Edição de fevereiro de 2022

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Ano 15 - n.º 188 - fevereiro 2022

Preço 0,01€ Mensal

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida

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FESTIVAL DO SÁVEL E DA LAMPREIA DE REGRESSO A GONDOMAR > Págs. 24 e 25

GRÁTIS COM ACORDO DO SNS

Arranque da obra que revolucionará o coração do concelho

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VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

EDITORIAL José Ângelo Pinto Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

SUMÁRIO: Breves Página 4 Sociedade Páginas 6 a 22 Destaque Páginas 24 e 25 Cultura Páginas 26 a 30

O momento atual, em que um governo de minoria e criado para que existam equilíbrios entre fações de esquerda e de extrema-esquerda está a dar as últimas e estando em curso as negociações para um governo de maioria, que se espera seja verdadeiramente fiel aos ideais sociais-democratas e socialistas do PS, é um daqueles momentos em que o estado parece que não é de ninguém e que ninguém fica responsável pelas consequências das decisões. Parece que estamos a assistir ao fim de ciclo. Ao final do poderzinho que os extremistas tinham sobre o país. Ao fecho do ciclo em que os donos dos poderzinhos correm para tomar decisões que possam melhorar este ou aquele aspeto particular ou aquela aplicação ou aquele impacto, decisões em que o médio e o longo prazo nenhuma importância têm e que sacrifica o esforço e o trabalho com visão de futuro pelo imediatismo e pelas soluções baseadas em geringonças que caiem como castelos de cartas ao primeiro sinal de vento. Venha muito rapidamente o novo governo. Terá uma oportunidade única na história recente de Portugal para fazer mais pelo país do que qualquer outro, pois a maioria confortável e séria de que dispõe permite que exista total alinhamento entre o poder executivo e o poder legislativo, o que só ocorreu por duas vezes na nossa história. Mas cuidado. Porque poder absoluto, mesmo de inspiração social-democrata e socialista, precisa absolutamente de contraponto. Precisa absolutamente de oposição séria e construtiva. Precisa de alternativas claras e fiáveis. Precisa de opositores, líderes que façam a oposição. Opositores que olhem para o país e que o defendam do governo quando tal seja necessário, mas que também ajudem o governo a construir e a melhorar o país. Oposição séria e elevada e que trabalhe com o sistema de governo para o melhorar e não contra tudo e contra todos. Precisamos de um bom governo. E precisamos de um bom PSD. E de um bom CDS. Onde estão?

PRÓXIMA EDIÇÃO 31 MARÇO

Entrevista Páginas 32 e 33 Política Páginas 34 a 38 Desporto Páginas 39 a 40 Empresas e Negócios Páginas 41 a 42 Opiniões Páginas 46 a 47

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO No dia 5 de fevereiro, Gondomar completou um ano que começou a administrar as vacinas contra a Covid-19. O Município comemorou esta data atingindo o patamar das mais de 315 mil vacinas inoculadas.

NEGATIVO Numa operação de fiscalização a estabelecimentos comerciais, a GNR aprendeu 133 artigos contrafeitos. Foi detido um homem de 58 anos.

Viva Saúde Paulo Amado* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

VIOLÊNCIA E DESPORTO

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Estimados leitores, poderão pensar, qual a ligação do tema de hoje com a saúde. Acho antes de mais o tema atual em face dos últimos acontecimentos no futebol da primeira divisão. Como vivi, durante muitos anos momentos destes no futebol, como médico de várias equipas, 3 delas na primeira divisão de futebol, presenciei algumas destas “cenas”, que efetivamente não são exemplo para ninguém e em que a culpa é de todos e outras vezes de ninguém... Efectivamente são estados de espirito e vivencias que devem pertencer mais ao passado. Recordo bem, na minha adolescência, os famosos jogos, sempre muito quentes dos dois clubes da nossa cidade, o Sport de Rio Tinto e o Atlético de Rio Tinto, vindo-me sempre à memória a “cena” que presenciei de um arbitro levar com um paralelo na cabeça, que o colocou em situação difícil, tendo sido mesmo interrompida a partida, o que levou a que o espetáculo, e suposta festa desportiva acabasse, sem gloria para ambos os lados. Mais tarde como médico de um dos clubes da terra, pois posteriormente acabei por representar a direção medica de ambos os clubes, (penso mesmo que terei sido o único médico de ambos os clubes de Rio Tinto ao mesmo tempo) assisti a outras “cenas” que deixam más memórias. Felizmente tudo isso desapareceu com o evoluir dos tempos e com a civilização de ambos os clubes, hoje em patamares diferentes de divisões de futebol. Lutei mesmo com ambos os Presidentes na altura, para a fusão de ambos os Clubes, que acredito mesmo que teria sido a solução para hoje termos um Clube representante da nossa Cidade ao mais alto nível, como Rio

Tinto mereceria. Mas os “velhos do Restelo” assim não quiseram minando todas as possibilidades de entendimento entre ambos os Clubes, ambos com histórias dignas de respeito para serem hoje grandes clubes Nacionais. Mas assim quis a história... acreditando que um dia, alguém com mais sorte, o consiga. Mas eis que de repente surge outra “cena” bem recente no futebol, que me recorda esses momentos de há muitos anos, em que o futebol passa de futebol a cenas de pugilato e insultos, bem ao estilo “machista” e de galos de aviário, esquecendo-se do importante papel que desempenham como exemplos para as crianças que nos jogadores depositam muitos dos seus sonhos e exemplos de vida. Parece que fica bem para alguns virem depois insultar o próprio clube em que vieram como visitantes, tentando sair ilesos do confronto desportivo, mostrando-se de vítimas. É obvio que a culpa não está só de um lado, e poucos fizeram para apaziguar os ânimos, mas ESTIMADOS SENHORES, lembrem-se do papel que tem no desporto e não sejam políticos “baratos” e incultos, só porque fica bem insultar os outros e até “incendiar” o confronto, só porque sempre antes, se faz assim. Pensem por favor, na responsabilidade que tem nos cargos que ocupam. Civilizem-se e não continuem primatas... O Desporto tem de ser vivido com emoção, mas com respeito pelo colegas e até pelos adversários, para bem do espetáculo. Pelo menos assistimos aos dois treinadores num abraço efusivo, no final, que mesmo podendo não ser verdadeiro, é o exemplo do “fair-play” que se pretende no Desporto. Até breve, estimados leitores

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.o Esq. 1050191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Lusoiberia | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


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BREVES de Gondomar promove a iniciativa “PALCO’S – Um Projeto de Arte Comunitária”, com o objetivo de ajudar na inclusão social de grupos mais vulneráveis, através da arte. O seminário “Arte Comunitária. Uma Construção Contínua”, será apresentado dia 23 de fevereiro, pelas 9h30 no Auditório de Gondomar. A entrada é livre., mas sujeita a inscrições.

ENCERRAMENTO DO X ENCONTRO DE TEATRO AMADOR ARTE E ATO No próximo dia 11 de março, pelas 21h 30, irá decorrer a estreia da peça “Aqui Há Fantasmas”, promovido pelo grupo de teatro Vai Avante. No dia 13, haverá pelas 15h 30, outra sessão. O palco do espetáculo será o Auditório Municipal de Gondomar. A entrada é livre, mas necessita de bilhete à entrada.

OFICINA TEATRAL NA CASA BRANCA DE GRAMIDO

DOE SANGUE, DOE VIDA! Até à próxima edição e ainda neste mês de fevereiro, a população interessada pode realizar a sua doação no próximo dia 19 de fevereiro, no Centro Escolar de Baguim do Monte, entre as 9h até às 12h30, e no dia 28 de fevereiro, na Escola E.B. 2/3 de São Pedro da Cova, entre as 15h até às 19h. Para o mês de março, a doação pode ser realizada nos seguintes dias: 1 de março, na Escola E.B. 2/3 de São Pedro da Cova, entre as 9h até às 12h30; no dia 5 de março, na Junta de Freguesia de Valbom, entre as 9h até às 12h30; e no dia 27 de março, na Junta de Freguesia do Foz do Sousa, entre as 9h até às 12h30.

ACADEMIA DE GINÁSTICA DO COLÉGIO PAULO VI MARCOU PRESENÇA NA TAÇA DE PORTUGAL A Academia de Ginástica do Colégio Paulo VI esteve presente pela primeira vez na Taça De Portugal, no passado dia 12 de fevereiro, na Anadia. Na sua estreia, a Academia contou com a presença de 12 pares/grupos, que constituem 4 equipas.

TOMADA DE POSSE DOS NOVOS CORPOS SOCIAIS DOS BOMBEIROS DE VALBOM Na cerimónia da tomada de posse dos novos Corpos Sociais, dos Bombeiros de Valbom, para os anos 2021-2023, foi eleito presidente da Assembleia Geral, Manuel Silva. No que diz respeito à direção, esta, teve a nomeação de Leonel Viana para a presidência e como vice-presidentes José Andrade e António Alves. Relativamente ao Conselho Fiscal, foi Manuel Rocha quem assumiu a presidência.

GONDOMAR RECEBE FASE FINAL DO EURO 2022 DE FUTSAL FEMININO

Gondomar vai receber a fase final do Euro 2022 de futsal feminino, que acontece entre os dias 24 e 27 de março de 2022, no Multiusos de Gondomar. Esta será a segunda vez que Gondomar recebe a final four do Europeu feminino de futsal. A Seleção Nacional está presente no lote das quatro equipas que formam a final four do torneio, juntamente com Rússia, Ucrânia e Espanha, a detentora do troféu.

JÁ ABRIU O PRIMEIRO MOTEL DE GONDOMAR Situado na Rua Azenha Cima 413, o TwentyOne Motel, ergue-se como ícone de bom gosto, grandeza, luxúria e glamour. Poderá desfrutar de uma estadia nos seus novos quartos modernos e requintados que o levam numa viagem pelas mais belas cidades do mundo desde Paris, Hollywood, Londres, Nova Iorque até ao Porto. Com Garagem Privativa e Portão Automático venha satisfazer as suas emoções neste novo espaço de Gondomar. Pode obter mais informações sobre este novo espaço em www.21motel.pt ou ligando para 968509344.

FIDES-ORFEÃO DE VALBOM RECONHECIDO COMO ASSOCIAÇÃO DE INTERESSE CULTURAL A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, reconheceu o Fides-Orfeão de Valbom como “Associação de Interesse Cultural”, na sua caminhada Cultural e Desportiva, tendo em conta o Plano de Atividades, Escola de Música e Bailado para o ano de 2022. Esta atribuição permitiu o reconhecimento do trabalho do Fides-Orfeão de Valbom, que pode contar agora com o apoio dos mecenas, ao abrigo da Lei nº75-B/2020 do Mecenato Cultural.

TOMADA DE POSSE DOS CORPOS SOCIAIS DA ARGO 2022/23 A Cerimónia da Tomada de Posse dos Corpos Sociais da Argo – Associação Artística de Gondomar, para o biênio de 2022/23, tem lugar este sábado, dia 19 de fevereiro, pelas 16 horas, na sua sede social.

ESPAÇO CIDADÃO DE JOVIM “ALADINO” O MUSICAL PRETENDE PRESTAR SERVI- EM GONDOMAR CLUBES GONDOMANeste domingo, dia 20 de fevereiro, será ÇOS NO ÂMBITO DO SNS apresentado no Auditório Municipal de RENSES RECEBEM O Espaço Cidadão de Valbom e Jovim são Gondomar, o espetáculo infantil de teatro PLACAS DE CERTIFICAos mais solicitados, dentro do concelho de musical “Aladino”. O musical indicado a ÇÃO PELA FPF Gondomar, continuando a emitir cartões maiores de 6 anos, terá início às 11 horas e de cidadão, cartas de condução e registos criminais. Está previsto também que o Espaço Cidadão de Jovim comece a prestar serviços no âmbito do SNS, sendo assim o pioneiro do concelho a desempenhar esta atividade.

POSTO DOS CTT DE JOVIM COMEMORA 5º ANIVER“POEMAS DIVERSOS…” SÁRIO NO CENTRO CULTURAL O posto dos CTT de Jovim comemorou DE RIO TINTO AMÁLIA o seu 5º aniversário, tendo também assiRODRIGUES nalado a tendência crescente pela procura de serviços, não só pelo próprio concelho, mas também por empresas do Porto, Matosinhos e outras Freguesias, que se deslocam a estes postos. Ainda antes do dia 23 de janeiro, já tinham passado pelo posto cerca de 600 pessoas.

A oficina da Casa Educativa da Marioneta, terá como tema o “Teatro Miniatura”. Esta oficina teatral terá lugar na Casa Branca de Gramido, dia 26 de fevereiro, pelas 10 horas, sendo as inscrições obrigatórias e para maiores de 4 anos.

A apresentação da Coletânea Poética da Lusofonia “Poemas DiVersos…”, será inaugurado neste sábado, dia 19 de fevereiro, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues – Condomínio das Artes, pelas 16 horas. A entrada é livre.

os bilhetes já podem ser comprados.

MÚSICA EM FAMÍLIA NA CASA BRANCA DE GRAMIDO Este domingo, dia 20 de fevereiro, o Recital de Música de Câmara Ibertrio marcará presença na Casa Branca de Gramido, pelas 11 horas. A entrada é livre, contudo condicionada, de acordo com as orientações da DGS e sujeita a reserva de bilhetes.

SEMINÁRIO DE ARTE COMUNITÁRIA NO AUDITÓRIO DE GONDOMAR Em parceria com algumas entidades artísticas e sociais locais, a Câmara Municipal

No próximo sábado, dia 19 de fevereiro, no fórum Maia, irá ocorrer a entrega de placas e diplomas de certificação, por parte da FPF - Federação Portuguesa de Futebol, a todos os clubes da AF Porto. As equipas gondomarenses do Gens SC, Gondomar SC, Sousense, Estrelas de Fânzeres, SC Rio Tinto, EDC Gondomar e Casa do FCP Rio Tinto irão receber este prémio.

SORTEIO TAÇA AF PORTO Na passada terça-feira foi sorteado os jogos dos 16 Avos de final da Taça AF Porto. As equipas gondomarenses ainda em prova, conheceram os seus adversários: Vila Caiz vs. CA Rio Tinto; Nogueirense vs. Sousense; S. Pedro da Cova vs. Varziela.


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SOCIEDADE

Plano de Inovação - 1.º Ciclo

AnimArte, uma disciplina em aç@o no AEG1

Clube de Robótica Escola Básica de Jovim e Foz do Sousa O Clube de Robótica da EBJFS fomenta o interesse pelas novas tecnologias, possibilitando o contacto dos alunos com a programação e a robótica. Tem como base de trabalho, a interdisciplinaridade com as diferentes áreas do saber (Português, Matemática, Ciências, Artes). Os alunos encontram soluções para diferentes problemas através da programação e da robótica; desenvolvem o gosto pela tecnologia e pela ciência, tendo em conta a diferenciação pedagógica e a diversificação de estratégias educativas. Um grande número de alunos está envolvido na realização de pequenos projetos que lhes permitem entender o básico da programação por objetos, aliada à eletrónica e à robótica. Tendo em conta o trabalho que temos vindo a desenvolver, este clube contribui significativamente para o sucesso pleno dos alunos.

A nova disciplina AnimArte tem vindo a ganhar forma nas suas múltiplas vertentes de expressão que se interligam numa espiral de correlações entre conhecimentos interdisciplinares, motivando os alunos para a aquisição de novos saberes num desenvolvimento global e integrado. A Robótica aplicada aos conteúdos curriculares permite a estimulação do pensamento computacional, estratégico e, simultaneamente, a consecução progressiva das aprendizagens essenciais. Nesta perspetiva, as formas de expressão física, dramática, musical e plástica fundem-se e constituem estímulos criativos que apelam ao desenvolvimento da criança enquanto indivíduo, ser social, indagador e crítico. Este trabalho contínuo e desafiante só é possível devido à partilha de ideias e estratégias entre os docentes do grupo do 1º ano de escolaridade, das Escolas de Atães, Gens, Jancido e Outeiro do Agrupamento de Escolas Nº 1 de Gondomar. Professora do 1º ano da EB de Gens, Elisabete Silva

Professora responsável pelo Clube de Robótica na EBJFS, Liliana Paiva

Joana Barbosa, antiga aluna da ESG e a frequentar o 1.º ano do curso de Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, figura na página

86 do mesmo livro. A Joana esteve envolvida em projetos desenvolvidos pelo LABi9 e participou em vários projetos e concursos.

O 10.º ano do Curso Profissional Administrativo e do Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos da ESG participam no projeto «Por Tua Conta _Educação Financeira para o Ensino Profissional»

A convite da Câmara Municipal de Gondomar, os alunos de 10º ano destes dois cursos profissionais da ESG irão participar no projeto da Fundação Cupertino de Miranda “Por Tua Conta”. Este projeto-piloto insere-se na estratégia de valorização do ensino profissional. O domínio das competências financeiras assume importância central na fase de transição para a vida adulta e para a entrada no mundo de trabalho. Para os alunos do ensino profissional esta questão é ainda mais premente, dado que o percurso da maioria dos jovens diplomados é a entrada direta no mercado de trabalho, sendo certo que a baixa literacia financeira compromete a capacidade de gerir o dinheiro e de assumir controlo sobre a própria vida. Assim, estes alunos vão ter a oportunidade de adquirir competências que reforçam o seu perfil profissional de saída e a sua preparação para uma cidadania consciente e aquisição de comportamentos financeiros mais adequados. Professoras Daniela Ferreira e Joana Cancela

Margarida Barbosa, aluna do 9.º ano da ESG, integra a página 43 deste livro. Há 2 dois anos que faz parte do LABi9 e participou em vários projetos e concursos e, no ano letivo de 2020-21, inte-

grou a equipa da ESG que participou no concurso "À velocidade do Sol". A equipa venceu a fase municipal, no seu escalão, e participou na final intermunicipal.

Facebook: https://www.facebook.com/aeg1gondomar/posts/322681896443070 Instagram: https://www.instagram.com/p/CZ2UxjAgWWr/ LinkedIn: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6897985642974781440 Twitter: https://twitter.com/AEG1gondomar/status/1492221314337284104 Site: https://www.cienciaviva.pt/raparigas-na-ciencia/2022

Por ocasião do Dia Internacional das Mulheres e das Raparigas na Ciência e a par do projeto Mulheres na Ciência (criado em 2016), este livro destina-se a alargar o debate sobre a participação das mulheres e raparigas na ciência, nas engenharias e tecnologias como inspiração para as novas gerações seguirem percursos académicos e profissionais nestas áreas. Esta primeira edição do livro Raparigas na Ciência dá a conhecer os rostos de 115 estudantes, de norte a sul do país, do 1.º Ciclo ao Ensino Universitário, que têm demonstrado interesse pelas áreas da Ciência e da Tecnologia, participando em projetos científicos durante o seu percurso escolar.

O AEG1 celebrou o Dia Internacional da Educação, no âmbito do projeto Escolas Associadas da UNESCO. Lembrando o mote da UNESCO para o dia assinalado, “Changing Course, Transforming Education”, associado à nova disciplina + Cidadão no Tempo e no Espaço (criada no âmbito do Plano de Inovação), foi dinamizada uma palestra pela professora Inês Rodrigues (voluntária ativa e fundadora da ONGD EDUCAFRICA) sobre “Educação Ambiental: a aprendizagem do resíduo ao produto”. Foram abordados temas como o acesso à educação, cuidados de saúde, energias renováveis e sustentabilidade em países menos desenvolvidos com foco na Guiné-Bissau. Foi também ministrado um workshop de reciclagem de objetos de plástico, de forma a sensibilizar e esclarecer os alunos sobre os vários tipos de plástico, as suas caraterísticas e formas acessíveis de os transformar e reciclar, divulgando o projeto ÁFRICA 2ECO. Os alunos presentes puderam desenvolver novas aprendizagens, tomar conhecimento de novas realidades, apelando à multiculturalidade e, desta forma, contribuir para uma comunidade escolar mais esclarecida e sustentável. A celebração do Dia Internacional da Educação estendeu-se por toda a comunidade escolar, com a divulgação e distribuição pela escola de caixas de cartão, decoradas ativamente por alunos de 7.º ano e do Laboratório das Artes, que se destinam a receber lápis trazidos por todos para, posteriormente, serem enviados para escolas na Guiné-Bissau. Professora Daniela Oliveira


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SOCIEDADE

A cidadania aprende-se e consolida-se ao longo da vida, à medida dos contextos, dos estímulos e das oportunidades que se ofereçam para o seu desenvolvimento. A escola é um dos agentes mais ativos na promoção das competências cívicas, não obstante a escassez de recursos e as exigências crescentes que a sociedade lhe coloca. Como é sabido, a escola acompanha os alunos durante, pelo menos, doze anos, preparando-os para a entrada na vida adulta, a qual lhes apresentará responsabilidades e desafios novos, entre eles o da capacidade eleitoral. Mas as questões da cidadania política são habitualmente pouco trabalhadas na escola. Entre outras razões para esta omissão, encontra-se o receio (infundado) de beliscar o preceito constitucional que proíbe a escola pública de ensinar segundo quaisquer diretrizes políticas e ideológicas. Consciente da necessidade de dotar os alunos das ferramentas que lhes permitirão decidir e intervir politicamente na sociedade, a Escola Secundária de Rio Tinto criou recentemente o projeto «Votar Claro», um projeto de desenvolvimento curricular que pretende contribuir ativamente para a formação da consciência política dos jovens e para o exercício dos seus direitos/deveres de cidadania. O impulso inicial do projeto surgiu no contexto particular que se viveu em Portugal nos últimos meses, marcado pela convocação de eleições legislativas anteci-

Preparar os futuros eleitores padas. Os professores Nazaré Alves e Paulo Lima sentiram que se impunha aproveitar esse momento educativo único para colmatar a lacuna de formação política dos alunos, principalmente daqueles que se abeiravam da idade de votar. Assim, a primeira atividade proposta foi a realização de uma simulação das eleições legislativas, que fosse tão próxima da real quanto possível. Para garantir a adesão à realidade social e à realidade dos alunos, desenvolveu-se uma ampla reflexão no seio de uma comissão eleitoral, constituída por adultos e alunos de forma paritária, entre os quais o Diretor do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3, prof. Nuno Santos, a Coordenadora da Educação para a Cidadania do mesmo Agrupamento, profª Márcia Pacheco, o presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT), Eng. José Alberto Carvalho e o presidente da Associação de Estudantes da mesma escola, Miguel Rodrigues. Amparado em parcerias estabelecidas com entidades independentes, do meio académico e do ativismo cívico, o «Votar Claro» definiu uma sequência de ações para consciencializar, preparar e encorajar os alunos a participar e tomar decisões em matéria política. Foi privilegiada a faixa etária dos 16 e 17 anos, em linha com certas recomendações internacionais que aconselham as intervenções junto destes jovens em idade pré-eleitoral. A formação política dos alunos foi assegurada através de sessões dinamizadas por entidades independentes como a Academia de Política Apartidária, organismo juvenil universitário que visa aproximar os jovens da política e alcançar um envolvimento mais ativo dos jovens nas questões mais prementes da sociedade contemporânea. Também o Conselho Nacional da Juventude enviou à ESRT alguns dos seus facilitadores para intervenções de capacitação dos alunos para os processos de tomada de decisão. O Jornal de Notícias foi o primeiro órgão de comunicação a interessar-se pela cobertura do desenvolvimento do «Votar Claro», mas também assegurou sessões de formação política e de prevenção da desinformação, dirigidas a alunos e a pais. Chegou o tempo da campanha eleitoral e o envolvimento dos partidos políticos (então totalmente empenhados na promoção dos seus programas eleitorais) era um dado incerto mas considerado imprescindível para o sucesso das eleições do «Votar Claro». Contactados os dezanove partidos e coligações candidatos às eleições pelo círculo

eleitoral do Porto, treze responderam afirmativamente ao convite para a realização de debates com os alunos. Inaugurou-se assim um canal de diálogo político-partidário com um público ainda em processo de formação do pensamento, libertando os partidos da tentação do soundbyte e de outras formas de resposta à pressão de conquistar eleitores em véspera de eleições. O objetivo simbólico primordial do «Votar Claro» era a derrota da abstenção, uma vez que não se pretendia que os alunos fossem obrigados a votar, mas que o fizessem persuadidos de exercerem um dever cívico. Várias atitudes enraizadas nos alunos - do sentimento de inutilidade e impreparação ao comodismo de não aceitar esperar numa fila de voto - tornavam a tarefa mais desafiante. Apostou-se na divulgação interna, em vários suportes e canais, incluindo as redes sociais, apelando-se à leitura de informação eleitoral e à participação nas eleições. Mas a democracia não se esgota no ato de votar. No dia 25 de janeiro, dia das eleições legislativas na ESRT, para além da afluência

dos alunos às urnas (60% dos 800 eleitores), mais de 80 alunos voluntários asseguraram o funcionamento das dez mesas de voto, durante todo o dia, que só terminou após as operações de contagem e apuramento global dos resultados. Um projeto com esta inovação e envergadura só foi possível pela integração de vários níveis de decisão e execução, e por uma grande articulação com a Direção do Agrupamento, mas também com a colaboração dos encarregados de educação, mobilizados pela Associação de Pais, e dos professores que souberam envolver e motivar os alunos para a participação. O combate à abstenção eleitoral (neste caso, bastante influenciada pelo isolamento sanitário de muitas dezenas de alunos) continuará a ser um dos principais alvos do Votar Claro, entre outros objetivos de alfabetização política. Esta última figura entre as lacunas identificadas (e lamentadas) pelos alunos como obstáculos à sua plena e bem sucedida inserção na vida adulta e ativa e, enquanto assim for, haverá justificação para a continuidade deste projeto pedagógico. ■


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SOCIEDADE

TRILHO DAS MINAS DE ANTIMÓNIO E OURO:

Uma viagem pelo tempo que valoriza a natureza e a cultura do Alto Concelho Gondomar é reconhecido como um dos territórios da Área Metropolitana do Porto que mais riqueza natural possui. Somos reconhecidos pelos nossos rios, pela nossa área verde, pela nossa fauna e pelo nosso solo, que em tempos, produziu e exportou matérias primas, como o Ouro e o Antimónio. Esta exploração mineira integra a Região Mineira do Douro. A história desta exploração remete-nos ao século XIX, quando estava em alta a procura por minérios em Portugal. É precisamente nas freguesias do alto concelho, como Medas ou Covelo, que explorou-se na Serra das Flores, o Ouro e o Antimónio. Sendo que, Medas era considerado o centro da exploração. “A primeira mina a ser concedida em Gondomar foi a do Montalto. A exploração ficou mais centrada no Antimónio. O ouro era aproveitado, mas era considerado um subproduto”, revela-nos Guilherme Silva, investigador que realizou uma tese sobre esta exploração em Gondomar. No entanto, para além da Montalto (1864 a 1888), Gondomar teve mais quatro minas, situadas numa faixa de cerca de 5 km, entre o lugar de Sobrido e de Covelo, sendo que foi em Medas onde se centrou as principais minas de Antimónio: Ribeiro da Serra e Fontinha (1884 a 1889); Tapada e Pinheirinhos ( 1881 a 1891); e Corgo (até 1887). Otávio Santos, responsável pela parte do Museu Mineiro situado na Junta de Melres, acrescenta que o “Ouro aparecia dissimulado no Antimónio e quando eles aperceberam-se disso, começaram a explorar esta matéria prima”.

matéria prima, só mais tarde, na Serra das Flores, é que se começou a fundir.

Guilherme Silva e Otávio Santos Os historiadores explicam que, esta exploração, trouxe para a Freguesia de Medas um grande desenvolvimento, quer social, quer económico. “Os censos demonstram que, na altura em que as minas começaram a funcionar, presenciou-se um elevado crescimento populacional. Vinham muitas pessoas provenientes de outros países, que se interessaram pela exploração destas minas”, refere Guilherme. Segundo os dados da época, em 20 anos, a população da freguesia cresceu 82% -Facto que até hoje, nunca mais se presenciou. “Todo o Antimónio era exportado para

Inglaterra em matéria prima. Depois, era fundido e novamente exportado para outros países que precisassem de Antimónio. Para termos noção da importância da nossa exportação, a nossa produção mineira tinha muita influência na cotação do Antimónio na bolsa de Londres. Isto porque, a nossa produção era enorme”, explica Otávio. Nesta história, o rio Douro surge com um papel fundamental, dado que era através dele que se realizava o transporte destas matérias até à alfândega, para depois ser exportado para outros países. No auge da exploração em Portugal, não havia forma de fundir esta

“A NOSSA PRODUÇÃO MINEIRA TINHA MUITA INFLUÊNCIA NA COTAÇÃO DO ANTIMÓNIO NA BOLSA DE LONDRES” Segundo Guilherme, o Antimónio dava para ser utilizado nas balas de chumbo, porque ajudava a dar mais consistência ao metal, era destinado para a industria pirotécnica, para além disso era destinado à confecção de outros objetos, como por exemplo, os castiçais (ornamentos das igrejas), caracteres utilizados pela imprensa, entre outros. No que concerne ao ouro, Otávio diz que foi explorado de duas formas. Primeiramente, era explorado através do quartzo, porque esta matéria ficava incrustado nesta rocha. A segunda forma que este material era explorado, era através do Antimónio - o Antimonite- neste caso, era realizado a separação destes dois materiais. Foi com a concorrência asiática que esta exploração acabou por extinguir-se, para além disso, as empresas na altura acabaram por endividar-se pela compra de materiais caros. Guilherme garante que a exploração não acabou por falta de matéria prima, mas sim, por uma má gestão empresarial. Hoje, a natureza tomou conta daquele território que em tempos, serviu de ganha pão para muitas famílias e fomentou todo aquela localidade. Para preservar a memória desta época, a história encontra-se preservada no Museu da Junta de Melres. Quanto aos mais curiosos, recentemente foi inaugurado a Trilha das Minas de Antimónio e Ouro. Para além da paisagem natural que é de retirar o fôlego, ao realizar este percurso, os aventureiros irão observar as ruínas, as escombreiras, as chaminés, entre outras coisas que servem de testemunho histórico desta exploração. ESTE TERRITÓRIO É UMA IMPORTANTE MARCA CULTURAL E NATURAL DO NOSSO CONCELHO Para os investigadores, é importante realizar este percurso pedonal para as pessoas perceberem e conhecer o passado histórico da Freguesia. E, com o intuito de valorizar esta história, ambos estão a lutar para ser fundado no concelho de Gondomar um Centro Interpretativo de Antimónio e Ouro, porque foram os dois minérios mais explorados. Ambos reforçam que, este território é uma importante marca cultural e natural do nosso concelho. ■

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SOCIEDADE

MANUEL PINTO eleito Presidente da Federação das Coletividades Na noite do dia 27 de janeiro, quinta feira, Manuel Pinto, tomou novamente posse enquanto Presidente da Federação das Coletividades. Com o intuito de assumir o seu último mandato, o Presidente ocupa este cargo desde 1996. O motivo da sua recandidatura vem ao encontro da impossibilidade de ter realizado todos os objetivos que tinha para o ano em que tomou anteriormente posse. O motivo? A pandemia: “Há dois anos, também estávamos cá neste mesmo lugar. Eu disse que seria o meu último mandato, e que chegava a altura de passar a pasta. Não cumpri com o que disse, pelo simples motivo que estivemos quase todos ausentes. Muito do trabalho que era para ter sido feito, não se fez, por causa da Covid-19. Nós gostávamos de ter estado mais presentes junto às coletividades, gostávamos de ter feito um melhor trabalho, mas não foi possível”, refere Manuel Pinto . É nessa linha que encara este biénio com esperança, principalmente agora que a Federação conseguiu a sua sede. Quantos aos objetivos, não mudaram. “O nosso objetivo é cumprir com aquilo que está previsto no nosso programa, com uma vantagem de que já temos uma sede própria”, acrescenta o representante.

Apesar de terem o intuito de manter o plano de atividades, a intenção do executivo é realizar uma “Aposta muito grande” na formação e garante que as portas da Federação estarão sempre abertas, tanto para ouvir sugestões, como para ajudar todos aqueles que assim o necessitem. Sobre a votação, revela que os sócios foram unânimes na sua decisão e complementa que não receberam nenhum voto nulo, nem contra, o que do ponto de vista do responsável, representa mais “Uma prova de confiança” por parte das pessoas. No que diz respeito a equipa que o irá acompanhar nos próximos dois anos, revela que é composta por “Uma mescla de experientes e de jovens”, no entanto garan-

COMITÉ DE DIREÇÃO DA MERCADONA

te que o respeito está presente e que todos juntos, tem a capacidade de levar o projeto da Federação “Para a frente”. Após agradecer a todos os seus colegas presentes, Manuel Pinto dirigiu ainda uma palavra de agradecimento ao executivo do Município: “Neste período difícil que nós atravessamos, a Câmara Municipal soube apoiar realmente as coletividades, sem candidaturas, sem contrapartidas, porque entendeu e bem, que é nas alturas difíceis que se deve ajudar os amigos e, as nossa coletividades, são também englobadas como amigos porque fazem o seu trabalho por Gondomar”. O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, aproveitou o seu

discurso para parabenizar e destacar o importante trabalho que a Federação e as suas coletividades desempenham por Gondomar. O autarca reconheceu o trabalho difícil que a Federação enfrentou no último biénio devido à pandemia e reforça o seguinte: “Gondomar pode orgulhar-se pelo esforço que todos realizaram. Pode orgulhar-se pelo seu grande movimento associativo, que é um exemplo para o País. Isso se deve a vocês, que são uma Federação forte e unida. Da nossa parte, enquanto autarcas, o que tenho a dizer, é que continuem o vosso trabalho. E, obrigado”. Marco Martins deixou ainda os seus votos para que, em breve, o Município e o seu Movimento Associativo volte com força à sua atividade normal. A cerimónia reuniu vários responsáveis de associações de Gondomar. Para além da presença de Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal, o evento contou com o Vice-Presidente e Vereador Luís Filipe Araújo, com o Presidente da União de Freguesias de São Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, António Braz, com José Paiva, Presidente da União de Freguesias de Melres e Medas e com Eduardo Serrão, Diretor do Centro de Emprego de Gondomar. ■

definiu a subida de 2,7% no salário da equipa

ROUBO DE LUZES FAZ MUNICÍPIO desembolsar mais de 65 mil euros

O Comité de Direção da Mercadona definiu, em coerência com o Modelo de Qualidade Total da empresa, aumentar em 2,7% o salário de toda a sua equipa para garantir o poder aquisitivo das 2.300 pessoas que compõem a Mercadona em Portugal. Esta medida é adotada num momento em que vivemos num cenário complexo e no qual as pessoas que fazem parte da Mercadona são essenciais para a adaptação com agilidade e determinação, porque são o melhor ativo para os clientes. Quanto mais satisfazem os “Chefes”, como internamente a empresa designa os seus clientes, mais a Mercadona avança. Todos os colaboradores da Mercadona têm contrato efetivo desde o primeiro

No inicio deste mês de fevereiro, o Parque Urbano de Fânzeres foi novamente alvo de roubo. Desta vez, toda a extensão do parque -2,5 km- foi furtada durante a noite. Anteriormente, apenas dois pequenos troços tinham sido alvo dos ladrões. A iluminação furtada estava colocada embutida na madeira do passadiço. Como o percurso ficou sem iluminação, a autarquia teve que agir rapidamente e investiu mais

dia e passam por 5 escalões, o que corresponde a aproximadamente os primeiros 5 anos de empresa, sendo que de escalão para escalão têm um aumento salarial de 11%. A Mercadona promove, desde há muitos anos, uma política de Recursos Humanos pioneira no setor, que assegura a conciliação, formação e desenvolvimento pessoal e profissional de todos os que fazem parte da sua equipa. Com este aumento salarial, a Mercadona reforça o compromisso com o emprego estável e de qualidade que a empresa vem pondo em prática já há mais de 25 anos, quando decidiu iniciar o processo de tornar efetivos todos os seus colaboradores. ■

de 65 mil euros, num novo sistema de iluminação. O novo sistema consiste na implementação de postes de iluminação, fixados de 50 em 50 metros, onde foram feitas bases de betão para os fixar. Marco Martins adianta que o Município apresentou queixa e justificou que este novo método de iluminação serve para evitar futuros roubos. ■



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Legenda: PSP "Campus METYIS" Ampliação Câmara 2 sentidos doTrânsito Via Ligação R. Novais da Cunha/Rtd. do Ciclista

O ARRANQUE DA OBRA QUE IRÁ REVOLUCIONAR o Centro de Gondomar Em fevereiro de 2020, o VivaCidade noticiava o projeto que iria dar uma nova cara ao centro de Gondomar. Passados dois anos, as primeiras ruas começam a ser intervencionadas. Esta é uma das maiores empreitadas que este executivo camarário liderado por Marco Martins, aprovou. Recorde-se que o projeto apresentado, para além da ampliação do edifício da Câmara Municipal, está previsto intervir as seguintes ruas: Rua 25 de abril, Rua 5 de outubro, Praça do Município e a Rua Novais da Cunha. “Será reformulado toda a rede viária e para este efeito iremos dividir a obra em três fases para não causar transtornos à população”, explica Marco Martins. A empreitada que irá custar quatro milhões de euros aos cofres da Câmara. Neste momento, encontra-se a decorrer a primeira fase que custou 453 mil euros +IVA,

para a segunda fase está previsto 267 mil euros +IVA e para a terceira, o custo será de 390 mil euros + IVA. Nesta primeira fase está previsto a construção de uma nova rotunda que estará localizada junto às futuras instalações da PSP: “A primeira fase é entre a rotunda da curva da roleta e a Câmara Municipal. Assim está previsto nesta fase intervencionar entre a Via Direcional e a Praça do Município, sendo que passará a ter dois sentidos”. “Na segunda fase da empreitada iremos requalificar a Rua 25 de abril, junto aos bombeiros, ou seja toda a parte envolvente da Câmara. Quanto à terceira fase do projeto será intervencionada a Rua 5 de outubro”, acrescenta Marco Martins. Na perspetiva de Marco Martins está previsto que, até ao Verão, a proposta da construção do edifício da Câmara seja levada à Assembleia Municipal.

Legenda: PSP

"Campu

Amplia 2 sentid Via Liga



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Carlos Brás que representa o PS, e Germana Rocha que representa o PSD, foram os dois gondomarenses eleitos nas últimas eleições à Assembleia da República.


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PTLAPSE PLANTA CERCA DE 600 ÁRVORES com Rapazes de Jancido Tudo começou através de uma conversa entre Paulo Ferreira, dono da empresa PTLAPSE, e o grupo responsável pelos Moinhos de Jancido. Juntos, re-plantaram cerca de 600 Castanheiros. Para Paulo Ferreira o objetivo desta ação foi a de reduzir a pegada ecológica da sua empresa e consciencializar as pessoas para as boas práticas ambientais. Foi numa tarde de sol, no dia 22 de janeiro, que o realizador gondomarense e os Rapazes de Jancido, juntamente com alguns populares, colocaram mãos à obra para recompensar a natureza. Para Paulo, a escolha desta árvore foi ao encontro das suas memórias de infância, quando brincava em casa dos avós, com os seus primos: “A escolha recaiu nos castanheiros porque é uma árvore que a mim, traz-me boas memórias. Os meus avós tinham alguns castanheiros, castanheiros muito velhos e quando era miúdo, ia para lá apanhar as castanhas e picava-me nos ouriços e achávamos aquilo engraçado”. Para além da ligação emocional, o responsável indica que esta árvore é uma espécie autóctone, e que a sua plantação irá beneficiar o território. António Gonçalves, um dos integrantes do grupo dos Rapazes de Jancido explica-nos que, a preferência do grupo é optar por ‘’Mono-

Paulo Ferreira com os "rapazes de jancido" culturas’’, não com o objetivo de ser produtiva, mas sim de fixar a vida animal: “Nós queremos que, a vida selvagem, seja o principal beneficiário desta plantação”. António refere ainda que esta atividade não pode parar no futuro. Só este ano, já foram plantadas cerca de 15 espécies diferentes- O Azevinho, o Medronheiro, o Castanheiro, o Carvalho, a Aveleira, entre muitas outras- sendo todas de espécies autóctones. Quanto à aderência ao evento, Manuel Sousa, integrante dos Rapazes de Jancido, constata que “As pessoas, normalmente, não aderem muito a estas iniciativas, mas as que aparecem, querem mesmo trabalhar”. Estes projetos são

importantes porque servem de incentivo para os mais jovens olharem de outra forma para a natureza. “Para nós, é muito importante envolver as pessoas, porque sozinhos, não conseguimos mudar o mundo, mas, se conseguirmos, através das nossas ações cativar mais pessoas, elas irão cativar outras e assim, conseguiremos melhorar o planeta”, conclui. Para além desta parceria, Paulo Ferreira já tem vindo a realizar vários trabalhos com o grupo responsável pelos Moinhos de Jancido. Recorde-se que, no passado, o realizador gondomarenses gravou um documentário sobre este território que abrange as margens do rio Ferreira. Paulo, adianta-nos ainda que, em bre-

ve, o mesmo irá ser transmitido na SIC. Para Paulo, é certo que, no futuro, o seu objetivo passa por “Realizar mais parcerias como estas”, dado que, na sua perspetiva “É isto que nós levamos desta vida… é o convívio, é a partilha”. No que diz respeito ao trabalho futuro do grupo dos Moinhos de Jancido, António revela-nos que, no culminar destes cinco anos, o grupo já ultrapassou o patamar das cerca de 1500 árvores plantadas e garante que, se tivessem mais mão de obra ‘’Este número redobrava’’. Os responsáveis revelam ainda que, neste momento, têm em vista a reconstrução do 9º moinho, sendo que está previsto para 2022 o início da reconstrução do 10º moinho, bem como reflorestar nesta mesma área, mais um hectare de terreno. Para além disso, o grupo revela que colocou a trabalhar\funcionar um dos moinhos, com um mecanismo de moagem. “Aquele trabalho inicial que fazíamos… de cortar silvas, de desmatar terrenos que tinham plantas invasoras…neste momento, já o revertemos. Agora o nosso trabalho passa mais pela manutenção, pela plantação e pela realização de bricolage. Assim, o ano de 2022 será um ano de maior realização para nós e para todas as pessoas desta localidade”, conclui António Gonçalves. ■


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POLICIA MUNICIPAL com mais 13 novos agentes empossados

PANORAMA DE EMPREGABILIDADE em Gondomar Em Gondomar, o panorama do desemprego demonstra que, comparando os dados dos últimos três anos, o ano de 2020 registou um pico de desempregados, situação que desceu em 2021. Todos os dados analisados datam o mês de dezembro de cada ano analisado. Comparando os números, podemos dizer que o ano de 2021 foi um ano de recuperação, fase ao ano de 2020. Em 2019, o município registava 5731 desempregados, sendo que 2746 eram homens e 2981 mulheres, no ano seguinte, o total de desempregados tinha subido para 7673, sendo 3576 homens e 4097 mulheres. Um aumento total de 1942 desempregados. Ao analisar os dados, podemos dizer que o ano de 2021 trouxe a bonança, porque presenciamos uma redução de 1356 desempregados. No ano transato, o Município registava um total de 6317, sendo 2817 homens e 3500 mulheres. Comparando 2020, com 2021, tivemos uma redução de 759 homens e 597 mulheres. No entanto, apesar dos números terem diminuindo em 2021, registamos um aumento de 319 desempregados inscritos há mais de um ano e uma redução de 1675 desempregados inscritos há menos de um ano. Uma situação que se assemelha nestes três anos analisados é que o grupo etário com mais inscritos vai dos 35 até aos 54 anos. No entanto, comparando os últimos dois anos foi igualmente a faixa etária que mais reduziu a taxa de

inscrição (479), quando comparado aos restantes grupos. Situação que difere quando analisamos o grupo com mais de 55 anos, que registou um aumento de 63 inscritos, face ao ano de 2020. Sobre o mercado de trabalho atual, podemos dizer que está dominado pela transformação digital e pelo Home Office, sendo que esta é uma tendência que veio para ficar e assim continuará. No entanto as áreas técnicas como por exemplo estofador, mecânica, pichelaria, estivador, soldador apresentam, já hoje, um défice significativo de profissionais. Nesse sentido, é aconselhado que as pessoas devem disponibilizar-se para a Formação Profissional que seja capaz de ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e, por outro lado, as empresas deverão apresentar condições suficientemente atrativas para motivar as pessoas a frequentar a Formação Profissional capaz de responder às suas necessidades. Este é um desafio para que no futuro seja possível encontrar pontes de ligação entre as duas realidades. No entanto, um dos pilares será certamente a formação profissional como processo capaz de capacitar as pessoas para o mercado de trabalho, tendo como pano de fundo a sua evolução profissional e as necessidades das empresas. Caso isso não aconteça, a combinação de desempregados de longa duração, naturalmente mais vulneráveis, com poucas competências ou qualificações, irá cada vez mais aumentar o risco de exclusão social, de pobreza e de desigualdade e agravará, os custos dos serviços sociais. ■

No início deste mês de fevereiro, decorreu nas instalações do Gondomar Goldpark, a cerimónia de Imposição de Insígnias a mais 13 novos agentes empossados da Polícia Municipal. Com esta nova aquisição, os gondomarenses podem contar agora com 52 elementos no efetivo. A tomada de posse destes novos agentes vêm ao encontro da transferência de competências em matéria de estacionamento público e de um policiamento de proximidade, nomeadamente junto dos estabeleci-

mentos de ensino e das Urbanizações Municipais. Aos presentes, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, relembrou o trajeto difícil que a Policia Municipal realizou desde a sua fundação, em 2001, e, durante vários anos, contou com meios e recursos humanos limitados (sendo sempre composto por menos de duas dezenas de agentes). Em março de 2021, vinte e nove agentes foram empossados, juntando-se aos dez elementos que, à época, compunham o efetivo da Polícia Municipal. O autarca parabenizou ainda todos os novos agentes que foram empossados. ■

PRAIA DE MELRES poderá ser aprovada pela APA

Há quatro anos que a praia fluvial de Melres não está aprovada para banhos devido à qualidade da água. Recorde-se que, em 2018, a Agência Portuguesa do Ambiente deu a Melres uma classificação “má”.

Para que este verão os gondomarenses possam voltar a usufruir deste espaço para banhos a APA diz que a Câmara de Gondomar necessita de procurar as causas da po-

luição, como ainda “assumir o compromisso de acompanhamento desse programa pela APA correspondente e do parecer favorável da Administração Regional de Saúde”. Nos últimos anos, apenas a praia da Lomba possui uma boa qualidade de água, apesar de ter perdido a bandeira azul. Recorde-se que, em 2014, Gondomar tinha conquistado três zonas balneares, a Lomba, Melres e Zebreiros. ■



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SOCIEDADE No dia 24 de janeiro, comemorou-se o Dia Internacional da Educação. Para realçar a importância deste dia, estivemos à conversa com alguns diretores das nossas escolas públicas do concelho e com o Vereador da Educação, Luís Filipe Araújo, que nos deram a sua opinião sobre a atual situação do país neste setor. LÍLIA SILVA- DIRETORA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N.º1 DE GONDOMAR “O Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho confere especial ênfase à autonomia curricular das escolas no sentido de alcançar as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO). A Portaria nº 181/2019, de 11 de junho abriu caminho a que as escolas reforçassem essa mesma autonomia através da construção e implementação de planos de inovação assentes em soluções adaptadas à realidade de cada comunidade e que permitam a eliminação do abandono escolar e promovam o sucesso e a inclusão de todos os alunos. O AEG1 tem vindo pois a fazer um percurso de consolidação da sua autonomia curricular. Eduardo Marçal Grilo, na entrega do Prémio Escola ao Laboratório de Inovação e Desenvolvimento de Projetos do AEG1 (LABi9), no âmbito do prémio “Portugal País de Excelência em Engenharia”, promovido pela COTEC, afirmou que desenvolvíamos “práticas inovadoras baseadas em métodos de aprendizagem a partir de projetos que permitem cruzar transversalmente as várias áreas científicas”. Este é o caminho que continuamos a reforçar. Esta mistura de diversos conhecimentos promove uma aprendizagem criativa e fomenta o desenvolvimento, entre outros, das competências STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics), levando os nossos alunos à participação ativa em projetos / concursos de abrangência interna, local, nacional e internacional, de que são exemplos os prémios atribuídos pela Fundação Ilídio Pinho, pela COTEC e pela Fundação Galp, entre outros. O desenvolvimento destes projetos tem sido possível, porque são constituídas equipas multidisciplinares de docentes que trabalham com grupos de alunos de constituição variável do mesmo nível de escolaridade e/ou de níveis / ciclos de escolaridade diversos. A integração do AEG1 no projeto Ciência Viva tem contribuído para disseminar por todos os níveis de ensino estes novos métodos de trabalho, consubstanciando-se, agora, também, a participação do 1.ºCiclo com o Lab4Kids. Os desafios lançados pela Estratégia Nacional da Educação para a Cidadania (ENEC) e pelo PASEO fizeram-nos avançar com a integração no Plano Nacional das Artes e na Rede de Escolas da UNESCO, de forma a garantir a disseminação e o enraizamento de práticas de inovação e de colaboração já consolidadas. Procuramos, assim, legitimar o comprometimento com todos os alunos e com todas as famílias, sem exceção, oferecendo um modelo educativo mais flexível e adaptado às caracte-

A EDUCAÇÃO PELOS OLH

Lília Silva - Diretora do Agrupamento de Escolas n.º1 de Gondomar rísticas dos nossos alunos, norteado pela garantia da aquisição das aprendizagens essenciais”. MANUEL MONTEIRO- DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS À BEIRA DOURO A sua primeira questão requer uma resposta muito complexa: o estado da educação medido em números de impacto imediato é bom na medida em que as metas estabelecidas para problemas como o abandono escolar, o abandono escolar precoce, o nível médio de escolaridade dos portugueses, o número de alunos que ingressam no ensino superior, tendem a ser atingidas. Nessa medida o estado da educação em Portugal tem melhorado e, nessa medida, podemos argumentar que o atual método de ensino se adequa às necessidades do País. Mas, a palavra educação só faz sentido se acrescentarmos a palavra pessoas à equação (e não números). Nesta perspetiva, a avaliação do estado da educação já não será a mesma. As assimetrias sociais e territoriais, cada vez mais acentuadas, entre o litoral e o interior do país, criam naturais diferenças de acesso a oportunidades dentro do próprio sistema educativo. As consequências ao nível de processo ensino-aprendizagem traduzem-se num esforço redobrado por parte das comunidades educativas dos territórios menos favorecidos, que têm que superar um sem número de dificuldades para que os seus alunos tenham as mesmas oportunidades e realizem aprendizagens significativas. Nesta perspetiva, não tenho visto melhorias significativas na educação em Portugal. Prevejo, inclusive, alguns problemas graves nomeadamente: maior dificuldade de colocar pro-

Manuel Monteiro - Diretor do Agrupamento de Escolas À Beira Douro

fessores em certas regiões do país; crescente envelhecimento do pessoal docente sem nenhuma perspetiva de renovação de quadros (a profissão é cada vez menos atrativa); diminuição da população estudantil com a consequente necessidade de reorganização das escolas o que vai implicar maiores deslocações dos alunos nas suas áreas territoriais, deslocalizando-os ainda mais, entre outras problemáticas. Relativamente à nossa escola, sentimos essa necessidade de proporcionar aos nossos alunos todas as condições para que realizem as suas aprendizagens através do aproveitamento das oportunidades que a escola lhe oferece. Sentimos que as oportunidades que proporcionamos aos nossos alunos lhes tem permitido atingir resultados muito positivos. Tão positivos, que nos últimos anos, são os alunos que melhores resultados apresentam ao nível concelhio. No entanto, quero enfatizar o que evidenciei na resposta à primeira pergunta: educar faz sentido quando dotamos as pessoas (os nossos alunos e não só) das ferramentas que lhes permitam ser felizes, tomar decisões conscientes e participar civicamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E este desígnio está muito para além dos resultados que os alunos alcançam. A nossa escola propõem-se redefinir os horizontes das crianças e jovens do alto do Concelho de Gondomar, dando-lhe ferramentas que lhes permita construir pontes com o futuro. NUNO SANTOS - DIRETOR DO AGRUPAMENTO DA ESCOLA RIO TINTO AERT 3 Sobre o atual estado da educação/método de ensino em Portugal, considero que as mudanças que têm ocorrido, a evolução

Nuno Santos - Diretor do Agrupamen

que temos sentido, tanto no pré, primeiro, segundo e terceiro ciclo, ou seja, até ao final do ensino secundário, estão de acordo com a nossa evolução social. Preparasse melhor um aluno até ao final do secundário do que propriamente no ensino superior. Os alunos que hoje saem do ensino secundário, têm um impacto muito grande quando chegam ao ensino superior. A metodologia que as escolas hoje adotam e falo pelo Agrupamento de Rio Tinto, o trabalhar-se por projeto, o desenvolver-se a investigação e o trabalho autónomo por parte do aluno, os alunos na faculdade não têm este acompanhamento. O aluno hoje até pela implementação do Decreto-Lei nº54, é acompanhado individualmente por cada professor. Nós podemos ter um universo de 28 alunos numa sala e cabe ao professor adaptar-se a cada um deles no sentido do processo de ensino e processo de avaliação, porque nós podemos ter realidades muito diferentes. No ensino superior isso já não acontece, os alunos são números, portanto, estas dicotomias são muito sentidas por eles quando saem daqui e vão para o ensino superior. Os politécnicos já se têm adaptado mais, trabalham menos por exames, trabalham mais por propostas de trabalho e projetos, mas mesmo assim é necessário dar uma volta muito grande para acompanhar. Um outro passo que também acho que seria necessário dar ao ensino secundário é terminar com os exames nacionais, porque são uma ferramenta de acesso ao ensino superior e isso não deveria incidir sobre o ensino secundário, devia ser uma prática alternada. Eu percebo que o Ministério tenha necessidade de aferir os alunos e o ensino, mas estamos a prejudicar o ensino secundário sobrecarre-


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HOS DOS NOSSOS DIRETORES

nto da Escola Rio Tinto AERT 3

Luís Filipe Araújo - Vereador da Educação

gando-o com tarefas que não nos competem. Nós somos um Agrupamento de referência nacional, ainda no outro dia foi confirmado pela equipa do Ministério e somos realmente um Agrupamento que se distingue, se diferencia dos restantes, pela metodologia de ensino. O abordar as questões de projeto durante todos os níveis de ensino, tanto do pré, primeiro, segundo, terceiro e secundário, leva à construção do aprender, não se ensina só por ensinar. O aluno é desafiado a aprender e nós tentamos adequar sempre essas aprendizagens a cada grupo de alunos que vamos tendo, isso é uma distinção muito grande do Agrupamento de Rio Tinto face ao concelho e à região e até ao país. Nós tentamos aliciar os alunos, bem como propiciar muitas experiências diversificadas para eles entenderem que o mundo do ensino superior não é o fim da carreira, nem será um passo que seja obrigatório. Há que investir na formação, mas há outros caminhos que também são, cada vez mais, abertos, como por exemplo, os CTeSP, os Cursos Técnicos Superiores Profissionais, aparecem hoje com grande frequência de alunos. Ainda não é uma realidade do nosso Agrupamento, mas vai sendo e temos alguns alunos que

enveredaram por essa área e fazem muita questão de se mostrarem no mercado e até por fazerem prosseguimento de estudos na mesma área. É uma área emergente e a forma como se frequenta o ensino superior também começa a ser diferente. LUÍS FILIPE ARAÚJO- VEREADOR DA EDUCAÇÃO A educação atravessa um momento de grandes desafios. Tanto se deve, entre outros motivos, às enormes alterações que se estão a verificar no mundo, desde o progresso generalizado, contínuo e, por vezes, abrupto, nas tecnologias e nas comunicações electrónicas, passando pelas reconhecidas desigualdades sociais que não têm sido suficientemente combatidas, e ainda pelas pulsões populistas e intolerantes que graçam um pouco por toda a parte, e que é urgente mitigar. Daí que a educação atravesse um momento de grandes desafios, até porque me parece que só através da educação será possível ultrapassar as mencionadas adversidades, promovendo uma educação mais tolerante mais inclusiva, mais democrática e acessível a todos ■


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SÍLVIO MOTA, o voluntário e facilitador de alegrias da “Oficina do Brinquedo” da APPC Porto Sílvio Mota, de 62 anos, é uma das “peças” da engrenagem da “Oficina do Brinquedo” da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC). Natural e morador em Rio Tinto, este antigo funcionário de uma empresa de ar condicionado decidiu que a sua experiência pós-reforma poderia ser útil e que tal mudança na sua vida não representaria ficar parado... Como morador em Gondomar já conhecia a intervenção da APPC. E, por isso, decidiu tornar-se voluntário na instituição. Agora passam-lhe pelas mãos algumas centenas de brinquedos para adaptação a crianças com limitações físicas. E diz-se “muito feliz”. Foi há praticamente uma década, em 2012, que na Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) nasceu o projeto da “Oficina do Brinquedo”. Surgindo da necessidade de promover uma participação ativa no “brincar” em crianças que, pelas suas dificuldades motoras, não conseguem aceder aos brinquedos, nesta Oficina adaptam-se os mesmos de forma a alterar o seu circuito interno possibilitando a sua utilização por crianças com dificuldades motoras. Sílvio Mota, voluntário que na APPC há vários anos presta alguma colaboração, acabou por se “transformar” no verdadeiro Pai Natal para algumas crianças – por conseguir suprir uma lacuna existente no mercado em termos de brinquedos adaptados. Cabe a Sílvio Mota, em diálogo com a equi-

pa de terapeutas, conhecer os pedidos que chegam à APPC. Que tipo de brinquedo, para que idade, com que tipo de características... Depois, de forma paciente, o voluntário da instituição cria a solução que mais se adequará aos jovens clientes. “Reconhecimento e agradecimento? Não preciso. Fico feliz por ver o sorriso das crianças quando pela primeira vez conseguem interagir com alguns brinquedos eletrónicos e interativos”, destaca Sílvio Mota. Sara Brandão, terapeuta ocupacional e responsável pelo projeto, aponta para a necessidade de existirem brinquedos “acessíveis e que permitam a participação de todas as crianças”. Algo que, presentemente, não tem grande oferta a nível de mercado. Ou a pouca existente é extremamente dispendiosa. Na Associação do Porto de Paralisia Cerebral esta adaptação – bem como o próprio brinquedo... – é gratuita para clientes e sócios.

A terapeuta ocupacional da APPC explica a questão: “Tendo as crianças dificuldades motoras e de acesso a botões mais pequenos, desenvolvemos este projeto que permite a adaptação do brinquedo para que ele seja acionado por um botão por qualquer criança com a mão, joelho ou o que for necessário”, explicou. Na lógica de que os problemas graves, por vezes, têm soluções simples, na “Oficina do Brinquedo” encontrou-se a resposta – sob a forma de um botão externo, do tamanho da mão de uma criança, para que possa carregar e, assim, interagir com o brinquedo, ouvindo música, vendo as luzes e as cores que emite. Mas regressando a Sílvio Mota... Na sua mesa de trabalho tem bonecos, cabos, parafusos e tudo o que é material necessário para a intervenção. “Não é complicado, mas por vezes dá algumas dores de cabeça”, diz. A “Oficina do Brinquedo” acaba por tam-

bém ser local de constantes visitas. Instalada numa zona do Centro de Reabilitação da APPC constantemente visitada por crianças e familiares, esse posicionamento faz com que o trabalho do voluntário tenha frequentes interrupções (por parte dos mais novos). “Vêm aqui, falam comigo e até fazem pedidos específicos em relação a este ou aquele boneco”, diz apontando para vários exemplares espalhados pelas estantes, mesa e chão. Abílio Cunha, Presidente da Direção da APPC, mais que a questão dos brinquedos refere a questão da igualdade de oportunidades. “O brincar deveria ser acessível a todos, com limitações ou não. É algo que faz parte da essência das crianças e, por isso, solucionar tais constrangimentos é criar oportunidades.” Mas, complementa, este “solucionar de constrangimentos não deveria englobar apenas o brinquedo, em si, mas uma panóplia de outras situações” – como os parques infantis, as praias, ou espaços públicos. Para Abílio Cunha “há um ainda longo caminho a percorrer para que cada criança possa ter o direito de ser feliz.” O grande objetivo das transformações nesta “Oficina do Brinquedo” é simples: permitir que os brinquedos cheguem a todas as crianças, independentemente da sua condição. E a responsável da “Oficina” é clara na avaliação que faz do projeto: “Sempre que entregamos, pela primeira vez, um brinquedo a uma criança que antes não conseguia interagir com ele é sempre um marco importante. É o sentir que ela também consegue. É o facto de ela sentir que também consegue. E é capaz!”■

USG COMEMORA 16 ANOS EM MARÇO No próximo dia 15 de março assinala-se o 16º aniversário da criação da Universidade Sénior de Gondomar. A data será marcada pela realização de diversas atividades que irão decorrer durante uma semana. “Resgatar o espírito vivido antes do surgimento da COVID-19” é a pretensão do Conselho Executivo da Universidade Sénior de Gondomar (USG) para as comemorações dos 16 anos da criação da instituição, com a realização de um programa de atividades que pretende “mostrar aos alunos que, apesar de continuarmos a viver em pandemia, achamos que é possível celebrar o aniversário da universidade, com todas as medidas de higiene e segurança que são exigidas”, fez saber António Braz. A USG reabriu as portas ao Ano Letivo 2021/2022, no dia 11 de outubro, depois de ter estado encerrada durante mais de um ano, devido à pandemia epidemiológica. Neste sentido, o programa de aniversário que está a ser preparado, engloba um conjunto de atividades pensadas não só para reavivar memó-

rias de aniversários passados, mas também para demonstrar aos alunos que a coordenação tem feito todos os esforços para que a universidade se mantenha aberta, de forma a retomar a vitalidade que tão bem caracteriza a instituição. Alterações, essas, que seguem as normas da Direção Geral da Saúde, ao nível da higiene e da segurança, sempre em prol do bem-estar de alunos, professores e colaboradores. Como afirma António Braz, “queremos continuar a criar todas as condições para que os nossos alunos regressem sem receios”, acrescentando ainda que, “é nossa intenção realizar melhorias nas instalações da universidade, nomeadamente, a criação de condições para pessoas com mobilidade reduzida”. Até ao momento ainda não foi possível retomar todas as disciplinas lecionadas antes da pandemia, porém já se encontram a decorrer disciplinas como: Informática, Espanhol, Francês, Alemão, Expressão Física e Motora, Cavaquinho, Viola Iniciação, História da Cultura e das Artes, Taekwondo, entre muitas outras e cuja informação está disponível na secretaria da USG. ■



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SOCIEDADE

ARLINDO BESSA“O Melres é uma casa que acolhe toda a gente” DR

Este mês, o Melres DC está a comemorar 50 anos de história. Fomos conhecer um pouco da história deste clube de referência e perceber a atual situação do mesmo. Estivemos à conversa com Arlindo Bessa, Coordenador da formação e Diretor Desportivo do Plantel Sénior. Este mês a vossa associação está a comemorar 50 anos de história, assim, a primeira pergunta que vós faço vai nesse sentido… para quem não conhece o Melres DC, conte-nos, resumidamente a vossa história? Arlindo Bessa: A nossa fundação foi há 50 anos. A sua trajetória começou, porque num contexto de freguesia, havia a rivalidade entre os ‘’lugares’’. Quando era criança lembro-me que, um dos meus ídolos de infância, era o Eusebio que nunca o vi a jogar na televisão e também os jogadores do Melres. Lembro-me por exemplo do Melrinho, que era o nosso guarda redes na altura e que chegou a ser, mais tarde, meu treinador. O Nuno Neves, o Adamastor, que é um homem de Jovim, que fez o golo do Melres que permitiu subir de divisão. Lembro-me de muitas coisas, como ainda o antigo e primeiro campo do Areio. Isto estamos a falar de 1971, quando o clube ainda não era federado. Em 1972, foi quando o Melres comprou os seus primeiros equipamentos. Mas o primeiro movimento foi no salão paroquial, ainda no tempo do fascismo, onde as pessoas se juntaram e tiveram uma reunião a exigir alguma coisa para esta zona em termos de futebol, porque já percebiam que esta modalidade poderia dinamizar mais um pouco a terra. Depois, mais tarde, o terreno do atual campo de futebol foi doado ao Melres DC. Se não estou em erro, o Melres é fundado em 1972, mas acredito que a primeira participação em termos de federado, acredito que foi um ano depois. Vocês sentem que esta associação deu outra vida à Freguesia? AB: Sim deu, inequivocamente. Deu e dá, mas tem uma potencialidade para dar muito mais, tem é que assentar numa estrutura sólida, que tenha uma visão de futuro e que o leve por esses caminhos. O Melres sempre viveu muito à conta dos resultados e do seu plantel sénior. Começou a sua formação há muito pouco tempo e nota-se que tem ainda muito por onde crescer. Atualmente, quantos atletas estão nesta Associação? AB: Em termos da Associação do Futebol, no nosso plantel sénior temos 27 atle-

tas, mais equipa técnica, temos 17 atletas no plantel de Iniciados, mais equipa técnica, temos 9 nos infantis, que são os que praticam futebol de sete, é o escalão que tem menos em termos proporcionais, mas são bons, são uma excelente equipa, com uma boa classificação e muito bem orientados. São meninos que não há dúvida nenhuma que se tiverem algum que os agarre, serão potenciais craques. O nosso menino mais novo tem quatro anos de idade. Mas que fique bem claro que nós aqui não queremos craques, queremos é crianças felizes. Depois, como somos gondomarenses ferrenhos e gostamos muito do nosso Gondomar, mandamos sempre uma equipa ou duas, para a Liga de Gondomar. Quantos sócios tem o clube? AB: Isso é uma das coisas que o Melres tem que rever. Porque não vale a pena termos um número de 900 sócios, quando depois vamos ver, cerca de 100 ou 150 já faleceram. Portanto, essa atualização tem que ser realizada, porque não adianta ter sócios só de nome, eles têm que ser pagantes. O clube é que tem que ir aos sócios, porque eles não veem ao clube, mas este ano não houve possibilidades…. Como é que é para vocês integrarem uma equipa que completa este mês 50 anos desde a sua fundação? AB: Podemos começar pelo fim? Na minha perspetiva o Melres nunca teve tantas dificuldades, não estou a falar em termos financeiros, mas sim, em termos logísticos, em termos de recursos humanos, como teve este ano. Isto, com a particularidade de termos o nosso novo campo sintético , que era o que mais ambicionávamos. No entanto, isto calha-nos numa altura em que nós temos 13 ou 14 diretores, mais a Assembleia Geral… depois temos isto, quem é que criou

o Melres atual há dois anos? Foram os jogadores. Depois é só pensar o que um diretor desportivo pode fazer com um balneário dentro da sala de reuniões… Se é que me estou a fazer entender. Nós neste momento em campo temos sete atletas e para mim, eles são para jogar, e o Melres tem que se convencer que é assim que as coisas andam. O diretor é para trabalhar, para criar condições para o treinador, treinar, para os jogadores, jogar e para a formação singrar e ter andamento, mas neste momento, isso é impossível, porque somos manifestamente insuficientes, tem que haver uma grande revolução e acredito que, isso acontecerá em breve. Vai ter que haver. Nós apanhamos o clube num ano bom, em termos de apoio autárquicos, mas num ano mau, em termos de massa humana para trabalhar. Ainda por cima tivemos que andar com a ‘’casa às costas’’, porque não tínhamos ainda o campo, só o tivemos este mês. Então no mês que vocês comemoram o vosso aniversário, são contemplados com o melhor presente possível… AB: Sim, sim. Nós tivemos o nosso campo finalizado no dia 1 de fevereiro, exatamente o dia em que o Melres comemorou os seus 50 anos. Este é um presente, porque posso dizer que tivemos dirigentes que há 14/15 anos já tinham esta visão e sonhavam com este feito. Posso dizer que, este era uma promessa das eleições autárquicas de 2017 de todas as campanhas, inclusive do Partido Socialista onde estavam os atuais presidentes de Câmara e da Junta de Freguesia que cumpriram com o prometido. E há uma coisa que digo, este ano, a Junta de Freguesia segurou muito o Melres, deram-nos um grande apoio, foram inexcedíveis. Qual é que diria que foi a melhor épo-

ca do Melres? AB: Em termos desportivos, inequivocamente as subidas de divisão. A primeira subida foi na década de 70 e depois tivemos a minha, que foi em 1992/93. Houve uma época em que para mim, tínhamos a melhor equipa e tínhamos um dos melhores Presidentes que, infelizmente, passou por cá muito pouco tempo que era o engenheiro Filipe Rocha. Na minha perspetiva ele conseguiu ter no nosso clube a melhor equipa, que apenas falha o acesso da divisão de honra por causa de um golo, apesar de termos os mesmos pontos do adversário. Neste momento, qual é o vosso objetivo principal? AB: O meu objetivo é a aposta fortíssima na formação. Com uma visão diferente daquilo que é a formação noutros clubes. Eu tenho aqui um menino que tem uma patologia e não o mandamos embora, porque o Melres é uma casa que acolhe toda a gente. Nós não podemos, nem devemos dar ao luxo de excluir ninguém. Esta é a base essencial do desporto. Nós aprendemos muito com os nossos meninos, acredite que eles nos dão lições de vida, porque eles são expontâneos, são puros, para não falar que eles dão outra vitalidade ao clube. Pelo que percebi já supriram esta necessidade do campo, só que tem outros problemas aqui adjacentes, para o futuro do clube, a esperança continua para tempos melhores? AB: Vejo o futuro com muita esperança. Garanto que sou muito benfiquista, mas eu digo sempre, Melres-Benfica, nunca digo o contrário. Vivi aqui alguns dos momentos mais felizes da minha vida. Lembro-me de quando era jovem de ver e presenciar uma subida de divisão do Melres. Ou ainda ver o meu ídolo de baliza a jogar, o Melrinho. ■


Anuncio_Vivacidade_Vespa_Velutina.pdf 1 09/02/2022 14:26:10

Viu um ninho de

vespa velutina?

Ninhos redondos ou forma de pêra

C

Tórax preto

M

Y

CM

Asas de cor fumadas

MY

Patas amarelas

CY

CMY

K

4º segmento amarelo

Terminação escura

INFORME-NOS 800 200 135 pcivil@cm-gondomar.pt

DEVE INDICAR A LOCALIZAÇÃO MAIS EXATA POSSÍVEL E UM Nº DE CONTACTO

Após a intervenção, o ninho permanece no local? Sim, o ninho começa a desfazer-se ao fim de 7 dias após a intervenção, mas já não se encontra ativo. Por isso, já não apresenta perigo.

SAIBA MAIS SOBRE A INTERVENÇÃO EM NINHOS DE VESPA VELUTINA


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DESTAQUE

FEVEREIRO O MÊS DO SÁVEL E D

Este ano, o Sável e a Lampreia estão de volta a Gondomar. Para além da retoma do Festival de Valbom voltou a reabrir as portas este ano. As duas medidas permitirão um maior dese

POSTO DE CONTROLO E REGISTO DE PESCADO DE VALBOM No ano transato, assim como em 2020, a situação pandémica provocou uma diminuição da atividade da restauração, bem como da pesca. Os profissionais de ambas as áreas, tiveram que interromper a sua atividade de forma abrupta. Nesse sentido, a 18 de março de 2020 o Município decidiu encerrar as portas do Posto de Controlo e Registo de Pescado de Valbom e manteve essa decisão também no ano seguinte. Em 2020, com apenas 37 dias de atividade, tinham sido pescado 1913 lampreias, o que permitiu constatar um aumento de 23,1%, relativamente ao ano anterior. Neste mês de fevereiro, atendendo ao facto de que a atividade económica está a voltar a normalidade, a Câmara de Gondomar decidiu reabrir novamente este Posto que se encontra localizado em Ribeira de Abade. Cláudia Vieira, vereadora do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo refere que o objetivo deste local é simples, facilitar a vida aos pescadores, dado que anteriormente, estes profissionais tinham que dirigir-se às lotas para poderem pesar o pescado, que neste caso, estas pesagens eram realizadas tanto na Docapesca ou na Vianapesca. “O que está estabelecido é que a Vianapesca tenha aqui um colaborador que

Objetivo deste local é simples, facilitar a vida aos pescadores.

Marco Martins e Cláudia Vieira, acompanhados por pescadores do sável e da lampreia. diariamente, assegura a pesagem do peixe, evitando as deslocações destes pescadores para outros locais. O intuito é ter esta dinâmica de funcionamento, que facilita a vida dos pescadores e cria uma resposta de maior proximidade”, explica a responsável. Sobre os últimos dois anos, a vereadora sublinha que, “Devido à suspensão da ativi-

Miguel Cruz Ferreira, é pescador e diz que esta atividade já vem de família, acompanhado pelo filho Tiago Ferreira, refere que a pesca este ano está mais fraca. O pescador explica que já pescaram algumas lampreias, mas que, comparando ao ano anterior “Havia mais abundância”. Na sua perspetiva são vários os fatores que levam a esta realidade desde as barragens, até à pesca ilegal. No entanto, apesar do peixe ser pouco a procura aumentou. A seu ver, o Festival do Sável da Lampreia ajuda a promover e a manter esta tradição para as gerações futuras.

dade e a inviabilização do negócio”, foram tempos muito complicados para os envolvidos nesta atividade, no entanto, sobre o ano de 2022 e o futuro espera que a retoma “Seja feita com todas as forças, para que realmente possa haver a garantia de que todo este trabalho que é realizado, seja recompensado”.

“Espero que todos os pescadores consigam fazer este ano, um bom aproveitamento da sua atividade”, acrescenta Cláudia Vieira. Este posto, foi criado através de uma parceria entre os pescadores, o Município de Gondomar e a Vianapesca.


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DESTAQUE

DA LAMPREIA EM GONDOMAR

l que por motivos pandémicos esteve suspenso, o Posto de Controlo e Registo de Pescado envolvimento económico para todos os envolvidos.

30º FESTIVAL DO SÁVEL E DA LAMPREIA Para ajudar a promover um dos ex-libris do nosso concelho, o executivo Camarário decidiu retomar com força o Festival do Sável e da Lampreia que, por por causa da pandemia, esteve suspenso no ano transato. Esta 30ª edição terá várias novidades e irá decorrer entre os dias 25 de fevereiro e 3 de abril de 2022. Hoje, a gastronomia gondomarense é reconhecida além fronteiras como um dos principais produtos turísticos que o concelho tem para oferecer. Este é um festival com 30 anos de história e que prima por fazer brilhar as receitas dos nossos chefes que são passadas e aprimoradas, de geração em geração. Do ponto de vista da vereadora do Turismo, Sandra Almeida, este evento “É muito importante para os restaurantes” e certamente que, para além de divulgar a nossa gastronomia irá ajudar a “dinamizar a economia”, porque promove todos os restaurantes que participam. A vereadora adianta ainda que, os próprios proprietários dos restaurantes foram unânimes na decisão de retomar o concurso.

É muito importante para os restaurantes” e certamente que, para além de divulgar a nossa gastronomia irá ajudar a “dinamizar a economia Este ano, pela primeira vez, os organizadores decidiram realizar uma sessão de esclarecimento junto aos restaurantes, com o intuito de ouvir a opinião dos participantes e explicar as novas regras do concurso. Sandra Almeida explica-nos que, este ano, por sugestão do presidente do júri do concurso, Chefe Hélio Loureiro, os jurados irão deslocar-se às instalações de cada restaurante para realizar a prova. Na opinião da mesma, “é uma forma mais justa para proceder à avaliação dos pratos”. Outra novidade que o concurso traz este ano e que, na perspetiva da responsável, é positivo para os participantes é que o júri vai entregar mais prémios, para além dos que já são habituais: “O que nós constatávamos em edições anteriores era que, muitas vezes, era por um ponto que um prato de lampreia não ganhava um prémio. Por vezes, a que ficava em terceiro só tinha

Sandra Almeida, Vereadora do Turismo de Gondomar mais um ponto do que, a que tinha ficado em quarto, e isso era injusto. Assim, por sugestão do chefe Hélio, quem tiver uma pontuação acima dos 50, já tem prémio, portanto para além dos outros prémios, criamos ainda um diploma de bronze, de prata e de ouro”. A presidir novamente o júri do Con-

curso Gastronómico temos o Chefe Hélio Loureiro que desafiou os presentes a “Acrescentar algo mais à tradição” e “Não ter receio de colocar a concurso pratos inovadores e fora da caixa”. Compõe ainda o júri, o Chefe Tony Salgado e o jornalista gastronómico, Fernando Melo. Os restaurantes que irão participar nes-

ta edição são os seguintes: 3MMM; Beef Douro; Bom Retiro; Campidouro; Cantinho das Manas; Casa Lindo; Choupal dos Melros; Clube dos Caçadores; Estrelas do Douro; Figurino do Douro; Madureira’s Vera Cruz; O Cardeal; O Chefe Barbosa; O Fórum; O Laranjal; Ponte do Freixo; e o Rei da Tasca. ■

Para Natalino Sousa, este festival ajuda a promover e a valorizar o que Gondomar tem de bom para oferecer. Desde que está no ramo da restauração, o proprietário do restaurante Clube dos Caçadores sempre participou no Festival e na sua perspetiva: “Atualmente os jovens, não apreciam estes pratos e nesse sentido temos o dever de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a nossa gastronomia prevaleça. A publicidade não deixa esquecer as nossas iguarias e tradições. Clientes novos cada vez menos. Na minha opinião não existem segredos, quem é de Gondomar sabe confecionar um bom Sável e uma excelente Lampreia”.


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CULTURA Posto de Vigia

Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

NOVO GOVERNO NÃO TEM DESCULPAS 1 – Contra todas as expetativas, António Costa alcançou a maioria absoluta do seu partido nas eleições legislativas do passado dia 30 de janeiro. Nem o próprio queria acreditar na noite eleitoral. Mas foi a drenagem dos eleitores dos partidos da geringonça, comunistas e bloquistas, que asseguraram este inesperado resultado dos socialistas. Não foi por acaso que PCP e BE perderam 20 deputados. Mas as coisas são o que são, na vida como na política. E os resultados estão à vista de todos. Se o PS beneficiou maciçamente do voto útil à sua esquerda, o PSD conquistou muitos milhares de votos ao centro, mas sangrou para a sua direita, engordando a Iniciativa Liberal e o Chega. Em bom rigor, subindo em número de votos, o PSD quedou-se na casa dos 30 por cento, com um deputado a menos do que tinha na anterior legislatura. 2 – Na próxima semana a nova Assembleia da República entrará em funcionamento, e o Presidente da República dará posse ao novo Governo. Inicia-se assim um longo ciclo, com uma maioria mandatada para vigorar por quatro anos e nove meses. António Costa tem assim pela frente a maior legislatura da nossa democracia, podendo governar com toda a tranquilidade, graças a esta maioria absoluta. Mas não é apenas o conforto da maioria parlamentar que pode assegurar serenidade ao terceiro Governo de António Costa. Também as excecionais condições financeiras que a União Europeia garantiu a Portugal, no âmbito do designado PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, são ferramentas extraordinárias de sucesso que o Governo tem ao seu dispor. Como se diz na gíria, há uma “pipa de massa” para gastar como nunca se viu! 3 – Ora, num cenário tão favorável, quer nas condições políticas, quer no quadro financeiro oferecido ao país, o Primeiro-Ministro não pode falhar. Todos os cidadãos têm consciência que nunca nenhum Governo dispôs de uma conjuntura tão favorável para modernizar o país, e dotar a nossa economia do músculo competitivo que nos permita ultrapassar os constrangimentos que nos atiraram para a cauda da União Europeia. É certo que o passado está longe de abonar a favor da governação socialista. Basta recordar que foi com a maioria de José Sócrates, na primeira década deste século, que fomos lançados para a bancarrota. Mas, se ganhos passados não asseguram sucessos futuros, é igualmente verdade que tragédias de ontem não têm que vaticinar dramas de amanhã. Com todos os astros alinhados a seu favor, desta vez Costa não terá desculpas. ■

GONDOMAR RECEBE EXPOSIÇÃO de Martin Luther King do PortoCartoon No início deste mês, foi inaugurado na Biblioteca Municipal de Gondomar Camilo de Oliveira, a Exposição do Prémio Especial de Caricatura Martin Luther King. Até ao dia 18 de abril, ficaram expostas mais de uma centena de trabalhos sobre esta conceituada personalidade que defendeu grandes causas e sempre lutou pela paz. Esta exposição da autoria do Museu Nacional da Imprensa, reúne trabalhos provenientes de 33 países, entre os quais Argentina, Brasil, China, Colômbia, Cuba, Egito, Estónia, Filipinas, Finlândia, Índia, Indonésia, Iraque, Líbano, Nova Zelândia e Portugal. Esta edição do Prémio Especial de Caricatura do 23º PortoCartoon World Festival, também contemplou a pianista Maria João Pires. Segundo o vereador da Cultura, Luís Filipe Araújo, esta parceria com o Museu Nacional da Imprensa é fruto da “Proximidade” que o Município possui com a instituição dado que, para além do PortoCartoon, Gondomar já recebeu outras exposições deles. Luís ressalta ainda que, “É curioso que nós já recebemos o Prémio Especial Nelson Mandela, onde os valores que estavam na temática eram os mesmos desta exposição,

a tolerância, a luta contra a segregação racial e a liberdade”. Martin Luther King levantou sempre a sua voz para defender os direitos humanos. Foi uma das primeiras figuras políticas dos EUA a expressar-se, de forma frontal, contra a discriminação racial. Era um homem que não poupava esforços quando a vontade era realizar uma luta pacífica, sem recurso a armas. Um homem de causas, que recebeu em 1964, o prémio Nobel da Paz. Luís Filipe Araújo, acrescenta que esta exposição tem suscitado o interesse de muitas pessoas e que certamente, será para manter no futuro mais atividades como esta.

A inauguração contou com a presença das seguintes entidades, o vice presidente e vereador da Cultura, Luís Filipe Araújo, o diretor do Museu Nacional da Imprensa, Luiz Humberto Marcos, o presidente da União de Freguesias de São Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, António Braz e com Manuel Pinto, presidente da Federação das Coletividades. Para além das entidades mencionadas, no evento estiveram alguns artistas que explicaram os seus trabalhos a todos os presentes. A ouvi-los estavam os alunos da turma do 11º ano da Escola Secundária de Gondomar, que terão que realizar um trabalho sobre o tema. ■

8 MIL LIVROS DOADOS por casal a Gondomar Na última reunião da Câmara Municipal de Gondomar, o vice-presidente e vereador da cultura, Luís Filipe Araújo, anunciou que, teriam sido doados 8 mil livros a Gondomar, provenientes de uma doação de livros de um espólio de um casal. José Joaquim de Abreu Barbosa e Maria Teresa Pinto Mendes são os protagonistas desta história. Ambos tinham em comum a paixão de devorar livros e em vida, deixaram explicita a vontade de doar alguns livros a Gondomar. À conversa com Luís Filipe Araújo, José Barbosa faleceu na década de 90 e, em vida, expressou à sua esposa, a vontade de doar o seu espólio à terra que o viu nascer. Em vida, José Barbosa, teve um papel fundamental como bibliotecário na Universidade de Coimbra, onde chegou a ser responsável pela Biblioteca Joanina. Era reconhecido de tal forma que, em muitos prefácios dos livros, o autor agradece a esta pessoa. Entretanto, após a sua morte, deixou o seu tesouro nas mãos da sua mulher. Foi nesse sentido que, Maria Mendes, ao realizar o seu testamento, fez nota da vontade do seu marido. Entretanto, após o seu recente falecimento, a Câmara de Gondomar foi contactada pela pessoa responsável com

o intuito de fazer cumprir o estipulado. Juntamente com os funcionários da Biblioteca e do Arquivo Municipal, o vereador da cultura decidiu dirigir-se a Coimbra, local onde se situava o espólio do casal. No local encontram inúmeros livros de várias temáticas. Segundo Luís, era perceptível que o casal gostava muito de ler, porque a casa estava repleta de livros. Inicialmente, no testamento, não estava previsto a doação dos 8 mil livros, no entanto, os herdeiros decidiram abdicar da sua parte da herança, porque perceberam a forma como os livros eram tratados e entenderam que, os mesmos

seriam preservados e valorizados. “ Não sei se ficamos com a totalidade do espólio do casal, mas seguramente que ficamos com um número elevado de livros, porque a dimensão do acervo que nos foi entregue, acabou por ser muito maior do que estava inicialmente previsto”, acrescenta. Agora, será criado um acervo no nome das pessoas e todos os livros serão catalogados. “Alguns livros não poderão ser cedidos, mas sim consultados. Há alguns que são de mais valor e nesse sentido terão um crivo técnico”, conclui o vereador. ■


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CULTURA

II CONCURSO DE LITERATURA E ARTES PLÁSTICAS comemora o Ano Internacional do vidro Após o sucesso do Concurso de Literatura e Artes Plásticas, que teve como lema “Vamos descobrir o jardim da escola”, o Clube Ciência Viva do Agrupamento de Escolas Santa Bárbara lança uma segunda edição deste concurso, desta vez com o tema “O poder do vidro”. A iniciativa pretende juntar a Ciência, a Literatura e as Artes Plásticas e visa alertar para a enorme importância que o vidro teve e ainda tem no desenvolvimento da sociedade e nos avanços científicos, tecnológicos e culturais. Já imaginou um mundo sem vidro? Sem janelas, ecrãs ou fibra ótica? Sem óculos, microscópios ou telescópios? Vivemos rodeados de vidro, mas raramente reparamos nele e na sua importância para as nossas vidas. Esse material mágico, transparente, refletor, revelador de mundos misteriosos e infinitamente reciclável, existe desde há cerca de 5 mil anos e possibilitou inúmeros avanços científicos, tecnológicos e culturais. É com os objetivos de comemorar o Ano Internacional do Vidro, de melhorar a literacia científica dos jovens e de incentivar os hábitos de leitura, de escrita cria-

tiva e de criação artística, que o Clube Ciência Viva do Agrupamento de Escolas Santa Bárbara, em Fânzeres, está a organizar o 2.º Concurso de Literatura e Artes Plásticas, alusivo ao tema “O poder do vidro”. O 2.º Concurso de Literatura e Artes Plásticas alia a ciência, a arte e a literatura e fomenta a articulação curricular, promovendo diversas áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Além disso, constitui uma relevante ação estratégica no âmbito do Plano 21|23 Escola+, que visa a recuperação das aprendizagens e das competências mais afetadas pela pandemia. Este projeto de inovação e articulação curricular pretende estimular a criação

de obras artísticas, individuais, originais e inéditas, como textos narrativos (contos, fábulas, etc.), poemas, acrósticos, desenhos, pinturas e esculturas, entre outros. Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail clubecienciaviva@aefanzeres.pt até ao dia 8 de abril de 2022. Os concorrentes também poderão enviar os trabalhos de artes plásticas pelo correio para a morada: Rua Alto de Barreiros, 790, 4510–485 FÂNZERES. Os interessados também poderão participar no Concurso de Fábulas – O que nos ensinam os animais?, que pretende estimular a leitura e a criação de fábulas: utilizando as personagens para criar novas fábulas, com novas morais; utilizar

as mesmas morais, recorrendo a novas personagens; ou transformando os textos narrativos das fábulas clássicas em textos dramáticos. Neste caso, os trabalhos devem ser enviados para o e-mail, clubecienciaviva@aefanzeres.pt, até ao dia 25 de fevereiro de 2022. As fábulas são uma das mais antigas formas de contar histórias, servindo-se dos animais para instruir os homens. Embora sejam, geralmente, narrativas curtas, transmitem importantes ensinamentos ou lições de moral, que têm fascinado miúdos e graúdos, ao longo dos séculos. Todos os participantes desta segunda edição receberão diplomas de participação e verão os seus trabalhos expostos e publicados num livro digital e na página do Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara. Para além disso, os premiados, receberão ainda livros sobre temáticas ambientais, científicas, tecnológicas, artísticas ou de literatura juvenil, bem como entradas grátis em Centros Ciência Viva, Museus, e brinquedos científicos e educativos. No que diz respeito ao concurso de fábulas, os trabalhos serão publicados num livro digital e os premiados irão receber livros infantojuvenis e entradas grátis em Centros Ciência Viva, Museus e Parques Biológicos. Os prémios a atribuir serão de acordo com as ofertas dos patrocinadores. ■


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CULTURA

SÉTIMA ARTE ESTÁ DE VOLTA a Fânzeres e São Pedro da Cova A Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova anunciou este mês a sétima edição do Concurso de Curtas Metragens de Fânzeres e São Pedro da Cova. Um projeto que visa promover a criatividade e gosto pela criação audiovisual, tanto no concelho, como a nível nacional, ou internacional. Para Sofia Martins, Presidente desta União de Freguesias é importante continuar a promover este tipo de concursos que se destacam pela sua diferença, porque potencia o que o executivo ambiciona -realizar atividades diferentes. “Este concurso tem sido um sucesso ao longo dos anos e nós queremos potencia-lo ainda mais, realizando uma divulgação junto ao público alvo, tanto a nível local, como também a nível nacional, e mesmo a nível internacional”, explica a responsável, que acrescenta ainda que a dinamização do concurso continuará na responsabilidade do Pedro Barbosa, antigo membro do anterior executivo, pelo facto de ter demonstrado “Uma grande capacidade de promover e de realizar este concurso”. “Espero que esta edição seja um

Pedro Barbosa e Sofia Martins, Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova grande sucesso”, acrescentou a autarca. Aos presentes, Pedro Barbosa, agradeceu à Sofia Martins pelo convite e explicou que um dos objetivos da edição deste concurso, passa por envolver as colectividades e escolas da União de Freguesias: “Queremos à semelhança de anos anteriores, incentivar a participação destas pessoas neste concurso”. Para além disso, Pedro ressaltou a grande adesão internacional que este concur-

so conquistou ao longo dos anos, tendo já recebido curtas provenientes de países como Brasil, Estados Unidos da América, Inglaterra, Espanha, Angola, entre outros. Neste ano, a organização tem ainda o objetivo de “Chegar a mais países”. No entanto, o responsável pela dinamização do evento ressalta ainda que, “O ponto alto desta iniciativa, é a participação nacional”, porque é onde recebem mais inscrições de participações.

Assim, podem participar neste concurso todos os cidadãos nacionais ou estrangeiros, de forma individual ou em grupo, profissionais ou amadores. Quanto aos prémios, serão entregues prémios à melhor Curta Metragem vencedora, assim como duas menções honrosas, correspondendo aos 2º e 3º classificados pelo júri. Será atribuído um prémio monetário de 200 euros ao 1º classificado, 150 euros ao 2º classificado e 100 euros ao 3º classificado. Será ainda atribuído um prémio monetário de 100 euros ao melhor trabalho cujo concorrente resida na União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova (caso não seja um dos 3 primeiros classificados do prémio principal). Todas as escolas, coletividades realizadores em grupo ou individuais desta União das Freguesias que participarem no concurso, para além da possibilidade de vencerem os prémios monetários supra mencionados, receberão ainda um prémio de participação. Para mais informações sobre o regulamento ou de participação, os interessados podem consultar o site da Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. ■

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30 VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

CULTURA

MANHÃ DE POESIA

na Secundária de Gondomar

A ideia de realizar este evento de poesia direcionada aos alunos do secundário da Escola de Gondomar surgiu do núcleo de estágios orientado pelo professor Eduardo Naia. Nesta manhã , os alunos do 12º ano e uma turma do 11º ano, sentiu e viveu a poesia de Fernando Pessoa, na voz do ator Rui Spranger. Devido ao Covid-19, o evento foi divido em três sessões para os 270 alunos. O discurso inicial do evento ficou à res-

ponsabilidade de Lília Silva, diretora da escola, que destacou o facto do poeta desassossegar as mentes e a importância de estuda-lo e relembra-lo. Sobre o evento, Eduardo Naia diz que “Hoje viveu-se e sentiu-se a poesia no seu melhor. Para o professor de literatura é importante relembrar aos alunos que é importante o estudo deste género literário” e acrescenta ainda que “a poesia também tem o seu lado belo e bonito, que tem a capacidade de transmitir mensagens muito profundas”. ■

ALUNOS DE RIO TINTO

recebem Ana Luísa do Amaral

No dia 14 de fevereiro, pelas 11h, os alunos do 12º ano da Escola Secundária de Rio Tinto homenagearam a poeta Ana Luísa do Amaral. Aos presentes, a poeta realizou uma palestra onde expôs o significado da sua poesia, declamou alguns dos seus poemas favoritos e transmitiu a que nível a literatura/ leitura favorece e enriquece, o conhecimen-

to e o autoconhecimento de cada pessoa. Nesta manhã marcada pela poesia, os alunos declamaram alguns poemas, uns das suas autorias, outros a partir da temática da poeta, ou da própria poeta. Para além disso, realizaram ainda uma performance baseada na poesia autora. Ana Luísa foi ainda contemplada com uma exposição realizada com desenhos dos alunos de artes. ■

AUDITÓRIO DE GONDOMAR

recebe 12 espetáculos gratuitos Levar a programação da Casa da Música a diferentes públicos de Gondomar é um dos principais objetivos do “Holograma: Cultura para Todos” que apresenta, de quinta-feira a domingo, 12 espetáculos destinados não só a crianças e jovens das escolas e suas famílias, mas também ao público em geral, com a qualidade artística e os cuidados de produção que são próprios da Fundação Casa da Música. Nos dias 24 e 25 de fevereiro, terá lugar o espetáculo “Somos poeira da mesma terra” que se destaca pela participação em palco de utentes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), destinado ao público em geral (um espetáculo que está a ser construído ao longo de vários ensaios sob a orientação técnica de uma equipa da Casa da Música). O “Holograma: Cultura para Todos” tra-

ta-se de uma iniciativa de intervenção social que pretende estender a Casa da Música a cada um dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto. É um projeto que teve início em 2021 e que continua a ser desenvolvido em 2022 (no caso de Gondomar), pretendendo alcançar o público em geral, possibilitando-lhe experiências musicais com raiz pedagógica e educativa, mas, principalmente, ir ao encontro das pessoas que mais cuidados carecem. O projeto surge, assim, como uma forma de abrir a programação da Casa da Música a todos os tipos de público do concelho, ao promover a igualdade de oportunidades na fruição cultural, e ainda facilitar a participação de pessoas com necessidades especiais, com mobilidade reduzida e ou de grupos excluídos ou socialmente desfavorecidos. ■

PAULO FERREIRA

marca presença na Escola Secundária de Valbom

O realizador gondomarense, Paulo Ferreira, esteve presente na Escola Secundária de Valbom a convite da professora Aida Garrido e da direcção da escola, com a finalidade de inaugurar a exposição de fotografia “No Silêncio dos Moinhos”. Os alunos presentes tiveram a oportunidade de ouvir o testemunho de Paulo, enquanto fotógrafo de natureza. No seu discurso, o fotógrafo foi ao encontro dos princípios e valores que são defendidos pela escola- educar para a liberdade, res-

ponsabilidade e integridade. A exposição integra-se no projeto interdisciplinar das turmas dos 10.º anos. A exposição de fotografia encontra-se aberta ao público e nela poderá ser observada a fauna e flora de Jancido, território do concelho de Gondomar. A mesma encontra-se patente até ao final do mês de março de 2022, de 2.ª a 5.ª feira, das 8:25h às 22:00h, e à 6.ª Feira, das 8:25h às 19:00h, maioritariamente, no pavilhão 1, mas percorre ainda outros pavilhões. ■


VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022 Dra. Eva Barbosa Médica cirurgiã de Cirurgia Geral do Hospital Fernando Pessoa

O QUE É UMA HÉRNIA DA PAREDE ABDOMINAL, QUAIS AS SUAS IMPLICAÇÕES E COMO SE TRATA? A patologia herniária é extremamente frequente, podendo surgir em todas as faixas etárias. Uma hérnia define-se por uma protusão de conteúdo intra-abdominal (mais frequentemente gordura e intestino) através de um defeito da parede abdominal. Existem diferentes tipos de hérnias e nas mais variadas localizações da parede abdominal, tendo dois tipos de origem: Hérnias Primárias – sem nenhuma cirurgia prévia Hérnias Incisionais – surgem após uma cirurgia. Estima-se que cerca de 30% das cirurgias abdominais possam levar ao surgimento de uma hérnia no pós-operatório As hérnias sem sintomas e com baixo risco de complicações podem ser vigiadas, sabendo, no entanto, que existe uma forte probabilidade de no futuro surgirem sintomas que levam à necessidade de tratamento. Os sintomas geralmente associados às hérnias incluem dor e desconforto abdominal. A complicação mais grave de uma hérnia é o seu estrangulamento, em que o conteúdo do saco herniário fica sem irrigação sanguínea. Se este conteúdo for intestino pode existir uma oclusão intestinal, ou ainda mais grave uma isquemia intestinal, sendo esta uma emergência cirúrgica. Assim, se a hérnia se manifestar por aumento da tumefação com dor intensa e súbita deverá ser observado de urgência. Outros sinais de alarme incluem dor, distensão abdominal e vómitos, sintomas estes associados às oclusões intestinais. O único tratamento das hérnias é o tratamento cirúrgico. Existem essencialmente duas formas de abordagem cirúrgica das hérnias: aberta ou por via laparoscópica. A abordagem laparoscópica tem vindo a crescer significativamente devido aos seus benefícios mas, é de ressalvar que nem sempre é a mais adequada para

um determinado caso. A decisão da técnica cirúrgica a usar depende: - do tipo, tamanho e localização da hérnia - do tipo de cirurgias prévias (incluindo as tentativas prévias de reparação da hérnia) - das patologias associadas do doente (como a doença respiratória, a obesidade e a doença cardíaca). - da experiência do cirurgião numa determinada técnica O tratamento cirúrgico das hérnias tem vindo a desenvolver-se de forma importante na última década, incluindo o surgimento de diretrizes internacionais orientadoras do tratamento desta patologia. A multiplicação das técnicas cirúrgicas e o tipo de materiais usados levam à necessidade cada vez maior de uma subespecialização nesta área. Atualmente o cirurgião herniário deve dominar várias técnicas de forma a ir de encontro ao que o seu paciente necessita em vez de encaixar o doente na técnica, permitindo assim uma abordagem personalizada. Após a cirurgia, a recidiva herniária é baixa em centros de referência e cirurgiões experientes. Quantas mais vezes um doente for operado a uma hérnia, mais complexo fica o seu caso e de resolução mais difícil. Por isso, deve ser aplicado todo o esforço na resolução definitiva da hérnia na primeira cirurgia. As hérnias complexas são um subgrupo especial de hérnias quer pelo seu tamanho ou localização, quer pelo número de cirurgias prévias ou patologia associada do doente. São hérnias muitas vezes consideradas sem solução, mas que com a programação adequada podem ser corretamente tratadas, devolvendo a auto-estima e a qualidade de vida ao paciente. Se tem uma hérnia não hesite em nos contactar, teremos todo o gosto em esclarecer todas as dúvidas pois estamos aqui para ajudar! ■

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32 VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

ENTREVISTA CULTURA

CARLOS ALBERTO MONIZ Texto: André Rubim Rangel

CAM

Enquanto pai, deve sentir-se orgulhoso pelo sucesso da filha Lúcia, ora como atriz ora como cantora. Ainda lhe dá conselhos artísticos e ela segue-os? Quais, concretamente? Quanto a dotes artísticos isto é uma doença de família (risos). Porque o meu avô era violinista e chefe de orquestra, o meu tocava piano numa banda de Jazz e eu fui crescendo em todo este ambiente, assim como os meus filhos. Daí que a Lúcia é cantora, compositora, arranjadora e faz, também, música para filmes. Como atriz, tem tido uma carreira muito boa. Brilhante, mesmo. Depois, tenho a Sara – dois anos mais nova que a Lúcia –, que é igualmente cantora. Já o João está ligado ao futebol; e a Inês, apesar de trabalhar em marketing, está também ligada à música. Mais do que dar-lhes conselhos, acompanho-os. Tento estar sempre presente nos momentos importantes das suas vidas. Como açoriano e amante do mar, é um defensor das atividades piscatórias e do artesanato. O que falta fazer para que estas áreas sejam mais valorizadas, protegidas e sustentáveis? O que falta fazer é o o mesmo que falta no resto do país do mundo. Há que dar menos valor ao fútil e promover mais aquilo que é realmente nosso! Nós temos – concretamente nos Açores –, e como em todos os países, um património musical enorme, paisagístico, gastronómico e está cada vez mais a ser apreciado quem vai por bem. Quem vai à procura de grandes movimentos – como o Piccadilly, em Londres, que além da grande beleza, tem milhares de pessoas a atravessar as ruas – não vale a pena ir aos Açores. Aqui, vai quem quer pescar, fazer caça submarina, alpinismo, ir ao fundo das nossas cavernas e caldeiras. No entanto, acho que está a ser feito o que deve ser feito, pelo menos em termos de divulgação. Toda a gente que queira ir aos Açores já sabe o que pode lá encontrar. Muito tem divulgado e promovido a música popular açoriana. O que a carateriza em concreto, diferenciando-a da música popular portuguesa, em geral? O nosso património musical português (seja no continente, nos Açores ou na Madeira) é muito rico! Temos melodias muito bonitas e são adornadas com poesia muito boa. É possível que seja recurso da ilha haver muita atividade artístico-musical, porque há tempo para isso. Daí que nascem poetas por baixo de cada pedra. Temos: Antero de Quental, Vitorino Nemésio, Natália Correia, Álvaro Oliveira, Emanuel Félix, Vasco Pereira da Costa, Victor Rui Dores, António Dacosta, etc.. Temos poetas dos géneros mais distintos a trabalhar muito. E

escondido no camarim. Geralmente, de há 50 anos, vou sempre mais cedo, vou ao café da terra, como num restaurante normalíssimo, convivo com as pessoas até à hora do espetáculo e quando acaba este, por vezes, ainda tenho a possibilidade de tomar mais um copo, por assim dizer. (risos) Não muito, porque felizmente nunca precisei de tomar aditivos: tenho a voz limpinha, graças a Deus fruto da matéria-prima que a minha mãe e o meu pai me deixaram. Já perfez 50 anos de carreira ligado à música, não só compondo mas também orquestrando. Como pensa fazer para alimentar a sua motivação e inspiração, a fim de continuar por muitos mais anos? Para já, mantendo-me fisicamente bem. O que estou a fazer neste momento comecei há quase um ano. É um trabalho muito grande e que continuo. Estou com 73 anos e continuo e não falta muito para chegar aos 80 do José Cid. Espero manter-me como ele. Não paro e não me canso. Com mais de 40 discos gravados/lançados, que estilo musical e de composição mais aprecia e com o qual melhor se identifica? Eu identifico-me em cada projeto com a escolha que fiz. Eu já gravei um disco só com poetas açorianos, pois não sou poeta. E há poetas com quem trabalhei toda a minha vida, como José Jorge Letria e José Fanha. Há poucos anos fiz um álbum só dedicado ao Vinho, em que fiz uma canção para cada região vinícola. Vou-me identificando com cada um dos projetos: não faço um CD com 16 cantigas de estilos diferentes só para ir adiante. Não! Faço projetos específicos, com coerência entre eles.

diz-se – não sei bem, porque não sou musicólogo, apenas músico – que muitas destas melodias da nossa música popular teriam vindo de peças de teatros musicais, de operetas, e que as árias mais conhecidas teriam ficado. A nossa música popular felizmente existe e é conhecida e tocada por esse mundo fora. Já participou em vários discos com outros autores consagrados portugueses, alguns deles já falecidos, tais como Zeca Afonso, Mário Viegas, Carlos do Carmo e José Mário Branco. O que destaca na convivência com todos esses e o que melhor aprendeu com eles? Ao ouvir esses nomes, recordo-me também de juntar Carlos Paredes e Adriano Correia de Oliveira. Era tudo gente para quem era natural fazer as coisas bem-feitas! Não tinham que se pôr em bicos de pés nem usar marketings para divulgar as suas canções. Reparem-se nas canções do Zeca, de 1958, e ainda hoje temos jovens duma terceira geração a cantarolar os acordes dos «Filhos

da Madrugada», ou outras canções pela qualidade que têm. Eles são diferentes entre si. O Carlos Paredes era um génio, era humilde e um rigoroso dos trabalhos musicais. Por detrás de cada artista também há uma pessoa. Portanto, quando não estão em palco, convivem: comem, bebem, dizem piadas, trabalham juntos e as boas jantaradas não faltavam entre nós. Ao longo da carreira já atuou, pelo menos, em 20 países de quatro continentes. Qual o concerto ou país de que guarda peculiares memórias e porquê? Não sei, já atuei em muitos mais do que o meu amigo refere. Não consigo destacar um. Mas tendo andado em Timor, durante dez dias, das oito da manhã às oito da noite, a cantar para os miúdos nas escolas é para mim tão importante como um artista ir aos palcos mais famosos de Nova Iorque ou de Paris. Já toquei em grandes palcos, mas eu faço desses espetáculos o objetivo de conhecer pessoas. Não é pela sala em si, não fico

Mas acaba por se notabilizar mais pelo facto de ter composto e interpretado mais de 300 canções infantis. É um público este difícil de agradar e mais exigente que o adulto? Acho que sim. Às vezes fazem-me a pergunta ao contrário, mas é interessante ela colocar-se assim, porque é de facto isso! Cantar para um adulto, depende. Se estiver num comício partidário e a letra for de acordo, batem palmas e cantam connosco. Não quer dizer que tenham exigência, mas estão predispostos a gostar. Agora, quando canto para crianças pode acontecer que canto uma primeira cantiga, e eles cantam todos; uma segunda, e eles continuam a cantar todos; e numa terceira, vejo que elas começam a olhar para o lado e a brincar umas com as outras. Aí a culpa não é delas, é minha. As crianças não gostam de mim por ser dum partido ou doutro, desta ou daquela terra, desta ou daquela religião. Se gostam duma canção, cantam, aplaudem e pedem: “outra vez”. Estes são os «bis» mais honestos que


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CULTURA ENTREVISTA

“Há que dar menos valor ao fútil e promover mais aquilo que é realmente nosso!” eu conheço. É a melhor coroa de glória que uma canção pode ter! Sente que estamos a criar excelentes condições presentes para o futuro das crianças? Estamos a viver dois anos atípicos. Seja no SNS, como também nas Escolas, desde os professores, os alunos, aos funcionários. Todos terão já noção que isto é uma fase passageira e que, dentro disso, tiveram que assistir aulas em casa pelas novas tecnologias. Nós próprios, artistas, não tivemos espetáculos durante dois anos… Não é fácil para ninguém. Há umas que estavam já mais familiarizadas com as novas tecnologias, outras não. Começaram a aprender, entretanto, com o ensino à distância. O que o preocupa mais naquilo que a nossa Sociedade possa não estar a fazer tão bem para elas? Há um preço que toda a gente vai pagar, e as crianças também. Que foi a falta de contacto físico, de afetos, até entre professor e aluno. Não é fácil gerir se vai para a escola ou não, se vai de máscara ou não, se vai vacinado ou não… Acaba por ser complexo e envolve milhares e milhares de famílias. Ainda é cedo para se avaliar e perceber que efeito estes dois anos estão e vão ter na Educação das crianças. Há quem passe melhor por cima das crises, há quem não… Está, atualmente, em estúdio no Porto, em gravações. Pode adiantar-nos alguns detalhes deste seu novo trabalho? O meu amigo há pouco referiu que sou um amante do mar. Pois é! Este meu próximo CD, com 50 canções assinalando os meus 50 anos de vida artística, vai chamar-se «Cantigas de Marear». São todas as canções dedicadas aos baleeiros, aos pescadores, ao mar, às viagens marítimas, às ligações entre Açores e Madeira, Açores e Cabo Verde. E tenho duetos com 50 a 60 artistas da nossa praça. Será um álbum com tríplice CD. Dos vários artistas que convidou, houve algum que o surpreendesse pela positiva? Mais do que esperava… Os que eu estaria à espera que me convencessem, nem cheguei a convidá-los. (risos) Todos vieram de peito aberto, de perto ou de longe. O estúdio tem sido uma extensão da minha sala, onde nós cantamos, conversamos, ouvimos e é assim que se pode fazer um trabalho sem estresse nem tensão. Não houve propriamente quem me surpreendesse mais ou menos, mas um amigo especial que também entra é o Fausto, com a sua viola. Além de ator em algumas séries televisivas, é também um conhecido apresentador, em diferentes canais. O que admira mais nas pessoas, de tantas reali-

dades, histórias e localidades que conheceu com esses programas apresentados e que percorrem o país no verão? Felizmente, tive sorte com tudo isso. Há pessoas que estão com pressa no trabalho, querem que chegue a hora de sair e ansiosas para que chegue o fim de semana. Quanto a mim, a sorte tem sido fazer tudo o que gosto – que é viajar –, sem olhar ao relógio, conversar, cantar. Sou capaz de estar 14 horas em estúdio, a gravar. Não me canso: faz parte da minha vida. Essa admiração geral pelas pessoas mantenho numa forma de estar de vida e por isso gosto de apresentar os programas em contacto com elas. Agora, tenho um programa na CMTV, sobre a língua materna, que vai já na terceira temporada. Temos de ter um espírito de diálogo como se tivéssemos numa mesa de café. As pessoas gostam de ver em casa diálogos mais intimistas e próximos. Quando temos entrevistados, elas não gostam de questionários, mas que façamos conversa. Um desses programas foi transmitido em direto de Gondomar. Do que se recorda e o que melhor retém desta cidade e seus populares? A memória que tenho é ir na rua e as pessoas cumprimentarem-me, darem-me um grande sorriso e perguntarem-me se já provei um petisco aqui e um petisco ali. E dizem-me para não ir embora sem visitar este e aquele sítio. Em Gondomar foi assim e por todo o lado onde passo. Retenho o global, o ambiente caloroso com o qual fui recebido, mas episódios concretos não me consigo lembrar. Se o município assim desejar, posso aí voltar: é só convidarem! (risos) Tenho espetáculos diferentes montados. É, já há muito, diretor da Sociedade Portuguesa de Autores: acha que os apoios e estímulos aos autores, em Portugal, são suficientes? O que falta melhorar? Não sou administrador daquela Casa, mas cooperador há muitos e muitos anos. Tenho participado em várias reuniões, inclusive sobre a defesa dos direitos de autor. E uma das lutas que estão a ser colmatadas, pelo menos começadas, é com as plataformas digitais. Elas ganham milhões e milhões ao transmitirem as nossas canções, já que nos intervalos que criam entram milhares de euros em publicidade. O argumento deles é: “nós divulgamos as vossas canções”. E nós contrapomos: “se não houvessem canções, o que é que vocês transmitiam?”. Temos tentado, e acho que iremos conseguir, que haja uma contrapartida dessas plataformas digitais para o trabalho dos artistas, dos próprios autores. Temos trabalhado como Cooperativa junto deles. A nível nacional, governativo, não sei o que está pensado. Gostaríamos que no OE não houvesse apenas uma virgulazinha para a Cultura, mas

ser um pouco mais ampliada. Partindo da canção «E um dia fez-se Abril», cuja música é da sua autoria, pergunto-lhe se neste momento sente que no Portugal político se continua a fazer abril? E com uma nova maioria parlamentar, como será? Essa canção é para nos fazer lembrar que o abril começou a ser construído muitos anos antes do próprio 25 de Abril, por militantes que davam a cara e, às vezes, a vida pelas causas que defendiam. E depois, ao longo dos anos, houve quem foi esquecendo isso ou mudando de gravata, encostando-se a determinados poderes. Os jovens têm de ter noção que o abril não caiu do céu, foi preparado por pessoas. É com estas ações concretas que construímos a Sociedade em que vivemos. Neste momento, com um novo governo, vamos aguardar o seu programa. Depois, elogiar o que for bem feito e criticar o que precisar de ser criticado. Nunca abdicarei deste meu direito. Um dos seus álbuns é «O amor virá mais tarde». Não considera que o amor sempre esteve connosco e entre nós e que muitas vezes não o vivemos devidamente achando que ainda não veio? Isso é a primeira parte da canção: o amor construiu-se, cimentou-se, desenvolveu-se e, depois, também virá mais tarde. É uma questão de decidir que tem de ser um lema de vida! Na canção explica que o amor não falta nem faltará. Porque nada se faz sem amor! Ainda continuar a sonhar e com muitos bons s o n h o s? Qual o maior deles, já realizado, e o maior que deseja ainda

concretizar? (risos) Eu continuo a sonhar! Eu já alguma vez disse que tinha bons sonhos? (risos) Eu sou um sonhador, mas não daqueles que aparecem nos filmes, que se sentam nos muros e põe sobre ele o cotovelo e a mão no queixo, a pensar o que será depois do sonho. Eu não, prefiro arregaçar as mangas e construir os meus próprios sonhos. Quanto aos sonhos quero manter desperto aquilo que me tem aguentado na vida como pessoa e artista, que é acordar todos os dias com a consciência de fazer exatamente aquilo que pensei fazer, que não estou a trair ninguém e manter a minha atividade e pensamento. Ao terminar esta entrevista, como já tradicional nesta rubrica, peço-lhe uma mensagem final que sirva de fôlego e coragem a todos os que nos leem. Eu não sou fazedor de mensagens. Prefiro nas canções que elas levem qualquer mensagem. Esse era o termo que usávamos nos anos 60: “canções com mensagem”. E aí, por que não? Em termos verbais, só posso desejar que tenhamos consciência de que o respeito pelos outros é o mais importante que nós temos. Ao respeitarmos os outros estamos a respeitar-nos a nós mesmos. O resto virá depois. Faço votos para que muitos dos lesados desta pandemia, que penso ser já endemia, possam recuperar! E que sejam criadas condições para todos os que perderam postos de trabalho: que possam recuperá-los. ■


34 VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

POLÍTICA

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE RIO TINTO Com o intuito de atrair a participação coletiva dos cidadãos para a política, a Junta de Freguesia de Rio Tinto, está a promover mais uma edição do OP- Orçamento Participativo 2022. Para esta iniciativa, o executivo da Junta, representado por Nuno Fonseca, disponibiliza uma fatia de 10 mil euros para investir em propostas realizadas e aprovadas pelos riotintenses. Para Nuno Fonseca, o Orçamento Participativo (OP) é um importante instrumento da cidadania participativa que permite aos cidadãos decidirem sobre uma parte do orçamento da Junta de Freguesia de Rio Tinto, convidando todos os cidadãos a identificar, debater e propor projetos estruturais para a Freguesia. Através do OP pretende-se dar a todos os cidadãos a possibilidade de, em igualdade de condições, poderem participar na tomada de decisões e na gestão de recursos. Nesse sentido, até ao dia 28 de fevereiro, será a fase de apresentação de propostas pela população. Até ao dia 28 de fevereiro, as propostas serão analisadas. No dia 1 de abril, será divulgado a lista provisória dos projetos que se encontraram em aprovação. Até ao dia 15 de abril, será a apre-

sentação de reclamações à lista provisória e até ao dia 29 de abril será a apreciação das reclamações dessa lista. No dia 30 de

abril, irá ser realizada a lista final de projetos a votação e até dia 31 de maio, os mesmos serão votados. No dia 1 de junho,

irá decorrer a proclamação da Lista Final. Até 31 de dezembro, serão executados os projetos vencedores. ■


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36 VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

POLÍTICA

MAIS DOIS MILHÕES DE EUROS APROVADAS 357 para retirada de Resíduos Perigosos de SPC CANDIDATURAS Quando todos pensavam que o final da retirada dos Resíduos Perigosos de São Pedro da Cova seria para março de 2022, afinal irá atrasar mais um mês. Para surpresa de todos, foram encontrados mais resíduos do que previsto para esta fase. Nesse sentido, o governo teve que aumentar a verba dispensada, disponibilizando assim mais dois milhões de euros. No total, o valor subiu para 16,3 milhões de euros, atendendo à resolução do Conselho de Ministros publicada no final de janeiro, no Diário da República. Estes resíduos detetados a mais, foram encontrados fora da zona limite definida para a intervenção. Na portaria podemos ler que, a evolução dos trabalhos

realizados no terreno, permitiu detetar resíduos “fora da zona-limite definida para intervenção, sendo que uma parte dos resíduos se encontrava estendida ao longo de uma longa encosta, totalmente inacessível aquando das sondagens”. Para Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, este é uma “situação grave”, no entanto perante a situação explica que o “lado positivo é que o problema está resolvido” e adiantou ainda que será necessário mais um mês de intervenção para concluir a operação: “Em principio será para abril”. O autarca explica ainda que teve que ter uma negociação com “O Ministro e a CCDR, que foram sensíveis” perante a situação “e perceberam a importância” da sua resolução. ■

ao Eixo +Habitação do Programa Social+ Este é um programa que foi criado pela Câmara Municipal de Gondomar e que tem o intuito de ajudar as famílias mais carenciadas a aliviar o custo pago nas rendas ou nos créditos de habitação. No total, a autarquia recebeu 393 candidaturas, mas apenas 91% das mesmas, foram aprovadas, dado que às restantes 36 não foram deferidas por falta de documentação. Segundo a vereadora responsável por este pelouro, Cláudia Vieira, esta edição do +Habitação “Foi a que mais candidaturas a Câmara recebeu”. À Autarquia, este programa comporta um

valor de apoio mensal na ordem dos 35 mil euros e irão apoiar 61 famílias residentes em habitação própria e 296 em habitação arrendada. “O valor médio das rendas é de 305 euros e o apoio é 30% desse valor. O valor médio de apoio a cada agregado ronda os 100 euros”, explica a responsável. A vereadora adiantou ao nosso jornal que, as Freguesias que efetuaram mais candidaturas foram as de Rio Tinto, São Cosme e Fânzeres. ■

CÂMARA APROVA VÁRIOS APOIOS Na primeira reunião ordinária pública do ano da Câmara Municipal de Gondomar que decorreu na Junta de Freguesia de Baguim do Monte, foram aprovadas algumas medidas em vários setores. Um dos pontos na agenda de trabalhos dos vereadores que se destacou foi o apoio aprovado destinado as cinco Corporações de Bombeiros Voluntários do concelho (Areosa-Rio Tinto, Gondomar, Melres, São Pedro da Cova e Valbom). O valor anual dispensado corresponde a 81 mil euros, com a exceção da Corporação de Valbom que receberá um apoio animal superior de 89 mil euros, dado que a mesma abrange ainda a freguesia da Lomba. No total, o valor que será atribuído ronda os 650 mil euros. A medida foi aprovada por unanimidade. “Nós temos vindo a aumentar o apoio disponibilizado às nossas Corporações de Bombeiros, porque quando cá chegamos, eles tinham 400 mil euros por ano. Além do apoio que temos dado, a nível logístico, no covid, de material... continuamos a apoiar os bombeiros, sendo certo que, já temos a funcionar no concelho cinco equipas de intervenção permanente e espera-se que, em 2022, hajam mais. Estamos ainda a preparar aquilo que é a Central Municipal de Operações de Socorro, que é para ficar a funcionar, se tudo correr bem, até ao Verão”, afirma Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Na reunião foram aprovados, por unanimidade, os apoios atribuídos à Associação Salvador, para o desenvolvimento do projeto “+ Acesso para Todos – Por comunidades mais inclusivas” no território de Gondomar, e ao Centro Social de Soutelo, para a implemen-

tação do projeto “Sobre Rodas”, no valor superior a 6 mil e 12 mil euros, respetivamente. Sobre os projetos aprovados, a vereadora da Coesão Social, Cláudia Vieira, refere o seguinte: “São projetos submetidos à Portugal Inovação Social”, assim sendo estas candidaturas financiadas possuem uma componente inovadora, “Aqui a Câmara Municipal constitui-se como investidor. Mediante a aprovação das candidaturas pela Portugal Inovação Social, somos uma entidade parceira que vai financiar 30% das mesmas. No caso da Associação Salvador, aquilo que se pretende e o que está no projeto é sensibilizar a comuni-

dade educativa para a questão das acessibilidades e promover ações no próprio território relativamente a esse processo. No caso do Centro Social de Soutelo, eles têm uma metodologia de trabalho nas urbanizações municipais, onde atuam junto aos jovens que se encontram em contextos desfavoráveis e nesse sentido irão trabalhar aqui competências através do desporto”. Para além disso, o executivo municipal presente, aprovou ainda por unanimidade, o valor que a autarquia irá disponibilizar para as intervenções do Gens Sport Clube e do Clube Recreativo Ataense, sobre o assun-

to, pode consultar a notícia da página 39. No que concerne à última reunião, realizada no dia 11 de fevereiro, foi aprovado por unanimidade a minuta do Contrato Interadministrativo para a cedência das novas instalações do novo Posto Territorial da GNR de Fânzeres e São Pedro da Cova. O Município avança, assim, com a cedência da antiga Escola Básica da Bela Vista, atualmente desativada, para acolher as novas instalações desta força de segurança. O novo Posto Territorial da GNR está a ser alvo de uma requalificação, num investimento superior a 1 milhão de euros. ■


VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022

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POLITICA Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Não se adapta às lentes progressivas? Desmistificar a inadaptação às lentes progressivas. Tem mais de 40 anos e sente dificuldade em ver letras pequeninas ao perto? Tem necessidade de afastar a folha para ler melhor? Procurar locais com mais luz? Se a sua resposta a estas perguntas for sim, na verdade tem presbiopia. Este tipo de problema começa a manifestar-se a partir dos 40 anos de idade e é devido à pouca elasticidade dos músculos do cristalino responsável por a nossa boa visão e focagem. Hoje em dia são várias as soluções para este erro refrativo. Primeiramente, terá de recorrer a uma consulta para examinar, adequadamente, a sua visão. A consulta será constituída por várias fases: uma informação breve sobre antecedentes visuais e oculares, assim como da saúde em geral; descrição das suas tarefas diárias como o seu trabalho entre outras atividades. Seguido dessas informações passamos para a realização de testes preliminares, refrativos e à sua motilidade ocular. Será, também, avaliada a sua visão binocular e acomodação e, por fim, a sua saúde visual. Todos estes exames vão auxiliar-nos na escolha da melhor solução para si. A prescrição para a presbiopia pode ir desde o uso de

óculos apenas para situações de visão ao perto ou para pessoas que já necessitavam de óculos para a visão de longe: as lentes bifocais, lentes progressivas e lentes de contacto multifocais. Existe um grande estigma em relação às lentes progressivas. Foram vários os casos de inadaptação a estas mesmas lentes e, na verdade, antigamente as mesmas padeciam de algumas aberrações óticas laterais o que limitava bastante a amplitude do campo visual dos usuários. Hoje em dia, as lentes estão cada vez mais otimizadas e o número de pessoas que não se adaptam é cada vez mais reduzido. Existem vários tipos de lentes progressivas e, com a devida informação, hoje em dia é possível escolher a ideal para si. No entanto para cada pessoa existe uma lente progressiva adequada e para que essa escolha seja a melhor temos de ter em atenção vários fatores: a sua profissão, as diversas distâncias de trabalho,conduzir à noite, hábitos de leitura (uso de aparelhos digitais como tablets, telemóveis, computador), o equilíbrio da sua visão binocular, o seu erro refrativo, entre outros. Todos esses parâmetros nos permitirão escolher a lente ideal para si, com um bom campo visual. Podemos dar um exemplo prático de uma escolha acertada de lentes progressivas num cliente que passa o dia ao computador e a escrever vai necessitar de uma lente com visão de perto e intermédia mais ampla do que propriamente a visão de longe. Neste caso escolheríamos uma lente que desse mais conforto visual no perto e intermédio. Se fosse um cliente que conduz bastante teriamos de aconselhar uma lente com um campo visual predominante no longe. Deste modo, conseguimos minimizar os sintomas de inadaptação tão frequentes e, simultaneamente, já tão ultrapassados neste tipo de lentes. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na Opticalia Gondomar, a nossa equipa especializada estará ao seu dispor para fazer todos os exames e medidas necessárias para assim ajudar e aconselhar a lente mais adequada a si. ■

Gonçalo Lixa

Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão

Por favor, tenham cuidado ao passear o vosso animal! Após um Verão em que foram lindas borboletas, e uns meses de outono/ inverno em que se desenvolveram de forma particularmente inofensiva (do 1º ao 4º estadio de desenvolvimento), eis que começam a surgir, em grande número, os casos de doença provocada pelo contacto com esta lagarta. A lagarta do pinheiro (Thaumetopoea pityocampa Schiff ) mede cerca de 4cm e é o principal inseto desfolhador de pinheiros e cedros em Portugal. É considerada uma praga nestas árvores (alimenta-se e destrói as folhas) e, quando atinge o 5º estadio de desenvolvimento (lagarta com pelos urticantes), pode revelar-se extremamente perigoso para animais e pessoas. Nesta altura do ano (Fevereiro a Maio) podemos encontra-la em ninhos nas árvores (várias lagartas envolvidas em fios de sede, quase como um “algodão doce”) ou descendo as árvores para completarem o seu desenvolvimento, normalmente em “procissão”, em grandes grupos. Qual o problema do contacto com esta lagarta? Os pelos urticantes das lagartas libertam uma substância tóxica capaz de induzir uma reação

de hipersensibilidade, que provoca inflamação exuberante e, em casos graves, necrose (morte) dos tecidos. Quando o contacto se dá com uma mucosa corporal (como a boca ou os olhos) esta inflamação tende a ser mais grave. No caso dos cães, habituados a farejar e a usar a ponta da língua para explorar o que lhes é desconhecido, os casos clássicos que vemos na clínica prendem-se com inflamação grave da língua, podendo mesmo perder parte ou a totalidade dela. Muito cuidado com as crianças, pois têm mais facilmente a tendência de, ao ser picados nas mãos, levar a mão à boca/ olhos, o que pode ter graves consequências. Que devo fazer se o meu cão contactar com esta lagarta? Nesse caso o animal deve ser trazido, com urgência, ao médico veterinário! Quanto mais cedo se intervir (limpando os pelos urticantes ainda presentes nas mucosas/ pele), maior a probabilidade do animal sobreviver com o mínimo de sequelas. Deve também contactar o seu médico veterinário assistente caso tenha estado a passear o seu animal e ele se apresente com algum dos seguintes sinais clínicos: Inchaço do focinho, Salivação excessiva, Dificuldade em engolir, Prurido intenso, sobretudo na face, Urticária, Vómitos, Apatia, Perda de apetite, Dificuldade em mastigar ou Alterações oculares. Por último, salientamos o facto dos inseticidas convencionais NÃO FUNCIONAREM para eliminar a lagarta neste estadio de desenvolvimento. Tanto as lagartas (no solo) como os ninhos (nas árvores), devem ser manipulados com cuidados e eliminados mecanicamente (descartados em recipiente bem fechado ou queimados). ■


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POLÍTICA

BAGUIM DO MONTE

marcou presença em evento europeu em Malta A Junta de Freguesia de Baguim do Monte, ao abrigo do projeto europeu ActiveEU, financiado pelo programa Europa para os Cidadãos 2014-2020, participou na conferência subordinada ao tema: “Democratic engagement and civic participation”, que se realizou entre os dias 26 e 29 de janeiro. Já é o segundo ano que o executivo representa o concelho e o país neste projeto que consiste na realização de conferências sobre temas europeus. Para além de Portugal, participaram cerca de 16 países diferentes. Este ano, a representar a Junta na Conferência esteve presente Deocleciano Carvalho e Bruno Tavares, para ambos, foi um privilegio representar Portugal e uma experiência única. Deocleciano participou na sessão “Reflecting on Europe: the direct voice of citizens”, onde abordou o tema a Europa direcionada à voz das pessoas, que consistiu numa reflexão sobre a importância de uma Europa para todos. Já Bruno Tavares participou na sessão “The future of European union and opportunities for young people: doubts and prospects”, onde apresentou o tema que estava relacionado com o futuro da União Europeia e as oportunidades para a população mais jovem. Sobre a conferência, os temas abordados por cada país podem ser direcionados a problemas locais ou europeus. No caso da Junta, os representantes reportaram problemas europeus. Deocleciano mostrou-se impressionado pelos muitos problemas que existem noutros países. “Ao participar nestes eventos, a Junta ganha visibilidade e projeção internacional por estarmos a representar o país e isso, é de certa forma gratificante. Este projeto não possui nenhum tipo de custo para a Junta de Freguesia, dado que é financiado pelo programa europeu”, explica Deocleciano ao nosso jornal. Sobre a participação no projeto, Deocleciano sublinhou que a Junta está e continuará atenta a este tipo de iniciativas que elevam a imagem da freguesia e neste caso, do nosso país. A comitiva baguinense aproveitou o momento para oferecer algumas lembranças da Freguesia e do Município ao representante do Primeiro-Ministro de Malta. Quanto ao futuro, a Junta já foi selecionada para participar numa conferência na Hungria.

Deocleciano Carvalho e Bruno Tavares em Malta a representar a Junta de Freguesia de Baguim do Monte


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DESPORTO

CÂMARA APROVA INVESTIMENTOS para Gens e Ataense

Na foto, podemos observar o balneário do Gens e o sintético do Ataense

Foi aprovado em reunião de Câmara a comparticipação das obras de reabilitação dos balneários e bancada do Gens Sport Clube e dos trabalhos adicionais para a requalificação do Campo de S. Domingos do Clube Recreativo Ataense. No que concerne ao CR Ataense, o apoio aprovado é na ordem dos 161 mil euros e é destinado à requalificação do campo. Este apoio extra que acresce aos 700 mil euros já financiados inicialmente. Segundo o

vereador do desporto, José Fernando, foi necessário realizar um reforço do valor aprovado inicialmente devido a situações imprevistas que surgiram na empreitada: “Foi necessário fazer este investimento adicional pela necessidade de realizar obras que eram imprescindíveis à segurança do recinto desportivo”. Quando ao Gens SC, estas obras são mais uma conquista que já ambicionavam há muito tempo. Agora, o clube terá os seus balneários intervencionados, assim como as suas bancadas, onde será colocado uma cobertura. O apoio camarário disponibili-

zado é de 120 mil euros, este valor corresponde a uma parte do montante, sendo que a outra fatia ficará à responsabilidade do IPDJ. Segundo o vereador, o projeto apresentado pelos novos dirigentes para os próximos três anos é “sustentável e ambicioso, que irá beneficiar não só a comunidade do lugar de Gens, como também todo o Município de Gondomar”. É nessa linha que José Fernando garante que, atendendo ao projeto que foi apresentado pela nova direção, estas medidas que irão proporcionar mais conforto aos seus 250 atletas do futebol de for-

mação e permitirá que no futuro a sua equipa sénior se mantenha na divisão de elite. Quanto ao futuro, o vereador garante que tem o objetivo de finalizar todos os compromissos assumidos pela Câmara Municipal. Para além disso, o responsável pretende criar um plano estratégico desportivo municipal, com o intuito de perceber as carências de cada associação desportiva. Depois deste levantamento realizado junto às 157 coletividades, o executivo pretende estudar a melhor forma de apoiar e de resolver todos os problemas. ■

CORRIDA DE CARNAVAL de volta a Rio Tinto No próximo dia 27 de fevereiro, domingo, o espírito carnavalesco está de volta à cidade de Rio Tinto, com uma corrida de 10 km e uma caminhada para pais e filhos de 5 km. A organização está à responsabilidade da Proevents e a co-organização é da responsabilidade da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

A prova começa e acaba em frente ao Estádio do Sport Clube Rio Tinto, e tem o início marcado para as 10h 45 min. O local de passagem da mesma será pela Avenida Doutor Almeida Santos e por ai se segue até a Avenida Doutor Aníbal Cavaco Silva, onde se desce até ao ponto de retorno ao lado da linha de metro junto da rotunda, da Avenida da Conduta em Fanzeres. O tempo máximo de duração

desta prova é de 2 horas, haverá ainda abastecimentos no quinto quilómetro da competição. No que concerne aos prémios, este ano os participantes receberão t-shirts, medalhas (corrida) e um saco. Para os primeiros classificados da geral masculino e feminino será atribuído um premio monetário. Para os três primeiros classificados do escalão sénior, serão entregues troféus.

RIO TINTO Corrida de Carnaval, é uma iniciativa que decorre todos os anos e tem o intuito de promover a atividade desportiva junto à população, de uma forma lúdica. O preço para a inscrição é de 10 euros para a corrida e 5 euros para a caminhada. As inscrições encerram no dia 18 de fevereiro. Para os interessados, podem realizar a sua inscrição através do link: www.proevents.pt ■

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DESPORTO TABELA CLASSIFICATIVA CAMPEONATO PORTUGAL SÉRIE C Salgueiros 1-1 Gondomar SC 1º Salgueiros- ............................39p 2º Leça- ....................................35p 4º Gondomar- .......................... 27p Gondomar SC - Valadares AF PORTO: ELITE: APURAMENTO CAMPEÃO Gondomar B - 0-1 - Alpendorada 1º Alpendorada -........................ 7p 2º Rebordosa - ...........................6p 6º Gondomar B - ........................2p Foz - Gondomar B Elite: Manutenção Série 2 Folgosa 0-1 SC Rio Tinto 1º SC Rio Tinto- ........................22p 2º Coimbrões- ......................... 20p Perosinho- SC Rio Tinto ELITE MANUTENÇÃO SÉRIE 3 Barrosas 4-0 S.Pedro da Cova Alfenense 2-1 Gens 1º Sobrado ...............................23p 2º Ermesinde ...........................22p 6º S.Pedro da Cova 1...................4p 8º Gens...................................... 9p S.Pedro da Cova - Sobrado Gens - Barrosas ELITE MANUTENÇÃO SÉRIE 4 Lordelo 1-2 Sousense 1º Marco ...................................22p 2º Lousada ............................... 19p 5º Sousense ............................. 16p HONRA SÉRIE 1 CA Rio Tinto 0-.0 Dragões Sandinenses 1º Lavrense - ............................ 37p 2º Milheirós - ............................35p 13º CA Rio Tinto ....................... 21p Serzedo - CA Rio Tinto HONRA SÉRIE 2 Estrelas Fânzeres 1-0 Lousada B Ataense 0-1 Salvadorense 1º S. Lourenço Douro- ............. 60p 2º Roriz- .................................. 40p 10º Estrelas Fanzeres- ............. 20p 11º Ataense-.............................. 20p Lamoso - Estrelas Fânzeres Bougadense - Ataense 2ª DIVISÃO SÉRIE 2 Melres 2-2 Boim 1º Boim- ...................................45p 2º Cête- ....................................42p 3º Melres- ................................39p Cête - Melres INATEL SÉRIE A Aguiar 6-0 Santa Catarina S.Romão 0-2 Covelo Besteiros 0-0 Juv. Portelinha 1º Juv. Portelinha- .....................23p 2º Aguiar- .................................22p 3º Covelo- ............................... 20p 8º Alunos Meirim- ..................... 11p Bitarrães-Alunos Meirim Galatic - Aguiar Covelo- Vila Cova Juv. Portelinha - São Romão INATEL SÉRIE 2 Ermentão 6-0 Montezelo S.Luiz 4-1 Gondomar Futsal Dragões Valboenses 3-... 1 Nogueira 1º Ermentão- ............................ 27p 2º Silva Escura .........................26p 5º Dragões Valboenses- ............ 19p 6º CS Soutelo- .......................... 18p 8º Gondomar Futsal- .................7p 9º Montezelo-.............................7p Ermentão - CS Soutelo Silva Escura Montezelo Gondomar Futsal - Barca Dragões Valboenses - S.Luiz

INÊS SARMENTO sagra-se Campeã do Norte No passado dia 30 de janeiro, domingo, disputou-se em Braga, o Torneio Juvenil (Sub-18) do Norte de Pista Coberta. Na prova marcaram presença dois atletas da Associação de Atletismo Luz e Vida Gondomarense, Inês Sarmento e João Magalhães. Para a atleta que completou recentemente 15 anos, a prova correu da melhor forma, dado que valeu-lhe o titulo de Campeã do Norte de Sub-18 na prova de 300m, terminando com a marca de 43,13. Antes desta prova, a jovem atleta já tinha sido a 4ª classificada nos 60m, onde atingiu um novo recorde pessoal de 8,37. Quanto a João Magalhães, de 13 anos, o jovem promissor atingiu a 7ª posição nos 1.500m, vencendo a 2ª série, nesta que foi a sua estreia na distância. O atleta chegou à meta com o tempo de 4:35,58, o que é considerado uma boa marca. Anteriormente, no dia 23 de janeiro, os dois atletas gondomarenses representaram a seleção distrital do Porto, no Cross de Interassociações, que decorreu no Seixal. ■

IPDJ ABRE CANDIDATURAS para “Desporto para todos” Já abriram as candidaturas para o programa “Desporto para Todos”, destinado a todos os clubes desportivos e associações que promovem o desporto a nível nacional. Nesse sentido, até ao dia 25 de março encontra-se a decorrer a primeira fase de inscrições, sendo que a segunda fase, será entre o dia 21 de fevereiro e 31 de março, mas é reservada a instituições do ensino superior e de ciência. A aposta da IPDJ é promover a saúde e o estilo de vida saudável em todos os segmentos da população, este ano, o Programa Nacional de Desporto para Todos (PNDpT) conta com uma verba de 1,65 milhões de euros, destinada a projetos desportivos que fomentem o Desporto para Todos e a prática não formal, recreativa, intergeracional, não competitiva e não federada. Nesta edição, será valorizada a parceria ou ligação com a comunidade educativa local, no âmbito do plano de recuperação de aprendizagens «Plano 21|23 Escola+». Na edição deste ano do PNDpT, será privilegiado o apoio, entre outros, a programas de desenvolvimento desportivo que promovam a prática desportiva dos alunos de todos os níveis de ensino, através de projetos que incluam estabeleci-

mentos de educação e/ou ensino, no âmbito da medida «E depois da escola?», do «Plano 21|23 Escola+». Pretende-se, com isto, aproximar as escolas da sua comunidade e, assim, potenciar a interação do/a aluno/a com valências exteriores, concorrendo de forma expressa para o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigató-

ria, através de dinâmicas de educação não formal. Desde o seu início, em 2014, o PNDpT já apoiou mais de 1 800 projetos, num investimento total que supera os 21 milhões de euros. Para mais informações sobre o tema e/ ou candidaturas, pode consultar o site da IPDJ. ■


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EMPRESAS E NEGÓCIOS

NOVO ESPAÇO DA TOYOTA EM RIO TINTO

Foi em Gondomar, mais precisamente na freguesia de Rio Tinto, que o grupo Caetano Auto viu a oportunidade ideal para abrir um novo espaço dedicado à Toyota. Um espaço acolhedor, inovador e repleto de ofertas para o consumidor. A inauguração do espaço realizou-se no dia 11 de fevereiro e contou com a presença de José Ramos, Presidente do Conselho de Administração da Caetano Auto. No mês em que a empresa comemora 54 anos que chegou a Portugal, José Ramos dirigiu-se a Rio Tinto, para a inauguração desta nova unidade da empresa que, de geração em geração, conquis-

tou a confiança do mercado e dos seus clientes: “Os nossos clientes é que são os nossos embaixadores. O cliente que entra para a família Toyota, é muito difícil voltar a sair”. Presente em 38 países e mais de 30 concessionários Toyota pelo país, esta empresa que prima pela inovação do mercado e pela qualidade de produção, que se preocupa pela sustentabilidade do planeta, que está sempre ao lado dos seus clientes, a Toyota é sinónimo de família, porque vai além de uma marca, é assim que os responsáveis a descrevem. No que concerne à mobilidade elétrica, a Toyota, está na vanguarda, porque para além dos híbridos, aposta também nos elétricos. Diariamente, a empresa

José Ramos, Presidente do Conselho de Administração da Caetano Auto

tenta reduzir a sua pegada ambiental através de várias estratégias. Quem visitar este novo espaço, tem garantido que os seus interesses estarão sempre em primeiro lugar. Como refere José Ramos, “Queremos e pretendemos sempre servi-los da melhor forma e sempre com proximidade. É por isso que investimos aqui”. Filipe Vieira, responsável pela nova unidade da marca em Rio Tinto refere que esta marca distingue-se pela tecnologia utilizada nos carros, como a tecnologia híbrida que, “Comparando a outras marcas, emitem menos emissões e são mais amigos do ambiente”. Para além disso, Filipe Vieira garante que, continuarão a fornecer o melhor

serviço aos seus clientes: “Vamos fazer a diferença pela forma com tratamos e recebemos os nossos clientes. Estaremos atentos ao que os clientes nos dizem para que assim, possamos sempre evoluir”. O responsável explica ainda que neste novo espaço estará disponível os seguintes serviços: venda de viaturas novas e usadas; assistência de viaturas; venda e compra de peças; serviços de reparação; e substituição de vidros. O evento contou com a presença do Presidente do Conselho da Administração da Caetano Auto, José Ramos, com o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins e com o Presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca.■


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EMPRESAS E NEGÓCIOS

TALHO DO POVO REABRE LOJA NA ARROTEIA

No dia 20 de janeiro, pelas 9 horas, Sérgio Sousa inaugurava a remodelação realizada na loja da Arroteia, em São Mamede Infesta. O intuito da remodelação é fornecer aos seus clientes, mais qualidade de serviço. Mais uma loja remodelada, agora na fronteira com Gondomar, mais concretamente na Arroteira em S. Mamede de Infesta , o porquê de renovar as instalações nesta localidade? O motivo pelo qual renovamos as instalações do Talho do Povo na Arroteia, deve-se à nossa intenção de criar uma imagem única, que assinale e diferencie as nossas instalações de todas as outras. E desta forma, criar uma cadeia análoga em todos os nossos estabelecimentos Talho do Povo! Como é para vocês observar a confiança e a vossa carteira de clientes sempre a aumentar e a fidelizar-se? A confiança dos nossos clientes é trabalhada desde o primeiro momento em que estes entram nas nossas instalações. Com um atendimento personalizado e produtos de excelência, acessíveis a qualquer carteira. Não diferenciamos os nossos clientes, e isso ao longo dos anos, faz com que estabeleça uma relação não só comercial, mas de confiança mútua. Decorrendo numa fidelização natural do cliente à nossa marca. Qual é o vosso segredo? Não temos segredo. Temos uma equipa de trabalho consistente, unida e trabalhadora, produtos de excelência e preços justos. O que é que as pessoas podem esperar deste espaço renovado e que tipo de produtos podem encontrar? Têm algum produto de eleição que recomenda aos

A primeira cliente do dia é Emília Silva que ao nosso jornal refere que é cliente habitual do Talho do Povo. Para a freguesa os produtos são de muita qualidade e faz questão de referir que recomenda sempre a todas as amigas.

Na foto, Sérgio Sousa com a sua equipa seus clientes? Os nossos clientes continuarão a encontrar os mesmos produtos, com a mesma qualidade e preços, envolvidos num ambiente mais apelativo e harmonioso. Todos os nossos produtos são de eleição. Nestas primeiras semanas têm recebido uma maior afluência de clientes e qual o feedback deles? A afluência é a mesma, não notamos grande diferença, e isso só prova a relação de confiança existente entre a nossa marca e os nossos clientes. Quais os benefícios de ter um cartão cliente do Talho do Povo e instalado no seu telemóvel a vossa APP? O benefício de ter um cartão Cliente Talho do Povo, é a acumulação de pontos, através das compras efetuadas, que poderão ser trocados por produtos, ou vales de compras nos nossos estabelecimentos. Juntando o útil ao agradável: compra, soma pontos, troca por produtos ou vales de compras! As grandes promoções que estabelece todas as semanas são para continuar? Sim, as promoções já são uma “marca”, uma assinatura da nossa empresa. Onde o lema é qualidade e preço! Irão continuar certamente!!! Quanto ao futuro, têm mais novida-

des que queiram divulgar aos vossos clientes? Novidades irão existir sempre. A seu tempo serão divulgadas, para não deixarem de ser novidade! Tem alguma mensagem ou agradecimento para os seus clientes? Sim, temos. Agradecemos aos nossos clientes a confiança depositada nos nossos serviços e produtos e a fidelidade nestes anos todos. Continuaremos por cá a trabalhar mais e melhor. A progredir e a crescer, para satisfazer sempre as necessidades dos nossos clientes. ■


VIVACIDADE | FEVEREIRO 2022 Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto.

Não existem, actualmente, leis camarárias que proíbam alimentar os animais de rua (os chamados animais vadios ou errantes). No entanto, existe um programa fixado por lei - artigo 4.º da Lei n.º 27/2016, de 23 de Agosto - para a captura, esterilização e devolução de gatos vadios (CED), a ser implementado pelas Câmaras Municipais. Refira-se que esta lei proíbe expressamente o abate de animais errantes, para efeitos de controlo da população animal, sendo preferível a esterilização e posterior devolução à colónia, como solução (a lei mencionada é regulamentada pela portaria 146/2017, de 26 de Abril). A Câmara Municipal de Gondomar aprovou o Programa CED, em Setembro de 2021. Por esta via, têm os munícipes a possibilidade de sinalizar colónias de gatos, pedindo a intervenção institucional da Câmara. Essa intervenção consiste na identificação da colónia, esterilização e desparasitação dos animais e subse-

DECO

Descubra uma nova

Espaço Jurídico Alimentar gatos de rua – Regime Jurídico

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DECO em deco.pt quente devolução à mesma colónia, que subsiste sob a tutela de um cuidador (que pode ser o munícipe que a sinalizou, desde que se inscreva (através do e-mail croag@cm-gondomar.pt). Desta forma, o cuidador fica responsável pela alimentação e monitorização da colónia, bem como pela sinalização de situações anómalas que obriguem a uma intervenção veterinária. As vantagens são óbvias: o controle da população de gatos (por nascerem menos ninhadas), maior tranquilidade para a vizinhança e salubridade públicas. Refira-se que os maus tratos a animais são punidos pelo artigo 387.º, nº 1, do Código Penal, com uma pena de prisão até 1 ano ou pena de multa até 120 dias. Caso a Câmara Municipal da área de residência não disponha de um programa CED, alimentar animais famintos é uma forma de protecção destes contra maus tratos. Deve-se acautelar a colocação de paté ou ração (e não comida caseira), em locais mais recatados, no sentido de manter os espaços limpos. ■

CARTÓRIO NOTARIAL (Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos) (Rua José Falcão nº15 – 1º direito, Porto) Certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura lavrada em dois de Fevereiro de dois mil e vinte e dois, no livro de notas para escrituras diversas deste Cartório Notarial número trezentos e setenta – M, iniciada a folhas cinquenta e nove, JOSÉ ALBERTO FERREIRA DA SILVA, NIF 166 428 345, natural da freguesia de Águas Santas, concelho da Maia, casado no regime da comunhão de adquiridos com Maria Júlia Lopes Marante de Jesus Monteiro da Silva, residente na praceta de Jorge Melo, nº39, 1º, Rio Tinto, Gondomar, é dono e legítimo possuidor com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel: Urbano: Fracção autónoma designada pela letra “B”, habitação, andar, com entrada pelo número 39. Garagem B e anexos B;- afecta ao prédio urbano em regime de propriedade horizontal sito na Praceta Jorge de Melo, número 39, freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, inscrito na matriz sob o artigo 14882, com o valor patrimonial tributário e atribuído de quarenta e sete mil seiscentos e oitenta e quatro euro e setenta cêntimos, descrito na conservatória de registo predial de Gondomar sob o número quatro mil setecentos e noventa e quatro/Rio Tinto, inscrito o título constitutivo da propriedade horizontal pela inscrição Ap. 6/19980511, inscrita definitivamente em nome de Aldina da Silva Assunção pela inscrição Ap.3/19971126, que teve a sua última residência habitual na Rua D.Serafim Sousa Ferreira e Silva, nº1, Coronado, Trofa. Que, não possui qualquer título formal para a dedução de novo trato sucessivo que lhe permita registar o prédio a seu favor. Que, o identificado imóvel veio à sua posse no estado de solteiro, maior, por contrato promessa de compra e venda e cedência de posição contratual celebrado em vinte e nove de Julho de mil novecentos e oitenta e seis, com Ayres da Costa Nogueira e mulher Maria da Conceição Teixeira Vieira Nogueira. Que, por sua vez os referidos Ayres da Costa Nogueira e mulher haviam adquirido o identificado prédio, também por contrato de promessa de compra e venda, formalizado

Vou comprar um apartamento e estou a ponderar fazer um seguro. Que seguros associados à habitação são obrigatórios? Existem seguros obrigatórios e facultativos. O seguro de incêndio é obrigatório para os edifícios em regime de propriedade horizontal e deve cobrir o risco de danos provocados no imóvel por incêndio na fração autónoma e nas partes comuns do edifício, como por exemplo os elevadores ou a garagem. O seguro deve ser feito pelos proprietários para o que deverá ser incluída a modalidade “Incêndio e Elementos da Natureza”. Poderá ainda optar por um seguro de “Multirriscos”, mais abrangente e que poderá cobrir outros riscos com coberturas facultativas, designadamente de danos no imóvel ou no seu recheio, podendo também incluir a cobertura de responsabilidade civil. Caso não cumpra, caberá ao adminis-

trador do condomínio fazê-lo no prazo e pelo valor definido na assembleia de condóminos, ficando os proprietários sujeitos ao respetivo reembolso. Antes de contratar este seguro para a habitação, deve pedir e comparar várias propostas, solicitando ao segurador ou mediador de seguros um conjunto de informações, nomeadamente os riscos cobertos e exclusões, as coberturas facultativas e eventuais franquias e ainda sobre os critérios utilizados para determinar o valor das indemnizações. Alertamos ainda para outros aspetos ligados, por exemplo, à proteção contra roubo ou aos meios de combate a incêndio, que são ainda fatores a ter em conta e devem ser avaliados na contratação do seguro, face ao impacto que terão no respetivo preço. Se precisar de informação complementar contacte a DECO (223 391 961 / gas.norte@deco.pt) ou aceda à nossa plataforma on-line em www.gasdeco.net . ■

no dia vinte e um de Julho desse ano de mil novecentos e oitenta e seis com José Maria Queirós e mulher Aldina da Silva Assunção, que manifestaram o seu pleno acordo à cedência da posição contratual ao primeiro outorgante. Que, o preço acordado foi de três milhões de escudos (catorze mil novecentos e sessenta e três euro e noventa e quatro cêntimos), por ele integralmente pago aos sobreditos Ayres da Costa Nogueira e mulher em quinze de Setembro de mil novecentos e oitenta e seis. Que, os factos vindos de expender foram judicialmente comprovados nos autos de embargos de terceiro registados sob o nº 5435/03.4TVPRT-B, arquivados na 7ª Vara Cível do Porto, cuja sentença transitou em julgado em 02-11-2007. Que, por vicissitudes várias, nas quais se incluem a inexistência à data dos factos do prédio submetido ao regime de propriedade horizontal, o falecimento do cônjuge e posteriormente da titular inscrita, não lograram concretizar a transmissão definitiva do imóvel. Que, assim e desde quinze de Setembro de mil novecentos e oitenta e seis, usufrui o prédio em nome próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacifica, contínua, pública, sem violência à vista e com o conhecimento de toda a gente e pois sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja, a qual lhe tem permitido, usufruir, gozar e aproveitar todas as utilidades e potencialidades, procedendo a atos materiais de limpeza, defesa e conservação. Que, atendendo às enunciadas características de tal posse, facultou-lhe a aquisição por usucapião do referido prédio, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extratada. Cartório Notarial do Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos, sito à Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, 02 de Fevereiro de 2022. O Notário

( José Mário Resse Lascasas dos Santos) Registo n.º 172


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HORÓSCOPO - MARÇO

DESCUBRA AS 8 DIFERENÇAS

Carneiro (21/03 - 20/04) Março começa com tudo, mas reserve um tempo para contar os seus pontos fortes e avaliar as precauções que precisa tomar para garantir que os seus projectos tenham o sucesso que espera! Não pule esta etapa. Touro (21/04 - 21/05) Março começa com tudo, mas termina suavemente. Sucessivamente assumindo o centro das atenções e depois retirando-se do jogo para recuperar a energia despendida desde o início do ano. Gémeos (22/05 - 22/06) Nada perturba o seu progresso neste mês. Aproveite esta oportunidade para seguir em frente, para causar uma boa impressão. Mesmo que a conjuntura favoreça a sua ascensão às alturas, cuidado com o excesso de confiança. Caranguejo (23/06 - 22/07) Um temperamento impetuoso e a oportunidade de viver as suas paixões e expressar os seus instintos. Júpiter encoraja as suas iniciativas e favorece a sua ascensão. Isso não é motivo para pular e cruzar a linha. Leão (23/07 - 23/08) Você investe nas suas relações privadas ou profissionais, esta é a hora de colaborar, de convencer, até mesmo de seduzir, de desenvolver Asuas interacções com o mundo ao seu redor. Virgem (24/08 - 22/09) Você gerencia as tarefas e responde à demanda. Mas, para terminar bem o mês, considere economizar um pouco de energia para você. Este mês abre perspectivas e favorece associações benéficas se desistir das suas ideias malucas. Balança (23/09 - 23/10) Um mês que certamente lisonjeia o seu ego, mas que você terá interesse em terminar, no entanto, mostrando cooperação. O ritmo se acelera e depara com oportunidades felizes. Evite estragar o clima mostrando pretensões excessivas, uma forte vontade de se libertar de seus compromissos. Escorpião (24/10 - 22/11) Você se voltou para a busca da harmonia em família. Para colocar as probabilidades a seu favor, precisa de se impor gentilmente, isso não é tarefa fácil para um escorpiano. Sagitário (22/11 - 21/12) Se conseguir qualificaras suas palavras no início do mês, não terá problemas para angariar votos para seus projectos e ideias. Tente ser sensível às suscetibilidades, evite desperdiçar as suas chances, exigindo que o obedeçam sem o questionar. Capricórnio (22/12 - 19/01) Para conseguir o que deseja, não hesite em se esforçar para ser recompensado, mas formule os seus pedidos brincando com o seu charme e canalizando a energia que o leva ao excesso. Portanto, prefira investir em um saco de pancadas ao invés de manter conflitos estéreis Aquário (20/01 - 18/02) Um clima ideal para expressar os seus talentos, exercitar o seu charme e brilhar com todos os seus fogos. Acima de tudo, não se prive disso. Para optimizar os fluxos promissores que o ajudam a enriquecer e prosperar, tente administrar o mais serenamente possível os movimentos de humor e uma impaciência que joga contra você por volta dos dias 19 e 22. Peixes (19/02 - 20/03) Não há necessidade de tentar acelerar o movimento neste mês, reserve um tempo para canalizar as suas energias para se impor, mas não negligencie o direito dos outros de fazerem o mesmo.

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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL Joana Resende PS O extraordinário feito do povo português ao votar maciçamente no PS nestas últimas eleições - reconhecido pelas várias democracias mundiais, e em particular pelos nossos parceiros europeus que lutam por se livrarem do fraccionamento do sistema partidário – é o resultado do reconhecimento dos portugueses no grande trabalho e esforço desenvolvido pelo governo do Partido Socialista, liderado por António Costa, considerado como um ‘político bri-

Maribel Fernandes PSD O momento político que vivemos é raro e invulgar. A partir de agora quem está no poder quer ao nível local, quer ao nível central não tem desculpas para não concretizar os projetos que o nosso concelho, distrito e país precisam, sendo para tal urgente aproveitar a disponibilidade de verbas do famoso PRR e quadro comunitário de apoio 2030 para fazer o que há muito já devia ter sido feito.

Ricardo Couto PAN O resultado das eleições legislativas, é um resultado negativo para o PAN. O nosso trabalho e dedicação nestas legislativas merecia mais. Andamos na rua, falamos com a população, ouvimos os seus lamentos e preocupa-

Paulo Silva CDU Os Executivos PS na Câmara Municipal e na Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova tem demostrado um silêncio absoluto relativamente ao desenrolar e desfecho do processo-crime relativo à deposição de resíduos perigosos da Siderurgia Nacional em S. Pedro da Cova. Após duas décadas de denúncia deste grave crime ambiental e dos sucessivos executivos da CDU na Junta de Freguesia terem insistido quanto à necessidade no apuramento de todas as responsa-

O SUCESSO PORTUGUÊS lhante na pele de um homem sério e com princípios – um dos maiores políticos portugueses de sempre’, apologia feita por alguém que confessou não ser militante do PS. Mais do que o propalado voto útil, já os portugueses se tinham apercebido da competência deste governo do PS ao lidar com a mais severa crise sanitária e económica do país de que há memória. E não foi só com a gestão pandémica ao nível da saúde dos portugueses, foi também, pela percepção do trabalho feito pelo governo na ultrapassagem das terríveis adversidades sentidas pelos empresários portugueses e pela indústria em geral. De forma encapotada e intencional, os partidos da oposição e os Média alhearam-se de trazer para o debate eleitoral a divulgação da

política de apoio do governo em matéria de rendimentos, e ao apoio prestado ao tecido empresarial português de que resultaram benefícios evidentes para o país em termos de política económica. No início do ano ainda não eram conhecidos os dados relativos à exportação, mas já se conheciam recordes das exportações portuguesas: contabilizava-se já um aumento na exportação de bens na ordem dos 18% face a 2020 superando níveis de 2019; na Metalurgia e Metalomecânica batiam-se novos recordes – ‘Novembro, o melhor mês de sempre’; a APICCAPS divulgava que “O último trimestre foi já o melhor de sempre (mais 6% do que em 2019) do calçado português nos mercados internacionais, para onde o setor exporta mais de

95% da sua produção”; as exportações de Têxteis registava em 2021 um recorde de 5.419 milhões de euros (+3,9%) acima do ano pré-pandémico. Em resumo, as exportações foram, depois do consumo, o fator que mais contribuiu para o crescimento económico português. Embora a balança comercial de bens portuguesa mantenha ainda um défice, a economia portuguesa apresenta sinais de melhoria face às perdas sofridas desde o começo da pandemia da Covid-19. No passado dia 30 de Janeiro os portugueses tiveram a percepção do que seria melhor para Portugal, e decidiram apostar na preservação de um governo testado e garantido.■

PORQUE O NOSSO PROPÓSITO SÃO OS GONDOMARENSES! E neste momento de enorme raridade, achamos importante refletir sobre o saber ser, saber estar e saber fazer. Não é fácil conciliar estas vertentes em cada um de nós. Mas com algum esforço, podemos sempre trabalhar nesse sentido. Quando partilhamos experiências social democratas, nem precisamos de olhar idade, sexo, estado civil, etnia, religião, ideologia, situação profissional, riqueza ou pobreza… devemos ter a forma crítica e humilde no crescimento da democracia e da sua prática comunitária. Existem três dimensões que devemos considerar: a dimensão do conhecimento, a dimensão da relação e a dimensão

dos valores. Dado a nossa vida se desenrolar no contexto, familiar, profissional, desportivo, recreativo, institucional, comunitário global, o reconhecer dos direitos e deveres exigíveis nesses diferentes contextos é uma aprendizagem fundamental de existência. Assumir princípios de lealdade e de pertença aos diferentes níveis e grupos em diálogo aberto com a diferença, numa base de tolerância e solidariedade, Importa entender a justiça, a igualdade, a democracia, a liberdade, o bem comum, como desafios cruciais a uma inserção comunitária saudável, com assento na tole-

rância e bom senso. Intervir de forma ativa, correta e exigente, tendo em conta os diferentes pontos de vista na construção de um concelho, de um distrito e consequentemente de um país mais forte, próspero, justo e coeso, é o nosso propósito. Neste momento de incerteza que vivemos, nos diferentes contextos acima enunciados, urge mobilizar todos recursos e saberes, de forma concertada e ambiciosa implementando as reformas estruturantes necessárias à criação de Novos Horizontes. Porque sim, o que nos importa são os gondomarenses! ■

RESULTADO LONGE DO DESEJADO ções. Levantamos novamente os problemas que mais nenhum partido levantou. Apresentamos propostas diversas, adequadas e planificadas para o contexto do nosso país, e com a débil situação sócio-económ ca de Portugal. Fomos responsáveis e fiéis aos nossos princípios. Mas estamos preocupados com o futuro do nosso país. Estamos preocupados porque sentimos que a presença do PAN era impor-

tante para melhorar esse futuro. E agora vamos ser menos na Assembleia. É também um resultado que prejudica as causas PAN: a causa ambiental, animal e as causas sociais. Numa altura em que Portugal atravessa já em Fevereiro um período de seca, não vemos da parte do governo e dos outros partidos, preocupação para mitigar um flagelo ambiental que vai continuar a piorar nos próximos anos. O PAN

tem conseguido ser a "voz" destas preocupações e tem conseguido levar as mesmas à Assembleia da República. Agora essa "voz" fica mais fragilizada. Mas o PAN continuará a ser o seu trabalho e continuará a honrar o voto dos portugueses. Da parte do PAN Gondomar continuaremos a nossa luta pela melhoria da qualidade de vida da população de Gondomar. Sempre! ■

E A CULPA QUE NÃO PODE MORRER SOLTEIRA… A LUTA CONTINUA! bilidades face ao risco da prescrição do processo, assim como na urgência da remoção total dos resíduos perigosos, este processo judicial com vista ao apuramento de responsabilidades legais sobre a deposição de resíduos perigosos nas antigas escombreiras de São Pedro da Cova prescreveu sem o real apuramento dos responsáveis por esta atrocidade ambiental. Vão ficar por esclarecer as questões da perigosidade dos materiais depositados e as suas consequências que possam daí resultar para toda a população. Outro facto importante, que tanto o executivo PS/ Marco Martins - na C.M. Gondomar, Sofia Martins/ PS na J.F. de Fânzeres e São Pedro da Cova - optaram por ignorar é a descoberta de mais resíduos perigosos, que apesar de já terem alocadas as verbas, pode significar um novo adiamento da conclusão dos tra-

balhos de remoção destes resíduos. Este eterno suceder de precalços, imprevistos e más soluções, vem infelizmente, dar razão às preocupações da CDU, apontando a necessidade de se manter a pressão para que este problema se resolva, mas também de olhar para o futuro e definir o que será aquele espaço depois da remoção dos resíduos. Não chegam as promessas do “vai ficar tudo bem”. É preciso ir para além da propaganda e definir, planos, prazos e elementos concretos. É à CMG que cabe o papel de avançar com a definição do programa e projeto de reabilitação e respetiva calendarização, incluindo a população, os agentes locais, bem como as forças politicas eleitas, na definição do futuro deste espaço. Mas é preciso também que o novo executivo

de Sofia Martins/PS na Junta não se furte às suas responsabilidades nesta matéria e ignorando o património de intervenção de décadas desta instituição, correspondendo às aspirações e expectativas da população destas freguesias quanto à resolução deste problema e exigência de soluções concretas ao município. É isto que se espera deste executivo, não o silêncio e conivência com a passividade da C.M.Gondomar. Para a CDU a culpa não pode morrer solteira, nem a situação pode ficar indefinida. Continuaremos a intervir e a lutar para garantir para que a remoção integral dos resíduos perigosos seja finalmente concluída, o espaço requalificado e devolvido à população e para que os responsáveis políticos não fiquem impunes.■


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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

OS VENCEDORES DAS ELEIÇÕES As sondagens são instrumentos válidos de perceção do sentido de voto dos eleitores e são feitas ao longo dos anos, raramente falhando o sentido de voto de uma eleição. Porém, o que assistimos nestas eleições foi um constante vai e vem de sondagens numa base diária, o que veio a resultar numa distorção da realidade do que foi a real intenção de voto da população portuguesa. Nesse sentido, e o facto de o sentido das sondagens darem como certo um empate técnico en-

tre PS e PSD, fez com que o voto útil se materializasse numa maioria absoluta do PS que nenhuma agência de sondagens parecia prever. É mais do que certo que as mesmas exerceram uma influência no sentido de voto, algo que nunca antes tinha sido visto na democracia em Portugal. O que falhou nesta análise de resultados? Em que falharam as previsões e as sondagens? Como certos comentadores políticos afirmaram, as próprias sondagens fizeram com que as mesmas falhassem.

Posto isto, o que é que muda em Portugal com estas eleições? A maioria absoluta do PS faz com que as linhas vermelhas impostas pelos partidos de esquerda ao longo dos últimos 6 anos não venham a ser respeitadas. Não nos podemos esquecer que foram esses mesmos partidos que puseram na agenda nacional as medidas de apoio à população que alavancaram os resultados do PS. A oposição à esquerda nesta nova legislatura tem que ser forte. Não só para fiscalizar o poder renovado com esta maioria absolu-

OBRAS DA NOSSA SRª DA ASNEIRA Em democracia, deve-se parabenizar e respeitar quem ganhou, e o PS, conseguiu uma maioria absoluta nestas eleições Legislativas. Mas os verdadeiros problemas começam agora, com a prepotência, arrogância e autismo que já caracterizavam a governação do PS, mas que com a maioria absoluta , tendem a tornar-se mais visíveis. A nível nacional estão por exemplo a ignorar mais de 400 mil votantes do CHEGA. Mas a nível local, tanto de autarquia como de freguesia, a coisa normalmente rege-se na mesma bitola.

No início deste mandato, o executivo mandou um e-mail a todas as forças políticas representadas na assembleia a pedir propostas. Claro, uma mera operação de charme que caiu em saco roto. Ainda como cidadão, avisei em tempo útil, para o erro que se estava a cometer na principal artéria de Valbom, a rua Dr. Joaquim Manuel da Costa. Uma obra simplesmente pensada no acto eleitoral autárquico, e que já se arrasta há quase um ano, levando ao desespero de moradores e comerciantes.

Obra mal pensada, mal estruturada e mal executada, onde ao contrário do que o executivo diz, nunca moradores e comerciantes foram ouvidos, ou se foram, se calhar 2 ou 3 da cor rosa ou dos que dizem ámen à missa. Muitos comerciantes estão a ter grandes prejuízos, e muitos já correm risco de falência e fechar a porta. A governação tem de ser feita para as pessoas e a pensar nas pessoas, não a pensar em resultados eleitorais, ou na pose mais bonita para uma selfie. Gasta-se balúrdios em obras, em derrapagens,

GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO MUNICIPAL PARA 2022, IMI, DERRAMA, IRS, TMDP E AS OPÇÕES ALTERNATIVAS DO CDS No que se refere ao GOP e Orçamento para 2022 apresentado pelo Executivo Municipal do Partido Socialista (PS) e às opções de desenvolvimento estratégico, são por si, tal como vertido no documento que nos foi apresentado, genéricas e indeterminadas, apesar de no pedido que foi efectuado ao CDS Gondomar de sugestões e contributos para as GOP e Orçamento 2022, termos apresentado medidas específicas, que temos a certeza relançariam Gondomar como um Concelho que apostaria na qualificação das suas gentes, na criação de atractivos para a fixação de tecido empresarial, na dinamização e fomento do turismo, no reforço da segurança das pessoas e dos seus negócios, para citar alguns exemplos, sendo que nenhuma do nossos contributos foi considerado, motivos pelos quais o CDS optou pela abstenção, tal como consta da nossa declaração de voto que apresentamos e que está anexada à acta.

Já relativamente às propostas apresentadas pelo Executivo Municipal no âmbito da Carga Fiscal, nomeadamente as taxas de IMI, Derrama, IRS, e TMDP a serem aplicadas em 2022, o CDS optou por se abster numas taxas e votar contra noutras duas, pelos motivos abaixo identificados, tal como consta da nossa declaração de voto, nomeadamente: Em plena 5ª vaga da Pandemia, o CDS voltou a defender aquilo que defendeu em Comunicado à Imprensa emitido a 28 de Dezembro de 2020, em que apresentamos uma proposta de um Choque Fiscal de Apoio às Famílias e Empresas Gondomarenses. No entanto, tal como agora, já na altura entendíamos que o pacote de medidas apresentado pelo Executivo Municipal, é insuficiente na prossecução do seu objectivo, de mitigar as consequências económicas provocadas por esta Pandemia, por não ter previsto apoios concretos às Famílias, que atravessaram tempos difíceis, devido à diminuição do seu po-

der de compra. Numa altura em que se discutiu os níveis dos Impostos a cobrar em 2022 que revertem na totalidade para os cofres da CMG no próximo ano, como o IMI ou o IRS, o CDS entende, sem renegar à sua matriz assente no Personalismo Humanista defender um verdadeiro “choque fiscal” de estímulo da nossa Economia Local e de Apoio às nossas Famílias, aumentando o rendimento disponível das mesmas, através da redução da taxa de retenção municipal do IRS, do actual escalão máximo de 5% para 2,5%. Esta medida teria um impacto significativo no rendimento das famílias, pois se a CMG reduzir a taxa dos 5% para 2,5%, os Gondomarenses vão receber mais a título de reembolso de IRS já no próximo ano. Complementamos esta medida com a aplicação da taxa mínima de IMI em todas as Freguesias do Concelho de Gondomar, sem excepção, porque para nós, não há Gondomarenses de primeira, ou Gondomarenses de segunda.

AS ÁGUAS DE MARCO Há coisas que nunca mudam e há promessas que teimam em não se cumprir. O contrato de concessão das águas em Gondomar é um dos maiores problemas da história do nosso concelho. Há duas décadas que os gondomarenses são prejudicados por um contrato ruinoso, fruto de um erro histórico da gestão autárquica. Mesmo com uma renegociação pelo meio em 2014, que não evitou a subida do preço da água, o actual executivo, desde essa data e até hoje, não conseguiu inverter esta situação que tanto prejudica as famílias e

empresas. Durante a campanha das últimas eleições Autárquicas, ainda bem presentes na memória, o incumbente e vencedor das mesmas, Marco Martins, prometeu baixar o preço da água aos gondomarenses já a partir de Janeiro de 2022. Chegados a Janeiro, confirma-se que a redução continua a ser uma miragem no deserto. É uma enorme injustiça que um concelho com a nossa realidade socioeconómica, tenha também uma das tarifas de água mais caras do país. Ao longo da campanha, a Iniciativa Liberal de-

nunciou que faltou capacidade e vontade política para resolver este problema, de procurar outras soluções. Afirmamos que seriam necessários menos milhões para grandes obras e mais esforço para reduzir o preço da água. Mantém-se a necessidade urgente da redução imediata da tarifa e de todas as taxas associadas, um alargamento da tarifa social e a redução do preço da ligação à rede de saneamento. É também preocupante que, para além da situação existente, seja uma questão de tempo até as famílias e empresas sofrerem o efeito da inflação no preço

Sara Santos BE ta mas para pôr um travão aos recém eleitos deputados da extrema direita e da direita liberal. A luta continua e com ela a defesa dos direitos e a qualidade de vida de quem trabalha serão temas fortes no mandato que se antevê difícil. ■

Nuno Pontes CHEGA em aditamentos, e o resultado não favorece nada nem ninguém, exceptuando os do costume que depois aparecem em relatórios anuais de corrupção. Uma coisa é certa, não se pode acusar o PS de incoerência, quer empobrecer o país, e nivelar todos nessa pobreza.■

Pedro Carvalho CDS-PP

Defendemos também a reintrodução da suspensão do pagamento das taxas dos Parquímetros pelo menos até ao início do Verão. No entanto aquilo que Executivo Municipal propõe ao nível das Taxas de IMI e da Taxa de retenção Municipal de IRS ficam muito aquém das nossas expectativas, motivo pelo qual o CDS votou contra as propostas da Câmara Municipal de Gondomar na Taxa de IMI e na Taxa de IRS. Optamos pela abstenção na Derrama, bem como na TMDP■

João Resende Figueiredo IL da água, efeito esse que já se faz sentir noutras despesas de primeira necessidade. É como diz a música: São as águas de Marco que ainda virão e a promessa de redução feita em vão.■


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