Viver Osasco - n° 50

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Construir peças únicas e registrar na madeira a personalidade do cliente

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SUMÁRIO

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TURISMO Cotia pode se tornar cidade turística Município aguarda a entrega do Plano Diretor de Turismo para conquistar um lugar permanente no roteiro turístico da região MÚSICA Das mãos do luthier para as mãos do músico Artesão de violões, guitarras e contrabaixos, Josino Saraiva garante que cada produto é único e carrega uma personalidade própria SOCIEDADE TV comunitária oferece programação regional Única com esse perfil na cidade, TV Osasco tem grade voltada para a prática da cidadania e respeito a diferentes opiniões

ANO IX – Nº 50 AGOSTO / SETEMBRO CAPA: ISTOCKPHOTO

GENTE – Destaque de nossos munícipes 06 ENTREVISTA – Adultos também devem brincar 08 ACONTECE – Eventos que acontecem em nossa região 10 VIVER SAúde – Qualidade no serviço médico 38 VIVER BEM – Dicas para nosso conforto 40 V I V E R

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EDITORIAL

Somos artesãos da vida Um produto artesanal é sempre algo

transformar em um dos profissionais

encantador. Receber uma matéria-

mais importantes do Brasil. “Se eu

-prima e transformá-la é realmente

não tivesse estudado a ferramenta-

uma arte que requer tempo, paciên-

ria seria muito difícil fazer guitarra

cia e dedicação. São as mãos que se

porque são coisas muito complexas

propõem a dar vida a algo que, até

e, às vezes, você tem que inventar

então, passaria insignificante.

ferramentas para trabalhar. Então,

E é sobre essa arte que falamos na

na verdade, enquanto eu estiver

reportagem “Das mãos do luthier

fazendo guitarra eu vou exercer a

para as mãos do músico”.

ferramentaria”, disse Josino, luthier

Nela, apresentamos o senhor Josino

que recebeu a vida como uma

Saraiva. Como um verdadeiro arte-

matéria-prima e está a transforman-

são de instrumentos musicais, ele

do em uma história única.

constrói violões, guitarras, contra-

Assim somos nós a cada segun-

baixos, transformando cada produto

do que se passa. Somos artesãos

em uma peça singular, assim como

esculpindo o material bruto da vida

são as digitais registradas na mão de

e desenhando cada traço de nossa

cada ser humano.

história. Cada caminhar é um passo

O garoto, que no coração carrega-

dado no sentido de não deixar essa

va o sonho de ser ferramenteiro,

existência passar em vão.

profissão em expansão na época, se tornou luthier por acaso. Mas foi a ferramentaria que o ajudou a se

Viver é uma publicação da Viver Edições e Produções Ltda. 4

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Equipe Viver redacao@vivergrandeoestesaopaulo.com.br

Jornalista Responsável: Shitomo Nakazato MT-14.471 Editor de Arte: Arnaldo Colón Silva Comercial: comercial@vivergrandeoestesaopaulo.com.br

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Tiragem: 12.000 exemplares Impressão: MAR MAR Gráfica e Editora Viver Edições e Produções Ltda. telefone: 3714-4223 / 97406-6274 Redação: redacao@vivergrandeoestesaopaulo.com.br


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GENTE

Lucia Torrezani

Tudo pelo social. Participou das ações do Lyons Clube de Cotia, uma das fundadoras da APAE – Cotia, tendo como desafio hoje a construção da sede própria, vice prefeita da cidade por dois mandatos e homenageada com o título de Cidadã Cotiana. Nascida em Santos-SP, chegou aos 15 anos na cidade, casada há 55 anos, mãe de 5 filhos e avó de 6 netos. De manhã cuidava da casa, à tarde ajudava o marido na gráfica, mas ainda conseguia se preocupar na evangelização das pessoas, com diversos trabalhos na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, onde atua também no Ministério da Palavra e deixa a seguinte mensagem aos nossos leitores: “Cada um tem uma linda canção dentro de si e não deve permitir que a silenciem”.

Mário Smiriglio

Próximo dos 50 anos em 2002, resolveu aprimorar a prática do esporte na ACM, fazendo condicionamento físico, especialmente nas esteiras e depois em diversas maratonas. Hoje tem uma coleção de mais de 370 medalhas. Esteve no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais e em termos de distância já percorreu o equivalente a toda costa brasileira. Desde 2003, participou de todas as São Silvestre e se orgulha de estar representando a cidade de Osasco em diversas outras competições. Adora comer frutas, não toma nenhum remédio e ainda arrisca alguns copos de cerveja, tem um sono tranquilo e recomenda a todos a prática de algum esporte. 6

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Maicel Titto

Nasceu em Barueri, advogado há mais de 30 anos, é professor titular da Universidade Estácio, graduado em Direito pela FMU, especialista em Direito Penal Empresarial pela FGV, pós-graduado em Magistério Superior e Prática Processual pela Universidade Cândido Mendes e hoje é o presidente da OAB - Barueri. Em sua gestão além de atender aos anseios da classe em garantir o pleno exercício de suas prerrogativas profissionais, trata também de diversos temas ligados aos direitos e garantias fundamentais dos cidadão no Brasil. Contrário à uma administração centralizada, o presidente e seus demais diretores adotaram a gestão “Participativa” que foi imediatamente aceita, firmes na convicção de que “juntos somos mais fortes”.


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ENTREVISTA Oscar D’Ambrosio, mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

A importância do brincar Os benefícios do brincar são imensos, não apenas para as crianças, como muitos pensam, mas também para os adultos. Manter a capacidade de exercitar a fantasia é uma forma de manter a mente ativa e de proporcionar a si mesmo a capacidade de encontrar novas soluções para os mais diversos problemas. Brincar é uma prática que mantém a saúde mental e física. Auxilia a aprender e a manter acesa a chama de respeito aos companheiros de jogo. E isso estimula o respeito entre as pessoas, atitude que contribui decisivamente para construir uma sociedade melhor. Com esse espírito, criada e presidida pelo médico radiologista Roberto Avritchir, o Instituto Brinquedo Vivo (http://brinquedovivo.com.br/), organização sem fins lucrativos, é um exemplo disso. Reúne mais de 5 mil brinquedos populares. São autên8

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ticas obras de arte de todo o Brasil, em diversos materiais e diversos temas, como miniaturas de circos, estádios de futebol e cidades. Esse acervo, hoje ameaçado de decomposição, pela falta de conservação adequada, está guardado em um galpão no bairro da Barra Funda em São Paulo, SP, à espera de recursos para devida catalogação e merecida exposição em local adequado. Se esse material pudesse ser mostrado em toda sua grandeza, mais pessoas certamente recuperariam a vontade de brincar. A questão do brincar envolve a questão da matriz da própria criatividade. Muito já se escreveu sobre isso. O fato é que parece haver uma ligação entre o potencial de surpreender e a capacidade de manter a mentalidade infantil, no sentido de estar sempre disposto a conhecer o novo e de enfrentar as situações


como se fossem a primeira vez, mesmo que sejam conhecidas. O prazer de brincar e de criar se relacionam de maneira muito significativa. Uma questão que atrapalha a capacidade de ter novas ideias é se tornar adulto, no sentido de levar o mundo e a si mesmo muito a sério. Também há indicações de que o universo das pessoas mais velhas vai progressivamente consumindo a coragem e o prazer de arriscar. Três instâncias sociais parecem, de modo geral, ser inibidoras da criatividade. A primeira pode ser a família, que, por exemplo, não deixa a criança ter a opção de desenhar na parede de seu quarto mesmo que seja num local determinado. A segunda tende a ser a escola, onde quem faz o que está fora do script tende a ser marginalizado. A terceira é o trabalho, onde fugir do que se espera geralmente é mortal, já que o discurso de pensar fora da caixa geralmente é mais forte do que a sua efetiva e eficiente prática. É claro que há famílias, instituições educacionais e locais de trabalho que estimulam a criatividade. Mas são minorias que podem ser contadas. E é por meio do jogo e da arte que cada um de nós pode redesenhar seu papel no mundo. Afinal, somos muito mais do que máquinas de trabalhar. Temos em nosso potencial humano o DNA que nos permite criar e fantasiar. Podemos assim ser pessoas melhores para nós mesmos e para todos que nos cercam. Brincar e sorrir, mesmo na dificuldade, torna a vida melhor. V I V E R

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ACONTECE

JOÃO PIRES/FOTO JUMP

Bicampeã olímpica, no Osasco-Audax Paula Pequeno está em casa. A bicampeã olímpica volta a defender Osasco praticamente dez anos após sua última passagem pelo clube. E retorna cheia de alegria e energia para a temporada 2018/19. A ponteira traz experiência de veterana e motivação de menina para ajudar o Vôlei Osasco-Audax na missão de conquistar o heptacampeonato paulista e lutar pelo título da Superliga. “A ficha ainda não caiu de tanta felicidade. Vestir essa camisa novamente é um desejo antigo. Um sonho que agora é realidade”, conta a atleta. A relação de longa data com o técnico Luizomar favoreceu o processo e a adaptação da ponteira com o grupo e filosofia de trabalho favoreceu o final feliz das negociações. “Foram dias de muita expectativa, pois meu desejo de voltar era enorme.

FABIANO MARTINS

Complexo Hospitalar Santa Ana em fase final Unidade de saúde de Santana de Parnaíba será referência na região e contará com novo Centro de Especialidades, Pronto Socorro Infantil e Maternidade. Será formado pelo Pronto Socorro Infantil, que contará com 50 profissionais da área médica para atender crianças com idades de zero a menores de 12 anos, em situação de urgência ou emergência. Já o novo Centro de Especialidades Parnaibano (CEP), que passará se chamar AME, será formado por 22 consultórios de atendimento, 30 especialidades de exames e 89 médicos, além de técnicos de enfermagem e enfermeiros. De acordo com a secretaria de saúde, cerca de 200 pacientes por dia serão atendidos pelo novo CEP. Já a maternidade, terá capacidade para realizar aproximadamente 2 mil partos por ano.

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FOTOS: VAGNER SANTOS

TURISMO

Entre patrimônios históricos e belezas naturais Com casas bandeiristas registradas como patrimônio histórico, pontos de turismo religioso, florestas e parques, Cotia aguarda a entrega do Plano Diretor de Turismo para pleitear, na Assembleia Legislativa, o título de Município de Interesse Turístico. Graciela Zabotto 1 2

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ortada pela rodovia Raposo Tavares, Cotia faz divisa com vários municípios da região metropolitana, dentre eles Osasco, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Vargem Grande Paulista, Ibiúna e Embu. A grandiosidade de seu território é palco para verdadeiros tesouros da história do Brasil e casa para belezas naturais incomparáveis. No roteiro de patrimônios históricos estão duas casas bandeiristas. A primeira fica no Sítio do Padre Inácio, uma espécie de museu que permite viajar ao tempo. Ele esconde, em cada cantinho, um pedacinho

da história em Cotia. Em meio a uma vasta e protegida área verde, próximo à reserva do Morro Grande, uma enorme casa branca chama a atenção à beira da estrada. O casarão é uma das construções bandeiristas históricas da cidade. Erguida em taipa de pilão, técnica muito usada no período colonial que consiste em comprimir a terra em formas de madeira, a casa servia como apoio para os bandeirantes que estavam em expedição para o interior em busca de pedras, metais preciosos e novas terras, além de escravos indígenas. V I V E R

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Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1951, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), em 1974, a obra é um marco importante do ciclo bandeirista. A segunda fica no Sítio do Mandú. Segundo informações do site infopatrimonio.org, o imóvel foi construído provavelmente no início do século XVIII. A Casa do Mandú era propriedade da família do arquiteto Eduardo Kneese de Mello. A sede fica situada à meia encosta, em taipa de pilão e pau-a-pique, com partido compacto, planta retangular e alpendres reentrantes nas elevações principais e de fundos, possui em seu interior uma capela, localizada ao lado do alpendre, com forro e altar decorados. Em cada lateral da sala, encontram-se dois compar1 4

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timentos e um cômodo em cada lateral dos alpendres. A sua cobertura, em quatro águas com um longo beiral, possui um desvão utilizável. Segundo informações, os arquitetos Luís Saia e João Batista Vilanova Artigas, o escritor Mário de Andrade e o padre Romeu Dale foram até a propriedade para atestar a autenticidade da construção. A Casa do Mandú foi tombada pelo Iphan em 12 de janeiro de 1961 e pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), em 24 de julho de 1974. Hoje, além das visitações, o sítio é cenário para o projeto educacional “A escola vai ao Sítio do Mandú”, realizado pela Prefeitura de Cotia. Nele, alunos da rede municipal ganham uma verdadeira aula de história na casa bandeirista. Quando o assunto é religião, um dos


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destaques vai para a Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Localizada a 10 quilômetros do centro de Embu das Artes, ela fica na rua dos Agrimensores, 183, no bairro Chácara Ondas Verdes, já no território de Cotia. Também conhecida como Igreja dos Arautos do Evangelho, o local chama a atenção pela sua arquitetura que, de acordo com informações, contempla o estilo neogótico. Com mais de 300 anos, outro ponto de fé é a igreja Matriz Nossa Senhora do Monte Serrate. Construída em 1713, ela encanta por ser uma igreja tão antiga onde cada detalhe do prédio esconde uma história. Em 2013, a igreja passou por uma restauração. Muitas estruturas feitas de madeira e barro ainda eram originais, como os arcos das passagens e afrescos laterais. Segundo o site Portal Viva Cotia, foram substituídos pisos e vigas de madeira sem condições de

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recuperação, além da pintura interna e externa. Ainda como parte do turismo religioso, é possível conhecer o budismo no Templo Zu Lai. Localizado na Estrada Fernando Nobre, 1461. Parque Rincão, com acesso pelo Km 28,5 da rodovia Raposo Tavares, ele é o primeiro templo do Monastério Fo Guang Shan na América Latina. Ele também é considerado o maior tempo budista da América Latina, com 10 mil metros quadrados de área construída em um território de, aproximadamente, 150 mil metros quadrados. No quesito belezas naturais, Cotia abriga nada mais nada menos que a Reserva do Morro Grande. Demarcada pela área da Unesco, a reserva ocupa quase 11 mil hectares do município e está sob a responsabilidade da Sabesp, devido aos seus mananciais. 1 6

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O remanescente de Mata Atlântica ainda é preservado. A floresta é morada para macacos, onças-pintadas, jaguatiricas, quatis, tucanos e arapongas, dentre outros animais, além de área de soltura. No ano passado, uma onça-parda que havia sido encontrada em uma empresa no município de Itapecerica da Serra foi solta na mata para viver em seu habitat. Além da fauna, a flora também é exuberante. São quase 700 espécies de árvores. Parques também estão no roteiro aberto à visitações. Na lista figuram o Parque Cemucam, com estacionamento, quiosques com churrasqueiras, circuito de mountain bike, campo de futebol, quadra poliesportiva, bebedouros, mesas, bancos, paraciclos, pista de Cooper, trilha para caminhada, bosque, gramado para piquenique, playgrounds e Viveiro Harry


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Blossfeld; e o Parque Teresa Maia. Localizado no bairro da Granja Viana, vem sendo muito conhecido pela sua EcoFeira com produtos orgânicos, aos domingos, das 8h às 14h. Trazendo hortifrúti direto de produtores locais, alimentos vegetarianos, veganos e artesanato. Conta com uma área de 24,5 mil metros quadrados, wi-fi gratuito, estacionamento, pista de corrida, bike, playground, lago e uma ampla área para piquenique. Com todas essas características, Cotia pleiteia o título de cidade turística do Estado de São Paulo. Para isso, está em andamento a elaboração de um Plano Diretor de Turismo. Segundo José Genival, secretário de Turismo do município, a expectativa é de que a empresa contratada entregue o estudo concluído em setembro. 1 8

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“Após a sua elaboração, o Plano Diretor de Turismo será encaminhado ao prefeito Rogério Santos e ele encaminhará à Câmara Municipal de Cotia. Sendo aprovado pelos vereadores, o Plano Diretor será enviado para votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Se aprovado, a cidade será inserida na relação do MIT (Município de Interesse Turístico do Estado de São Paulo)”. Com isso, Cotia poderá solicitar verbas dos governos Estadual e Federal para investir no potencial turístico do município. “Atualmente, nós temos o PIT (Posto de Informação Turística), localizado no Km 25,5 da rodovia Raposo Tavares. Ele é aberto de segunda-feira a domingo, das 8 às 17 horas. Lá temos um vasto material com informações de pontos turísticos.


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FOTOS VIVER

MÚSICA

Das mãos do luthier para as mãos do músico Um verdadeiro artesão de instrumentos musicais, o luthier Josino Saraiva constrói violões, guitarras, contrabaixos e garante que cada produto é único e carrega uma personalidade própria. Graciela Zabotto 2 2

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ma estrada de terra com ares de interior e uma paisagem onde é possível ver o sol se por. É neste cenário tranqüilo que Josino Saraiva produz verdadeiras obras de arte. Luthier há 40 anos, ele escolheu um espaço rural em Caucaia do Alto, distrito da cidade de Cotia, para fabricar violões, guitarras e contrabaixos. É lá que ele constrói e transforma cada produto em peça única.No galpão, a trilha sonora é formada pelas

notas musicais que saem das máquinas que dão formas e curvas à madeira bruta. Josino é o responsável pelo design, pegada do braço e escala e ergonomia de todos os violões, guitarras e contrabaixos fabricados pela Cast Custom Guitars, sua marca de instrumentos personalizados – sua principal característica. “Instrumento é como roupa. Você tem que vestir e se sentir bem com ele”, define o luthier. Segundo ele, a diferença do instrumento V I V E R

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artesanal para o industrial é justamente a personalidade registrada no produto. “Isso acontece por dois motivos: primeiro porque você não pode exigir que um produto comprado em uma loja tenha a sua personalidade. É como comprar uma roupa já pronta ou pedir para ser feita pelo alfaiate. E o segundo ponto é que você tem que adequar a parte técnica com a personalidade da pessoa que vai tocar. E essa personalidade está inserida no conjunto. Na cor, no tamanho, nos detalhes. E isso é muito enigmático. Chega a ser uma magia”. É como se o instrumento musical fabricado na luthieria fosse uma extensão do músico, onde o dedilhar nas cordas e a escolha dos acordes se encaixassem perfeitamente nos dedos de quem usa tons, notas e ritmos para se expressar. O garoto, que no coração carregava o sonho de ser ferramenteiro, profissão em expansão na época, se tornou luthier por acaso. “O meu objetivo era a ferramentaria, e eu era fanático por isso. Eu morava em Minas Gerais e quando 2 4

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cheguei em São Paulo fui estudar ferramentaria. Por intermédio de uns amigos arrumei emprego na Gianinni. Entrei no setor de produção de guitarras, mas na época nem sabia o que era guitarra. Eu trabalhava no setor de acabamento de lixa, onde prepara a peça para receber a pintura. Teve um dia que fui trabalhar no setor de violão e acabei quebrando uma máquina porque não tinha habilidade para trabalhar com ela. Por causa disso fui demitido. E a ferramentaria na minha cabeça. Depois fui trabalhar na Finch. Aprendi muita coisa lá. Depois ela foi vendida e um dos meus patrões me levou para trabalhar com ele em uma loja que tinha em SP e comecei a consertar instrumentos. Depois de um tempo começamos a fazer guitarras. Foi aí que comecei a me envolver com isso. Comecei a tirar a ferramentaria da cabeça e descobri que ela me ajudava muito a produzir os instrumentos e decidi ser luthier”, relembrou. “Se eu não tivesse estudado ferramentaria seria muito difícil fazer guitarra porque


são coisas muito complexas e, às vezes, você tem que inventar ferramentas para trabalhar. Então, na verdade, enquanto eu estiver fazendo guitarra eu vou exercer a ferramentaria”, completou. Mas mesmo após quatro décadas de profissão, explicar como acontece a principal magia de um instrumento artesanal ainda é algo enigmático. “Nunca entendi isso. Mas são características que você encontra quando tem contato com a pessoa ou com algumas informações dela. Mas se, por algum motivo, a gente não conhece essas características, nós nos direcionamos pelo conforto do instrumento e pela ‘pegada’ de quem vai tocar. Por exemplo, se o cara pede uma guitarra para tocar rock tem que fazer com um timbre mais pesado. Começa desde a escolha da madeira que vai nesse instrumento, até porque cada madeira tem uma personalidade. Em uma única peça podemos encontrar vários timbres diferentes em suas diversas regiões. O resultado final do timbre que vai produzir você consegue na

matéria-prima, mecânica e elétrica, mas a personalidade você não consegue. A personalidade é a fantasia que fica no ar porque você não consegue produzi-la”. Para encomendar um instrumento, o interessado preenche um formulário com características do produto que espera receber, como tamanho, tipo de pintura, tipo de madeira e tarraxas; e para qual estilo musical será utilizado. As informações desse formulário são analisadas por Josino que verifica se, tecnicamente, é viável a fabricação do instrumento com essas especificações. Mas o luthier recorda que nem sempre foi assim. “Eu peguei uma época que a gente fazia instrumento pedidos por carta. Em uma frase escrita à mão a gente já conseguia descobrir um pouco da personalidade da pessoa. Hoje, com o mundo virtual, a gente consegue conhecer algumas particularidades ou preferências do cliente, mas não a personalidade”. A qualidade profissional dos produtos fabricados por Josino lhe rendeu um convite para trabalhar na China. A iniciativa V I V E R

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Da matéria-prima ao showroom na Saraiva e Tangary Se a personalidade impressa no instrumento é algo que a racionalidade não explica, as qualidades dos produtos Castle Custom Guitars são conquistadas por meio da qualidade da matéria-prima. “As pricipais madeiras utilizadas para a fabricação dos instrumentos são cedro, marfim, marupa, jequitibá, mogno, roxinho brasileiro, ébano e imbuia. Algumas nacionais, como o mogno, pau-brasil e o jacarandá baiano, já 2 6

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são raras de se achar. Nós usamos algumas outras nacionais e também importadas, nesse caso a maior parte vem da America do Norte e Europa Central. Já as tarraxas, pestanas e cordas não importadas, principalmente dos Estados Unidos e Japão”, explicou Fábio Saraiva. Para quem quiser conhecer de perto os instrumentos fabricados por Josino pode conferir o showroom que fica na escola

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de música Saraiva e Tangary, localizada na avenida Diogo Antônio Feijó, 564, Jardim das Flores. O espaço conta com uma grande variedade de instrumentos da marca em exposição e à venda, além de loja, atelier de luthieria, escola de música e sala de teste com equipamentos. O local também conta com uma oficina para consertos de instrumentos. Mais informações pelo telefone (11) 2765-0598.


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e convite veio da Lyco, uma empresa do setor musical voltada para áudio e tecnologia. Segundo Fábio Saraiva, filho de Josino e responsável pelo departamento de compras da Cast Custom Guitars, a empresa queria uma parceria para dar inicio à fabricação de instrumentos de cordas em larga escala numa fabrica na China. O Josino ficaria responsável pela produção, designer, desenvolvimento e qualidade técnica do produto, além de fornecer sua experiência e credibilidade para o projeto. Mas antes mesmo do início das atividades, o projeto foi cancelado por decisão pessoal de Josino, que se negou a associar seu nome a um produto não condizente até então com a qualidade que seus instrumentos sempre apresentaram. Josino já construiu instrumentos para 2 8

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grandes músicos brasileiros, dentre eles estão Roberto Menescal, Mozart Mello, Bruno Mangueira (Unb Brasília), Heraldo Paarman (ex Ultraje a rigor), Thiago Spada, Zéli Silva, Manoca Barreto (UFRN), Alexandre de Orio (Claustrofobia), Fred Tangary (Pixinga e ex guitarrista da Sandy e Junior), Joe Moghrabi (EMeT), Edu Letti, Wanderson Bersani (EMeT). Atualmente, Josino faz cerca de 10 instrumentos por ano. Hoje, conta com a ajuda de Nato, que trabalha na sessão de pintura das peças. “Já tivemos um tempo que a matéria-prima era o mais caro para produzir um instrumento. Hoje o mais caro é o tempo. São processos muito complexos. Tenho prazos determinados para cada encomenda. Mas aqui entra a madeira bruta e o instrumento sai afinado”.


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SOCIEDADE

Única tv comunitária da cidade, TV Osasco tem programação diferenciada Com um alcance de aproximadamente 250 mil pessoas por dia, TV Osasco oferece grade de programação voltada para a prática da cidadania e respeito a diferentes opiniões. Graciela Zabotto 3 0

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ua Virgínia Aurora Rodrigues, 218, Centro. É dentro de uma sala de um imóvel deste endereço que está instalada a TV Osasco, única tv comunitária da cidade. Transmitida pelo canal 3 da net, canal 6 e 22 da Cabonnet e pelo portal: www.tvosasco.com.br, seu conteúdo é desenvolvido para estimular a cidadania e o empreendedorismo na cidade e região. Seu alcance diário é de mais de 250 mil telespectadores na cidade de Osasco e aproximadamente 800 mil telespectadores em toda região coberta pela RGO (TV Regional Oeste

que abrange Osasco, Jandira, Carapicuíba, Itapevi, Cotia, Vargem Grande Paulista, Itapecerica da Serra, Embu das Artes e Taboão da Serra/Alphaville). Prestes a comemorar sua maioridade – a TV Osasco completa 18 anos em dezembro – a emissora enfrenta uma dificuldade constante: a de se manter viva a cada dia. “O grande desafio para uma tv comunitária é deixar as portas abertas e pagar a conta de luz. É matar um leão por dia e deixar o outro amarrado para o dia seguinte”, desabafou Paulo Contim, diretor, ex-presidente da TV Osasco e V I V E R

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apresentador do programa de empreendedorismo INVISTA. A emissora é regulamentada pela Lei do Seac (Serviço de Acesso Condicionado) n° 12.485/ 2011. Por ser uma tv pública, a lei que a regulamenta não permite que sejam realizadas transmissões de comerciais que estimulem o consumo de algum produto, seja ele qual for. Dessa forma, a emissora precisa encontrar outras maneiras de receber recursos para continuar ‘respirando’. “A forma de sustentação de uma tv comunitária é muito difícil. Ela é gerida por uma associação sem fins lucrativos. Ela mesma não gera recursos financeiros. Ela é impedida de fazer comerciais como as tvs abertas, que cobram determinado valor para exibir uma publicidade. Nesses pontos nos restringimos ao que 3 2

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chamamos de institucionais, comerciais que não falam de preço e não induzem ao consumo. Tem também produtoras que fazem seu material, entram em contato com a TV Osasco e pagam uma pequena taxa para exibir o seu programa. Não temos anunciantes, temos apoiadores culturais. Dessa forma, a tv é sustentada por intermédio de contribuição dos associados e desses programas que são produzidos por outras produtoras”, explicou Contim, que também é proprietário do imóvel onde fica a TV e cede espaço para que a emissora faça suas transmissões. Ele cita como exemplo o programa ‘Em Guarda’. “Esse é um programa sobre esportes apresentado pelo Márcio Silvio. Ele não tem condições de pagar nada pelo programa, mas a TV abre espaço


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manda uma publicação. São valores irrisórios de R$ 1 mil ou R$ 1.500 mil, mas para nós são muito úteis”. Apesar das dificuldades financeiras, de acordo com Contim, a TV Osasco tem a possibilidade de manter programação livre e independente. “A maior parte dos veículos de comunicação fica dependente das questões políticos partidárias. Fica na dependência de uma prefeitura mandar um PI e aí é um valor x de inserção e que não sabemos se teremos esse valor no próximo mês ou não. Por isso não dá para fazer um planejamento orçamentário. Então qualquer verba é bem vinda porque não ficamos dependentes do poder público. Se acontecer de não ter vídeos institucionais, a comunidade vai continuar mantendo a TV”. Segundo ele, a TV Osasco consegue fazer uma programação que é capaz de atender a todos. “Nós conseguimos fazer 3 4

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uma programação decente porque acolhemos todas as correntes político-partidárias. Vem gente do PT, temos alguns sindicatos com seus programas. Exemplo disso é o programa Visão Trabalhista, que é do sindicato dos metalúrgicos; temos a TV Secor, que são sindicatos que tem uma tendência mais à esquerda e temos alguns artistas famosos como, por exemplo, o Alexandre Frota, que faz o programa Autenticidade, com um perfil mais alinhado com ideologia de direita. E temos, também, ideologias de centro. Também acolhemos todas as religiões. Temos programas da igreja evangélica, da igreja católica, da Seicho no Ie e espiritualistas. Não temos nenhuma restrição. Nós praticamos na TV Osasco o que entendemos que deveria ser a verdadeira tv para o telespectador. Com uma programação de qualidade voltada para toda a família e com o tipo de pro-


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grama que posso assistir sem qualquer constrangimento, a qualquer hora do dia, com minha filha, minha mãezinha, minha esposa e meu filho”, completou. Preço acessível ao munícipe Além da programação diferenciada das emissoras comuns, outro grande diferencial da tv comunitária é o fato dela ser acessível para o morador e empreendedor da cidade. “Muita gente não quer ter o trabalho de ser associado, mas a pessoa pode entrar em contato conosco porque, de alguma maneira, vamos dar um jeito de fazer o seu vídeo circular. Enquanto tv comunitária somos a única oportunidade que a comunidade tem de fato de aparecer na televisão. Para o cidadão colocar o seu produto em uma tv comercial ele vai pagar cerca de R$ 200 mil por mês em um programa de meia hora durante a madrugada. Já na tv 3 6

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comunitária é mídia local e não falamos de milhões. Falamos às vezes R$ 500 e esse é um número acessível ao pequeno comércio. A gente tem que desmistificar essa coisa de mídia cara”, disse Contim. “Entrem em contato com a gente. Muita gente não quer ter o trabalho de associação e ele pode entrar em contato conosco que de alguma maneira vamos fazer o vídeo a matéria e vamos dar um jeito de fazer ele circular. Mesmo que não seja associado vamos procurar dar uma condição que ele consiga vir e ser visto na mídia local. A TV Osasco é uma tv comunitária. Quem quiser se associar será são bem vindo, mas se quiser só trazer um programa, um produto ou apoio cultural para divulgar sua marca também será muito bem-vindo. É só nos procurar no site, redes sociais ou telefone”, finalizou.


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Letra ilegível: sério problema médico Uma das principais preocupações do século XXI é o processo de envelhecimento populacional que está impactando de forma assustadora os sistemas de saúde e de previdência social em todo mundo. As estimativas revelam que no ano 2025 o Brasil terá a 6ª maior população de idosos do planeta, com todos os problemas que esse fato poderá trazer, se não tomarmos desde já medidas capazes de garantir a viabilidade desse futuro. Esse envelhecimento acelerado e irreversível está trazendo como uma das consequências o rápido aumento das chamadas doenças crônicas degenerativas, como hipertensão arterial, diabetes, artroses, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, as quais demandam tratamentos contínuos e vitalícios, com inúmeros medicamentos, exames e outros procedimentos. É claro que pessoas acometidas des3 8

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sas doenças necessitam de assistência médica frequente para acompanhamento de seus quadros clínicos e adequações em seus tratamentos, para que sigam suas vidas com o mínimo de qualidade desejável. Esse acompanhamento, entretanto, para que seja feito de forma eficiente e eficaz, necessita de registros precisos e completos que constituem a história de saúde desses doentes permitindo a visualização da evolução do processo. Aqui surge um grande problema, que a meu ver é uma vergonha para nós médicos: a letra ilegível e anotações incompletas. Infelizmente não é raro que pessoas procurem um funcionário de uma Unidade de Saúde para ver se tem determinado medicamento receitado por um médico e ninguém na equipe consiga decifrar o que está escrito na receita!


Outras vezes um cliente que é acompanhado num serviço médico por um problema crônico há muito tempo, ao voltar em consulta com outro médico, esse é obrigado a repetir perguntas que o paciente já respondeu várias vezes e fica sem saber que medicamentos essa pessoa está tomando, ou que exames realizou, porque não existe qualquer registro desses procedimentos no prontuário desse paciente! Registros médicos e receitas só tem sentido se puderem ser lidos e entendidos pelas pessoas a quem interessam. Isso é tão óbvio que o Código de Ética Médica diz que é proibido ao médico fazer anotações ilegíveis, sob pena de punições previstas nesse código. Recentemente os meios de comunicação do País voltaram a esse assunto dizendo que os Conselhos seriam mais rígidos com esse problema, mas na prática o que se tem observado é que esses absurdos continuam sendo praticados com muita frequência e pouco tem sido feito em relação a eliminar definitivamente essa marca vergonhosa da nossa profissão. Alguns estados brasileiros chegaram a elaborar leis com previsão de multas aos profissionais que não cumprissem essa determinação, mas, mesmo assim, o impacto ainda deixa a desejar. Em 2006, um levantamento do National Academies of Science Institute of Medicine, nos Estados Unidos da America, revelou que cerca de 7 mil pessoas morrem por ano naquele país, vítimas de anotações médicas inadequadas.

Se alguém acha que essa é uma acusação mesquinha e sem fundamento contra minha própria classe profissional, informo que, em meu computador pessoal, tenho uma pasta específica com fotos de inúmeras receitas e prontuários médicos com alguns absurdos mais relevantes, inclusive com prontuários em que numa consulta existe carimbo e assinatura do médico sem qualquer anotação anterior! Acredito que a população tem que aprender seus direitos e deveres e exigir de seus médicos anotações claras e precisas sobre suas condições de saúde. Medicina não é ciência exata e por isso necessita ainda mais de informações completas e organizadas para tomar decisões cuja falha pode acarretar em lesões ou até na morte de seres humanos. Por isso, meu amigo, muito mais do que Conselhos ou governos, o principal interessado nesse problema é você e, portanto, é seu direito e dever exigir qualidade dos seus registros médicos e, se não for atendido, denunciar aos órgãos competentes, como você já aprendeu a fazer usando o PROCON quando se sente lesado em alguma transação comercial. Afinal, sua vida e saúde são muito mais importantes que qualquer aparelho doméstico que não funcione, não é? Pense sobre isso. Antonio Monteiro é médico preventivista e clínico geral formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. V I V E R

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