Vivacidade ed. 85 - Setembro 2013

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0,50€

P.24 e 25

Política Entrevistámos os vereadores da Câmara de Gondomar Balanço do final do mandato é positivo V

Grande Reportagem com o Sousense, Gondomar, Rio Tinto e S. Pedro da Cova

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Futebol: Os grandes de Gondomar

P.10 a 17

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Arménio Martins de “relações cortadas” com Marco Martins Vereador queria ser quinto lugar da lista à Câmara e acusa candidato e presidente da Concelhia do PS de “faltar à palavra” P.8

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Marco Martins quer uma Avenida da Conduta melhor Conheça os projetos dos restantes candidatos P.19 a 22

Desporto

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Rali de Gondomar: competição arranca já no dia 13 de setembro P.19 a 22

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OFERTA: 10 bilhetes duplos para o espetáculo “Balas & Bolinhos - Mesmo à frente do teu focinho!” a 5 de outubro no Multiusos de Gondomar P.37


2 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Editorial Autárquicas 2013 ao minuto

José Ângelo Pinto

www.vivacidadeautarquicas2013.com

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Caros Leitores, Esta edição do Vivacidade não podia deixar de estar repleta de política. A duas semanas das eleições que vão decidir quem vai dirigir as autarquias, os diversos partidos e forças concorrentes multiplicam-se em ações ditas de campanha para procurar alinhar os seus e trazer novas forças para o esforço. Até aqui se percebem os estilos de liderança dos intervenientes, pela capacidade que têm de atrair elementos fora do seu espaço natural e pela capacidade de gestão e organização que cada partido ou movimento consegue transmitir. Mas os partidos e movimentos de cidadãos são tradicionalmente muito desorganizados e com muita dificuldade em mostrarem coisas concretas, como planos de acção ou até mesmo programas dignos desse nome. Eu queria neste editorial referir algumas das medidas que os candidatos estão a propor. Mas, apesar de todos os candidatos estarem a dar muita importância à sua campanha online, quer na simples página na internet quer nas redes sociais, não consegui encontrar um programa digno desse nome. Para nenhum dos candidatos. Desafio todos a que rapidamente o façam, pois conhecer o que pretendem fazer devia ser a base da decisão dos votantes… PUB.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

POSITIVO A Banda Musical de Gondomar atuou pela primeira vez em Espanha, no dia 17 de agosto. No ano de comemoração do 150.º aniversário, a banda mantém a dinâmica de divulgação da cultura do concelho, tendo atuado também na Casa da Música, no Porto.

Breves Página 4 Política Páginas 8 a 23 e 27 a 35 Desporto Páginas 24 a 26 Sociedade Páginas 36 a 38 Empresas & Negócios Páginas 39 a 41 Opinião Páginas 42 a 44

NEGATIVO No passadiço da marginal do Douro que liga a Ribeira de Abade a Gramido, em Gondomar, podem encontrar-se vários buracos e pavimento desnivelado. A situação tem vindo a agravar-se e pode ser um fator de perigo para quem caminha diariamente na marginal.

Emprego Página 45 Lazer Página 46

Próxima Edição 26 de setembro

Paulo Santos Silva

Professor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso Passado O papel da mulher nos emprazamentos

Um dos aspetos interessantes do estudo da documentação do Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto e, talvez o mais ignorado, é o de saber qual a importância e relevo do papel da mulher em atos importantes como os de emprazamento. Se sabemos que o contexto feminino tem uma importância notória no caso do Mosteiro de Rio Tinto, instituição do ramo feminino da Or-

Sumário:

dem Beneditina, no que se refere ao contexto exterior ao mesmo pouco sabemos a nível local. Assim, para um conjunto documental de 148 cartas de emprazamento, datadas entre os séculos XV e XVI, constata-se que em 53 (36%), a mulher claramente não está presente no ato, em 72 (48%), não é referida especificamente a sua presença ou ausência, em 14 (10%), está presente no ato, em

7 (5%) é a ou uma das principais emprazantes e em apenas 1 (1%) atua como procuradora do marido. Isto parece mostrar que a presença da mulher em atos oficiais como este não parece representar uma significativa importância, pois no seu conjunto, parece predominar neste, como em outros aspetos nesta época, o elemento masculino. No entanto, nota-se que a mulher assume um papel presencial e mesmo de destaque em alguns destes atos, pois não havia nada que impedisse uma mulher, viúva ou não, de poder ser emprazante de um prazo ou mesmo de poder ser representante do marido ausente no estabelecimento de negócios jurídicos tal como a obtenção de um emprazamento.

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (TP-1732) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Isabel Nunes, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Pedro Santos Ferreira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org



4 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Breves CNE repõe cartaz do PS

PS apresenta projeto para Areosa Marco Martins, candidato pelo PS à presidência da Câmara Municipal de Gondomar, apresentou no dia 31 de agosto, em Rio Tinto, um projeto de reconversão e revitalização do Mercado da Areosa. Concluir o palco e respetivas infraestruturas, colocar a venda exterior na praça central coberta, instalar a esquadra da PSP no rés-do-chão e criar uma tarifa de estacionamento para clientes são algumas das medidas apresentadas. Marco Martins assumiu que este projeto seria executado já em 2014 e que deverá custar cerca de 150 mil euros.

Sentimentos Rui Gomes A Comissão Nacional de Eleições (CNE) decidiu, após participação do PS de Gondomar contra a Auto Estradas do Douro Litoral (AEDL) e a Brisa, repor o cartaz de propaganda na rotunda junto ao nó de acesso à A41, em Medas. O cartaz dos socialistas ti-

nha sido removido pela Brisa, que optou por manter o outdoor do Movimento Independente, colocado no mesmo local. A decisão da CNE baseou-se na inexistência de “argumentos que fundamentem o tratamento diferenciado às candidaturas em causa”.

No dia 6 de agosto faleceu a esposa do jornalista e amigo Rui Gomes, responsável pelo jornal “Repórter de Gondomar”. A direção e

redação do Jornal Vivacidade deixam assim os seus sentimentos e o apoio a Rui Gomes e à família.

Exposição Gens ‘Arte 2013 No dia 13 de agosto foi inaugurada a exposição “Gens ‘Arte 2013” na Cripta da Capela de Gens, em Foz do Sousa, Gondomar. O evento promovido pela Associação Gens ‘Arte, fundada em 2003, decorre anualmente com o objetivo de divulgar obras de artistas consagrados e promover o trabalho de novos talentos. A 14º edição da Gens ‘Arte contou com a presença de 15 artistas e apresentou obras de pintura, desenho e artesanato.

Emídio Gomes tomou posse como Presidente da CCDR-N

Maria João Marinho inaugura sede de candidatura Gondomar com Esperança A cerimónia de tomada de posse do novo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes, decorreu no dia 9 de agosto e contou com a presença de Miguel Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, e de Jorge

Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. O atual diretor da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica vê assim reconhecido o trabalho que vem desenvolvendo nalgumas das mais importantes instituições do norte.

Grupo Desportivo de Baguim do Monte comemorou 35 anos

O Grupo Desportivo de Baguim do Monte celebrou, no dia 1 de Agosto 2013, o 35º aniversário. Na cerimónia realizada na noite do dia 31 de Julho, a Presidente da Direção, Fernanda Pereira, fez um balanço das várias atividades que o clube tem e solicitou

ajuda à Câmara Municipal de Gondomar e à Junta de Freguesia de Baguim do Monte para uma intervenção urgente no edifício da sede social. Os grupos “Kids Dance” e “Grupo Dança Localizada e Zumba” animaram a noite.

A candidata da coligação Gondomar com Esperança (PSD/CDS-PP) à Câmara Municipal de Gondomar inaugurou, no dia 26 de julho, a sede da concelhia, situada na Avenida Dr. Mário Soares, em S. Cosme. “A porta vai estar sempre aberta”, sublinhou Maria João Marinho. Em noite de festa, a candidata à Câmara de Gondomar não se esqueceu do “longo caminho a percorrer”, com um “programa ambicioso mas realista” e, em declarações ao Vivacidade, reforçou a abertura da sede à sociedade. “Vai ser uma sede para toda a gente de Gondomar, independentemente da cor, idade e ideologia. A porta vai estar sempre aberta”, referiu. Segundo Maria João, a sede “vai oferecer a possibilidade das pessoas darem as suas opiniões, ideias e apresentarem projetos para fazermos um programa com toda a gente envolvida”. Já sobre o facto de a sede estar situada no mesmo edifício em que Valentim Loureiro

teve a sua nas eleições de 2009, a candidata sorriu e considerou uma “mera coincidência”. “Estamos a subir a rua e ele estava na parte de baixo da rua”, disse. A cerimónia serviu também para a coligação apresentar a comissão de honra da candidatura, que deu lugar à apresentação de Mário Soares Filipe, candidato da coligação à Assembleia Municipal de Gondomar. “Seriedade, dignidade, competência e dedicação”, pediu o candidato, naquela que considerou ser “a hora de recuperar a dignidade e honradez do nosso povo”. O ortopedista nascido e criado em Rio Tinto, prometeu “ser firme nas decisões a tomar”, caso venha a ser eleito presidente da Assembleia. Maria João Marinho lidera a lista da candidatura PSD/ CDS-PP à Câmara Municipal de Gondomar, acompanhada por Rui Quelhas, Sofia Martins, António Aguiar, Paulo Diogo, Paula Santos e António Torres.




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Incêndios arrasam concelho de Gondomar O concelho de Gondomar viveu um mês de agosto difícil, com os incêndios registados em Baguim do Monte, Rio Tinto, Foz do Sousa e Covelo. Os bombeiros das várias corporações gondomarenses não tiveram “mãos a medir” e viram-se obrigados a solicitar a ajuda de bombeiros de Lisboa e Leiria.

No dia 28 de agosto, nas instalações da Artame, em Baguim do Monte o combate às chamas numa fábrica de panelas mobilizou sete corporações de bombeiros. O fogo de grandes proporções só foi dado como extinto ao fim de cerca de

quatro horas e após ter consumido grande parte das instalações, que armazenavam produtos químicos utilizados no fabrico das panelas. Para dominar a ocorrência foram necessários vários homens, carros pesados e duas autoescadas, uma de Gondomar e outra de Valongo. A causa do incêndio ficou por apurar. No entanto, foi no dia 1 de setembro, em Covelo e na Foz FOTO: DR

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Na foto: incêndio na Foz do Sousa durante o jogo Sousense - Moura

do Sousa, que se registaram as situações mais preocupantes com suspeita de ação criminosa. Os incêndios de grandes proporções que dizimaram Foz do Sousa e Covelo provocaram estragos em vários barcos, carros, casas, deixaram várias pessoas em perigo e uma nuvem negra gigante sobre Gondomar. O fogo que obrigou à retirada de dezenas de habitantes só ficou dominado pelas 23h. De acordo com a Proteção Civil, durante o dia estiveram no terreno 260 operacionais, apoiados por 75 veículos e sete meios aéreos, incluindo cinco aviões bombardeiros pesados. O acontecimento deixou mais uma prova da solidariedade existente entre as várias corporações de bombeiros do país que não hesitaram em acudir os bombeiros de Gondomar.

FOTO: RVC

Texto: Pedro Santos Ferreira

Incêndio em habitação Os bombeiros da Areosa-Rio Tinto, Gondomar e Valbom foram alertados, no dia 27 de agosto, para um incêndio numa habitação na Rua Florbela Espanca, em Rio Tinto. O fumo negro que saía da janela de um andar no rés-do-chão chamou a atenção de um morador do prédio que alertou a polícia e os bombeiros. O apartamento encontrava-se vazio, mas os estragos do incêndio deixaram uma família com um menino de quatro anos desalojada. Ao Vivacidade, José Silva, proprietário da casa confessou ter sido “apanhado de surpresa”.


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Política

Especial Autárquicas 2013

Vereador Arménio Martins acusa Marco Martins e Luís Filipe Araújo de “falta de palavra” Esteve para ser o candidato à União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim - disse ao Vivacidade - e queria ser o quinto lugar na lista de Marco Martins à Câmara de Gondomar. Arménio Martins sente-se enganado e “cortou relações pessoais” com o candidato do PS e com o Presidente da Concelhia, Luís Filipe Araújo. Ao Vivacidade, explica porquê. Texto: Ricardo Vieira Caldas

à Junta de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim. “Não tinha interesse em ser candidato”, diz, mas

“Neste momento não sou candidato em nenhuma lista, em nenhum lugar, em nenhum concelho”, começa por aclarar Arménio Martins, vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal de Gondomar. “Foi uma opção que tomei depois de alguns

incidentes que aconteceram. Mas fui convidado para várias listas e inclusive para encabeçar pelo PS a lista para a Assembleia Municipal, acrescenta. Questionado sobre a razão que o levou a desistir de se candidatar a algo responde vagamente que “como seres humanos, por vezes faltamos à palavra.” “E foi o caso”, adiciona. Candidato a S. Cosme, Valbom e Jovim No dia em que M a r c o Martins

era escolhido, em Valbom, como candidato à Câmara de Gondomar, o vereador Arménio Martins foi, segundo o próprio, abordado por vários militantes para se candidatar

chegou a imaginar estar no meio da “disputa entre Joaquim Viana e José Macedo”. “Iria-os fazer transpirar”, afirma. “Um dia, sou confrontado com a candidatura de Carlos Alberto [ex-candidato pelo Partido Socialista para estas eleições] e penso que o resultado das eleições, com ele, seria tão bom ou melhor do que se fosse eu o candidato. Por isso abracei logo a candidatura dele e estivemos os dois

no terreno. Entretanto, mais tarde, sou convocado para uma reunião, na secção de S. Cosme, na qualidade de secretário coordenador. Estava eu, o secretário de Jovim, o

de Valbom [António Braz], o presidente da concelhia [Luís Filipe Araújo] e o candidato à Câmara [Marco Martins]. Ali somos informados da desistência de Carlos Alberto que nos foi ocultada durante 15 dias. E deparo-me também novamente com a insistência por parte de todos para que fosse candidato a S. Cosme. Eu voltei a dizer que não estava minimamente interessado em ser candidato à junta”, explica o vereador. Contudo, depois de muito refletir, Arménio Martins enviou um email a Luís Filipe Araújo dizendo que estava disposto a fazer um serviço ao partido nos seguintes termos: “era candidato à junta Gondomar, Valbom e Jovim e o número cinco para a lista da Câmara. Ganhando a junta, nomearia duas pessoas. Uma ficaria da parte da manhã e outra da parte da tarde. Não se faria uma requisição sem a sua assinatura, não se faria um pagamento sem a sua assinatura e as representações da Junta seria o próprio que as faria.” Secção de S. Cosme do PS exigiu que Arménio fosse o quinto da lista Entretanto, a Secção de S. Cosme do Partido Socialista – que agrega Fânzeres e abrange um terço da população do concelho – aprovou uma moção por unanimidade em que “exigia ter um candidato a vereador que a representasse até ao quinto lugar da lista. E depois existia outro parágrafo em que me delegavam esse lugar. Enviamos isso ao presidente da concelhia”, conta o vereador. “Aconteceu porque teve que acontecer” No mês de maio, com o Con-

gresso Nacional do PS, em Santa Maria da Feira, Arménio Martins é, segundo o próprio, questionado novamente se aceitava ser o candidato. “Eu disse que já tinha enviado um email e que, naquelas condições, aceitava. Disseram-me então que era o candidato a S. Cosme, Valbom e Jovim e que era o quinto lugar. A partir daí, falharam comigo. A justificação que foi dada pelo Sr. Presidente da Concelhia foi que ‘aconteceu porque teve que acontecer’”, lamenta. Ao Vivacidade, o vereador da Câmara de Gondomar conta que, a partir daí, “cortou relações pessoais com Marco Martins e Luís Filipe Araújo por causa da falta de palavra”. Arménio disse também perceber o porquê da desistência da candidatura de Fernanda Vieira pelo Partido Socialista. Foi tudo “a partir do momento em que a Fernanda Vieira passou a ser a porta voz da exigência da secção”, diz. “A melhor maneira era eliminá-la. Assim deixava de ter poder de reivindicar o meu quinto lugar”, acrescenta o autarca. “Tenho muita mágoa pelo facto de o PS estar dividido em Gondomar” Apesar de tudo, o vereador não culpa o partido pelas decisões “contra” a sua pessoa. “Não estou magoado com o Partido Socialista. Ajudei a criar este partido”, refere. No entanto, o atual vereador da oposição acredita que o seu partido está dividido. “Tenho muita mágoa pelo facto de o PS estar dividido em Gondomar. Porque ando há muitos anos no partido e vi aquilo que se passou há quatro anos [com a candidatura de Isabel Santos]. Anteriormente, apesar do meu feitio e do da Isabel, o partido esteve todo, todo unido. Desafio os meus camaradas a dizerem alguém que tenha ficado chateado por não ter ficado nas listas. Aos que não ficaram, foi-lhes explicado tudo.

E o único que ficou chateado foi o Carlos Brás que tinha passado para quarto”, explica. Com a candidatura deste ano, o vereador diz não compreender algumas decisões. “Acho que o Marco Martins, por iniciativa própria ou por encomenda de alguém de cima, preocupou-se em meter-se com a Isabel Santos e com todos aqueles que são mais chegados a ela. Não sei se viu uma sombra na Isabel e decidiu passar para o ataque”, conclui Arménio Martins. Marco Martins desmente acusações do vereador Ao Vivacidade, o candidato à Câmara do Partido Socialista, diz não ter feito “qualquer promessa” a Arménio Martins confessando, porém, o convite formulado ao vereador. “Face à desistência do camarada Carlos Alberto, pelos motivos pessoais conhecidos, foi auscultado o Arménio Martins, enquanto coordenador, para assumir as suas responsabilidades, candidatando-se à União de Freguesias”, explica Marco Martins. Contudo, segundo o candidato, a candidatura “não chegou a ser sujeita sequer a apreciação nos órgãos do Partido, porque o Arménio Martins colocava condições que não se podiam cumprir nem eram aceitáveis, entre as quais acumular a candidatura a presidente de Junta com um lugar na lista da vereação.” “Essas funções não podem ser acumuladas, pelo que não podemos enganar os eleitores!”, alerta o socialista. “Não foi feita qualquer promessa, mas antes um pedido por parte do camarada em questão, que aliás recusou, quando o convidei, após a escolha do candidato à União de Freguesias, integrar a lista da Vereação no lugar que lhe propus”, acrescenta Marco Martins. Quanto a “relações cortadas” o mesmo responde: “Eu? Claro que não! Nem com ele nem com qualquer outro militante do PS.”


VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Especial Autárquicas 2013

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Política

Conheça as listas dos candidatos à Câmara PS Marco Martins Luís Filipe Araújo Aurora Vieira Carlos Braz José Fernando Moreira Sandra Brandão Hélder Figueiredo José Silva Patrícia Silva Cláudia Vieira Luís Carlos Lobo

Movimento Independente

CDU Joaquim Barbosa Cristina Nogueira Marcos Nunes Daniel Vieira Maria de Fátima Silva Joaquim Santos Valdemar Peixoto Maria Olinda Pinto Américo Silva BE Alzira Lopes José Sousa Ana Paula Canotilho

Mandatário Manuel António Ferreira da Silva

Domingos Novais Carla Cruz Moisés Rodrigues Amélia Ribeiro Paulo Coutinho Ana Maria Ferreira Manuel Bento Maria Teresa dos Santos Miguel Costa Marta Giesta

Fernando Paulo Joaquim Castro Neves Maria Cristina Castro Adolfo Sousa Jorge Ascenção Sílvia Gandarela José Gonçalves Maria Helena Gomes Hélder Ramos PSD/CDS Rosa Martins da Cruz Emanuel Mota Maria João Marinho Rui Quelhas Mandatário Rosalina Martins Albino Cardoso António José Pereira Paulo Tavares Paula Soares António Torres Marline Gonçalves Pedro Viana Alexandre Reis Mónica Silva Mandatária Maria Isolina Carvalho

Mandatário Moisés Rodrigues

Candidatos à Assembleia Municipal PS – Carlota Teixeira

Movimento Independente – Valentim Loureiro

Nota do Jornal Vivacidade:

PSD/CDS – Mário Soares Filipe

fecho desta edição ainda não era conhecida nenhuma decisão do Tribunal Constitucional sobre as candidaturas do Movimento Independente ValenO Jornal Vivacidade informa que até ao tim Loureiro - Gondomar no Coração

CDU – António Magalhães

BE – Rui Nóvoa

aos órgãos autárquicos de Gondomar. Na próxima edição [26 de setembro] o Vivacidade irá revelar todos os pormenores e reações sobre a decisão do Tribunal Constitucional.


10 VIVACIDADE SETEMBRO 2013 Com a aproximação das Eleições Autárquicas 2013, o Vivacidade fez um balanço da vereação que tomou posse em 2009. Executivo e oposição dão o seu parecer sobre o trabalho realizado nestes últimos quatro anos. Contudo, nem todos quiseram expressar a sua opinião neste final de mandato. José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Rui Quelhas e Leonel Viana, vereadores do Partido Social Democrata optaram pelo silêncio. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Que balanço faz deste último mandato como vereadora responsável pela divisão de contabilidade, compras e planeamento e gestão financeira da Câmara Municipal de Gondomar? O balanço que faço deste mandato é francamente positivo. Numa altura em que vemos as dificuldades financeiras com que imensas Câmaras se debatem, é um orgulho verificar que, devido ao rigor que sempre implementámos na gestão da Câmara, temos uma situação financeira sólida – que nos possibilitou executar os projetos que tínhamos planeado. Não temos pagamentos em atraso. Mesmo em termos de passivo, este poderia ser metade do que é hoje se não tivéssemos herdado uma dívida enorme à EDP, do tempo do Partido Socialista – e que temos pago pontualmente e nos termos acordados. Tendo em conta os departamentos que assumiu, qual é para si o maior legado ou obra que deixa para o/a próximo/a vereador/a? Neste departamento, das Obras Particulares, o maior legado que deixo – que considero ser aquele que os gondomarenses sentiam como o mais necessário – foi implementar um sistema de organização e controlo dos serviços que levasse ao cumprimento dos prazos de decisão dos novos processos que entravam na Câmara. No Pelouro Financeiro, deixo uma situação financeira robusta, alicerçada num extremo rigor na gestão dos dinheiros públicos, por

Entrevista: Vereadora Daniela Himmel

Especial Autárquicas 2013

“Não temos pagamentos em atraso” Psicóloga de profissão, Daniela Himmel entrou para a Câmara Municipal de Gondomar como vereadora em 2005. Fruto de uma desistência da lista de Valentim Loureiro, nesse ano, Daniela Himmel veio a assumir, em 2007, os pelouros de Planeamento e Gestão Financeira da Câmara, Obras Particularesque deixou em 2009 - acumulando, neste mandato a divisão de contabilidade e a secção de compras. Para além do cargo de vereadora na Câmara, Himmel é atualmente administradora da Lipor. forma a que estes sejam utilizados da forma mais eficiente possível. O rigor e o perfecionismo fazem parte da minha maneira de ser, em tudo o que faço, quer dentro da Câmara quer, por exemplo, na Lipor. O que ficou por fazer? Deixamos uma organização eficiente, quer de planeamento, quer do controlo de todos os procedimentos nas áreas que liderei. No entanto, considero que, com a colaboração de todos, a nível do planeamento a longo prazo, ainda se pode ir um pouco mais longe. Embora, como estamos sempre a sofrer alterações legislativas que influenciam diretamente as câmaras e que não estão muitas vezes previstas, possa tornar-se difícil esse planeamento. “Pagar a 21 dias” [a fornecedores da Câmara] é uma das bandeiras deste mandato. Foi um objetivo traçado por si ou pelo presidente? Sente-se orgulhosa por ter cumprido esse objetivo? O pagamento a 21 dias não foi um objetivo mas sim o resultado de uma gestão equilibrada. Penso que, quando me escolheu para liderar estes pelouros, o Presidente considerou que eu teria o perfil e as competências necessárias para executar este objetivo. Fico muito orgulhosa de verificar que conseguimos. Como gostaria de ver o seu trabalho a ser continuado? Gostava que mantivessem este rumo que possibilite a continuidade do desenvolvimento sustentado de Gondomar. Era uma pena, depois destes cerca de 20 anos em que houve um grande investimento na recuperação do atraso em que Gondomar se encontrava, viesse agora um executivo e estragasse todo o trabalho que foi feito. É muito fácil fazer promessas. Mas as pessoas responsáveis sabem que não podemos fazer tudo o que

queremos. Temos de fazer escolhas e verificar quais são as prioridades, decidir o que é mais importante e, depois do rumo traçado, tudo fazer para concretizar esse projeto. Foi isso que fizemos em Gondomar. Considera que este mandato foi o fim de um ciclo ou o início de um novo ciclo em Gondomar? É impossível não compreender que Valentim Loureiro vai ser um marco para sempre na história de

domarenses assim quiserem, a continuidade do ciclo de modernização e desenvolvimento de Gondomar. Ao longo destes quatro anos, como foi evoluindo a relação com os vereadores da oposição? É justo afirmar que com o aproximar das eleições, a oposição está mais ativa? A minha relação com os vereadores da oposição foi sempre relativamente boa, baseada no respeito

Gondomar. Muitas pessoas têm dificuldade em compreender que esta ligação entre o Major e os gondomarenses é uma ligação afetiva. Sinto quase como se de uma família se tratasse. Quando alguém com este carisma termina funções, por imposição legal e não por vontade dos gondomarenses, há sempre uma sensação de perda. No entanto, os gondomarenses têm a hipótese, com o Fernando Paulo, de ter uma certa continuidade nesta forma de estar na política, centrada nas pessoas e na resolução dos seus problemas. Contudo, poderá ser, se os gon-

mútuo e, em alguns casos, senti até algum afeto à medida que nos íamos conhecendo melhor. Relativamente ao estarem mais ativos nesta altura, é algo que já estava à espera. A acusação de eleitoralismo por parte da oposição, relativamente ao “Programa Idade Mais”, é justa, na sua opinião? Já o disse em reunião de Câmara, a alguns vereadores da oposição, que é uma pena que ponham os interesses dos partidos à frente dos interesses dos gondomarenses. Como dissemos, não fazemos despesas para as quais não temos

verbas – e o ano passado tivemos que fazer alguma contenção de despesas porque o Governo nos devia mais de 10 milhões de euros e não sabíamos quando iam regularizar a situação. Neste momento temos disponível, nos bancos, mais de 13 milhões de euros! Pelo que podemos retomar todos os programas que sempre temos vindo a implementar. Se temos os recursos e é um dos programas que a Câmara faz que os Gondomarenses mais desejam, não é por ser ano de eleições que devemos deixar de fazer. Foi fácil ser vereadora de um executivo de Valentim Loureiro? Para mim foi um orgulho trabalhar num executivo liderado por um líder tão carismático. Admiro muito a sua forma de estar na política. É competente, objectivo, frontal! Mesmo nas situações mais difíceis é perseverante e é extremamente exigente, o que nos ajuda a dar sempre o máximo de nós. Isto tudo complementado por um lado muito afetivo e humano, que se vê na forma muito próxima como se relaciona com todos munícipes. Porque decidiu não integrar as listas de Fernando Paulo à Câmara de Gondomar? Eu acredito profundamente no Fernando Paulo e no seu projeto para Gondomar. Ele tem o meu apoio. Acho que é, sem sombras de dúvida, o candidato mais competente para liderar a Câmara. Não integrei as listas porque senti que era altura de retomar o projeto de vida que deixei quando assumi estas funções políticas. Ficarei eternamente grata a Gondomar e aos gondomarenses pelo apoio que deram à minha família nos momentos muito difíceis que passámos. Embora não seja de Gondomar, sinto que criei aqui raízes e que me irão ligar para sempre a esta terra de pessoas com um verdadeiro coração de ouro.


VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Especial Autárquicas 2013

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Entrevista: Vereador Fernando Paulo

“Gondomar é considerado uma referência a nível nacional” Há 20 anos como vereador na Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo começou a sua atividade política ainda antes, na Junta de Freguesia de Fânzeres. Ligado a “uma revolução profunda” em Gondomar, sobretudo na área educativa, o atual candidato à Câmara destaca um “trabalho de elevação, bom entendimento e cordialidade”. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Nestes últimos 4 anos, qual considera ser a obra com o seu carimbo? É difícil escolher uma obra. O Multiusos é uma referência que tem acolhido eventos de grande dimensão e eventos a nível concelhio. Na vertente educativa, nunca nos sentimos num nível de conforto, queremos sempre melhorar as escolas e adequar os projetos educativos ao nível de aprendizagem.

ções não aconteciam. Mas temos que fazer um balanço global e tem havido com o PSD e PS uma relação de cordialidade. De uma forma global tem sido um trabalho de elevação, bom entendimento e de cordialidade. É fácil ser vereador de um Executivo de Valentim Loureiro? É fácil e difícil. Estou na Câmara há cinco mandatos, por-

Que características são necessárias a um vereador do executivo e da oposição? As pessoas que vêm para a política têm que ter rigor, sentido de responsabilidade, imaginação e criatividade suficiente para podermos criar sempre modelos novos de intervenção. Tem que haver paixão e amor por aquilo que se faz, porque temos que ser referência na comunidade. Aquilo que se exige a um vereador da

mir funções no executivo ou na oposição? Estou na Câmara há cinco mandatos, como vereador a tempo inteiro. Candidato-me para ser presidente de Câmara e estou convencido que os gondomarenses vão votar no Movimento e que serei presidente da Câmara, mas aceitarei a decisão dos eleitores. No entanto, em função do resultado, tenho que respeitar a escolha dos gondomarenses e

vence as eleições, irá assumir pelouros? É óbvio que o pelouro da educação, sendo que foi uma área que assumi desde o início, admito que será uma área que eu possa manter com tutela direta. Todas as restantes áreas serão definidas em função do resultado eleitoral, temos gente capaz de as assumir. Não terei dificuldade em delegar competências e pelouros.

Mesmo sendo um vereador com vários pelouros, identifica-se mais com o pelouro da educação? Considero que fizemos uma revolução profunda, porque quando chegamos a Gondomar uma série de escolas apresentavam condições de degradação extrema. Hoje Gondomar é considerado uma referência a nível nacional em várias áreas, entre as quais a educação. O que fizemos foi traçar um plano de diagnóstico e de projeção das necessidades de investimento na área da educação. Sente-se um revolucionário da educação a nível nacional? Não propriamente. Acho que cada um de nós tem sempre uma função importante. Como têm sido as relações com os vereadores da oposição? Notou alguma diferença nesta fase final? É óbvio que nesta fase de eleições há, por vezes, algumas picardias. Se forem feitas dentro da correção e da elevação, as coisas são compreensíveis. Aquilo que tem acontecido nestes dois últimos meses, são uma ou outra situação, que se não fossem as elei-

Aquilo que tem acontecido nestes dois últimos meses, são uma ou outra situação, que se não fossem as eleições não aconteciam.

tanto para mim é fácil. Conheço o major Valentim Loureiro há 20 anos. É uma pessoa exigente e rigorosa na gestão da Câmara e com as pessoas que com ele trabalham. É um desafio permanente trabalhar com Valentim Loureiro.

oposição é o que se exige a um vereador que está com poderes delegados, com a diferença de não ter a responsabilidade direta da gestão diária.

viabilizar aquilo que eu considero ser melhor para Gondomar, porque o executivo terá que ter condições para governar com serenidade.

Sente-se preparado para assu-

Colocando um cenário em que

Está fora de questão delegar a educação a Jorge Ascenção? Não vou avançar com pelouros, porque nem sequer houve eleições. Na hora certa, em função do resultado, tomaremos uma decisão.


12 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Entrevista: Vereador Joaquim Castro Neves

Especial Autárquicas 2013

“É conhecido o empenho que tenho na área do ambiente” Tendo iniciado funções de vereador em 2004 e logo suspendido devido a questões de índole judicial retomou, em 2005, o cargo de vereador com pelouro na área do Ambiente, até 2009. No atual mandato, Joaquim Castro Neves é vereador da Câmara Municipal de Gondomar e assume os pelouros do Ambiente, Turismo Económico e Defesa do Consumidor. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Acha possível não associar a área do ambiente ao vereador Castro Neves? Envolvi-me muito e é conhecido o empenho que tenho na área do ambiente. Hoje falando bem ou mal do ambiente, a culpa é do vereador Castro Neves. Contudo, gostaria que ficasse claro que quando tinha meios, fazia o trabalho bem feito. Por vezes, chegava a ter 14 a 15 camiões avariados, mas o lixo era recolhido na mesma. Notei que as pessoas criavam pressão sobre mim, mesmo sabendo que a recolha não dependia de mim.

A Lipor é anterior a mim. Comigo à frente deste pelouro criámos a recolha de resíduos nos cemitérios, que também foi inovadora. Fomos pioneiros nessa área. Criámos também uma recolha dos resíduos elétricos e eletrónicos. Quando apareceram os plasmas, as pessoas começaram a deitar fora as televisões antigas e não era

considera que o seu trabalho foi positivo no combate à poluição dos rios? A despoluição de um rio ou ribeiro não é mais do que a ligação das águas residuais domésticas e industriais ao saneamento. E na zona hidrográfica de Rio Tinto, está praticamente concluído todo o saneamento. Há coletores para as

obra. Sempre disse que se fosse possível, deviam ligar o coletor daquela zona do Meiral ao Freixo e encaminhar as águas residuais para a ETAR do Freixo. Disseram-me que tecnicamente não era possível, mas o alerta da minha parte, foi feito. Mas se as Águas de Gondomar investiram 5 milhões na ETAR, penso que vai melhorar o

que essas espécies não desapareçam do Douro e ao criar o parque de Merendas em Zebreiros, com 30 mesas e 12 churrasqueiras procurámos uma forma de convidar as pessoas que não são de Gondomar, a vir até cá.

dado o encaminhamento correto desse tipo de resíduos. A recolha dos óleos alimentares usados foi feita através de uma empresa que criámos e que colocou na rua cerca de 160 contentores, para criar condições para que as pessoas não tivessem que despejar os óleos alimentares usados nas bancas das cozinhas, o que é absolutamente poluidor.

pessoas ligarem as águas residuais ao saneamento. Existem sempre prevaricadores, mas aumentámos a fiscalização da zona, juntamente com as Águas de Gondomar. Tentei fazer tudo o que pude para que o Rio Tinto fosse despoluído e continuarei a fazer.

funcionamento.

Tentámos sempre divulgar tudo aquilo que tínhamos de melhor. Tentámos a construção de um hotel mas não depende da Câmara de Gondomar. Temos hotéis licenciados, mas são os empresários que têm que construir.

Ao nível do turismo acha que ficou tudo feito?

Neste momento existe uma crítica sobre a nova empresa que recolhe o lixo e que esta tem vindo a piorar. Concorda com a crítica? Tenho acompanhado e tenho visto algumas falhas, mas penso que não se deve ao equipamento da empresa. O trabalho não é difícil de fazer e muitos funcionários que eram da câmara passaram para essa empresa e já sabiam fazer o trabalho. Inicialmente dizem que a recolha era melhor – eu tenho ideia contrária – mas não vemos grande lixo nas ruas. Foi uma decisão da Câmara fazer a privatização. Era um investimento avultado para a autarquia, adquirir camiões novos e passar a fazer a recolha. Ainda que saia mais caro? Não sei se sai mais caro porque não tenho esses dados. Mas acho que têm conseguido dar outra dinâmica à limpeza do concelho. Têm mais varredoras e lava-contentores e conseguem dar outro acompanhamento. A vinda da Lipor para Baguim também teve a ver com a sua vereação?

No que diz respeito à poluição,

E relativamente à ETAR de Rio Tinto? Toda a gente sabe que a minha ideia não era fazer aquele tipo de

No que diz respeito à ligação do ambiente com o turismo, o que foi feito nos últimos 4 anos? A limpeza de praias, monitorização da água, construção de equipamento nos areais atraem pessoas a Gondomar, essa é uma ligação que fica entre o ambiente e o turismo. Na área ambiental fizemos uma repovoação de larvas de Lampreia na zona de Foz de Sousa para

Há alguma medida que destaque pela positiva? Aumentámos as áreas verdes, com 38 hectares de áreas jardinadas.



14 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Entrevista: Vereadora Isabel Santos

Especial Autárquicas 2013

“Este mandato não trouxe nada de novo” Eleita vereadora pelo PS depois de ter ficado em segundo lugar nas Autárquicas de 2009, Isabel Santos considera que o mandato que agora termina “não trouxe nada de novo” a Gondomar. Contudo, e apesar de não se candidatar novamente, promete andar pelo concelho e sempre “do lado esquerdo da vida”. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

O que considera positivo e negativo neste período de vereação? É de salientar o progresso que houve ao nível do equipamento escolar. A Câmara aproveitou a governação socialista [José Sócrates] e os recursos que foram disponibilizados para as melhorias do parque escolar. A aposta na escola pública é potenciadora de uma igualdade de oportunidades e combate à exclusão social. Como negativo, evidencio o facto de este ser um mandato que não trouxe nada de novo. Não foi lançado nenhum projeto estruturante e não se concluíram projetos como o Parque Tecnológico de Ourivesaria e a revisão do PDM, que é fundamental.

E a intervenção da vereação também foi de fim de ciclo? A vereação tinha condicionantes que advieram do resultado eleitoral das últimas eleições. A dada altura, gerou-se uma maioria absoluta composta pelo Movimento Inde-

pendente e pelo PSD. A partir daí tudo estava condicionado por esse compromisso.

Saliento como exemplo o facto de termos apresentado, uma proposta de redução do IMI e da Derrama Municipal, justificada pela necessidade de reduzir a carga fiscal sobre as famílias e as empresas aqui sedeadas que foi sucessivamente reprovada.

ras. Os vereadores do PS votaram a favor e essa proposta foi finalmente aprovada por unanimidade. Depois, houve uma conjugação de vontades das forças políticas na Assembleia Municipal para adiar a discussão dessa proposta.

Este ano, a maioria decidiu apresentar uma proposta de redução do IMI, seguindo o exemplo de outras câma-

Porque não se recandidatou às Autárquicas 2013? Essa pergunta deve ser feita ao PS. Porque é que não foi a opção do PS? Eu estive disponível para ser candidata até ao dia 19 de outubro de 2012, mas coloquei como condição a existência de um compromisso ao nível local, distrital e nacional, quanto a esta candidatura. Nessa data cheguei à conclusão que não havia esse consenso e entendi que não devia ser um estorvo para a candidatu-

ra que o partido viesse a apresentar. O PS está unido? Não sei. Tenho mantido um grande distanciamento. Mas chegou alguma vez a pensar em candidatar-se como independente a Gondomar? Essa é uma grande pergunta que também fica sem resposta. O que importa é que continuarei a andar por aí e sempre do lado esquerdo da vida. Foi fácil ser vereadora do executivo de Valentim Loureiro? Penso que ambos tivemos o cuidado de manter sempre aquela linha vermelha que permitiu que tivéssemos dentro da discordância e diversidade de opiniões - a cordialidade democrática do trato.


VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Especial Autárquicas 2013

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Entrevista: Vereador Justino Santos

“Nós teríamos outra forma de fazer política” Natural da freguesia da Lomba, em Gondomar, Justino Santos é atualmente vereador pelo Partido Socialista na Câmara Municipal. O número dois da lista de Isabel Santos já integrou por três vezes as listas ao município e considera que Gondomar é modelo no que diz respeito à forma como encara “o interesse das pessoas”. Justino Santos termina este mandato com o que considera ter sido uma “atuação positiva”. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Que balanço faz da sua vereação nestes últimos 4 anos? A nossa atuação foi positiva, porque houve uma grande diferença – e para melhor – em termos de atitude e imagem da Câmara Municipal de Gondomar, no que diz respeito ao relacionamento entre o executivo e a oposição. Logo no início o Presidente da Câmara acedeu a vários pedidos formulados pelo PS, o que teve o seu significado. Nesse aspeto não houve falhas em termos de dignidade e respeito. Houve um ou outro caso de má compreensão, que nos obrigou a tomar uma atitude em

sinal de protesto. Mas o PS esteve presente em todas as reuniões de Câmara. Mas se tivéssemos aceite pelouros, como nos foi proposto, provavelmente teríamos tido outras possibilidades, este é o meu ponto de vista. Contudo, o Partido Socialista optou por não aceitar essa opção e como militantes tivemos que respeitar essa decisão. Alertou o partido para essa possibilidade? Alertámos, mas o PS achou que não deveríamos aceitar pelouros. No entanto, acreditámos que teríamos vantagens em ter participado neste executivo de outra forma (com atribuição de pelouros aos vereadores do PS).

Eu acho que sim. Quando somos eleitos para a função autárquica devemos despir-nos dos interesses particulares para olharmos para os interesses das pessoas. Nesse aspeto Gondomar pode ser modelo.

Foi fácil ser vereador de um executivo de Valentim Loureiro? Foi fácil porque vínhamos às reuniões e apresentávamos as nossas propostas e críticas ao executivo. Temos que realçar o trabalho das pessoas da Câmara Municipal

de Gondomar que revelaram grande eficácia e competência para connosco. A Câmara Municipal de Gondomar poderá ser um caso de boa colaboração entre o executivo e a oposição?

A aproximação das eleições poderá ter influenciado a atuação do PS nas últimas reuniões de Câmara? Não devemos ser influenciados pela aproximação de um período eleitoral, como também não devemos aproveitar a ocasião para fazer coisas que não se fizeram até agora, como é o caso da viagem à Malafaia do clube Idade Mais. Não estamos contra o programa mas a Câmara deveria ter essa preocupação durante todo o mandato. Isso pode ser visto como um ato eleitoralista.


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Entrevista: Vereador Arménio Martins

Especial Autárquicas 2013

“Trabalhar com uma personalidade como o Major Valentim Loureiro torna-se fácil, mas não é fácil” Vereador da oposição na Câmara Municipal de Gondomar, Arménio Martins deixou as suas origens transmontanas há 16 anos para se dedicar a Gondomar. Sem pelouro no presente mandato, o vereador do Partido Socialista integrou a autarquia pela primeira vez quando Pedro Batista foi candidato e seguiu os restantes cabeças de lista [Ricardo Bexiga, Manuel Martins e Isabel Santos], com a exeção do atual, Marco Martins, com quem cortou relações pessoais. Desde que não haja um confronto direto, é fácil. A partir do momento em que há um confronto direto, a personalidade dele permite que se entre em conflito. Eu não tive grandes conflitos com ele, mesmo quando fui presidente da concelhia e pedi duas vezes a sua demissão.

Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Como correu a sua vereação na Câmara de Gondomar, nos últimos quatro anos? Como em todas as gestões, existiram altos e baixos. Se fossemos nós a gerir, teríamos agido de outra maneira. Estes últimos quatro anos não foram nada especiais porque o investimento foi fraco, comparativamente com os mandatos anteriores. Mas tem marcas positivas para o concelho, das quais na altura alertei que agora deveriam ser repensadas. Estou a falar do Parque da Ourivesaria.

Sempre fui um grande defensor, mas há quinze anos quando a ourivesaria em Gondomar era próspera. Agora, este pode ser outro elefante branco. Mas existem outras marcas – com ou sem dinheiro do Governo –, como os centros escola-

res. E a educação é prioritária. É fácil ser vereador com o executivo de Valentim Loureiro? Trabalhar com uma personalidade como o Major Valentim Loureiro torna-se fácil, mas não é fácil.

No geral, os vereadores deste mandato, do PS, dizem que houve uma relação de cordialidade com o executivo e que pode mesmo ser um exemplo a nível nacional nesse sentido. Concorda? Não sei se será exemplo mas houve uma relação cordial, mesmo apresentando propostas alternativas. Mas também nunca hou-

ve grandes comunicados. Porque quando fiz comunicados, ouvia algumas “bocas”. Acredita que os próximos vereadores do PS poderão desempenhar boas funções? Acho que sim. Se o partido entendeu que eles eram os melhores, quem sou eu para discordar daquilo que a maioria aprovou. Em relação ao Marco Martins e principalmente ao Luís Filipe Araújo acredito que têm capacidades mas parafraseando aquilo que ele [Marco Martins] vos disse uma vez acerca de uma camarada: “Há pessoas que não me desiludem porque nunca me iludiram”.


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Entrevista: Vereadora Carlota Teixeira

“Gostava de ver uma nova geração de políticos” Quatro anos após ter sido eleita vereadora do Partido Socialista, Carlota Teixeira resume o mandato como uma “experiência enriquecedora”. A atual candidata à Assembleia Municipal da lista de Marco Martins, acredita que a política deve ser “transparente, honesta e credível”. Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Qual o balanço que faz dos últimos 4 anos como vereadora do PS? A título pessoal o balanço que faço é de uma experiência enriquecedora. Apesar de ter estado na oposição, é uma experiência que abre horizontes e a compreensão do que é uma autarquia e quais são todas as variáveis em jogo. De uma forma geral, este mandato teve as suas virtudes e teve algumas decisões que poderiam ter sido tomadas de outra forma. Tais como a viagem do grupo Idade Mais? Por exemplo, aliás nós votamos contra. Para mim não seria uma opção nesta fase, porque

estamos em época de campanha eleitoral. Para mim, a opção continuaria a ser de melhorias estruturantes e de capacitação dos territórios, que pudessem proporcionar às pessoas condições para puderem suprir as suas necessidades, para acabarmos com a “subsidiodependência”.

Poderá haver uma animosidade maior entre o executivo e a oposição pela proximidade das eleições? Penso que não. Uma coisa são as relações políticas e outra são as relações pessoais. Não é por estarmos em época eleitoral que tem que haver incidentes.

É fácil ser vereadora do executivo de Valentim Loureiro? Não considero que tenha sido difícil. Creio que de uma forma geral foi mantido um clima de respeito mútuo, colaboração e um trabalho de construção.

Que trabalho gostaria de ver continuado nos próximos 4 anos? Gostava de ver uma nova geração de políticos. É preciso uma rutura em termos da forma de estar e de fazer política.

Com a distribuição de pelouros para o PS a oposição poderia ter sido diferente? Penso que sim, teríamos outra expressão, mas não foi uma opção do PS.

Acha que este executivo podia ter agido com maior transparência? De uma forma geral, acho que a abertura à sociedade poderia ter sido maior. Refiro-me à capacidade de criar canais de comunicação em que os cidadãos possam aceder de uma forma mais direta e facilitada à tomada de decisão. Há formas simples, sem custos, que podem tornar o executivo mais transparente.

A próxima equipa do PS é mais fraca ou mais forte? É difícil dizer se é melhor ou pior. O único que tem experiência de vereação é o Presidente da Concelhia, que faz agora de

vereador da oposição. É difícil fazer uma avaliação enquanto as pessoas ainda não tiveram oportunidade de mostrar o que valem. Acha que vai haver algum conflito entre a equipa de Marco Martins e de Fernando Paulo, já depois das eleições? É natural que haja discordância. É desejável que o clima de cordialidade seja mantido, o que não que dizer que não haja discordância. O seu percurso vai mudar. Terá um papel de maior responsabilidade? Todos os papéis são de responsabilidade, mesmo o mais humilde. Temos a responsabilidade de fazer política de forma transparente, honesta e credível.



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Política

Marco Martins quer requalificar a Avenida da Conduta A Avenida Dr. Mário Soares ou, como é conhecida, Avenida da Conduta vai ser alvo de uma requalificação nos próximos anos. Isto, se Marco Martins, candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Gondomar (CMG), vencer as Eleições Autárquicas, já a 29 de setembro. Texto: Ricardo Vieira Caldas

Marco Martins chama-lhe de “Avenida de quatro em quatro anos”. Isto porque, segundo o candidato, apenas de quatro em quatro anos é que a avenida sofre alterações. Neste momento, “estão agora à pressa a fazer passeios”, diz o autarca, referindo-se ao facto de as obras estarem a ser feitas em época de eleições. “Em 2005, fizeram-se passeios até ao Centro Ciclista, em 2009 até Vilar e agora até à Carvalha e sem grande qualidade”, comenta. No que diz respeito ao projeto, Marco Martins refere que este é um dos projetos que se insere na questão do “Gondomar Mais Vivo” e na requalificação do espaço público. O objetivo é aproveitar a Avenida da Conduta, que neste momento é uma avenida com quatro faixas de rodagem, onde estão agora à pressa a fazer passeios.” O que o PS pretende é fazer da avenida “um espaço público, sem prejuízo da sua função para a circulação automóvel e prolongar a zona do metro até S. Cosme.” “Fazer com isso, não só um circuito completo, mas também ligando o centro de Rio Tinto ao centro de S. Cosme”,

explica o candidato à CMG. Como fica a Avenida da Conduta? No plano traçado pela equipa socialista da candidatura à Câmara, traçam-se “vários objetivos”. “Redesenha-se a avenida e coloca-se equipamento urbano, como por exemplo, bancos, pontos de água e arborização.” Para além disso, ao longo da avenida, o socialista pretende criar “lugares de estacionamento e uniformizar a iluminação para o percurso pedonal e ciclovia.” Para quando e quanto custa? Para Marco Martins, a dúvida da vitória da sua candidatura à Câmara não se põe. O que se põe são prazos e fases para a conclusão deste projeto. “É um projeto para ser feito por fases e por troços. Mas o troço prioritário é o troço entre a Avenida da Carvalha e o Centro Ciclista de Gondomar. Será para arrancar, no máximo, no segundo ano [do mandato]”, indica. “O projeto que vamos apresentar tem sete troços. A orçamentação ainda não está concluída mas deve andar pelos 8 milhões de euros. O objetivo é criar um espaço público agradável para as pessoas”, conclui Marco Martins.

ANTES

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Junta de Freguesia de Rio Tinto COMUNICADO Considerando o enorme volume de reclamações e o estado em que se encontram muitos arruamentos, a Junta de Freguesia de Rio Tinto informa toda a população que desde o passado dia 1 de março, deixou de ser responsável pela varredura de arruamentos, limpeza de bermas e valetas e recolha de papeleiras, dado a Câmara lhe ter retirado essa competência e entregue a uma empresa privada, a quem concessionou o serviço por 10 anos. Rio Tinto, 16/07/2013 O Executivo da Junta de Freguesia

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Avenida Dr. Mário Soares na atualidade


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Política

CDU quer apostar no turismo e cultura em Gondomar O candidato pela Coligação Democrática Unitária (CDU) à presidência da Câmara Municipal de Gondomar, Joaquim Barbosa, está a desenvolver aquilo que considera ser uma “linha de ação para o desenvolvimento económico social e cultural” de Gondomar. Para o candidato, “não existe cultura em Gondomar” e é imperativo apostar mais nesse setor, desenvolvendo também o turismo para criar mais postos de trabalho. Texto: Ricardo Vieira Caldas

“Nos próximos anos vamos ter que nos virar a sério para duas coisas: o desenvolvimento económico e social e o aspeto cultural. O concelho gastou bastante dinheiro

em equipamentos escolares e de cultura e desporto mas não temos reflexos disso. Na educação não somos dos municípios com mais êxito. Estamos a baixo da média”, começa por afirmar o candidato da CDU, Joaquim Barbosa. “No campo cultural, não temos cultura em Gondomar. Temos algumas FOTO: PSF

manifestações culturais, algumas coletividades, mas não há algo que se possa considerar municipal. Não temos uma estrutura municipal de cultura”, acrescenta. E é aí que o candidato fala em mudança. “Apostamos, há muitos anos, na questão do turismo como fator de desenvolvimento” mas, afirma Joaquim Barbosa, “não há turismo sem cultura.” Assim, a CDU de Gondomar, propõe-se a promover o desenvolvimento cultural no concelho, através da criação artística e da conceção de uma estrutura municipal para as artes cénicas. No turismo, o candidato quer “explorar melhor” Gondomar. “Temos muito pouca coisa. Temos um parque de campismo nas Medas e

Objetivos do candidato Cultura: promoção das artes cénicas no ensino básico; estimular a criação artística e a criação de públicos. Turismo de lazer: criação de parques naturais, parques de merendas, pequenos parques de campismo, ecovias; arranjo das margens ribeirinhas; estimular a criação de pequenas unidades hoteleiras e habitações de fim-de-semana. Turismo cultural: preservação de património natural e cultural; criação de trilhos temáticos. Turismo desportivo: promoção de desportos náuticos, radicais, montanhismo, orientação, atletismo, ciclismo e geocaching.

algumas casas de turismo de habitação mas nada está organizado, sistematizado, pensado, divulgado”, refere. “Apostamos em três vertentes do turismo: lazer, cultural e desportivo”, esclarece. A linha de ação da CDU que

prevê a aposta na cultura, turismo e desenvolvimento económico social, como objetivos próximos a criação de mais postos de trabalho, a fixação de populações e o desenvolvimento cultural do concelho investindo na “marca” Gondomar.


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Política

Fernando Paulo pretende criar “Emprego Já”

Pelouro do Emprego e Formação Profissional é também um objetivo do candidato O objetivo é criar incentivos ao emprego e à formação profissional dos gondomarenses. Fernando Paulo, candidato do Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração à Câmara Municipal de Gondomar, quer criar o ‘Emprego Já’, um projeto que assenta em três eixos estratégicos: a criação do Gabinete do Empreendedor, o apoio ao emprego e o apoio à formação profissional.

assume “compromisso com Gondomar de combate sistemático e estratégico ao desemprego dos jovens bem como ao desemprego de longa duração, promovendo um emprego qualificado, com o objetivo de garantir, também, por este meio, a coesão social no concelho”. Para isso, o candidato criou um programa que assenta em três eixos estratégicos: a criação do Gabinete do Empreendedor, o apoio ao emprego e o apoio à formação

regime simplificado, eliminando obstáculos para a instalação, funcionamento e modificação dos estabelecimentos comerciais e industriais. A concepção do Portal da Internet: “Gondomar Empreendedor” e a dinamização de Redes são também propósitos deste eixo. O candidato à presidência da Câmara de Gondomar refere, em comunicado, que as medidas que apresenta de apoio ao emprego têm como objetivo o “combate ao

FOTO: RVC

“Reconhecendo o contexto de dificuldades socioeconómicas provocado pelo significativo desemprego registado em Portugal” o Movimento Independente, encabeçado por Fernando Paulo,

profissional. O Pelouro do Emprego e Formação Profissional será também desenvolvido como uma nova unidade orgânica proposta pela candidatura para implementação, caso vençam as próximas eleições. No caso concreto do Gabinete do Empreendedor, a equipa de Fernando Paulo tenciona criar um

Texto: Ricardo Vieira Caldas

FOTO: DR

desemprego jovem e ao desemprego de curta duração proporcionando experiências práticas em contexto de trabalho”. Para isso, Fernando Paulo vai criar um programa de estágios e ofertas de FOTO: DR

emprego. Anualmente, serão promovidos pela Câmara Municipal de Gondomar vários estágios remunerados, com a duração de 12 meses e enquadradas 200 pessoas, em trabalho comunitário, dando-se especial prioridade às menos qualificadas e com mais idade. (ver caixa)

Para o eixo da formação profissional, o independente quer definir um Plano Anual de Formação Profissional, envolvendo diversas instituições locais, regionais e nacionais, que contemple a oferta formativa e protocolos para o enquadramento dos respetivos estágios curriculares.

Programa de estágios a criar pelo candidato . 200 estágios para jovens com uma qualificação igual ou superior à licenciatura; . 100 estágios para pessoas que tenham terminado uma formação profissional e/ou um nível de escolaridade intermédio; . 50 estágios para pessoas com incapacidade (no âmbito de programas nacionais de Reabilitação) e para públicos desfavorecidos, dando prioridade aos beneficiários do “Programa Dá”.


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Política

Bloco de Esquerda quer requalificar bairros sociais em Gondomar O Bloco de Esquerda de Gondomar tem em mente – como projeto da sua candidatura à Câmara – a reabilitação de bairros sociais em Gondomar. O projeto propõe “requalificar não só a estética dos bairros sociais, de forma a tornarem-se mais apelativos e funcionais para os habitantes, como também promover o sucesso socioeducativo e cultural”. FOTO: RVC

Ao Vivacidade, Ana Paula Canotilho, candidata à Câmara pelo BE, explicou que este projeto pretende criar “parcerias entre Organizações Não Governamentais, associações do concelho e as comissões de moradores” de forma a trabalhar para o sucesso socioeducativo e cultural. O objetivo da reabilitação nestes conjuntos habitacionais, referiu Ana Paula Canotilho, “é a implementação de ações que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, a sustentabilidade e a cooperação para o desenvolvimento saudável e harmonioso.” Para a candidata, essas ações, vão ser feitas nos bairros e estar sediadas nos mesmos, “sem

horários pré-estabelecidos, com artistas residentes e pretende-se trabalhar em intervenção comunitária com a população do bairro, organizando workshops

de acordo com o interesse da população residente.” Com este projeto, o Bloco de Esquerda, em Gondomar, quer “contribuir para a melhoria do desempenho

escolar e aquisição de novas competências por parte das crianças e jovens da comunidade, combatendo a pobreza e exclusão social e dinamizando um bairro biodi-

nâmico e criativo, onde a sinergia entre a ação dos moradores e da natureza seja uma realidade, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”.

Sondagens distintas atribuem vitórias distintas No espaço de apenas três dias, duas sondagens atribuíram vitórias diferentes para a presidência da Câmara Municipal de Gondomar, nas Eleições Autárquicas de 29 de setembro. FOTO: RVC

Por um lado, vence Marco Martins, do PS. Pelo menos é o que um indica estudo de opinião realizado em Gondomar, pela DOMP, SA para o Partido Socilista, entre os dias 15 e 26 de julho deste ano. Marco Martins lidera nas intenções de voto dos gondomarenses (com distribuição proporcional dos indecisos), com 37,8%. Nessa sondagem, o PS vence as candidaturas do Movimento Independente – Valentim Loureiro Gondomar no Coração (28,5%), da coligação PPD/PSD-CDS-PP (14,9%), da Coligação Democrática Unitária PCP-PEV (7,1%) e do Bloco de Esquerda

(1,7%). Noutra perspetiva, o vencedor é o Independente Fernando Paulo. No estudo de opinião, efetuado pela Eurosondagem, S.A., para o Movimento Independente Valentim Loureiro “Gondomar no Coração”, Fernando Paulo sairia vitorioso com 38,2% dos votos. Contrariamente à sondagem divulgada pelo Partido Socialista, Fernando Paulo vai à frente, desta vez, seguindo-lhe Marco Martins (33,0%), Maria João Marinho, do PSD/CDS, (13,1%), Joaquim Barbosa, da CDU, (7,1%) e Ana Paula Canotilho, do BE (4,7%).


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Política

Independentes e CDU queixam-se à CNE

sobre “O Comércio de Gondomar”

O alegado tratamento jornalístico discriminatório da publicação “O Comércio de Gondomar” para com o Movimento Independente Valentim Loureiro – Gondomar no Coração e a Coligação Democrática Unitária de Gondomar, levaram os visados a fazer uma participação à Comissão Nacional de Eleições (CNE), que terá resultado numa notificação ao proprietário da empresa detentora do jornal. Em declarações ao Vivacidade, Fernando Paulo, do Movimento Independente, afirma que o que aconteceu relativamente ao jornal “O Comércio de Gondomar” “é inadmissível”. “Não nos compete fazer o trabalho da

PJ e dos tribunais, mas segundo várias testemunhas, o antigo diretor vendeu o jornal ao senhor José Luís Oliveira e ao PSD de Gondomar. Está confirmado que o jornal estava cancelado, está confirmado que o nome do diretor é fictício. Também há várias testemunhas que viram o descarregamento do jornal na sede do PSD e uma boa parte da distribuição do jornal era feita por membros do PSD”, disse o candidato independente à Câmara de Gondomar. Já Joaquim Barbosa, candidato à presidência da Câmara de Gondomar sublinha que a CDU limitou-se a “questionar se um jornal inteiro pode ser comprado para campanha eleitoral”.

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“Apoio a candidatura de Marco Martins, bem como todos os candidatos/as às respetivas Juntas de Freguesia, pelo Partido Socialista, por entender que são os únicos que reúnem uma equipa com ideias, projetos, dinâmica e capacidade de servir o meu concelho no futuro. Gondomar precisa de mudar e de renovar a sua imagem no país. Quero uma política séria e diferente e é por isso que no dia 29 de setembro vou votar no Partido Socialista nas Eleições Autárquicas 2013.”

Ernesto Augusto

O presidente da Junta de Freguesia de Valbom, que deixa o cargo nas próximas eleições autárquicas revelou “grande preocupação relativamente à candidatura do PSD/CDS-PP a Valbom”. Em resposta, José Macedo garante que a representatividade dos valboenses “estará assegurada”. José Gonçalves, atual presidente da Junta de Freguesia de Valbom, confessa sentir-se “triste” por considerar que “mais uma vez a freguesia de Valbom é sonegada”. Preocupado com “todas as listas” apresentadas às próximas eleições autárquicas, sobretudo com a lista da coligação Gondomar com Esperança, formada pelo PSD e CDS-PP, José Gonçalves lembra que apenas o terceiro lugar “e por ser uma senhora”, é de Valbom, sendo que só aparece outro candidato valboense “no sétimo lugar da lista”. “O presidente da Junta de Freguesia de S. Cosme não é uma pessoa com perfil para estar próxima das pessoas”, afirma José Gonçalves, em referência a José Macedo, candidato à União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Jovim e Valbom.

FOTO: PSF

O Movimento Independente e a CDU Gondomar apresentaram uma participação do jornal “O Comércio de Gondomar” à Comissão Nacional de Eleições por tratamento jornalístico discriminatório, que resultou numa notificação ao proprietário da empresa detentora do título.

José Gonçalves preocupado com lista do PSD/CDS-PP a Valbom

Em resposta, José Macedo prefere “não reagir ou discutir as listas com aqueles que fazem da crítica um hobbie, para quem sabe, confundir ainda mais o eleitorado”. O candidato à União de Freguesias deixa aos valboenses uma promessa: “na minha candidatura à presidência da União das Freguesias de S.Cosme, Valbom e Jovim a representatividade sempre esteve, está, e sempre estará assegurada”.


24 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Desporto

O futebol de regresso a Go

Depois da pausa de verão os clubes de futebol de Gondomar preparam-se para iniciar nova temporada. Com dificuldades acrescidas g Desportiva de S. Pedro da Cova entram em campo com um objetivo comum: a manutenção nas respetivas divisões. O Vivacidade falou Campeonato Nacional de Seniores e na Divisão Elite Pro-Nacional da Associação de Futebol do Porto.

Gondomar Sport Clube: Equipa jovem e preparada para a “luta” Às 16h, o sol aquece o Estádio de S. Miguel e os jogadores começam a equipar-se para iniciar mais um treino de pré-época, ao comando do treinador José Alberto. Com o plantel quase completo,

porque aí já vão ter pontos suficientes para não descer”, afirma o dirigente, referindo-se à segunda fase do campeonato em que os clubes perdem metade dos pontos que conquistaram na primeira fase. Mesmo nas deslocações o presidente não vê grande vantagem. “Temos uma saída à Madeira e a um clube de Vila Flor [Bragança] e se passarmos à próxima fase temos que sair do Norte”, refere. Dentro do campo, José Alberto, treinador do Gondomar SC

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Na foto em cima (da esquerda para a direita): José Alberto, Joel Ferreira; em baixo: Ricardo Pinto, Álvaro Cerqueira

a jovem equipa mostra-se ansiosa pelo início do novo Campeonato Nacional de Seniores (CNS), que funde as antigas II e III divisões nacionais e, numa primeira fase, reúne na série C algumas das principais equipas do norte, como por exemplo, o Boavista F.C., S.C. Salgueiros 08 e Amarante F.C., para além da Associação Desportiva da Camacha, do Arquipélago da Madeira. Álvaro Cerqueira, presidente do Gondomar SC não “vê assunto” no novo modelo do CNS e considera que este não vai ser tão competitivo. “Vai deixar de ter interesse a partir de janeiro, os clubes que estão a contratar jogadores para subir de divisão vão mandá-los embora em janeiro,

desde 2011, considera que este plantel pode vir a pagar a fatura por ter uma média de idade de apenas 20 anos, ainda assim recorda aos adversários a prestação da época passada: “Na segunda volta do campeonato costumamos atingir um nível de maturidade elevado e é quando a equipa assume uma matriz de jogo mais sólida e eficaz”. Habituado a lidar com o interesse de outras equipas nos jogadores mais jovens na parte final do campeonato, quando são solicitados por outros clubes, o técnico espera conseguir a manutenção, consciente que a equipa está ainda “numa fase de construção e que não tem uma base”, apesar de contar com “jogadores habituados

a lidar com a pressão”. Ricardo Pinto, médio e capitão do Gondomar SC, sublinha os níveis de confiança da equipa e aponta a “disponibilidade física” como uma das características principais do plantel 2013/2014. “O treinador aposta na juventude e podemos não ter tanta experiência, mas em termos físicos temos mais disponibilidade e pode ser que isso surja como uma vantagem face às outras equipas”, explica. Que o diga Joel Ferreira, lateral-esquerdo de 21 anos, que transitou este ano dos juniores para os seniores do Gondomar: “Os primeiros jogos têm uma carga emocional mais elevada. Como somos uma equipa jovem ainda estamos a ambientar-nos mas a juventude também tem os seus benefícios a nível de entrega e intensidade de jogo”, conclui. União Desportiva Sousense: A aposta na formação é para continuar Em Jancido, na Foz de Sousa, decorre mais um treino da equipa senior do União Desportiva Sousense. Lúcio Cunha, já foi presidente do clube duas vezes e cumpre agora o terceiro mandato.

Apesar da redução no orçamento deste ano, o clube “está estável e tem todas as condições para trabalhar”, sublinha. Segundo o presidente, no Sousense, impera a organização e a formação de atletas, baseada no acordo feito com a Academia do clube [que funciona autonomamente]. A situação é simples: quando um jogador atinge os 8 anos de idade - e por isso abandona os Infantis - tem obrigatoriamente que passar pelos Juniores do Sousense, uma estratégia que tem dado resultados. Quanto ao novo modelo do campeonato, Lúcio Cunha prevê uma disputa “muito difícil mas engraçada”. “Ao nível competitivo, temos que estar bem preparados para a intensidade de jogo e rivalidade entre os clubes. Temos um derby com o Gondomar, o que é bom para as duas equipas”, afirma. Em ano de estreia como técnico principal do Sousense, depois de ter passado pelo clube como jogador, Filipe Cândido “não quer cometer loucuras”. “Há uma aposta na estabilidade natural da equipa e houve apenas uma ou duas reestruturações em termos de plantel. É uma equipa com qualidade individual e como

Na foto em cima (da esquerda para a direita): Filipe Cândido, José Augusto; em baixo: Fábio Gabriel, Lúcio Cunha

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Texto e Fotos: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

joga junta há muitos anos tem a vantagem de se conhecer”, refere o treinador. Com 36 anos e a pensar retirar-se no final desta temporada, José Augusto, ponta de lança, considera a hipótese de começar a praxar os jovens atletas que transitam todos os anos dos juniores para os seniores do clube. O atleta experiente realça a importância e “responsabilidade” de envergar a braçadeira mas recusa a ideia de ser o único capitão da equipa. “O grupo já está formado e cada um de nós é um capitão”, afirma. Fábio Gabriel, um dos atletas mais jovens do clube, considera-se um jogador polivalente. Com vontade de treinar e ansioso por agarrar uma oportunidade, confessa ter sentido “mais intensidade e competitividade” nos treinos. “No ano passado eram treinos com menos intensidade [nos juniores], mas apesar de tudo, está a ser impecável.” O jovem jogador acredita que, este ano, o clube vai “fazer uma boa época”. Sport Clube Rio Tinto: A organização traz resultados Na Divisão Elite Pro-Nacional da Associação de Futebol do Porto há uma equipa que se destaca no que diz respeito à organização e estruturação do clube. O Sport Clube de Rio Tinto, na pessoa do seu atual dirigente, Jorge Madureira, tem um objetivo bem definido: “fazer um bom campeonato”. A ideia, segundo o presidente, é “tentar que as coisas corram da melhor maneira para depois arrancar para um patamar diferente”. Patamar esse que se baseia no crescimento do clube e no aproveitamento do Complexo Desportivo, prometido para 2014 pelos candidatos à Câmara de Gondomar. Mas para Jorge Madureira, essa não será uma tarefa fácil. “As exigências são cada vez maiores. Os clubes têm que ter noção daquilo que podem fazer. O Rio


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ondomar

graças ao contexto económico do país, o Gondomar Sport Clube, a União Desportiva Sousense, o Sport Clube Rio Tinto, e a Associação u com dirigentes, treinadores e jogadores das equipas do concelho, com o objetivo de perceber como se prepara uma nova temporada no Tinto, confessa ao Vivacidade que a fase de pré-época acabou por se tornar “um hábito” para o atleta de 35 anos que quer terminar a carreira este ano, “com uma boa classificação”. O jogador faz elogios ao grupo de trabalho e direção, para passar a bola ao treinador, um homem “que já conhece a casa e que se adaptou com grande facilidade”. Habituado às “tangas” dos jogadores e preparado para treinar o clube da sua terra e onde jogou, Ricardo Sousa, cumpre o primeiro ano como técnico principal do Rio Tinto, depois de ter passado pelo Pedrouços, Dragões Sandinenses e Canidelo. Jovem e exi-

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Na foto em cima (da esquerda para a direita): Kika, Jorge Madureira; em baixo: Miguel Silva, Ricardo Sousa

manutenção “o mais rapidamente possível”. Acaba o treino e Miguel Silva, médio-ala e capitão do S.C. Rio

gente, o treinador promete luta do “princípio ao fim” mas reconhece que preparar uma época como treinador “é mais complicado”.

Confiante, como seria de esperar, Ricardo Sousa finaliza: “O Rio Tinto tem um grupo homógeneo. Começamos há 5 dias e parece que já se conhecem há dois anos”. Associação Desportiva S. Pedro da Cova: Equipa preparada para resistir às dificuldades O clube que dá a cara por S. Pedro da Cova encontra-se numa situação bem diferente dos seus “rivais” desportivos. Carlos Alberto preside a Associação Desportiva de S. Pedro da Cova desde 15 de julho de 2011, e confessa ao Vivacidade que quando tomou posse - há três anos - o S. Pedro da Cova “estava para fechar as portas”. Mas segundo Carlos Alberto, as dificuldades não foram ainda ultrapassadas. “Quando tomei conta do clube sabia que ia sentir dificuldades e a verdade é que elas continuam. Além disso, têm surgido problemas de vandalismo, mas estou aqui para servir o clube e não para me servir do clube”, esclarece. Apesar dos problemas financeiros, o dirigente destaca a subida do S. Pedro da Cova para a Divisão Elite Pro-Nacional, alcançada na última época. Em entrevista ao Vivacidade, acrescenta, orgulhoso: “é um clube que acabou de fazer 76 anos de vida e é um dos maiores da Associação de Futebol do Porto.” A cumprir a segunda época como treinador principal, Sérgio Espírito Santo prepara uma nova

Na foto em cima (da esquerda para a direita): Pedro Castro, Hugo Dias; em baixo: Sérgio Espírito Santo, Carlos Alberto

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Tinto reestruturou-se a pensar no futuro e, em 2014, se nos derem o que nos prometeram [Complexo Desportivo], poderá ser um ano de crescimento para o clube”, explica. A atravessar algumas dificuldades iniciais relacionadas com um problema de fungos no relvado do Estádio Cidade de Rio Tinto, o Sport treinou por estes dias no Estádio Municipal de Valbom, o que não pareceu ser um problema para os jogadores. “Não é por aí. É o que temos e temos que nos adaptar”, diz Henrique Soares, mais conhecido por “Kika”. O médio-esquerdo espera ter “uma época tranquila” e conseguir a

temporada com um orçamento reduzido. “Temos que aproveitar jogadores que outros clubes não querem e tentar formar assim um plantel, contudo, arranjámos jogadores de valor”, afirma. O técnico admite que em 2012/2013 viveu uma época “atípica como nunca tinha passado no futebol”, graças aos problemas financeiros do clube, no entanto, mostra-se confiante com o plantel reunido e com a inclusão de “jogadores mais experientes” na equipa. Pedro Castro, o jovem capitão de 22 anos, cumpre a quarta época ao serviço do S. Pedro e caracteriza a fase de pré-época como “a mais exigente fisicamente”. Sobre a subida de divisão o atleta não tem dúvidas: “Vamos defrontar equipas mais fortes do que no ano passado e o grupo sabe que tem

que estar preparado”. Com a missão de defender a baliza do S. Pedro da Cova, Hugo Dias, 26 anos, resume, em poucas palavras, o discurso do treinador e capitão: “Estamos no início mas se juntarmos umas peças e se tudo correr bem, temos equipa para estar lá em cima”. A mensagem é passada à equipa, que acredita numa boa prestação. O CNS teve início no dia 25 de agosto. Na primeira jornada o Gondomar S.C. venceu o S.C. Coimbrões por uma bola a zero e a U.D. Sousense foi derrotada, em casa, por 1-3 frente ao Boavista F.C. Na segunda jornada, os dois clubes de Gondomar empataram a uma bola. O Gondomar jogou com o Amarante F.C. e o Sousense defrontou a A.D. da Camacha, na Madeira.

Equipas 2013/2014 Da vi d Jo ão T Zé iago Au gu Ti ag sto o Si lv Ví a to rB Fá org es bi o Ga M b rie ar co l s Pa ul o Fr Te e lm ixo o Pe dr o Sa Pa le s ul in ho Br un o Cu Vi nh to a rH Sa ugo lv ad or Pe dr o Ca Da rv al ni ho el Fá bi o Is ac

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Gondomar Sport Clube


26 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Desporto

Rali Cidade de Gondomar está de volta É já nos dias 13 e 14 de setembro que a cidade de Gondomar vai voltar a receber o Campeonato Open de Ralis. O 8.º Rali Cidade de Gondomar leva a adrenalina e competição ao limite, nas habituais provas realizadas em Gondomar, Covelo, Melres e Medas. A partida, essa dá-se no Multiusos de Gondomar. Texto: Ricardo Vieira Caldas

A dupla Luís Mota e Alexandre Ramos ainda não foi esquecida. No

ano passado, ganharam o título do Regional Norte com mais de um minuto de vantagem para o segundo classificado. Este ano, o espírito de competição deverá ser o mesmo e a primeira prova é a 13 de setem-

bro com a Super-Especial noturna, a partir do Multiusos de Gondomar. A segunda etapa realiza-se no dia 14, sábado, com a 1ª secção de manhã, em Gens, Medas e Vilari-

nho, com a segunda, terceira e quarta prova especial, respetivamente, e a segunda secção da parte da tarde. A entrega de prémios irá ocorrer no átrio do Pavilhão Multiusos de Gondomar pelas 17h15, no últi-

mo dia de provas, dia 14. A iniciativa, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e é dinamizada pelo GAS (Gondomar Automóvel Sport).

FOTO: GABINETE DE IMPRENSA CMGONDOMAR

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Mapa geral do 8.º Rali Cidade de Gondomar

Rui Oliveira venceu 45.º Grande Prémio Ciclismo do Taralhão O ciclista Rui Oliveira, da Escola de Ciclismo Venscelau Fernandes, venceu no dia 1 de setembro a 45ª edição do Grande Prémio Ciclismo do Taralhão, realizada em São Cosme (Gondomar). A prova reuniu 60 atletas juniores que disputaram a competição durante todo o dia. damente o campeonato nacional de juniores e cadetes”, que decorria ao mesmo tempo. No entanto, e apesar da au-

sência de alguns atletas, Jorge Silva sublinha a “boa casa, como se diz no futebol”. No próximo ano, o Grande Prémio Ciclismo do

Taralhão deverá ter nova edição, com uma promessa deixada pelo presidente: “tentar fazer cada vez melhor”. FOTO: PSF

O calor não foi suficiente para parar a determinação dos jovens ciclistas que competiram na 45ª edição do Grande Prémio Ciclismo do Taralhão, realizado em São Cosme (Gondomar), durante o dia 1 de setembro. O Grande Prémio teve início logo de manhã, por volta das 9h, e só terminou às 18h com a entrega dos prémios e medalhas aos atletas que marcaram presença. O percurso foi traçado entre a rotunda dos Rotários e a rotunda dos Carvalhos, cerca de 3.900 metros em 15 voltas. Rui Oliveira, ciclista júnior da Escola de Ciclismo Venscelau Fernandes, sagrou-se vencedor da prova, após ter tirado a camisola amarela a Paulo Cunha, que a ti-

nha conquistado na prova matinal. “É sempre bom ganhar e o trabalho da minha equipa foi excelente, só tenho que lhes agradecer”, disse Rui Oliveira, no momento da entrega do grande prémio. Na classificação geral individual, Rui Oliveira garantiu o 1º lugar, Paulo Cunha, da equipa Liberty Seguros/Santa Maria da Feira/KTM, ficou em 2º lugar e Paulo Silva, da mesma formação, fechou o pódio. Já na classificação geral por equipas, a Liberty Seguros ficou em primeiro lugar, seguida da Escola de Ciclismo Venscelau Fernandes e da equipa espanhola Redondela. Segundo Jorge Silva, Presidente do Centro Ciclista de Gondomar, a prova foi “muito agradável, embora um pouco aquém do desejável graças à existência de provas paralelas por todo o país, nomea-

Na foto: Rui Oliveira (camisola amarela) foi o vencedor da prova

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Texto: Pedro Santos Ferreira


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Política

Grande demonstração de apoio e de motivação em Melres

Centenas de pessoas acolheram José Andrade, em Melres, no dia 31 de agosto, durante a apresentação da candidatura do Partido Socialista à União de Freguesias de Medas e Melres. FOTO: DR

tou algumas ideias do programa eleitoral e prometeu “lutar pelas freguesias” a que se candidata. Em relação a Melres, concretamente, José Andrade, abordou questões como a higiene pública e saneamento, apoio aos idosos, segurança – “A GNR de Medas tem de ficar em Medas”, explicou José Andrade –, criação de emprego [com a atração de investimento e a articulação de projetos com a escola], o orçamento participativo e a saúde. Já quanto ao rio Douro, Andrade não escondeu que gostaria que de ver a praia [quando o for] e a marina como “grande porta de entrada em Medas e Melres”.

Após ter apresentado a candidatura em Jovim, Joaquim Viana, candidato à presidência da União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, deu a conhecer o programa eleitoral para Valbom, com casa cheia no Clube Naval Infante D. Henrique. Fernando Paulo e Valentim Loureiro marcaram presença no evento. No dia 23 de agosto, cerca de 350 pessoas estiveram presentes no Clube Naval Infante D. Henrique, em Valbom, para uma nova apresentação de Joaquim Viana, candidato à União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, pelo Movimento Independente Valentim Loureiro – Gondomar no Coração. Para Valbom, o candidato deixou a promessa de “garantir o normal funcionamento diário dos serviços em cada uma das três freguesias, através da reestruturação dos serviços, para servir melhor e criar proximidade”, que será realizado com a delegação de funções nas três Juntas. Num discurso maioritariamente dirigido aos cidadãos, Joaquim Viana avançou com a proposta de “criar uma linha telefónica para os cidadãos e uma página de internet para os cidadãos”, no que considerou ser “um serviço de proximidade, ao serviço dos cidadãos”. Joaquim Viana afirmou ainda que o candidato Marco Martins “anda preocupado”

FOTO: PSF

Junto ao areal de Melres, José Andrade, candidato do Partido Socialista à União de Freguesias de Medas e Melres nas próximas eleições autárquicas, recebeu uma grande demonstração de apoio das centenas de pessoas que se encontravam presentes no local. O candidato socialista a Medas e Melres – acompanhado de Marco Martins, candidato à Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, Carlota Teixeira, candidata à Presidência da Assembleia Municipal, vários membros da sua equipa e todos os restantes candidatos às Juntas ou Uniões de Freguesia – apresen-

Joaquim Viana apresenta propostas para Valbom

com a candidatura do atual presidente da Lomba à União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim, após Viana ter rejeitado o convite para ser candidato independente à União de Freguesias, pelo Partido Socialista. Em declarações ao Vivacidade, Marco Martins não quis reagir. Fernando Paulo e Valentim Loureiro marcaram presença na apresentação de Joaquim Viana. Contudo, apenas o candidato à Câmara Municipal de Gondomar discursou.

Paulo Silva quer um elemento para a Assembleia de Baguim

Independente Adélio Silva apresentou

O candidato da CDU à presidência da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Paulo Silva, apresentou-se à população no dia 27 de julho na Escola EB 2/3 Frei Manuel de Santa Inês. Como objetivo principal, o candidato pretende fazer tudo para eleger “um elemento para a Assembleia de Freguesia de Baguim”.

Foi no auditório da Lipor, em Baguim do Monte, que o candidato Adélio Silva, do Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração, se apresentou à freguesia, no dia 27 de julho, numa cerimónia que juntou algumas dezenas de pessoas. FOTO: RVC

FOTO: RVC

Com a sala polivalente da escola composta, Paulo Silva apresentou uma equipa “renovada, jovem e com muita força de vontade de fazer mais e melhor”. Do programa – ainda incompleto - que preparou para Baguim, destacam-se o desejo de reabilitar diversos arruamentos na freguesia, instalar

e conservar a rede de águas pluviais, melhorar a iluminação pública para aumentar a segurança da população e lutar para que se inicie a construção do Centro de Saúde [há vários anos reclamado pelos baguinenses]. Paulo Silva não esqueceu também o apoio às colectividades de Baguim e a construção de uma rotunda no entroncamento de Vale de Ferreiros, para que possa haver uma melhor circulação de viaturas numa das entradas da nossa freguesia. Na apresentação pública marcou também presença Joaquim Barbosa, candidato da CDU à Câmara Municipal de Gondomar, que focou a necessidade que o próximo executivo camarário tem de “se debruçar a sério sobre duas questões principais: desenvolver as atividades económicas para a criação de postos de trabalho e desenvolver a educação e a cultura para preparar o futuro.”

candidatura a Baguim na Lipor

O baguinense, presidente do Grupo Coral de Baguim e atual bancário na freguesia, prometeu trabalho e dedicação à população. “Temos trabalhado muito, semana após semana, procurando concentrarmo-nos nas preocupações mais sentidas em Baguim do Monte. Temos conversado muito com quem encontramos na rua e estamos também a ouvir as associações. E o que nos têm vindo a dizer não ficará esquecido”, comentou no início do seu discurso de apresentação onde expôs também a restante equipa da candidatura a quem estava presente. Já o candidato à Câmara pelo Movimento, Fernando Paulo, elogiou Adélio Silva e enfatizou a ideia de que a candidatura independente se distingue das

restantes “na forma de ser e de estar” não escondendo, porém, a dificuldade que vê para uma vitória do candidato à freguesia. “Não é tarefa fácil ganhar as eleições em Baguim do Monte. Mas eu tenho a certeza que o Adélio, com a sua determinação, o seu saber, com a sua vontade de trabalhar, sairá vitorioso a 29 de setembro”, disse. “Adélio Silva é uma pessoa que bem conheço pela sua dedicação às causas comunitárias. Uma pessoa bem formada e com grande amor a Baguim do Monte, a sua terra. Reuniu uma equipa de pessoas experientes e capazes, não apenas para ganhar as eleições mas para desenvolver um projeto em sintonia com a Câmara, em prol do bem estar das populações”, afirmou Fernando Paulo. No final do seu discurso disse ainda: “Vamos fazer em Baguim o que ainda falta fazer.” Na apresentação pública estiveram ainda presentes o líder do Movimento, Valentim Loureiro e os primeiros candidatos da lista de Fernando Paulo à Câmara Municipal de Gondomar.


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Política

Linda Rosa quer “manter as duas Juntas a funcionar”

Mário Gonçalves apresenta ideias para Fânzeres e S. Pedro da Cova

Foi em ambiente de festa e com uma forte convicção na vitória, a 29 de setembro, que o Partido Socialista apresentou, no dia 1 de setembro, a sua candidatura à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, liderada por Linda Rosa e Carlos Taveira.

Fernanda Vieira apresentou-se “ao povo” A candidatura independente de Fernanda Vieira à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova apresentou-se no dia 24 de agosto na Escola E.B. 2/3 de Santa Bárbara, em Fânzeres. O discurso da ex-candidata do Partido Socialista pautou-se pela explicação da sua candidatura independente, numa apresentação que juntou algumas centenas de pessoas. FOTO: RVC

“A razão da minha candidatura é uma: a vontade do povo”, começou por referir Fernanda Vieira. A candidata iniciou o seu discurso, explicando ao público presente o que significava para si a “confiança” e as razões que a levaram a desistir da candidatura socialista [que abraçava anteriormente]. “Entendo, como sempre entendi, que deve ser a vontade popular e os superiores interesses das populações a traçar o rumo dos partidos; o inverso constituiria – tal como constituiu - uma grave violação e subversão dos princípios da democracia e liberdade, consagrados na Constituição da República Portuguesa, em que me revejo, que defendo e cumpro”, expôs. “​Por entender que parte dos órgãos do Partido Socialista de Gondomar não subscrevem este meu entendimento e por quererem interferir, de forma substantiva, nas bases da minha candidatura, fazendo sobrelevar estratégias pessoais e condicionando o seu rumo e caracteres popular e livre decidi desvincular-me desse partido e apresentar às populações uma candidatura verdadeiramente ‘’livre e

independente, de todos e para todos.’’ Não me candidato contra ninguém. Rigorosamente contra ninguém”, aclarou Fernanda Vieira. A candidata independente fez questão de referir que, apesar de se ter desvinculado do partido, ainda mantém amizades socialistas, nomeadamente com Isabel Santos [ex-candidata socialista à Câmara]. Disse ainda que, por uma questão de coerência, “não apoia o candidato e a candidatura do Partido Socialista” à Câmara Municipal. No final do discurso, Fernanda Vieira apresentou ainda a situação financeira da Junta de Freguesia, caracterizando a Junta de Fânzeres, neste momento, como “uma das juntas com mais saúde financeira de todo o concelho de Gondomar”.

FOTO: RVC

FOTO: DR

Perante algumas centenas de pessoas que desafiaram as altas temperaturas, Linda Rosa, candidata do Partido Socialista à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, sublinhou, numa breve intervenção, a “competência, honestidade, esforço e transparência” da equipa que lidera e a confiança na vitória. “Iremos manter as duas Juntas a funcionar e iremos realizar obras úteis às populações. A nossa preocu-

pação também passa pelas coletividades, crianças e idosos, estas serão as nossas prioridades”, referiu a candidata. Linda Rosa destacou ainda a importância de “ouvir os jovens para saber responder às suas aspirações e, sobretudo, criar um parque urbano”. Já Carlos Taveira, o segundo nome na lista do PS à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, sintetizou num único desígnio os compromissos eleitorais: “melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”. Antes, já tinham usado da palavra Marco Martins, candidato à Câmara Municipal de Gondomar, Carlota Teixeira, candidata à Presidência da Assembleia Municipal, e Luís Filipe Araújo, líder da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, que exaltou as capacidades dos candidatos socialistas.

Mário Gonçalves e Márcio Santos, candidatos à Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova e Fânzeres apresentaram, no dia 24 de agosto, a sua candidatura, perante uma multidão que aplaudiu o Movimento Independente e mostrou grande vontade em ver também Fernando Paulo como presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

A Escola Básica da Bela Vista nº2, em Fânzeres, recebeu no dia 24 de agosto, cerca de 350 pessoas que assistiram à apresentação de Mário Gonçalves e Márcio Santos, candidatos do Movimento Independente Valentim Loureiro – Gondomar no Coração à União de Freguesias de

Fânzeres e S. Pedro da Cova. Em discurso, Mário Gonçalves revelou ter demorado “cerca de 30 dias a aceitar ser candidato” e, entre as promessas eleitorais previstas pelo independente, destacaram-se a criação de uma rede de apoio domiciliário aos idosos, a criação de um posto de GNR e a abertura de zonas industriais, em S. Pedro da Cova. Mário Gonçalves lembrou ainda o objetivo de “criar um roteiro com visitas guiadas a Fânzeres e S. Pedro da Cova”. Fernando Paulo, candidato à presidência da Câmara de Gondomar, presente na apresentação, lembrou que os independentes são os únicos que podem continuar o trabalho iniciado há 20 anos e que colocou Gondomar entre os concelhos com melhores indicadores na Área Metropolitana do Porto em muitas áreas.


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Política

José Santos emocionado na Nuno Fonseca quer biblioteca e nova apresentação da candidatura a Rio Tinto piscina para Rio Tinto

José Santos apresentou a candidatura à Junta de Freguesia de Rio Tinto, no dia 31 de julho, perante um auditório que encheu para conhecer a equipa do filho de Império dos Santos.

FOTO: RVC

FOTO: PSF

“Este é talvez o dia mais importante da minha vida, nestes 60 anos”, disse José Santos, candidato à Junta de Rio Tinto, no dia 31 de julho, no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto. O espaço que recebeu cerca de 300 pessoas foi escolhido pelo Movimento Independente, para dar a conhecer a equipa que o ex-treinador de ciclismo vai liderar, caso vença as eleições autárquicas.

José Santos começou por classificar a candidatura como “o desafio mais entusiasmante” da sua vida, para o qual procurou ajuda de “pessoas de todos os estratos sociais”, referindo-se à lista que formou. O candidato defendeu a criação de novos pavilhões desportivos, “o alargamento dos horários escolares, uma universidade sénior, atividades físicas, recreativas e culturais nos espaços públicos e programas de apoio social para os mais carenciados”, para uma cidade “cada vez mais urbana e com cunho de desenvolvimento”. Fernando Paulo, candidato à Câmara de Gondomar pelo Movimento Independente, mostrou-se confiante em relação à vitória de José Santos em Rio Tinto e classificou o candidato à Junta como “uma pessoa com dedicação e a pessoa certa para presidir a Junta”. Valentim Loureiro também marcou presença na apresentação, tendo sido o último a discursar.

A apresentação pública do candidato pelo PS à Junta de Rio Tinto encheu, no dia 23 de agosto, o edifício do Dramático de Rio Tinto. Entre outras coisas, Nuno Fonseca incluiu no seu programa a criação de uma biblioteca e construção de uma nova piscina para Rio Tinto.

Foi com casa cheia que Nuno Fonseca, candidato do PS à Junta de Rio Tinto, apresentou a candidatura e programa para a freguesia. Após os discursos do presidente da Concelhia do PS Gondomar, Luís Filipe Araújo e dos candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal de Gondomar, Marco Martins e Carlota Teixeira, foi a vez do candidato discursar. “Esta candidatura é um projeto iniciado em 2005. Muitas das vezes foi bloqueado, por uma Câmara Municipal que não soube olhar para Rio Tinto como merecia e que atrasou ou não realizou investimen-

tos para a melhoria da freguesia”, disse o candidato. “Ao próximo presidente da Câmara, Marco Martins, não será preciso exigir investimento, nem competências, mas da nossa parte, não o iremos deixar esquecer-se disso”, alertou. Nuno Fonseca considerou ainda ser necessário “requalificar o edifício da Junta e equipamentos”. Como medidas importantes o candidato pretende reivindicar à Câmara a “finalização do plano de pormenor para o centro de Rio Tinto, de forma a requalificar o Parque da Levada, as margens do rio Tinto e o espaço da antiga feira”. “Queremos também concluir a despoluição do rio e exigir a resolução dos problemas existentes na ETAR do Meiral”, referiu. O socialista pretende ainda exigir à Câmara a construção de uma biblioteca e uma nova piscina em Rio Tinto. A encerrar, Nuno Fonseca prometeu “continuar a apoiar a pretensão da população de Rio Tinto, da criação do Concelho de Rio Tinto.”



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Política: Vozes da Assembleia da República A educação é uma prioridade

Margarida Almeida PSD

Todos sabemos que a “Educação”, em todos os seus sentidos, tem reflexos e implicações vitais no desenvolvimento de um país. Desde a ideia básica da instrução, passando pelos diversos processos de aquisição e de atualização de conhecimentos, a educação conduz um ser humano a optar por atitudes e comportamentos que o levam a uma inserção, mais ou menos bem conseguida, na sociedade. Começamos a “ser educados” no nosso primeiro dia de vida. Começamos a receber a influência dos nossos pais e familiares e o nosso comportamento, as nossas emoções, começam a ser moldadas. Infelizmente nem todas as crianças têm a participação dos seus pais e familiares na sua educação, no desenvolvimento do próprio conhecimento, tantas vezes com reflexos futuros nos níveis de confiança nas suas capacidades cognitivas, afetivas, físicas e de relacionamento social. A família constitui-se no suporte que

toda criança precisa e, infelizmente, nem todas a têm. A escola terá de constituir-se num espaço em que, por excelência, nos preparamos e desenvolvemos como cidadãos. Numa sociedade de conhecimento, como a entendemos, um sistema educativo tem para além de transmitir conhecimentos, proporcionar competências. Um conhecimento sólido da língua, da matemática e das ciências terá de ser acompanhado pela disciplina, pela liderança e pela capacidade de trabalhar em grupo, privilegiando a iniciativa, a autonomia e a inovação. Um dos maiores objetivos da educação de hoje e dos tempos mais próximos será certamente o de criar condições para que todos tenham a oportunidade de frutificar os seus talentos e de potenciar a sua criatividade. Um grande desafio no plano ético é colocado à Escola. Independentemente de tantas retóricas que muitas vezes radicalizam e impedem

uma responsabilização dos atores, é importante que se crie um ambiente escolar onde se promova o respeito pela singularidade das pessoas e da sociedade. Temos muito trabalho pela frente. Sabemos que o sucesso não é inimigo da exigência. O resultado recente nas “Olimpíadas Internacionais de Matemática “, onde jovens portugueses obtiveram a medalha de ouro e duas de bronze, para além de uma menção honrosa, é a prova de que, se houver trabalho e empenho, conseguimos ter os melhores resultados. Que este esforço e dedicação sejam entendidos como sinais de incentivo para todos. A sociedade terá de saber criar e disponibilizar as condições para que os professores cumpram a sua nobre função de ensinar, de transmitirem conhecimentos e de prepararem os cidadãos para uma cidadania plena, nesta sociedade em que vivemos, em constante evolução e ávida de inovação e criatividade. A

avaliação das escolas, dos diretores, dos professores e dos alunos é fundamental, mas terá de ser acompanhada e inserida num processo mais amplo que inclua a avaliação dos currículos, dos programas e dos manuais escolares. Este não é o tempo para demagogias ou experimentalismos tantas vezes demagógicos. Estamos num tempo em que é vital o empenho de todos. Simplificando procedimentos, necessariamente racionalizando recursos, teremos de encontrar um modelo organizativo e funcional para que nas escolas se formem cidadãos capazes de viver nesta sociedade complexa, marcada pela diversidade e permanentemente pressionada por um ambiente globalizado. Passo a passo para não perdermos o rumo. É importante que os nossos jovens tenham o seu futuro assegurado num Portugal mais desenvolvido e solidário. Eu acredito em Portugal e nos portugueses.

de 2013; as medidas decorrentes da “Lei da Requalificação” teriam um impacto calculado em cerca de 167 milhões no OE; se o deficit no final de 2013 for de 7,6% do PIB, em vez dos 5,5 previstos, significa que registaremos um desvio superior a 4 mil milhões de euros. O que são 167 milhões em 4 mil milhões de euros? O segundo resgate é da responsabilidade da Constituição e do Tribunal Constitucional? Contem-me histórias! Sim, eu gosto de ouvir contar histórias! Mas, por favor, tentem surpreender-me e contar-me histórias inteligentes, capazes de me fazer acreditar no que ouço. A verdade é que o resultado do desastre a que a sacrossanta fé na austeridade não é ainda maior, exatamente, porque a ação do Tribunal Constitucional, na defesa do respeito pelos princípios

constitucionais, ao obrigar o Governo a procurar outras soluções, tem evitado um afundamento maior da economia. Contem-me histórias! Mas evitem ameaçar-me com o lobo mau porque o problema são os maus governantes. Os incêndios: Voltarei a este tema no final da época de incêndios. Até lá, registo apenas o esforço dos muitos homens e mulheres que, de forma generosa, se têm dedicado à defesa de vidas e bens, arriscando a própria vida. Mas não podemos ficar apenas pelo lamento das vidas perdidas. E foram demasiadas. Se um momento particularmente exigente não servir para uma reflexão profunda e uma revisão de políticas, dando um passo adiante - como aconteceu em 2005 - a política e os políticos serão os grandes derrotados nesta guerra sem quartel.

res. Estão em causa opções como a privatização ou não das águas e do tratamento dos resíduos, a resposta à emergência social, o emprego, a carga fiscal... As escolhas que fazemos agora marcam o nosso futuro. O Bloco de Esquerda parte para estas eleições com duas prioridades: resgatar a democracia e responder à emergência social. Parte também com um compromisso claro de defesa dos bens públicos e do espaço público. E com o seu património

de luta pela transparência e participação, pela defesa do ambiente e da solidariedade, pelo combate à especulação imobiliária e à privatização dos bens comuns. Cada eleito e eleita do Bloco de Esquerda assume o compromisso de fazer parte das soluções de esquerda para as autarquias e de não viabilizar executivos de direita. Cada voto conta, portanto, para a criação da alternativa à esquerda. Uma esquerda de confiança.

Visto da Praia da Memória

Isabel Santos PS

As ameaças: as conversas em família, do tempo da “outra senhora” foram definitivamente substituídas pelos ralhetes em família protagonizados por Passos Coelho. Já todos percebemos que para o Governo a Constituição é um estorvo, o Tribunal Constitucional um empecilho e os Juízes que o compõem um grupo de malévolos intérpretes da lei fundamental cujo único objetivo é criar problemas. A cada vislumbre de mais uma declaração de inconstitucionalidade lá vem mais uma ameaça de terríficas sequelas. Perante o envio do Decreto Parlamentar da Requalificação para o Tribunal Constitucional, para fiscalização preventiva, o discurso da reentre, no Pontal, ficou marcado pela dramatização em torno dos imprevisíveis efeitos de uma mais que previsível

decisão contrária à determinação do Governo. Após a declaração de inconstitucionalidade das normas que previam o despedimento sem justa causa na administração pública, lá veio concretização da ameaça com o anúncio da eminência de um segundo resgate. Peculiar argumento para justificar uma necessidade que há muito tempo se vem a desenhar, mas para a qual, sejamos sérios, a declaração de inconstitucionalidade não contribuiu em nada ou em muito pouco. O problema está nos consecutivos buracos da execução orçamental provocados pela teimosia e incompetência de quem nos governa. Senão vejamos: com a previsão que temos neste momento para o deficit, em contabilidade nacional, no primeiro trimestre, dificilmente atingiremos a meta de 5,5% no final

Responder à chamada

Catarina Martins BE

Este mês somos chamados à responsabilidade de fazer escolhas políticas para os nossos municípios e freguesias. Nas eleições autárquicas decidimos sobre a nossa vida coletiva. E estas eleições são particularmente marcantes: são as primeiras da era da troika. Cada voto nestas eleições afirma a democracia; afirma que quem escolhe o destino de um país é o seu povo. Quem faltar à chamada, está a deixar que outros escolham. E está a alargar o espaço

de decisão dos interesses económicos que agem na sombra. Cada voto é também uma avaliação do governo; na noite eleitoral a derrota ou vitória de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas mede-se em cada voto entregue à direita. Votar em candidatos da direita é dar mais força ao garrote da austeridade. Cada voto é também, e principalmente, uma escolha que definirá os próximos tempos. As eleições autárquicas não são escolhas políticas meno-


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Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Ainda se argumenta assim em Portugal

Michael Seufert CDS-PP

Ana Benavente escreve há dias no “Público” um “artigo” sobre educação. Era mais ou menos assim: o governo desde que tomou posse está a destruir a escola pública. Medidas avulsas fazem parte dum plano global para «tornar a sociedade portuguesa mais desigual». Entre as medidas apontadas estão «os exames à moda antiga» e tratar as pessoas como números. A partir daqui a coisa começa a ficar estranha: parágrafos colados onde se salta de Franco para problemas colectivos, da CRP para a UNESCO, culminando num coelho que poderia saltar do livro vermelho do camarada Mao: «A direita odeia a ascensão social dos mais pobres atra-

vés da escola». E vai daí o que faz a direita: vem com o cheque-ensino na manga, esse artifício nazi-fascista (isto já sou eu que o digo, mas enfim: perdido por cem, perdido por mil) «ligado à chamada liberdade de escolha». No fim pede a articulista que “nos” organizemos para esta luta, que a educação está a arder. Finalmente alguém descobriu o que a direita quer verdadeiramente. A «chamada liberdade de escolha»? Uma capa que esconde o real propósito da direita: Quando fala em adequar a educação dos filhos aos projetos educativos das famílias ou em proporcionar a todos e não apenas aos mais ricos o acesso a outras formas de escola está na

verdade a congeminar o «aumento das desigualdades». Quando quer que o governo mande menos e em menos escolas está a querer pessoas «prisioneiras do medo e da manipulação pelos discursos dominantes de quem governa». Tudo em nome, claro, do ódio que move contra a ascensão social dos “pobres” – os mesmos a quem o cheque-ensino poderia abrir portas a colégios tornados parte da rede pública. Salazar teria sonhos bastante indecentes aos pensar no bom que seria se as pessoas pudessem ir para escolas que ele não controlava. Faz sentido? Pois. Ainda assim, Ana Benavente felizmente não descobriu tudo. Não sabe ainda

das sessões em que a direita sacrifica galos vermelhos para que Belzebub garanta mais ignorância e mais pobreza no país. Não conhece a senhora os encontros em que treinam a gargalhada maléfica que soltam de cada vez que pensam em piores escolas e piores resultados. Não falou a antiga secretária de estado da educação nas criações de gatos brancos para acariciar quando se elaboram novos planos maléficos para impedir os “pobres” de teimar em querer subir a escada social. Ainda não destaparam a careca tapada pelo carapuço branco e bicudo que a direita guarda para os seus rituais, mas está para breve. Ainda se argumenta assim em Portugal.

O jogo de sombras de Marco Martins e José Oliveira

Maribel Santos Fernandes Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração

Os portugueses e, pois claro, os gondomarenses estão divorciados da política. É, pelo menos, o que nos dizem todos os dias. Porque será? Perguntam os académicos, comentadores, politólogos e os próprios políticos. Porque será? Pergunto eu! Quando em 2005 se abriram as candidaturas independentes às Câmaras Municipais e, aqui em Gondomar, o Movimento Valentim Loureiro Gondomar no Coração decidiu candidatar-se, estavam todos esses convencidos que nada de especial estava para acontecer. Estou até convencida que muitos desses “especialistas” olhavam o fenómeno como uma moda, que se esgotaria num fenómeno de divór-

cio de dois ou três autarcas/modelo com as suas lideranças partidárias e cuja duração não ultrapassaria os 4 anos. Achava-se que, concluído esse ciclo político, regressaríamos à normalidade da política portuguesa. Ou seja, entre jogadas de bastidores e facadas nas costas, lá haveria o “arco do poder” de tomar conta, de novo, dos comandos do país autárquico. O sistema político estava confiante de que ou PS ou PSD, mais mandato menos mandato, tomariam conta do poder, de novo, em todo o lado. Aqui em Gondomar, também. Escapou-lhes, contudo, um pormenor: o povo – a que agora chamamos pomposamente “sociedade civil” – não dorme. Não tenhamos dúvidas de

que os partidos viram estas autárquicas, em Gondomar, não apenas como uma eleição. Viram-nas também como uma oportunidade para recuperarem uma “normalidade” que os portugueses e os gondomarenses recusam. E essa oportunidade é voltar a afunilar as escolhas, senão através das urnas, pelo menos através da Justiça. Impedir que os gondomarenses possam escolher tornou-se, pois, o objetivo combinado nos bastidores, entre o PS de Marco Martins e o PSD de José Luís Oliveira. O Tribunal tornou-se o seu instrumento. E é isso que está em causa no próximo dia 29. A escolha de um caminho. De um lado, o caminho da cidadania livre e de políti-

cas com identidade própria. Do outro, o jogo de sombras dos partidos que, não podendo vencer através da liberdade, escolheram, de novo, o caminho cobarde da mentira e da vitória na “secretaria”. Este jogo envergonhado que a nova aliança entre Marco Martins e José Luís Oliveira não tem coragem de assumir nos seus comunicados e nos seus posts nas redes sociais, tem contudo assinatura, nas impugnações entregues nos tribunais, onde não se procura ganhar nada, mas apenas evitar a escolha livre dos gondomarenses. Como em 2005, a resposta será nas urnas. Porque é aí que os gondomarenses sempre souberam dar a sua resposta, clara e consciente.

Credibilizar a política autárquica: a maior responsabilidade

Carlos Brás PS

Mais um ciclo autárquico que termina, mais uma época autárquica e mais uma fase de novas esperanças se abre. As campanhas eleitorais autárquicas e em especial a fase de composição de listas para os respetivos órgãos são por excelência o momento em que mais cidadãos dão um contributo e se aproximam da vida política. Jovens que dão os primeiros passos e cidadãos desvinculados dos partidos políticos participam ativamente nas campanhas e tomam contacto com uma realidade nova. Os órgãos autárquicos são a grande escola da democracia e muitas vezes o primeiro contacto com a política. Mas a atividade política é hoje mal

vista, os políticos estão descredibilizados e os cidadãos facilmente ligam as questões nacionais às questões locais generalizando e exteriorizando um sentimento de revolta contra a impunidade com que políticos corruptos se movimentam. Não é raro ouvir no contacto direto “são todos iguais”, “querem é tachos” ou até “voto em si se me arranjar um emprego”. Existe uma certa visão instrumentalista da vida autárquica que a nova geração tem que contrariar. A desacreditação e a perceção de impunidade é uma locomotiva pesada que importa travar e obrigar a recuar. Este é o maior desafio dos próximos autarcas. O resto virá por acréscimo,

a gestão rigorosa, a transparência ou a participação da população serão uma consequência natural. Termino agora o meu segundo mandato na Assembleia Municipal de Gondomar. Este último com a responsabilidade de coordenar e dirigir o Grupo Municipal do PS (conjunto de deputados municipais e presidentes de Junta do PS). Assumi com afinco as minhas responsabilidades, nunca faltei a uma Assembleia, preparei e coordenei a preparação das mesmas e dos temas conexos. Lutei sempre por implementar três princípios básicos na minha atuação. 1: Ser um exemplo na dedicação e responsabilização pelo mandato de oposição

conferido pelos eleitores. Para mim, tem tanta importância como tem o mandato de quem está no poder. 2: Valorizar todas as propostas de outros deputados ou grupos municipais pelo seu conteúdo e não pela sua origem. 3: Conferir aos Presidentes de Junta liberdade de voto nas questões fundamentais para o seu território por forma a que o interesse da população que os elegeu se sobrepusesse aos interesses partidários. Foi uma experiência gratificante e sinto-me realizado com o trabalho que desenvolvi. Um cumprimento a todos os eleitos locais com quem tive oportunidade de trabalhar e com quem pude aprender alguma coisa.


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Política: Vozes da Assembleia Municipal Balanço

Pedro Oliveira CDS-PP

Termina agora o meu mandato enquanto representante do CDS/PP na Assembleia Municipal de Gondomar (AM). Apesar de ter responsabilidades no partido há mais de 15 anos, a verdade é que foi esta a minha primeira participação de representação do partido, eleito para um órgão municipal. Foi uma experiencia enriquecedora por diferentes razões: Porque me aproximou da realidade autárquica portuguesa permitindo-me melhor conhecer os seus intérpretes, as suas motivações, os seus preconceitos. Porque sedimentei a noção prévia de que grande parte dos seus membros (das AM) ini-

ciam e terminam os seus mandatos sem saberem o que ali estão e estiveram a fazer, limitando-se a votar em consonância com o respetivo líder parlamentar. Não têm vocação política, não têm uma ideia política, não sabem, de facto, o que é a política. Porque efetivamente conclui que o caciquismo tem aqui um amplo campo onde espraiar as suas nefastas prerrogativas. Mas também assisti a honrosas participações de quem quis dar um verdadeiro efeito útil ao seu mandato invocando questões candentes de muitos dos lugares concelhios. No referente ao meu mandato exerci-o sempre com absoluta au-

tonomia, sem qualquer limitação por via de interesses, de lobbies, ou de imposições mais ou menos duvidosas. Mesmo em relação ao partido que represento, o CDS/PP, jamais me foi dirigida alguma diretiva impositiva ou algum sentido de voto particular, facto que muito me honra pois é demonstrativo da confiança que sempre depositou em mim nunca tendo sido a mesma quebrantada. A minha prioridade sempre foi Gondomar e as suas gentes e, dentro do possível, fui tentando interferir em prol da melhoria da respetiva qualidade de vida, apostando nas soluções consubstanciadas mas ver-

berando energicamente também, tudo aquilo que soava a populismo anacrónico e oco de resultados. Termino agradecendo a todos os que, nos diferentes espectros políticos, perceberam, apesar das diferenças, o meu papel na AM, colaborando em conjunto, com este desiderato essencial de elevar sempre o nome de Gondomar e potenciar os níveis de felicidade das sus populações. Quanto ao futuro, as eleições do fim deste mês desSetembro ditarão a minha maior ou menor intervenção na prossecução de tão importante desiderato. Obrigado.

dia 29 está nas nossas mãos alterar a política local e apoiar a dinamização do pequeno comércio e das indústrias tradicionais, com incentivos de redução dos impostos municipais; defender a cultura, através da criação de pólos da Biblioteca Municipal nas freguesias, da instalação do Arquivo Histórico Municipal, da instalação de núcleos museológicos, da promoção de ciclos de teatro, cinema, música e artes plásticas nos espaços públicos e equipamentos municipais; defender o meio ambiente, com a recuperação e valorização dos cursos de água, limpando os leitos das ribeiras e rios e protegendo e qualificando as suas margens, a preservação das áreas agrícolas, o aumento da cobertura das redes de abastecimento de água, drenagem e tratamento de

esgotos e recolha e reciclagem de resíduos sólidos, o alargamento do Programa Polis à frente ribeirinha, entre Valbom e Melres; defender a mobilidade através da expansão da linha do metro até Valbom, a criação de uma rede interna de transporte rodoviário para incentivar o uso do transporte público. Estas foram sempre as propostas e o trabalho desenvolvido pela CDU e não só em período eleitoral! No dia 29 é tempo de dizer basta! Com a CDU pode contar com trabalho, honestidade e competência! Com a CDU pode contar com coerência porque o que defendemos nas Assembleias de Freguesia é o mesmo que defendemos na Assembleia Municipal e na Câmara e é o mesmo que defendemos na Assembleia da República!

nos meios que ajudem a por um fim mais rápido no combate às chamas. Ao longo dos oito anos que levo como Deputado Municipal, tenho sempre batido no sentido de a Câmara tomar medidas que ajudem a travar os incêndios mas, infelizmente as respostas têm sido ZERO. É preciso travar este flagelo assim, deixo aqui algumas propostas: 1º Apoiar com todos os meios as nossas corporações de bombeiros; 2º Proibir todas as construções em zonas ardidas durante os anos previstos na lei para não acontecer aquilo que todos presenciamos, ou seja, aonde arde logo a seguir se constrói; 3º Incentivar e organizar a lim-

peza das matas promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, construindo centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível. No próximo dia 29 de setembro vamos eleger um novo executivo. É o momento certo para todos aqueles que não querem mais do mesmo poderem mudar definitivamente aquilo que foram as prioridades de vinte anos de governação a olhar apenas para os negócios imobiliários. O novo executivo terá de ter como prioridade a proteção da nossa floresta. É por aqui que tem de ser dada a resposta, o Bloco de Esquerda não virará a cara e travará todas as lutas que ponham fim a este crime.

Para que serve o seu voto?

Cristina Nogueira CDU

No dia 29 não escolhemos só as caras visíveis que irão comandar os destinos locais nos próximos 4 anos, com mais ou menos maquilhagem... Escolhemos os deputados para a Assembleia Municipal, escolhemos os deputados para as Assembleias de Freguesia, escolhemos o elenco governativo da Câmara – os vereadores que estarão presentes na Câmara Municipal. Mas, acima de tudo, o que precisamos de saber é se, com o nosso voto, elegemos pessoas que não são mais do que um número, que na Assembleia Municipal passam 4 anos sem fazerem qualquer intervenção, que não lêem os documentos, não estudam, não defendem aqueles que os elegeram e apenas levantam o braço para votar de acordo com as orientações do “chefe”, ou se ele-

gemos deputados e vereadores que discutem, intervêm, defendem os seus programas. A força do seu voto pode pesar nesta escolha! A abstenção, o voto branco ou nulo serve apenas para perpetuar no poder aqueles que lá estão. No próximo dia 29 temos mais uma oportunidade de dizer que não concordamos com esta política nacional que aumenta o desemprego, que reduz pensões e salários, que encerra centros de saúde, que paulatinamente degrada todos os serviços públicos. Porque aqueles que estão no governo são os mesmos que sob a sigla escondida do PSD ou mascarados de independentes concorrem aqui às eleições autárquicas, e temos ainda os “travestidos” da política do anterior governo, todos juntos pela «Troica»... No próximo

É preciso parar este crime

Rui Nóvoa BE

Todos os anos se repete esta tragédia na vida de milhares de pessoas e que vai destruindo ano após ano a nossa floresta. Este ano a situação tem sido ainda pior, pois, já perderam a vida até ao momento em que escrevo este meu artigo, cinco bombeiros e várias dezenas de feridos. Isto não acontece por acaso, todos sabemos que existe uma indústria organizada dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas, têm os mesmos objetivos de destruir floresta. É tempo de não nos calarmos! Temos de exigir aos governos e às Câmaras Municipais, medidas que ponham fim a este flagelo que todos

os anos se repete. Gondomar é um território com uma densa mancha florestal que se encontra completamente desordenada e ao abandono. Infelizmente para o nosso presidente, a floresta não fez parte dos seus objetivos e preferiu apostar nos negócios do betão o que é lamentável, pois, se tivesse investido na nossa floresta todos ganhávamos com isso. É necessário que o estado e as autarquias assumam diretamente o combate aéreo aos incêndios o mais rápido possível e isso passa pela compra e apoios aos meios necessários. Se o problema é financeiro suspendam os negócios dos submarinos e outros do género e invistam



VIVACIDADE SETEMBRO 2013

António José Seguro apoia Marco Martins em Gondomar O secretário-geral do Partido Socialista esteve no dia 7 de setembro no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, para apoiar Marco Martins, candidato à Câmara Municipal de Gondomar pelo PS. “Marco, podes contar com o nosso apoio”, garantiu Seguro, perante várias centenas de pessoas. FOTO: PSF

As candidaturas do Partido Socialista aos órgãos de gestão autárquica de Gondomar receberam no dia 7 de setembro o apoio de António José Seguro, secretário-geral do PS, e várias centenas de pessoas presentes no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto. “Gondomar precisa e sente a necessidade da mudança. Não a mudança de uma pessoa ou partido por outro, mas a mudança na forma de governar, para que não existam habitantes de primeira e habitantes de segunda. Marco, podes contar com o nosso apoio”, garantiu António José Seguro.

Marco Martins agradeceu a presença do líder socialista e dirigiu-se aos gondomarenses prometendo uma mudança da imagem do concelho no exterior. “Gondomar vai ter um gabinete de empreendedorismo, fazer parcerias com as universidades, criar polos tecnológicos e atrair empresas. Diariamente sentimos uma grande vontade de mudar”, disse o candidato, aplaudido pelos apoiantes socialistas. A iniciativa do PS contou com a presença de todos os candidatos às Juntas e Uniões de Freguesia de Gondomar.

Sete mil idosos gondomarenses “passearam” até à Quinta da Malafaia

Nos dias 2, 4 e 5 de setembro, cerca de sete mil idosos foram em passeio até à “Quinta da Malafaia”. Esta foi mais uma das iniciativas desenvolvidas pela Câmara Municipal de Gondomar para os sócios do Clube “Idade Mais”. FOTO: GABINETE DE IMPRENSA CMGONDOMAR

Para além do passeio, de uma Celebração Eucarística e do almoço, os três dias deste passeio foram sempre complementados com muita animação, música, folclore, dança e várias surpresas.

Esta iniciativa, dirigida aos membros do Clube “Idade Mais” [pessoas a partir dos 62 anos], tinha por objetivo proporcionar oportunidades de lazer, nesta época de verão, através da realização de um passeio.

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Sociedade

Sugiru vence a 17ª edição do Festival de Música Moderna Portuguesa Três bandas amadoras, muito público, momentos de dança e muita animação, marcaram a final da 17.ª edição do Festival de Música Moderna Portuguesa, que durante todo o mês de agosto encheu de música as noites de sábado no Anfiteatro do Largo do Souto e terminou com a aclamação dos “Sugiru”. Texto: Pedro Santos Ferreira

de Gondomar já deu oportunidade a mais de um milhar de bandas FOTO: DR

Os “Sugiru”, banda, da Área Metropolitana do Porto, foram os vencedores de mais uma edição do Festival de Música Moderna Portuguesa. O grupo nascido em finais de 2010, tem apostado na música moderna e, principalmente, num som “composto” e limpo – no qual se identificam

individualmente os instrumentos e, principalmente, a voz feminina. Daniela Moreira (voz), Nuno Silva (guitarra), Rui Luciano (baixo) e Hugo Baptista (bateria) são o quarteto que forma a banda portuense. O Festival de Música Moderna começou a 10 de agosto e finalizou no dia 1 de setembro com a atuação das bandas finalistas: “Sugiru”, “Sexy and Color” e “Alfayate”. A iniciativa da Associação Festival

de apresentarem as suas músicas e os seus projetos, em 17 anos de

“palco”. Em entrevista ao Vivacidade, Victor Macedo, responsável pela associação organizadora, destacou a adesão do público e a participação de bandas de “todo o país”. O autor do evento, que faz “de tudo um pouco” durante as noites de música no Largo do Souto, espera realizar nova edição no próximo ano e considera ter “todas as condições para continuar”. O principal objetivo do con-

curso é dar a conhecer os novos talentos da música moderna portuguesa, nomeadamente as “bandas de garagem”, dando-lhes a oportunidade de apresentarem publicamente os seus projetos. Ao longo de 17 edições o Festival de Música Moderna Portuguesa de Gondomar tem vindo a assumir-se como uma referência para as bandas de garagem nacionais, sendo reconhecido como um dos melhores festivais do género do país.

Nosso Senhor dos Aflitos juntou Iberanime 2013 no Multiusos Gondomar milhares na Triana

O ritual das festas em honra de Nosso Senhor dos Aflitos teve mais uma edição na Triana, em Rio Tinto. Milhares de pessoas passaram pela cidade, de 1 a 5 de agosto, para assistir às atuações do Agrupamento Maré Alta e da Banda Vatikano, que marcaram presença nos dias 1 e 2, respetivamente. Mas a festa não ficou por aí. No dia 3 de agosto, logo pela manhã, os Bombos de Santo André de Vila Boa de Quires vieram de Marco de Canavezes para despertar em festa os habitantes da Triana, no mesmo dia em que se realizou, pelas 21h30, o XXXVI Festival Internacional de Folcore da Associação Folclórica Cantarinhas da Triana, com a atuação de cinco grupos nacionais e um grupo estrangeiro. Contudo, não há festa de Nosso Senhor dos Aflitos sem a habitual procissão. Este ano, com 11 andores e acompanhamento da

Fanfarra de Cabanas – Monte Córdova Santo Tirso. A Majestosa Procissão, como é conhecida, parou mais uma vez o trânsito. Neia Rodrigues, residente em Rio Tinto, admite: “É a primeira vez que assisto e moro aqui há muitos anos. Estou muito contente”. Surpreendida com a dimensão do cortejo, a riotintense não hesita quando questionada pelo Vivacidade sobre a possibilidade de assistir novamente à procissão, no próximo ano: “Agora venho sempre”, refere. “É uma coisa que gostamos de ver, vimos todos os anos. É a nossa procissão”, afirmam Alberto e Idalina do Carmo, que assistiam à procissão, na Rua D. Afonso Henriques. As festas encerraram com a habitual sessão de fogo preso. No próximo ano, as Festas em Honra de Nosso Senhor dos Aflitos têm nova edição.

O Multiusos Gondomar recebe, nos próximos dias 12 e 13 de outubro, mais uma edição do “IberAnime”. FOTO: DR

Nos dias 1 a 5 de agosto, a Triana recebeu as grandiosas festividades em honra de Nosso Senhor dos Aflitos com um cartaz completo, desde as missas até ao rancho, atuações de bandas musicais e a procissão com 11 andores, que parou Rio Tinto.

O “IberAnimeOpo 2013” será, asseguram os promotores do encontro, um fim de semana para jovens e adultos fãs de Anime, Manga e Cultura Pop Japonesa. Este é o evento de eleição para os admiradores de séries como “DragonBall”, “Naruto”, “One Piece”, “Sailor Moon”, “Cavaleiros do Zodíaco” e muitas mais... Espetáculos de “Cosplay” e concertos com os “Gaijin Sentai”, para além de atividades no espaço de feira, videojogos, demonstrações e concursos são alguns dos muitos momentos delineados para estes dois dias no Multiusos Gondomar. Não irá faltar,

igualmente, competição com concursos como o “Monstro dos Noodles”, o “Melhor Desenho Manga”, a “Melhor Fusão”, o “Melhor Kamehameha”, Torneios de “Magic” e “Yu-Gi-Oh”, assim como as eliminatórias de “Cosplay” que vão apurar dois portugueses para uma experiência única no Japão. O bilhete dá acesso a todas as atividades do evento, incluindo a entrada no espaço de feira, iniciativas que nela decorrem, concertos e concursos. Em 2012, foram mais de seis mil os curiosos que visitaram a 6.ª edição do “IberAnime”.


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Sociedade

Vaga de Assaltos em Gondomar Durante os meses de julho e agosto, ocorreram em Gondomar oito assaltos, seis deles realizados por um trio que acabou por ser detido pela Polícia Judiciária. Os roubos chegaram a lançar o pânico nas lojas do concelho. Doce Miragem Fânzeres 12-07 Café Giardino Fânzeres 14-07 MC Jóias Gondomar 15/07 Farmácia Nogueira Rio Tinto 30/07 Papelaria Pandora São Cosme 15/08 Restaurante Madureira’s Rio Tinto 23/08 Boutique do Ouro Rio Tinto 26/08 Frutas e Prazeres Valbom 27/08 Na foto: Papelaria Pandora, em Gondomar

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Em pouco mais de um mês, o trio detido pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, foi responsável por seis assaltos a lojas de Gondomar, com prejuízos avultados para os comerciantes. A vaga de roubos teve início no dia 12 de julho com o assalto à pastelaria “Doce Miragem”, em Fânzeres. Os assaltantes levaram o dinheiro do euromilhões [dois mil euros] e puseram-se em fuga para dois dias depois voltarem a assaltar um café, em São Cosme, e uma ourivesaria onde chegaram a haver disparos de uma arma.

Seguiu-se o assalto a uma farmácia em Rio Tinto, uma papelaria em São Cosme, e um restaurante, novamente em Rio Tinto. Logo após o assalto ao restaurante Madureira’s, a PJ conseguiu deter o trio de assaltantes e relacionar os indivíduos com os assaltos cometidos. Em entrevista ao Vivacidade, o proprietário da “Papelaria Pandora”, em São Cosme, não quis revelar o montante roubado mas admitiu ser uma quantia “que faz falta”. A juntar aos assaltos do grupo que acabou por ser detido, ocorreram ainda dois assaltos que envolveram uma agressão à vítima e um buraco na parede de um supermercado vazio com acesso a uma ourivesaria.

FOTO: RVC

Texto: Pedro Santos Ferreira

PASSATEMPO BALAS & BOLINHOS

O Vivacidade oferece 10 bilhetes duplos às primeiras 10 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão: - Qual a produtora responsável pelo evento “Balas & Bolinhos - Mesmo à frente do teu focinho”? As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vencedor será notificado por e-mail.


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Sociedade

Rio Tinto regressa à Idade Média Artesãos, malabaristas, cavalos e até uma batalha entre mouros e cristãos. É este o cenário que os riotintenses poderão encontrar durante os dias 20, 21 e 22 de setembro, na Quinta das Freiras.

A 4ª edição da Feira Medieval de Rio Tinto está prestes a começar. O evento tem início no dia 20 de setembro e prolonga-se até ao dia 22. Durante três dias, a cidade regressa à Idade Média com muita animação, dança medieval, malabaristas, cavalos, póneis, doçaria medieval, tabernas, cerca de 100 artesãos com trabalho ao vivo, e pela primeira vez, com mercado árabe. A Feira Medieval de Rio Tinto decor-

re na Quinta das Freiras, junto às piscinas municipais e à estação de Metro de Rio Tinto. A iniciativa tem sido um sucesso e tem conseguido atrair várias centenas de visitantes vindos dos concelhos limítrofes de Gondomar. No plano de atividades estão previstas recriações históricas de batalhas medievais, cortejos e concentrações de cavalos. A entrada é gratuita e a feira tem início marcado para o dia 20 de setembro, pelas 18h. PUB.

VIVER a CULTURA em RIO TINTO PARTICIPE! No SÁBADO, dia 14 de setembro pelas 10 horas, encontro/concentração na Giesta junto ao Millenium. A 4ª Caminhada para conhecer melhor a nossa terra, apresenta uma novidade, é gastronómica, quer dizer, é para aguçarmos o apetite para futuros eventos deste cariz. Assim, vamos caminhando, conhecendo e degustando, aqui e ali, por Rio Tinto, espreitando as suas tasquinhas e aliando história, lendas, gastronomia, património, e associativismo… Este projeto vai ajudar–nos a conhecer melhor alguns aspetos curiosos da nossa terra, as suas gentes, os seus comerciantes e os seus petiscos e ou iguarias. Obrigada! Boa Caminhada! Maria José Guimarães


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Empresas & Negócios

Cliduca: Há 13 anos a apoiar crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais Com instalações em S. Cosme (Gondomar) e Valongo, a Cliduca é um projeto com 13 anos que continua em expansão. O apoio prestado às crianças - dos 2 aos 16 anos - e adultos com Necessidades Educativas Especiais é um “caso de sucesso” e quer expandir-se em Gondomar.

Instalações da Cliduca de Gondomar na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, em Gondomar

fala, sublinha o “feedback positivo e a importância da colaboração dos pais para continuar o trabalho em casa, através de pequenos exercícios de comunicação, interação, linguagem, fala, articulação e voz.”. A Cliduca tem protocolos estabelecidos com várias instituições e faz diagnósticos gratuitos. Os

serviços prestados pela empresa podem ser comparticipados pela Segurança Social – mediante o valor do IRS – e por outros sistemas de saúde. “Queremos crescer em Gondomar” A Cliduca tem vindo a expan-

dir as suas instalações e segundo o diretor da empresa, Manuel Pinto, já existe um novo objetivo: crescer em Gondomar. “Temos crescido, havendo necessidade de expandir as instalações existentes, havendo projetos para abrir novas delegações em Rio Tinto e no Porto”, afirma.

Delegação da Cliduca no Largo do Centenário, em Valongo

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A Cliduca lida com crianças dos 2 aos 16 anos

Sala de Terapia Ocupacional nas instalações de Gondomar

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modo a ajudar a criança a organizar as sensações do seu próprio corpo e do meio ambiente e, assim, responder de forma adaptada no seu quotidiano. O principal objetivo é promover a independência e funcionalidade das crianças nas atividades diárias e escolares. De acordo com Inês Guedes, terapeuta ocupacional com especialidade em integração sensorial, a sala tem material específico que permite às crianças “trabalhar as sensações táteis, visuais e auditivas”. Através de baloiços, caixas sensoriais, pesos e trampolim, a terapia é feita com o objetivo de “promover a funcionalidade e a independência das crianças, para que possam ser capazes de se vestir sozinhas, apertar os cordões, desempenhar jogos, escrever e estar atentas e concentradas durante as aulas”, afirma. Cátia Xavier, psicóloga da Cliduca, trabalha várias questões como: as dificuldades de aprendizagem, perturbação de hiperatividade com défice de atenção, entre outras patologias, assim como problemáticas do foro emocional e familiar. A terapia é feita com o objetivo de atingir uma “promoção de competências cognitivas, emocionais e sociais”, diz a psicóloga. Existe também total disponibilidade por parte do corpo técnico para articular com os professores em ambiente escolar, bem como clínicos. Para além disso, também realizam intervenção com adultos - AVC ou tramautismos cranianos - com atendimento ao domicílio Beatriz Moutinho, terapeuta da

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A Cliduca – Centro Psicopedagógico e Terapêutico, Lda – nasceu em agosto de 2000. Desde aí, o projeto procura dar apoio às crianças e jovens, dos 2 aos 16 anos, com Necessidades Educativas Especiais, através da integração e coordenação com outras instituições: família, escola, serviços de saúde e seguradoras. Manuel Pinto, diretor da Cliduca, realça a confiança no corpo técnico e sublinha o crescimento “a uma média de 20% por ano”, graças ao “passa a palavra” que considera ser “a melhor publicidade”. A Cliduca conta com uma equipa multidisciplinar composta por técnicos especializados em psicologia, terapia da fala e terapia ocupacional, coordenados por uma pedopsiquiatra que orienta e avalia o apoio que é necessário dar, caso a caso. Segundo Manuel Pinto, o trabalho de qualidade reflete-se na recomendação da Cliduca por médicos e professores. Com instalações em S. Cosme (Gondomar) e uma delegação em Valongo, a Cliduca conta com um corpo técnico de 10 terapeutas ocupacionais, 15 terapeutas da fala e 15 psicólogos. Em Gondomar e Valongo, a Cliduca dispõe de salas de terapia ocupacional [TO] com materiais e equipamentos específicos para trabalhar segundo a teoria da Integração Sensorial. A TO proporciona à criança oportunidades de brincar ricas em sensações vestibulares e táteis, juntamente com sensações visuais e auditivas, de


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Empresas & Negócios

Associação São Bento vai vender seguros

que não ligam à idade ou estado da saúde das pessoas A Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto vai passar a ter à disposição dos seus associados uma série de serviços e seguros inovadores que ignoram o estado de saúde das pessoas e não têm limites de idade de adesão ou permanência. No fundo, como parceiros da Mutuália, a associação vai abrir uma nova vertente para os seus associados, dando continuidade aos subsídios de funeral, assistência médica e apostando também na assistência de enfermagem. As novas instalações: - Dois pisos, com: . vestíbulo de entrada . recepção e mini-secretaria . sala de espera com WC para os utentes . vestiário feminino com seus anexos . sala de sujos e despejos . sala de tratamentos e enfermagem, com espaço para desinfecção . arrumo para roupa limpa . vestiário masculino com seus anexos . WC para os utentes . 2 consultórios médicos, um a norte e outro a sul

Com vista num alargamento a novos serviços, a Associação São Bento, em Rio Tinto, vai passar a disponibilizar a todos os seus associados, um conjunto de seguros mutualistas. Através da MGEN (Mutuelle Générale de l’Education Nationale)- uma das principais

(questionário médico ou declaração de saúde) e não têm limite de idade de adesão e permanência nem resolução unilateral do contrato. O objetivo desta campanha é dar destaque aos “valores mutualistas” já que a Mutuália rejeita ser intitulada de compa-

Números: 2 – são os euros que custa uma quota mensal para ser sócio da Associação São Bento 1931 – é o ano da inscrição do sócio mais antigo 322 - é o número de novos associados, só deste ano 754 - subsídios de funeral, atribuídos este ano

mútuas de saúde da Europa e presente em Portugal desde 2009 através da Europamut – seguros se saúde sem exclusões de doenças graves ou pré-existentes vão poder ser adquiridos agora na Associação São Bento. Para além dessa vantagem, os seguros não terão também de passar por uma seleção médica

nhia de seguros. “Não oferecemos mais um seguro de saúde. Somos mutualistas e acreditamos na economia social. Fundada nos princípios da universalidade, não-discriminação e solidariedade, a MGEN atua junto de organizações e grupos que se revêm nos seus valores e possibilita o acesso dos seus

membros a planos de saúde com vantagens totalmente diferenciadoras”, lê-se na sua página da Internet. Novas valências para breve Se a venda de seguros de saúde inovadores é uma novidade para a Associação São Bento, a assistência de enfermagem também o é e vai estar disponível no novo edifício da associação brevemente. Até agora, diz o presidente da direção, Serafim Coutinho, a Associação São Bento “sempre esteve vocacionada para prestar assistência médica e para os subsídios de funeral e agora mais intensamente virada para a assistência de enfermagem e outro tipo de assistência ligada à saúde que vai ser concretizado com o novo edifício que compramos.” Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, a 11 de

serviço da associação. Já temos sido contactados para a formalização de protocolos de oftalmologia e medicina dentária e o nosso caminho é proporcionar aos associados o maior número de valências possível. Mas para já pretendemos andar um degrau de cada vez”, conta Serafim Coutinho. “A situação geral caminha para que as pessoas cada vez mais tenham dificuldade em usufruir dos serviços médicos ao pé da porta. Nós procuramos ser um contributo para minimizar essa dificuldade, mesmo ao nível económico”, acrescenta.

Edifício da Associação São Bento

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Na foto: Serafim Coutinho, presidente da Direção da Associação São Bento

julho, os 47.731 associados contarão - aquando da finalização do novo edifício – com mais serviços de saúde, nomeadamente enfermagem. Segundo Serafim Coutinho, “não há prazos definidos para a conclusão das obras” mas a direção está totalmente “disponível a avançar o mais rápido possível, desde que se cumpram todos os tramites e que preencha todos os requisitos exigidos por lei. “ O objetivo, para o presidente, é que “os associados ganhem maior e melhor assistência médica”. “Neste momento temos dois médicos ao

O que é o mutualismo? O mutualismo é um sistema privado de proteção social que visa criar e promover organizações de política mutualista, sociedades de seguros mutualistas e fundos de pensões mutualistas. O Mutualismo foi precursor do moderno sistema de seguros, cujos princípios assentam na reciprocidade dos serviços e na entreajuda.


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Empresas & Negócios

Uma tentação de Restaurante de sucesso, em Baguim do Monte, atendeu mais de 10 mil pessoas em 4 meses

bifanas

Abriu no dia 1 de maio, em Baguim do Monte, e rapidamente se tornou famoso na confeção das bifanas. O segredo da “Tentação das Bifanas”, para o proprietário João Silva, é a “equipa de sucesso” que o restaurante tem, aliada ao “agradável espaço” que criaram. Bifanas no pão ou cachorros especiais com molho de bifana, bem como papas de sarrabulho e rojões são as iguarias mais procuradas naquele que é já um dos restaurantes mais requisitados de Baguim do Monte. O proprietário, João Silva, não imaginava o sucesso que a “Tentação das Bifanas” iria ter quando,

no dia 1 de maio, abriu o estabelecimento. “Eu trabalho com materiais de construção, mas tinha que partir para outro rumo e sempre fui fascinado pela hotelaria. Como aqui em Baguim não havia nenhum espaço como este, o ideal era arranjar um espaço bem situado e com estacionamento. Tive essa ideia e depois fiz tudo para

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Na foto: funcionários Miguel Sousa e Filomena Teixeira, e proprietário João Silva

conseguir criar este espaço”, conta João Silva. Quanto ao sucesso e ao sabor das bifanas, o dono do restaurante encontra uma explicação. “As pessoas que gostam de bifanas vieram aqui provar e acharam que havia qualquer coisa de diferente. Também temos um espaço agradável e que é recomendado pelas pes-

soas”, esclarece. O proprietário, já conhecia várias casas de bifanas e essa foi uma das suas preocupações. “Eu próprio frequentava casas dessas e após observar várias casas procurei criar um espaço que reunisse o melhor de cada uma”, explica. “A minha preocupação foi procurar garantir uma equipa que me levaria ao sucesso. Foi fácil reunir as pessoas certas”, acrescenta João. A equipa que reuniu é já experiente no que toca a bifanas. Em horas de ponta, de segunda a sábado, a “Tentação das Bifanas” enche. O restaurante que também abre aos feriados prima pela qualidade da comida. “A nossa maior especialidade são as

bifanas, mas também temos cachorros especiais com molho de bifana, papas de sarrabulho, sopa de legumes e rojões, todos os dias”, enumera João Silva. Mas não é só na comida que se fatura neste restaurante de Baguim do Monte. A cerveja, acompanha muitas vezes a bifana e talvez seja essa a explicação encontrada para os 2000 litros que se vendem mensalmente. Questionado pelo Vivacidade, sobre a possibilidade de expansão do restaurante, João Silva disse que “a ideia passava por aí”. Mas para já, é “continuar com um bom serviço e fazer as pessoas sentirem-se bem aqui. Vamos sempre ao encontro das pessoas”, finaliza.


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Gondomar recebeu mais uma Festa da Cerveja De 31 de julho a 4 de agosto, a Festa da Cerveja, organizada pela Associação Comercial e Industrial de Gondomar, voltou a passar por Gondomar. O Pavilhão Multiusos transformou-se numa enorme espaço de convívio onde havia comida, bebida, música e dança para todos os gostos. Novo ano, nova edição da Festa da Cerveja. A iniciativa de sucesso organizada pela Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG) começou “há cerca de 10 anos em Gondomar”, recorda Graciano Martinho, presidente da ACIG, ao Vivacidade.

De 31 de julho a 4 de agosto, milhares de pessoas passaram pelo Pavilhão Multiusos de Gondomar, para apreciar petiscos, francesinhas, porco assado, leitão, rojões, camarão, bifanas, cachorros e, como não poderia deixar de ser, muita cerveja. Segundo Graciano Martinho, o evento acabou por criar uma fórmula de sucesso a que os gondomarenses e cidadãos dos concelhos próximos de Gondomar não deixam de aderir. “Gondomar é a nossa obrigação”, sublinha o presidente da ACIG, que procura “alegrar a cidade com os empresários de Gondomar”. Com um cartaz recheado de

atuações diárias, os cinco dias de festa tiveram como cabeça de cartaz Nelo Silva, o músico de Gondomar, que animou o recinto na noite de sábado (3 de agosto). O espaço com mil lugares sentados foi considerado o lugar ideal para realizar o evento. “É uma obra-prima do arquiteto Siza Vieira. Há poucos pavilhões com as condições deste”, lembrou Graciano Martinho. Já sobre a continuidade da Festa da Cerveja, David Santos, secretário da direção da ACIG, sublinha que a receita é para continuar: “A de Melres é para manter e a de Gondomar, obrigatoriamente, tem que ser feita”. Em declarações ao Vivacidade, o presidente e o secretário da direção da ACIG deixaram ainda

FOTO: PSF

Texto: Pedro Santos Ferreira

a promessa de, caso se encontrem apoios, “realizar um evento nacional de Doçaria Tradicional Portuguesa” e, no próximo ano, com a parceria e colaboração de algumas instituições do concelho, “reatar aquela que era a grande

festa da agricultura de Gondomar (Agrindustria)”. A edição 2013 da Festa da Cerveja despediu-se dos gondomarenses, após ter recebido cerca de 25 mil pessoas. O cartaz contou com atuações dos grupos Dancin-

gstars, Ligadura, Espaço Dança, Grupo Dança Rancho Folclórico de Zebreiros, Under Fire & Two Generations, Let´s Dance e Associação Recreativa Ferreirinha. No próximo ano, Gondomar recebe nova edição.

lítica do concelho de Gondomar com maior poder formal e com bons resultados nas sondagens possa eventualmente ser excluída de ir a votos, nem tanto pelo facto em si, mas pelo momento no tempo em que tal pode acontecer. Não é viável, justo, correcto e com toda a certeza que será ilegal, no direito internacional, que um estado tenha um tribunal que tem nas suas mãos a decisão de aceitar ou não que um dado movimento concorra a eleições e esteja varias semanas sem se pronunciar sobre o assunto. Ou seja, independentemente da decisão, o movimento de independentes tem já bases para processar o estado português pela sua ineficácia; pois permite que durante mais de dois meses haja uma indefinição da situação. Aliás, isto é também valido para

as candidaturas de pessoas com mais de três mandatos em outros locais, sobre as quais o estado português, através do mesmo Tribunal, definiu que seriam aceites há poucos dias, mantendo-se uma inexistência de regras claras durante muito tempo que prejudicam, e muito, a democracia, os movimentos e partidos envolvidos e os restantes concorrentes, que nem sabem de quem têm que dizer mal. Mas o que não se percebe mesmo é o esforço que alguns teimam em ter para impedir a festa da democracia. Para quem acredita no sistema democrático, o voto é a verdadeira festa democrática. Ganhar eleições porque os outros candidatos foram impedidos de participar não é ganhar. Até poderá ser legítimo e legal, mas quem ganha vai ficar sempre

amarrado ao facto inequívoco de ter ganho a corrida, mas sem de facto a ter corrido. Por isso não se percebe que os partidos políticos se manifestem a favor da exclusão do movimento independente, pois essa manifestação é contra a fundação da democracia. Ou melhor, toda a gente percebe. Como não acredito que os candidatos, que estão a ser apoiados pelos partidos, concordem que o que interessa é ganhar de qualquer maneira, mesmo que por falta de comparência, apelo a que desistam das suas candidaturas se o Tribunal Constitucional vier a declarar que o movimento independente não pode concorrer, provocando um vazio de candidaturas que leve a que se promovam eleições a sério em Gondomar.

Ganhar na secretaria J. Costa

Independentemente (!) da opinião que possamos ter, a propósito dos movimentos independentes e das motivações que levam à sua criação e manutenção, não podemos deixar de considerar o fenómeno da sua proliferação e suporte local em algumas autarquias como muito importante e relevante para as populações, principalmente quando as populações têm consistentemente depositado o seu voto nesses movimentos. Escrevo este texto no dia 11 de Setembro, não se conhecendo ainda a decisão do Tribunal Constitucional a propósito de ser aceite ou não a candidatura do movimento de independentes “Valentim Loureiro”. A escassas duas semanas das eleições, é verdadeiramente inquietante que a organização po-


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Opinião

Tribunal Constitucional encosta Governo à parede

Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário

Não têm sido fáceis as relações do Governo com o Tribunal Constitucional. Várias das medidas consideradas nucleares pelo Governo

para a reforma do Estado foram liminarmente chumbadas pelos juízes do Palácio Raton. Todas elas com relevante impacto na despesa fixa do funcionamento do Estado, e maioritariamente dirigidas à máquina do funcionalismo público. Para regozijo das oposições, e, simultaneamente, para embaraço de Pedro Passos Coelho. Outros pacotes legislativos, com semelhante reflexo a curto e médio prazo nos custos da estrutura do Estado, estão na calha, e, igualmente, sob a ameaça do cutelo do Tribunal Constitucional. Não há recurso para nenhuma outra instância sobre as decisões daquele tribunal. Tratando-se de uma espécie de guarda pretoriana à constitucionalidade das leis, nenhum órgão de soberania pode pôr em causa os acórdãos que saem da cabeça dos treze juízes que compõem o Tribunal Constitucional. Resta, pois, acatar as suas decisões, e procurar alternativas na forma de legislar, de molde a que os diplomas mais polémicos consigam passar no crivo dos referidos juízes.

Mas é cada vez mais evidente que a tão apregoada reforma do Estado não pode ser obra da vontade conjuntural de um qualquer governo, terá antes de ser um processo largamente consensualizado, sob pena de nunca se vir a fazer. Ora, é em torno do conceito abrangido pela expressão “políticas consensualizadas” que cada vez mais parece girar toda a problemática da crise económico-financeira em que o País está mergulhado. E a primeira questão que se coloca é saber se o Governo e o Parlamento devem ou não tentar legislar pré-consensualizando os diplomas mais polémicos com o próprio Tribunal Constitucional. Questão ou prática que nunca se colocou na nossa tradição democrática. Porque sempre foi entendido por todos que o órgão “Guardião da Constituição” não deve envolver-se na elaboração das leis, mas tão só apreciá-las, aceitando-as ou rejeitando-as. Os sucessivos chumbos que este Governo tem recebido do Palácio Raton vieram suscitar esta

nova hipótese de trabalho: porque não envolver aqueles juízes no processo prévio de elaboração dos normativos que se pretendem aprovar? Não é crível que os treze magníficos aceitem entrar por esse labirinto. Porque ele próprio seria de duvidosa constitucionalidade. E ainda que feito de forma informal, não se vislumbra que cada um dos juízes, de per si, estejam disponíveis para emitir juízos prévios sobre projetos legislativos em discussão nos diversos órgãos de soberania. Arriscamo-nos, por isso, a dizer que, por este caminho os homens da toga preta nunca irão… Mas a designada “consensualização política” tem ou deve ter outros caminhos para percorrer, e que, de resto, são bem mais comuns à normalidade da ação governativa. Ou seja, consensualizar políticas é conseguir conciliar vontades e pontos de vista divergentes para objetivos comuns. Que é como quem diz, conseguir acordos pelo menos com o maior partido da oposição, e os principais atores sociais, no-

meadamente centrais sindicais e associações patronais, em sede de concertação social. Não sendo por este caminho, qualquer reforma profunda, independentemente das áreas governativas em causa, será pouco mais que uma miragem. Ora, é sabido que o Partido Socialista não tem manifestado qualquer abertura para fazer acordos reformistas com o Governo. Pelo simples facto de considerar que ao entrar por este caminho poderia rapidamente converter-se na muleta da coligação, diminuindo as suas perspetivas de partido de alternância do poder. Percebe-se que o PS prefere esticar a corda até aos limites, esperando ver-se recompensado nas próximas eleições. Mesmo sabendo que, ao voltar à governação, não poderá prescindir do apoio de quem então liderar a oposição, para tentar rigorosamente a mesma receita. Enquanto isto, os portugueses que aguentem. Como dizia um ex-primeiro-ministro, “é a vida”! Para angústia de todos nós, indefesos cidadãos…

Campanha Desperdício de Água

Reparei, há dias, numa fuga de água de uma boca-de-incêndio, que esteve horas a fio a molhar o passeio e a verter para a rua. O que se pode fazer para evitar este desperdício?

Anabela Ferreira Jurísta da DECO

A água é um bem demasiado precioso e escasso para ser objeto de desperdício. No entanto, não é invulgar assistir-se a roturas de tubagens de água, fugas nas bocas de rega de jardins e espaços verdes, nas bocas-de-incêndio, de lavagem de ruas, etc. As tarifas da água tendem a refletir todos os custos do serviço de captação, tratamento e distribuição. As perdas de água representam uma ineficiência que agrava os custos das entidades gestoras e que se vêm a repercutir nas faturas pagas pelos consumidores. Esta situação pode, porém, mudar se os consumidores assumirem um papel ativo na denúncia dos desperdícios de

água que são visíveis no espaço público. A DECO lançou recentemente uma campanha (denominada “Água denuncie o desperdício”) que visa identificar as perdas de água e pressionar as entidades gestoras para o aumento da eficiência, contribuindo, assim, para que não haja um acréscimo de custo na faturação e para maior qualidade ambiental. Assim, se detetar perdas indevidas de água, aceda ao formulário de denúncias no portal da Deco Proteste. Basta indicar o local e, se puder, enviar uma fotografia. A DECO compromete-se a remeter a denúncia para a enti-

dade gestora do Município e para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ER-

SAR). No portal, publicará informação sobre o seguimento dado pelas entidades gestoras.

Para qualquer esclarecimento adicional, por favor dirija-se presencialmente ou por carta à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço deco.norte@deco.pt


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Opinião

Eleições das Autarquias

Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

tas com os chamados “infiltrados” que não tendo sucesso em grupos que faziam parte, tentam a sua sorte noutros... sim, precisamos de algo diferente. Não sendo eleições que devam refletir o estado que

deve ser bom, por tantas admiradoras que tem) ou outro famoso cantor, ou porque nos pagam uma viagem a Fátima, pois no fundo são os contribuintes que estão a pagar essas ofertas, que tão somente só são

vivemos a nível nacional, mas sim os candidatos que irão governar a nossa terra, estas eleições são mais importantes do que parecem, pois é uma oportunidade das pessoas se expressarem de uma forma livre e se possível isenta. Por favor não vamos eleger candidatos só porque nos trazem o Tony Carreira (não tenho nada contra este cantor, que

úteis para enganar e cativar votos, com o dinheiro do bem público. Por favor senhores candidatos, façam uma campanha eleitoral de nível e dignidade que o povo merece, não entrando na sempre tentadora intriga, que insulta a inteligência das pessoas a quem se dirige. Não são as palavras que devem mudar a intenção de voto mas sim

FOTO: DR

Viva Saúde

Estimados leitores, é bem verdade que não me lembro de campanha eleitoral mais animada, pelo qual não consigo resistir a trazer este tema para discussão, neste Viva Saúde. Eu diria que vivemos uma confusão absoluta em que a legislação atual ajuda a esta confusão, tendo sido feita com um objetivo de acabar com “pequenas ditaduras” há boa maneira Portuguesa, alguns candidatos arranjam a tornear a lei e outros aproveitam-se deste facto. Mais uma vez Gondomar fica famoso por ter uma candidatura com um dos maiores orçamentos ao nível Nacional, não existindo qualquer rotunda ou avenida que não esteja com anúncios de um ou mais candidatos. Entramos, mais uma vez, numa contradição dos tempos, num país “falido” vivemos como ricos. Num ponto temos sorte, é que a maioria das listas tem bons candidatos, alguns com grandes potencialidades de serem bons presidentes da câmara de Gondomar, mas também temos outras lis-

a potencialidade dos candidatos e as provas que já deram de entrega e sabedoria que demonstraram. Não precisamos de alguém que seja “governo sombra” de ninguém, que seja uma verdadeira autoridade, “sem rabos de palha”. A minha escolha, está feita, mas por motivos éticos, não a revelarei, pelo menos para já, pois, como já o afirmei, existem vários candidatos “interessantes”. Também não preciso de a revelar, pois não procuro favores ou influências... Não são os partidos políticos que estão por trás que devem exercer influência sobre a nossa escolha, mas sim o caráter e personalidade dos candidatos e eles são bons, não precisam de pessoas, figuras ou partidos por trás. Devem pensar pela sua própria cabeça e isso é que é difícil... Na hora de votar, acabo com uma frase com que finalizei o meu anterior artigo, cuidado quando mergulharem de cabeça...na hora de votar...

Quem não berra… não mama? Bisturi Henrique Villalva

sidente da Câmara de Gondomar, não se esqueça: Do estado miserável em que se

se encontram centenas de quilómetros de bermas, valetas ou passeios (existentes ou inexistentes)

encontra o piso de centenas de vias de circulação do nosso concelho. Do estado escandaloso em que

das vias de circulação do nosso concelho. Do estado lastimável em que se

FOTO: DR

No imaginário da maioria dos portugueses os tempos de campanha eleitoral são particularmente ricos para cobrança de promessas, passadas ou futuras. Aliás, o nosso povo tem até um ditado que procura traduzir esta ideia, quando diz que “quem não berra não mama”. E a verdade é que muitos políticos, para não dizer a maioria, não se faz rogado a prometer tudo a todos, muitas das vezes sem o

menor critério. Claro está que o mesmo povo e os mesmos políticos têm também a consciência que, no dia seguinte aos atos eleitorais tudo começa de novo, e a esmagadora maioria das promessas feitas ao ouvido, à mesa do café, ou no calor das arruadas caem no esquecimento. Quando muito ficam algumas daquelas promessas que foram passadas a letra de forma nos programas eleitorais. E mesmo essas levam, ao longo dos mandatos, tratos de polé que não passariam pela cabeça do mais descarado pregoeiro das feiras… Seja como for, e com o devido desconto, ninguém prescinde, sempre que pode, de fazer ouvir a sua voz, e apresentar as suas sugestões, os seus pedidos, ou as denúncias que lhe parecem mais justas e acertadas. E o “Bisturi” não foge à regra, e por isso ousa também aqui deixar algumas reivindicações aos futuros autarcas gondomarenses. Por favor, Senhor Futuro Pre-

encontra a iluminação (existente ou inexistente) de centenas de quilómetros no nosso espaço público. Do estado vergonhoso em que se encontram centenas de quilómetros da rede de abastecimento de água domiciliária, permanentemente a rebentar em todas as artérias. Do estado inqualificável em que se encontra a limpeza pública da maioria das nossas ruas, e do terceiro mundismo que representa a rede de contentores de recolha de lixos. Em tempos de vacas magras, o “Bisturi” dispensa-se de reivindicar um sem número de medidas estruturais para o futuro do nosso concelho. Se os futuros autarcas olharem para estas pequenas grandes coisas, os gondomarenses já poderão respirar um pouco. Não que lhes falte ambição para muito mais; mas, no quadro geral em que o País se encontra, em vez de um coro de berraria, apenas alguns sinais de descontentamento.


VIVACIDADE JULHO 2013

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Emprego


46 VIVACIDADE SETEMBRO 2013

Lazer

Mudanças em marcha. Ganhe o respeito e a confiança dos seus colegas de trabalho, pois isso possibilitar-lhe-á colocar em prática mais facilmente as suas ideias. Nºs da sorte: 2-3-10-19-26-27-47

A sua força está preparada para vir à tona. Ajude-se a si mesmo, possibilitando que as suas qualidades se revelem. Não deixe de ouvir a sua intuição. Nºs da sorte: 6-8-19-20-40-45-48

Pessoa próxima de si poderá trazer-lhe boas notícias que há muito aguarda. Altura ideal para enfrentar as suas novas responsabilidades laborais. Nºs da sorte: 3-9-14-16-28-29-40

Demonstre as suas emoções. O seu par espera e deseja um gesto de carinho e atenção. Só assim conseguirá um convívio melhor. Nºs da sorte: 1-6-20-35-39-45-48

Agora as notícias de Gondomar já podem chegar até si. Caso esteja interessado, informámos que o custo de subscrição é de 25€ por ano.

Pode ter que passar alguns momentos menos bons neste mês.. Não se deixar influenciar, poderá acabar o mês em grande alegria e felicidade. Os seus amigos estão para ajudar. Nºs da sorte: 3-7-16-20-28-36-42

Faça uma viagem e areje a cabeça. Seja franco com quem ama. Diga-lhe o que pensa e terá maravilhosas surpresas. O seu romance poderá sofrer a interferência familiar. Nºs da sorte: 1-3-5-17-23-30-41

Para mais informações, contacte-nos em: assinaturas@vivacidade.org Tlm 910 600 079 Tlf 228 329 265

A boa influência de uma pessoa da família poderá ser muito importante no seu trabalho. Procure entender o que se passa na alma do seu amor e incentive-o. Nºs da sorte: 1-8-19-21-29-36-45

Tudo o que se promete deve ser cumprido. Se não o fizer poderá sofrer recriminações. A harmonia fará com que surjam novas formas de prazer. Nºs da sorte: 2-8-21-23-36-37-41

Quer receber o Jornal Vivacidade em sua casa?

- Já sei. - diz a mulher.

Jornal Vivacidade Leia, as suas notícias

- Já estou farta de te ouvir dizer que precisas de descansar, homem! Mas então porque não ficas a trabalhar mais uma hora ou duas na Repartição?

Não acredite em tudo o que lhe prometem. Examine com cuidado. A saúde causa-lhe alguma preocupação. Trate de saber se há ou não razão para isso. Nºs da sorte: 3-4-29-35-36-42-47

Assuntos familiares poderão trazer-lhe algumas preocupações. Tente ser conciliador. As relações afectivas poderão compensar esta situação. Rompa a rotina que tanto a aborrece. Nºs da sorte: 8-9-13-17-36-48-49

Mês apropriado à recuperação de energias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor. Nºs da sorte: 3-4-11-26-28-36-49

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento. Nºs da sorte: 2-8-9-24-26-39-47




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