Exposição Ubi Bava

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U BI BAVA UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

1915 - 1988

PB

1 UBI BAVA

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RONIE MESQUITA GALERIA



UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

Conheci Ubi Bava quando na Escola de Belas Artes eu estudava Arquitetura e ele Artes Plásticas. Lembro-me deste ainda muito jovem - recordo como era por todos estimado – e do talento que já naquela época revelava, e que depois o consagrou como um

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dos grandes artistas plásticos de nosso país.

Oscar Niemeyer.

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UBI BAVA: UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO Piedade Grinberg


UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

Desenhista, pintor, arquiteto e professor, Ubi Bava (1915 -1988) consolida o que há de mais conceitual e de vanguarda na arte brasileira dos anos 1950 aos 80: suas obras suscitam questionamentos de abstração, geometria, perspectiva, movimento, contemplação, participação e

Representante das múltiplas correntes do pensamento artístico internacional como arte abstrata, arte construtiva, arte cinética, concretismo, abstração informal, abstração geométrica e arte op, Ubi Bava lega ao público desde obras que resultaram de pesquisas na linha geométrica e na pintura da cor pura x forma - características específicas de autonomia x dependência da geometria e da cor - até pinturas que apresentam uma nítida vibração de superfícies abstratas. Além dos trabalhos com espelhos, os objetos óticos e cinéticos, os de multivisão e tubos sensibilizados, buscando incansavelmente e sistematicamente espaços, estruturas, equilíbrio e forma, e uma constante preocupação com o espectador/fruidor. Sua obra pictórica apresenta extremo rigor sintetizando as leis da geometria como instrumento da ordenação das emoções através de linhas e cores íntegras e de espaços com sentido preciso de infinitude. Ressalta a importância da educação visual e do poder das imagens, que nunca são estáticas e incitam a vibração ótica: modifica essas imagens e desloca o ponto de apoio num ritmo preciso e constante.

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transformação do universo ótico.


Sua pintura geométrica nos anos 50 filia-se à corrente da abstração menos ortodoxa, distanciando-se do rigor do concretismo com composições que utilizam círculos decompostos tornando sensíveis os materiais que emprega e respeitando sua vocação a um racionalismo formalista sem prejuízo da liberdade criadora. O artista incursiona por novos campos tecnológicos como o das bolas coloridas ou não, quando imprime ao círculo uma dinâmica no espaço, um ritmo e um jogo que o distancia da forma estática: os chamados círculos estáticos dinâmicos. Converte-os em elementos ativos e vibrantes sobre a estrutura do quadrado da tela. Sendo um artista aliado aos princípios da arte construtiva, Ubi Bava apresenta trabalhos como objetos compostos de elementos geométricos em materiais os mais diversos a citar metal, vidro, papelão, madeira, acrílico, plástico, espelho etc. usados em conjunto, combinados ou isoladamente, tornando-se um tributo à racionalidade científica de uma época na qual o artista se exercita na teoria-prática e na prática-teoria para alcançar a pura racionalidade.

DA ESQUERDA PARA A DIREITA OS IRMÃOS: ERCILA, ORPHEU, ARQUIMEDE, IDÉO, ANUNCIATA E UBI BAVA. AO CENTRO OS PAIS, DOMENICO E CONCETTA


UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

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UBI BAVA: ARTISTA PLÁSTICO E PROFESSOR DE ARQUITETURA


Ubi Bava (em pĂŠ) com os amigos Percy Deane e Enrico Bianco


Ubi Bava incorpora à vocação construtiva a vontade para a ordem, a confrontação com as aspirações da vanguarda e a necessidade de se tornar intérprete do seu tempo e propulsor de novas ideias. Seu espírito vital transcende qualquer campo de inventividade e criação, quando convida o espectador a participar de seu trabalho de arte.

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Um dos mais importantes legados da obra de Ubi Bava são os trabalhos com espelhos recortados e modulados, alguns em caixas de acrílico perfuradas em pequenos círculos onde foram inseridos espelhos côncavos e convexos, brancos ou coloridos, concretizando a proposta fenomenológica do artista. Essas obras cinéticas de Ubi Bava são objetos construídos com espelhos que multiplicam e refletem a imagem do espectador no interior da própria obra. Aplicando um outro sistema, o artista faz também colagens por meio de jogos de espelhos e vários outros materiais, estabelecendo inter-relações entre o espectador e a obra. 8

O artista estabelece uma relação estreita entre a Teoria da Relatividade - todas as coisas do Universo podem ser mensuráveis - e o conceito e funcionamento de uma obra de arte nos trabalhos da série "Homenagem ao espectador", que mudam a cada momento por meio dos reflexos e vibrações. Preocupado com determinadas formas e estruturas, Ubi Bava explorou um complexo processo tecnológico que estende e redefine a visão e a imagem refletida como a chave da superioridade intelectual e não somente como fonte de prazer. Essas obras são os resultados das pesquisas do artista, em que o essencial é o sistema e a empatia que o contemplador forma com a obra, excluindo a importante relação que se estabelece entre ela e o ambiente que a cerca. No sistema assim formado, o contemplador é obrigado a participar. Para isso foi criada a obra: se esta vive e pulsa é porque diante dela está o espectador.

“Eu realizava minhas pesquisas num campo aberto e paralelamente trabalhava na busca da 'multivisão', com as montagens, onde, através do jogo de espelhos, plexiglass e outros materiais, o espectador participava da obra e usufruía os vários aspectos que ela apresentava. Foi um concretismo sui-generis, um tanto lírico, o que

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desenho de arquitetura, DÉCADA DE 1930


TEXTO CRÍTICO DE JAYME MAURÍCIO por ocasião dA EXPOSIÇÃO REALIZADA NA GALERIA IBEU, 1969, RIO DE JANEIRO, RJ


repugnava os ortodoxos de então. Não admitiam a participação do artista em termos de sensibilidade e emoção. Eu me limitava a por de lado qualquer relação com o discursivo, por abaixo a circunstância. Nas minhas pesquisas com espelhos o espectador aparece na sua essência de imagem, é uma proposta fenomenológica.”, declarou Ubi Bava em 1969.

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ESTUDO DA SÉRIE CARNAVAL “ARLEQUIM”, DÉCADA DE 1940

Em cada movimento do espectador as imagens são renovadas, compostas ou decompostas através de uma percepção direta ou por esquemas indiretos, sendo o mais impressionante de todos os reflexos apreendidos nas esferas de espelhos côncavos ou convexos. Nesses trabalhos o artista retoma uma vertente humana relevante, a lúdica, mas sem gratuidade, pois é o lúdico dentro do racional - mantendo a unidade única dessas obras. Em outros trabalhos os espelhos são soltos, se movem e dão oportunidade ao espectador de fazer sua própria composição, cujo resultado é a reprodução multiplicada de diversas partes do seu corpo e do espaço que o circunda. 10

ESTUDO DA SÉRIE “FUTEBOL”, DÉCADA DE 1940

Esse é o objetivo do artista: a obra capta, modifica, ilumina, reduz e amplia as imagens refletidas sendo devolvida ao espectador como a mais pura essência artística.

“Para conseguir ser um artista é necessário dominar, controlar e transformar a experiência em memória, a memória em expressão, a matéria em forma. A emoção para um artista não é tudo: ele precisa também tratá-la, transmiti-la, precisa conhecer todas as regras técnicas, recursos, formas e convenções com que a natureza - esta provocadora pode ser dominada e sujeitada à concentração de arte. A paixão que consome o diletante serve ao verdadeiro artista; o artista não é possuído pela besta-fera, mas domina-a. O livre resultado do trabalho artístico resulta da maestria”, afirmou Ubi Bava em 1968.

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Profundamente engajado no conceito sobre a imagem e a “percepção da ausência”, o artista conclui que existe uma superioridade da visão sobre o discurso e entre o simultâneo sobre o descontínuo, além de uma luta entre o conhecido e o desconhecido.


CERTIDテグ DO MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, 1949, RIO DE JANEIRO, RJ


CRONOLOGIA "Esta obra não é eterna, como não são eternas as coisas deste mundo. Todavia, se houver, por parte de seu proprietário, interesse em conservá-la, então ela tornar-se-a quase eterna.” Rio - 1974, Ubi Bava

UBI BAVA Nasceu EM 1915 em Santos, no litoral paulista,

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e Faleceu em 1988 no Rio de janeiro.

Desde cedo iniciou a prática do desenho e da pintura fazendo cópia do natural, de estampas e produções, além de esquemas e interferências sobre mapas, tendo realizado também inúmeros retratos

“A mais forte influência que recebi quando ainda jovem foi a de Rouault, através de reproduções de suas obras. Todavia, aquela atração pela geometria, e as impressões que em mim ficaram das obras futuristas e cubistas e o entusiasmo que as obras de Magnelli me causaram - obras expostas numa das primeiras Bienais de São Paulo, levaram-me com as armas e bagagens para o mundo da arte abstrata”. Com o objetivo de se dedicar aos estudos, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1933, iniciou na Escola Nacional de Belas Artes o curso de Arquitetura e, paralelamente, o de Pintura. Formou-se como arquiteto em 1939 e concluiu sua formação em pintura em 1940, tendo sido aluno dos renomados pintores Oswaldo Teixeira, Lucílio de Albuquerque, Rodolpho Chambelland e Henrique Cavalleiro.

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e desenhos de arquitetura e objetos.


MATÉRIA DA FOLHA DE SÃO PAULO SOBRE A MOSTRA COLETIVA com UBI BAVA, ANESIA DA SILVA, ARCANGELO IANELLI, CARLOS MAGANO E LULA CARDOSO AIRES, DÉCADA DE 1960, SÃO PAULO, SP

CONVITE DA EXPOSIÇÃO NA GALERIA de arte IPANEMA, 1974, são paulo, sp


Foi aprovado como professor em 1947 em concurso para a cadeira de Desenho Artístico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da antiga Universidade do Brasil e mais tarde para a chefia do Departamento de Análise e Representação da Forma na mesma faculdade, tendo participado como artista e professor de dois grupos ligados a Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O primeiro criado em 1955 por Onofre Penteado - grupo Vida-Valor Arte -, e o Grupo Diálogo, integrando a exposição "Abstratos Geométricos", reunindo os artistas Ivan Serpa, Lygia Pape, Lygia Clark, Aluísio Carvão entre outros.

No ano de 1969 participou da comissão que fundou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (ASA), hoje Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. Foi professor e chefe de departamento, função que exerceu até o ano de 1981.

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Em 1960 Ubi Bava atuou na fundação da Associação de Artistas Plásticos Contemporâneos (ARCO), cujo primeiro presidente foi Augusto Rodrigues (1913-1993), e tinha como objetivo congregar artistas.

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Salões e premiações

O artista foi premiado em vários destes salões: Medalha de Bronze em Pintura, em 1936 e Menção Honrosa na Divisão Moderna, em 1944. Na Divisão Moderna do Salão de 1945 recebeu a Medalha de Prata em Pintura e de Bronze em Desenho. Em 1961, com a obra "Catedral Fabulosa", pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes, recebeu o Prêmio de Viagem ao Exterior - o mais importante prêmio das Artes Plásticas no Brasil. Nessa viagem, Bava visitou a Itália, Espanha e França. Voltou ao Brasil em fins de 1963 prosseguindo em suas pesquisas na linha geométrica, vibração de superfícies, multivisão e tubos sensibilizados.

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Desde 1936 participou de inúmeros salões, a destacar as versões do Salão Nacional em períodos distintos: Salão Nacional de Belas Artes em 1936, 44, 45 e 49 e Salão Nacional de Arte Moderna em 1961, 64 e 67 quando apresentou três espelhos com tiras verticais construídos sobre tramas que dão ritmo a esses espaços pluridimensionais, onde a imagem do observador em movimento é fragmentada, criando efeitos óticos e cinéticos.

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Em 1964 mostrou no Salão Nacional de Arte Moderna suas novas pesquisas já com espelhos côncavos e convexos. Participou também do Salão Nacional de Artes Plásticas em 1983 e 85, ambos no Rio de Janeiro. Ainda nos Salões Nacionais no Rio de Janeiro, integrou como Membro do Júri em 1948 na Seção de Desenho; em 1950 na Seção de Artes Gráficas e, em 1951, na Seção de Pintura. Participa do Salão Preto e Branco no Rio de Janeiro em 1954. Foi membro da Comissão do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) no Rio de Janeiro no período de 1965 a 68. EXPOSIÇÕES individuais e coletivas No circuito das galerias, sua primeira mostra foi em 1945 no Instituto dos Arquitetos do Brasil no Rio de Janeiro, na companhia do escultor Alfredo Ceschiatti.

CAPA DO CONVITE DA EXPOSIÇÃO NO IBEU, 1980, RIO DE JANEIRO, RJ

Já como artista consagrado expôs no Rio de Janeiro nas galerias Giro, Instituto Brasil Estados Unidos (IBEU) e Macunaíma. Em São Paulo na Galeria de Arte Ipanema, Galeria de Arte da Folha e na Galeria Collectio. Teve vigorosa participação na Bienal de São Paulo, estando presente nas três primeiras edições realizadas em 1951, 53/54 e 55. Já em 1959 apresentou no mesmo evento uma pintura geométrica, filiando-se à corrente da abstração menos ortodoxa. Participou também de algumas mostras internacionais, como a exposição “Arte brasileira contemporânea”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) em 1957. Posteriormente viajou pela Argentina, Chile e Peru. Em 1975 participou da Exposição Internacional em Basel, Suiça.

CERTIFICADO DO SALÃO ELETROBRÁS, 1971, RIO DE JANEIRO, RJ

Na exposição "Oito Contemporâneos" em 1959 na galeria Macunaíma, no Rio de Janeiro, quando reuniram-se os artistas Inimá de Paula, Abelardo Zaluar, Lazzarini, Carlos Magno, Ernani Vasconcellos, Benjamim Silva e Rubem Valentim, as pinturas de Ubi Bava já


tangenciavam o Movimento Concreto. Nessa oportunidade apresentou cinco trabalhos da fase de multivisões. Em São Paulo participou de duas exposições na Galeria de Arte da Folha, em 1959 e 60.

Em 1975, na Bienal de São Paulo, recebeu o Prêmio Aquisição Itamaraty. Outro prêmio de aquisição recebido foi o do Salão de Arte da Eletrobrás - Luz e Movimento, em 1971, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), quando apresentou um múltiplo, obra cujo próprio autor reproduziu cinco exemplares. Exposições "Homenagem ao Espectador" na Galeria de Arte Ipanema, no Rio de Janeiro, em 1973 e em São Paulo, em 1974. Participou de mostras exemplares na historiografia da arte brasileira como o Panorama da Arte Brasileira nos anos de 1975 e 76, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP). Em 1977 expôs na mostra "Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950 - 1962", realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), cujo catálogo é referência importante para o estudo da arte brasileira naquele período.

CAPA DO CONVITE DA EXPOSIÇÃO NO IBEU, 1969, RIO DE JANEIRO, RJ

Na Exposição “Espacialidades” realizada em setembro de 1980 no IBEU do Rio de Janeiro, Antonio Houaiss discorreu sobre a arte de Ubi Bava ressaltando que seus trabalhos são coisa mentale:

UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

Na 12ª Bienal de São Paulo, em 1973, Ubi Bava integrou a Sala Especial “Arte Construída” em homenagem a Ivan Serpa e Waldemar Cordeiro apresentando nove obras em acrílico, metal cromado e espelhos parabólicos que compunham a série "Homenagem ao Espectador". Foram elas: Você em visão estroboscópica; Você em graduação; Você em preto e branco; Você em cores; Você em retícula - ambiente vermelho; Você em retícula - ambiente em verde; Suas imagens dinâmicas em cores; Você é a composição e Você em cores.

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CONVITE DA EXPOSIÇÃO NA GALERIA DE ARTE DA FOLHA, 1960, SÃO PAULO, SP

Integrou uma retrospectiva na galeria do IBEU no Rio de Janeiro, em 1969. As obras expostas foram analisadas por dois importantes críticos da época, Antonio Bento e Jayme Mauricio, e publicadas na imprensa.


CONVITE DA EXPOSIÇÃO NA GALERIA IPANEMA, 1973, RIO DE JANEIRO, RJ

intenção, proposta, projeto, desígnio e realidade objetiva, quando o artista alia a criação ao público, o que o crítico chama de “usufrutuários, contempladores, espectadores, conviventes, co-sofrentes, co-imaginantes, quase co-artistas”. Foi considerada a melhor mostra do ano e, por sua vez, o artista saiu vencedor do "Prêmio IBEU de Artes Plásticas". Na Exposição individual na Sala Bernardelli do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1984, expôs as séries “Crepúsculos de um espaço” - homenagem a Ataulfo Alves, Aspecto I a X; “Espaço Espacializado (Espaço-Mãe)" - homenagem a Villa Lobos, Fragmento de um Espaço I a XII e “Com os cubos não se brinca” homenagem a Ernesto Nazareth, A caminho da formação I a VIII. Exposição “Noturnos” na Galeria Artespaço, no Rio de Janeiro em outubro de 1986. Exposição coletiva ”Sete décadas da presença italiana na arte brasileira”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, em 1986. Concentrado nas suas pesquisas e na confecção dos seus trabalhos, inúmeras vezes Ubi Bava não assinou suas obras. Porém, em algumas delas, colocou etiquetas no verso com referências específicas e assinatura.


EXPOSIÇÕES PÓSTUMAS A partir de 1992, a obra de Ubi Bava voltou a ser exibida em uma longa série de exposições enfocando o acervo das coleções privadas de arte brasileira, retrospectivas de movimentos e questões da arte contemporânea. No Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói, RJ foram apresentadas as seguintes mostras: "A Caminho de Niterói - Coleção João Sattamini", "Visões e (sub)Versões", em 1997; "Espelho da Bienal", em 1998; e "Apropriações, Curto-circuito de Experiências Participativas", em 2003. UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

CONVITE DA EXPOSIÇÃO NO ESTUDIO GUANABARA, 2005, RIO DE JANEIRO, RJ

No Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), em 1998, e no do Rio de Janeiro, em 1999 compôs a exposição "Arte Construtiva no Brasil" da Coleção Adolpho Leirner. Em 2002 e 2003 suas obras foram expostas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, na mostra "Arte Brasileira na Coleção Fadel".

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Em 2002 participou da mostra "Caminhos do Contemporâneo 1952 - 2002", no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Em 2004 suas obras estiveram presentes na exposição "Novas Aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand", no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM). Capa do livro de ubi bava de autoria de piedade epstein grinberg, editora ethos, 2006, são paulo, sp

Em 2005, na Galeria Estúdio Guanabara, Rio de Janeiro, foi exposta uma coleção de guaches dos anos 50. Em 2006, Piedade Epstein Grinberg lançou pela Editora Ethos, de São Paulo, o livro "Ubi Bava vanguarda em artes plásticas nos anos 70", que além de textos críticos, ilustrações e reproduções de obras, apresenta também uma biografia e bibliografia do artista. Devido à importância do seu trabalho, Bava possui obras no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e no Museu de Arte Moderna (MAM), ambos no Rio de Janeiro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e em coleções institucionais e particulares.

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Sem título, década de 1950 Guache sobre cartão 23 x 50 cm Sem assinatura Reproduzido no livro: Ubi Bava - Vanguarda em artes plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora ethos, 2006, são paulo, sp Pertenceu a coleção Idéo Bava, São Paulo, sp

Sem título, década de 1950 Guache sobre cartão 40 x 53 cm Sem assinatura


textos críticos Ubi Bava Walmir Ayala Exposição Ubi Bava na Galeria do IBEU, em 11 de junho DE 1969, no rio de jANEIRO

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Ausente da carreira em seu acontecimento exterior, Ubi Bava permaneceu isento do jugo, seja comercial, seja competitivo. É um artista que pode dizer-se independente do mercado convencional. No entanto vamos vê-lo hoje com propostas jovens, desde os trabalhos da fase exposta na Bienal de São Paulo, em 1953/1954, passando pelas estruturas que, em 1959, estabeleciam valores cromáticos como determinantes de variação na composição, até chegar aos jogos de espelho de hoje, que ele intitula de “homenagem ao espectador”. Nestes últimos trabalhos a participação é feita através da imagem não discursiva, de quem vê, e se vê refletido com ou sem nitidez, criando um movimento e modificando o objeto através desta relação visual. Há também composições dinâmicas, movidas manualmente e mantidas pelo equilíbrio e a ordem das formas, num enfoque de deformação ondulatória e temporária. Como um malabarista Ubi Bava impulsiona seu jogo, sem tencionar desvendá-lo, como aquele mágico a que ele se referia num depoimento, que devia ao público a magia e não a fórmula do truque – sua intenção é de criar imagens de impô-las pela ordem consciente da apropriação e exposição de seus elementos, agregando-lhes pontos de fuga, que são em realidade divagações líricas (necessárias e urgentes) no âmbito da matéria. Seus espelhos nos esperam. Neles seremos não desenhos compostos a pente e gumex, mas formas de nós mesmos, almas superpostas de nossa vocação para a abertura e a surpresa. Seus objetivos nos devolvem antidiscursivos, figuras de essência – é sua forma de captar a figura, sobre as vértebras das formas geométricas que constituem sua semântica de comunicação."

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"A primeira retrospectiva do pintor Ubi Bava corresponde curiosamente à sua primeira individual. Tendo adotado desde cedo a pesquisa do geometrismo, permanente dentro de um rumo definido por interferências líricas, o que o isolou mesmo do movimento organizado que foi o Concretismo, e com o qual admitia aproximações, Ubi Bava se mostra hoje, mais o produto vivo de uma inquietação fecunda, do que de uma cristalização fixadora.


José Roberto Teixeira Leite Individual de Ubi Bava, Galeria de Arte Ipanema, são paulo, SP

"A maneira de ser de Ubi Bava é a do inventor; a do Poeta. Sua originalidade com efeito, não lhe advém da ânsia de ser ou parecer diferente, sendo ao contrário fruto de meditação e estudo, trabalho e lúcida pesquisa. Assim, bem antes de ser moda entre nós a optical art, já Ubi Bava estava cansado de elaborar seus caleidoscópios de evidentes implicações op – e até nem sabemos se devamos considerar esse modesto artista brasileiro como um dos precursores mundiais da tendência, ao lado de Victor Vasarely com cuja arte a sua guarda tantos pontos de contato. Do mesmo modo a inclusão de espelhos em suas obras recentes (nas quais o espectador se reconhece, integrando-se assim na própria arte que busca consumir) prende-se a um conceito moderníssimo que visa intermesclar num todo inconsútil o estético e o real." A ARTE E SEUS MATERIAIS - Salão PRETO E BRANCO III Salão Nacional de Arte Moderna, 1954 Funarte – Ministério da Cultura, rio de janeiro, rj (TRECHO DE Entrevista concedida a Luiza Interlenghi)

"Eu participei do Salão, soube do uso do branco e preto e mandei meus trabalhos. Acho que naquela época ainda não era completamente abstrato, como acontecia com o trabalho de outros artistas. Fazia uma figuração ligada às formas da natureza com simplificações. Já havia uma tendência forte para a geometrização. Fiz abstração realmente em 58. Em 55 já há um registro da minha fase abstrata, com os círculos estáticos e dinâmicos. Tenho a impressão de que, nessa época do Salão, Aluisio Carvão, Antônio Bandeira, Decio Vieira, Lygia Clark, Maria Leontina, Raimundo José Nogueira, Firmino Fernandes Saldanha e Tomás Santa Rosa já faziam abstração. Minha primeira exposição de objetos cinéticos foi na Macunaíma em 59, 60, com mais sete artistas contemporâneos: Carlos Magnata, Rubem Valentim, Ernani Vasconcelos, Zaluar, que ainda não era abstrato, e outros. Fiz também uma exposição na Galeria da Folha de São Paulo em 59, 60 de objetos com pesquisa geométrica, mas não no sentido conceitual,


REVISTA MANCHETE, 1974, RIO DE JANEIRO, RJ

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Quanto à questão dos materiais de trabalho, de que tratava o salão, realmente sempre foram caríssimos, os bons, os importados. Os guaches nacionais são péssimos, ficam ruços, perdem a cor, é impossível trabalhar com eles. Fiz também trabalhos com materiais não-convencionais, usei o plexiglass, que é um material transparente como vidro, porém mais leve. Esse material era inglês e realmente caríssimo. Eu comprava aqui na Mesbla e era usado para proteger a parte da frente das lanchas. Depois usei também espelhos parabólicos que se importavam da Tchecoslováquia porque eram de cor, os de cor eram importados. Utilizei esses espelhos para fazer um trabalho, ligado ao cinetismo, onde o público participava da obra, entrava nela através dos reflexos dos espelhos, era um “ovo de Colombo” quando o cinetismo aqui no Brasil ainda era incipiente. Devo fazer aliás uma menção a Palatnik, como um dos pioneiros do cinetismo no Brasil."

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da análise da forma geométrica, da forma abstrata. Aparecia o toque do artista. A minha obra tinha um lirismo que a dos concretistas não tinha. Eles não aceitavam isso. Eu quebrava com aquela ortodoxia. O mundo da arte geométrica é inesgotável, infinito. O geometrismo apareceu com o homem. Continuo dentro do geometrismo abstrato, não a simples representação de formas que se apresentam por si. Procuro fazer um abstracionismo de expressão.


obras apresentadas

“ Não resta dúvida de que o artista brasileiro Ubi Bava

pode ser apontado sem receio como artista que oferece com sua obra uma das mais convincentes referências da evolução concretista.

(do concretismo à “optical art” e ao cinetismo, no Brasil)

Quirino Campofiorito exposição Individual de Ubi Bava, Galeria de Arte Ipanema, são paulo, SP

DETALHE: SEM TÍTULO, CIRCA DE 1967 RIPAS PINTADAS E ESPELHOS


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Sem tĂ­tulo, circa 1944 Guache sobre cartĂŁo 20 x 25 cm Sem assinatura


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Sem título, 1944 Óleo sobre tela 35 x 48 cm Assinado


Estudos complementares em autocontraste I, circa de 1959

Estudos complementares em autocontraste II, circa de 1959

Guache sobre cartão

Guache sobre cartão

50 x 27 cm

50 x 27 cm

Sem assinatura

Sem assinatura

Reproduzido no livro Ubi Bava – Vanguarda em artes

Reproduzido no livro Ubi Bava – Vanguarda em artes

plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora

plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora

ethos, são paulo, sp

ethos, são paulo, sp

Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP

Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP


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Sem título, década de 1950 Guache sobre cartão 33 x 33 cm Sem assinatura


Sem título, década de 1950 Guache sobre cartão 27 x 27 cm Sem assinatura Reproduzido no livro Ubi Bava – Vanguarda em artes plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora ethos, são paulo, sp Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP


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Transformação do quadrado ao redondo, década de 1950 Guache sobre cartão 45 x 45 cm Sem assinatura Reproduzido no livro Ubi Bava – Vanguarda em artes plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora ethos, são paulo, sp Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP


Sem título, circa de 1952 Óleo sobre tela 60 x 73 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura Participou da II Bienal de São Paulo em 1953/54 Reproduzido no livro: Ubi Bava – Vanguarda em artes plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora ethos, são paulo, sp Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP


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Sem título, circa de 1952 Óleo sobre tela 60 x 73 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura Participou da II Bienal de São Paulo em 1953/54 Reproduzido no livro: Ubi Bava – Vanguarda em artes plásticas nos anos 1970, por Piedade Grinberg, editora ethos, são paulo, sp Pertenceu à coleção Idéo Bava, São Paulo, SP


“ Dedicado ao magistério e à arquitetura, Ubi Bava desenvolve trabalhos de pintura, tendo realizado produção numerosa. Detentor de diversas obras premiadas, vem distinguindo-se há cerca de três décadas no gênero Abstrato Geométrico. Manteve contatos com o movimento concretista, porém de forma independente, despojado dos dogmas e da rigidez impostos pelos princípios dessa corrente. Sua obra abrange várias fases, em que o artista empenha-se no desdobramento de novas idéias. Em Fragmentos de um Espaço, a característica do gênero abstrato geométrico é evidente, destacando-se a simplicidade ordenada das linhas bem como a vibração das cores fortes e quentes. Ana Lúcia de Mattos Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Rj


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Sem título, circa de 1952 Óleo sobre tela 33 x 41 cm sem assinatura Pertenceu à coleção família lucena, rio de janeiro, rj


Sem tĂ­tulo, circa de 1967 sĂŠrie Homenagem ao espectador Ripas pintadas e espelhos 74 x 60 cm Assinado no verso pertenceu ao acervo da galeria dezon, rio de janeiro, rj


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Sem título, 1967 série Homenagem ao espectador Ripas pintadas e espelhos 150 x 76 cm Assinado no verso


Sem título, circa de 1967 série Homenagem ao espectador Ripas pintadas e espelhos 74 x 53 cm Assinado no verso Pertenceu á coleção Ulysses Petrônio Burlamaqui, rio de janeiro, rj


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“Você no espaço vermelho reticulado”, 1974 série Homenagem ao espectador Rede metálica, espelho e acrílico 72 x 72 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura Pertenceu à coleção José Roberto Teixeira Leite, rio de janeiro, rj


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Sem título, década de 1960 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos tratados 83 x 60 cm Sem assinatura Com etiqueta da Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro, rj



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“Você integra a composição”, 1974 série Homenagem ao espectador acrílico e Espelhos parabólicos 80 x 80 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura


“Você em preto e branco”, 1973 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos parabólicos 55 x 55 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura Pertenceu à coleção Ulysses Petrônio Burlamaqui, rIO DE JANEIRO, RJ


UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

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Sem título, década de 1970 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos parabólicos 45 x 45 cm Sem assinatura Pertenceu à coleção Ulysses Petrônio Burlamaqui, rIO DE JANEIRO, RJ


Sem título, década de 1970 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos parabólicos 66 x 66 cm Sem assinatura


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Você em “Sfumato”, 1969 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos tratados 66 x 37 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura



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Sem título, década de 1970 série Homenagem ao espectador Acrílico e espelhos parabólicos 61 x 45 cm Sem assinatura


VERSO DA OBRA ao lado COM O SELO DA PINACOTECA DO ESTADO DE Sテグ PAULO, 1977


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"O quadrado em Eco", 20 de maio de 1977 série Homenagem ao espectador Madeira, vidro, espelho e guache 60 x 60 cm etiqueta no verso com referências específicas e assinatura Participou da exposição Projeto Construtivo Brasileiro na Arte - 14 de Junho de 1977, Pinacoteca DO ESTADO de São Paulo Pertenceu à coleção Dr. Antonio Salgado, RIO DE JANEIRO, RJ



agradecimentos

Em especial a Idéo Bava e Caio Bava. Antonia Bergamin Claudia Hersz Jacob Herszenhut Jaime Acioly Jones Bergamin UM ARTISTA INTÉRPRETE DO SEU TEMPO

José Roberto Bortoletto Júnior Ju Martins Lêo Pedrosa Luiz Séve Marcia Barrozo do Amaral Marcio Gobbi

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Marcelo Lordello Oscar Niemeyer Rodrigo Brant

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Piedade Grinberg

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créditos EXPOSIÇÃO

CATÁLOGO

FOTOGRAFIAS

REALIZAÇÃO Ronie Mesquita Galeria

PLANEJAMENTO EDITORIAL Ronie Mesquita

Jaime Acioly, Rio de Janeiro, RJ: obras das páginas 7, 9,

DIREÇÃO EXECUTIVA Conrado Mesquita

ASSESSORIA EDITORIAL Conrado Mesquita

39, 41, 42, 43, 44, 45, 47, 48 (verso da obra) e 49

GRUPO EXECUTIVO Cely Mesquita

TEXTOS Piedade Grinberg

Ju Martins, Rio de Janeiro, RJ: obra da página 33

ASSISTENTES Cezar Maia Marcelo Faria

REVISÃO Ana Letícia Canegal de Almeida

Jacob Herszenhut, Rio de Janeiro, RJ: fotografias das

COMUNICAÇÃO VISUAL E DESIGN DA EXPOSIÇÃO Walney de Almeida MOLDURAS Everaldo Molduras, Rio de Janeiro, RJ

DESIGN E PLANEJAMENTO GRÁFICO Walney de Almeida Victor Teixeira ASSESSORIA DE PESQUISA E PRODUÇÃO Cely Mesquita

páginas 2 e 5 Arquivo da família Ubi Bava, São Paulo, SP: fotografias de recortes de matérias de jornais da época, documentos e convites de exposições das páginas 4, 6, 7, 9, 10, 12, 14, 15, 16, 17 e 20

TRATAMENTO DE IMAGENS Trio Studio, Rio de Janeiro, RJ

DIREITOS RESERVADOS

FECHAMENTO DE ARQUIVOS Victor Teixeira

todos os representantes legais das imagens e textos aqui

IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Santa Marta, João Pessoa, PB

Capa: a ilustração livre da obra de Ubi Bava (1915-1988) que aparece através do corte de faca é uma interpretação do designer gráfico Walney de Almeida Página 1: o efeito gráfico de alto contraste foi extraído de uma fotografia em preto e branco de Jacob Herszenhut, Rio de Janeiro, RJ

18, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 34, 35, 36, 38,

Todos os esforços foram feitos no sentido de contatar reproduzidos. Para informações adicionais, contate: contato@roniemesquita.com


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Exposição apresentada em agosto e outubro de 2012

RONIE MESQUITA GALERIA Rua Teixeira de Melo 21 | Sobreloja 22410-010 | Ipanema | Rio de Janeiro | RJ | Brasil www.roniemesquita.com contato@roniemesquita.com


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