Viver a Nossa Terra - Março 2020

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Ano 31 - Número 332 - 24 de Março de 2020 - Publicação mensal - Propriedade do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão - Diretor: Miguel Maia - Assinatura anual: 10€

Pedro Couto

#FiqueEmCasa

“Portas fechadas, mas com janelas abertas” páginas 4 e 5

“A Páscoa vem depois da Cruz” página 6

“Podemos combater este inimigo invisível” página 8

Ambiente de festa na celebração do 33º aniversário do CCDR

Câmara atribui 265 bolsas de estudo

página 11

Covid-19 suspende actividade desportiva

página 20

Rede de ciclovias vai ligar estação de comboios às escolas e aos parques de Famalicão página 11 publicidade

páginas 2 e 3

M. Miranda Azevedo, Lda. Patrocina a embalagem do Viver a Nossa Terra


2 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Ambiente de festa na celebração do 33º aniversário do CCDR O 33ºaniversário do CCDR, celebrado no dia 1 de Março, foi um momento de convívio mas também de vivências da atividade que o CCDR oferece à população de Ribeirão, do concelho de Famalicão e também da Trofa. Cerca de 150 pessoas, entre sócios e amigos, reuniram-se na Casa do Lindo, em Ribeirão, e além de desfrutarem do bom serviço, tiveram ocasião de apreciar pequenas atuações de jovens alunos da Escola de Música em diferentes instrumentos e diferentes momentos de aprendizagem, reflexo do bom trabalho que se desenvolve no CCDR. Momento alto destas comemorações é sempre a distinção que o CCDR leva a cabo todos os anos dos atletas que, na época anterior, alcançaram títulos e pódios nacionais. Os homenageados foram Alessandra Silva, Francisco Costa, Gabriel Maia, Inês Ramalho e Pedro Rodrigues (ver caixa).Todos são jovens ainda em formação e que já revelam qualidades em diferentes disciplinas do atletismo que os distinguem a nível nacional. Foi isto que, na sua intervenção, sublinhou Pedro Oliveira, Vice-Presidente do clube e responsável da equipa de atletismo. Explanou de forma detalhada e esclarecedora o percurso que os jovens fazem na Escola de Atletismo do CCDR que se desenvolve, a partir dos 5 ou 6 anos de idade, na Escola Básica de Ribeirão e na Escola Camilo Castelo Branco, em Famalicão. O presidente da direção, Adelino Campos, usou da palavra para sublinhar as diversas valências que o CCDR desenvolve, nomeadamente o jornal Viver a Nossa Terra, a Escola de Música e a Escola de Atletismo, bem como um conjunto de outras atividades culturais e desportivas de caráter pontual ao longo do ano. Enfatizou o esforço que todos fazem para que se consiga manter todas estas atividades a um ní-

vel elevado de forma a corresponder aos anseios dos jovens, das famílias e da população em geral. Enalteceu e agradeceu o apoio indispensável da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia e dos diferentes patrocinadores. E deixou um desafio ao Presidente da Câmara, Dr. Paulo Cunha, para que o mais brevemente possível se conclua a construção da pista de atletismo, o que irá certamente valorizar ainda mais o trabalho que se desenvolve com os jovens. Por sua vez, o Presidente da Junta de Freguesia, Adelino Oliveira, além de felicitar o CCDR por mais >>>

M. Miranda Azevedo, Lda. e PLÁSBEIRÃO - Plásticos de Ribeirão, Lda. patrocinam a embalagem do jornal “Viver a Nossa Terra”


Ribeirão 3

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Conquistaram pódios em competições nacionais na época 2018-2019

CCDR distingue atletas com títulos nacionais

Alessandra Silva

Adelino Campos: “todos no CCDR fazem Adelino Santos: “O CCDR contribui para um esforço para que se consiga manter todas tornar Ribeirão num lugar apetecível para estas atividades a um nível elevado” as pessoas viverem”

Vice-Campeã Nacional de Juvenis do Desporto Escolar, na prova de salto em altura. A Alessandra Silva é atleta do CCDR desde os 11 anos, idade em que iniciou a prática da modalidade, no Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco. Depois de se ter destacado nas provas de velocidade, tem focalizado o seu treino nos saltos.

O Francisco Costa é um atleta do escalão de juvenis que iniciou a prática da modalidade no nosso clube, se dedica às provas de velocidade, barreiras e salto em comprimento. É recordista regional de Braga nos 60 metros barreiras e em salto em comprimento, em pista coberta. Em julho de 2019, representou pela primeira vez a Seleção Nacional de Juvenis no Troféu Ibérico de Sub18 anos, competição que decorreu em Madrid.

Inês Ramalho

3ª Classificada no Campeonato Nacional de Juvenis do Desporto Escolar, na estafeta 4x100 metros. A Inês é atleta do CCDR do escalão de juvenis dedicada às provas de velocidade, tendo na época passada sido uma das melhores atletas nacionais nos 100 metros.

Gabriel Maia

Francisco Costa Paulo Cunha: “A comunidade ribeirense vai-se superando todos os dias através dos seus protagonistas” <<< este aniversário, deixou uma palavra especial a todos aqueles que sonharam, construíram e mantêm viva esta associação que contribuiu ao longo destes 33 anos para solidificar a Vila de Ribeirão e torná-la um lugar apetecível para as pessoas viverem podendo usufruir de atividades desportivas e culturais que vão de encontro a alguns dos seus anseios. As intervenções foram encerradas pelo Dr. Paulo Cunha, Presidente da Câmara de Famalicão. Como é seu hábito, manifestou o seu regozijo por estar em Ribeirão e sublinhou a forma como “a comunidade ribeirense se vai superando to-

Mons. Manuel Joaquim: “Todas as instituições são importantes para o desenvolvimento local”

dos os dias através dos seus protagonistas” e se tem afirmado no contexto concelhio tornando-se uma vila dinâmica, atrativa e de forte pendor progressista ao nível associativo, empresarial e autárquico. Felicitou o trabalho do CCDR ao nível cultural e desportivo, “uma associação de referência no concelho de Famalicão” e deixou a promessa de que a pista de atletismo será muito em breve uma realidade, pois os trabalhos avançam a bom ritmo, depois de um período inicial complicado que obrigou a superar alguns obstáculos inesperados ao nível da implantação no terreno. Entre os protagonistas deste progresso de Ribeirão, o

Presidente da Câmara, fez uma referência especial a Monsenhor Manuel Joaquim, com uma notável obra social, e ao Presidente da Junta, um homem atento e persistente na resolução de todos os problemas dos Ribeirenses. A festa do CCDR teve naturalmente o momento sempre significativo da partilha do bolo de aniversário e encerrou com mais uma atuação do Grupo de Cavaquinhos com as suas músicas tradicionais e populares que são sempre do agrado geral. Num ambiente de alegria e satisfação terminou mais este momento significativo na vida do CCDR.

Campeão Nacional de Juvenis do Desporto Escolar, na prova de 100 metros barreiras; Vice-Campeão Nacional do Olímpico Jovem, na prova de salto em comprimento; 3º Classificado no Campeonato Nacional de Juniores, na estafeta 4x100 metros; 3º Classificado no Olímpico Jovem Nacional, na estafeta de 4x100 metros.

Campeão Nacional de Juvenis, na prova de 200 metros; 3º Classificado no Campeonato Nacional de Juniores, na estafeta 4x100 metros; 3º Classificado no Olímpico Jovem Nacional, na estafeta de 4x100 metros. O Gabriel Maia é um atleta do CCDR com 17 anos, que se dedica às provas de velocidade, sendo atualmente um dos melhores atletas portugueses no seu escalão, nas provas de 200 e 300 metros, sendo atualmente recordista regional de Braga nestas distâncias, em pista coberta.

Pedro Rodrigues

3º Classificado no Campeonato Nacional de Juniores, na estafeta 4x100 metros; 3º Classificado no Olímpico Jovem Nacional, na estafeta de 4x100 metros. O Pedro Rodrigues é um jovem atleta do CCDR, que pratica a modalidade desde o escalão de iniciados, dedicando-se às provas de velocidade e barreiras.

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Atletas distinguidos com os seus treinadores Pedro Oliveira e Alexandra Sarmento


4 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Editorial

Portas fechadas, mas com janelas abertas Pedro Couto

Os tempos que vivemos têm-se revelado absolutamente insólitos para todos nós. A surpresa com que todos fomos apanhados por algo que parecia longe e distante, percorrendo gentes e locais que, pela demora da chegada, nos fazia acreditar que éramos inatingíveis. Infelizmente cá chegou. Alguns, todavia, demoraram mais a acreditar que esses tempos também a nós nos tocavam. Foi preciso fecharem os estádios, as escolas, as empresas e quase um país para um grande grupo perceber que não se tratava de tempo de férias antecipadas onde quem pudesse podia ir à praia. Um tempo, verdadeiramente quaresmal, que trouxe uma forçada abstinência que ninguém esperava. Abstinência de um beijo de quem amamos, de um abraço que nos reconforta, de um estar que nos faz sentir ativos. Um tempo de abstinência de todas os encontros e convívios sociais. Um tempo que nos obriga a refletir o que será do nosso futuro, do futuro das nossas empresas, da nossa economia, da nossa vida. Contudo, acredito que é uma oportunidade para centrarmos a nossa atenção naquilo que verdadeiramente importa. Para esvaziar o balão que nos fazia acreditar que éramos os maiores e que não precisávamos

do outro para nada. Uma oportunidade para valorizarmos o local, nomeadamente o comércio que tem sido um verdadeiro aliado em tempos onde as plataforma de compras de primeira necessidade não dão resposta a tudo ou a todos. Tempo para alertar à contenção daqueles que já estavam a gastar desmesuradamente. Afinal não somos assim tão tão, como canta a música de A. Zambujo, como estávamos a acreditar. É neste tempo que reflito sobre mim e sobre os outros e que procuro respostas a questões por mim e por esses levantadas. É antiga a minha admiração pelo Shabat judeu como já tive oportunidade de aqui o manifestar. Sempre reconheci as suas vantagens religiosas, familiares e pessoais. Um dia inteiramente dedicado a Deus, à família e a mim. Afinal é bom estar apenas com os nossos, longe dos gadgets que nos desligam daqueles com quem nos encontramos e nos aproximam dos que não nos têm por perto. A surpresa foi tal que não deixou tempo para que nos preparássemos para a ausência. Não deu tempo para ensinar quem não sabia trabalhar com as tecnologias de comunicação, que mantêm a nossa janela aberta ao mundo. Não houve tempo para

trocar contactos profissionais, enfim, foi como é a vida no seu essencial, por vezes nem tempo dá para as despedidas. Por isso acredito que (re)centremos o nosso olhar no essencial. - Afinal isso faz assim tanta falta? Uns dirão que sim, outros que não. Talvez agora alguns pais andem atrás dos filhos para lhes pedir ajuda, talvez alguns avós entendam o tempo desperdiçado ao lado dos netos a vê-los “mexer” nos telemóveis e computadores a quem consideravam perda de tempo e a fonte dos males da sociedade. Talvez seja o tempo de repensar o olhar reprovador, indiferente e às vezes desprezível com que víamos os mais novos a socializar. Talvez seja o tempo em que os netos pensem no tempo perdido ao lado dos avós. Enquanto estes tinham tanto por dizer e os mais novos outras coisas para ouvir. Talvez seja o tempo para darmos valor àquilo que às vezes nos estorvava, como uma reunião, um encontro ou uma saída. Sim, acredito que é a oportunidade para valorizarmos muito do que temos, desvalorizarmos muito do que tínhamos e cuidarmos do que somos e com quem vivemos. Acredito que reconheçamos a paciên-

cia dos professores dos nossos filhos que, sim, também passam manhãs e tardes completas com eles. Talvez seja tempo de valorizarmos os responsáveis de férias escolares ou centros de estudo que, esses sim, em tempo de férias têm de ser criativos para os ocupar. Talvez precisássemos desta experiência para valorizarmos aqueles que trabalham a partir de casa. Quem sabe agora percebamos que o ensino à distância gasta mais tempo que o presencial. Afinal aquilo que alguns faziam no telemóvel ou no computador não era brincar ou fazer que se trabalha. É assim que sorrio, sorrio com respeito para todos os que até agora nem davam conta da sua presença e que afinal são os mais importantes. Contudo, este tempo também exige que nos adaptemos, sem facilitismo, mas sobretudo sem fatalismo e com muito sentido de responsabilidade. A sociedade hoje consegue dar respostas absolutamente extraordinárias às nossas necessidades. Há 30 anos que o Jornal Viver a Nossa Terra reúne a sua redação para preparar a edição mensal do mesmo. Este mês não foi diferente. Conseguimos,não só reunir, como estar com cada um no con>>>


Ribeirão 5

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Saúde, economia e educação Os tempos que vivemos exigem adaptação, lançam desafios e sobretudo causa muita incerteza face ao futuro. Há hoje 3 setores que particularmente nos preocupam: o da saúde, da economia e da educação. <<< forto do seu lar, na familiaridade dos seus, sem pressas, sem olhares para relógios, com tempo e disponibilidade para o que estávamos a fazer e sem sair de casa. Condições que a agenda pessoal, nem todos os meses permite. Foi rico falar de todos os assuntos esgotando-os, não deixamos nada para… depois falamos. Hoje podemos estar descansados pois os nossos filhos, apesar de não poderem ir à escola, conseguem realizar um conjunto de tarefas em casa, em comunicação permanente com os seus professores. Estes conseguem ter um conjunto de ferramentas (ver caixa) que os ajudam a estar em pleno contacto com os alunos e estes entre si. Contudo, é verdade que as tecnologias de informação digitais ainda não chegaram a todos, mas é tempo de todos as procurarem. Ter um endereço de e-mail para um estudante é tão importante como ter o caderno diário para uma disciplina. É gratuito, ter e usar. A internet essa é paga, mas temos de nos ajustar aos novos tempos sob risco de perdermos o próprio tempo. É encontrar a possibilidade de abrir a janela da nossa vida ao mundo. Claro que exige cuidados, supervisão e acompanhamento. Não é isso que devemos aos mais novos? Saíamos de casa com as portas e janelas abertas? Deixávamos os nossos conversar com desconhecidos na rua escura? Então também não o façamos agora quando nem sempre vemos quem está do outro lado da “janela”. Mas, pode pensar o meu estimado leitor, e quem não sabe? Pois, tem de ter consciência que afinal não está tão preparado para enfrentar os desafios de hoje como tantas vezes pensava. Tem de ter consciência que o saber do filho ou do neto afinal é importante. Que aquilo que aprendemos antigamente não é o único conhecimento válido. Essa coisa de “no meu tempo é que era…” não terá de ser revista? Afinal, conseguimos hoje, muitos, levar uma vida com um elevado nível de normalidade que há 30 anos quando nasceu o Viver a Nossa Terra não seria possível. Acredito que este número do jornal, tal como de todos os outros jornais, seja um espelho daquilo que marca a atualidade, mas gostava de vos transmitir esta palavra de esperança e sobretudo de oportunidade. Amanhã as coisas estarão melhores e não desperdicemos o tempo que vivemos hoje e com quem vivemos. Aprendamos a valorizar o que estamos a viver, pois é assim que nos preparamos para as próximas batalhas. Muito havia a dizer sobre este assunto, mas não vou maçar mais o respeitado leitor. Aceite o meu convite para pensar, refletir e viver com quem está ao seu lado. Como diz Ernest Hemingway: - Quem estará nas trincheiras ao teu lado? ‐ E isso importa? ‐ Mais do que a própria guerra.

Miguel Maia, Director do Viver a Nossa Terra

Neste sentido, o Viver a Nossa Terra procurou, junto de uma empresa ribeirense, com grande atividade nacional e internacional, saber de que forma é que eles estão a encontrar respostas para estes desafios. Sabemos que há empresas e comércios a fechar, outros a antecipar as férias e outros mesmos a laborar de forma muito condicionada. Por outro lado, na tentativa de contribuir positivamente para o setor da educação, nomeadamente para as tarefas de professores e alunos da nossa comunidade, e uma vez que esta ainda aguarda diretrizes por parte do Ministério da Educação (ME) face às medidas a tomar, reunimos um conjunto de ferramentas, aplicações e plataformas que poderão auxiliar professores, alunos e famílias a enfrentarem as exigências atuais. Os níveis de incerteza face ao futuro são grandes em todas estas áreas e a prudência e responsabilidade exigem cautela. Para já o que sabemos é que nos devemos isolar ao máximo e privar de contactos físicos. No que concerne à avaliação dos alunos no 2º período esta, segundo as informações emanadas pelo Ministério da Educação, deverão decorrer no período normal, com base nos elementos disponíveis até ao momento e no caráter contínuo da avaliação. As instituições estão a

Ferramentas de videoconferência e trabalho online zoom.us duo.google.com classroom.google.com teams.microsoft.com/start circuit.com jitsi.org skype.com web.whatsapp.com messenger.com hangouts.google.com

Plataformas colaborativas (trabalhos de grupo) docs.google.com dropbox.com onedrive.live.com live-documents.com trello.com prezi.com/pt

procurar funcionar de forma a dar as respostas necessárias à comunidade, nomeadamente no apoio psicológico aos alunos que necessitarem. Quanto ao setor da saúde, a questão será abordada e aprofundada no Espaço do Socorrista desta edição.

Reflexos do Covid-19 na Caixiave

Viver a Nossa Terra ouviu O Dr. José Artur Leite, um dos administradores da

Caixiave, empresa ribeirense com grande projeção a nível nacional e internacional, para perceber o que está a ser feito pela empresa para minorar os efeitos desta pandemia e as dificuldades que se esperam para os próximos tempos. José Artur Leite começou por referir que, sendo a Caixiave uma unidade industrial com cerca de 300 trabalhadores, sente naturalmente uma enorme responsabilidade em relação não só à sua segurança mas também em relação ao futuro da empresa e dos seus colaboradores. Relativamente à estratégia de abordagem ao Covid 19, para além da campanha de sensibilização a todos os colaboradores sobre os cuidados a ter no seu dia a dia, bem como a disponibilização de desinfetante espalhado pelas diversas zonas da fábrica e a distribuição de algumas máscaras a colaboradores mais expostos no exterior; a Caixiave tomou nesta última semana algumas medidas de contingência, com vista a reduzir o risco de possível contágio, nomeadamente: “No setor administrativo e comercial, co-

locámos o máximo possível de trabalhadores em teletrabalho; no setor produtivo, e para as próximas duas semanas (de 23/03 a 03/04), dividimos os trabalhadores em dois grupos, em que um grupo trabalhará na primeira semana e o outro na segunda. O nosso primeiro objetivo é que as pessoas que não podem ficar em casa trabalhem aqui na empresa com uma distância de segurança, que respeite todos os procedimentos legais atualmente em vigor. O segundo objetivo é que a empresa mantenha dentro do possível a sua atividade, tentando minorar os efeitos negativos da atual conjuntura.” A Caixiave prevê que até ao final do mês de março será

se mantiver ativa nos vários países, sobretudo para Portugal no mercado Europeu, e em particular para a Caixiave, na França e em Espanha que representam cerca de 40% do seu volume de negócios. “Os próximos tempos serão muito difíceis e exigirão de todos nós um esforço sério, primeiro para minorar todos os efeitos de contágio associados a esta novo vírus, e depois para rapidamente contribuirmos com o nosso empenho coletivo no sentido de criarmos todas as condições para voltar a pôr a economia a funcionar e, dentro do possível, mantermos o emprego em níveis elevados”. A Caixiave, como a generalidade das empresas, conta com a ajuda do Estado, da

efetuada uma reavaliação da situação e serão tomadas novas medidas. Quanto aos efeitos de toda esta situação, Artur Leite pensa que ainda são muito difíceis de prever, e dependerão do tempo que esta pandemia

Comunidade Europeia, do BCE, e da banca comercial para ultrapassar esta inesperada crise. Contudo o administrador está ciente que “cada um terá um papel muito importante a desempenhar no futuro próximo”.

A reunião de preparação desta edição do Viver a Nossa Terra já foi feita em video-conferência


6 Opinião

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

A Páscoa vem depois da Cruz Nas atuais circunstâncias em que se encontra o nosso país e o mundo, escrever sobre a Páscoa não é fácil, embora necessário. Não é fácil, e a razão é óbvia. É necessário pensar na Páscoa porque chegará e nós precisamos que chegue!

tercessão de Nossa Senhora aparecida em Fátima, a nossa oração suplicante. Peçamos ao Senhor que ilumine os cientistas, dê coragem e bom discernimento aos médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e voluntários. A nossa oração pode ser feita com palavras nossas, com a Oração do Terço, se possível em família, lendo a Palavra de Deus, etc. E também pode ser com esta oração de súplica que os Bispos da Europa compuseram.

A Páscoa do Povo Judeu

Se recuarmos no tempo e lermos as Escrituras, verificamos que a Páscoa do Povo Judeu chegou após muito sofrimento e humilhação no Egipto. Lendo o Livro do Êxodo, logo no capítulo 1, constatamos como, após a morte de José, tiveram início tempos muito difíceis para o Povo Israelita. De onde veio a libertação? “Deus olhou para os filhos de Israel e teve compaixão deles” (Ex. 2, 21). Conhecemos o que aconteceu a seguir, até à passagem do Mar Vermelho, rumo à Terra Prometida. Foi difícil, mas a vitória chegou. A vitória chegou mas, pelo caminho, houve muita infidelidade do povo. Foi necessário Moisés interceder com humildade e persistência junto de Deus! A vitória chegou por intervenção divina!

A Páscoa de Jesus

Dando um salto de muitos séculos, chegamos ao Tempo de Jesus. Veio estabelecer uma Nova Aliança entre Deus e a Humanidade. Lendo os Evangelhos e o Livro dos Actos dos Apóstolos, recordamos a vida de Jesus que “passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele” (Act. 10, 38). Apesar disso, dizia S. Pedro na casa de Cornélio, “mataram-n’O suspendendo-O de um madeiro” (Act. 10, 39). Voltando, agora, à leitura dos Evangelhos, todos descrevem com mais ou menos pormenor os tormentos da Paixão de Jesus. Sofrimento que não somos capazes de avaliar. Os sofrimentos de Jesus tiveram início logo que nasceu e foram-se agudizando à medida que os anos passavam. Talvez, após os 12 anos, tenham tido alguma acalmia. No entanto, iniciada a chamada “Vida Pública”, cedo começaram as incompreensões, as calúnias, os

P. Manuel Joaquim

Oração dos bispos da Europa para pedir ajuda, conforto e salvação

Os cientistas, convictos de dominar tantos enigmas, estarão a tentar dominar este “bichinho” que alterou completamente a nossa vida e a vida do mundo inteiro. Pedimos-lhes que continuem a esforçar-se: o seu trabalho é imensamente meritório! Mas não esqueçamos: é imprescindível fazer subir até Deus, por intercessão de Nossa Senhora aparecida em Fátima, a nossa oração suplicante. Peçamos ao Senhor que ilumine os cientistas, dê coragem e bom discernimento aos médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e voluntários. falsos juízos, as tentativas de O matar. E, quando chegou a “hora”, desde a prisão no Jardim das Oliveiras até ao Calvário, quantos horrores físicos e morais. Esta fase da vida de Jesus não durou muito tempo, mas o sofrimento foi infinito porque atingiu Aquele que é Deus e Homem. Pensemos nas horas de Agonia na Cruz! Faz arrepiar! Até onde pode chegar a crueldade humana! E a capacidade de sofrer! A Ressurreição gloriosa de Jesus chegou três dias depois de estar sepultado. Mas chegou! Deus ressuscitou-O, ao terceiro dia! (Act. 10, 40).

E nós, quando venceremos o COVID 19?

A travessia do Povo Israelita, através do deserto, até chegar à Terra Prometida durou “40 anos”! Durou o “tempo que tinha de durar”! A permanência do corpo de Jesus no túmulo durou “três dias”, o

Deus Pai, Criador do mundo, omnipotente e misericordioso, que por nosso amor enviaste o teu Filho ao mundo como médico dos corpos e das almas, olha para os teus filhos que neste momento difícil de desorientação e consternação em muitas regiões da Europa e do mundo se voltam para Ti em busca de força, salvação e alívio.

tempo que as Profecias anunciavam e Jesus diversas vezes proclamou. A nossa vitória sobre o COVID 19 não sabemos quando chegará. Pelas proporções que a pandemia está a ter, este “inimigo” vai oprimir-nos muito e com imensa gravidade. Temos de nos acautelar o mais possível e seguir todas as recomendações das autoridades sanitárias. Não podemos desvalorizar a situação. Quando estas linhas forem lidas, se o chegarem a ser, o que escrevo agora já estará completamente desatualizado. A situação estará muito pior! Os cientistas, convictos de dominar tantos enigmas, estarão a tentar dominar este “bichinho” que alterou completamente a nossa vida e a vida do mundo inteiro. Pedimos-lhes que continuem a esforçar-se: o seu trabalho é imensamente meritório! Mas não esqueçamos: é imprescindível fazer subir até Deus, por in-

Livra-nos da doença e do medo, cura os nossos doentes, conforta os seus familiares, dá sabedoria aos nossos governantes, energia e recompensa aos médicos, enfermeiros e voluntários, vida eterna aos defuntos. Não nos abandones neste momento de provação, mas livra-nos de todo o mal. Tudo isto Te pedimos, ó Pai que, com o Filho e o Espírito Santo, vives e reinas pelos séculos dos séculos. Ámen. Santa Maria, Mãe da saúde e da esperança, roga por nós! Com o esforço de todos e a necessária ajuda de Deus, teremos Páscoa quando Ele permitir! Esta Esperança não a podemos perder!

Dra. Marta Cruz Dra. Luísa Tavares Médicas Dentistas Lic. F. M. D. U. P.

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Ribeirão 7

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Pólo de Ribeirão da Biblioteca Municipal

Cultura e diversão para todos Novo mês, novos públicos, e muitas atividades que visam a promoção de cultura e divertimento. Foi assim Fevereiro no Polo de Ribeirão da Biblioteca. Os séniores do Centro Social de Ribeirão e do Centro de Dia De Esmeriz foram os convidados do “Espaço Sénior”. Mais uma vez, os mais velhos fizeram-se notar, aderindo ao Dia dos Namorados fazendo um coração em cartolina, onde aplicaram borboletas, botões, flores e papéis de várias cores realçando o seu trabalho. Já a atividade “Letrinhas para bebés/ Creches” recebeu os meninos de 2 e 3 anos pertencentes à Creche do Centro Social De

São Martinho de Bougado, assim como as crianças de 2 anos da Creche de Chorente, de Barcelos. Em destaque o livro “Toca a Marchar”. Para a atividade “Contos que Mudam o Mundo”, assente no tema “Erradicar a Fome”, foi escolhido a obra “A Horta do Simão”. “O objetivo deste tema foi fazer uma chamada de atenção aos mais novos sobre, como podemos ajudar na erradicação da fome no nosso meio onde vivemos e na nossa escola. Para isso foi abordado algumas tarefas que podemos fazer no nosso dia-a-dia como por exemplo: plantar a nossa própria horta, reduzir o desper-

dício de alimentos, fazer campanha sobre alimentação saudável, incentivar programas de apoio para recolha de alimentos como o Refood, banco alimentar etc…” Uma atividade que teve como público duas turmas A e B do Centro Escolar de Ribeirão. Finalmente, a atividade “Na Hora do Conto” dedicado aos utentes da Casa Santa Maria (Ribeirão) e às crianças da Creche do Centro Social de Ribeirão. Em destaque o livro “Partilhar”.

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Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Alunos do Centro Escolar Mensagem do foram conhecer a Junta de Presidente da Junta de Ribeirão Freguesia Notícias da Junta de Freguesia de Ribeirão

Ribeirenses, sabemos todos que estamos num dos momentos mais difíceis da nossa história. A Pandemia que assolou o mundo é assustadora. Só com a contribuição de todos podemos combater este inimigo invisível. Devido ao estado de emergência decretado a que a Coronavírus-Covi-19 nos obriga encerramos os parques infantis e os polidesportivos. No cemitério colocamos avisos a lembrar que temos de cumprir com as indicações da direção geral de saúde ou seja distância de 2 metros entre pessoas. Também vamos retirar do cemitério os uten-

sílios de limpeza para evitar a propagação do vírus com o uso desses mesmos utensílios se transitarem de mão em mão. A Câmara vai fazer a desinfeção nas entradas da Extensão de Saúde

Junta de Freguesia em contingência

Foi no passado dia 27 de fevereiro que os alunos do Centro Escolar da Turma Rib 3B e 3C, visitaram a Junta de Freguesia para conversar com o Presidente. As crianças revelaram uma grande curiosidade e interesse em conhecer quer o funcionamento da Junta de Freguesia quer aspetos da vida de um presidente. Ao longo de uma hora, os jovens quiseram saber para que serve uma junta de freguesia, com perguntas pertinentes reveladoras já de um certo

sentido de cidadania e interesse no conhecimento. Também sobre o presidente mostraram uma grande curiosidade. Então foi vê-los com interesse a questionarem o Presidente com várias perguntas como por exemplo o que faz, há quanto tempo o faz e o que o motiva a desempenhar este tão importante cargo. O presidente da Junta de Freguesia, Adelino Oliveira, procurou responder às solicitações dos alunos, partilhando com eles, numa linguagem acessível

e pedagógica, um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento de uma autarquia. Pela reação de satisfação das crianças, Adelino Oliveira, sentiu que tinha correspondido à sua curiosidade e interesse em saber. Ficou muito sensibilizado por este encontro e agradece às professoras Graça Carmo e Amélia Martins esta oportunidade mostrando-se sempre disponível para este tipo de encontros que certamente são enriquecedores para as crianças e também para si próprio.

Considerando que a situação excepcional que se vive no momento actual e a proliferação de casos registados de contágio de COVID-19 exige a aplicação de medidas extraordinárias, venho por este meio informar que a sede da Junta de Freguesia se encontra condicionada ao atendimento de situações urgentes e/

ou inadiáveis. Para tratar qualquer assunto na secretaria pode ligar para o numero 961325657 e obtém as informações necessárias. Para falar com o Presidente de Junta ligue para o numero 961325655 estarei sempre disponível para o atender. Vamos todos colaborar para ultrapassar estes momentos di-

e da Farmácia e a Junta vai estender a desinfeção aos abrigos de passageiros e outros espaços mais problemáticos. Vamos todos conscientemente colaborar, só assim conseguiremos vencer.

fíceis. Estamos unidos e vamos conseguir. A junta de Freguesia com o apoio do Município estará sempre na linha da frente do combate e de ajuda dentro do que for possível. Quem puder fique mesmo em casa e todos juntos vamos conseguir. Obrigado pelo que já fizeram e vamos continuar a fazer.

Espaço cedido à Junta de Freguesia de Ribeirão

Desinfecção de espaços públicos em Fradelos

Para reforçar a proteção da população durante este período a Junta de Freguesia de Fradelos decidiu iniciar a desinfeção de alguns espaços públicos.


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Pelo Concelho 9

Município aposta na mobilidade elétrica

Câmara avança com Centro de Recolha Animal

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está empenhada em promover a mobilidade sustentável e de baixo impacto ambiental no concelho. Para isso, irá incluir, até ao final do ano, sete viaturas elétricas, 100 por cento amigas do ambiente, na sua frota automóvel. As viaturas que irão substituir gradualmente os veículos em fim de vida, irão servir várias divisões municipais. Este é mais um passo para a sustentabilidade ambiental a que se alia o pro-

O Município de Vila Nova de Famalicão aprovou em reunião de câmara a adjudicação da construção do novo Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) que vai substituir as atuais instalações do Canil Municipal. A obra, que implica um investimento total de mais de meio milhão de euros, deverá arrancar ainda no primeiro semestre deste ano, caso estejam reunidas todas as condições face à atual situação de emergência nacional devido ao COVID-19. A obra, adjudicada à empresa Fernando Silva & Cª, Lda., tem um prazo de execução de 450 dias. Recorde-se que o Cen-

toloco já estabelecido entre a autarquia e a CEVE – Cooperativa Elétrica Vale D’Este com vista à promoção da mobilidade elétrica através da colocação de pontos de carregamento de veículos elétricos. Refira-se que o município duplicou recentemente o número de pontos de carregamento instalados na cidade. Aos pontos já instalados na Rua Luís Barroso e no parque de estacionamento junto à CESPU, Vila Nova de Famalicão acrescentou agora mais dois: um

na Avenida de França e outro na Rua Álvaro Castelões. Os dois pontos de carregamento rápido, que irão integrar a rede pública Mobi.e, entram em funcionamento durante este mês de março e permite a cada um o carregamento de dois carros. Para Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, com esta medida a autarquia está a dar “um sinal aos famalicenses do caminho que podem seguir para que tenham uma atitude mais sustentável”.

tro de Recolha de Animais de Vila Nova de Famalicão vai ser construído no lugar de Sertãos, em Calendário, junto às instalações atuais do Canil Municipal, numa área de cerca de 5500 metros quadrados. Será um equipamento de qualidade que dotará o concelho de um espaço com condições para acolhimento e tratamento de animais errantes. Estará equipado com cerca de 80 boxes para cães, 45 para gatos e 4 para outras espécies. Melhorar os objetivos sanitários, controlar doenças, melhorar o bem-estar animal e segurança da população, melhorar as condições de trabalho e a

funcionalidade do espaço atualmente existente são preocupações que estão na base da construção deste novo equipamento. O CROA estará equipado com todas as condições para o cumprimento dos seus objetivos e das exigências e obrigações legais inerentes a um equipamento desta natureza. Entre outras valências, o espaço estará dividido em instalações por espécie (canil, gatil e outras espécies), instalações individuais e de grupo, celas de quarentena e de ninhadas, enfermaria, armazéns, gabinete veterinário, zona de desinfeção e zona de recreio e atividade física para cães e gatos.


10 Ribeirão

De Ribeirão para a Eslováquia à boleia de novas culturas

No passado dia 9 de fevereiro, um grupo de cinco alunos da Escola Básica de Ribeirão, acompanhados por três professores, partiu para a Eslováquia, no âmbito de um intercâmbio integrado no programa Erasmus+. Foram cinco dias na cidade de Humenné onde, além de ficarem a conhecer um pouco mais a cultura e a vida escolar dos eslovacos,

tiveram a oportunidade de estreitar laços de amizade com dois outros grupos vindos da Grécia e da Itália. Este projeto, que tem como tema “Make your Avatar the Right Human”, visa chamar a atenção para os direitos das crianças. Assim, os alunos tiveram a oportunidade de pintar t-shirts e fazer pequenos vídeos alusivos o tema, o que lhes deu a oportunidade

de fomentar o trabalho em equipa e o espírito de grupo. Em jeito de balanço, pode dizer-se que as expectativas foram largamente superadas. Além de fazerem novas amizades, de vivenciar novas experiências e de conhecer novas culturas, foi muito importante para aumentar a autoestima e desenvolver o desempenho dos nossos alunos na língua inglesa.

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Medidas excecionais no Centro Social Paroquial

O Centro Social Paroquial de Ribeirão, atendendo à situação de emergência que se vive no momento atual, face à pandemia de COVID-19, teve necessidade de estabelecer medidas excecionais em todas

Idosos, a Cantina Social e o Banco Alimentar. Gracinda Sá testemunhou para o Viver a Nossa Terra o sentimento que invade toda a equipa de trabalho do Centro Social Paroquial de Ribeirão: “Cuidar

abraços, mas o afeto sente-se no ar e temos a certeza de que maior do que os nossos medos é a vontade de ajudar!” O Centro Social agradece aos utentes o esforço que fazem para não sair,

as suas respostas sociais. Assim encerrou o Centro de Dia, o Centro de Atividades Ocupacionais, a Creche, o Jardim de Infância e o CATL 1º, 2º e 3º ciclos. No entanto, outras respostas permaneceram em funcionamento, como o Lar Residencial, o Serviço de Apoio Domiciliário, a Estrutura Residencial para

da população mais frágil já era a nossa missão. Hoje, fazêmo-lo com cuidados redobrados, não só ao nível da higiene e conforto de cada um dos nossos utentes, mas procurando minimizar a ausência física daqueles que amam, através de diferentes meios de comunicação que o mundo de hoje disponibiliza. Não damos beijinhos e

por compreenderem e respeitarem todos os esclarecimentos e orientações; agradece a todos os familiares e amigos que entenderam a necessidade de se afastar para proteger; e a toda a equipa de ajudantes de ação direta, cozinheiras, trabalhadores de serviços gerais, todos os demais técnicos e colaboradores.

Agrupamento de Escolas de Ribeirão - Nota Informativa Decorrente da situação pandémica atual que assola o nosso país, o Agrupamento de Escolas de Ribeirão vem por este meio transmitir uma mensagem de calma, serenidade e de união. Sabemos que o momento que atravessamos, todos, sem exceção, é muito difícil. A toda a comunidade educativa o nosso agradecimento pela colaboração demonstrada desde os pequenos gestos presentes no dia-a-dia da vida nas Escolas/Jardins de Infância do Agrupamento até às últimas medidas tomadas. Aos alunos, aos pais, docentes e não docentes que lidam diariamente e diretamente com as crianças e alunos, o nosso obrigado. Como não podia deixar de ser, a diretora e demais elementos do Agrupamento de Escolas de Ribeirão, nomea-

damente os responsáveis da Segurança e da Saúde Escolar permanecem atentos e seguem as diretrizes e conselhos da Direção Geral de Saúde em termos de segurança e saúde. Assim, tivemos de organizar o corpo docente e não docente de acordo com as indicações institucionais. Nesse sentido, parte desse grupo ficará a trabalhar em regime de teletrabalho nos próximos dias. Este facto poderá condicionar alguns contactos mais diretos e imediatos. A Escola Básica de Ribeirão estará aberta entre as 09h00 e as 17h00 de cada dia da semana, de modo a assegurar a realização de tarefas/procedimentos que tenham que ser efetuados presencialmente, nomeadamente os serviços administrativos.

Elsa Carneiro, Directora do Agrupamento

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Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Câmara atribui 265 bolsas de estudo a alunos famalicenses do ensino superior

“As bolsas de estudo são um apoio absolutamente vital para que estes jovens possam concluir os seus percursos educativos e sejam bem sucedidos do ponto de vista do seu plano de estudos.” - Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai atribuir este ano 267 bolsas de estudo aos jovens famalicenses que frequentam o ensino superior, o que representa um esforço financeiro municipal no valor de 167 mil euros. Os apoios atribuídos oscilam entre os 1100 euros e os 500 euros. A proposta para a atribuição deste apoio ao ensino superior foi aprovada, nesta quinta-feira, em reunião do executivo municipal. No final da reunião, Paulo Cunha, presidente da autarquia afirmava aos jornalistas a importância deste apoio municipal. “As bolsas de estudo são um apoio absolutamente vital para que estes jovens possam concluir os seus percursos educativos e sejam bem sucedidos do ponto

de vista do seu plano de estudos, para que mais tarde percebam que o território onde nasceram, Vila Nova de Famalicão, foi solidário com eles, não se esqueceu e que criou condições para que tivessem o apoio merecido”, explicou o autarca. Paulo Cunha lembrou ainda que as bolsas de estudo é uma das medidas de apoio social do município de Famalicão, à qual se juntam muitas outras. “São retaguardas sociais eficazes que asseguram condições às pessoas que estão em situação desfavorecida e que precisam de apoio para os seus projetos de vida. Desde a creche até aos seniores, temos muitos momentos de apoio”, referiu sublinhando que “a bolsa de estudo é um momento crucial porque é o

momento de afirmação dos jovens famalicenses e queremos muito que as circunstâncias financeiras e socio económicas que cada familiar vive não impeçam os jovens de prosseguir os seus objetivos e concretizar os seus sonhos”. Este ano, devido às medidas de contenção do novo coronavírus não haverá cerimónia de entrega das bolsas de estudo aos jovens. O apoio será atribuído através de transferência bancária. Informa-se ainda que na sequência do Plano de Contingência do município, a Casa da Juventude se encontra encerrada ao público, sendo que o atendimento é realizado via telefone, de segunda a sexta, no horário 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.

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Pelo Concelho 11

Rede de ciclovias vai ligar estação de comboios às escolas e aos parques de Famalicão

Está para breve o arranque da construção da rede de ciclovias urbanas de Famalicão, que irá ligar a estação de caminhos-de-ferro às escolas e aos parques da cidade. O município aprovou recentemente, em reunião de câmara, a adjudicação das obras da primeira fase dos eixos 1, 2, 3 e 4 da rede que implicam um investimento de 2,3 milhões de euros, contando com um financiamento de 1,4 milhões de euros através do FEDER. As obras que deverão arrancar durante o mês de julho deste ano têm um prazo de execução de um ano e irão incidir em vários eixos, nomeadamente no que diz respeito à ligação entre a via ciclo-pedonal Famalicão-Póvoa e o centro da cidade, isto é, desde a rua Daniel Rodrigues até à Avenida 25 de Abril. Por outro lado, será criada uma via ciclável com ligação entre a Estação de Caminhos-de-ferro passando pelo Parque 1.º de Maio e Avenida do Bra-

sil até ao Parque da Devesa. Está ainda previsto um itinerário que irá servir a zona das escolas desde o Parque 1.º de Maio até à Avenida de França. Inserida nesta rede ciclável está ainda a via ciclo-pedonal que está em construção no antigo ramal ferroviário que ligava a cidade de Famalicão à Póvoa de Varzim. O percurso tem início na Rua Daniel Rodrigues nas imediações da Estação Ferroviária de Famalicão seguindo até à freguesia de Gondifelos no limite do concelho, continuando depois no concelho da Póvoa de Varzim. “Esta é a primeira fase de uma intervenção que pretendemos que seja mais abrangente e que venha a ligar vários pontos da cidade”, salientou Paulo Cunha referindo que “o objetivo é darmos sequência a uma intenção que já é pública, melhorando a mobilidade no concelho e criando condições para que os modos de transporte suaves sejam utilizados cada vez mais”.

“Sabemos o quanto a bicicleta está a ser mundialmente introduzida nos hábitos diários, não só do ponto de vista desportivo, mas particularmente como meio de transporte”, acrescentou ainda. Em relação aos itinerários o autarca assinalou a prioridade dada à ligação “entre a obra que está em curso, a via ciclo pedonal até à Póvoa de Varzim e o centro da cidade, assim como as ligações entre a estação de comboios, a zona escolar e o Parque da Devesa, ligando vários elementos essenciais da nossa cidade”. A obra referente aos eixos 1, 2 e 4 foi entregue à empresa José Moreira Fernandes e Filhos e a empreitada referente ao eixo 3 foi entregue à empresa DACOP – Construções e Obras Públicas S.A. Refira-se que se trata de uma obra inserida na operação do PEDU de Famalicão, cofinanciado pelo Norte2020, através do Fundo Regional de Desenvolvimento Regional.

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12 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Centro Escolar de Ribeirão

No Carnaval ninguém leva a mal!

Viagens pelo Património Cultural… à descoberta A 3 de março, as turmas do 3º B e 3º A do Centro Escolar de Ribeirão receberam a visita de um ilustre escritor que viveu no concelho de Famalicão: Camilo Castelo Branco. Chegou à escola de maleta na mão pronto a contar um pouco da sua vida.

Para promover nos alunos o gosto pela tradição desta época e proporcionar-lhes momentos alegres, no passado dia 21 de fevereiro, os alunos, os professores e os assistentes operacionais do Centro Escolar de Ribeirão, fantasiaram-se a seu gosto e participaram no Desfile de Carnaval nas ruas mais próximas. A Associação de Pais enfeitou um carro de apoio para a parte musical. Para tudo seguir em segurança, uma equipa da Guarda Nacional Republicana prestou o seu apoio. Durante uma parte do percurso, alguns utentes do Centro Social e Paroquial de Ribeirão juntaram-se ao grupo e a animação foi grande.

Os alunos receberam-no cheios de curiosidade e entusiasmo. Foram momentos de descoberta e de partilha que deixou os alunos cheios de vontade de visitarem a Casa Museu Camilo Castelo Branco, em SeideS. Miguel. Este sonho será realizado em breve.

Dia da Mulher Para assinalar o Dia da Mulher, 8 de março, as crianças da Sala 1 do Centro Escolar aceitaram a colaboração da mãe de uma criança da sala que ofereceu sacos de serapilheira. Cada criança escolheu as cores de cada flor que foram devidamente coladas na frente do saco. No do-

Aprender com Camilo Castelo Branco

Audição musical

Ainda em fevereiro, os alunos da turma 3ºC visitaram, no dia 19, a Casa Museu Camilo Castelo Branco em S. Miguel de Seide, na sequência da maleta pedagógica “Casa de Camilo” do projeto “Viagens pelo Património Cultural: à descoberta...". O objetivo da visita era reconhecer personalidades históricas da história local. Os alunos adoraram conhecer aspetos da vida do grande escritor Camilo Castelo Branco, dramatizada na semana anterior à visita pelo João. Objetivo plenamente atingido, pois os alunos maravilharam-se e demonstraram grande curiosidade, atenção e alegria no final da visita.

A 2 de março a biblioteca do Centro Escolar de Ribeirão recebeu os alunos do 3º ano que frequentam as aulas de Música. Juntamente com os respetivos professores do Centro Cultural de Música (CCM), deram a conhecer aos En-

CCDR

mingo, cada saco foi entregue à respetiva mãe acompanhado de um beijinho. Durante essa semana, as crianças aprenderam que ser mulher é muito importante. Desempenha papéis fundamentais na educação de cada um de nós, fazendo muitas vezes a diferença.

Desporto e Cultura ao alcance de todos

carregados de Educação o que aprenderam todo o semestre. Das audições faziam parte os violinos, os trompetes e os saxofones Eram as primeiras apresentações em público e tudo correu muito bem. Todos estão de parabéns!

Erradicar a fome O Objetivo de Desenvolvimento SustentávelODS para este ano é “Erradicar a fome”. No sentido de trabalhar este segundo objetivo de desenvolvimento sustentável, a turma 3º A deslocou-se ao polo

de Ribeirão da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e explorou a obra “A horta do Simão”. No final da atividade, os alunos tiveram a oportunidade de plantar alfaces que levaram para casa.


Pelo Concelho 13

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

COVID-19: Comércio e Serviços Numa luta que é de todos e para todos, de forma a travar o mais rapidamente possível a pandemia de propagação do COVID-19, a Câmara Municipal de Famalicão e a Associação Comercial e Industrial de V. N. Famalicão (ACIF) enaltecem, desde logo, o compromisso demonstrado por todos os famalicenses, bem como o sentido de respeito e responsabilidade pelas medidas impostas pelo Município e pelo Governo. A vitalidade económica do nosso concelho é já uma imagem de marca e é nessa vitalidade que assentam muitas das nossas preocupações atuais, por ser um ativo do concelho e de todas as famílias que nele habitam. É essa vitalidade que iremos manter e pela sua defesa que procuraremos tomar, em conjunto, todas as medidas necessárias. Nesse sentido, e complementando as medidas impostas pelo Governo quanto ao encerramento de bares, discotecas e estabelecimentos similares, o Município de Famalicão

Pedro Couto

e a ACIF recomendam aos proprietários de estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais o encerramento total e por tempo indeterminado. Esta tomada de posição, cuja decisão última pertence exclusivamente

a cada um dos proprietários, é muito importante para conter a propagação da pandemia na nossa Cidade, promovendo, ainda mais, o isolamento social de todos os famalicenses. Situações excecionais exigem medidas excecio-

nais. Que um passo atrás será, no futuro, dois passos em frente. Certos de que ultrapassaremos todas as dificuldades e que todos, juntos, seremos capazes de manter toda a nossa vitalidade económica, social, cultural e desportiva.

Lara Batista na Selecção Nacional

A jovem ribeirense Lara Batista, juntamente com o seu par, Filipe Gomes, foi convidada pela Federação Portuguesa de Dança Desportiva para integrar a Selecção Nacio-

nal 2020 e assim participar no Estágio da Selecção Nacional de Dança Desportiva que terá lugar no Centro de Estágios de Rio Maior, com data ainda por definir.


14 Cultura

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Lendo e aprendendo

Almanaque de Abril

Castro da Paramuna

Não são as ervas más que sufocam as sementes e as plantam na natureza, mas a negligência do agricultor.

Adágios

A roupa suja, lava-se em casa. A sorte ajuda às vezes, o trabalho sempre. A terra o criou, a terra o há-de comer. Amigo na necessidade, amigo de verdade

Quadras

Que casas tão bem caiadas! Quem seria a caiadeira? Foi a mãe do meu amor Com um tronquinho de oliveira Ó Castelo de Vide Toda coberta de neve Terra do neto da bruxa Quem não tem chocalho não bebe.

Pensamento

“Escolher o próprio tempo significa economizá-lo” – F. Bacon rá seguir por um caminho de terra que o leva a uma área recreativa situada aos pés da “majestosa” escadaria que sem dúvida, facilitará a subida em direção ao mesmo; mas isso à custa de sacrificar os restos de um muro que podia muito bem ser restaurado e que, em tempos proto-históricos, devia rodear todo o perímetro do assentamen-

to, fortalecendo-o face aos ataques dos inimigos. O traçado da muralha cercava uma extensão de um pouco mais de meio hectare, detendo-se justamente na rampa de hoje que leva à capela. Ao chegar ao cimo, o templo mostra na entrada vários círios espalhados, que mostram certos cultos religiosos.

Atualmente trata-se de um afloramento rochoso, situado num miradouro natural, onde se pode desfrutar de uma panorâmica espetacular. É neste ponto de atlaia da natureza que uma rocha se destaca das outras e que se encontram gravadas duas enormes cobras. A representação rupestre situada dentro dos domínios do castro é

GINÁSIO

NA HORA DE ALMOÇO

no ginásio das piscinas às 12h30

Segunda Quarta Quinta Sexta

Advinha

“O que é que é, um pai sem muitos filhos, e a todos dá uma carapucinha?” Resposta: O Bolota

Contam alguns habitantes que, em Castro Penalva, existia uma moira encantada com aspeto de serpente e que o castro era encantado. Como em todas as lendas, tudo isto era fruta da imaginação, nada mais que isso. O viajante que não espere encontrar um castro espetacular; infelizmente, este lugar foi maltratado pelo homem que, insensível, não teve qualquer dúvida em apoderar-se do seu espaço privilegiado para encenar outras formas de ver o mundo. Em tempos recentes ocorreu a algum iluminado a brilhante ideia de construir uma escada que facilitava o acesso ao cimo do antigo castro, mas não para visitar as escassas ruínas que emergem de um terreno abandonado pelo passar do tempo, somente para aceder à anti-estética capela de S. Antoninho, que coroa lá no alto o povoado de Penalva. Para chegar a este castro, datado da Idade de Ferro, o caminhante deve-

Curiosidades

conhecida pelo nome de “Petra de Serpri” e como em tantas outras representações atribuem-lhe certos poderes sobrenaturais. Afirma-se que os casais estéreis visitam o Santuá-

rio na noite de S. João. Se conseguirem o que pretendem, em agradecimento, levam uma tigela de leite que as cobras bebem em pagamento do favor.

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Opinião 15

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020 O Lado Positivo da V ida…

O Covid-19 e a cidadania Em circunstâncias normais, março seria uma altura propícia para falarmos do renascer da vida, ora por motivos primaveris, ora por motivos pascais, ora ainda por ser o mês dedicado ao pai, gerador de vida. Contudo, tendo em conta a realidade que vivemos, impõe-se falar sobre as dificuldades que a Vida enfrenta, sendo que em algumas dessas dificuldades não estamos alheios de responsabilidades. Falar sobre o Covid 19 não é tarefa a que devo aventurar-me, porque não sou especialista na área das ciências médicas, nem investigador científico, nem sequer um grande curioso e pesquisador do Google, ferramenta que, supostamente, me pudesse dar suporte “científico” a uma dissertação sobre a matéria. A perspetiva que quero abordar prende-se com o comportamento cívico e com o enraizamento cultural de práticas que possam prevenir situações de epidemias. Efetivamente, não está nas nossas mãos controlar o aparecimento de determinadas doenças, causadas por fatores patogénicos que não vemos e que

nem sequer sabemos da sua existência. Mas podemos desenvolver uma cultura capaz de materializar em atitudes e hábitos comportamentais que levem a uma maior prevenção de contágios. Começo, naturalmente, por falar dos hábitos de higiene, que devem ser uma constante, independentemente de haver ou não pandemias, como lavar as mãos com assiduidade, tossir para a zona do cotovelo, lavar bem os alimentos que ingerimos crus (ex. frutas e saladas/legumes), higienizar com regularidade os locais e os objetos de uso comum, etc. Passar estes procedimentos aos mais novos, quer a partir das famílias, quer a partir das escolas, quer a partir das instituições de educação não formal, quer ainda a partir de toda a comunidade que está convocada a intervir, a chamar a atenção a educar sempre que se proporcione, é um imperativo de qualquer sociedade, mais ainda numa comunidade com consciência educadora. Há ainda outros atos de cidadania que importa incorporar nas nossas atitudes diárias, que mais não são que respeitar os ou-

Leonel Rocha

Saibamos todos ajudarmo-nos mutuamente a crescer numa cultura em que o respeito pela nossa vida e pela vida do outro é de tal forma sagrado que nos leva a ter atitudes e comportamentos preventivos da nossa saúde e da saúde dos outros. tros e respeitarmo-nos a nós próprios. Saber olhar para os problemas com responsabilidade, saber acatar orientações e conselhos de entidades e pessoas competentes nas diversas matérias que estiverem em causa e de encarar os problemas com seriedade, independentemente de poder usar o humor (mesmo este deve ser usado com bom senso). Com este problema do Covid 19, causado pelo coronavírus (vírus que analisado ao microscópio parece ter, à sua volta, uma

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coroa – palavra que vem do latim, corona), percebemos que muita da propagação do Covid 19 de deveu a alguma incúria, a uma atitude de desvalorizar as orientações dadas por quem superintende nestas matérias e até por causa de défices de cidadania. Poderia dar exemplos de Itália, mas prefiro dar exemplos que nos são mais próximos e que saltou à vista de toda a gente: quando fecharam as primeiras universidades e as primeiras escolas por

se ter detetado focos infeciosos, aquilo que todos nós assistimos é que muita gente, em vez de entender o isolamento preventivo como retirar-se em casa, aproveitou o tempo para passear em centros comerciais ou para ir para a praia, promovendo o contacto social e colocando a sua vida e a vida dos outros em risco. Deveríamos todos aprender com a comunidade de Macau, que tendo determinado uma quarentena profilática em que todas se retiravam em casa e se reduziu ao máximo o contacto social, rapidamente estancaram a propagação do vírus e já não há registos de casos há mais de um mês. Olhando para o que se está a passar nos últimos dias, com o pouco movimento que se encontra em termos de trânsito, com os comportamentos nos lugares de acesso público, como em farmácias, hipermercados, etc, onde vemos respeito pelas distâncias entre pessaos, quer pelo encerramento de serviços que não sendo essenciais poderiam ser propícios a juntar pessoas e a fomentar contágios, percebemos que estamos todos a aprender com erros

dos outros. Já diz o nosso povo, mais vale tarde do que nunca… Saibamos todos ajudarmo-nos mutuamente a crescer numa cultura em que o respeito pela nossa vida e pela vida do outro é de tal forma sagrado que nos leva a ter atitudes e comportamentos preventivos da nossa saúde e da saúde dos outros. A mesma lógica coletiva se aplica, pelo menos para os crentes cristãos, onde me incluo, na intensificação dos tempos de oração e recolhimento, aproveitando o isolamento profilático para reforçar a relação com Deus e reforçar a lógica Católica ou Universal da Igreja, pedindo uns pelos outros, conscientes que a fé é de cada um, mas vivida numa dimensão comunitária ou eclesial. Aproveito o facto de março ser o “mês do pai”, para deixar um apelo especial aos pais para terem sempre presente o seu papel educador, quer pelos conselhos, quer pelo exemplo, em relação ao respeito pelo bem comum, espelhado em comportamentos e atitudes que nos ajudem a preservar a saúde e o bem-estar de todos.

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Opinião 17

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Tempo de cerrar fileiras Em momentos de crise, a precipitação, a falta de civismo, a ganância, o egoísmo e a ausência de sentido comunitário de alguns famalicenses, revela-se em toda a sua plenitude. Esvaziam as prateleiras dos supermercados, açambarcam tudo o que precisam e, seguramente, não precisam, ignoram as mais elementares regras de combate à pandemia. Especulam sobre preços de bens necessários aquele mesmo combate, ganhando vergonhosamente dinheiro à custa da desgraça alheia. Acham que a sua família é mais importante que a família dos outros e como nunca deixam de olhar para si próprios e para os seus umbigos, são incapazes de relativizarem as suas vontades.

Alguns, também não param um segundo que seja para pensar, na veracidade ou falta dela, das notícias que espalham pelas redes sociais, ajudando não raras vezes, à propagação de boatos, de palpites e de falsidades que apenas potenciam o medo e o alarmismo. Sim, há muitos famalicenses que assim se comportam, mas são uma minoria, uma pequena minoria. Os famalicenses, a esmagadora maioria dos famalicenses, são solidários, são altruístas, são abnegados e estão a demonstrá-lo nesta guerra contra o desconhecido. Cedo várias associações se comprometeram a fazer as ações do dia-a-dia, como ir às compras e à farmácia, garantindo todas as pre-

Jorge Paulo Oliveira

Os famalicenses, a esmagadora maioria dos famalicenses, são solidários, são altruístas, são abnegados e estão a demonstrá-lo nesta guerra contra o desconhecido. cauções necessárias que o momento exige. Vários restaurantes, solidários com os mais carenciados, decidiram oferecer refeições a custo zero e para

evitar a exposição destas pessoas e se comprometeram a fazer a entrega da comida em casa, também ela sem qualquer tipo de custo associado. Unidades

hoteleiras no município já disponibilizaram quartos aos médicos para descansarem sem terem de o fazer em suas casas. Inúmeros proprietários procederam no mesmo sentido. Cedo as Instituições Particulares de Solidariedade Social, as Juntas de Freguesia e todos quantos integram a rede social municipal reforçaram os mecanismos de ajuda aos mais desfavorecidos, e logo às primeiras dificuldades, os famalicenses ofereceram imediatamente ajuda aos vizinhos idosos ou doentes para a compra de comida ou medicamentos. Os famalicenses são assim, são genuinamente solidários e com elevado sentido de responsabilidade, individual e coletivo, como o revela a adoção de

comportamentos individuais e institucionais condizentes com as diversas orientações emanadas das entidades de saúde e da Câmara Municipal, uma das primeiras do país a aprovar o Plano Municipal de Contingência que, contemplando medidas restritivas, mas necessárias para uma reação aos efeitos negativos criados pela situação epidemiológica, não sofreu qualquer crítica por parte dos partidos políticos na oposição. Também estes, e bem, enviam deste modo um sinal importante à sociedade civil no sentido de que vivemos um tempo de exceção, que tem de ser sobretudo um tempo de união, um tempo de cerrar fileiras contra o coronavírus.

Um bichinho tão pequeno ameaça toda a Humanidade Nunca pensei estar a escrever num momento em que, literalmente, um vírus do tamanho de um nanómetro (1 milhão de vezes menor que 1 milímetro) pôs o mundo todo do avesso e tem a força suficiente para poder derrotar a humanidade. O coronavírus covid 19 é uma doença epidémica que nos recorda outras epidemias como a peste negra ou a gripe espanhola que mataram milhões de pessoas em todo o planeta. A minha geração nunca enfrentou uma guerra, mas agora estamos mesmo a travar uma verdadeira III guerra mundial. Todos temos um papel a desempenhar para vencer as diversas batalhas até podermos declarar vitória. Para esta primeira ofensiva só há uma pequena janela de oportunidade e uma só estratégia: ficar em casa isolado o máximo de tempo possível, seguindo todos os cuidados e orientações das autoridades! É evidente que Portugal não pode parar totalmente porque senão a muito curto prazo morríamos da cura. Precisamos de bens e serviços essenciais como saúde, medi-

camentos, alimentação, energia, telecomunicações e transportes. Assim, é necessário que a economia, através dos trabalhadores e das empresas, continue, na medida do possível, a funcionar. Desde logo para, no imediato, produzirem os bens indispensáveis à nossa subsistência, mas também para gerarem recursos financeiros para que o nosso País possa por um lado acudir às emergências sociais e por outro lado podermos financiar o serviço nacional de saúde e investigação científica para pôr fim a esta ameaça global. Efetivamente, a palavra de ordem é: resistir! Portugal nunca foi derrotado, nem será. Todos sabemos a nossa fibra de portugueses e todos juntos nunca nos vamos render! Nós vamos vencer! Acredito que vamos ultrapassar este período negro da nossa existência comum pelo que também por isso temos de manter a sociedade a funcionar para depois podermos encetar a batalha pela recuperação económica e social. Agora este esforço gigantesco por continuar a trabalhar tem sempre de ser acom-

Nuno Sá

Em Ribeirão, Fradelos ou Vilarinho das Cambas são inúmeros os pequenos cafés, tasquinhas ou espaços que proporcionam os nossos enraizados hábitos de convivência social e temo muito que haja fortes resistências ou truques para que se continue a ir ao cafezinho ou jogar uma sueca com os amigos ou combinar uma tainada, nem que seja na esplanada! Aos nossos concidadãos peço por favor que não o façam! panhado de todas as medidas de precaução e combate ao coronavírus que espeita a cada segundo do no nosso dia a dia. Nunca esquecer: distanciamento social, higiene e ficar em casa.

Portugal tem diferentes realidades territoriais. A vida nas cidades não é igual à das aldeias. Neste particular, confesso a minha grande preocupação relativamente à capacidade de nas várias freguesias

do nosso Concelho serem cumpridas as orientações de combate ao coronavírus, designadamente do distanciamento social e ficar em casa. Por exemplo em Ribeirão, Fradelos ou Vilarinho das Cambas são inúmeros os pequenos cafés, tasquinhas ou espaços que proporcionam os nossos enraizados hábitos de convivência social e temo muito que haja fortes resistências ou truques para que se continue a ir ao cafezinho ou jogar uma sueca com os amigos ou combinar uma tainada, nem que seja na esplanada! Aos nossos concidadãos peço por favor que não o façam! O coronavírus tem uma taxa de contágio enorme entre pessoas, pode resistir em superfícies no exterior do corpo humano durante dias (já agora, nunca cuspam para o chão!) e tem uma taxa de mortalidade, nas diferentes idades, muito superior à da gripe. Considero que a intervenção da GNR, Polícia Municipal, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia é muito importante para que se respeitem as regras e orientações para vencermos esta guerra pandémica.

O Vale do Ave, de que Ribeirão é um caso emblemático, tem um potencial industrial enorme. Apelo à conjugação de esforços entre entidades públicas e setor privado para a mobilização do nosso tecido económico a favor das unidades de produção poderem fabricar os bens urgentes em falta para os profissionais da saúde, hospitais e tratamento dos doentes. Naturalmente, todos seremos solidários com estas indústrias e trabalhadores e o Estado tem de garantir que sejam protegidos agora e no futuro. Os últimos são os primeiros: a todos os médicos, enfermeiros, auxiliares e profissionais da saúde, bem como aos trabalhadores dos setores essenciais (por exemplo dos estabelecimentos comerciais de alimentação) quero agradecer a coragem, determinação e entrega ao seu próximo. Estes são aqueles que todos os dias enfrentam risco de vida para nos salvar e sobrevivermos. Aos outros apenas se pede que fiquem em casa. É uma verdadeira luta pela sobrevivência que tenho a certeza que juntos vamos vencer.


18 Opinião

E se todos nós estivéssemos infetados? Por vezes dou comigo a pensar na hipótese de todos nós estarmos infetados pela nova pandemia. Quem nos desinfetaria e cuidaria de nós? Certamente que haveria uns que seriam mais fortes e outros mais frágeis, como aconteceu com pestes antigas. Talvez “água e sabão” seriam o remédio caseiro que melhor ajudaria a cuidar uns dos outros. Provavelmente nem todos escapariam da morte, mas na dita normalidade diária, quem escapa? Quantas pessoas morrem por dia no nosso país e no mundo vítimas de outras patologias? Não quero dizer que este é mais um vírus normal, não é! Tem o nome de Covid 19, também conhecido por Coronavírus, é um bichinho invisível, mas demolidor que se instalou e ficou

entre nós. Dizem que terá nascido, de forma prematura, na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019. Em poucos meses cresceu desmesuradamente e alastrou-se à maioria dos países do mundo. Os governos não estavam preparados para lidar com este bichinho, deixaram que ele crescesse depressa e se espalhasse pelo globo. Não adiantaram as tecnologias e as sabedorias científicas imediatas, que as mortes não se fizeram esperar e hoje acontecem aos milhares. Estamos perante um vírus, que passou a comandar o mundo com dor e morte, mas também está a ajudar a limpar a atmosfera, com melhor vida para todos os seres vivos. Os grandes não querem aplicar medidas drásticas para proteger

José Maria Carneiro da Costa

Os governos não estavam preparados para lidar com este bichinho, deixaram que ele crescesse depressa e se espalhasse pelo globo. o planeta, dado os grandes investimentos económicos, enquanto um vírus invisível aos nossos olhos, em poucos meses, impõe reduções drásticas de C02 para a atmosfera, elimina milhões de toneladas de

dióxido de carbono, que correspondem a anos de emissões, segundo os especialistas nestas questões. Só na China estas emissões diminuíram cerca de 25%, motivadas pelo abrandamento do consumo do car-

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

vão e outros combustíveis fósseis aplicados na indústria e nos transportes. Os governos gastam milhões na compra e armazenamento de armas, colocam-nas em pontos estratégicos, sempre na expetativa de eliminar os supostos inimigos. Armas cujo valor permitiria acabar com a fome e miséria no mundo, ajudaria a combater com mais eficácia as epidemias e criaria desenvolvimento e bem-estar da população mundial. Na situação atual, basta um simples respirar, um espirro ou uma tossidela, para se tornar numa arma poderosa que produz medos, doenças, mortes e dar cabo dos planos económicos dos governos e empresas. De um momento para o outro deixou de se falar

de guerras, corrupções, prisões, refugiados e a forma de os cuidar, para se dar relevo ao encerramento de escolas, instituições, bares, comércio, fronteiras, suspensão de transportes terrestres, aéreos e marítimos e uma enormidade de quarentenas. Segundo D. Francisco Senra, antigo bispo auxiliar de Braga e atuar Arcebispo de Évora, “esta dolorosa experiência apresenta-se como um sinal dos tempos de que o homem não é Deus de si próprio nem a ciência e a tecnologia encerram a última palavra de Esperança”, pedindo que se viva esta circunstância “como uma séria interpelação ao primado de Deus nas nossas vidas e à importância da vivência fraterna do mandamento novo do amor”.

a 28 de fevereiro foi negra para as Bolsas mundiais, com biliões de euros de prejuízo, mas o dia 12 de março foi ainda mais contundente. Este é um cataclismo superior há crise de 2008, mas esta escalada continua galopante, que arrasta também a nossa débil economia. O petróleo desceu aos 32 dólares/ barril, as importações e as exportações no mundo estão paralisadas, fazendo estagnar toda a economia. Estamos perante uma crise financeira severa global. Hoje um surto propaga-se rápido no mundo, pois com a globalização as pessoas viajam mais de avião. Há 10 anos circulavam 1,5 trilhões de pessoas, agora são 4 trilhões. O COVID - 19 fez paralisar o Mundo e humilhou o Homem a refletir que nada vale. As imagens dos satélites da NASA, agora mostram-nos o Planeta mais limpo! Temos de estar em casa a conviver em família e somos mais unidos pela mesma causa, que é a nossa sobrevivência. Tudo isto é uma prova e, quem sabe, um sinal Divino para as nossas consciências. Na data em que escrevo, há no mundo mais de 7 mil mortos e 250

mil infetados pelo COVID - 19. Em Portugal o surto iniciou no princípio de março em Felgueiras e Lousada, seguindo-se outras regiões com um crescimento diário dos casos registados, razão para o qual, o governo teve de muscular medidas imediatas e inéditas até hoje. O país está em estado de alerta e brevemente passará ao estado de emergência, portanto temos de ter consciência do problema que a todos diz respeito. Ninguém está imune a esta temível guerra que mata. A prevenção passa por ficar em casa, lavar frequente as mãos, evitar o contacto próximo de pessoas. Dizer não aos boatos, porque o medo e o pânico paralisa-nos e arrasta-nos para depressões. O Homem pode ter lançado este vírus, de forma negligente ou de forma premeditada… Devemos estar prudentes e confiantes nesta crise emergente a que assistimos. Obrigado a todos os cuidadores que arriscam a sua vida para salvar vidas. Vamos todos sair mais fortes contra esta maldita pandemia e fortalecer a economia. A alegria volta a ser a nossa vida. Feliz Páscoa.

Covid-19 aterroriza o Mundo Estes são tempos novos nunca imagináveis, e de grandes desafios com o grave surto que está a atormentar a Humanidade. A epidemia começou por inquietar Wuhan, cidade da China central, mas depressa fez suar os alarmes por todo o Mundo. O coronavírus ou COVID - 19 assim designado, já afeta milhares de pessoas, transmite-se entre humanos e numa sociedade global que vivemos, travá-lo passou a ser um imperativo. Os primeiros 40 doentes diagnosticados, tinham estado num mercado de carne, peixe e frutos e a medida imediata das autoridades foi encerra-lo de imediato para travar o foco de transmissão, mas o surto propagou-se rapidamente pela China, como depois em muitos países. O acontecimento fez descriminar os cidadãos asiáticos por medo do contágio. O surto é silencioso e mata-nos! A epidemia terá surgido em novembro, mas oficialmente foi na primeira semana de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, província de Hubei, que contém 11 milhões de habitantes, que logo foi colocada em vigilância máxi-

ma, com as pessoas retidas em casa, tornando a localidade deserta e paralisada. Nesta cidade chinesa a explicação do coronavírus, pode estar no facto de ali as pessoas ter um contacto muito próximo com vários animais selvagens portadores de vírus que atingem os humanos. Pondera-se que a origem pode estar relacionada com morcegos contagiados, ou outros animais exóticos. A China é o país mais populoso do mundo e com hábitos gastronómicos muito diversificados, degustando tudo que é vivente. Neste contexto a venda de animais vivos neste país, é uma fonte perigosa de contágio. Laboratórios mundiais e cientistas estão a trabalhar ao máximo para descobrir um medicamento antídoto eficaz para o coronavírus, que é uma família de vírus conhecida desde a década de 60 do passado século e que circula entre os animais. Destes vírus, alguns são capazes de saltar a barreira entre espécies e contaminar seres humanos. Apenas 6 estirpes de coronavírus entre os milhares existentes são transmissíveis a humanos. O

Firmino Santos

Este é um cataclismo superior há crise de 2008, mas esta escalada continua galopante, que arrasta também a nossa débil economia. período de incubação é de 14 dias, contágio que pode ocorrer antes dos sintomas, as síndromes parecem as de uma pneumonia. Desde o início do século, esta é a terceira vez que um novo vírus se manifesta como doença respiratória, fazendo tremer a pequenez do Homem na Terra. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que se está perante uma situação de emergência global internacional, uma “severa pandemia”. Os doentes suspeitos com o vírus COVID - 19 têm de estar em isolamento e de quarentena. Na Europa

a Itália é o país com mais infetados. Com o aumento severo da pandemia os governos de vários países, como Portugal, mandaram encerrar escolas, universidades, museus, eventos, serviços públicos, cancelar voos, adiar jogos desportivos e suprimir os atos religiosos. No mundo são já mais de 130 países contaminados, uns com mais relevância que outros numa luta contra o tempo e as cidades estão desertas. O pico ainda não chegou e o fim pode ir até ao verão. A economia mundial está a sentir fortes efeitos negativos. A semana de 24

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Opinião 19

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020 V iver a cidadania

Outras tragédias Vivemos tempos difíceis. E este é o nosso tempo. E por ironia do destino, de um momento para o outro, deixamos de falar em eutanásia e passamos a falar de salvar vidas. Não se discute o direito à liberdade, muito limitado com a declaração presidencial de proclamação do Estado de Emergência, mas prioriza-se o direito à vida e enumeram-se um conjunto de medidas não para proteger a liberdade individual mas para proteger a vida, novamente proclamada como o direito fundamental em que tudo o mais é sacrificado. Será que todos estes acontecimentos trágicos nos ajudam a reposicionar valores? O vírus não escolhe género, cor da pele, religião, condição social. De um momento para o outro os pressupostos em que assentavam o nosso dia a dia ruíram e nós temos de nos adaptar a novas formas de vida: circulação muito condicionada, contatos sociais reduzidos ao mínimo, abastecimento comercial apenas do que é considerado fundamental, escolas fechadas, celebrações religiosas públicas interditas, população confinada às suas casas e de modo especial idosos e portadores de doenças. Tudo são medidas para travar este vírus que avança em todos os continentes e na grande maioria dos países, e nalguns de forma muito trágica, com proporções quase apoca-

lípticas como aconteceu na China e acontece hoje em Itália e Espanha. Trata-se efectivamente de uma pandemia, por ter já uma expressão universal. Sucedem-se no mundo e em Portugal os casos de infectados e o número de mortes vai subindo de forma assustadora. Os governos vão declarando estados de Alerta e até de Emergência para melhor poderem gerir toda esta avalanche, mas em muitos casos devê-lo- ia ter feito mais rapidamente para que as pessoas tomassem consciência e mais cedo se precavessem. No meio deste clima de incerteza e medo é sempre pertinente recorrer às lições da História. Nem me vou deter no que foram as tragédias das duas grandes guerras do sec. XX, entre 1914-18 e entre 1939-45. Dizimaram milhões de pessoas, foram motivo de desemprego, fome, desgraças de toda a ordem como separação de famílias e suicídios. E se a isto juntarmos o Holocausto em que foram dizimados milhões de Judeus, o quadro negro fica quase completo. E tudo isto aconteceu aqui ao nosso lado, na Europa, e nós, os Portugueses, sentimos as consequências directamente pelos milhares de soldados mortos na 1ª Guerra Mundial e pela fome e escassez de toda a ordem que tivemos de aguentar na 2ªGuerra Mundial, em que apesar da nossa aparente neutralida-

Santos Oliveira

Longe de mim querer desvalorizar a situação actual com a apresentação de alguns exemplos de outras tragédias que ocorreram, reportando-me quase só aos últimos cem anos. Este é o nosso tempo, esta é a nossa tragédia. As coisas pioram de dia para dia e como hoje temos acesso a muita informação, apercebemo-nos da gravidade do que se está a passar. Só temos um caminho: acatar todas as recomendações, cumprir todas as limitações que nos impõem e aguardar, se possível recolhidos em casa, que todo este pesadelo passe. Há-de passar. A História é sempre boa conselheira. de, grande parte da produção nacional seguia para os campos de batalha. Por isso mesmo, no final da guerra, fomos integrados nas ajudas do Plano Marshal em que os americanos procuraram ajudar os europeus devastados pelo conflito. Havia senhas para abastecimento e às crianças era distribuído leite em pó e fatias

de queijo em barra, vindo sabe-se lá de onde. Sou desse tempo. Mas as tragédias que hoje nos interpelam são outras. Há precisamente 100 anos, em 1918-19-20, o mundo viu-se a braços com a Pneumónica, também conhecida pela Gripe Espanhola. Discute-se ainda hoje se a origem do vírus

foi na Ásia ou nos Estados Unidos, mas em Portugal entrou através da fronteira com Espanha, trazida por trabalhadores sazonais que circulavam para trabalhar no Alentejo. Rapidamente se espalhou pelo País, onde se contabilizaram 60 ou 70 mil mortes, entre os quais se contam os pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta, bem como muitos jovens artistas, pois os jovens foram um campo privilegiado para a acção deste vírus. No mundo todo há quem fale em 20 milhões de mortos, mas muitos especialistas apontam para os 50 milhões. Eram muito deficientes as condições para elaborar uma contabilidade mais científica e precisa. Foi a maior mortalidade causada por uma epidemia, e há quem defenda que foi mesmo superior à Peste Negra, entre 1343 e 1353, em que também morreram muitos milhões, com a agravante de a população nessa época ser muito inferior. Houve nas últimas décadas alguns momentos de grande preocupação. Refiro-me, por exemplo, à Gripe A, oriunda do México, também conhecida por gripe suína. Espalhou-se por todo o mundo e estima-se que o número de mortes terá chegado aos 575 mil. Pode-se também referir a Gripe das Aves, com origem no sudoeste asiático, e que se espalhou tornando-se mesmo uma pandemia. Resultou de mutações

do vírus da gripe sazonal (influenza) e transmitia-se entre as aves, o que levou à exterminação de postos de criação aviária em todo o mundo. Em muitos casos transmitiu-se a humanos e ocorreram algumas centenas de mortes. De todas elas a mais grave e letal foi sem dúvida a Gripe Asiática que se iniciou na China e perdurou entre 1956/58. Pensa-se que chegou a Portugal quando o navio “Moçambique” atracou em Lisboa proveniente de África. A capital foi duramente atingida e espalhou-se rapidamente por todo o país. As escolas fecharam e muitos serviços ficaram paralisados. O número de mortes ultrapassou as mil. No mundo inteiro estima-se que tenham morrido 4 milhões de pessoas. Recordo estes tempos da minha infância em que havia nas famílias um medo generalizado. Em minha casa queimavam-se ramos de eucalipto na esperança de que o fumo que se espalhava pela casa ajudasse a matar o vírus. Como as escolas estavam fechadas, meus irmãos e primos íamos passar as tardes para uma bouça de família para respirarmos o ar dos pinheiros e eucaliptos e onde em cima de um liteiro (manta de retalhos) nos entretínhamos com brincadeiras e a respectiva merenda. Quando lentamente desapareceu, foi um alívio generalizado.

Santos Oliveira

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20 Desporto

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Covid-19 suspende actividade desportiva

João Queirós

O futebol passou para segundo plano nos últimos dias, e o Ribeirão FC não ficou a alheio a tudo isto, e neste momento tem toda a actividade desportiva suspensa devido ao surto do COVID-19. No que ao futebol diz respeito, apenas foram disputados dois encontros, com os ribeirenses a medirem forças com os dois primeiros classificados, tendo sofrido uma derrota e alcançado um empate frente ao líder. Brito SC 1-0 Ribeirão FC Ribeirão muito prejudicado pela arbitragem

O Ribeirão FC foi ao terreno do segundo classificado jogar o jogo pelo jogo, mas a tarefa foi dificultada pela equipa de arbitragem que teve uma dualidade de critérios gritante ao longo de todo o jogo, com a equipa ribeirense a ser prejudicada, ora pela amostragem de cartões amarelos, ora pelas faltas assinaladas contra. Do que ao jogo se pode falar, a primeira parte deu num nulo no marcador, na segunda parte manteve-se a toada do primeiro tempo, com ambas as formações a anularem-se e já em período de compensação os da casa chegaram ao golo, obtido

de forma irregular, já que o avanaçado da casa se encontrava acampado na área ribeirense, mas a equipa de arbitragem fez vista grossa e validou o golo, ditando a derrota dos ribeirenses ao fim de dez jornadas sem derrotas dos comandados de António Carvalho. O Ribeirão saiu deste encontro com muitas queixas do trabalho da equipa de arbitragem e viu-se privado de André Gomes por dois encontros, e ainda a suspensaão de 15 dias para o técnico ribeirense.

Ribeirão FC 2 – 2 Pevidém SC Ribeirenses travam lider

O Ribeirão tinha pela frente o líder do campeo-

nato e com muitas baixas no plantel devido a lesões e castigos a tarefa não se adivinhava nada fácil. Apesar de todas as contrariedades, os comandados de António Carvalho foram capazes de colocar o líder em sentido, e o jogo terminou com uma igualdade a duas bolas. Os forasteiros foram melhores durante grande parte

Suspensão de treinos e actividades do clube A Direcção do Ribeirão FC decidiu suspender até novas indicações todos os treinos de todas as equipas dos escalões de formação e seniores, devido ao alastrar de casos de infecção provocados pelo vírus Covid-19 na região e a nivel nacional. De acordo com uma nota emitida pelo clube, a decisão foi tomada pela Direcção, departamento médico e departamento de formação. Todas estas decisões têm por finalidade a prevenção, para que este vírus não se continue alastrar. Deste modo, a direcção do clube pede a máxima compreensão e relembra que cumpram todas as orientações dadas pela Direção Geral de Saúde.

A direcção apela a todos, que haja bom senso de todos os agentes desportivos, desde atletas, treinadores, dirigentes e restantes famliares de futebolistas e de todos os associados, reiterando que todos devemos ter consciência de que se trata de uma situação excepcional, que, embora afetando o nosso dia a dia, estas tomadas de decisão visam antes de mais, confrontar um problema de saúde pública, indo de encontro à medidas, também excepcionais, que todo o País está a levar em consideração, por isso mesmo apelamos para que fiquem em casa, pela vossa saúde, pela dos vossos e por todos nós.

jogo foi de parada e resposta, mas com os ribeirenses a serem mais perigosos, e já nos minutos finais o Pevidém chegou ao segundo novamente por Totas aos 82’, mas de novo o Ribeirão reaguiu à desvantagem e aos 85’ minutos Guimarães bisava na partida e dava nova igualdade ao marcador, que não mais se alte-

Resultados do Departamento de Formação

rou apesar das tentativas ribeirenses. O empate foi um resultado justo, com as duas equipas a procurarem os três pontos. Os jogos como é do conehcimento público estão suspensos até novas indicações das instâncias dio futebol nacional e distrital, devido ao COVID-19.

Rúben Gomes

Juniores

Iniciados - 2ªDiv D

Benjamins Sub11

Juvenis Sub 17

Iniciados - 2ªDiv E

Benjamins Sub10

Infantis Fut. 9

Traquinas Sub9

Ribeirão FC 3 - Ases Sta. Eufémia 2 Vieira SC 1 - Ribeirão FC 3 Ribeirão FC 0 - AD Oliveirense 2 UD Calendário 0 - Ribeirão FC 4 Ribeirão FC 2 - AD Oliveirense 2

Taça Juvenis

Ribeirão FC 3 - Juv. Póvoa 0

Juvenis Sub 16

Os Sandinenses 0 - Ribeirão FC 1 Ribeirão FC 3 - Águias Alvite 0

Iniciados - Div. Honra

Ribeirão FC 0 - FC Vizela 0 Ribeirão FC 0 - Lomarense 3 Bairro Misericórdia 1 - Ribeirão FC 5

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da primeira parte e conseguiram chegar ao golo aos 38’ minutos, num lance de contra-ataque puro, contudo o Ribeirão reagiu de seguida e na sequência de um canto Guimarães igualou a partida aos 40’ e levou a partida para intervalo com uma igualdade a uma bola. Na segunda parte tivemos um Ribeirão mais forte e o

GD Cavalões 1 - Ribeirão FC 2 Ribeirão FC 3 - GD Joane 1 Ruivanense AC 3 - Ribeirão FC 0 Ribeirão FC 4 - GDR Donim 1 FC Prazins Corvite 4 - Ribeirão FC 0 Ribeirão FC 2 - CD Ponte 0 Ribeirão FC 2 - GD Louro 2 Operário FC 3 - Ribeirão FC 1 GD Joane 3 - Ribeirão FC 2

Infantis Fut. 7

FC Famalicão 2 - Ribeirão FC 2 AD Carreira 4 - Ribeirão FC 0 Ribeirão FC 3 - GD Joane 2

GD Cavalões 5 - Ribeirão FC 5 Ribeirão FC 3 - FC Famalicão 11 GD Joane 6 - Ribeirão FC 2 Ribeirão FC 4 - Operário FC 2 GD Louro 1 - Ribeirão FC 4 Ribeirão FC 1 - GD Joane 6 GD Cavalões 1 - Ribeirão FC 4 Ribeirão FC 7 - CCD Sta Eulália 4

Traquinas Sub8

Ribeirão FC 1 - Bairro FC 2 CCD Ronfe 0 - Ribeirão FC 0

RG

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Telem.: 96 509 0421 Telef.: 252 492 731


Ribeirão 21

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Centro Social Paroquial de Ribeirão de mãos dadas com as famílias em tempo de quarentena!

Nesta fase que o mundo atravessa de pandemia, o Centro Social Paroquial de Ribeirão não quer deixar de apoiar as famílias das suas crianças. É hora de parar e ficarmos resguardados em casa com os nossos filhos. Por nós, por eles, pelos nossos pais, pela nossa cidade, pelo nosso país, pelo mundo inteiro. Como já todos percebemos, quarentena não é sinónimo de férias. A quarentena significa ficar em casa e minimizar ao máximo o risco de contágio por Covid-19. Apresentamos aqui um conjunto de atividades divertidas para fazer com os vossos filhos, transformando esta fase difícil em momentos divertidos e saudáveis numa perspetiva de resiliência e bem-estar comum. Aproveitem este tempo para estar realmente em família. 1 - Seguir as rotinas da creche/JI no que diz respeito às refeições, higiene e sestas.

5 – Construir jogos (dominó com números, da memória com letras ou desenhos da criança, etc) utilizando por ex. o cartão das caixas de cereais. 9 - Semear/plantar (não é preciso ir comprar sementes, pesquisem na internet como semear e plantar com o que há em casa, ex: tomates, algumas frutas, alfaces, etc). 14 - Fazer um puzzle com base num desenho da criança ou feito em família. 18 - Construir peças 3D com material reciclado (robot, garagem, boneca, dinossauro, etc utilizando por ex: cartão, tampas, latas, linha, panfletos, botões, tecidos de roupas velhas, etc).

3 - Preparar/cozinhar as refeições em conjunto.

2 - Fazer mapa de tarefas da casa e todos os dias definir o que vão fazer nesse dia (regar as plantas, varrer o chão, dobrar roupa, lavar utensílios de cozinha, arrumar o quarto, etc). 4 - Elaborar o livro de receitas da família com base nas refeições elaboradas. 10 - Dançar (livremente e/ou a copiar coreografias apropriadas no Youtube). 15 - Vestir roupas da mãe e do pai brincar ao faz de conta com "coisas" dos crescidos (malas, gravatas, maquilhagem, agendas, fardas de trabalho, etc)

13 – Fazer puzzles, jogos de tabuleiro, … 16 - Sessão de maquilhagem ou pinturas faciais.

19 - Videochamadas com amigos e familiares.

8 – Desenhar em família.

12 – Assistir na televisão desenhos animados, documentários sobre animais, etc.

17 - Caderno de escrita (com desenhos e escrita livre, por imitação, com recortes de letras de revistas, etc).

20 - Inventar jogos de correspondência de números ou cores utilizando brinquedos (legos, animais, carros, etc) ou materiais do dia-a-dia (tampas, sapatos, toalhas, panos, etc).

21 - Construir um percurso de obstáculos pela casa (com almofadas, lençóis, mesa, cadeiras, etc) e correr, saltar, rastejar, etc seguindo esse percurso. 22 – Fazer massa de farinha. (água, farinha e sal)

24 – Proporcione momentos diários de reflexão e oração juntamente com os seus filhos!

Divirtam-se juntos. Mantenham-se ocupados, mas respeitem os tempos livres, pois estes são fundamentais para criar, inventar e desenvolver a criatividade. Desfrute de momentos de afeto com a sua família!

E miminhos, miminhos e muitos miminhos! Adaptado de ChildDiary

CUNCORTAVE

no ginásio das piscinas

6 - Ler todos os dias pelo menos uma história.

7 - Fazer pelo menos 1 bolo/biscoitos saudáveis por semana. 11 - Dormir sestas em conjunto.

Sextas: 20h25

Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão

A ser recomeçado logo que possível

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22 Cultura

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Espaço do socorrista

Coronavírus e as novas oportunidades O aparecimento de uma ameaça global de dimensão incerta, origem pouco esclarecida e consequências ainda desconhecidas, veio dar um abanão à nossa existência letárgica. O coronavírus foi identificado pela primeira vez em humanos em Dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, China. A infeção por coronavírus pode ser semelhante a uma gripe comum ou em casos mais graves, a uma pneumonia. Caracteriza-se por um quadro de tosse, febre e dificuldade em respirar, associado à história de uma recente visita a uma das áreas afetadas ou ao contacto com alguém infetado pelo vírus. O método de transmissão ainda não está identificado, sabe-se contudo que passa de pessoa para pessoa. Para diminuir o risco de infeção, a DGS elaborou um conjunto de recomendações que podem ser consultados na sua página na internet ou através dos diversos cartazes afixados nas instituições públicas, como hos-

pitais, centros de saúde e escolas. Caso suspeite estar infetado por coronavírus, e antes de se dirigir a uma instituição de cuidados de saúde, deverá contactar a Saúde 24 (808242424). Este surto teve o condão de despertar as pessoas para uma realidade antiga, presente no nosso quotidiano, as doenças infeciosas. Como o coronavírus, muitos outros agentes infeciosos como vírus e bactérias que provocam doenças, passam de pessoa para pessoa, contudo a forma como toda esta situação particular tem evoluído e a cobertura mediática que daí advém, encerra em si uma oportunidade de ouro para despertar e sensibilizar a população para esta temática. As infeções podem ser transmitidas por via aérea, é o caso dos microrganismos transmitidos através de partículas ou gotículas quando alguém tosse, espirra ou fala; ou por contacto direto com a pessoa infetada ou os seus fluidos

corporais. Pode ocorrer ainda pelo contacto com o ambiente próximo da pessoa infetada como roupa, telefone, puxador da porta, entre outros, ou por intermédio de indivíduos que estiverem em contacto com a pessoa infetada. Para prevenir a contaminação e propagação das infeções é importante fazer uma correta e frequente lavagem das mãos e cumprir a etiqueta respiratória, que passa por espirrar e/ou tossir para lenço descartável, que deverá ser imediatamente descartado no lixo, ou para o antebraço. O uso de máscara deverá ocorrer somente quando indicado visto que, o uso desregrado deste equipamento de proteção individual é fonte de stress, gastos excessivos e afeta a sua disponibilidade onde é mesmo necessário. Estes gestos simples podem prevenir muitas infeções e suas consequências. Muito além da necessidade de conhecimento sobre a temática em cau-

sa, o objetivo de toda a informação produzida e disseminada ultimamente é operacional. É importante que a população acorde do torpor que são as nossas vidas quotidianas e adeque o seu comportamento a esta realidade, que não sendo nova, é cada vez mais foco de preocupação para a saúde da nossa sociedade. As infeções por microrganismos têm-se agravado nos últimos anos por diversos motivos, nem todos da nossa responsabilidade, mas também. Representam um peso enorme nas despesas em saúde, seja pelo aumento de procura dos cuidados de saúde e/ ou pelo consumo aumentado de medicação, muitas vezes desadequada ao problema. Por isso é tempo de pensarmos o que podemos fazer para melhorar a situação, agirmos de forma devidamente informada e não cedermos ao pânico global. As infeções vieram para ficar, resta aprendermos a viver com elas.

Fernando Faria, socorrista

Necrologia Elisabete Cristina Paiva dos Santos, casada com António Ricardo Ribeiro Amorim, residente na Rua das Alminhas faleceu em 12-03-2020 com 28 anos de idade. Adriano da Silva Azevedo, divorciado, residente na Rua do pinheiral faleceu em 09-03-2020 com 54 anos de idade.

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Manuel Augusto da Silva Cunha, casado com Maria José Sá Duarte, residente na Rua da Fonte faleceu em 07-03-2020 com 73 anos de idade. Abel Oliveira Fonseca, casado com Maria Amélia da Costa e Sousa, residente na Rua da Agrinha faleceu em 04-03-2020 com 75 anos de idade.

Dulce Moreira da Silva, solteira, residente na Trofa faleceu em 28-022020 com 75 anos de idade. Arminda Gonçalves de Andrade, solteira, residente na Av. Portas do Minho faleceu em 27-022020 com 84 anos de idade. Funerária Ribeirense


Cultura 23

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020 Cuidar

Abril, águas mil Abril está à porta. Com o abril vem a Primavera, o renascer, a esperança. Vem o terminar da Quaresma e Páscoa. O ditado fala em água, em chuva. No lavar das terras e da alma. Precisamos de esperança e, hoje, mais do que nunca. Noticias catastróficas na abertura de todos os telejornais, nas redes sociais. Abril é também o mês da Saúde. Oh, e não poderia chegar em melhor altura. Altura em que é pedido uma maior consciência de comunidade, de respeito pelo outro, de proteção de todos nós. Não é altura para egoísmos nem para pânicos. É altura para refletirmos com calma e tranquilidade sobre o ritmo alucinante das nossas vidas. Precisamos de parar, precisamos de viver. É possível viver a velocidades mais lentas, é possível viver com menos. Precisamos mesmo de tudo o que vemos nas redes sociais e televisão? Precisamos mesmo de ir a todos os restau-

rantes e de viajar frequentemente? Ou precisamos de cuidar mais da nossa saúde? Gastamos mais depressa 100€ nuns sapatos que iremos usar uma vez do que 100€ numa consulta num médico! Irónico? Não, realidade. Sempre nos queixamos dos acessos à saúde, mas somos nós quem deixa andar, somos nós quem não busca aquela segunda opinião “porque não vou gastar dinheiro numa consulta extra”. E chega o Coronavírus. Chega, entra-nos porta a dentro sem pedir licença, sem distinguir extratos sociais, profissões, idades e estados de saúde. Não é racista, não é xenófobo, não é esquisito! Bem e não avisa. Instala-se confortavelmente e fica a assistir ao caos. Bandido! Só que não. Veio para nos provar imensas coisas! Teorias da conspiração à parte, veio-nos provar o quão distraídos das coisas essenciais andamos, o quão focados no nosso “eu” andamos: supermercados de prateleiras vazias sem ra-

Estatuto Editorial n

O Viver a Nossa Terra é um jornal regional de publicação mensal com exceção para o mês de agosto. n  O Viver a Nossa Terra procura informar os seus leitores dos acontecimentos ligados à sua área geográfica e com pertinência pública. n  O Viver a Nossa Terra procura informar e acompanhar a realidade local com rigor. n  O Viver a Nossa Terra tem como princípios a isenção, a objetividade e o respeito pela dignidade humana. n  O Viver a Nossa Terra é um jornal independente e ideologicamente livre. n  O Viver a Nossa Terra respeita o valor da liberdade e da democracia. n  O Viver a Nossa Terra quer dar voz a iniciativas locais e ideologias diferenciadas, contribuindo para a formação de cidadãos livres, informados e participativos. n  O Viver a Nossa Terra valoriza a diversidade de opiniões e a discussão franca e aberta no respeito institucional e no respeito da lei e dos direitos individuais. n  O Viver a Nossa Terra quer chegar a todos os cidadãos sem acepção económica, ideológica, política, social, desportiva, cultural ou religiosa. n  O Viver a Nossa Terra procura a maturação e desenvolvimento dos seus conteúdos fugindo do sensacionalismo ou populismo. n  O Viver a Nossa Terra pretende estar na primeira linha dos avanços tecnológicos favorecendo o acesso digital à informação. Nos termos do artº 15.º da Lei de Imprensa com a alteração introduzida pela Lei n.º 78/2015, de 29 de julho

zão, farmácias com stocks esgotados de medicamentos que dariam para semanas ou meses, pessoas que vão depois para a praia! Não aprendemos nada com a crise do petróleo, nada! Mesmos erros cometidos, mesmo pânico praticado! No entanto, falha o essencial: tossir para o cotovelo ou para um lenço (jogando-o no lixo de seguida), evitar contacto físico, man-

ter distância de segurança e higienizar (entenda-se, lavar as mãos com água e sabão constantemente) as mãos sempre que se tocam em superfícies possivelmente contaminadas e sempre que se lava as mãos – “águas mil”. Não foi referido o álcool gel propositadamente: a água e o sabão são mais do que suficientes. O álcool deverá ser usado apenas quando

Marta Carvalho Facebook: /saudepelasmaos

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o anterior não estiver disponível. Máscaras? Só para quem estiver contaminado ou com suspeita de contaminação. Pessoas saudáveis não as devem usar. Evitem multidões e locais fechados. Sejam conscienciosos! Respeitadores! Saibam viver em comunidade. Façamos todos do mês de abril, o mês em que, juntos, erradicamos e expulsamos das nossas casas, dos nos-

sos trabalhos, das nossas vidas, do nosso país, do planeta, este vírus que nos veio dar uma grande lição. Aprendamos com os erros do passado e do hoje, para que amanhã possamos reagir a este tipo de situações com a calma, serenidade e racionalidade que merecem e precisam. Atentemos no exemplo de Jesus, Maomé, Buda, ou outra qualquer entidade religiosa: sempre mantiveram a calma e a racionalidade nas horas de aflição. Sempre pensaram calmamente antes de agirem pelo impulso da emoção. Atentemos nos exemplos de grandes personalidades que realmente deram o exemplo de maturidade e controlo de emoções. Celebremos a vida. Celebremos o renascimento crescendo e evoluindo, amadurecendo e mantendo a compostura, a boa vivência. Façamos de Abril um mês de celebração e não um mês de “lágrimas mil”.

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Farmácias de serviço - Abril

Ficha Técnica

Jornal “Viver a Nossa Terra” Número de Registo: 115254 Depósito Legal: 19.814/90

Propriedade e Edição: Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão Número de identificação de pessoa colectiva: 501 828 567

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Director: Miguel Maia Directora de Conteúdos: Gabriela Gonçalves Conselho Redactorial: Miguel Maia, Gabriela Gonçalves, José Couto, Joana Batista, Manuel Oliveira, Pedro Couto Paginação: Pedro Couto

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Colaboradores: Aurélia Azevedo, Esmeraldina Carneiro, Jorge Paulo Oliveira, Firmino Santos, Leonel Rocha, José Maria Carneiro Costa, Marta Carvalho, Maurício Sá Couto, Nuno Sá, Estúdio Sá (fotografia), Joaquim Almeida, Leonor Matos, Pedro Oliveira (Atletismo), Rúben Gomes (Futebol). Gestão financeira: Florinda Silva Publicidade: Ana Mesquita, João Santos Assinaturas e Expedição: Ana Isabel Oliveira, Patrícia Silva

Impressão:

Diário do Minho, Limitada Sucessora Rua de Santa Margarida, nº 4, 4719 Braga. Sede do CCDR, Viver a Nossa Terra, Escola de Música do CCDR: Av. 3 de Julho, 92 - Vila de Ribeirão Apartado 7039 - 4764-908 Ribeirão Telefone/Fax: +351 252 493 015 e-mail: jornal@ccdr.pt Tiragem média: 2000 exemplares


24 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Março de 2020

Já viu o que o CCDR tem para si? Escola de Música

Violino  n Piano n Órgão n Viola Flauta  n  Formação Musical  n Cavaquinho Horários a combinar entre aluno e professor

Escola de Atletismo

EB 2,3 de Ribeirão 3.af - 5.af - 6.af das 18h30 às 20h00 ES Camilo Castelo Branco DAS PISCINAS DE RIBEIRÃO - CCDR 2.af - 4.af das 18h30GINÁSIO às 20h00; Sáb. das 10h00 às 12h00

Aulas de grupo no Ginásio das Piscinas

SEG

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QUA Local / Indoor

Local 12h30 -13h15

Cycling 12h30-13h15 Treino

Pilates 19h35-20h20

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Crossmove 20h25-21h10

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Pilates 12h30-13h15

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Crossmove 18h40-19h25

Funcional 18h45-19h30 Pilates 19h25-20h10

QUI

Local 19h35-20h20

Karaté Shotokai 21h15

Body Jump 19h30-20h15

Indoor Cycling 19h35-20h20

Pilates 20h20-21h05

Dumbbells 20h25-21h10 Karaté Shotokai 21h15 Janeiro 2020

Informações e inscrições Sede do CCDR

Segunda a Sexta das 18h00 às 19h30 Sábado das 10h00 às 12h00 Tel.: 252493015 - Email: geral@ccdr.pt

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