Exposição Maria Leontina

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Maria Leontina 1917 .1984

Galeria de Arte Ipanema



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aulista de nascimento, de família tradicional, Maria Leontina inicia-se nas artes nos anos 1940 e em 1949 se casa com o pintor carioca Milton Dacosta, a quem admira pelo rigor metódico da pintura. Em 1952, em viagem a Paris com bolsa de estudos, entra em contato com as tendências abstrato-geométricas e, claro, traz esta experiência para sua obra. Enquanto Dacosta realiza uma redução formal de geometria rigorosa, beirando a “pura abstração”, Leontina, em sua fase construtiva dos anos 1950 (séries Os Jogos, Os Enigmas, Da Paisagem e Do Tempo) não se reduz ao universo físico da pintura de estruturas nem na teoria rígida dos jogos matemáticos, nem na representação abstrata do mundo, mas no tempo da invenção, do real encontro com o mundo, quando a composição é determinada e indeterminada pelos signos poéticos justapostos, em contraste e deslocados em relação uns aos outros, em diferentes ritmos de cor.

CRISTINA BURLAMAQUI Rio de Janeiro, RJ setembro de 2012


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

APRESENTAÇÃO O ESPAÇO SILENCIOSO DE MARIA LEONTINA

cristina burlamaqui

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Detalhe: autorretrato, 1975 óleo sobre tela

a sua lógica singular, Maria Leontina, aparentemente contraditória, é dona de uma constância pictórica sem igual. Sua voz nos conduz a um universo fluido, etéreo, a uma verdade verdadeira e, ao mesmo tempo, se mostra muito ampla, embora com consistência sempre silenciosa e tímida. Sua obra carrega uma aspiração artística precisa, desvinculada da urgência moderna de uma arte capaz de reconciliar toda a dualidade entre o figurativo e o abstrato, num diálogo silencioso de extrema delicadeza em “devaneios tranquilos”, retirados dos ensinamentos de Gaston Bachelard. Assim, é mister revisar esta obra pictural significativa da história da arte brasileira que ainda procura legitimidade e não está livre de novas descobertas. Pensar o legado de Maria Leontina implica no desafio de investigar sua poética, revisar seu vasto vocabulário plástico, revisitar obras que criam um universo único. Sempre de acordo com sua personalidade tímida e retraída, com densa carreira solitária e determinação metódica, Maria Leontina não rejeita nenhuma impulsão criativa de dupla indeterminação para engendrar os fluxos de como percebemos o mundo, e construímos nosso conhecimento e articulamos as memórias. Não se trata da simples aplicação de um sistema de proporções matemáticas pensadas a priori, mas sim de um movimento vibrante que mostra intuição e sensualidade na gênese de seus trabalhos. Mesmo nas telas mal acabadas, a artista se revela, não como ícone imaculado, mas como autora de uma plasticidade que acalma.


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Sua veia criativa se firma em um lirismo poético sempre além da emoção quase mística e da melancolia metafísica. Encontra-se no advento da contracultura, pois transita por estilos e linguagens em que faz uma operação crítica perante o legado moderno, e se mantém em sua veracidade em que o enigma se dá no jogo entre figuração e abstração, sem conflitos. Paulista de nascimento, de família tradicional, Maria Leontina inicia-se nas artes nos anos 1940 e, em 1949, se casa com o pintor carioca Milton Dacosta, a quem admira pelo rigor metódico da pintura. Em 1952, em viagem a Paris com bolsa de estudos, entra em contato com as tendências abstrato-geométricas e, claro, traz esta experiência para sua obra. Enquanto Dacosta realiza uma redução formal de geometria rigorosa, beirando a “pura abstração”, Leontina, em sua fase construtiva dos anos 1950 (séries Os Jogos, Os Enigmas, Da Paisagem e Do Tempo), não se reduz ao universo físico da pintura de estruturas, nem à teoria rígida dos jogos matemáticos, nem à representação abstrata do mundo, mas ao tempo da invenção, do real encontro com o mundo, quando a composição é determinada e indeterminada pelos signos poéticos justapostos, em contraste e deslocados em relação uns aos outros, em diferentes ritmos de cor. A cor é o equilíbrio visceral de sua composição pictórica. É na cor que seu trabalho se coloca e se distingue, com tons e semitons e o fundo da tela - em seu interior mais abstrato - e na construção de transparências de maneira que os planos de cor continuem a vibrar sobre os outros, numa soma absoluta de real e irreal no domínio espiritual da pintura. Com a harmonia dos azuis, por exemplo, ela permeia com alguma ansiedade certo número de paralelas, planos retangulares e triângulos justapostos nos jogos de nuances. Na intensidade dos tons (azuis, ocres, marrons terrosos) demonstra toda a dimensão dos planos, evidenciando a qualidade única e maior de sua obra. No olhar da cor reside sua qualidade primordial e o resumo de toda sua poética. Leontina se aproxima da arquitetura dos Castelinhos de Dacosta, mas sua construção é mais lírica, despojada da teoria racionalista do construtivismo. A simples forma de linguagem que conduz Dacosta às estruturas dos Castelos e ritmos transportados em formas pontuais, em Leontina se desfaz na cor, que possui tempo e vida próprios. Os estados subjetivos de experiência com a cor vêm carregados de ritmos simbólicos e de alegorias da memória, quando o visceral e a matéria carregam significação intuitiva e


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1 PEDROSA, Mario. Maria Leontina na Tenreiro, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 01/02/1958.

2 Idem

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imaginativa do visível e se determinam na cor da emoção que os harmoniza. A evidência da cor é o principal elemento, é o peso da vitalidade da pintura de Leontina. Como Dacosta, ela desenvolveu uma poética de geometria na pintura que, nela, remete e contrapõe às construções musicais de Paul Klee. E, em vez de seguir as discussões e regras do concretismo, se refugia em uma pintura única, de linguagem especial. Mostrase adepta da geometria sensível e da dosagem da cor, como uma poesia visual; tateia o sublime de cores diáfanas, de azuis profundos em construção silenciosa - o que Mario Pedrosa definiu como “corta-ventos, torres, brinquedos de criança” e nesta profusão de estruturas obedece a um “jogo de aplats mais positivos”.1 A escolha da cor se dá pela sua experiência sensível. E nos trabalhos ”quase matemáticos”, “quase geométricos” de construção imprecisa e imprevista, dá evidência aos triângulos de cor, contrapostos a quadrados, castelos ocres, brancos sujos, pretos e lindos azuis, cor do infinito. Aí, ela não radicaliza a alternativa não figurativa de seu espírito essencialmente construtivo, persistente e vibrátil, no qual a sensibilidade da cor e a composição oscilam entre o delimitado e a liberdade, a fronteira e o infinito. Nas séries Estandartes, Páginas, As Orantes, Os Reinos e As Vestes, com referências místicas à religião, a experiência cromática se impõe à imaginação, à intuição e às formas, em plenos anos 1960. Ela deixa a régua e o compasso e entra na experimentação do pastel, como zonas de cor que se tornam objetos de grandes planos, de uma pintura frágil, de amor à cor clara e pura como “devaneios incorpóreos”.2 Assim, a artista foge da geometrização e é ainda surpreendida pelas telas do russo Mark Rothko, na Bienal de São Paulo, quando passa a realizar pinturas como panos de cortina transparentes em secretos enigmas. O quadro parece um instante dentro de um parêntese que deslancha a nova leitura de sua pintura. Maria Leontina nos joga em universo mágico e em uma poética a descobrir. O modelo de composição de veículo expressivo e equivalentes simbólicos das coisas do real da série Estandartes, e outras, dá uma visão de plenitude entre a luz e a obscuridade em uma veia lírica de maneira quase alegre, e evoca um fechar-se sobre si mesma. A cor lírica se afirma com muita energia, produzindo uma forma de choque no segredo da intimidade de um duplo movimento de atração e rejeição. As pausas internas da composição com degraus entre opacidade e transparência transgridem na


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3 CHAVE, Anna C. Mark Rothko Subject of Abstraction. New Haven: Yale University Press, 1989.

detalhe: SEM TÍTULO, 1975 óleo sobre tela

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absorção e reflexão na cor da paleta. Existe ali um quê de trágico e, ao mesmo tempo, de transcendental. O que resta são dois retângulos mergulhados em nuances brancas que isolam e achatam a superfície bidimensional. Esta ambiguidade formal, inerente às telas criadas a partir dos anos 1960, o cruzamento de formatos, juntamente com uma aparente ausência de figuração, de um processo metafórico para um espaço pictórico abstrato, substituem a estrutura pela cor e luz como preocupação maior de sua pintura, e Leontina começa a questionar o sentido e o conteúdo. O empilhamento de formas retangulares menos espessas e mais transparentes ocupa praticamente todo o espaço sem figura e fundo e permite à cor chegar a uma presença nova: um infinito espacial. Este elemento, a plenitude da cor, domina certamente o essencial. O campo experimental desta experiência refaz o caminho da artista e assinala uma luminosidade vibrante, joga a ênfase do plano nos campos de cor e documenta a passagem para a abstração em uma ambiguidade formal. Ela não cessará de expandir e condensar em uma aspiração espiritual que não se deixa aprisionar. Sua pintura conjuga, então, o infinito dos retângulos, triângulos que flutuam sobrepostos em tonalidades intensas, sem se aproximarem das bordas do quadro em levitação sobre o fundo. A superfície da tela, esta sim, é trabalhada na variedade de cores azuis, cinza e pretos aveludados, sensuais e em planos estritos e frios entre “presença-ausência”.3 Mesmo saturados, os campos coloridos preservam sua leveza aérea. É impossível ao olhar, depois de certo tempo de impregnação reticular, separar mentalmente os retângulos e os triângulos uns dos outros: o espectador é impregnado pela obra. A pintura de Maria Leontina flutua na fronteira da melancolia, na tentação do sublime, no sentido da revelação espiritual. A artista vê sua pintura como uma luz interior, um suporte para a meditação que envolve seu sedutor e silencioso mistério.


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MARIA LEONTINA - ACÚSTICA CROMÁTICA

ALEXANDRE FRANCO DACOSTA

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aria Leontina fazia a todo momento “apontamentos mentais”, que era como ela se referia ao ato de desenhar. Sempre tinha uma caixa de pastéis ou lápis grafite à mão e preenchia pequenos blocos, algumas vezes, riscava papéis soltos (envelopes de carta, convites de exposições, folhas de jornal), e constantemente ouvindo música - “o som é muito parecido com a cor...assim, quando estou pintando e ouvindo música ao mesmo tempo, creio que alguma coisa do som e do ritmo é transmitida à tela. Há uma participação íntima por qualquer processo não explicado ainda”, ela dizia.

passaporte de Maria Leontina expedido em 21 de Janeiro de 1953

Suas linhas, suas cores, eram gestos delicados, como se ela tocasse um instrumento musical beliscando de leve as cordas, em pizzicato, ou emitindo notas em pianíssimo. Era como fazia também ao acariciar com as mãos as páginas de um livro que estivesse lendo. Diariamente presenciava esses momentos com olhos de filho. Ela me contou que às vésperas de eu sair da barriga dela, em janeiro de 1959, ouviu no rádio pela primeira vez a voz e o violão de João Gilberto cantando “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinícius de Morais. Eu certamente devo ter ouvido em líquida surdina, como imerso numa piscina, esse som, essa gravação que marcou toda uma geração especialíssima de músicos, compositores e cantores brasileiros. E cantar, compor música, sempre foi para mim uma extensão do meu discurso visual para o cotidiano. Esta exposição da Galeria de Arte Ipanema reúne diversas telas inéditas. Pinturas que Maria Leontina deixou “descansando no atelier”, para que com o tempo seu pensamento se solidificasse ali, ou o próprio tecido se apropriasse da tinta, da cor, retendo a matéria de sua visualidade. Esses quadros nunca saíram do seu atelier, alguns


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"Afeita desde muito cedo a literatura, foi despertada para a pintura após ver uma exposição de Flávio de Carvalho, o grande polemista e 'chacoalhador de idéias' da arte brasileira. Em 1938 teve aulas com um pintor acadêmico, Antonio Covello, mas foi apenas aos 27 anos, em 1944, que começou a estudar, com afinco, a pintura, frequentando, durante quatro anos, o ateliê do pintor Waldemar da Costa, mestre de várias gerações de artistas brasileiros" Frederico Morais Catálogo da exposição "Milton Dacosta (um diálogo) Maria Leontina" - Centro Cultural Banco do Brasil, abril e maio de 1999, página 8, Rio de Janeiro, RJ


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estão inclusive sem assinatura, sem data, mas emanam o sopro de seu traço. Outras pinturas e desenhos também ficaram inéditos esses anos todos nas paredes da casa de sua irmã Maria Eugenia Franco. O autorretrato de Leontina, um óleo sobre tela da década de 1940, se foi exibido, não é exposto há 60 anos. Ficou guardado em uma das gavetas de sua mapoteca com as marcas dos pregos nas laterais da tela, sem estar esticado em um chassi de madeira. Na fatura do fundo do quadro já notamos o gesto etéreo e sensível que é a essência da sua pintura e que percorrerá todas as suas fases. Acho que o único autorretrato conhecido dela é o da coleção de Gilberto Chateaubriand, hoje no acervo do MAM/ RJ, e reproduzido em livros e catálogos. Esta mostra, é uma oportunidade de olhar esses “apontamentos” sobre tela e tecer junções entre as várias fases que ML titulava com poesia: “Da Paisagem e do Tempo”, “Os Jogos e os Enigmas, “Episódios”, “Narrativas”, “Páginas”, “Os Reinos e as Vestes”, “Umbrais/Altares”. E entre páginas de livros ou nas folhas dos próprios cadernos de desenhos, ela deixou manuscritos ou datilografados, ideias, pensamentos poéticos. Quem sabe esses seus escritos, inversamente, não seriam ilustrações para seus desenhos: “Sempre o espaço retorna ao tempo na antiga espera da luz interna do ser consciente em vã procura do tempo” envelope desenhado por Maria Leontina, década de 1980

página ao lado: Maria Leontina em paris, 1975

Maria Leontina


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CRONOLOGIA Maria Leontina Mendes Franco da Costa nasceu em São Paulo em 1917 e faleceu no Rio de Janeiro em 1984

Nasce a 22 de julho, na rua Galvão Bueno, filha de Arthur da Silveira Franco, engenheiro ferroviário fluminense, e de Isméria Mendes de Almeida Franco (D. Iaiá). O casal teve ainda a filha Maria Eugênia, que mais tarde veio a ser crítica de arte. Maria Leontina teve também dois irmãos, filhos do primeiro casamento de seu pai, que era viúvo ao casar-se com D. Iaiá. São eles Edson e Cid Franco.

1927 - Passa a infância em alguns colégios de freiras em São Paulo. Estuda piano, mas não por muito tempo. No entanto, a música vai permanecer para sempre muito forte em sua vida. 1930 - Na adolescência, estuda em colégios de Belo Horizonte – onde tem suas primeiras aulas de desenho ao lado da irmã Maria Eugênia, ministradas por uma freira do estabelecimento – e do Rio de Janeiro. 1931 - Ingressa no Instituto Lafayette (RJ). Entre as várias disciplinas do curso, frequenta aulas de desenho artístico e escultura, sob a orientação do professor Montenegro Cordeiro. Na ocasião, chega a receber um prêmio de escultura, com uma máscara de Danton. 1936 - Muda-se para São Paulo, acompanhando sua família. Na ocasião, seu pai trabalha na construção da estrada de ferro São Paulo-Goiás. Aos 19 anos começa a trabalhar como funcionária da Secretaria da Justiça, onde permanece por vários anos. 1938 - Continua desenhando, mas esconde seus trabalhos nas gavetas. Inicia estudos de desenho com Antônio Covello. 1940 - Visita ateliês de vários pintores de vanguarda, ao lado de Maria Eugênia, Ciro Mendes e Antonio Olavo Pereira. 1942 - Conhece Waldemar da Costa e logo o escolhe como professor. Inicia, então, estudos de pintura no ateliê do artista, a quem muito admira e considera, além de mestre, um amigo. Frequenta seu ateliê por quatro anos. Na ocasião, estabelece contatos com artistas como Clóvis Graciano, Lothar Charoux, Hermelindo Fiaminghi, trabalhando ao lado deles no ateliê do artista. Nessa época, vem a conhecer também Volpi, Rebolo e Bruno Giorgi. 1943 - Começa a expor nos salões. Participa do Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. No fim do ano, envia seus trabalhos para o VIII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, que terá lugar em janeiro do ano seguinte. 1944 - Participa do VIII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, em janeiro, e em setembro recebe o Prêmio Mário de Andrade da Prefeitura Municipal no IX Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos. Alguns críticos começam a notar o seu trabalho. A artista participa da caravana de críticos e artistas pelas cidades históricas mineiras, a convite de Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte. Integram a

página ao lado: Maria Leontina, em 1977, no seu ateliê na rua visconde de pirajá, 44, ipanema, Rio de Janeiro, rj


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excursão, entre outros, Hilde Weber, Maria Eugênia Franco, Rebolo, Alfredo Volpi, Nelson Nóbrega, Anita Malfatti, Clóvis Graciano. 1946 - Sempre pintando, utiliza a garagem de sua casa, na Rua Groelândia (SP), como ateliê. Faz retratos de Bonadei, Marcelo Grassmann, Paulo Vanzolini, entre outros. Ao conseguir uma bolsa de estudos do governo paulista, muda-se para o Rio de janeiro, iniciando o curso de Museologia, no Museu Histórico Nacional. Frequenta o curso por três anos, interessando-se sobretudo por História da Arte e Arqueologia. Recebe de Maria Eugênia - então na Europa, como correspondente de arte do jornal O Estado de S. Paulo -, catálogos e livros das mais recentes exposições e tendências na arte europeia. Faz esculturas no ateliê de Bruno Giorgi. Integra a mostra 6 Novos em São Paulo, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (RJ), ao lado de Lothar Charoux, Camerine, Battioni, Virgínia, Artigas, no mês de agosto. Em setembro, participa da coletiva de pintores brasileiros no Chile. No fim do ano, falece seu pai. 1947 - Íntegra a mostra 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia (SP), apresentando cerca de 16 obras. A exposição, organizada por Rosa Rosenthal Zuccolotto, é patrocinada pela União Cultural Brasil-Estados Unidos. Geraldo Ferraz apresenta o catálogo. Maria Leontina recebe o Prêmio Jeremias Lunardelli. Os críticos Quirino da Silva, Geraldo Ferraz, Sérgio Milliet, Lourival Gomes Machado, Luiz Washington, entre outros, escrevem sobre a mostra nos jornais de São Paulo. Recebe a Medalha de Bronze no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. 1948 - Participa da Mostra Coletiva Pintura e Escultura na Galeria Domus (SP), no mês de julho. Em outubro, falece sua mãe. Volta a São Paulo e instala-se na residência da família, ao lado da irmã Maria Eugênia. 1949 - Inicia a fase das Santanas, inspirada em imagens barrocas brasileiras. Casa-se com o pintor Milton Dacosta no mês de junho. 1950 - Primeira exposição individual da artista na Galeria Domus (SP), no mês de março. Sérgio Milliet faz a apresentação da mostra. Logo em seguida, em abril, expõe individualmente no Instituto dos Arquitetos do Brasil (RJ). Recebe a Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes (RJ). Inicia a fase Naturezas-mortas, com a qual vai se apresentar na I Bienal de São Paulo, no ano seguinte. Por indicação do crítico Osório César, torna-se a responsável pela orientação da Seção de Artes Plásticas do Hospital Psiquiátrico de Franco da Rocha, fundada pelo Dr. Mário Yahn. 1951 - A residência do casal Maria Leontina e Milton, na Rua Groenlândia (SP), é frequentada por críticos, artistas e poetas. A artista recebe o primeiro prêmio na Exposição de Naturezas-mortas do Serviço de Alimentação e Previdência Social (Saps), organizada por Murilo Miranda, no Rio de Janeiro. Organiza a exposição dos trabalhos do Hospital Psiquiátrico Franco da Rocha no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. Expõe no I Salão Paulista de Arte Moderna, onde recebe como prêmio uma viagem pelo Brasil. Viaja pelos estados do Norte do Brasil em companhia do marido. Participa da I Bienal de São Paulo, recebendo o Prêmio Aquisição Moinho Santista, com a obra Natureza-morta, de 1951. Jacques Lassaigne escreve sobre a Bienal e Maria Leontina em Arts (Paris, 23 nov. 1951). No fim do ano, a artista expõe individualmente na Galeria Domus. É convidada, ao lado de Marcelo Grassmann, Bruno Giorgi, entre outros, a expor no Salão de Maio, em Paris, a ser realizado no ano seguinte. 1952 - Em depoimento, a artista comenta o seu grande interesse por literatura e poesia. Cita Kafka, Dostoievski, Fernando Pessoa e Rilke. Participa do Salão de Maio, em Paris, expondo duas obras da série Natureza-morta, ao lado de Bonadei, Volpi, Bandeira, Cássio M’Boy, Di Prete, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Lula Cardoso Ayres, Marcelo Grassmann, Milton Dacosta, Cícero Dias, Mavignier, Lucy Citti Ferreira. Integra a seleção


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que vai representar o Brasil na XXVI Bienal de Veneza, apresentando duas obras, Composição e Natureza-morta, ambas de 1951. Recebe bolsa de estudos do governo francês e, em setembro, parte em companhia de Milton Dacosta para a Europa, onde permanece por um ano e quatro meses. Frequenta em Paris o ateliê de pintura de Friedlander. Participa da Exposição de Arte Gráfica Brasileira em Lugano e do IX Prêmio de Lissone, em Milão, ao lado de Bandeira, Waldemar Cordeiro, Lygia Clark, Di Cavalcanti, Milton Dacosta e outros. 1954 - Retorna a São Paulo no início do ano. Inicia a série Os Jogos e os Enigmas. Recebe a Grande Medalha de Ouro no III Salão Paulista de Arte Moderna. 1955 - Expõe individualmente no MAM-SP, no mês de abril, apresentando óleos, guaches e desenhos. Sérgio Milliet faz a apresentação da mostra. Muda-se com Milton Dacosta para o Rio de Janeiro. Lá, expõe na Petite Galerie a série Os Jogos e os Enigmas. Participa da III Bienal de São Paulo, onde recebe o Prêmio Aquisição para o MAM-RJ. Recebe o prêmio de viagem pelo país no Salão Nacional de Arte Moderna. 1956 - Inicia a fase Da Paisagem e do Tempo. Segundo a artista, “Paisagem interior, é claro, e tempo intemporal”. 1957 - Integra a mostra coletiva Arte Moderna no Brasil, no Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, na Argentina, no mês de junho. A exposição circula por Rosário (Argentina), Santiago (Chile), Lima (Peru). Expõe individualmente na Galeria Ambiente (SP), no mês de julho. Apresenta as séries Os Episódios e Da Paisagem e do Tempo, expondo óleos e guaches. Recebe o Prêmio Aquisição no Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participa da IV Bienal de São Paulo, recebendo o Prêmio Aquisição. Apresenta as obras Narrativas I, Frase e Percurso. No fim do ano, integra a Exposição de Arte Brasileira em Lima, Peru. 1958 - Início da série Os Episódios. Expões individualmente na Galeria Tenreiro (RJ), no início do ano. Participa, em agosto, da exposição na Galeria de Arte das Folhas (SP), ao lado de Marcelo Grassmann, Alberto Teixeira e Décio Vieira. Volta a expor no Rio de Janeiro, desta vez na Galeria GEA, ainda em agosto. 1959 - Nasce, em janeiro, Alexandre, seu primeiro filho. Expõe ao lado de Dacosta no Bar do MAM (SP), no mês de abril. Participa da coletiva na Galeria de Arte das Folhas, ao lado de Giselda Leirner, Hércules Barsotti, Tomie Ohtake e Willys de Castro. Participa da V Bienal de São Paulo, com cinco obras da série Episódios e recebe Prêmio Aquisição. 1960 - Em 9 maio, recebe o Prêmio Nacional Guggenheim de Nova York, na Galeria São Luiz (SP). A Escolinha de Arte Brasil, dirigida por Augusto Rodrigues, e a Associação dos Artistas Plásticos Contemporâneos reúnem artistas e intelectuais para homenagear a artista e outros quatro selecionados. A Assembleia Legislativa de São Paulo concede-lhe um Voto de Louvor. As exposições se sucedem. Expõe na Galeria Estúdio (RJ). É acolhida como Pintor do Mês pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Participa do Salão Paulista de Arte Moderna, onde recebe o Prêmio Aquisição. Em outubro, fixa residência novamente em São Paulo e expõe na Galeria de Arte São Luiz. 1961 - Íntegra a mostra coletiva na Petite Galerie, ao lado de Milton Dacosta e outros, no mês de maio. Expõe na mesma galeria em setembro, apresentando sua nova série, Formas, de coloridos intensos, agora se libertando do construtivismo das fases anteriores. Jayme Maurício apresenta o catálogo. Em outubro, expõe na Galeria Seta (SP). A convite do arquiteto Carlos Lemos, executa um painel de pastilhas para o Edifício Copan, também em São Paulo (painel executado pela Vidrotil). Participa da VI Bienal, com isenção de júri, apresentando cinco telas da série Formas, recebendo o Prêmio Aquisição. Expõe ao lado de Milton Dacosta na Associação dos Amigos do MAM-SP. 1962 - Em meados de de maio, maio, éé convidada convidada aa participar participarda daIIBienal BienalAmericana Americanade deArte, Arte,realizada realizadaem emCórdoba Córdoba


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(Argentina). Ao lado da artista, são também selecionados Di Cavalcanti, Volpi, Yolanda Mohaly, Ivan Serpa, Milton Dacosta, Djanira, Di Prete, Tanaka e Guignard. Participa da mostra coletiva na sede do Clube dos Artistas e Amigos da Arte, ao lado de Bonadei, Bandeira, Leopoldo Raimo, Ianelli, Charoux, Milton Dacosta, Tomie Ohtake, Yolanda Mohaly, entre outros. 1963 - Inicia a série Os Estandartes. Começa a utilizar a tinta acrílica. Expõe na Galeria Seta, no mês de outubro, já apresentando a nova série. Participa da VII Bienal de São Paulo, com cinco obras da nova fase. Recebe o Prêmio Aquisição com a obra Estandarte V. Em novembro, após algum tempo afastada do Rio, expõe na Galeria Relevo (RJ). Mário Pedrosa apresenta a mostra. 1964 - Integra a mostra 14 Tapeçarias do Atelier Douchez-Nicola, em maio, na Galeria Astreia (SP), ao lado de Wega Nery, Yolanda Mohaly, entre outros. Em meados do ano, é selecionada para participar da II Bienal Americana de Arte, em Córdoba (Argentina). Nessa bienal, são escolhidos para representar o Brasil doze nomes femininos. Além da artista, participam Mira Schendel, Yolanda Mohaly, Tomie Ohtake, Wega Nery, Sheila Branningan, Marília Granetti, Helena Wong, Anna Szulc, Graubem Monte, Stella Campos e Tereza D’Amico. Executa estamparia para a Rhodia, ao lado de outros artistas. 1965 - Idealiza dois vitrais triangulares para a Igreja Episcopal Brasileira, Paróquia da Santíssima Trindade, na Praça Olavo Bilac (SP). É convidada pelo arquiteto Jacob Ruchti, autor do projeto. Uma obra sua é adquirida para o Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF). 1966 - A artista pinta telas de grandes dimensões com coloridos intensos. Chama essa fase de Pintura. Figura como convidada especial no XXI Salão Municipal de Belas Artes, de Belo Horizonte. Uma obra sua é adquirida para o Museu da Pampulha, na mesma cidade. Expõe na Associação dos Amigos do MAM-SP, em setembro. 1967 - Participa de várias mostras coletivas em São Paulo. Integra a representação brasileira na IX Bienal de São Paulo, apresentando cinco telas da série Pintura, de grandes dimensões (150 x 150 cm). 1968 - Retorna à pintura figurativa com As Orantes, personagens líricos. No entanto, continua com Os Estandartes. Realiza uma série de figuras femininas em guache e pastel. Integra a mostra 35 Artistas Nacionais, no Museu de Arte Contemporânea da USP, em maio. Em novembro, participa da mostra 19 Pintores, 20 Anos Depois, na Galeria Tema (SP).

LIVRO MARIA LEONTINA - DESENHO EM RISCO, CAIXA Cultural São Paulo, 2009

LIVRO MARIA LEONTINA, autoria de PAULO HERKENHOFF, 2010, EDITORA PAPEL & TINTA, RIO DE JANEIRO, RJ


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1969 - Participa do I Panorama da Arte Atual Brasileira no MAM-SP, recebendo o Prêmio Aquisição para o Palácio dos Bandeirantes. Expõe na Galeria Cosme Velho (SP), ao lado de Rebolo, Flávio de Carvalho, Maria Bonomi, Scliar, entre outros. 1970 - Participa do II Panorama da Arte Atual Brasileira, recebendo novamente o Prêmio Aquisição, desta vez para a Pinacoteca do Estado. Realiza estudos para ilustração do livro O jogo das contas de vidro, de Herman Hesse, que não chegam a ser publicados. Inicia a série Páginas. 1971 - Integra a mostra Desenho Brasileiro Através da Ilustração, na Galeria Delaparra (RJ). 1972 - Participa da Retrospectiva de Waldemar da Costa – Exposição em Homenagem ao Mestre, no MAM-SP, em agosto. Expõe na Galeria Seta, em setembro. Em seguida, expõe na Galeria de Arte Ipanema (RJ), apresentando 23 telas da série Páginas. Integra a exposição Arte Brasil Hoje – 50 Anos Depois, organizada por Roberto Pontual, na Galeria Collectio (SP). 1973 - Expõe ao lado de Volpi, Flávio de Carvalho e Aldemir Martins na Galeria Collectio, em julho. 1975 - No início do ano, parte para a Europa, em companhia do filho Alexandre. Surgem as séries Os Reinos e as Vestes e Novas Páginas, relacionadas, segundo a artista, com cores e tons vistos na Itália. Expõe na Petite Galerie e Galeria de Arte Ipanema, ambas no Rio. É convidada a participar do X Salão de Arte Contemporânea de Campinas (SP), realizado no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, em novembro. No fim do ano, a Galeria Arte Global (SP) organiza uma grande exposição de seus trabalhos. Walmir Ayala apresenta a mostra. A artista expõe as séries Os Reinos e as Vestes e Novas Páginas, apresentando 25 telas. Paralelamente à mostra, é editada uma litogravura da artista, com tiragem de cem exemplares. 1976 - No início do ano, recebe o Prêmio de Pintura da Associação dos Críticos de Arte pela exposição da Galeria Arte Global (SP), no ano anterior. Participa de um debate organizado por Aracy Amaral na Pinacoteca do Estado (SP), em função do X Salão de Arte Contemporânea de Campinas – também realizado em 1975. Integra a mostra Arte Brasileira Século XX: Caminhos e Tendências, organizada por Frederico Moaris, na Galeria Arte Global. Em novembro, participa da exposição O Desenho Jovem nos Anos 40, organizada por Aracy Amaral, na Pinacoteca do Estado. 1977 - Integra a mostra Projeto Construtivo Brasileiro na Arte, organizada por Aracy Amaral na Pinacoteca do Estado, e por Lygia Pape no MAM-RJ. No fim do ano, expõe na Galeria Grifo (SP). Lélia Coelho Frota apresenta o catálogo. A nova série da pintura da artista, denominada Umbrais/Altares lhe traz o Prêmio Destaques Hilton, algum tempo depois. 1978 - Participa da mostra As Bienais e a Abstração, no Museu Lasar Segall (SP). Em meados do ano, integra o I Encontro Ibero-Americano de Críticos de Artistas Plásticos, realizado em Caracas (Venezuela). Ao seu lado, representam o Brasil os artistas Ianelli, Iberê Camargo, Wesley Duke Lee, Antônio Henrique Amaral, Antônio Maia, Tomie Ohtake, Antônio Dias e João Câmara Filho. Participa da mostra 19 Pintores: 30 Anos Depois, no MAM-SP, organizada por Maria Helena Milliet Fonseca Rodrigues. 1980 - Integra algumas mostras coletivas. Participa da mostra 5 Tendências, na Galeria de Arte do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (Santos/SP), ao lado de Alice Brill, Gerda Brentani, Iracema Arditi e Niobe Xandó. No Rio de Janeiro, expõe ao lado de Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto e Maurício Nogueira Lima, na mostra Destaques Hilton de Pintura, patrocinada pela companhia Souza Cruz, com artistas que marcaram presença nos anos 1970. Além da artista, participaram Carlos Bracher, Carlos Zimmermann, Cláudio Tozzi, Glauco Pinto de Moraes, Israel Pedrosa, João Câmara Filho, Pietrina Checcacci, Siron Franco e Tomie Ohtake. A exposição circula por várias capitais do país.


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

1981 - Uma obra sua é escolhida para “Destaque do mês” na Pinacoteca do Estado, SP, em abril. Na ocasião, é organizado um debate na Pinacoteca sobre sua obra Pintura, de 1967 e sobre o percurso da artista, coordenado por Aracy Amaral. O debate conta com a participação especial de Paulo Mendes de Almeida. 1982 - Embora enfrentando alguns problemas de saúde, com dificuldades para enxergar devido a um derrame na vista, Maria Leontina continua pintando. Nos períodos mais difíceis, tenta memorizar algumas soluções plásticas para depois realizá-las. No mês de maio, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) organiza uma exposição retrospectiva de sua obra, mostrando sua trajetória em 23 telas. No IAB se fizera, 30 anos antes, a primeira individual de Leontina no Rio de Janeiro. 1983 - Ainda com problemas de saúde, a artista trabalha em pequenas peças, Estandartes, em pastel. Ao assinar essas criações, ocupa toda a base inferior do trabalho, do canto inferior esquerdo ao canto inferior direito, utilizando sua assinatura como parte integrante da obra, em cor e forma. No mês de outubro, a Galeria GB Arte (RJ) expõe esses trabalhos. No fim do ano, a artista expõe trabalhos em pastel na Galeria Arco (SP). 1984 - Falece em 6 de julho, aos 66 anos, vítima de enfarte.

Maria Leontina, década de 1950

página ao lado: trecho de uma carta ilustrada por milton dacosta para Maria Leontina, 1949


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

"A pintura de Maria Leontina flutua na fronteira da melancolia, na tentação do sublime, no sentido da revelação espiritual. A artista vê sua pintura como uma luz interior, um suporte para a meditação que envolve seu sedutor e silencioso mistério." Cristina Burlamaqui Rio de Janeiro, RJ Setembro de 2012

Obras apresentadas

detalhe: sem título, 1958 guache sobre cartão


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PRÊMIOS CONQUISTADOS 1944 - Prêmio Mário de Andrade da Prefeitura Municipal, IX Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Belo Horizonte, MG. 1947 - Prêmio Jeremias Lunardelli, Galeria Prestes Maia, São Paulo, SP. Recebe a Medalha de Bronze no Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ. 1950 - Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ. 1951 - Prêmio de viagem pelo Brasil, I Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, SP. Prêmio Aquisição Moinho Santista, I Bienal de São Paulo, São Paulo, SP. . 1954 - Grande Medalha de Ouro, III Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, SP. 1955 - Prêmio Aquisição, Museu de Arte Moderna – MAM, Rio de Janeiro, RJ. Prêmio de viagem pelo Brasil no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ. 1957 - Prêmio Aquisição no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ. Prêmio Aquisição, IV Bienal de São Paulo, São Paulo, SP. 1960 - Prêmio Nacional Guggenheim de Nova York, Galeria São Luiz, São Paulo, SP. Voto de louvor da Assembléia Legislativa, São Paulo, SP. Acolhida como Pintor do Mês pela Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, SP. Prêmio Aquisição do Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, SP. 1961 - Prêmio Aquisição da VI Bienal de São Paulo, São Paulo, SP. 1963 - Prêmio Aquisição da VII Bienal, São Paulo, São Paulo, SP. 1969 - Prêmio Aquisição para o Palácio Bandeirantes, I Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna, MAM, São Paulo, SP. 1970 - Prêmio Aquisição do II Panorama da Arte Atual Brasileira, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP. 1976 - Prêmio de Pintura da Associação dos Críticos de Arte de São Paulo, Galeria Arte Global, São Paulo, SP. 1977 - Participa da mostra Projeto Construtivo Brasileiro na Arte. Organizada por Aracy Amaral na Pinacoteca do Estado de São Paulo e por Lygia Pape no Museu de Arte Moderna - MAM do Rio de Janeiro. Na ocasião o texto de apresentação foi de Lélia Coelho Frota. 1981 - Agraciada com “Destaque do mês” pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP. EXPOSIÇÕES 1792 - Individual na Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. 1975 - Individual na Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.


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AUTORrETRATO, DÉCADA 1940 óleo sobre tela, 53,4 x 48 cm

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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sem título, DÉCADA 1950 óleo sobre tela, 55,5 x 46,5 cm


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

OS ENIGMAS 9, 1956 óleo sobre tela, 46 x 55 cm | assinado Exposição “Construtivo na Arte (1960-1962)”, julho de 1977, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP Exposição “Maria Leontina: Retrospectiva”, 1994, MAM, São Paulo, SP Exposição “1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul” 1997, Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, RS Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 116 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina Página 157 - Editora Papel & Tinta, 2010, Rio de Janeiro, RJ resíduo de etiqueta do MAM-RJ e do ateliê da artista no verso


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Os JOGOS E ENIGMAS, 1955-1956 贸leo sobre tela, 36,5 x 52,2 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, 1956 óleo sobre tela, 64 x 80 cm | assinado Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 119 Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP Resíduo de etiqueta No verso


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SEM TÍTULO, 1957 guache sobre papel, 50 x 61,5 cm | assinado Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 144 Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, 1957 guache sobre cartão, 23 x 29 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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página ao lado:

SEM TÍTULO, 1958 guache sobre cartão, 23 x 29 cm | assinado

SÉRIE EPISÓDIO, 1958 Óleo sobre tela, 68.8 x 37.8 cm


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, década de 1950 guache sobre cartão, 42 x 56 cm

SEM TÍTULO, década de 1950 guache sobre papel, 31,5 x 31,3 cm


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

SÉRIE FORMAS, 1961 óleo sobre tela, 97 x 116 cm | assinado Exposição “Retrospectiva 19 Pintores - Maria Leontina”, MAM, São Paulo, SP Exposição “6ª Bienal Internacional de São Paulo”, 1961, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 154 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina, Página 182 - Editora Papel & Tinta, 2010, Rio de Janeiro, RJ


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SÉRIE FORMAS, 1962 óleo sobre tela, 33 x 46 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, 1963 óleo sobre tela, 46 x 37cm | assinado Exposição “Maria Leontina: Retrospectiva”, 1994, MAM, São Paulo, SP


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

ESTANDARTE, 1963 óleo sobre tela, 46 x 38 cm | assinado Exposição “Maria Leontina: Retrospectiva”, 1994, MAM, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina, Página 195 - Editora Papel & Tinta, 2010, Rio de Janeiro, RJ


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SEM TÍTULO, 1965 óleo sobre tela, 97 x 116 cm | assinado

SEM TÍTULO, 1965 guache sobre cartão, 34 x 51 cm | assinado


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SEM TÍTULO, 1964 óleo sobre tela, 46 x 38 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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DA SÉRIE PÁGINA, 1970 acrílico sobre tela, 100 x 100 cm | assinado


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PÁGINAS, 1972 Acrílica sobre tela, 40 x 30 cm | assinado dedicatória No verso: “Para Alexandre em 29-1-74”

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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PÁGINAS, 1972 acrílica sobre tela, 50 x 50 cm | assinado


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PÁGINAS, 1972 acrílica sobre tela, 65 x 54cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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PÁGINAS, 1973 acrílica sobre tela, 61 x 38 cm | assinado


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

PÁGINAS, 1972 Acrílica sobre tela, 90 x 90 cm | assinado etiqueta do atelier da artista no verso

SEM TÍTULO, 1973 acrílica sobre tela, 50 x 50 cm | assinado


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PÁGINAS, circa de 1973 acrílica sobre tela, 61 x 38 cm


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SEM TÍTULO, 1973 acrílica sobre tela, 40 x 50 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, 1975 acrílica sobre tela, 65 x 81 cm | assinado

SEM TÍTULO, 1975 acrílica sobre tela, 50 x 50 cm | assinado Reproduzido no Livro Maria Leontina Página 171 - Editora Papel & Tinta, Rio de Janeiro, RJ Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 218 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP


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SEM TÍTULO, 1973 óleo sobre tela, 30 x 40 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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DA SÉRIE PÁGINAS, 1974 óleo sobre tela, 27 x 35 cm | assinado


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SEM TÍTULO, 1975 óleo sobre tela, 40 x 50 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SÉRIE OS REINOS E AS VESTES, 1975 acrílica sobre tela, 73 x 92 cm | assinado Exposição “Maria Leontina: Retrospectiva”, 1994, MAM, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 211 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP

SÉRIE OS REINOS E AS VESTES, 1975 acrílica sobre tela, 73 x 92 cm | assinado Exposição “Maria Leontina: Retrospectiva”, 1994, MAM, São Paulo, SP Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 211 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP


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sem título, 1975 acrílica sobre tela, 60 x 70 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, circa de 1977 acrílica sobre tela, 60 x 60 cm

UMBRAIS ALTARES, 1977 acrílica sobre tela, 50 x 50 cm | assinado


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SEM TÍTULO, 1975 acrílica sobre tela, 100 x 81 cm | assinado Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 219 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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SEM TÍTULO, circa de 1977 acrílica sobre tela, 60 x 60 cm

SEM TÍTULO, 1975 óleo sobre tela, 81,4 x 100 cm | assinado


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SEM TÍTULO, 1982 acrílica sobre tela, 38,3 x 46,2 cm | assinado

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


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MARIA LEONTINA 1917 - 1984

SEM TÍTULO, 1983 acrílica sobre tela, 65 x 100 cm | assinado Reproduzido no Livro Maria Leontina - Pintura Sussurro, Página 223 - Editora Arauco, 2008, São Paulo, SP


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SEM TÍTULO, circa de 1983 acrílica sobre tela, 60 x 92 cm


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SEM TÍTULO, circa de 1983 acrílica sobre tela, 54 x 81 cm

MARIA LEONTINA 1917 - 1984


agradecimento Em especial, Alexandre Dacosta.

créditos exposição

catálogo

imagens

DIRETORIA EXECUTIVA Luciana Sève

PLANEJAMENTO EDITORIAL Luciana Sève

FOTOGRAFIAS DAS OBRAS Paulo Scheuenstuhl, Rio de Janeiro, RJ

CURADORIA Cristina Burlamaqui

DESIGN E PLANEJAMENTO GRÁFICO Walney de Almeida

FOTOGRAFIAS DA CRONOLOGIA Arquivo da família Maria Leontina, Rio de Janeiro, RJ Norma Pereira Rego, Rio de Janeiro, RJ

EQUIPE TÉCNICA Hilária Santo Joan Barbosa Kleber Rodrigues Maximiano Márcio Kim Dórea Ivana Figueiredo

ASSESSORIA DE DESIGN Victor Teixeira TRATAMENTO DE IMAGENS Trio Studio, Rio de Janeiro, RJ. FECHAMENTO DE ARQUIVOS Victor Teixeira Impressão e acabamento Gráfica Santa Marta, João Pessoa, PB

capa: detalhe da obra jogos e enigmas, 1956 - 1956 | óleo sobre tela, 36,5 x 52,2 cm página 1: maria leontina no ateliê de ipanema, Rio de janeiro, rj

direitos reservados Todos os esforços foram feitos no sentido de contatar todos os representantes legais das imagens e textos aqui reproduzidos. Para informações adicionais, contate Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.

Este catálogo foi planejado e produzido em agosto de 2012 pela equipe da Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Capa impressa sobre Cartão triplex 300 gramas a 2/5 cores e miolo impresso a 4/4 cores sobre papel Couche mate 170 gramas.



Exposição apresentada de setembro a outubro de 2012

Galeria de Arte Ipanema Rua Aníbal de Mendonça, 27 22410-050 - Ipanema, Rio de Janeiro, RJ Telefone 21 - 2512-8832 \ Fax 21 - 2511-2073 galeria@galeria-ipanema.com www.galeria-ipanema.com


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