Viver a Nossa Terra - Abril 2021

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Ano 32 - Número 344 - 24 de Abril de 2021 - Publicação mensal - Propriedade do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão - Diretor: Miguel Maia - Assinatura anual: 10€

População de Fradelos insatisfeita com regulamento das “Pateiras do Ave” No passado dia 13 de abril, decorreu a sessão de esclarecimento sobre o Projeto de Regulamento da Paisagem Protegida Local “Pateiras do Ave”, no Salão Paroquial de Fradelos. O encontro contou com uma audiência acima do esperado, devido à insatisfação demonstrada pelos fradelenses com o regulamento proposto pelo município. páginas 4 e 5 Entrevista com Leonel Rocha, Vereador da Educação, Conhecimento e Cultura de Famalicão

“Serviço não é promoção” Leonel Rocha está no final do seu mandato como vereador, tendo já sido anunciada a sua candidatura para integrar outras funções. Viver a Nossa Terra esteve à conversa com o Vereador Leonel Rocha, para fazer um balanço da sua actividade na Câmara que se prolongou por cerca de 20 anos. páginas 6, 7 e 8

Famalicão inaugura Praça-Mercado a 25 de abril

Bruno Correia é candidato a líder do CDS em Ribeirão

páginas 10 e 11

página 13

Comércio da Vila é o novo “centro comercial” de Vila Nova de Famalicão

página 3

CCDR abre a época de competições

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Sócios do Ribeirão FC dão luz verde à constituição de uma SAD página 20 Ribeirão Basket prepara regresso aos treinos com instalações renovadas

M. Miranda Azevedo, Lda. Patrocina a embalagem do Viver a Nossa Terra

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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Plano para a retoma da atividade física destina-se a todos

O Move-te será uma das iniciativas a repetir, este ano de forma mais alargada Nos próximos meses de maio, junho, julho e agosto, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai distribuir acessos gratuitos às Piscinas Municipais por todos os profissionais de saúde, socorro e segurança do concelho que estão na linha da frente do combate à Covid-19. Esta é apenas uma das várias medidas anunciadas, recentemente, pelo executivo municipal para a retoma da atividade física no concelho, que será enquadrada no regresso da vertente desportiva do programa “Anima-te” que quer voltar a pôr os famalicenses a mexer e sensibilizar a população para a importância da prática desportiva. Na prática, o apoio a estes profissionais contempla a distribuição de um cartão oferta com 6 entradas gratuitas por mês num dos Complexos de Piscinas Municipais, onde poderão usufruir do período de regime livre ou de uma aula com acompanhamento técnico mediante marcação. Cada

instituição receberá a totalidade dos cartões consoante o seu número de profissionais. De forma a evitar picos de acesso aos complexos municipais, o total de cartões a distribuir por cada instituição será dividido pelos quatro meses de duração do programa. Para além deste apoio específico para os profissionais que estão na linha da frente e “que ao longo do último ano têm vivido momentos muito exigentes”, o plano dedica também uma série de ações e iniciativas destinadas à comunidade em geral. Algumas delas são já bem conhecidas dos famalicenses. É o caso do “Move-te” que este ano se vai realizar não num, mas em três meses - maio, junho e julho. Ao todo estão previstas mais de 300 aulas promovidas em parceria com os ginásios, associações, instituições e clubes desportivos do concelho. As aulas vão decorrer ao ar livre, no Parque da Devesa e em vários

espaços das freguesias aderentes, de segunda a sexta-feira, divididas em dois blocos de 30 minutos e com a limitação de participantes por sessão com base nas orientações atuais da DGS. O programa “Desconfinar em Família” integra também este leque de novas ações anunciadas hoje por Paulo Cunha. Aberto a toda a comunidade, o programa decorrerá de maio a agosto nas piscinas municipais de Joane, Ribeirão, Oliveira São Mateus e Famalicão e pretende incentivar a retoma das atividades aquáticas e estimular a prática da atividade física para toda a família. O “Desconfinar em Família” prevê a isenção da taxa de inscrição nas piscinas municipais para as novas adesões e a oferta da primeira mensalidade e da taxa de inscrição para o ano 2021/2022 para os utilizadores já inscritos com mensalidade regularizada em janeiro de 2021 (exceto Piscina Municipal de Fama-

licão). O programa contempla ainda um conjunto de atividades ao sábado para toda a família, com a promoção de duas aulas gratuitas, todos os sábados à tarde nos meses de maio, junho e julho, em todos os complexos de piscinas. Refira-se ainda que, no total, este plano de retoma da atividade física no concelho vai implicar um esforço financeiro municipal na ordem dos 160 mil euros, estimando-se que alcance mais de 15 mil pessoas. As instituições que poderão usufruir do apoio destinado aos profissionais de saúde, socorro e segurança - Hospital de Famalicão, Hospital de Riba d’Ave, Centros de Saúde, Bombeiros Voluntários de Famalicão, Bombeiros Voluntários Famalicenses, Bombeiros Voluntários de Riba d’Ave, Cruz Vermelha de Ribeirão, Polícia Municipal, PSP de Famalicão, GNR de Riba d’Ave, GNR de Joane e GNR de Famalicão

Álvaro Santos no Conselho Cultural da Universidade do Minho O ribeirense Álvaro Santos, diretor da Casa da Artes de V. N. de Famalicão, toma posse como membro do Conselho Cultural da Universidade do Minho, juntamente com outras personalidades do mundo da cultura, nomeadamente Luís Fernando, Diretor Artístico do GNRration, Cáudia Leite, Administradora do Teatro Circo, isabel Silva, Diretora do Museu D. Diogo de Sousa e Biscaínhos, Rui Torrinha, Diretor do Centro Cultural Vila Flor, Rui Vítor Costa, Presidente da Associação Muralhas, de Guimarães, Rui Ramos, Diretor da Bienal de Ilustração de Guimarães, Nuno Soares, Diretor da Casa das Artes de Arcos de Valdevez, Paulo Vieira de Castro, Presidente da Sociedade Martins Sarmento, Teresa Andresen, arquiteta paisagista e professora ca-

tedrática. Trata-se de um órgão consultivo da Universidade que define as políticas culturais da Academia. A tomada de posse realiza-se esta sexta-feira, dia 23, no salão nobre da reitoria, no Largo do Paço, em Braga. Pode ser acompanhada no canal Youtube da universidade e inicia-se pelas 14,30h com a entrega do Prémio Víctor Sá de História Contemporânea 2020 e a apresentação do programa dos 100 anos do nascimento de Víctor Sá, ambos promovidos pelo Conselho Cultural da Universidade.

Famalicão celebra 25 de Abril com sessão solene online O Município de Vila Nova de Famalicão vai assinalar o 47.º aniversário da Revolução dos Cravos com a tradicional sessão solene extraordinária da Assembleia Municipal comemorativa do 25 de Abril que se realizará este domingo, pelas 10h30, via Zoom e com transmissão em direto no portal do município. Para além da intervenção do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e do presidente

da Assembleia Municipal, Nuno Melo, o momento contará também com a habitual intervenção dos vários partidos políticos. Antes, pelas 10h00, Paulo Cunha e Nuno Melo assinalam simbolicamente e de uma forma não protocolar o hastear da bandeira nos Paços do Concelho. A sessão solene extraordinária da Assembleia Municipal poderá ser acompanhada em direto a partir do portal do município.

Atenção assinantes do Viver a Nossa Terra A partir do mês de Abril o Viver a Nossa Terra vai proceder à cobrança das assinaturas devidas. O nosso colaborador estará munido da lista de assinantes para esse efeito. Pedimos aos leitores que procedam à liquidação da assinatura do jornal pois é muito importante para assegurar a continuidade desta publicação. Em alternativa, poderão regularizar a situação na sede do CCDR, de Terça a Quinta, das 18h às 19h15, Sexta das 18h00 às 19h30 ou aos Sábados das 10h às 12h. Podem também fazê-lo no Quiosque Central, ao lado da Junta de Freguesia de Ribeirão, todos os dias, ou por transferência bancária para a conta do CCDR, com o NIB 003521120002613023025. Por favor enviar comprovativo para geral@ccdr.pt. Referir o nome que está na etiqueta do jornal. Será remetido pelo correio o respectivo recibo.

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Pelo Concelho 3

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Comércio da Vila é o novo “centro comercial” de Famalicão

Cento e cinquenta lojas do comércio tradicional de Vila Nova de Famalicão já estão presentes no Comércio da Vila, uma nova plataforma de e-Commerce e Marketplace que permite aos empresários criarem uma montra virtual, divulgando, promovendo e vendendo os seus produtos numa espécie de centro comercial digital. O Marketplace desenvolve-se a partir da aplicação Comércio da Vila que já está disponível para download nos sistemas operativos Android e IOS a partir da Play Store e App Store, respetivamente. Promovida pela Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF) com o apoio da Câmara Municipal, a nova ferramenta implica um investimento de 160 mil euros em dois anos e foi apresentada esta segunda-feira, em conferência de imprensa. Para o presidente da

ACIF, Fernando Xavier, trata-se de “uma janela de oportunidades dos comerciantes para o mundo”. É um projeto “com visão de futuro que vai ajudar o comércio de proximidade, que só é tradicional pela sua história, pois está sempre a inovar e em mudança”. O responsável salientou a importância do projeto para os comerciantes de Famalicão, sublinhando que hoje em dia é "fundamental estar na internet” e que o desenvolvimento desta aplicação começou antes da pandemia, mas que a pandemia acabou por apressar. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, felicitou a ACIF por ter avançado com este projeto, por ter “a perceção do que é necessário aos comerciantes e à economia local”. Por outro lado, o autarca salientou que o digital servirá sempre para potenciar o comércio

de proximidade, que nunca perderá a sua autenticidade. “Todos sabemos que o comércio de proximidade está a atravessar uma fase muito difícil e com esta plataforma os nossos comerciantes têm ao seu dispor uma ferramenta que facilita a relação entre quem compra e quem vende”, acrescentou. Na verdade, o Comércio da Vila pretende ser muito mais do que um espaço virtual de compra e venda de produtos. Para além das promoções e descontos para os consumidores, a aplicação tem associado um cartão para pagamentos com “tecnologia revolut” que permite carregamentos e a sua utilização nos equipamentos municipais, com as piscinas ou Casa das Artes. Para a coordenadora do projeto Elisabete Costa “queremos que seja um serviço de qualidade e diferenciador”. “Todas as semanas será enriquecido com no-

vas funcionalidades à medida que os empresários forem aderindo”, referiu. A responsável explicou ainda que a aplicação integra um serviço delivery que permitirá em breve “entregas em apenas duas horas”. Os comerciantes que queiram ver a sua loja no Comércio da Vila devem preencher o formulário de adesão disponível no site da ACIF, em www.acif.pt. A adesão após um custo de instalação e de formação de 30 euros + iva é gratuita, assim como a permanência na plataforma durante os primeiros seis meses. A iniciativa está incluída no programa Retomar Famalicão que a Câmara Municipal e a Associação Comercial de Famalicão (ACIF) têm no terreno para dar uma nova vida ao comércio tradicional da cidade, fortemente fustigado pela crise pandémica da Covid 19.

Iniciativa da Câmara Municipal de Famalicão

Abertas as candidaturas aos Selos Visão’25 Os Selos Famalicão Visão’ 25 estão de volta. Em 2021, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão volta a distinguir as iniciativas que têm contribuído para a valorização e afirmação do concelho e lança o convite a todos os cidadãos para que identifiquem os projetos, ações, produtos e serviços que mostraram ser importantes para o município famalicense. O período para a submissão de candidaturas aos Selos decorre até ao dia 31 de maio. O formulário de inscrição já está disponível online, na página oficial do município, e traduz-se num processo simples e rápido com apenas seis passos. Os projetos podem novamente ser integrados em quatro categorias. A categoria Famalicão Made IN abrange os projetos empreendedores que potenciam a incorporação tecnológica e a aplicação de soluções de futuro, desenvolvendo uma economia baseada no conhecimento e na inovação e que aumentam a competitividade e internacionalização. A categoria B -Smart Famalicão irá reconhecer os projetos que promovam uma economia mais eficiente na utilização dos recursos. A categoria Força V – Famalicão Voluntário inclui os projetos que reforçam o capital social presente nas práticas de intervenção e anima-

ção comunitária e impulsionam novos ambientes de participação e envolvimento ativo. Por fim, na categoria Famalicão Comunitário serão reconhecidos os projetos que promovam a corresponsabilização dos cidadãos e que se distingam enquanto projetos coletivos, de cooperação e colaboração entre atores públicos e privados e potenciadores dos valores do futuro. Recorde-se que a atribuição dos Selos Famalicão Visão’25 acontece pelo sexto ano consecutivo, tendo sido já reconhecidos mais de setenta projetos. No fundo, o selo representa um prémio que identifica e reconhece as boas práticas com impactos positivos no território, na economia e na sociedade, que sejam inovadoras e inspiradoras, que expressem os valores e reforcem a identidade famalicense. A atribuição do selo será decidida por um júri constituído por diversas pessoas de diferentes áreas. Os vencedores serão divulgados na sessão solene comemorativa do Dia do Concelho, no dia 28 de setembro. Refira-se ainda que para dúvidas ou mais esclarecimentos poderá ser utilizado para o efeito o email da Divisão de Planeamento Estratégico, Economia e Internacionalização da Câmara Municipal: dpeei@famalicao.pt.

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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

População de Fradelos insatisfeita com regulamento das “Pateiras do Ave” No passado dia 13 de abril, decorreu a sessão de esclarecimento sobre o Projeto de Regulamento da Paisagem Protegida Local (PPL) “Pateiras do Ave”, no Salão Paroquial de Fradelos. O encontro contou com uma audiência acima do esperado, devido à insatisfação demonstrada pelos fradelenses para com o regulamento proposto pelo município de Famalicão, para a referida PPL. No arranque da sessão o ecólogo responsável pela execução do projeto, Vasco Flores Cruz, informou os presentes que não iria efetuar a apresentação do regulamento, ao contrário do que estava anteriormente previsto, tendo-se mantido em silêncio até ao final da sessão. O vereador do ambiente, Pedro Sena, destacou que só faz sentido avançar com o projeto de regulamento se for com a aprovação da população local. Referiu que as divergências decorrentes da insatisfação para com as regras em discussão, terão de ser resolvidas. “Não faz sentido estarmos uns contra os outros”, destacou o vereador. Prosseguiu dizendo que se trata de um projeto importante para a região e que “nos devia encher de orgulho”. Pedro Sena assumiu que deveria ter sido feita uma auscultação prévia das pessoas, de forma mais aprofundada, e que permitisse compreender melhor o ponto de vista da população. Salientou, de igual modo, que era pretendido que o regulamento em causa fosse o “mais simples e o mais prático possível, e que interferisse o mínimo possível” na vida das pessoas abrangidas. Continuou admitindo que, após algumas conversas com pessoas da freguesia, que tal não havia sido conseguido. Na sua intervenção, o vereador também referiu que assinou uma proposta na reunião de Câmara, na qual prorrogava o processo do regulamento por 90 a 120 dias, dado entender que não iriam conseguir

obter consenso até ao final do período da Discussão Pública em curso. “Não há regulamento nenhum que vá a reunião de câmara ou a assembleia (…) que seja contra as pessoas de Fradelos” disse o vereador, “o que faz sentido neste projeto, é que seja com as pessoas de cá, não contra”. Destacou que não está contra os juristas que realizaram o regulamento, mas que entende que a interpretação destes é diferente da dos cidadãos locais. Terminou referindo que o regulamento contará com o contributo de todas as partes envolvidas. De seguida, foi dada a palavra às pessoas que haviam demonstrado intenção de intervir na sessão de esclarecimento. “Ninguém vem dizer o que fazer nos nossos terrenos”, “Fradelos é nosso, é dos fradelenses”, foram algumas das frases que ecoaram pelo salão paroquial durante as intervenções dos presentes. Era claro o desagrado perante as condições expostas no “Projeto de Regulamento da Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave”, contudo, o adiamento da aprovação do regulamento, anunciado pelo vereador do ambiente, permitiu amenizar a exaltação dos presentes. Mais de uma dezena de pessoas expressou a sua opinião publicamente. “Um projeto destes só é viável com a população de Fradelos”, referiu um dos primeiros intervenientes. Tendo destacado que, após o arranque da candidatura, foi escassa a informação do processo partilhada com os fradelenses. Houve quem abordasse a abrangência territorial e questionasse a autonomia da freguesia sobre o seu próprio território. Dado tratar-se de um projeto que envolve as freguesias de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas, foi colocado em causa o facto da PPL cobrir quase a totalidade da primeira freguesia e muito pouco das restantes. O interveniente queria mais pormeno-

res sobre o limite da paisagem protegida, dado o mapa existente no documento regulamentar ser ambíguo. O documento cartográfico apenas se encontrava disponível para consulta nas instalações da Câmara Municipal. Queriam entender, de igual modo, como foi feita a divisão do território em três áreas de proteção

– tipo I, II e III, sendo este último, o mais restritivo -, e por que razão abrangia tão pouca área das freguesias de Ribeirão e Vilarinho das Cambas. No que concerne à autonomia da freguesia, foi expresso o receio, da área abrangida pela PPL, ficar a cargo de um órgão diretivo alheio à Junta de Freguesia. Ficando os fradelenses

dependentes do parecer de entidades de externas à freguesia. Posteriormente, a situação foi comparada à vinda da ETAR para Fradelos, que não trouxe grandes benefícios - em particular ao nível de alívio de impostos - para a população. Esta comparação surgiu com o intuito de destacar a ausência de benefícios compa-

rativamente às obrigações impostas pelo regulamento. “É tempo de Fradelos colher algum benefício naquilo que são as infraestruturas que cá temos”, referiu um dos presentes, destacando que ainda há zonas de Fradelos sem saneamento básico e que seria pertinente isentar os residentes de taxas de água e saneamento. >>>


Fradelos 5

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Comunicado do Presidente da Junta de Fradelos

<<< Argumentaram que é importante compreender se a freguesia tem recursos para cumprir com as regras estabelecidas, nomeadamente, “o depósito ou lançamento das águas residuais industriais e domésticas na água, solo ou subsolo com tratamento adequado” (alínea b, artigo 13º do regulamento). Destacaram que, antes da Câmara exigir de Fradelos, que deveria investir em infraestruturas na freguesia, para justificarem pedir mais participação e colaboração da parte da sua população. Um dos presentes chegou ao ponto de questionar Pedro Sena sobre o que é que Fradelos estava a fazer de errado, em relação ao ambiente, para que precisassem de um regulamento tão restritivo. “Se este regulamento avançasse, era o mesmo que colocar a freguesia de Fradelos dentro de um saco e dar-lhe um nó bem seguro”, comentaram. Outra questão levantada relacionava-se com o acesso aos estudos que servem de base da PPL - Pateiras do Ave, colocando em causa a legitimidade das evidências relativas à quantidade de fauna e flora existente na região, que justifica a criação da paisagem protegida. O interveniente demonstrou estranheza, que um estudo desenvolvido com recursos e para fins públicos, não se encontrar acessível aos cidadãos, chegando mesmo a colocar em causa a legitimidade dos objetivos da PPL. “Parem de nos utilizar para obter proveitos pessoais, em detrimento de uma popula-

ção inteira” referiram. Foi destacado, de igual modo, o facto de a Paisagem Protegida abarcar rotas migratórias de aves, assim como o Rio Ave, tratar-se de um projeto que deve ter o envolvimento de outros concelhos, pois não chega apenas garantir as condições na freguesia de Fradelos. Defenderam que deviam fazer a articulação intermunicipal, antes de avançarem com a regulamentação local. Preocupações relativamente à expropriação e desvalorização de terrenos para valores irrisórios, foram igualmente expressas. Levantando algumas desconfianças relativamente ao verdadeiro objetivo do regulamento, que penaliza fortemente proprietários de terrenos na freguesia. A nível de mobilidade interna, também foram levantados problemas, dado o regulamento limitar a deslocação em veículos motorizados nas áreas protegidas de tipo III, com exceção dos utilizados por “proprietários, máquinas agrícolas, veículos de emergência ou forças de segurança” (alínea c do artigo 17º do regulamento), limitando assim, a liberdade de deslocação de outros cidadãos nessa parte do território. Apesar do descontentamento, houve a intervenção de uma pessoa do público que acredita na viabilidade da PPL – Pateiras do Ave em Fradelos. O interveniente destacou que se trata de uma oportunidade única para Fradelos e com benefícios, a longo prazo, para a toda a população. Salientou que o conhecimento do regu-

lamento não basta para compreender a abrangência do projeto Pateiras do Ave, tentando sensibilizar os presentes para que “não deixem cair um projeto desta natureza, que nos vai orgulhar no futuro”. Avelino Reis, secretário da Junta de Freguesia, referiu, na sua intervenção, que a PPL – Pateiras do Ave é bem-vinda na freguesia, contudo que nenhum regulamento deverá definir o que é feito “nos nossos terrenos e nas nossas casas”. Destacou a necessidade de reunir com as pessoas com maior resistência a este projeto, de modo a esclarecê-las e negociar as condições de implementação do mesmo, em harmonia com os interesses da população local. O desenvolvimento do regulamento do projeto Pateiras do Ave foi descrito como deselegante e de fraco trato, especialmente devido à, aparente, alienação da Junta e da Assembleia de Freguesia de Fradelos neste processo. Quando usou da palavra, o presidente de Junta, Adelino Costa, informou os presentes que não teve conhecimento do regulamento antes de ser apresentado para discussão pública. Destacou que esta sessão de esclarecimento foi uma forma de reunir com os fradelenses e escutar as suas opiniões e preocupações relativamente a este projeto. Mais referiu que a soberania da Junta de Freguesia não está em causa neste assunto, informando que estão a trabalhar em parceria com o Município. Terminou a sua intervenção salientando que a Junta de Freguesia está

contra o regulamento apresentado. No final das intervenções, Pedro Sena tomou da palavra, e referiu que ninguém está contra Fradelos. Assumiu o seu lapso em não ter partilhado antecipadamente o regulamento com a Junta de Freguesia. Destacou que a discussão pública era incontornável, afirmando que o assunto nunca esteve fechado. “Não há projeto nenhum, nem regulamento nenhum (…) que seja feito nas vossas costas, nem contra vocês” disse o vereador referindo-se aos fradelenses. O vereador do ambiente referiu, de igual forma, que o processo será reiniciado e que a solução passará pela criação de uma comissão que preparará um novo documento, que irá, novamente, a discussão pública e, posteriormente, a aprovação em reunião de Câmara. “O que é válido é o que sair da discussão pública. Esse é que é o documento. (…) Vamos todos preparar o regulamento” referiu Pedro Sena. Apesar da abertura demonstrada pelo vereador do ambiente, em reestruturar o regulamento tendo em consideração os contributos da população de Fradelos, foi visível a indignação dos fradelenses, durante toda a sessão. Pouco antes do término da sessão, uma cidadã sugeriu a realização de um referendo para definir o rumo deste projeto. A presidente da Mesa de Assembleia informou os presentes que esta sugestão iria ser analisada em Assembleia de Freguesia.

Sempre estive e estou a favor do Projeto ambiental das Pateiras do Ave. Contudo, após, a apresentação pelo Município para discussão pública de um regulamento, fui um dos primeiros a não concordar com o mesmo, por este não se adequar as necessidades da nossa freguesia. Pois, este regulamento iria condicionar e asfixiar a nossa localidade, bem como no seu desenvolvimento e modernização. Tanto para, as atuais, como para as próximas gerações de fradelenses. Logo após o conhecimento do mesmo, fizemos junto do Sr. Vereador do ambiente, Dr. José Pedro Sena, assim como do Sr. Presidente de câmara, Dr. Paulo Cunha, uma contestação do mesmo. Tanto pela forma despropositada do regulamento, como do nosso desconhecimento sobre este. Fizemos sentir a autarquia o descontentamento da população, assim como dos órgãos da freguesia e do seu presidente de junta. Sentimos a necessidade de realizar várias reuniões com o município e, mesmo de solicitar a presença em Fradelos do Sr. Vereador para uma discussão pública ocorrida no dia 13 de Abril, no salão paroquial. Após ouvir as opiniões, algumas bem lucidas, dos fradelenses aí presentes, e após, repito, a insistência da não concordância por parte da junta de freguesia presidida por mim. Fizemos demover o município de tal intenção, assumindo o departamento do ambiente que este seria um regulamento errado e contraditório às nossas expectativas sobre o projeto das Pateiras do Ave. Sendo assim, tivemos a garantia do Sr. Presidente da Câmara, Dr. Paulo Cunha, que este regulamento seria anulado. Prosseguiremos com um período de 90 dias, para continuar a discussão pública sobre o futuro ambiental de Fradelos. E só a partir daí se avançará para uma outra forma de consenso sobre o projeto, com o conhecimento e concordâncias de Fradelos e o mais importante, dos fradelenses. Adelino Costa


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Entrevista com Leonel Rocha, Vereador da Educação, Conhecimento e Cultura de Famalicão

“Serviço não é promoção” Leonel Rocha está no final do seu mandato como vereador, tendo já sido anunciada a sua candidatura para integrar outras funções. Viver a Nossa Terra esteve à conversa com o Vereador Leonel Rocha, para fazer um balanço da sua actividade na Câmara que se prolongou por cerca de 20 anos. Viver a Nossa Terra (VNT) - Há quase 16 anos como vereador, antecedido por mais 4 anos como adjunto, para as mesmas áreas… como se deu essa entrada? Leonel Rocha (LR) - Em 2001, estando em curso a preparação da candidatura do Arquiteto Armindo Costa à Câmara Municipal de Vila nova de Famalicão, foi solicitado à estrutura do PSD de Ribeirão que fosse indicada uma pessoa para integrar a lista da coligação “Mais Ação, Mais Famalicão”. As pessoas que estavam à frente do PSD de Ribeirão vieram ter comigo e convidaram-me para representar a nossa Vila na lista do Arquiteto Armindo Costa, dizendo-me que, pelo meu papel na comunidade ribeirense, seria a pessoa com o perfil adequado para integrar a Equipa de Vereação, caso fôssemos eleitos. De facto, desde que saí do Seminário, tinha assumido a Vice-Presidência e depois a Presidência do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão, dinamizava uma série de projetos nas Escola EB 2,3 de Ribeirão, incluindo o Clube de Teatro “Duques e Cenas”, que tinha fundado, desenvolvia diversas atividades para os alunos e tinha sido Vice-Presidente do Conselho Executivo da Escola. Além disso, as pessoas que me convidaram sabiam que eu tinha sido Escuteiro no Seminário, durante mais de uma década, que tinha sido o responsável pelo Grupo de Teatro São João Bosco e que tinha pertencido, em vários cargos, à Associação de Estudantes da Faculdade. Digamos que a experiência associativa e o trabalho que desenvolvi em prol da comunidade ribeirense foram determinantes para que me escolhessem com vista a representar Ribeirão na Equipa de Vereação do Presidente Armindo Costa. VNT - Teve a seu cargo vários pelouros… Em qual deles se sentiu mais realizado? LR - Quando fui convidado para a lista da Vereação, em 2001, o lugar que me estava destinado na lista era o

oitavo, não tendo, por isso, sido eleito nas eleições de dezembro de 2001. Entretanto, o Presidente Armindo Costa, que gostou do meu contributo para o programa eleitoral, convidou-me para Adjunto da Vereadora Edna Cardoso, nas pastas da Educação, Cultura, Desporto e Juventude. Ao fim do primeiro ano de mandato, deu-se uma rutura entre o Presidente e a Vereadora, sendo os pelouros avocados ao Presidente, incumbindo-me de o auxiliar. No papel era Adjunto do Presidente, mas na prática funcionava como o Vereador para as áreas em causa, pois participava sempre nas reuniões de vereadores. Foi esse trabalho que desenvolvi enquanto Adjunto que levou o Arquiteto Armindo Costa a convidar-me, em 2005, para a lista da Vereação, em lugar elegível. A partir de 2005, fui eleito Vereador e fiquei com as pastas da Educação, Cultura e Desporto. Com a implementação de novas dinâmicas, o trabalho foi-se avolumando e, a meio do mandato, solicitei que o Pelouro do Desporto passasse para outro Vereador, que detinha o Pelouro da Juventude. No último ano deste mandato, fui Vice-Presidente, uma vez que o cargo, naquele mandato, era rotativo. Em 2009, fui eleito novamente Vereador e foram-me atribuídas as pastas da Educação e do Desporto, tendo o Vice-Presidente de então, Paulo Cunha, ficado com o Pelouro da Cultura. Em 2013, já com Paulo Cunha a assumir a candidatura à Câmara Municipal, fui novamente convidado para a Vereação e, depois da eleição, foram-me atribuídos os Pelouros da Educação e o novo Pelouro criado por Paulo Cunha, do Empreendedorismo, uma vez que eu já tinha criado, no mandato anterior, a rede de parceiros “Famalicão Empreende”. Nas últimas eleições, em 20017, fui novamente eleito e foram-me atribuídos os Pelouros da Educação e Conhecimento (incluindo a parte das Bibliotecas e do Arquivo Municipal) e da Cultura. Em todos os mandatos

me senti realizado e senti o bom sabor do dever cumprido, tendo consciência de que dei sempre o melhor de mim. O Pelouro que sempre geri, desde a primeira hora até agora, foi a Educação. Sem dúvida que é a área em que se nota uma continuidade no trabalho realizado e que mais notabilizou Vila Nova de Famalicão, ora ao nível do Ministério da Educação, ora junto das Universidades, principalmente nas Escolas de Educação e Psicologia, ora nos outros Municípios, que se habituaram a ver Vila Nova de Famalicão como uma referência pelas suas boas práticas na Educação e pelo pioneirismo neste trabalho com as escolas e com os diversos parceiros educativos. Aliás, o trabalho em rede, colocando todos os parceiros educativos a falar uns com os outros e a articularem projetos e medidas com vista a melhorar continuamente o sucesso educativo dos alunos, é aquilo que melhor define a minha ação enquanto vereador. Tive a sorte de trabalhar com dois Presidentes que viram na Educação a estratégia certa para desenvolver o concelho. O Presidente Armindo Costa, embora não fosse formado na área da Educação, confiava plenamente no meu trabalho e o Presidente Paulo Cunha, continuou a confiar e a apoiar este trabalho na Educação, vendo nele um caminho estratégico, até pelo facto de ele ser também professor, ainda que ao nível universitário. Enquanto Vereador, fui responsável pela renovação do parque escolar do primeiro ciclo e pela remodelação de algumas escolas de outros ciclos. Se as múltiplas obras nas escolas foram e são muito importantes para termos escolas modernas, funcionais e mais confortáveis, não é menos verdade que a intervenção do Município, junto das Direções das Escolas, para se encontrar soluções, projetos, ferramentas que ajudem a resolver problemas detetados pelas escolas ou pelas Universidades, com vista a aumentar o sucesso educativo e os

respetivos resultados académicos dos alunos, foi também ela decisiva para que o nosso Município seja assinalado pelas suas práticas educativas e pelos seus resultados académicos, como se viu no último ranking das escolas públicas, onde as nossas três escolas secundárias estavam nos primeiros 20 lugares, a nível nacional. Projetos como o “Crescer a Brincar”, implementado desde 2002, passando pelas Maletas Pedagógicas, pelo Hipatyamat, pelo Litteratus, pelo “Ainda Estou a Aprender”, pelo “Ter Ideias para Mudar o Mundo”, “De Famalicão para o Mundo”, entre outros, fazem de Famalicão uma boa referência nacional, nas boas práticas educativas. Este trabalho na educação foi decisivo para que o Município fosse convidado, em 2015, para integrar um grupo de 14 concelhos, para um projeto piloto na transferência de competências do Governo para as Autarquias. O trabalho em rede na educação levou-nos a ser um Município modelo na concertação do ensino profissional, onde atingimos, desde 2012, a meta fixada pelo Mi-

nistério da Educação (para 2020) de haver 50% dos alunos do secundário a frequentar o Ensino Profissional. Também temos um Centro Qualifica que é convidado recorrentemente para dar testemunho do seu trabalho em rede, conseguindo atingir sempre as ambiciosas metas anuais de certificar os famalicenses na sua escolaridade, vindo vários outros Municípios a Famalicão, para verem como funcionamos. Portanto, posso concluir que a minha maior realização foi na Educação, deixando a Vereação da Educação com uma Equipa fantástica, bem preparada, com grande proximidade às Escolas e aos professores, com o Plano Estratégico da Educação Municipal que define as políticas educativas a implementar, capazes de continuar a assegurar ao nosso concelho uma educação de grande qualidade. VNT - Pontos altos da sua atividade como vereador nos diferentes pelouros… LR – Na Educação, os pontos altos ou as maiores conquistas já os fui enumerando anteriormente, des-

tacando apenas: a requalificação do parque escolar do concelho; o Plano Estratégico de Educação Municipal, com um conjunto de projetos educativos capazes de ajudar a fazer das nossas escolas boas referências e a terem bons resultados; o trabalho em rede realizado com as diversas Redes criadas, que envolveram, motivaram e implicaram os mais diversos parceiros no desenvolvimento do trabalho e na melhoria contínua de resultados. Como o Pelouro da Educação se chama “Educação e Conhecimento”, não posso deixar de lembrar a luta e o trabalho da Biblioteca e do Arquivo Municipal em servir bem e diariamente os muitos famalicenses que nos procuram. Em relação à Biblioteca, preparamos o seu projeto de requalificação e, a partir de junho deste ano, teremos obras profundas na Biblioteca Camilo Castelo Brando. Quando concluídas, ficaremos com umas instalações fantásticas, modernos a capazes de prestar um serviço com a qualidade que os famalicenses merecem.

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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

<<< No Desporto, orgulho-me de termos iniciado a grande requalificação e melhoria que as instalações desportivas do nosso concelho conheceram, proporcionando, hoje em dia, excelentes condições aos nossos jovens atletas; termos implementado um Regulamento de Apoio às Atividades Desportivas, que trouxe mais segurança às associações, tornando os apoios mais previsíveis e com regras mais objetivas; e de termos apoiado os clubes no pagamento das inscrições e dos exames médicos. No Empreendedorismo, inicámos uma maior proximidade às empresas e uma maior ligação entre a formação de jovens e adultos com as necessidades das empresas, através da criação do Famalicão Made In e criou-se o regulamento de apoio às empresas que realizam grandes investimentos em Vila Nova de Famalicão e criam novos postos de trabalho. Na Cultura, começo por lembrar a Feira de Artesanato, que soubemos torná-la numa das maiores e mais importantes Feiras de Artesanato de Portugal; a programação da Casa das Artes, que se tornou uma grande referência cultural e muito reconhecida nos meios artísticos do país; os nossos museus, de modo particular a Casa-Museu Camilo Castelo Branco que venceu o Prémio Nacional de Melhor Museu do Ano esteve entre os finalistas do Melhor Museu Europeu do Ano; o Carnaval em Famalicão, que se tornou na noite de carnaval mais conhecida do norte; a criação do “Labirinto das Artes”, uma “viagem” pela História das Artes Plásticas e do Grafismo, desde a arte rupestre das cavernas, até aos nossos dias. Recordo a programação Cultural Descentralizada, com o projeto “Há Cultura”, com vista a levar os eventos culturais à proximidade das pessoas, construindo novos públicos e levando as pessoas a consumir mais cultura, contribuindo para um maior alargamento de horizontes; a Jovem Orquestra de Famalicão. que visa apoiar os jovens músicos “famalicenses” e trazer o retorno do seu talento para Famalicão. Há algo que considero extraordinário e estratégico para o município, que é a li-

gação entre a educação artística e a cultura: ao longo destes anos, fomos implementando, em Vila Nova de Famalicão, o ensino artístico, ora com o ensino articulado da música (o concelho ou um dos concelhos que maior percentagem de alunos tem a aprender música) e da dança (implementado, este ano letivo, na Escola Dr. Nuno Simões), ora com o Ensino Profissional e Artístico de Música, de Teatro, de Circo e de Dança, ora com a o ensino avançado e especializado de Novo Circo. As consequências desta aposta são já bem visíveis com o número de projetos artísticos profissionais que surgiram em Famalicão: quatro companhias de teatro (Didascália, Fértil, Cão Danado e Momento Teatro), uma companhia de Circo (Circo por Todos), uma companhia de Dança (In Tranzyt), vários projetos musicais, da música clássica, ao jazz, passando por muitos outros estilos musicais. Se juntarmos todos os projetos artísticos profissionais existentes em Famalicão, com as Academias e Escolas de Formação Artística, os espaços de residências artísticas e os espaços de apresentação da criação artística e programação cultural, onde a Casa das Artes e o Teatro Narciso Ferreira se destacam, e promovendo um trabalho cooperativo e interativo através da Rede “Sobre o Palco”, então percebemos por que

razões o Município de Vila Nova de famalicão é cada vez mais referenciado no campo cultural. VNT - Quais as principais batalhas travadas? LR – As principais batalhas que tive de travar foram contra algumas incompreensões de certas pessoas que, por terem ideias pré-concebidas e infundadas em relação a mim ou em relação a algumas medidas que se foram tomando ao longo dos tempos, me obrigaram a algum desgaste pessoal. Porém, com paciência, com diálogo e com os resultados do trabalho e das decisões tomadas, fui conquistando a confiança e a simpatia dessas pessoas. Também as mudanças que se operaram, principalmente no contexto das escolas que se tiveram de extinguir, exigiram muito diálogo, implicaram ir ao encontro das populações para mostrar as melhorias e as mais valias que tais mudanças trariam. O diálogo é fundamental nas relações humanas. Quem está ao serviço da causa pública e do bem comum, tem de estar permanentemente disponível para acolher, ouvir e dialogar com os outros implicados no processo das decisões que se têm de tomar. VNT - Que mais lhe agradava no desempenho destas funções? LR – O que mais me agrada na vida de autarca é con-

tactar com pessoas, ouvir as suas preocupações e poder ajudar na resolução dos seus problemas, ouvir as suas ideias e levá-las a terem consciência do seu valor e da sua importância política, ou seja, da sua capacidade de ajudar a “pólis” (palavra grega que significa cidade). Todos somos políticos na nossa relação com a comunidade em que estamos inseridos. Podemos ser bons políticos, quando damos um pouco de nós na construção do bem comum; ou ser maus políticos, quando apenas nos preocupamos a “deitar abaixo tudo e todos”. O que mais me realizou na política foi poder contribuir para melhorar a vida de muitos famalicenses, de modo particular os mais frágeis. Aqui gosto de lembrar o trabalho no âmbito da Rede “Famalicão Inclusivo”, com melhorias de espaços para os alunos, com medidas de ajuda e conforto, ora nos transportes dos alunos com deficiência, nas instalações e nos meios para os ajudar no seu progresso diário, ora nos projetos e nos recursos humanos que alocamos a este setor, culminando com a construção de um CRE- Centro de Recursos Educativos-que vai ajudar ainda mais os alunos com deficiência e as suas famílias, a terem melhor qualidade de vida. Como vereador, gostava muito também de visitar as Escolas, as Associações, as

Empresas e as diversas Instituições com quem me cruzei por força das minhas funções. Pude testemunhar o trabalho que muita gente, através das associações, faz nas respetivas comunidades. As associações são uma riqueza imensa na contribuição para o desenvolvimento de cada comunidade e para a complementaridade na educação de cada cidadão. Àqueles que dizem mal dos políticos e da política em geral, eu posso testemunhar que encontrei muita gente boa na política e fiz bons e verdadeiros amigos na política. VNT - Fazendo uma retrospetiva, como analisa o seu desempenho? LR – Serei, certamente, suspeito para falar do meu desempenho. Mas também não é menos verdade que devemos ter a capacidade de fazer uma auto-avaliação, para podermos evoluir no nosso trabalho. Assim, quando faço uma retrospetiva do meu trabalho e do meu desempenho, fico com a sensação de dever cumprido. Sinto que estive à altura do desfio que me foi lançado. A minha maior característica pessoal, ao longo da minha vida de autarca, foi a de “fazer acontecer”. Foi assim no trabalho diário com as equipas que me acompanharam, foi assim com as Escolas e demais parceiros educativos, foi assim com as associações.

Acho que me reconhecerão a capacidade de “fazer” e de “fazer acontecer”, de levar os outros a avançar com novas ideias, de avançar com o trabalho, que previamente estipulamos, de ajudar a concretizar aquilo que se projetava, não deixando as ideias e os projetos morrerem nas gavetas. Se a autoavaliação é importante, e todos devemos ter a capacidade de a fazer, penso que será ainda mais importante avaliar o desempenho a partir de olhares externos e independentes: quando o Ministério da Educação (independentemente dos partidos que o ocupam) elogia publicamente o nosso trabalho e indica a outros municípios para verem como nós fazemos; quando somos convidados pelo ME, por Universidades ou por outros Municípios para participar num vasto número de congressos, seminários ou palestras, para apresentarmos o modo de trabalhar de Famalicão e as nossas boas práticas; quando temos várias teses de doutoramento e mestrado a versar sobre o trabalho desenvolvido em Vila Nova de Famalicão; quando somos procurados por vários Municípios para aprenderem connosco acerca das nossas práticas educativas; quando somos escolhidos para pertencer à Equipa Coordenadora da Rede Territorial Portuguesa da Cidades Educadoras; ou quando somos escolhidos, pelos nossos pares da Comunidade Intermunicipal do Ave, para coordenar o Conselho Intermunicipal da Educação e o Plano do Crescimento Inclusivo do Ave e o respetivo PIICIE, plano de combate ao insucesso escolar; tudo isto atesta bem a qualidade do trabalho que realizamos em Vila Nova de Famalicão. Pelas mais diversas razões que tenho falado nesta entrevista, falo mais do setor da Educação, mas há, igualmente, outras áreas em que Famalicão se destaca… VNT - O Pelouro da Educação é aquele com que as pessoas o identificam mais. Tem essa perceção? LR – Claro que sim. É natural que isso aconteça, pois, além de eu ser professor do quadro de Escola do Agrupamento de Escolas de Ribei-

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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Entrevista com Leonel Rocha, Vereador da Educação, Conhecimento e Cultura de Famalicão (continuação)

“Em todos os mandatos me senti realizado e senti o bom sabor do dever cumprido” <<<

Penso poder dizer com propriedade que, sem deixar de cumprir a minha obrigação como vereador do Município de Famalicão, cuja responsabilidade é trabalhar de forma equitativa para todo o concelho, estive atento e ajudei Ribeirão a desenvolver-se significativamente. Hoje, independentemente de faltar ainda muita coisa, podemo-nos orgulhar de termos um índice de desenvolvimento assinalável e bem à vista de todos.

rão, estive 20 anos com responsabilidades autárquicas na área da Educação. Claro que muita gente me recordará pela minha ligação ao Desporto, ao Associativismo, ao Empreendedorismo e, sobretudo, à Cultura, mas a minha “imagem de marca” será sempre a Educação. A minha presença assídua nas Escolas e a minha relação próxima com os Diretores dos Agrupamentos, com os Professores, com o Pessoal Não Docente, com as Associações de Pais, com as juntas de Freguesia e com a comunidade educativa no seu todo levaram a que as pessoas me ligassem mais ao Pelouro da Educação. VNT – O que vai ficar a marcar a vereação de Leonel Rocha? LR – Depois de tudo o que referi anteriormente, posso resumir que o que fica a marcar a vereação de Leonel Rocha será a entrega à causa comum e o serviço à comunidade, através do trabalho em rede e da preocupação em trabalhar em equipa, olhando estrategicamente para a Educação e as diversas áreas sociais como um todo capaz de construir uma verdadeira comunidade educadora, conscientes de que todos educamos e conscientes de que a forma como o fizermos determinará o futuro que queremos construir. VNT - Como gostaria de ser recordado pelos munícipes enquanto vereador? LR – Não gostaria de condicionar a forma como os munícipes de Vila Nova de Famalicão me irão recordar… porém, atrevo-me a dizer que serei recordado, por muita gente, por impulsionar o trabalho em rede; colocar os diversos parceiros a falarem e a interagirem uns com os outros, encontrando estratégias comuns e projetos conjuntos para se ir mais longe no trabalho realizado; procurar continuamente respostas mais adequadas para os problemas que foram surgindo. Gostaria que me recordassem como

alguém que se entregou verdadeiramente à causa pública e ao serviço à comunidade. VNT - Como vereador, como encarou as questões relativas a Ribeirão? LR – É importante começar por referir que nenhum vereador é eleito pela sua freguesia, nem para representar a sua freguesia. Somos vereadores de um Município e trabalhamos para todos os munícipes. Todavia, não deixou de ser uma realidade constante e até de passar a imagem de que sempre fui o vereador mais identificado com a sua própria freguesia: ora porque optei por viver em Ribeirão, quando a vida e as funções me puxavam para a cidade de Famalicão; ora porque sempre estive envolvido nas questões da comunidade ribeirense, como o serviço à Paróquia, a fundação e Chefia do Agrupamento de Escu-

teiros, trabalhando para que os escuteiros tivessem condições fantásticas para a prática das suas atividades e a fundação e presidência da Assembleia Geral da Ribeirão Musical e da respetiva Orquestra Sinfónica do Ave; ora porque estive ligado, direta ou indiretamente, aos avultados investimentos que se fizeram em Ribeirão, nestas duas últimas décadas. Lembro apenas algumas situações em que tive intervenção direta naquilo que se fez em Ribeirão e na forma como se fez: arrelvamento do Campo de treinos de Belêco (era assim que era chamado na altura), um dos primeiros no concelho a ter aquele tipo de condições; Piscinas de Ribeirão – construída no centro da Vila, junto às Escolas, para que pudesse servir melhor os interesses dos ribeirenses (lembro que um depu-

tado da oposição, por sinal de Ribeirão, propunha que as piscinas fossem construídas na periferia, por os terrenos serem mais baratos); Centro Escolar - juntamente com o de Joane, foi o primeiro Centro Escolar moderno construído em Famalicão, no centro da Vila, junto às Piscinas; Requalificação da Escola EB 2,3 de Ribeirão – ao incluir na lista dos financiamentos de fundos europeus uma primeira fase para a remodelação dos espaços coletivos e sociais dos alunos (cantina, biblioteca, bar, reprografia e polivalente), abrimos o caminho para que o Ministério continuasse a priorizar a segunda fase da obra, que arrancará no dia 1 de julho, deste ano. Com estas obras e depois da terceira fase (Gimnodesportivo, Pavilhão Branco e arranjos exteriores) iremos ficar com uma escola nova.

VNT - Que conselhos deixa ao seu sucessor? LR – Não me considero ninguém com capacidades especiais para ser capaz de aconselhar quem me vier suceder. Contudo, há algumas notas que gostaria de deixar, que eu considero a base do “segredo” do sucesso que nos é apontado em diversas áreas, principalmente na educação: a primeira é a aposta no trabalho colaborativo, também chamado trabalho em rede, que se tem realizado. Quando somamos parceiros para um trabalho que diz respeito a uma comunidade, teremos mais hipótese de ter êxito, pois não só haverá mais ideias, mas teremos mais capacidade de trabalho e mais recursos disponíveis para se conseguir ir mais longe; a segunda nota que deixo é que se confie nas equipas de trabalho, pois além de serem compostas por pessoas competentes, também são pessoas motivadas e que já dispõem de uma vasta experiência; a terceira nota é sobre uma característica de liderança, da qual pouco se fala mas que um vereador(a) tem que ter sempre presente: somos gestores de sensibilidades e de conflitos, dentro e fora das portas da autarquia. Temos que estar sempre atentos às pessoas que nos rodeiam, para que as diversas circunstâncias que mexem com elas, não as afete a ponto de interferir com o clima e a dinâmica de trabalho. VNT - Ao fim de quase 20 anos, que balanço faz? LR – Ao fim de 20 anos

na Autarquia, a servir o Concelho de Vila Nova de Famalicão e os Famalicenses, contribuindo para o crescimento coletivo e para o bem comum, ou seja, trabalhando para a causa pública, faço um balanço claramente positivo. Penso que o trabalho e as dinâmicas desenvolvidos, os documentos estratégicos, dentro e fora das fronteiras do nosso concelho, demonstram que o balanço é, efetivamente, positivo. Tenho a consciência clara de que este mérito não é individual, mas coletivo. Por esta razão, aproveito para lembrar e agradecer: às pessoas de Ribeirão que me indicaram para esta missão; ao Presidente Armindo Costa e ao Presidente Paulo Cunha que me escolheram para seu vereador; aos meus colegas e amigos vereadores (com quem procurei sempre trabalhar em clima de equipa e interajuda); aos Chefes de Divisão e à Equipa de Apoio à Vereação, que me auxiliaram mais de perto no meu trabalho diário; às fantásticas equipas que comigo colaboraram e, em espírito de missão, procuraram servir da melhor maneira Famalicão e os Famalicenses, nas diversas áreas que me estiveram atribuídas; às senhoras e aos senhores Presidentes de Junta que muito me ensinaram a ver o serviço direto aos munícipes; a todos quantos se cruzaram comigo e, com a suas críticas, com as suas ideias, com a sua ajuda, me levaram a atingir metas e objetivos. Também quero lembrar e agradecer a Deus pelo auxílio diário e pelos Seus dons, a começar pela Esposa e pelos Filhos que me concedeu, que foram determinantes e decisivos para que eu pudesse ter disponibilidade para servir na missão que me foi confiada. VNT - Uma mensagem final… Se me pedem uma mensagem final deixo aqui um lema que norteia a minha vida: “serviço não é promoção; é gastar a vida em missão pelos outros, pela comunidade”.

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Bruno Correia é candidato a líder do CDS em Ribeirão Bruno Correia apresentou-se recentemente como candidato a líder do CDS em Ribeirão. Viver a Nossa Terra esteve à conversa com este jovem para melhor conhecimento da pessoa e das ideias que quer concretizar Quem é Bruno Correia? Tenho 33 anos, sou operador na Continental exercendo funções de suporte ao planeamento de produção e controlo de qualidade e também trabalho como Programador Web. Estou a frequentar o último ano da licenciatura em Informática de Gestão e do mestrado em Big Data e Business Intelligence, sou auditor certificado com formação em Gestão de Qualidade e tenho o curso superior em Gestão de Recursos Humanos, uma pós-graduação em Coaching, PNL e Liderança e uma pós-graduação em Direção e Inteligência Emocional (Instituto Universitário da Maia e Escola de Negócios Europeia de Barcelona). Cresci em Ribeirão, criado sob os valores cristãos, da família, do respeito pelo outro e sou grato aos meus pais por sempre terem apostado na minha educação. Tenho ainda a sorte de ter crescido com duas irmãs mais velhas que tiveram, e continuam a ter, um contributo precioso no meu desenvolvimento em todas as áreas. Acredito que as artes têm uma forte influência na construção do ser humano e que deveriam ser promovidas em todas as crianças, permitindo a sua expressão, o equilíbrio do funcionamento cognitivo e desenvolvimento da sua criatividade, a capacidade de relacionamento interpessoal e consigo mesmas e a capacidade de gerir as emoções. Eu tive a sorte de crescer numa terra rica nessa oferta de serviços, onde a música, o teatro, o desporto, as artes plásticas (…) estiveram sempre presentes na minha infância e permanecem até aos dias de hoje. Para além destes hobbies, a leitura tornou-se indispensável na minha vida por me ter transformado e apesar de todas as mudanças, sei que essa transformação ainda mal começou. Ao longo do tempo fui mantendo os meus objetivos de vida bem definidos, nem sempre a dedicação e o espírito

de sacrifício são suficientes para estes serem alcançados, felizmente percebi em certa hora que a vida é uma dança e devemos aprender a dançar com ela, para entrar neste fluxo não devemos impor nada, mas sim continuar a fazer a nossa parte independentemente do resultado, sempre com alegria e amor a cada projeto, a cada causa. A minha participação na política acontece segundo essas premissas. O conceito prático da democracia resulta na escolha de determinadas pessoas que representem toda a comunidade, zelem pelos seus interesses e dediquem os seus esforços pelo bem comum e para mim este trabalho é dos mais nobres que existe, se podemos considerar que tanto na política como no resto as coisas não estão bem apontar o dedo nunca resolveu nem resolverá nada, e todo o debate político, seja local, nacional ou mundial está preso nisso, a única possibilidade de mudança acontecerá agindo para a solução e não para o problema. É muito mais confortável para nós sentirmo-nos vítimas do sistema, dos governantes e reclamar, no entanto, e como dizia Platão “O castigo dos bons que não participam na política é serem governados pelos maus”, ciente de que não mudarei o mundo, o meu principal objetivo de vida só pode ser mudar uma pessoa, eu próprio. Tudo o resto será uma consequência natural, se for bem-sucedido nesta tarefa servindo de exemplo ou inspiração em alguma matéria terei cumprido a minha missão. Já estás envolvido na vida política há muito tempo ou estás agora a dar os primeiros passos? Filiei-me na Juventude Popular aos 15 anos, integrando a equipa de Famalicão, aí tive a sorte de trabalhar com pessoas que me inspiraram, desafiaram e incentivaram a crescer politicamente, mais tarde enquanto vice-presidente em Famalicão quis trazer para

Ribeirão aquilo que conseguimos construir no concelho e, em 2009, criamos cá o núcleo da JP. Cumpri dois mandatos onde trouxemos muitos jovens para a nossa estrutura num momento onde a JSD dominava o universo juvenil local, realizamos várias atividades essencialmente de apoio social e de apoio ao emprego. Por motivos de várias ordens afastei-me da política, repartidos pela sobrecarga profissional e académica e pela descrença que à época senti no meio político. Mais tarde ofereci a minha disponibilidade para contribuir junto do poder local porque mais importante que a cor política e as ambições pessoais é o propósito que nos faz agir: cumprir o nosso dever cívico e ajudar a comunidade. Isto fez-me perceber que o preço que pagamos por deixar que os outros façam é muito maior que as adversidades que encontramos ao longo do caminho político. E neste sentido, em 2016, retomei a minha atividade política na JP e no CDS em Vila Nova de Famalicão, com a perspetiva futura de trazer para os Ribeirenses o bom trabalho que fazemos a nível concelhio. Porquê uma candidatura pelo CDS? A Candidatura pelo CDS pretende, por um lado, voltar a trazer a força que o partido teve no passado em Ribeirão, honrando todos os seus elementos e a obra por eles feita. Por outro, surge de um objetivo (inicialmente) pessoal com mais de uma dezena de anos. Obviamente é necessário percorrer o caminho sem queimar etapas e seria fundamental estar devidamente preparado, não estamos aqui para ser mais um, para ver no que dá ou tentar a nossa sorte, só faz sentido assumir um projeto se tivermos as competências necessárias para fazer a diferença e cumprir o propósito: Fazer crescer a vila e melhorar as condições de vida dos Ribeirenses. E isto vamos fazê-lo independentemente de sermos eleitos

ou não, contudo será mais fácil tendo a vossa confiança. Esta não é uma candidatura repentina que surge em ano de eleições, nas últimas autárquicas a equipa já estava pronta para se apresentar e apesar da experiência política dos elementos que a compõem foi uma decisão bastante inteligente ter esperado pelo momento certo, nestes quatro anos trabalhei todos os aspetos que considero essenciais para nos apresentarmos à comunidade como uma equipa unida, sólida, competente e com a sua visão e missão definidas. Aproveito ainda para felicitar os restantes candidatos por trazerem o debate à vida pública, por mostrarem à comunidade que estão dispostos a despender do seu tempo e da sua dedicação em prol da nossa terra, desejando por fim que independentemente do resultado no final do ano todo o processo de campanha decorra de forma harmoniosa beneficiando a nossa Vila e todos nós.

A nível concelhio existe um acordo de coligação com o PSD. Também é intenção do CDS de Ribeirão manter esta cooperação na candidatura para a Junta de Freguesia? Ou pretendem avançar com um candidato próprio? Existem vários fatores a ter em conta nesta decisão, desde logo, enquanto elemento da Comissão Política do CDS de Famalicão estou em sintonia com este acordo que tem beneficiado os famalicenses nos últimos anos, por outro lado conheço bem a estrutura do PSD de Ribeirão e inevitavelmente são, até ao momento, a estrutura política mais bem preparada para gerir os destinos da vila. Para além da cooperação entre as duas estruturas, existe um outro fator determinante, o candidato co-escolhido por nós (CDS Famalicão) para Ribeirão, o Leonel Rocha. Pessoalmente, foi das pessoas que mais me inspirou desde a minha adolescência, politicamente e como Homem, com a sua visão do conceito de família, a sua

contribuição à comunidade e à paróquia, a forma como lidera e cativa as pessoas e que testemunhei nas atividades em que participei com ele, tenham sido elas recreativas, artísticas, políticas, religiosas e enquanto seu aluno. Isto acontece essencialmente pelo amor que põe em cada projeto e, como resultado, a sua obra em todo o concelho e a marca que deixa nas pessoas falam por si. Enquanto estratégia política, o CDS Ribeirão não só não vê em mais ninguém no presente as mesmas competências, capacidades, experiência e dedicação como encara um enorme privilégio para todos nós poder tê-lo connosco. Por último e mais importante que a minha opinião individual, toda a estrutura do CDS de Ribeirão foi perentória em apoiar esta decisão. Que propostas concretas tem o CDS para o próximo mandato autárquico? Como plano de desenvolvimento da estrutura, o >>>


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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Homenagem no Dia do Combatente

<<< CDS pretende continuar o seu processo de consolidação em Ribeirão, chamar para junto de nós os que pretendem contribuir para o crescimento da vila e do partido e apostar na juventude trazendo novamente a JP à nossa vila, mostrando aos jovens como pode ser lúdico, recompensador e divertido estar na política. Temos consciência que a situação que vivemos atualmente, que tem tido contornos bastante instáveis, determinará o nosso plano de ação, é portanto fulcral nesta fase sermos ágeis e perceber o que a vila e as pessoas precisam ou precisarão nos próximos meses e condicionar as nossas soluções mediante estas necessidades. Ultrapassada esta questão daremos especial atenção à educação, que consideramos já possuir boas condições, mas onde existe ainda um longo caminho a percorrer que pode ditar a excelência nas condições de vida e de felicidade das próximas gerações e como consequência natural o desenvolvimento exponencial da vila e dos seus habitantes no futuro. A ação social é outro foco de atenção do CDS, sobretudo com as consequências que o momento que vivemos trouxe e trará aos Ribeirenses, analisaremos as nossas soluções com as propostas

já existentes em curso com o objetivo de as tornar mais eficientes. É fundamental levar o conhecimento às pessoas de como nos devemos preparar para imprevistos como este, como é nosso dever mostrar que existem muitas soluções que talvez poucos conheçam e a formação nas mais variadas áreas, imprescindíveis para levarmos uma vida feliz e em harmonia, será algo que pretendemos levar muito a sério por estarmos conscientes da sua importância e do seu impacto. Ribeirão sempre foi abundante em casos de sucesso pessoais e organizacionais da nossa gente, temos o desejo de fazer mais reconhecimentos dessa ordem, como este jornal já o faz desde sempre, e usar estes exemplos que temos para nos inspirarmos uns aos outros e crescer enquanto comunidade. Alguma mensagem para os Ribeirenses? Uma das formas de ver a vida que mais me fascina é a de que, enquanto seres (aparentemente) únicos e individuais, todos temos características próprias e missões diferentes, no entanto e também por isso mesmo, todos precisamos uns dos outros e nos completamos para fazer parte de um só, este “um só” é a conceção que eu tenho de

Deus. Quando entendemos isto percebemos que todos temos o mesmo valor independentemente do grau de consciência, qualquer divisão ou exclusão deixa de fazer sentido e percebemos porque Ele dizia que somos todos irmãos. Refletindo nesta ideia e aproveitando esta oportunidade, quero deixar o meu agradecimento a cada Ribeirense, todos vós contribuístes com algo para melhorar a minha vida e continuais a fazê-lo diariamente: Desde o padeiro à senhora da mercearia, dos coletores do lixo aos professores, dos advogados aos empregados de limpeza, dos profissionais de saúde aos músicos, do CCDR à Cruz Vermelha, dos responsáveis do futebol ao pároco, dos construtores civis aos eletricistas, dos empresários aos desempregados (…), tudo o que eu usufruo diariamente nesta vila posso fazê-lo porque todos vós participais desta comunhão de esforços, a minha forma de retribuir passa também por partilhar e colocar em ação o meu conhecimento e a minha experiência no desenvolvimento da nossa terra. Assim sendo, terão da minha parte, assim como de todos os elementos da estrutura do CDS Ribeirão o compromisso de escrever uma página bonita na história desta vila.

No passado dia 9 de abril, Dia do Combatente, o Núcleo da Vila de Ribeirão, por proposta da Liga dos Combatentes, homenageou todos os combatentes da Grande Guerra de 1914-18 bem como também os combatentes da Guerra do Ultramar de 1961 a 1974. A Câmara fez-se representar na pessoa do Dr. Leonel Rocha, Vereador da Cultura e a Junta de Fre-

guesia na pessoa do seu presidente, Adelino Oliveira. Monsenhor Manuel Joaquim presidiu ao acto religioso em memória dos combatentes. Estiveram também presentes alguns sócios à frente dos quais o seu presidente José Ferreira dos Santos. Depois da cerimónia que decorreu junto ao Monumento às Mães e Combatentes do Ultramar, os convidados dirigiram-se

para junto da sede onde foram dirigidas palavras de incentivo ao Núcleo congratulando-se pela obra já executada que exige respeito, gratidão e dignidade. Foi ainda anunciada a data da cerimónia do 11º aniversário que será em 25 de julho de 2021. Todas as entidades presentes fizeram questão de presentear o Núcleo com a sua assinatura no Livro de Honra.

O Núcleo de Ribeirão da Liga dos Combatentes pretende concluir o seu projeto patrimonial alusivo à Guerra do Ultramar. Trata-se de executar uma lápide em granito negro do Zimbabwe de 2 cm. de espessura, com 2,5 m. de comprimento por 2 m. de altura, onde constarão, por freguesias do concelho, todos os nomes dos comba-

tentes caídos em combate. São 62 combatentes identificados pelo Ministério da Defesa Nacional a quem o núcleo pretende prestar esta homenagem. Para conferir proteção e dar dignidade será confecionada uma grade em ferro para proteção pedonal das visitas. O Núcleo pede colaboração de quem puder e quiser

participar. Podem entregar as colaborações diretamente na sede ou por transferência bancária para o NIB 001000004656556000129 (BPI) Ferreira dos Santos, presidente do Núcleo, deixa um apelo final de colaboração: “Temos que ser nós a fazer justiça com amor e patriotismo. Pois querer é vencer”.

Combatentes pedem apoio

Combatentes isentos de taxas moderadoras Já está em vigor a isenção do pagamento das taxas moderadoras no acesso ao Serviço Nacional de Saúde para os antigos combatentes, bastando apenas a apresentação do cartão de utente ou do cartão de cidadão, em qualquer deslocação a uma unidade de saúde. Esta isenção faz parte

de um conjunto de outros benefícios, consagrados no Estatuto do Antigo Combatente que consta da Lei nº46/2020 de 20 de agosto, e é extensivo a viúvas ou viúvos dos antigos combatentes, bem como àqueles que se encontrassem a residir em união de facto reconhecida judicialmente, à data do falecimento do an-

tigo combatente. Esta isenção de pagamento de taxas moderadoras estende-se às consultas, exames complementares de diagnóstico e serviços de urgência, bastando aos beneficiários apresentar o cartão de utente ou o cartão de cidadão, onde conste o número de utente da Saúde.

Siga o CCDR no Facebook @ccdr.pt Dra. Marta Cruz Dra. Luísa Tavares Médicas Dentistas Lic. F. M. D. U. P.

Participamos no programa de saúde oral: Cheques

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12 Pelo Concelho

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Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

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Pré-iniciação e Iniciação ao Instrumento Crianças dos 4 aos 6 anos

Aulas de instrumento, Formação Musical e Classes de Conjunto Instrumentos de Corda, Sopro, Tecla e Tradicionais Maiores de 6 anos

Apoios para fixar jovens e premiar bombeiros voluntários Os jovens famalicenses com idades entre os 18 e os 35 anos, residentes no concelho há pelo menos três anos, vão beneficiar de um conjunto de apoios atribuídos pela Câmara Municipal, nomeadamente redução de IMI, isenção de taxas urbanísticas, isenção dos encargos com os contratos referentes a todos os serviços públicos essenciais do município e aplicação de tarifas sociais de água e saneamento. Para além dos jovens também os bombeiros voluntários do concelho vão beneficiar de um pacote de medidas de apoio. A proposta para a atribuição destes apoios aos jovens e aos bombeiros voluntários foi aprovada na última reunião do executivo municipal, com alteração

do Código Regulamentar sobre Concessão de Apoios. Para o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, com este conjunto de medidas de apoio estamos a criar “condições para que seja atrativa a fixação de jovens no nosso concelho. Criámos, por isso, este mecanismo de discriminação positiva a favor dos jovens”. Em relação aos bombeiros voluntários os apoios atribuídos visam um seguro de acidentes pessoais, ativado pelo município, com a cobertura dos riscos de morte ou invalidez permanente, despesas de tratamento e transporte e incapacidade temporária e absoluta; prioridade na atribuição de habitação social ou apoio à renda pelo município; apoio na promoção

de inserção profissional dos bombeiros desempregados; redução ao mínimo do IMI, isenção de taxas de licenciamento em intervenções urbanísticas, tarifas sociais na água e saneamento, isenção de encargos com contratos, entre outros. Paulo Cunha, em declarações aos jornalistas, afirmou que o município tem “uma grande consideração por este setor. No universo do voluntariado, os bombeiros têm um papel muitíssimo relevante. A comunidade tem que reconhecer os atos heroicos que estas mulheres e homens praticam para proteger a nossa vida e património”. O Código Regulamentar sobre Concessão de Apoios entrará em vigor depois de aprovado em Assembleia Municipal e publicado em Diário da República.

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Pelo Concelho 13

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Famalicão inaugura Praça-Mercado a 25 de abril A renovada e modernizada Praça-Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão vai abrir portas ao público no próximo dia 25 de abril às 9h00. A sessão protocolar de inauguração, com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, do Presidente da CCDR-N, António Cunha, do Presidente da Assembleia Municipal, Nuno Melo e do Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, entre outras entidades, está agendada para as 15h00 e terá transmissão em direto nas páginas oficiais do facebook do Município de Famalicão e da Praça – Mercado Municipal. Durante o primeiro dia do resto da sua vida, a Praça - Mercado Municipal estará aberta ao público até às 18h00, já com funcionamento do Mercado Permanente, Mercado Cíclico, Zona de Restauração e das lojas exteriores. O acesso ao espaço será condicionado em função da situação pandémica, tendo uma limitação de cem pessoas. É obrigatória a utilização de máscara, o distanciamento social e a desinfeção das mãos. Passados sessenta e

nove anos da sua inauguração, o Mercado Municipal renasce com o nome que os famalicenses lhe chamaram ao longo das décadas – a Praça, mas mais moderno, mais atrativo, mais funcional, potenciador de novas experiências aos seus utilizadores. Será um espaço para novas vivências culturais e urbanas, assentes num estilo de vida mais saudável e com mais qualidade, num cruzamento harmónico entre a tradição, modernidade e inovação. A zona de restauração, com esplanada coberta e ao ar livre tem seis restaurantes. O lugar dos frescos destinada a talhos, peixarias, frutaria e flores está equipado com 2 peixarias, 1 talhos, 6 bancas de frutas e legumes, 3 floristas e ainda 2 espaços de queijaria e charcutaria. O Mercado dos Lavradores, que é reservado à venda direta e ocasional de produtos agrícolas, agroalimentares e pecuários por parte dos produtores locais, terá a presença rotativa de perto de quatro dezenas de comerciantes. Nas lojas de rua existem mais de uma dezena de negócios variados, como ar-

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CUNCORTAVE

ranjos de vestuário; retrosaria; drogaria; barbearia; ourivesaria; lavandaria; padaria, restaurante e café snack-bar. Um espaço de cozinha experimental para promoção de workshops, degustações, showcooking e espaços ajardinados para descontrair e respirar, completam as áreas nobres

deste verdadeiro espaço cívico famalicense. A Praça - Mercado Municipal de Famalicão “é muito mais do que um local, é uma dinâmica, é uma forma de produzir e consumir”, refere o Presidente da Câmara Municipal , Paulo Cunha, sublinhando que as portas do mercado “vão

muito além dos limites territoriais”. “A Praça será o espaço âncora de uma nova estratégia de promoção, valorização e divulgação de todos os produtores locais famalicenses, que transcende das fronteiras físicas do mercado”, explica o autarca. Com um custo total de

quatro milhões de euros, a intervenção contou com verbas aprovadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), assinado entre a autarquia e o Programa Operacional Norte 2020, que garantiram um cofinanciamento FEDER de 3,1 milhões de euros.

Famalicão chama músicos para estágio em orquestra Estão abertas as candidaturas para a terceira edição da JOF - Jovem Orquestra de Famalicão. Em 2021 o estágio de orquestra sinfónica de curta duração promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai decorrer de 30 de agosto a 5 de setembro e tem disponíveis 79 vagas para jovens instrumentistas de corda, sopro e percussão. Nesta sua terceira edição, a JOF volta a contar com a direção artística do maestro José Eduardo Gomes, vencedor do primeiro prémio do European Union Conducting Competition. Entre as novidades da edição deste ano está a presença de um solista convidado, o pianista Nuno

Marques - atualmente radicado em Nova Iorque onde desenvolve a sua carreira e dirige o Porto Pianofest- Festival Internacional de Música do Porto - e do compositor convidado Luís Tinoco, diretor artístico do Prémio e Festival Jovens Músicos. As inscrições decorrem até ao dia 7 de maio e destinam-se a jovens instrumentistas oriundos do concelho ou com formação pré-universitária em Famalicão. Os interessados, que podem receber um prémio de participação até aos 550 euros, devem efetuar a sua candidatura no site do município, aqui, onde poderão também encontrar o regulamento da iniciativa.

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O número de vagas está limitado aos 79 participantes, sendo distribuídas pelos instrumentos de cordas (26 violinos; 10 violas; 8 violoncelos; 6 contrabaixos); sopro (3 flautas; 3 oboés; 3 clarinetes; 3 fagotes; 5 trompas; 3 trompetes; 2 trombones tenor; 1 trombone baixo, 1 tuba e 1 harpa) e 4 instrumentos de percussão. O estágio irá integrar ensaios de orquestra na Casa das Artes de Famalicão e ainda três concertos: no dia 3 de setembro na Casa das Artes e nos dias 4 e 5 de setembro ainda com local a definir. A JOF conta também com a colaboração de um Conselho Consultivo constituído por representantes das direções das

instituições de ensino artístico especializado e de ensino profissional de música: CCM – Centro de Cultura Musical, ArtEduca – Conservatório de Música de Vila Nova de Famalicão e ARTAVE – Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Recorde-se que na sua última edição a JOF registou mais de uma centena de inscrições. Muitas das candidaturas chegaram mesmo de fora de Portugal, com a presença de artistas de conceituadas instituições de Ensino Superior da Alemanha, Suíça, Países Baixos e Reino Unido. Mais informações no site do município, aqui, ou através do email jof@famalicao.pt.


14 Cultura

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Lendo e aprendendo

Almanaque do mês de Maio

A história da chiclete Norte, os colonos habituados a mascar tabaco, descobriram a seiva de abeto, que os índios mastigavam para manter a boca húmida e aplacar a sede nas suas longas caminhadas, e juntaram-lhe mel. Taxas sucessivas durante o sec. XIX encareceram o seu preço e foi substituída por cera parafinada, que se vendia nas farmácias. Então um cliente muito peculiar entrou numa farmácia e viu uma menina pedir e mascar aquela cena. De repente iluminou-se-lhe o rosto. O nosso cliente, um empreendedor frustrado, encontrara o negócio da sua vida. Por aquela época, Thomas Adams (1818-1905), aquele cliente, encetava amizade com António de Papua Maria Peres de Kabion, mais conhecido por Lopes de Santana, o general mexicano que comandava as tropas e atacara o presidente do México em onze ocasiões. Depois de vários fracassos políticos, o general decidiu exilar-se e percorrer o mundo. Embora o México tivesse perdido metade do território

Dia 1 - Dia do trabalhador Dia 2 - Dia da Mãe Dia 3 - Dia Mundial da Liberdade de imprensa Dia 5 - Dia Mundial do Coração Dia 9 - Dia da Europa Dia 12 - Dia dos Enfermeiros, Dia Mundial do Comércio justo Dia 13 - Dia dos Museus Dia 20 - Dia dos meios de comunicação social Dia 21 - Dia Mundial da obesidade Dia 23 - Dia Mundial das Forças Armadas Dia 25 - Dia Mundial da África Dia 27 - Dia Mundial dos Bombeiros, Dia Mundial do Folclore Dia 29 - Dia Mundial da Energia Dia 30 - Dia Mundial Sem tabaco, Dia Mundial dos vizinhos

Curiosidades

São precisos 5.000kg de violetas para se fazerem cem frascos de essência destas perfumadas flores, que se destinam ao fabrico de dezenas de litros de perfumes.

Provérbios

Semeia e cria e terás alegria. Chuva em dia de candeias, ano de ribeiras cheias. Não há pior cego do que aquele que não quer ver. Erros médicos, a terra os cobre.

Quadras para os Estados Unidos, incluindo o Texas, isso não foi impedimento para que o general Santana visitasse Nova York em 1860. Adams e Santana deram-se de imediato bem e procuraram uma maneira de aumentar a sua fortuna. O mexicano falou ao gringo do chitli, uma matéria flexível muito popular entre as pessoas pobres do seu país, uma substância para mastigar. Adams teve uma intuição, e convenceu o seu amigo a importar uma considerável quantidade de chitli. Com ela experimentou um substituto económico de borracha para o fabrico

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de pneumáticos. A mistura que dali resultou, porém, nunca dera o resultado desejado. Perante a necessidade de rentabilizar aquela quantidade de chitli, Adam inspirou-se na menina que mastigava resina de parafina na farmácia para produzir a 1.ª chiclete da história, em 1871. As imitações e as inovações sucederam-se. A invenção estendeu-se por toda a América do Norte e depressa se exportou para o resto do mundo.

As estrelas correm, correm, Todas numa carreirinha, Também os segredos correm Da tua boca para a minha. As meninas dos teus olhos, Que lindo espelho, meu bem, Quando te miro e os fito, Vejo meus olhos também

Pensamento

“Gastamos muito mais tempo falando dos nossos inimigos do que elogiando os nossos amigos”, M. Lenoir

Adivinhas

Qual é neste mundo o ser, Que não sabe senão comer?

Resposta: o cozinheiro

Em 1817 vendeu-se a primeira chiclete da história. Porém a sua história era muito mais antiga. De facto tão antiga, como a história da humanidade. Encontram-se restos de substâncias parecidas à chiclete na Finlândia que datam da pré-história. Os antigos egípcios preparavam já rebuçados misturando mel e fruta; em Herculano, encontram-se utensílios para o seu fabrico. Os gregos mastigavam resinas de diferentes árvores, chamavam-lhes “mastic” e reconheciam as suas propriedades médicas: limpar os dentes, estimular as gengivas e favorecer a relaxação. Os Astecas obtinham o “chitli” de resina do “chicozapote” e as mulheres da rua mastigavam-nas para atrair clientela. Por esta razão a matéria chamou pouco a atenção dos conquistadores. Como levar a sua majestade, a rainha Isabel, a católica, uma coisa que as prostitutas metiam na boca?.... No entanto um amplo espetro da sociedade inca mastigava coca, remédio contra o mal de alturas, e esta substância viajou com os conquistadores até à Europa, juntamente com a batata, o tomate e a coca. Durante séculos, ninguém se preocupou com o chitli. Entretanto, nas regiões árticas, mastiga-se gordura de baleia e cartilagem de foca. Na América do

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Ensino 15

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Alunos do Centro Escolar Primavera chega à Escola atentos ao meio ambiente de Lousado

O Centro Escolar de Ribeirão candidatou-se, neste ano letivo, ao projeto Eco-Escolas que consiste na “formação integral dos alunos e o desenvolvimento de competências para o exercício da cidadania e para uma vida mais sustentável.”. Uma iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa- ABAE. Água, resíduos, energia e embelezamento de espaços exteriores são os temas a desenvolver. Separar plástico e papel, poupar água e energia, embelezar os espaços e cuidar das plantas são atitudes a ter em conta. O projeto desenvolve-se no espaço escolar com a intervenção e compromisso dos alunos, mas

“deve estender-se até à família para a sensibilização da mesma na obtenção de uma vida mais sustentável e, consequente, preservação do meio ambiente”. A empresa Resinorte, como um dos parceiros do projeto Eco-Escolas, promoveu o concurso “Faz desta Páscoa, a tua Eco Páscoa” sugerindo a elaboração de modo criativo de um ovo com um metro de altura com materiais recicláveis- papel e cartão. Os alunos das turmas do 4º ano colocaram “mãos à obra” e apresentaram um ovo gigante para alegria dos colegas. Já o embelezamento de espaços exteriores está atribuído aos alunos do 3º ano. Os canteiros estão rechea-

dos de plantas suculentas, aromáticas, feijoeiros e outras. “Ao respeitar e preservar as plantas, os alunos estão a exercer o seu dever de cidadania e a contribuir para o bem de todos”. A Associação de Pais deste estabelecimento de ensino é outro dos parceiros deste projeto. No Dia da Árvore plantou três árvores, da empresa Jardins Carriço, que já se encontram muito desenvolvidas. Também ofereceu pneus e tintas Arga que os alunos do 3º ano pintaram de cores coloridas no dia 16 de abril com muito entusiamo e alegria. Brevemente, serão organizados de modo a fazer composições para servir de base ao cultivo de plantas.

Aves Migratórias de Passagem Ao longo da primeira quinzena de abril esteve patente, no polivalente da Escola de Sapugal, a exposição - Aves Migratórias

de Passagem. O responsável pela exposição, biólogo Vasco Cruz, presente na sua abertura, explicou a todos os presentes o propósito

desta mostra. Todos, e em especial os alunos, ficaram fascinados com a beleza das aves, que todos os anos passam nas Pateiras do Ave.

A Escola de Lousado, a Junta de Freguesia e a Associação de Pais juntaram-se aos professores e alunos e resolveram celebrar o início da Primavera, no final do mês de março, e o regresso ao ensino presencial com a plantação de árvores e fotínias, como marco da esperança renovada num futuro melhor. “Depois de um ano em que fomos obrigados a parar, em que o inverno tarda a sair das nossas vidas, a Primavera traz esperança, cor e luz! A primavera representa o renascimento, a força e o viço da natureza”. A Junta de Freguesia de Lousado assinala este dia reforçando a importância da natureza para o crescimento das crianças, não só pela possibilidade de haver mais sombras nos recreios mas também pela alegria visual que as plantas dão aos espaços.

Argatintas “pinta sorrisos” No âmbito do Plano de Ação da Escola de Lousado para Projeto Eco Escolas, verificou-se que uma das lacunas da escola de Lousado era a inexistência de espaços verdes no recreio. Desta forma, ao longo do ano letivo, foram desenvolvidas diversas atividades para colmatar esta lacuna. No início do mês de abril, com a chegada da Primavera decidiu-se reaproveitar pneus para criação de canteiros de flores embelezando os espaços de convívio e tornando-os mais atrativos. Dada a ligação de Lousado aos pneus, esta atividade teve ainda mais significado para os alunos, que rapidamente puseram mãos à obra. Depois da recolha de pneus usados, estava na altura de os pintar. Uma atividade apoiada pela empresa Arga Tintas, cujo lema “Pintar Sorrisos”, já por várias vezes foi visível nos rostos da comunidade educativa de Lousado. “Com a doação de tintas, ajudou-nos a por este projeto em prática e fez as delícias dos nossos alunos”.

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16 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Curso de cabeleireiro em Ribeirão

Estamos a melhorar para si. Estaremos em obras para melhorar e reformular o nosso espaço.

Continuamos abertos no horário habitual Pedimos desculpa pelos incómodos causados, prometemos ser o mais breves possível

Farmácia Ribeirão Melhoramos por si!

Sandra Silva, natural de Barcelos, tem carteira profissional de oficial de cabeleireiro. Exerce a profissão desde 2010, tem um salão em Ribeirão, na Rua São José nº 37, desde 2016 e agora pretende desenvolver um curso para cabeleireiros. É uma profissional exigente, sempre à procura de novidades, e que exige dos candidatos sempre mais conhecimentos e paixão querendo aperfeiçoar cada vez mais. Trata-se de um curso em parceria com o Centro de Formação Thomas Beauty que dará a conhecer toda a metodologia de ensino internacional. A curto prazo, Sandra Silva pretende que o centro se afirme na região de Ribeirão Têm cursos de cabeleireira inteligente com certificação do DGERT e SIGO, especializações para profissionais, e formações na área da estética. De momento são quase 20 alunos e o que os motiva é o curso ser mais acessível,

o aluno aprende duas vezes mais rápido que os cursos tradicionais. Ensinam-se todos os conceitos, técnicas e tendências do Brasil e da Europa. Os cursos simulam o cenário real de um salão de beleza, preparando os alunos para todos os desafios. Há turmas já a iniciar formação de cabeleireiro e especializações em corte e

colorimetria. Para se inscreverem basta deixar os dados pessoais. Aceitam-se todos os alunos que queiram ter uma carreira profissional independentemente da idade. Os horários são de Segunda a Quinta das 9h às 12h e das 14h às 17h, Sábados das 9h às 13h. Para informações, contactar 935710003.

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Opinião 17

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

A miséria capitalista Pode parecer absurdo ligar a miséria ao capitalismo, quando este sistema económico se apresenta como prosperidade e bem-estar da população a partir da iniciativa privada. Recentemente o primeiro-ministro britânico, o conservador Boris Johnson, afirmou: «A razão do nosso sucesso com as vacinas é o capitalismo, é a ganância, meus amigos». Estas afirmações foram produzidas a propósito do aparente sucesso da vacinação em massa, no Reino Unido, contra a Covid 19. Diz a comunicação social, que este representante dos capitalistas, tentou emendar o que disse, mas já estava dito e a as redes sociais encarregaram-se da sua divulgação. Mas o que ele disse foi a verdade sem filtros, a saltar e a revelar como efetivamente o sistema funciona. Quem assim procede procura não dizer, mas fazer, é de facto a ganância capitalista, nua e crua, que apenas olha para o seu um-

bigo e coloca na miséria aqueles e aquelas que vivem das migalhas que sobra à riqueza. Recentemente os media estiveram focados no Canal do Suez, no Egito, devido à encalhação, naquele espaço, entre os dias 23 e 29 de março deste ano, do gigantesco porta-contentores “Ever Given”. Este canal artificial, foi inaugurado em 17 de novembro de 1869, após 10 anos de construção e fez encurtar a distância entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, em cerca de 7 mil quilômetros. Ao encalhar, o navio ficou atravessado e impediu, durante uma semana, toda a navegação marítima por aquele canal entre a Ásia e a Europa. Isto foi o suficiente para o mundo capitalista fazer disparar o alarme da falta de vários artigos na Europa. Tudo isto porquê? – porque os produtos mais baratos que consumimos diariamente, desde alguns alimentos, medicamentos,

José Maria Carneiro da Costa

Para a maioria não importa o que está por trás destas importações, o que interessa é que estas mercadorias sejam adquiridas baratas e cheguem depressa ao destino para satisfazer o poder devorador daqueles que têm dinheiro e bens. têxteis, chips, smartphones, tablets, computadores entre outros, são importados dos países asiáticos, onde predomina a mão de obra barata, a precariedade abundante, a desregulação dos tempos de trabalho, o trabalho infantil das crianças e a falta de respeito pe-

los mais elementares direitos humanos e ambientais. Podemos acrescentar ainda a importação de matérias primas, dos países mais pobres, como as madeiras, petróleo, gás natural, pedras preciosas, diamantes, prata e o ouro. Para a maioria não impor-

ta o que está por trás destas importações, o que interessa é que estas mercadorias sejam adquiridas baratas e cheguem depressa ao destino para satisfazer o poder devorador daqueles que têm dinheiro e bens. Razão tem o Papa Francisco, ao afirmar por várias vezes: “esta economia mata!” e diz o que pretende: “Quero que pensemos no projeto de desenvolvimento humano integral que ansiamos, focado no protagonismo dos povos em toda a sua diversidade e no acesso universal aos três T: terra e comida, teto e trabalho. Espero que esse momento de perigo nos tire do piloto automático, sacuda nossas consciências adormecidas e permita uma conversão humanística e ecológica que termine com a idolatria do dinheiro e coloque a dignidade e a vida no centro”. Para terminar esta série de constatações, no dia nove de abril, Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da

Organização Mundial de Saúde (OMS), disse que 87% da distribuição das vacinas anti-covid-19 no mundo, foram obtidas pelos países mais ricos, referindo: “nos países mais ricos, uma em cada quatro pessoas já foi vacinada, enquanto nos mais pobres a relação é de uma em cada 500”. Os detentores de riquezas exageradas, parecem que têm iman, que atrai, que cola, que leva a inventar esquemas de corrupção, que faça aumentar as contas bancárias, nos paraísos fiscais, a ganância de mais e mais, deixando povos inteiros a viver na miséria. Que adianta a ostentação e o pecado, guardados dentro de altos muros, que mais parecem prisões, longe dos olhos de todos, perdidos numa angústia existencial? A felicidade verdadeira não deve ter ali morada! Mas ela existe nos rostos felizes das crianças pobres e naqueles que se dão sem pedir nada em troca.

Estatuto do Combatente aguarda pela bazuca europeia? O mundo grita de medo carregado de dor, morte, interesses e acima de tudo proteção dos grandes lóbis que descaradamente acordam entre si qual o primeiro a chegar ao abrigo com os cofres bem cheios. Nós, na retaguarda, observamos as corridas e as faladuras descontroladas, capazes de enervar o paciente mais crítico no seu estado de saúde a prazo. O rigor do processo de vacinação tem contornos esquisitos. No seu todo, existem padrinhos e afilhados, aliás, é o nosso Portugal a navegar à deriva. Porquê? Será que as águas da navegação sem rumo porventura vão ser absorvidas por algum tsunami? Que tristeza, que morosidade, nós combatentes e todos em geral continuamos a aguardar um dia de sol no cemitério da paróquia como se de um cão se tratasse. A classe etária dos 70 e 80 anos luta para resistir, mas os bombeiros vacinados, sempre disponíveis para colaborar, não têm o

famigerado produto “vacina” da tranquilidade e daí a frustração e morte muitas vezes prematura. Continuando a dar voz a quem não tem voz eu, presidente do Núcleo dos Combatentes da Vila de Ribeirão, identifico-me como combatente desolado e magoado. Prometem-se mundos e fundos com notícias em parangonas jornalísticas, bem como nos canais televisivos capazes de ressuscitar defuntos. É verdade, caros camaradas, a promessa havida na Casa das Decisões, onde o Estatuto de Combatente foi aprovado por maioria. Logo a iniciativa necessitou de 60 anos de marginalização e abandono total para ser reconhecida e divulgada há seis meses. Como no dia a dia apareceu com pompa e circunstância a promessa do resultado acordado com efeitos a partir de Janeiro de 2021. Estamos no final do primeiro trimestre e nada. Afinal onde estão os pregadores da verdade? Onde está alguém directamente ligado

Ferreira dos Santos

Estamos no final do primeiro trimestre e nada. Afinal onde estão os pregadores da verdade? Onde está alguém directamente ligado ao processo com responsabilidade legal para dialogar? ao processo com responsabilidade legal para dialogar? Será que emigram? Será que este governo vai continuar a mentir? Será que não há seres humanos capazes de destrinçar a mentira da verdade? Será que alguém do nosso tempo canta de felicidade? Tudo isto revela cobardia, injustiça, traição, e acima de tudo falta de conhe-

cimento histórico. Para uns o top do reconhecimento nomeadamente aqueles da abrilada que destruíram de várias formas famílias inteiras que tudo perderam ingloriamente. Porquê não ter havido um diálogo civilizado? Porquê destruir uma civilização bem suportada pelos casos e costumes dos portugueses metropolitanos? Maldita classe políti-

ca da época que, misturada com traidores assumidos, também aqui em Portugal tentaram instalar a anarquia. Falo assim porque vivi em África “Moçambique “muitos anos, casei e tive família num ambiente de solidariedade, de alegria e futuro próspero. Tudo o vento levou, mas nós combatentes jamais perdoaremos tamanha maldade humanitária. Na sequência deste artigo de opinião, atrevo-me a dizer que a famosa “bazuca” pelo que é dito, é outra falácia, esta também nefasta, vai ser a causadora mortal da nossa indústria, comércio, saúde, agricultura, em suma, toda a nossa economia. Quando politicamente é apresentada como sendo a salvação nacional, exige-se que haja um conhecimento profundo daquela arma e daí concluir-se o que representa na realidade. Então trata-se de uma arma letal formada por um tubo com um percursor, uma mira e finalmente a granada colocada no seu interior pron-

ta a aguardar o seu disparo sempre variável de acordo com as circunstâncias do objectivo. Os resultados na sua maioria são devastadores, deflagrando-se e projectando estilhaços matando e ferindo. Isto na minha perspectiva é violento e mórbido, talvez outra designação democrática salvasse a honra do exemplo. O nosso povo, extraordinário a furar esquemas, está atento à geringonça e daí tirar o melhor proveito sempre querido na demonstração de honestidade, compadrio, fraude. Proponho que fosse substituído bazuca por um lança chamas, arma mais eficaz porque queima o que é nocivo e os resíduos aumentados são fáceis de manusear e eliminar. Haja respeito por todos os portugueses em geral e pelos combatentes em particular. Aos combatentes da Guerra do Ultramar cansados e injustiçados de tanto sofrer aguardam alguém proclamar direitos justos antes de morrer.


18 Opinião

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

O 25 de Abril nasceu há 47 anos pela democracia e liberdade Este é um dia histórico e memorável para Portugal e para todos nós. Foi o nascimento da “Revolução dos Cravos”, o fim de uma ditadura que durou cerca de meio século, e que nós portugueses, amordaçados, não tínhamos liberdade de expressão. No dia 25 de abril deste ano, comemora-se 47 anos deste grandioso “Dia da Revolução e da Liberdade”. Será uma data notável e de sonhos; ou desatenta? Pelo negativo que temos vivido e vivemos como: a descrença nos políticos, o abuso do poder, as clientelas partidárias e políticas erradas. A corrupção, que é um vírus na sociedade e tem custos económicos para todos, desvia por ano em Portugal mais de 20 mil milhões de euros. Impera o impacto do silêncio nos tribunais, nunca culpam os abusadores deixando prescrever os mega processos. O jeito, a cunha, é uma cultura que ajuda a continuação da prevaricação. Altos tubarões e outros são os criminosos deste problema desviante no público e privado. Estes episódios são claramente um vírus bem visível, pior que o Covid -19 e o regime não quer julgar esta gente. É lamentável o que se pas-

sou com a “Operação Marquês”! O juiz deixou cair 172 crimes por prescrição, tudo é moldado em favor destes desfechos. A imagem da Justiça saiu abalada, a opinião pública está descrente e a Democracia vive um grande revés. Abril está amordaçado nos nossos dias com incontáveis injustiças e de leis lamentáveis engendradas no Parlamento. Espera-se mais um processo eleitoral e, como sempre existe um desencanto, devido à falta de honestidade, rigor, coragem e capacidade de liderança em favor de todos. O 25 de Abril de 1974, evidenciou-nos liberdade, democracia, direitos, deveres, responsabilidade, segurança, trabalho, salários justos, justiça digna, igualdade de oportunidades em todos os aspetos, como no ensino, na saúde, na cultura, na partilha, nos impostos. Combate à fraude, à pobreza, a todos os caminhos negativos que mancham a nossa sociedade, sintonia a melhores condições de vida para todo o povo, que presentemente vive a tragédia do coronavírus. A Revolução dos Cravos atravessou períodos de grande perturbação política, na iminência de guerra civil. Só a par-

Firmino Santos

É altura de abandonar de vez atitudes individualistas, de renegar ao egoísmo que caraterizou a nossa sociedade durante estes anos e de trabalhar para o bem comum que se refletirá, necessariamente, na melhoria das condições de vida de cada um. tir do 25 de novembro de 1975, militares moderados, destacando-se o General Ramalho Eanes, reagiram e afastaram do poder a ala minoritária, para novo rumo de Portugal. Salgueiro Maia foi também o rosto do 25 de Abril. Para trás verificamos anos de dedicação, entusiasmo, confiança; foram também anos de sacrifícios acossados pelo maldito joio, mas positivamente foram tempos de muito querer e acreditar num país próspero e fra-

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terno. Os dias tornados em anos, ninguém duvida que foram de luta íngreme, de trabalho contínuo, de provações bem duras, para que as conquistas esboçadas se consolidassem, se ampliassem e gerassem riqueza para os portugueses em Democracia autêntica e responsável. À nossa frente ficou o caminho, a questão de ter coragem e a vontade de o ir tornando transitável, de levantar os obstáculos, de tapar as covas e afastar as ásperas pedras que nos sulcam. Foi um es-

forço conjunto de cooperação, de camaradagem, e de sacrifício que a todos nos apraz. É altura de abandonar de vez atitudes individualistas, de renegar ao egoísmo que caraterizou a nossa sociedade durante estes anos e de trabalhar para o bem comum que se refletirá, necessariamente, na melhoria das condições de vida de cada um. É hora de se acabar com sentimentalismos, que só logram aos medíocres e aos mal-intencionados. É necessário falar menos e produzir mais num país que tem muito para presentear. Que se dê o devido valor ao trabalho honesto, à competência técnica e profissional e a todos os que pretendem um lugar digno dentro da sociedade. É louvável que os que possuem demasiada riqueza, abdicarem de algo em favor dos que nunca tiveram o suficiente para viver e, contudo, anseiam por melhores dias. Nós temos de ser ambiciosos, para poder alcançar a meta de uma sociedade mais justa e próxima. Esta é nossa história, a nossa alma e a nossa convicção para que Portugal seja verdadeiramente grande, livre e digno. É tão atual hoje, como o era no passa-

do, já com nove séculos de existência construímos o futuro. Surgem escritos a diminuir as nossas raízes da memória passada, que nos orgulha como Nação Valente e Imortal. Temos momentos históricos de glória e de menos glória, mas Portugal é e será sempre um país de bem, tolerante e em Democracia. Aspetos históricos nunca devem ser apagados pois fazem parte do nosso passado que nunca nos envergonha. O colonialismo deixou muitas cicatrizes e, não foi só no nosso país. É necessário ultrapassar os entraves que se quer impor desrespeitando os monumentos e brasões, símbolos que se evidenciam em todo o país. Temos de saber ultrapassar os ódios pela Democracia, colocar a dignidade humana e cívica acima das intolerâncias. Não é derrubando monumentos que se consegue apagar o nosso passado, porque a história é o ontem, o hoje e o amanhã. As divisões políticas não fazem futuro e a História faz-se com Paz, União, Liberdade responsável e Democracia. Que novos ventos consolidem o 25 de Abril e o bem-estar dos portugueses.


Opinião 19

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Bons planos para resistir e vencer Portugal tem de aproveitar a oportunidade única do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para transformar o país, económica e socialmente, num território mais resiliente e mais bem colocado no processo de transição climática e digital. Com uma boa execução deste Plano, em 2026, o PIB português poderá voltar à realidade positiva que se verificava em 2019, no período pré-covid. Pretende-se uma sustentável consolidação da estrutura da economia para que Portugal chegue a 2030 melhor do que se não tivesse havido covid e a economia tivesse prosseguido a sua evolução natural, recuperando a queda acentuada de 2020 causada pela pandemia. Trata-se de um Plano que, para ter sucesso, aposta numa execução descentralizada em parceria com um conjunto diversificado de atores aos quais caberá a responsabilidade de definir prioridades. Agora terão três anos para assumir compromissos e outros

três para lhes dar execução, sendo que se falharem estes prazos tal significa que todos vamos perder porque não vamos poder utilizar os recursos disponíveis. Considero muito importante ter sido atribuído um papel central às autarquias locais que serão parceiros executivos num conjunto vasto de componentes. Desde logo, na prioridade no acesso à habitação, na rede de cuidados de saúde primários, na mobilidade e na gestão dos transportes públicos. As autarquias terão ainda o papel de pivots para intervir em comunidades particularmente desfavorecidas, em articulação com as Misericórdias, mutualidades e IPSS, para além de terem ainda que definir as áreas de localização empresarial. Para uma localidade altamente industrializada como é Ribeirão, queria destacar os incentivos contemplados no PRR em relação à transição digital e climática, estimulando-se o ensino superior e cientí-

Nuno Sá

Este Plano é sobretudo diferenciador. Pretende apoiar apenas um conjunto não muito amplo de projetos, mas que sejam sobretudo muito seletivos e tragam uma diferença significativa. fico para que olhem para o produto da sua investigação e que a partir daqui estabeleçam consórcios com as empresas para que possa haver uma transformação inovadora em produtos que melhorem o perfil da nossa economia, através de novas indústrias de maior valor acrescentado. O ideal seria mesmo que a estes parceiros se juntassem

as autarquias locais, disponibilizando estas terrenos ou instalações, o que iria ajudar a territorializar estes focos de inovação com a criação de pontes entre o sistema científico e o mundo empresarial. Este Plano é sobretudo diferenciador. Pretende apoiar apenas um conjunto não muito amplo de projetos, mas que sejam sobretu-

do muito seletivos e tragam uma diferença significativa. Daí que o Governo resolveu alocar ao programa das alianças mobilizadoras 1364 milhões de euros que poderão ainda crescer, se até 2022 se revelar suficiente capacidade de absorção. Para as empresas, haverá apoios diretos de 4.900 milhões de euros, que poderão chegar aos 7.200 milhões de euros para as agendas e alianças mobilizadoras, para a capitalização, para o investimento através do Banco de Fomento, para o emprego, a transição digital, a descarbonização da indústria, projetos de produção de gases renováveis, bioeconomia e para a eficiência energética dos edifícios de serviços. Para além destes apoios e incentivos, e dos cerca de 11 mil milhões de euros destinados a encomendas, as empresas poderão recorrer a ajudas para as qualificações de recursos humanos. Sem dúvida que este é o caminho. Quando Portugal investe no desenvolvimento das competên-

cias superiores na área das ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemáticas está simultaneamente a criar recursos humanos mais qualificados, que ajudarão a aumentar o potencial produtivo e a melhorar a sua produtividade. No Plano da Vacinação, só num fim-de-semana foram administradas 183 mil vacinas contra a covid-19, sendo cerca de 170 mil a profissionais da educação. Foi um grande sucesso que se deve aos profissionais de saúde, aos autarcas, ao coordenador da "task-force" para a vacinação (vice-almirante Gouveia e Melo) e sua equipa. Podemos acreditar no sistema de vacinação e em todas as vacinas devidamente autorizadas pelas autoridades. Graças à vacinação, conseguimos, pela primeira vez, que numa semana não se tenha registado um único óbito em lares devido a covid-19. O ato de vacinação é um dever cívico e um gesto altruísta. Cumpramos os Planos pelo nosso futuro.

duplicação da EN 14 entre a rotunda-sul da Variante Nascente à cidade até à nova rotunda no lugar de Santana, em Ribeirão, lá acabaram por arrancar. Nessa altura logo se colocou a questão de saber quando avançariam as outras fases da intervenção estrutural projetada e, muito concretamente, a nova travessia sobre o rio Ave integrada na denominada fase “Variante à EN 14, entre o Interface Rodoferroviário da Trofa e Santana, com a extensão de 3 km”, cujo procedimento para a elaboração do Projeto de Execução fora, ademais, publicado em Diário da República a 9 de abril de 2015, ou seja, durante o último governo do PSD-CDS/PP. Respondeu o Governo que esta fase avançaria assim que obtida a Declaração de Impacte Ambiental no âmbito do projeto para o atravessamento do rio Ave. Durante muito tempo o Governo foi sugerindo ter submetido à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o Estudo de Impacto Ambiental. Em outubro de 2018, numa visita às obras em curso na

EN14, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques afirmou, perentoriamente, que estava a aguardar a aprovação da APA e que a sua expetativa era que aquela ocorresse antes do final do ano. Mentiu. O pedido só seria apresentado no ano seguinte. O Governo levou 1140 dias sobre a sua tomada de posse a submeter o pedido à APA, 3 anos, 1 mês, e 12 dias. Inacreditável. A Consulta Publica acabou a 29 de outubro de 2019 e a decisão favorável, ainda que condicionada, data de 28 de fevereiro de 2020. O que é que foi feito desde então no sentido de dar cumprimento às condicionantes estabelecidas pela APA? Ninguém sabe, provavelmente terá sido feito muito pouco. Uma coisa parece evidente, o Governo consegue ultrapassar com aparente facilidade as questões ambientais que se colocam à localização do novo aeroporto no Montijo, mas tem enormes dificuldades quando questões da mesma natureza dizem respeito a uma simples ponte sobre o rio Ave.

Ribeirão não é o Montijo Na recente apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirmou o primeiro-ministro que “Já vimos, sucessivas vezes, todo o mundo empresarial a protestar contra o estado em que está a Estrada Nacional 14, a Continental é uma das aliadas mais vocais, reclamando o estado em que se encontra essa infraestrutura e é um investimento que vamos fazer”. Quem andar mais desatento dirá que o facto de o Dr. António Costa ter incluído no PRR a construção da variante à Estrada Nacional 14 e, inclusive, ter o cuidado de destacar este investimento na apresentação daquele Plano, essa circunstância só pode ser interpretada como a demonstração da aposta do primeiro-ministro e do Governo da República em desenvolver, com a maior celeridade possível, uma intervenção estrutural naquela via nacional, simplesmente um dos maiores anseios dos famalicenses e uma das maiores necessidades da região onde nos inserimos. Errado. O que se pode inferir da declaração do

primeiro-ministro é que se não forem os fundos oriundos da chamada “bazuca”, o que não é completamente certo que possam ser alocados à construção integral da variante à Estrada Nacional 14 ligando os concelhos da Maia, Trofa e Famalicão, esta continuará a andar a passo de caracol como até aqui, não por necessidade, mas por opção politica. Recorde-se que, com o país a atravessar uma gravíssima crise, sem financiamento externo ajustado e com os cofres públicos exauridos, o anterior Governo do PSD/CDS-PP, encontrou uma solução infraestrutural diferente da inicial, concertada com os autarcas, menos custosa para o erário público, mas igualmente eficiente. Fruto da solução técnica e financeira que lhe estava associada, a obra foi faseada na sua execução. Em 2015, o então Governo de Pedro Passos Coelho, assinou o contrato para o desenvolvimento do Projeto de Execução da Variante à EN 14, entre o Interface Rodoferroviário da Trofa e Santana, incluindo a nova ponte sobre o rio Ave, e lançou o

Jorge Paulo Oliveira

Se não forem os fundos oriundos da chamada “bazuca”, o que não é completamente certo que possam ser alocados à construção integral da variante à Estrada Nacional 14 ligando os concelhos da Maia, Trofa e Famalicão, esta continuará a andar a passo de caracol concurso do primeiro troço da Variante entre o nó do Jumbo e a Trofa. A verdade é que com a tomada de posse do novo governo socialista, a obra foi primeiro congelada e depois sucessivamente atrasada pelos mais variados e até impuros e falsos argumentos. O novo governo socialista começou por dizer que não existiam projetos feitos, depois que a obra

não estava cabimentada, para mais tarde afirmar que era preciso reavaliar o projeto. Depois dizia ser imperioso que obra se fizesse de forma integral, mas logo de seguida regressou à sua execução faseada, como inicialmente previsto. Num dia a obra avançava a norte, mais tarde a sul, para voltar a começar a norte. Em maio de 2018, com o decisivo apoio da Câmara Municipal, as obras da


20 Desporto

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Sócios do Ribeirão FC dão luz verde à constituição de uma SAD O Ribeirão Futebol Clube vai constituir uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD). A decisão foi tomada pelos sócios do clube por maioria (97,2%) na assembleia-geral, que decorreu no passado sábado 17 de Abril, nas bancadas do Complexo Desportivo de Ribeirão, contando com a forte presença dos associados do clube. Naquela que foi a assembleia mais participada do Ribeirão FC, os sócios do clube mandataram a direcção para elaborar um memorando de entendimento e formalização da SAD do clube, que deverá estar concluída até ao final da presente época desportiva. A constituição de uma SAD surge da necessidade de injeção de capital no clube, que com a pandemia, levou a uma quebra abruta nas receitas (Patro-

cinadores, cotas associados, e receita de bilheteira), daí a necessidade de recorrer a investimento externo e é isso mesmo que vai acontecer, já que 90% da SAD ficará nas mãos dos investidores. Os restantes 10% da sociedade irão pertencer ao clube. De referir que algumas das pessoas que farão parte deste grupo de investidores são os ex-atletas Adriano Teles e Rui Faria, sendo que um dos acionistas maioritários deverá ser Theodoro Fonseca, actual presidente da SAD do Portimonense. Rui Oliveira, presidente do clube, disse ainda aos sócios que foi convidado para ser presidente da SAD, no entanto ainda não deu o seu aval, mas que estava inclinado a aceitar no sentido do clube estar representado na SAD a fim de ter sempre uma palavra a dizer no futuro do clube.

Segundo o presidente do clube, a SAD será responsável unicamente pelo plantel de seniores, e de todo o seu “staff ”, ficando as camadas jovens sobre a alçada da direção do clube, sem interferências da SAD. Até ao final da época será elaborado um memorando de entendimento entre as partes, que depois será dado a conhecer aos associados do clube, para que estes se pronunciem sobre o acordo alcançado. Em suma os sócios deram “carta branca” à direção para negociar o modelo que for mais ajustado aos interesses do Ribeirão FC e dos potenciais investidores da SAD, estando dados os primeiros passos para que o Ribeirão FC tenha uma SAD e possa num futuro breve almejar a patamares competitivos nacionais.

Ruben Gomes

Pró-nacional regressa a 9 de maio O Campeonato da Pró-Nacional tem regresso marcado para 9 de Maio, depois de uma paragem de quase 4 meses, as provas da AF Braga estão de regresso, após autorização da DGS. A temporada 2020/2021 da Associação de Futebol de Braga vai terminar sem despromoções nos campeonatos Pró-Nacional e Divisão de Honra. A medida foi anunciada em comunicado, pela Direcção da AF Braga. De acordo com o comunicado, os campeonatos distritais seniores, “serão realizados numa só fase, a uma volta, homologando-se as respetivas classificações”. O campeão distrital do campeonato Pró-Nacional será apurado em dois jogos (casa/fora), entre os dois clubes vencedores das duas séries da competição. A finalizar a comunicação aos clubes, a Associação de Futebol de Braga indica que “todas estas decisões estão dependen-

tes da evolução epidemiológica no País e no nosso Distrito”, conforme têm afirmado as autoridades governamentais e de saúde, pelo que apela “a que as regras atualmente impostas pelo Estado de Emergência em vigor, sejam integralmente cumpridas, para que possamos regressar à nossa atividade de acordo com as datas definidas pelo Governo Português”.

Calendário para restante época na AF Braga está definido

Segundo o calendário as provas vão terminar a 20 de junho com o Apuramento de campeão no Pró Nacional No comunicado emanado pela AF Braga, revelou o calendário para a conclusão dos campeonatos Pró Nacional, Divisão de Honra e 1ª Divisão, que, recorde-se, será dado como concluído no final das respetivas primeiras voltas, como já tinha sido anuncia-

do no plano de retoma. No fim-de-semana de 8 e 9 de Maio, o regresso far-se-á com a 7ª jornada do Pró Nacional. Seguem-se jornadas dos respetivos campeonatos a 16, 23 e 30 de Maio. Já a 6 de Junho joga-se a última jornada dos campeonatos. No dia 13 de Junho terá lugar o encontro da primeira mão do apuramento de campeão do Pró Nacional, e a 2ª mão será disputada a 20 de Maio. Nesta altura o Ribeirão ocupa a 2ª posição com 13 pontos menos 3 que o líder GD Joane. Aos ribeirenses faltam disputar cinco partidas, 3 na condição de visitado (CD Ponte, Sta. Eulália e GD Porto D’Ave) e 2 fora, na condição de visitante (Desp. Ronfe e Caç. Taipas). De acordo com a AF Braga, os jogos em atraso serão marcados durante a semana, sendo as quartas-feiras os dias preferidos.

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RG

Formação regressa na AF Braga com o “Torneio da Esperança” AF Braga prepara regresso para quatro escalões a partir de 15 de Maio, numa prova que durará mês e meio A Direção da AF Braga, está a preparar o regresso da Formação, que poderá regressar em contexto competitivo a partir de 15 de Maio. Ainda sem certezas, em relação ao que vai ser feito, até porque está um pouco dependente da vontade dos clubes em participar. É esse trabalho que está a ser feito por esta altura, com a certeza que cada clube só poderá participar com uma equipa, porque a competição vai ser curta, como refere Manuel Machado. “Vamos mandar para o clube um memorando, para perceberem se querem participar e em que escalões,

mas só vamos admitir uma equipa por escalão de cada clube, porque o timing é muito curto, só teremos mês e meio de competição”. O objetivo para já é ter quatro escalões em prova, mas poderão ser mais: “A ideia é colocarmos a jogar os Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores, se virmos que também podemos meter aqui os Benjamins também vamos fazê-lo”, afirma o presidente da AF Braga. A prova poderá arrancar a partir de 15 de Maio, para terminar no último fim de semana de Junho. Pouco mais de mês e meio de prova que deverá chamar-se Torneio da Esperança. “Não vamos fazer um campeonato, o que vamos fazer é um género de torneio, temos estado a falar e

poderá muito bem se o Torneio da Esperança, pois temos que dar uma esperança aos miúdos. Em cada escalão haverá um vencedor, que terá um prémio, no final”. Manuel Machado sabe da intenção de alguns clubes em participar, mas sabe também que muitos outros vão apenas treinar e realizar jogos amigáveis com outras equipas. A direção do Ribeirão FC ainda não se pronunciou sobre o assunto, sendo que ainda estão a estudar toda a informação emanada pela DGS e pela AF Braga, para fazer uma retoma dos treinos e jogos em segurança e de forma responsável, sendo que irão comunicar aos atletas e pais todas as decisões.

RG


Desporto 21

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

CCDR abre a época de competições Atleta

Prova

Resultado

Alessandra Silva

150 metros

21,98 s.

Ana Fernandes

150 metros

21,22 s.

150 metros

17,25 s.

300 metros

37,04 s.

Inês Ramalho

150 metros

19,75 s.

Joana Junqueira

300 metros

58,64 s.

150 metros

18,32 s.

300 metros

39,69 s.

150 metros

19,63 s.

Gabriel Maia

João Juncal Margarida Cunha

Margarida Martins 1500 metros 6:00,51 m. Pedro Juncal Pedro Rodrigues Tiago Pereira

O Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão (CCDR) abriu a época de competições de ar livre, com a presença no Torneio de Abertura, realizado no dia 10 de abril, na Pista de Atletismo Gémeos Castro,

em Guimarães. Uma semana após o início da 1ª fase do plano de desconfinamento, os atletas do CCDR voltaram às pistas, numa competição organizada pela Associação de Atletismo de Braga, eviden-

ciando uma enorme vontade em recuperar as rotinas competitivas que lhes foram vedadas durante muito tempo. A época de verão decorrerá até ao mês de junho e julho, meses onde se realizarão os cam-

150 metros

19,72 s.

150 metros

17,88 s.

300 metros

38,12 s.

150 metros

18,44 s.

peonatos nacionais de esperanças. Juniores e juvenis. Neste Torneio de Abertura o CCDR participou com uma comitiva de 11 atletas, com os resultados apresentados na tabela.

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22 Desporto

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Ribeirão Basket prepara o futuro O Ribeirão Basket retomou a atividade desportiva no passado dia 19 de abril, marcando o regresso aos treinos dos escalões de formação e não só. Muito trabalho foi feito nesta paragem forçada derivada à pandemia. Destacam o trabalho árduo e empenhado de toda a estrutura do Ribeirão Basket na preparação e acabamento do novo espaço para treinos e jogos na escola da Portela, que será também a sede do clube. Por todo o trabalho desenvolvido, assim como

todo apoio dado para este novo espaço que em breve estará disponível, o Ribeirão Basket aproveita para deixar aqui “um agradecimento público em nome de toda a estrutura do clube, à Câmara de Vila Nova de Famalicão e Junta de freguesia de Ribeirão, sem estes nada do que criamos seria possível. Mais uma vez o nosso Obrigado”. Com o apoio também de federação portuguesa de basquetebol, em mais uma medida de apoio à Retoma da Atividade dos escalões de formação, o Ri-

beirão Basket irá receber teste TRag, que serão obrigatórios fazer até 72 horas antes de iniciar os treinos pelos atletas. “Só assim em conjunto com outras medidas já elencadas no passado conseguiremos uma retoma da atividade desportiva com máxima segurança”, acrescentam. E terminam: “Juntos conseguiremos ultrapassar esta pandemia, que a todos de algum modo tem prejudicado. Estejam atentos às redes sociais muito em breve anunciaremos mais novidades. Até lá stay safe e juntos seremos mais fortes”.

Necrologia Joaquim Rego Mendes, casado com Branca Maria Buisson da Silva Mendes, residente na Rua de Bragadela faleceu em 01-04-2021 com 82 anos de idade. Lúcia Santos e Sá, viúva de Mário da Silva Costa, residente na Av. Rio Veirão faleceu em 23-032021 com 83 anos de idade. Francisco de Oliveira Carvalho, viúvo de Maria da Conveição Gomes Pin-

to de Carvalho, residente na Bougado faleceu em 22-03-2021 com 85 anos de idade. Manuel dos Santos Cruz, viúvo de Elisabete da Conceição Moreira da Costa Santos, residente na Rua da Guiné faleceu em 22-03-2021 com 69 anos de idade. Manuel Gamilo de Campos, viúvo de Maria Amélia de Azevedo Pereira, residente na Av. Aldeia Nova faleceu em 22-

03-2021 com 88 anos de idade. Rosa Gonçalves de Figueiredo, viúva de António da Silva Santos, residente na R. Escola das Boucinhas faleceu em 2203-2021 com 95 anos de idade. Olívia Ferreira da Cruz, solteira, residente na Rua da Gesta faleceu em 21-03-2021 com 90 anos de idade. Funerária Ribeirense

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Cultura 23

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Cuidados a ter na peregrinação a Fátima A maior peregrinação a pé a Fátima aproxima-se. Então, nada mais útil do que dar a conhecer os conselhos de um Podologista nos cuidados a ter antes, durante e após a longa caminhada a efetuar. Naturalmente, o primeiro e maior conselho que vos pode ser dado é: consultem um Podologista pelo menos 1 mês antes de partirem. O Podologista irá fazer um exame adequado e completo e informar sobre qual o melhor calçado para o cada tipo de pé. O uso de suportes plantares personalizados devem ter um maior tempo de adaptação (usar durante cerca de 2 meses antes da peregrinação, com uma adaptação gradual) antes da peregrinação. Podem usar palmilhas standarizadas desde que as mesmas não tenham qualquer tipo de relevo. Vamos, então, aos conselhos gerais: Usar sempre meias, de algodão e, de preferência, sem costuras. O uso de meias é fundamental não só para a absorção da

transpiração como também como forma de evitar a fricção no sapato, evitando a formação de flictenas (bolhas). De algodão porque é um material natural e de grande poder de absorção da transpiração. Não usar pó direto no pé para absorver a transpiração. O excesso de pó no pé irá formar uma pasta entre os dedos promovendo o ambiente ideal para a proliferação de fungos e para a maceração da pele. Deve-se colocar um pouco de pó na meia e no sapato e, na pele, optar por colocar o famoso "Betadine" com a ajuda de um algodão em disco. O Betadine irá não só controlar a transpiração como também prevenir o aparecimento de micoses. Usar calçado (Sapatilhas/ Ténis) "velhos". Não se deve comprar calçado só para ir à peregrinação. O calçado a utilizar deve ser sapatilha/ ténis de caminhada mas que já tenha a "forma" do seu pé "memorizada". Ou seja, quando se compra um sapato novo,

Estatuto Editorial n

O Viver a Nossa Terra é um jornal regional de publicação mensal com exceção para o mês de agosto. n  O Viver a Nossa Terra procura informar os seus leitores dos acontecimentos ligados à sua área geográfica e com pertinência pública. n  O Viver a Nossa Terra procura informar e acompanhar a realidade local com rigor. n  O Viver a Nossa Terra tem como princípios a isenção, a objetividade e o respeito pela dignidade humana. n  O Viver a Nossa Terra é um jornal independente e ideologicamente livre. n  O Viver a Nossa Terra respeita o valor da liberdade e da democracia. n  O Viver a Nossa Terra quer dar voz a iniciativas locais e ideologias diferenciadas, contribuindo para a formação de cidadãos livres, informados e participativos. n  O Viver a Nossa Terra valoriza a diversidade de opiniões e a discussão franca e aberta no respeito institucional e no respeito da lei e dos direitos individuais. n  O Viver a Nossa Terra quer chegar a todos os cidadãos sem acepção económica, ideológica, política, social, desportiva, cultural ou religiosa. n  O Viver a Nossa Terra procura a maturação e desenvolvimento dos seus conteúdos fugindo do sensacionalismo ou populismo. n  O Viver a Nossa Terra pretende estar na primeira linha dos avanços tecnológicos favorecendo o acesso digital à informação. Nos termos do artº 15.º da Lei de Imprensa com a alteração introduzida pela Lei n.º 78/2015, de 29 de julho

nas primeiras vezes que se usa, o pé ainda está a fazer a sua "cama" no mesmo. Se se for caminhar sem essa "cama", sentir-se-á mais cansaço, dores musculares e mais bolhas surgirão.

Não usar chinelos. Por incrível que possa parecer, ainda há muita gente (principalmente mais idosos) que faz esta longa caminhada de chinelos. E porque não se deve fazer? Primeiro porque não permite ao pé estar relaxado. Quando se usa chinelos, os nossos dedos estão sempre em "garra" de forma a segurar o chinelo e este não ficar no caminho. (Experimente usar chinelos com os dedos esticados/ relaxados.) Logo, os músculos da perna estarão sempre em tensão, contraídos, provocando mais cansaço e dores musculares. Os sapatos de caminhada são as sapatilhas/ ténis e não chinelos/ sandálias. 5 - Não usar linha nas bolhas! Se surgir alguma bolha durante a caminha, não devemos furar deixando ficar a linha. Pode-se furar com uma agulha devidamente desinfetada e aplicar betadine, sem retirar a pele que fica solta. Se deixar ficar a linha (por muito álcool que tenha) esta será um meio

Não usar sapato apertado. Durante o dia, o nosso pé "incha" cerca de 1 número. Durante o desporto/ caminhada, pode aumentar até dois números! Por isso, é importante que o pé tenha espaço. Arejar os sapatos durante a noite. O ideal seria ter dois pares de sapatilhas/ ténis para ir alternando entre uns e outros para que o sapato tenha oportunidade de secar e de arejar. Se não for possível, durante a pausa maior, deve-se deixar o sapato ao ar para que ele possa arejar e secar o máximo possível (numa janela ou varanda). Usar máscara de proteção e manter a distância social. O corona vírus continua bastante ativo e todos os cuidados continuam a ser necessário quer se tenha sido vacinado ou não. A vacina não impede ninguém de apanhar o vírus e muito menos de o transmitir! Cuide de si e dos outros!

Marta Carvalho, podologista Facebook: /saudepelasmaos

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de propagação de infeção (o álcool evapora e depois de evaporar, nada fica a não ser a linha). Se se sentir que está a formar bolha, deve-se aplicar logo betadine e verificar o que está a magoar o pé. Beba água, muita água! Prepararmo-nos para este desafio nos dias prévios é fundamental. Não adianta beber água só enquanto caminha. Deve-se começar por beber mais água nos dias anteriores para evitar desidratação. Convém relembrar que, se sem caminhar o nosso corpo necessita de 1,5l de água/ dia, nos dias prévios e durante a caminhada necessitamos de 2 a 3l de água/dia! Aplicar hidratante nos pés diariamente. Após o banho, deve-se aplicar creme nos pés (exceto entre os dedos) e nestes dias não é exceção. Além de os hidratar, está-se a fazer uma automassagem o que lhe dará um bem-estar e relaxamento extra, permitindo que o caminhar no dia seguinte seja mais "leve"

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NIB 0035 2112 00026130230 25 Farmácias de serviço - Maio Moreira Padrão 1 6 11 16 21 26 31 Ribeirão/Sanches 2 7 12 17 22 27 Trofense 3 8 13 18 23 28 Barreto 4 9 14 19 24 29 Nova 5 10 15 20 25 30

Ficha Técnica

Jornal “Viver a Nossa Terra” Número de Registo: 115254 Depósito Legal: 19.814/90

Propriedade e Edição: Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão Número de identificação de pessoa colectiva: 501 828 567

Director: Miguel Maia Directora de Conteúdos: Gabriela Gonçalves Conselho Redactorial: Miguel Maia, Gabriela Gonçalves, José Couto, Joana Batista, Manuel Oliveira, Pedro Couto Paginação: Pedro Couto

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Quantia:____________ Anos:________________________ Entregue na sede do CCDR ou envie o cupão, devidamente preenchido para: CCDR, Av. 3 de Julho, Aptd 7039, 4764-908 Ribeirão Pode também entregar Assinatura no Quiosque Central anual: 10 € (em Frente à Junta de A cobrança será feita anualmente Freguesia de Ribeirão) com entrega do respectivo recibo.

Colaboradores: Aurélia Azevedo, Esmeraldina Carneiro, Jorge Paulo Oliveira, Firmino Santos, Leonel Rocha, José Maria Carneiro Costa, Maria João Rodrigues Marta Carvalho, Maurício Sá Couto, Nuno Sá, Estúdio Sá (fotografia), Joaquim Almeida, Leonor Matos, Pedro Oliveira (Atletismo), Rúben Gomes (Futebol). Gestão financeira: Florinda Silva Publicidade: Ana Mesquita, João Santos Assinaturas e Expedição: Ana Isabel Oliveira, Olívia Moreira

Impressão:

Diário do Minho, Limitada Sucessora Rua de Santa Margarida, nº 4, 4719 Braga. Sede do CCDR, Viver a Nossa Terra, Escola de Música do CCDR: Av. 3 de Julho, 92 - Vila de Ribeirão Apartado 7039 - 4764-908 Ribeirão Telefone/Fax: +351 252 493 015 e-mail: jornal@ccdr.pt Tiragem média: 2000 exemplares


24 Ribeirão

Viver a Nossa Terra, 24 de Abril de 2021

Já viu o que o CCDR tem para si? Escola de Música

Violino  n Piano n Órgão n Viola Flauta  n  Formação Musical  n Cavaquinho Horários a combinar entre aluno e professor

Escola de Atletismo

EB 2,3 de Ribeirão GINÁSIOàs DAS20h00 PISCINAS DE RIBEIRÃO - CCDR 3.af - 5.af - 6.af das 18h30 ES Camilo Castelo Branco DAS PISCINAS DE RIBEIRÃO CCDR 2.af - 4.af das 18h30GINÁSIO às 20h00; Sáb. das 10h00-às 12h00

Aulas de grupo no Ginásio das Piscinas

SEG

TER

SEG Local 12h30 -13h10

TER

QUA

Local / Indoor

QUA

Cycling 12h30-13h10

Local / Indoor

Local 12h30 -13h10

Cycling 12h30-13h10

QUI

QUI Pilates 12h30-13h10 Pilates 12h30-13h10

SEX

Local / Indoor

SEX

Cycling 12h30-13h10

Local / Indoor Cycling 12h30-13h10

Pilates 18h40-19h20

Treino Funcional 18h40-19h20

Local 19h00-19h40

Crossmove 18h40-19h20

Indoor Cycling* 18h40-19h20

Local Pilates 19h40-20h20 18h40-19h20

Pilates Treino Funcional 19h40-20h20 18h40-19h20

Local 19h00-19h40

Body Jump Crossmove 19h40-20h20 18h40-19h20

Dumbbells Indoor Cycling* 19h40-20h20 18h40-19h20

Yôga Local 20h40-21h20 19h40-20h20

Crossmove* Pilates 20h40-21h20 19h40-20h20

Karaté Shotokai 20h30-21h15

Pilates Body Jump 20h40-21h20 19h40-20h20

Karaté Shotokai Dumbbells 20h40-20h25 19h40-20h20

Crossmove* 20h40-21h20

Karaté Shotokai 20h30-21h15

Pilates 20h40-21h20

Karaté Shotokai 20h40-20h25

Setembro 2020

* Ainda Yôga sem minimo de inscrições para funcionar.

20h40-21h20

Informações e inscrições Sede do CCDR

Segunda a Sexta das 18h00 às 19h30 Sábado das 10h00 às 12h00 Tel.: 252493015 - Email: geral@ccdr.pt

Viver a Nossa Terra

Setembro 2020

* Ainda sem minimo de inscrições para funcionar.

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