu era mais nova, gostava de brincar na terra, fazer coisas de moleque. Sempre me senti um bicho estranho, eu era diferente das outras meninas, elas iam fazer a unha e eu ia jogar bola. Acho que eu gosto tanto de ficar perto dos meninos que eu só fazia coisa de menino. Preferia fazer ginástica olímpica e tocar instrumentos, eu não tinha frescura. Comecei a andar em 2000, comprei o skate com o meu dinheiro. Eu andava sozinha na rua do meu bairro, daí conheci o pessoal da rua e comecei a andar com eles. Ficamos amigos, eles me ensinavam as manobras, daí comecei a competir. RB: Seus pais na época apoiaram você? KJ: Meus pais sempre me apoiaram. Eu andava dentro de casa, no quintal, meu pai me levava nas competições, me buscava, ficavam assistindo. Hoje em dia tem mais meninas andando. Quando comecei a andar era bem difícil. RB: Você vai disputar campeonatos durante esse ano? Quais são? KJ: Sim, vou disputar Campeonato Mundial e mês que vem vou participar de um campeonato feminino na Alemanha, é a primeira edição. RB: Você é a primeira skatista brasileira a disputar campeonatos com meninos. Como foi isso para você, enfrentou muito preconceito por isso? KJ: Na verdade, quando comecei a andar era só com meninos, ainda era campeonato amador. Hoje corro profissionalmente e os campeonatos

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que ganhei foram todos disputados com meninas, mas o estranho pra mim é disputar com elas. Eu não ando com menina no dia a dia. Menino com menino não tem tanta competição, menina tem muita frescurinha. RB: Quais foram as maiores dificuldades? É mais difícil competir com meninos? KJ: Ah, acho que sempre tem dificuldade. Acho que é difícil pra mim porque não tenho nenhuma referência, nenhuma menina pra seguir como referência. Lá fora, na Califórnia, até tem algumas meninas, mas elas são mais velhas do que eu, é outra geração, são outras manobras, outro estilo. Não tenho referência no Brasil. Tenho que ir fazendo e não tenho em quem me basear. Competir com os meninos é mais difícil.

No campeonato masculino, o nível dos meninos é mais alto que o meu, vou para me divertir. Com as meninas não, o nível é mais parecido, não posso errar, daí a pressão é maior. RB: Como é conviver em um universo tão masculino como o skate? KJ: É bem masculino mesmo. Os meninos respeitam, sempre me respeitaram. Também tenho que ter postura, ser ligeira nas respostas. Às vezes rola alguma brincadeira, mas tenho jogo de cintura para lidar com isso. Acho que devemos saber o ambiente em que estamos e saber se comportar; é assim que eu faço. Hoje em dia, o que mais a gente vê na TV é mulher sem postura e isso nos desvaloriza muito. Eu tenho orgulho de passar uma

imagem de quem batalhou e tem características que acrescentam na vida das pessoas e não ser a gostosa da vez. Independente disso, todo mundo fala: ‘ah, você é bonita, se destaca’. Quero ser famosa não pela beleza, mas em reconhecimento pelo o que eu faço. RB: E os maiores desafios até hoje? KJ: Foi ganhar o X-Games, em 2008, na Califórnia. No ano anterior, 2007, fiquei em 4º lugar. Para disputar o campeonato em 2008 me preparei muito. Foi um ano em que treinei muito, me dediquei demais. Foi um investimento de um ano inteiro, graças a Deus deu tudo certo. Tive o resultado que eu queria. Enfrentei desafios também nas minhas viagens para as competições, eu era nova e viajava sozinha. Tive um campeonato na França, depois do


foto: Andre Pitelli

Red Girl praticando skate no meio de vários homens tem muito mais possibilidades de se relacionar com eles. Faço questão de deixar claro minha opção sexual, sou menina, muito feminina, e tenho namorado, mas cada um é cada um. Adoro gente e respeito todas as pessoas, independente da opção sexual. A maioria das pessoas tem preconceito, acham que por a menina praticar determinado esporte ela é masculinizada e muitos pais podem não deixar as meninas praticarem skate porque associam o esporte à sexualidade, e isso denigre a imagem do skate. Eu sou o que sou. Não quero associar minha imagem a nada. RB: Você tem várias marcas de roupas que patrocinam você. Qual o seu estilo de vestir? KJ: Tento combinar bastante. Adoro saias (lógico que não uso no skate), mas sempre uso. Gosto de equilibrar o visual, não usar várias peças largas ao mesmo tempo. Gosto de usar calças largas com blusas justas ou o contrário. Busco sempre o equilíbrio. RB: Conta para nós sobre os produtos da sua marca, a Monstra Maçã.

campeonato resolvi passar uma semana em Paris, mesmo não sabendo a língua nem nada, eu não podia deixar de aproveitar a oportunidade. Não sabia o que ia acontecer, foi bem desafiador, tive muita coragem. Acabou dando tudo certo, encontrei um amigo, fomos passear, conhecer a cidade. RB: Para você, qual é a melhor pista de skate do mundo? KJ: Gosto bastante de Woodward, nos Estados Unidos. É um skate parque, tem acampamento, bem legal. RB: E em São Paulo, quais os pistas points frequentadas por você e seus amigos? KJ: Tem a Tent VertHouse e a Pista São Bernardo.

RB: No skate, qual foi a sua maior emoção até hoje? KJ: O meu primeiro Flip (manobra) foi muita emoção! Era bem novinha e o Flip é a primeira manobra que você aprende. Ganhar o X-Games também foi muita emoção. RB: Você ajuda algumas meninas e paga um salário a elas como forma de incentivo da prática do esporte por parte do público feminino. O que mais você faz para promover e disseminar a cultura das meninas no skate? KJ: Eu escrevo a coluna no Ehlas, já tive um site que chamava Garotas no Comando, onde eu dava várias dicas e escrevia matérias sobre isso. Tinha uma coluna na Tribo Skate, depois

saí da revista e a coluna continuou. Ultimamente não tenho feito quase nada, patrocino duas meninas, a Ligiane (Xuxinha) e a Jéssica Florêncio. Pago um salário a elas e dou roupas da Monstra Maçã, minha marca. RB: Nas entrevistas você deixa claro que não é homosexual, por que isso? KJ: Porque nem todo mundo é igual, tem meninas que não curtem ser patricinha. Também por causa do esporte. Normalmente menina que pratica skate e joga bola é vista como masculinizada, é um padrão que a sociedade dita. Por ser um esporte mais masculino, você tem que ser mais durona, não pode ser muito fresquinha, mas isso não quer dizer que você deixa de ser mulher, feminina. Já ando de skate há 10 anos e, pelo contrário, se você pensar, uma menina

KJ: Bom, na verdade não tem produto ainda! (risos) De vez em quando lanço uma série de camisetas e vendo tudo no Twitter, no Facebook. Já fiz também algumas calcinhas, com estampas divertidas. Estamos na finalização da primeira remessa de produtos, que serão mochila para laptop. No mês que vem estarão prontas, tô me segurando para não colocar as fotos na net. No início serão vendidas em loja física mesmo, estou com um projeto, mas não posso falar muito agora, pretendo também vender pela internet. RB: Você é uma garota bonita, já recebeu cantadas dos colegas competidores? KJ: Às vezes! (risos) Ah, eu já namorei um skatista, campeão brasileiro, pior de xaveco furado na vida, mas acabou funcionando, nós namoramos e moramos juntos durante dois anos nos Estados Unidos, mas agora somos amigos. Outro dia um roller maluco meu deu uma flor na pista, mas tudo brincadeira, os meninos me respeitam muito.

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Red Girl

RB: Se considera vaidosa? Quais são os seus rituais de beleza? KJ: Quando eu era mais nova, não gostava de pentear o cabelo, passar maquiagem. As pessoas se preocupavam com isso, minha mãe mandava eu pentear o cabelo. Agora que estou mais velha, eu me cuido um pouquinho. Adoro maquiagem, como faço muito trabalho pra TV, tive que aprender a usar, é um mal necessário. (risos) Sempre vou ao cabeleireiro, gosto de cremes e de fazer a unha. RB: Além do skate você pratica outro esporte? Qual? KJ: Eu faço academia na BioRitmo de Santo André, onde tenho bolsa. Faço musculação bem leve, só manutenção para perna, lombar, porque a gente machuca bastante a lombar. Mas nada de ‘marombar’. Também faço pilates no Studio Ajna Pilates, comecei há duas semanas e estou adorando! RB: Você tem algum preparador, alguém que te ajude a alcançar os objetivos? KJ: Não. Tenho ajuda da minha irmã, que é fisioterapeuta, ela cuida de mim quando me machuco. E também agora a profissional do pilates e alguns amigos da academia que me dão dicas, me ajudam. Mas um profissional só pra mim, não. RB: Qual conselho você daria para quem quer aprender

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foto: Felipe Lente

skate? KJ: Ter coragem e ser persistente, principalmente. RB: Você não gosta de ser chamada de celebridade, mas frequentemente tem sido vista em programas de TV e outros meios de comunicação. Não acha que isso é consequência do seu trabalho, já que é destaque no skate? KJ: É porque eu sou esportista, não celebridade, e outra, eu não ganho nada com essas participações que eu faço. Mas sei que elas são importantes, uma forma de divulgar meu trabalho e disseminar a cultura do skate por parte do público feminino aqui no Brasil. RB: O skate dá grana? KJ: Não me deixa rica, mas vou viver feliz. Estou plantando pra colher um pouquinho mais pra frente. RB: Tem pista de skate em casa? KJ: Sim, tenho uma minirampa. RB: Skatista tem que fazer alguma dieta? Não pode ser “pesado” ou não tem nada a ver? Como é? KJ: Não, não tem nada disso. Qualquer pessoa de qualquer idade, sexo e peso pode praticar. Tem vários gordinhos que andam. Acho que é até bom ser forte e

ter resistência para não machucar. Lógico que um atleta de ponta não pode ser muito gordo, mas nada muito rígido. RB: Você fez o curso de Rádio e TV e disse que na época tinha 17 anos, muito nova pra escolher uma profissão... KJ: Eu cheguei a fazer um estágio na faculdade e em uma emissora de TV, mas vi que não era minha praia. Primeiro porque eu tinha um compromisso e responsabilidades de horário e o lance do skate tava começando a virar muito. Naquela época, o skate falou mais alto. Cinco anos depois eu estou fazendo Moda, se tivesse tido um tempo pra pensar, eu não teria feito Rádio e TV. RB: A marca Monstra Maçã mostrou que você deveria investir no seu talento de criação de roupas e produtos? Está gostando do curso? KJ: Então, o curso está no começo ainda, só introdução, mas acho que vou gostar. Já fiz alguns projetos independentes e colaboração para as marcas de roupas que me patrocinam. A faculdade veio como complemento para profissionalizar e também porque quero aprender mais. RB: Karen, diante de tantas atividades, qual você faz melhor? KJ: Skate, com certeza.

RB: Um recado para a galera da Red Beach: KJ: Acho bem legal a Red Beach, tem a parte de skate, a pistinha. Um negócio bem legal. E mando um recado aos proprietários da Red: ‘Não sei se já patrocinam algum atleta profissional, se não, está na hora!’. Um abraço pra galera da Red Beach e pra todos que curtem meu trabalho! Extras Base: Regular Patrocínios: Element, Nixon, Dark Dog, Monstra Maçã, Von Zipper, Osiris, Bones, 187, Protec, BioRitmo, Studio Ajna Pilates. Quiver: Shape 8 1/8, rodas 58, trucks 146. Títulos: Campeã Européia 2005, Campeã Mundial 2006, Bicampeã Mundial 2008, Campeã X Games 2008, Vice Campeã X Games 2009. Pra você que é fã da “garota das pistas”, segue todos os perfis nas mídias sociais. Confira! karenjonz.blogspot.com/ www.karenjonz.com.br/ twitter.com/karenjonz facebook.com/karenjonz www.orkut.com.br/ (Busque por Karen Jonz)







Ana/Mirella

Pedrinho

Larissa/Kauã

Lobato/Lavínia

Zyon

Gabi/Giovana/André

Leandro/Nado/Lucca

Arthur/Nathália/Alice/Jorge

Kátia/Guilherme

Luca

Adriana (Monkey)/Yago


Red na Rede: Red Beach invade as mídias sociais com ações online e triplica o número de acessos do site

por: Daniela Oliveira fotos: Rogério Duarte

Acreditar no Sonho. Fazer parte dele. Os primeiros dez anos se passaram. Agora, consagrada entre os clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros, a Red Beach comemora o sucesso de suas lojas e planeja o futuro do negócio. Os próximos dez anos serão de mais vibes ainda! Dentro do planejamento e expansão da Red Beach estão incluídas as famosas mídias sociais, que estão revolucionando os negócios do mundo todo. E com a Red Beach não é diferente. No Facebook, a rede de lojas já possui mais de 1200 seguidores, atingindo a marca de 6000 acessos por mês. No Twitter, os seguidores ficam por dentro das novidades e ainda ganham brindes e concorrem a prêmios. Já no Orkut, o perfil da Red Beach é ponto de encontro da galera, que também segue as comunidades para fazer pedido de produtos, saber

se a marca preferida está disponível, horário de funcionamento das lojas, fazer contatos comerciais, dar uma espiadinha nas fotos das belas garotas Red Beach e, não duvide, rola até paquera e convite para baladas. Com isso, os clientes estão mais próximos e antenados a tudo o que rola na Rede da Red. Promoções Pague 2 e leve 3, descontos de até 40%, parcelamento facilitado em compras e várias outras ações de relacionamento já foram feitas para os fiéis clientes que curtem os perfis no Twitter, Facebook e Orkut. Além de marcar presença nas mídias sociais, o site da Red Beach também está bombando, o número de acessos só cresce a cada dia e, para atender a expectativa dessa galera sedenta de informação e novidades, está em construção o novo portal Red Beach, que será lançado juntamente com a próxima

coleção Verão/2012. Além do novo design, o site trará ainda mais interatividade e muitas novidades, a maior delas será o lançamento da loja virtual. Assim, os queridos amigos da rede não precisarão nem sair de casa para adquirir os últimos lançamentos das melhores marcas de surfwear e streetwear. O projeto da loja virtual tem como objetivo oferecer mais um benefício aos clientes: ao clicar, você já se conecta com a Red, mas é claro que o Mussa quer que a galera também marque ponto nas lojas, afinal, todos são parte da família Red Beach. “Atender bem aos clientes e oferecer o que há de melhor no mercado”, esse sempre foi o foco da Red Beach. As ações online chegaram para ficar e a tecnologia só tem a contribuir para o crescimento e a expansão da rede. A partir deste projeto, quem mora fora de São

Paulo não ficará mais restrito às lojas de suas cidades e poderá comprar os produtos das lojas e ficar antenado sobre tudo o que rola no mundo do surf e skate. Para você que nos segue, continue seguindo. Convide seus amigos e faça parte da grande família Red Beach! www.redbeach.com.br www.orkut.com.br , perfil: Red Beach Surf & Skate www.facebook.com.br / perfil: Red Beach www.twitter.com/redbeachsurf Ah! Não se esqueça! Fique sempre ligado no site da Red Beach! Você pode conferir tudo o que rola na pista de skate, são duas câmeras ligadas 24 horas sobre o Skate Park da loja Vila Gustavo, tudo em tempo real.


Mercado

BRIGA DE GENTE GRANDE por: Daniela Oliveira fotos: Arquivo Pessoal

Grifes de surfwear contam sobre o mercado cada dia mais competitivo e o que fazem para tornar seus clientes em fiéis consumidores.

Você, fiel cliente, quando está em uma das lojas da Red Beach, o que leva em conta na hora da compra? Qualidade, conforto, o preço, design ou a grife? A verdade é que diante de várias opções de marcas, às vezes a escolha do produto torna-se até difícil para o cliente. Pois saiba que essa é uma constatação não só dos proprietários das marcas, mas também de toda uma indústria de vestuário e calçados surfwear. O Brasil é o segundo país que mais consome artigos de surfe no mundo, e em virtude disso, houve um grande crescimento, um verdadeiro ‘boom’ no número de marcas que abriram os olhos para o grande filão e entraram no mercado. Além das grifes já conhecidas e firmadas no Brasil e exterior, a cada dia surgem mais marcas com qualidade e preço competitivo, e isso é bom e ruim. Bom para os clientes, que tem mais opções de escolha e ruim para as marcas, que tem mais concorrentes para disputar o mercado. Na última edição da Revista Red

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Beach, Alfio Iagnado, proprietário do Surf Co. (Hang Loose, Quick Silver) falou sobre a concorrência, cada dia mais acirrada, e apontou como dificuldades do surfwear a existência de empresas globais, de capital aberto, que investem pesado: “Tem muita gente de bala no mercado”, diz Alfio. Outra questão, também apontada como

dificultadora é a criação de marcas baratas sendo vendidas. Segundo Alfio, “o Brás acordou para o mercado, há pressão de todo o lado”. Com essa deixa, a revista Red Beach entrou no mercado para conhecer um pouco mais sobre o surfwear, que tem tudo para crescer mais e mais. O Brasil

é o sexto lugar no mundo com população mais jovem, o grande público das marcas em questão. Além disso, como possui extensas regiões litorâneas, as pessoas tendem a praticar mais esportes e usar roupas descontraídas, já que o clima é quente em grande parte do país, e favorável às roupas, calçados e acessórios despojados, confortáveis e coloridos. A moda surf não só gera negócios, mas também lança tendências. Antes, o estilo de se vestir fazia parte somente dos armários dos surfistas, que precisavam de uma roupa específica para praticar o esporte. Hoje, além deles, há uma infinidade de pessoas que também aderiram a essa forma prática de se vestir e até ao estilo de vida. O surf além de divulgar o esporte, propagou não só uma maneira de vestir, mas um conceito de vida. Uma prova disso são os números apontados pelo mercado. A maioria das pessoas que usam o

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surfwear são simpatizantes (95%) e somente 5% realmente praticam o esporte. Até as mulheres já se renderam à moda surfwear. Várias marcas também voltaram os olhares para o público feminino e lançam todos os anos suas coleções, para que as mulheres se vistam da praia à cidade, sejam elas praticantes ou não de esportes. E a conseqüência do gosto do público são números surpreendentes. A indústria surfwear foi a que mais teve crescimento nos últimos dez anos. Nos Estados Unidos, o surf representa 3% do faturamento bruto do setor de vestuário esportivo e hoje é o maior segmento da economia americana, movimentando cerca de U$ 6 bilhões ao ano. Já o Brasil está entre os cinco principais produtores e consumidores do mundo quando se fala em surfwear, streetwear e beachwear, segmento muito forte no país. Segundo estimativas do mercado nacional, 140 mil pessoas no país são empregadas diretamente e indiretamente na indústria surfwear, que possui cerca de 3,5 milhões de consumidores fiéis e movimenta 2,5 bilhões de reais ao ano. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - ABIT estima que a indústria brasileira de surfwear represente 15% da indústria têxtil nacional. Breve História do Surfwear As primeiras marcas de surfwear surgiram no Havaí e se espalharam pelo resto do mundo. No Brasil, os primeiros praticantes do esporte que se tem notícia, apareceram por volta da década de 30, em Santos, litoral paulista. Durante a II Guerra Mundial, nos anos 40, o Rio de Janeiro serviu como base naval dos aliados e recebeu a visita de muitos militares americanos, que trouxeram novidades em equipamentos esportivos, entre eles as pranchas de surf. O esporte então se disseminou pelo país e os atletas começaram a buscar equipamentos e roupas

Mercado

Hawaii - Anos 60 apropriadas para a sua prática. Na maioria das vezes, as roupas eram trazidas de fora do Brasil, por surfistas que tinham a oportunidade de viajar em busca de novos mares, e depois as revendiam aqui como “contrabando”. Porém, os equipamentos importados eram caros e aos poucos foram surgindo surfistas dispostos a produzir, eles mesmos, suas próprias roupas e acessórios. Assim começaram as primeiras confecções de surfwear brasileiras. Usando muita criatividade, os atletas produziam o que precisavam, com know-how praticamente inexistente em confecção, mas com a vantagem de conhecerem de perto o público interessado em seus produtos. Anos passados, hoje as maiores e mais conceituadas confecções e empresas de equipamentos do

mercado são em grande parte, de propriedade de surfistas ou pessoas apaixonadas pelo esporte. Fonte: Site UOL http://www2.uol.com.br/ modabrasil/surf_street/estilos_ historia/link01.htm Mercado de Calçados Surfwear Em uma consulta com uma super vendedora ‘expert’ da Rede Beach, a equipe da revista constatou que no mercado surfwear, a concorrência é muito grande quando se trata de roupas. Existem muitas confecções que possuem linha masculina e feminina, e que disputam o olhar do cliente na hora da compra final. Em relação aos calçados, a quantidade de marcas é menor,

mas ainda assim apresenta uma concorrência relevante. Diante disso, a Red Beach foi atrás de duas grandes empresas de calçados surfwear; líderes em vendas e popularidade, para saber um pouco mais sobre o mercado e a concorrência. Conheça a partir de agora, um pouco mais sobre o universo do Grupo Lopo (que detém marcas como Goofy e Freedom Fog), e LuiLui. GRUPO LOPO O Grupo Lopo é uma grande empresa de calçados, que detém a marca Goofy, uma das grifes mais conhecidas e líder de mercado em vendas. Além da Goofy, também fazem parte do grupo as marcas Freedom Fog e Play Skate. A Lopo Calçados foi fundada em 1982, em Piracaia, interior do estado de São Paulo. Inicialmente as atividades eram concentradas no ramo de indústria e comércio de artefatos de couro, e tinha como principal produto a fabricação de bolsas. A partir de 1987, o calçado passou a ser o negócio principal da empresa, área principal de atuação até os dias atuais.

Grupo Lopo >>

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Mercado Grupo Lopo

O Grupo tem uma grande preocupação: entregar calçados de qualidade. Para isso, realiza um rigoroso controle sobre os processos e componentes utilizados na fabricação dos produtos, e ainda possui um laboratório de controle de qualidade de matérias primas, tendo como parâmetro normas nacionais e internacionais de qualidade e profissionais altamente capacitados. A empresa possui uma equipe de Desenvolvimento de Produtos, composta por modelistas, designers e estilistas, sempre ‘antenados’ no mercado nacional e internacional, a fim de ajustar as necessidades das marcas com as últimas tendências mundiais de estilo e design. Para conhecer mais sobre o Grupo Lopo, acesse: www.grupolopo.com.br Goofy Principal marca do grupo A Goofy é uma marca de calçados 100% nacional, com linha feminina e masculina, que pertence ao Grupo Lopo. É uma das pioneiras no mercado surfwear no Brasil, surgiu há mais de 20 anos, em 1987 e tem como missão oferecer produtos de qualidade para pessoas que tem estilo de vida orientado para os esportes praticados em contato com a natureza, principalmente o surf; sempre buscando superar as expectativas dos clientes. A Goofy é desenvolvida para pessoas que amam e respeitam a praia, a cultura surf, o brilho nos olhos, a mãe natureza. Pessoas que, como a marca, ‘surfam com a alma’. O site da Goofy (www.goofy.com. br) é colorido, com um astral jovem, bem verão. Você entra e tem acesso ao catálogo de produtos, coleções, e

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ainda tem um blog bem bacana para quem quer se inteirar sobre o mundo do surf e outros esportes, o www. soulgirls.com.br. Freedom Fog Criada em 1.986, a Freedom Fog é mais uma marca que faz parte da Lopo Calçados. Inicialmente foi desenvolvida para atender as necessidades do mercado calçadista, porém 10 anos mais tarde, a marca concentrou seu negócio para o seguimento de mercado Skate Wear, definindo seu mercado. Com a nova identidade, o foco foi fabricar tênis para a prática do skate, tendo como base o incentivo em patrocinar o esporte, apoiando eventos e campeonatos dentro do país. Tudo isso interligado com os clientes que apostam na marca e geram um crescimento constante para o esporte. A marca hoje é uma das principais do ramo em nível nacional, e faz constantes investimentos em inovações que priorizam a máxima qualidade da matéria-prima e conforto dos produtos, atingindo preços competitivos e designer inovador. Com 330 colaboradores diretos e 110 indiretos, a Freedom Fog tem como objetivo atender por meio de suas linhas de calçados, as necessidades e estilo de vida dos guerreiros urbanos. Além da linha de calçados masculina e feminina, a marca ainda desenvolve acessórios, como pranchas de skate e camisetas masculinas. Visite o site: www.freedomfog.com.br Play Skate

Marca adquirida recentemente pelo Grupo Lopo, 100% direcionada para o skate, produz shapes e algumas peças de confecção. Como é uma marca nova no grupo, ainda não foi feito nenhum lançamento. Conheça a atuação do Grupo Lopo na visão do proprietário, Récio Zago; que bateu um papo com a Revista Red Beach e falou sobre produtos, concorrência, diferenciais das marcas, e estratégias de negócios.

tempo todo buscando novidades que atendam nossos consumidores, que estão cada vez mais exigentes e bem informados. Trabalhamos com o objetivo de buscar produtos inovadores, gerando com isso, expectativa em nossos consumidores a cada nova coleção. Essa é a missão do nosso departamento de criação, e, portanto, não encaro como dificuldade e sim, como um desafio que nos impulsiona ao crescimento, cada vez maior.

Perfil

RB: Diante desta concorrência o que fazer? RZ: Investir em gente! Ter uma equipe unida, comprometida e motivada é fundamental! Poder contar com profissionais qualificados e dar condições de trabalho para que desenvolvam todo seu potencial faz toda diferença. Muita gente quer saber o rumo do ‘barco’, mas se esquecem de perguntar ‘QUEM’ está no ‘barco’. Com uma boa ‘tripulação’ (colaboradores) o ‘barco’ pode ir a qualquer lugar. Nós fazemos o rumo, isso é muito mais importante do que pegar o barco certo.

Empresa: Grupo Lopo Propriedade das Marcas: Goofy, Freedom Fog e Play Skate Proprietário: Récio Cavretti Zago Vende o que: Calçados femininos e masculinos. RB: Récio, quando foi que você entrou no mercado surfwear? RZ: Em 1.982, produzindo apenas bolsas e a partir de 1.987 iniciamos a produção de calçados. RB: Quantos pares produzidos ao mês? RZ: Cerca de 30.000 pares divididos entre as marcas do grupo. RB: Quantos lançamentos de coleções? RZ: Fazemos duas grandes coleções ao ano (inverno e verão), com reforços intermediários para as meias estações. RB: Há muita concorrência no mercado? RZ: A concorrência é bastante saudável, pois faz com que estejamos sempre atentos e o

RB: Existem imitações baratas de sua grife? RZ: Sempre existem as cópias! Quando um produto cai no gosto do consumidor a concorrência imediatamente trata de produzir as imitações, mas esquecem que os valores que uma marca carrega são intangíveis, não tem como ser copiada e sim, construída ao longo dos anos. Procuramos sempre agregar valor aos nossos produtos, mais do que calçados, vendemos

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Mercado imagem, desejo e sonho aos consumidores que cada vez mais, se identificam conosco. RB: Quais os diferenciais da marca? RZ: Nosso diferencial é levar ao mercado produtos com “alma”, colocamos nossos valores e nossas crenças em cada calçado produzido por nós. Acreditamos no nosso segmento e nos conectamos a ele. Somado a isso, oferecemos conforto, qualidade e estilo em nossos produtos, além de buscar sempre a excelência nos atendimentos aos nossos clientes. Também sempre ouvimos nossos consumidores, seja através do Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC, ou pelo nosso cliente/vendedor que nos traz a visão de quem é muito importante, ou seja, aquele para quem nós trabalhamos. LUILUI A LuiLui é uma famosa marca de calçados femininos e masculinos, que pertence ao grupo Hanna How. Seus produtos são encontrados principalmente em lojas de moda surf (como na Red Beach) e casas especializadas em calçados. O design e conforto dos sapatos e sandálias fazem com que a LuiLui seja uma das marcas mais procuradas pelas mulheres nos dias de hoje. Também são desenvolvidos calçados fechados como botas e sandálias plataforma, e uma linha de roupas e acessórios da moda para mulheres e homens, como: bolsas, mochilas, biquínis, cintos, bonés, carteiras, pochetes e chaveiros, que podem ser usados para compor o visual surfwear ou apenas incrementar um estilo despojado. A nova coleção 2011 da LuiLui inclui sandálias, sapatos e rasteirinhas, que combinam com várias peças; desde o jeans, um vestido comprido de verão, saia ou até vestido curto.

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Perfil Empresa: Grupo Hanna How Propriedade da Marca: LuiLui Proprietário: Salomão de Aquino Pereira Vende o que: Calçados femininos e masculinos. RB: Salomão, quando você começou no mercado surfwear? SP: Meu pai, Sr. Sebastião de Aquino Pereira iniciou em 1957 uma pequena indústria de chuteiras na zona leste de São Paulo, para venda exclusiva no segmento de esportes e mercado calçadista. Com os planos econômicos e altas inflações, a empresa encerrou as atividades em 1994, e aí surgiu a Hanna

How Indústria e Comércio Shoes Ltda. A empresa começou os trabalhos em março de 1994, direcionada no segmento surfwear, com linhas de produtos mais adaptada a demanda de mercado, preços competitivos e agilidade de fabricação e entrega. RB: A LuiLui possui linha feminina e masculina? SP: Sim. A marca começou desenvolvendo calçados femininos, como sandálias rasteiras, e também uma Linha Crepe (masculino e feminino) que atendeu a necessidade do mercado durante muitos anos. O grande diferencial da empresa foi o de abastecer a necessidade dos lojistas na reposição de

produtos em até 24 horas, e isto proporcionou um crescimento das vendas no segmento surfwear. Na linha feminina o foco sempre foi o lazer e praia. Com a necessidade do mercado, criamos novos nichos de produtos e hoje temos linhas que atendem não só a necessidade de lazer e dia-adia, mas também calçados para a noite. Na linha masculina a Cross Walk fez com que a LuiLui conquistasse grande participação de mercado. Atualmente a linha é mais ampla, com diversos produtos com foco no Trecking. RB: Quantos calçados produzidos ao mês? SP: Atualmente fabricamos 40.000 pares/mês.


Mercado de mercado e inovações tecnológicas. A marca passou a ser referencial para muitos fabricantes de calçados que atendem outros segmentos e que copiam os produtos, substituindo matérias primas e simplificando o processo de fabricação para conseguir vender nas grandes redes calçadistas. RB: Há muita concorrência no mercado de calçados? Essa é uma dificuldade? SP: A concorrência é saudável e você aprende com os acertos e erros dos outros. A empresa está focada com as suas crenças, valores e principalmente no desenvolvimento de novos produtos, criando novos nichos de mercado dentro do segmento surfwear. RB: Diante desta concorrência, o que fazer? SP: Trabalhar duro, sermos competitivos e principalmente atender a necessidade dos nossos clientes com a máxima competência.

Gruppo Hanna How RB: Quantos lançamentos de coleções ao ano? SP: A LuiLui lança duas coleções completas de produtos, sendo uma inverno e outra verão/alto verão, com um mix em torno de 150 produtos novos em cada coleção. A empresa está sempre atenta às necessidades e demanda de mercado, lançando produtos para atender em qualquer época do ano. Desenvolvemos também mini coleções para épocas específicas: linha Reveillon e Natal. RB: Quais são os principais mercados compradores no país, os estados que mais consomem produtos da LuiLui? SP: A empresa começou

as atividades em São Paulo, atendendo sempre a capacidade máxima de produção. Só que na medida em que a produção era ampliada, havia uma demanda reprimida e clientes querendo trabalhar com a marca. Somente após cinco anos foram iniciadas atividades de distribuição fora de São Paulo, começando pelos Estados da Região Sul. Atualmente atendemos as regiões Sudeste e Sul. O principal mercado da empresa é São Paulo, seguido pelo Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e etc. RB: Exporta? Se sim, para onde? SP: Atualmente exportamos somente para o Japão, mas já atuamos no mercado europeu,

atendendo Portugal e Espanha. Devido ao câmbio atual e o fortalecimento do Real, os preços dos produtos manufaturados do Brasil não são competitivos internacionalmente. RB: Número de funcionários: SP: Temos uma equipe de 400 funcionários diretos e atuamos com a terceirização de fases de produção dos produtos. RB: Existem produtos similares mais baratos de sua grife? SP: A LuiLui investe no desenvolvimento de produtos e pesquisas internacionais de mercado e matérias primas, e assim, apresenta tendências

RB: Quais os diferenciais da marca? SP: Inovação, tecnologia e desenvolvimento de produtos diferenciados e artesanais. Um exemplo é a linha exclusiva de calçados fabricados em madeira. A Red Beach vende os produtos LuiLui e Goofy. Vá até uma das lojas e garanta seu calçado! Você pode conferir os modelos de calçados, baixar papéis de parede, se informar sobre as notícias e entrar em contato com a empresa por meio do site: www.luilui.com.br. Fonte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - ABIT; Site UOL – www.uol.com.br

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