Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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www.vivacidade.org

VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Mensal Ano 7 - nº 76

Quinta-Feira

22 Novembro 2012

Diretor: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Ricardo Vieira Caldas 0,50€ geral@vivacidade.org

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Gondomar: propostas revelam 7 freguesias em vez de 12

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Junto da Igreja de Rio Tinto

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sou candidato à Câmara Municipal. “...sei que vou ganhar.”

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Fernanda Vieira quer recandidatar-se à Junta de Fânzeres

“...tenho recebido apelos não só de pessoas de Rio Tinto como de outras freguesias de Gondomar...”

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3200 aves ‘invadiram’ Exposição Internacional no Multiusos

Entrevista exclusiva ao VIVACIDADE

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Editorial

Próxima Edição - 13 de Dezembro

José Ângelo Pinto

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Docente Universitário

No âmbito da Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos realizou-se no dia 17 de novembro, no Auditório Municipal de Gondomar, uma “Feira de Trocas”. Perto de um milhar de pessoas, durante várias horas, aumentaram, com a troca, a vida útil de muitos produtos. 

Caros Leitores, A campanha para as autárquicas de Outubro de 2013 é hoje inaugurada no Vivacidade, com a grande entrevista que publicamos ao primeiro candidato assumido e validado num partido político à Presidência do Município de Gondomar. O Vivacidade pretende vir a fazer este trabalho com os outros candidatos que venham a ser aprovados pelos partidos ou movimentos que os possam apoiar, pois a cidade de Rio Tinto influencia e também sofre uma grande influência do Município e o futuro da nossa terra será em grande parte ditado pelas decisões que os eleitores vão tomar em 2013. Claro que um outro fator que vai influenciar fortemente a cidade é a evolução do processo de integração administrativa do território; cujo estudo técnico aponta para uma alteração significativa, pois sugere a integração de parte do território da cidade – o da freguesia de Baguim do Monte – num conjunto em que esta freguesia se junta a Fânzeres e a São Pedro da Cova. Independentemente da solução que venha a ser colocada em prática, a necessidade de que esta reforma seja concluída rapidamente é imperiosa, pois a vida de muitos candidatos às freguesias não vai poder ficar definida enquanto isto não for concluído. É pena que já não se vai a tempo de fazer a necessária reforma administrativa dos Municípios, pode ser que a sétima avaliação da Troika a tal obrigue. Se acontecesse, tudo mudava….. 

Ficha Técnica Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE873) Edição, Redação, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação

É um fator negativo haver um equipamento público [Centro de Acolhimento Temporário, junto das Piscinas Municipais], com recheio, pronto desde 2009 e que está ainda por estrear e por ter vida lá dentro.  Junta de Freguesia de Baguim do Monte

Sumário:

Memórias do Nosso Passado

O nosso caminho

É verdade que as terras de Rio Tinto e de Baguim do Monte possuem uma identidade que lhes é muito própria e diferente daquela que vemos no resto do concelho de Gondomar. Isto é provado pela História, pois muitos documentos referentes ao Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto provam inequivocamente que outrora estas terras estiveram, antes e após a fundação do Reino de Portugal, integradas no Julgado da Maia e não no de

Gondomar. Durante séculos, várias igrejas do direito de apresentação do Mosteiro de Rio Tinto situaram-se na região do Julgado da Maia, incluindo a de S. Mamede de Valongo. A própria geografia pode explicar em parte esta distinção de identidade cultural e histórica, uma vez que este território foi e continua a ser atravessado por vias de comunicação estratégicas desde o período romano. Também foi em Rio Tinto que, em 1905, foram descobertos vestígios arqueológicos de uma

Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SA Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTO Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida - 910600079

necrópole familiar romana em Monte Penouço. Rio Tinto e Baguim do Monte foram a terra de origem de várias personalidades históricas importantes, cujo estudo merecia ser feito por investigadores, como a do bispo do Porto Frei Manuel de Santa Inês por exemplo. Como podemos suprimir a falta de uma falha grave na nossa identidade local? Falta na nossa terra o conhecimento e a valorização da nossa história e do património local que ainda nos resta, faltam infraestruturas e polí-

ticas que investiguem e divulguem seriamente o nosso passado aos nossos filhos e netos. Para quando um museu etnográfico? Para quando um gabinete ou centro histórico com arquivo e réplicas de monumentos históricos locais que pudessem transmitir esse conhecimento às nossas crianças? Este é o nosso caminho, não o de Gondomar, mas o nosso.  Paulo Santos Silva (Professor, Historiador e Escritor)

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos,

Sociedade Páginas 4 à 7 e 9 Breves Página 8 Destaque Página 10 e 11 Associativismo Páginas 14 e 15 Desporto Página 16 e 17 Opinião Páginas 18 e 19 Empresas & Negócios Páginas 22 e 23 Política Páginas 25 à 28 Lazer Página 30

Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas (TP1732), Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org


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Sociedade

Gondomar com menos 5 freguesias

Das 12 freguesias que compõem o concelho de Gondomar apenas ficarão 7. Pelo menos é o que propõe a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) que já fez chegar ao município, um documento que comtempla duas propostas, a A e a B. Em ambas, surgem agregações e apenas há certeza que as freguesias de Lomba e Rio Tinto irão manter-se sozinhas.

De acordo com o documento da UTRAT e conforme foi deliberado por unanimidade em setembro, a Assembleia Municipal mostrou-se contra qualquer alteração ao mapa do concelho. Assim, a UTRAT afirma que “a deliberação da assembleia municipal que não promova a agregação de quaisquer freguesias é equiparada, para efeitos da presente lei, a ausência de pronúncia”. No documento também se lê que “em caso de ausência de pronúncia da Assembleia Municipal, a UTRAT deve “apresentar à Assembleia da República propostas concretas de reorganização administrativa do território das freguesias”. Foram por isso apresentadas duas. Na proposta A, são agregadas as freguesias de Fânzeres com São Pedro da Cova e Baguim do Monte, Gondomar (São Cosme) com Valbom e Jovim, e ainda Melres com Medas [ver infografia]. Na proposta B, a agregação é das freguesias de

Fernanda Vieira Fânzeres Freguesia afetada “A agregação de freguesias não é de maneira nenhuma boa para Gondomar. É uma perda, é mau para a população e deveria estar tudo como está. A união faz com que fique uma freguesia enormíssima quando há outras freguesias que vão ficar sozinhas com menos habitantes. Não sei qual foi o critério. Penso que a Unidade Técnica não usou um critério muito rigoroso para todas as freguesias. Não sei o que se pode fazer, se é que se pode ainda fazer alguma coisa.”

Fânzeres com São Pedro da Cova, novamente Gondomar (São Cosme) com Valbom e Jovim, Foz de Sousa com Covelo e Melres com Medas. Lomba e Rio Tinto não fazem parte de nenhuma agregação apresentada nas propostas permanecendo assim inalteradas [ver infografia]. O documento gerou alguma revolta nas freguesias mais afetadas pelas propostas e a Junta de Freguesia de Baguim do Monte foi palco, no dia 14 de novembro, de uma reunião informal com praticamente todos os presidentes de Junta de Gondomar. Da reunião surgiram “três grandes conclusões”. A primeira, citada por Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, foi que “os presidentes da Junta, no seu conjunto, e sem exceções são absolutamente contra qualquer tipo de agregação em Gondomar forçada e da maneira como está feita, quer na proposta A, quer na proposta B.” A segunda conclusão,

foi, segundo o autarca, a de sensibilização do “presidente da Assembleia Municipal e do presidente da Câmara no sentido de ver qual é a viabilidade que a Assembleia Municipal tem para fazer cumprir aquilo que foi a deliberação da Assembleia Municipal, aprovada em setembro por unanimidade, que foi manter o mapa autárquico como está em Gondomar. E à Câmara que encete todas as diligências necessárias para fazer cumprir esse mesmo documen-

Marco Martins Rio Tinto Freguesia não afetada “São completamente absurdas. Por um lado, esta reforma do modo a que está a ser feita não traz poupança nenhuma nem se alcança vantagem. Por outro lado, estas propostas só podem vir de quem não conhece o concelho. Que lógica faz juntar S. Pedro da Cova – com uma identidade própria – a Fânzeres? Que lógica faz juntar Jovim a Valbom? Eu sou a favor de uma reforma do território global que comece de cima para baixo. Isto só serve para cumprir calendário e por uma ‘birrice’ do ministro Miguel Relvas.”

to, não só da Assembleia Municipal mas também das Assembleias de Freguesia e analisar junto do seu Departamento Jurídico a viabilidade que tem – depois de saída a lei e aprovada, se for – de travar este processo juridicamente.” Como terceira “grande conclusão”, Nuno Coelho refere que os presidentes se prontificaram a ficar “alertas e – caso seja aprovada e publicada esta lei – mantendo o mapa que tem – proposta A ou proposta B – fazer tudo quer a

nível coletivo quer a nível de cada autarquia de na altura e instâncias devidas tentar travar judicialmente a implementação da lei, pela via dos tribunais e até Tribunal Europeu, se for caso disso.” Para já, resta esperar para ver mas segundo o documento apresentado às freguesias, a “UTRAT considera que a Proposta B constitui a resposta mais adequada para a reorganização administrativa pretendida para o município”.  Ricardo Vieira Caldas

Nuno Coelho Baguim do Monte Freguesia possível de ser afetada “A minha posição é a de muita solidariedade para com os outros. Obviamente agrada-me mais uma proposta em que Baguim do Monte como freguesia fica autónoma mas sou muito solidário com os outros e estou na primeira linha, desde que começaram a falar em agregações e extinções de freguesias, contra fazerem as coisas sem que haja participações dos autarcas e das populações.”


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Presidente de Valbom pede a demissão do PSD As propostas apresentadas este mês pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) para a agregação de freguesias no concelho de Gondomar não ficaram indiferentes em Valbom. José Augusto Pereira Gonçalves Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Valbom disse “basta” e demitiu-se do partido ao qual era militante [Partido Social Democrata]. O presidente de Valbom luta já há vários meses com a lei que defende a agregação das freguesias e já fez saber junto do presidente da Assembleia Municipal de Gondomar, José Matias Alves, a sua demissão do partido e que se considera “a partir daquela altura um deputado da Assembleia Municipal sem qualquer coloração partidária ou de movimento.” A decisão foi tomada a 12 de novembro e na carta lê-se: “dado que, não concor-

do, com as políticas atuais do Governo, no entanto fui aguentando, mesmo com prejuízos económicos para a minha família, chegou a altura de dizer basta, sou Autarca de Freguesia (Presidente de Junta) há quinze anos, na freguesia de Valbom, Gondomar, com a categoria de Cidade, e nunca pensei que seria o coveiro desta, com a sua extinção/agregação, por isso, peço a partir de hoje a demissão do Partido, considerando-me por isso, sem qualquer ligação ao mesmo.” Em entrevista ao Vivacidade, José Gonçalves comentou que “tudo aquilo que tem sido feito em termos de políticas atuais do Governo, em termos económicos, sociais, etc.” o tem “desagradado.” “No entanto, como tenho a consciência plena de que o país está com problemas económicos, vamos aturando e conseguindo que as coisas se vão perdoando, até que a gota de água surgiu com esta lei

"Nós em Valbom nunca tivemos bom relacionamento com S. Cosme. Isto é um casamento forçado que um dia destes terá que dar divórcio. Espero é que não haja violência nesta agregação.” fantasma do ministro Relvas sobre as agregações das freguesias em que eu estou totalmente em desacordo com

isto. Não é por aí que se poupa dinheiro, não é por aí que se vai melhorar a situação económica do país - pelo

contrário, vai ser muito pior até porque a proximidade do poder político às populações deixa de existir – há a criação de um desemprego de funcionários das autarquias porque não vão ser necessários tantos e portanto foi a gota de água. Extravasou. E eu como não devo nada a ninguém e sempre fui livre, como entendo que devo ser, pedi a demissão. Deixo de ser militante, neste momento sou uma pessoa independente e não tenho partido nem movimento político”, explicou o autarca. Segundo o presidente da Junta, não haverá “nenhumas implicações” com a sua demissão do PSD. “Eu sou eleito pelo povo, não sou eleito pelo partido e tenho que defender é a população que me elegeu. É essa população que eu devo de facto no final do ano prestar contas. Mas se para o presidente e o seu executivo não existem “implicações”, para a freguesia, com a lei da agregação

das freguesias e segundo o autarca, já haverão algumas. ”Há uma questão aqui que é fundamental. Nós com esta agregação vamos ter a extinção de alguns serviços de proximidade, tais como os serviços dos correios, centro de saúde, Polícia de Segurança Pública, que depois numa agregação não é racional economicamente ter no mesmo território executivo mais do que uma representatividade destas forças”, referiu. Para além disso, disse José Gonçalves, “nós em Valbom nunca tivemos bom relacionamento com S. Cosme. Isto é um casamento forçado que um dia destes terá que dar divórcio. Espero é que não haja violência nesta agregação.” A sua convicção é “não desistir.” “Lutarei até ao fim. Posso perder a Junta mas não posso perder a minha dignidade. E a minha dignidade leva-me a lutar até à exaustão”.  Ricardo Vieira Caldas


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Sociedade A Junta de Freguesia de Fânzeres poderá - se o Partido Socialista e a população o entenderem – voltar a ter a mesma presidente na freguesia nas próximas eleições autárquicas. Fernanda Vieira explicou ao Vivacidade que se encontra “disponível” para se recandidatar ao executivo da Junta. Começando pela Assembleia de Freguesia no mandato anterior, a autarca é desde 2009 a presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres e a única mulher com este mesmo papel no concelho de Gondomar. Até agora, Fernanda Vieira faz um balanço positivo do seu mandato. “Retenho uma boa imagem de tudo o que foi feito por este executivo ao longo destes três anos, desde logo a liquidação dos débitos a fornecedores – que rondavam os 90 mil euros – que conseguimos sanar em dois anos e meio”, disse. Mas, segundo a autarca, a liquidação da dívida que o “anterior executivo deixou” não foi o único aspeto positivo desta candidatura, que ainda decorre. A presidente deu ainda outros exemplos. “Nos dois anos e meio para além de consolidar as contas também fizemos algumas aquisições, entre elas uma carrinha de transporte pessoal e material e tivemos que pagar um terreno que tinha proprietário – e tinha sido ocupado pelo anterior executivo – porque quando chegamos à Junta fomos confrontados com uma decisão do tribunal em que tínhamos que pagar esse terreno no valor de 30 mil euros. Houve um

“Uma nova fase” com Fernanda Vieira

acordo para que não pagássemos tudo de uma vez porque não tínhamos dinheiro para isso e o valor foi liquidado no fim deste mês. É uma questão de dias para fazer a escritura do citado terreno”, comentou a líder do executivo de Fânzeres. Com as dívidas saldadas, começou, para Fernanda Vieira, “uma nova fase” para

guir fazer alguma coisa”, referiu entusiasmada. E é por essas e outras razões que a única mulher à frente de uma Junta em Gondomar pretende renovar a candidatura. Isto, mencionou, “se o PS quiser.” “O partido ainda tem uma palavra a dizer. Da minha parte estarei disponível, dado o carinho que tenho sentido

Fânzeres Vila desde 30 de Junho de 1989

“O pedido das coletividades e da própria população é que me incentiva a voltar a candidatar.” a Junta de Freguesia de Fânzeres. “Dívidas não temos e estamos na fase de começarmos a conse-

dos fanzerenses. O pedido das coletividades e da própria população é que me incentiva a voltar a candidatar.” Questionada pelo Vi v a c i d a d e sobre a intenção do Partido Socialista na sua recandidatura, Fernanda Vieira respondeu. “Na abordagem que

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tenho com alguns camaradas do partido, creio que sim. Mas vamos ter que ir a uma reunião com a Comissão Política Concelhia do PS Gondomar e depois os militantes e membros da comissão é que dirão se serei eu ou não a recandidatar-me ou se escolherão outro candidato.” De resto, e apesar de um orçamento anual “apertado” de cerca de 435 mil euros – com cerca de 100 mil proveniente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e 159.826 do Estado [Fundo de Financiamento das Freguesias] – Fernanda Vieira identifica as necessidades da freguesia e tem alguns planos. “Em Fânzeres não há quase nada, como dá para ver, e por isso vamos ter que começar quase do nada. Não temos um fórum para que possamos fazer eventos culturais e não temos espaços verdes para que a população possa usufruir

de momentos de lazer. Portanto as nossas prioridades seriam essas. Com certeza

também têm evoluído, segundo a presidente, mas foi a população que esteve

"Em Fânzeres não há quase nada, como dá para ver, e por isso vamos ter que começar quase do nada. Não temos um fórum para que possamos fazer eventos culturais e não temos espaços verdes para que a população possa usufruir de momentos de lazer. Portanto as nossas prioridades seriam essas." que teremos que ter a ajuda da CMG. Mas vamos lutar para que algumas dessas coisas possam acontecer. Se não for tudo, pelo menos uma gostaria imenso”, explicou a autarca. A socialista de Fânzeres indicou também boas infraestruturas na Vila de Fânzeres, dando como exemplo o metro que elogia por ser um agente de mobilidade para a freguesia e um modo de divulgar a vila. “O nome de Fânzeres pelo menos ficou mais conhecido. No Porto podemos ouvir a todo o momento falar da freguesia de Fânzeres e em Matosinhos e no aeroporto”, aclarou. Indústria e comércio

sempre no discurso de Fernanda Vieira à qual teceu vários elogios. “Em Fânzeres há muita hospitalidade. As pessoas são simpáticas, calorosas, generosas. Há pessoas que fazem disto dormitório, é certo, mas também já temos pessoas a deslocarem-se para cá. Temos aqui indústria, um atrativo no campo empresarial, alguns restaurantes. É uma freguesia cuidada, limpa”, finalizou.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Ricardo Vieira Caldas


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Circulação rodoviária mais controlada em Rio Tinto A Divisão de Gondomar da Polícia de Segurança Pública (PSP) já tem, desde outubro, Esquadra de Trânsito. Localizada na sede da Divisão – na Rua da Boavista, em Rio Tinto – esta nova esquadra já está em funcionamento e terá funções de “fiscalização da circulação rodoviária, controlo de tráfego e registo de acidentes” e divide as instalações com a Esquadra Territorial de Rio Tinto (sede) e com a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (EIFP). A Esquadra de Trânsito completa assim o ciclo adaptação orgânica da PSP ao Concelho de Gondomar, responsável pelo policiamento nas Freguesias de Rio Tinto, Baguim do Monte, S. Cosme (Gondomar) e Valbom. Em 2008 foi criada a Divisão de Gondomar da PSP que, para além das 3 esquadras territoriais (Rio Tinto, Gondomar e Valbom) e do Posto de Atendimento da Areosa, compreende ain-

da a EIFP e, agora, a Esquadra de Trânsito. O comandante da Divisão, o subintendente Fernando Lopes, explicou ao Vivacidade que a criação da nova esquadra é “muito positiva” e elogiou o “precioso auxílio das Juntas de Freguesia de Baguim do Monte e Rio Tinto na cedência de material de escritório e pessoal”. “É uma esquadra pequena com dez efetivos neste momento, de recrutamento interno da Divisão. O objetivo é de ter uma valência específica nas áreas de trânsito porque na área da Divisão há muitos acidentes, questões específicas com o trânsito, como infrações ao código da estrada, e precisávamos de ter pessoal específico e libertar o pessoal das Esquadras Territoriais desse encargo”, referiu o comandante da Divisão de Gondomar. A Esquadra de Trânsito criada agora tinha já sido proposta pela Divisão ao Comando Distrital em

Maio e traz algumas mudanças à área de atuação no concelho. Até agora, as participações de acidentes de viação era feitas em cada esquadra da PSP no concelho e eram remitidas para a de Gondomar. Posteriormente, seria em Gondomar que eram levantadas as certidões mas agora passam a ser na sede da Divisão, mais especificamente na Esquadra de Trânsito, em Rio Tinto. Para aumentar a capacidade e condições, foi adaptado um espaço contíguo ao edifício que alberga a Divisão de Gondomar, funcionando aí o atendimento ao público da Esquadra de Trânsito – de 2ª a 6ª feira entre as 9h e as 16h, e onde deverão ser tratados todos os assuntos relacionados com trânsito/foro rodoviário ocorridos na área da atuação da PSP em Gondomar, nomeadamente certidões de acidentes, que passam a ser requeridas e levantadas na secretaria da Esquadra de

Área de atuação da Esquadra de Trânsito: Baguim do Monte, Rio Tinto S. Cosme (Gondomar) e Valbom 106000 pessoas 63,25% da população do concelho Número de acidentes de viação [15 a 31 de outubro]: 45

Trânsito. A Brigada de Trânsito patrulha agora diariamente algumas das freguesias de Gondomar, com a exceção do período entre a uma e as 7h da manhã, devido à “pouca ocorrência de acidentes” durante esse espaço temporal.  Ricardo Vieira Caldas

Incêndio em garagem destrói 3 carros Pouco passava das 21h quando os Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto (BVART) receberam uma comunicação de um incêndio nas garagens de umas habitações em Rio

legas quando chegaram lá, na primeira intervenção, verificaram que a garagem já estava completamente cheia de fumo e portanto a progressão deles já foi muito limitada”, contou ao

Três carros destruídos na totalidade, um parcialmente e outros 17 danificados, para além de danos nas estruturas físicas do edifício, nomeadamente placa e canalizações. Foram estes os principais prejuízos de um incêndio que deflagrou na garagem do número 191 da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, na noite de 6 de novembro. Tinto. “A primeira indicação seria de duas viaturas a arder. Mandamos para o local logo uma viatura e pedimos outra de apoio de Gondomar, só que os co-

Vivacidade Virgílio Pereira, segundo comandante dos BVART. Durante mais de três horas, as dezenas de moradores do prédio de cinco andares

da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, foram obrigados a deixar as suas habitações e a deslocarem-se para a rua. Num incêndio sem vítimas, o fogo acabaria por ser controlado mas as dimensões da garagem dificultaram o trabalho dos bombeiros. “Estamos a falar de um prédio com 55 habitações, com bastantes lugares de garagens no piso -1 e -2, que também nos dificultou algum acesso para conseguir identificar o local onde estava o incêndio. Tivemos que fazer várias equipas de busca e detecção do local, os elementos tiveram que ir equipados com aparelhos respiratórios. O incêndio acabou por ser detetado facilmente no entanto a maior dificuldade acabou por ser a ventilação do espaço”, explicou o segundo comandante dos BVART. Só por volta da meia noite e meia, já com as condições de segurança asseguradas, é que os moradores regressaram às suas casas. A

causa do fogo ainda está nas mãos da Polícia Judiciária que iniciou uma investiga-

ção no dia 7. Ao todo estiveram no local 6 veículos e 24 homens

dos bombeiros de Rio Tinto e Gondomar.  Ricardo Vieira Caldas


Breves

Homenagem a antigo Bispo do Porto

Banda de Rio Tinto com poesia

O projeto “Rio Tinto com Poesia” está a crescer. Desta vez, no mês de novembro, ao dia 17, pelas 21,30h, a poesia vestiu-se de luze inundou de amor, o espaço-sede da Banda Marcial de S. Cristóvão de Rio Tinto, onde a autora do projeto, Maria José Guimarães, falou dos autores em destaque e envolveu com palavras serenas onde a temática da noite foi valorizada como sendo uma atitude a adotar nas vidas. Sob a luz ténue e a melodia tocada pelo Quinteto da Banda, um público atento, sensível e emocionado, num ambiente in-

timista, recitou poemas de autores como Luís Vaz de Camões, Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, e Maria Guimarães. A Música e a Poesia nesta noite em que o tema foi o AMOR, tornou-se gratificante e ao sentir o entusiasmo dos presentes que encheram a sala salientamos um fator que nos emocionou deveras, o público era composto de várias gerações, da criança ao adolescente, do jovem ao adulto, até ao adulto sénior. 

para presidir a uma homenagem a um dos seus antecessores, D. João de França Castro e Moura. “É uma figura de relevo da história de Gondomar, que merece ser lembrada, valorizada e conhecida”, sublinhou o presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro. O Bispo do Porto destacou, por seu lado, o papel de D. João de França para que a Igreja obtivesse autonomia face aos poderes monárquicos da época. Esta homenagem foi decidida na sequência da Visita Pastoral que, em dezembro de 2011, o Bispo do Porto fez à Vigararia de Gondomar. Em reunião de Câmara de 31 de outubro de 2012, foi aprovada, por unanimidade, tal homenagem. 

Juventus lidera na 1ª divisão de juvenis

Porto Noivos no Multiusos O Multiusos Gondomar acolheu, nos dias 17 e 18 de novembro, a 8.ª edição da “PortoNoivos”. Esta iniciativa, nos dois dias de realização, foi visitada por inúmeros interessados em analisar as propostas, de distintas entidades e empresas, a nível de cerimónias de casamento. Em perto de 3.000 metros quadrados foram diversificadas as propostas desta edição da “PortoNoivos”. Nesta feira de serviços e preparativos para o casamento foram, também, apresentadas as novas tendências da moda nupcial e de serviços. Os visitantes do certame tiveram oportunidade de encontrar ou conhecer tudo o que

A Câmara Municipal de Gondomar realizou, no dia 9 de novembro, uma homenagem a D. João de França Castro e Moura. Natural de Gondomar, D. João de França foi, há 150 anos, indicado para desempenhar as funções de Bispo do Porto. Missionário durante toda a sua vida, D. João de Castro concretizou esta última missão, enquanto Bispo do Porto, até à data da sua morte, em 1868. Primeiro, na casa onde nasceu, e mais tarde, em conferência realizada na Biblioteca Municipal, o nome (e o relevante percurso deste missionário) estiveram em evidente destaque. O Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, esteve em Gondomar, no dia 9 de novembro,

eventualmente venham a necessitar para a realização dos respetivos casamentos. Quintas, hotéis, catering, vestidos de noiva e fatos de noivo, floristas, fotografia e vídeo, agências de viagem, brindes e convites, animação, aluguer de viaturas, joalharia, estética, entre outros, foram algumas das muitas propostas na “PortoNoivos”. Animação de rua e espetáculos de música e dança foram uma constante do decurso deste evento – que, durante dois dias, transformou o Multiusos num espaço de autêntica festa. O certame foi organizado pela “Código 365”. 

O 1.º classificado da 1ª Divisão dos juvenis, da Juventus da Triana enfrentou no passado sábado, dia 17 de novembro, o Grupo D.C. Cohaemato no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto vencendo a partida por 6 bolas a três. O jogo de futsal contou com um “ambiente excelente” assistindo-se na primeira parte a um respeito mútuo de amabas as equipas. Ao intervalo o resultado era de duas bolas a uma a favor da equipa da casa, que conseguiu inverter a marcha do marcador, uma vez que a primeira equipa a obter o golo nes-

ta partida foi o Grupo D.C. Cohaemato. Já no segundo tempo ambas as equipas decidiram abrir o jogo e os golos apareceram, o que dita o resultado final. No mesmo fim de semana, a Juventus perdeu por dois a um, no escalão infantil, com o F. C. Unidos Pinheirense. Já nos iniciados, o resultado inverteu-se tendo a equipa da Triana vencido por 2-0 ao Arsenal C. Parada. Nos juniores, oito golos deram o destaque à Juventus que apenas deixou escapar um golo à equipa J. D. Gondomar. 

Breves

Enquadramento Legal – pela informação do cidadão

Dr. Miguel Páris de Vasconcelos Advogado

No meu trabalho como advogado e formador, constatei que a maioria dos cidadãos está desligada do Direito, e esse desconhecimento do conjunto do sistema jurídico prejudica as pessoas singulares e coletivas. Tenho conhecido muitos clientes que estão desencantados com o sistema judicial, e a minha atitude pedagógica visa reconciliar, explicar como funciona a nossa justiça, e muitas vezes até partilhar algumas perplexidades. Quero desmistificar algumas ideias falsas, como contratar um advogado é caro, ou que não há justiça em Portugal, que são simplificações perigosas que tendem a ganhar mais adeptos em tempos de crise económica e de valores. Mas quero em 1º lugar, ajudar a informar cidadãos. Tendo já publicado vários artigos sobre temas de Direito, chegou a hora de criar uma nova forma de diálogo com os leitores deste jornal. Neste espaço, os leitores poderão colocar as perguntas para o jornal, e reencaminhadas para o meu correio electrónico, para selecionar uma ou duas por mês (conforme o tema) e dar uma opinião. Não serão proferidas opiniões sobre casos concretos, por uma questão de deontologia profissional, e porque tal abordagem poderia ser prejudicial para os próprios visados.


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Exposição Ornishow decorreu no Multiusos Um chilrear intenso era tudo o que se ouvia às portas do pavilhão Multiusos de Gondomar entre os dias 9 e 11 de novembro. Classificado como um “espetáculo diferente”, numa iniciativa do Clube Ornitológico de Gondomar, realizou-se o ‘17º Ornishow Internacional do Douro’, uma iniciativa direcionada para todos os amantes e criadores de aves. A abertura oficial deste ‘Ornishow’ aconteceu na tarde de 10 de novembro, contando a inauguração com a presença de Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acompanhado pelos vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, assim como de José António Macedo, presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme). A iniciativa, promovida pelo Clube Ornitológico de

Gondomar, confirmou o sucesso de edições anteriores e Amílcar Dias, responsável pela organização do ‘17º Ornishow Internacional do Douro’, diz que a exposição ornitológica tem “vindo a crescer, ano após ano mesmo olhando à conjuntura económica do país” tendo mais uma vez, num espaço amplo, pleno de condições e apelativo à visita, justificado o incremento do número de aves expostas [3200 aves] e contado com 207 expositores, criadores de aves. “Isto é um concurso, estão aqui reunidos todos os campeões do mundo e a qualidade é excecional em termos de qua-

lidade de aves”, disse o organizador, ao definir o ‘Ornishow’. Esta iniciativa, para além de se caracterizar por uma exposição de aves e material para os que se dedicam a esta atividade, também apresenta uma vertente competitiva, com vários prémios em disputa. Este ano, Victor Jesus foi o vencedor do prémio ‘Coração D’Ouro Cor’ e Fernando Vilela ganhou o ‘Coração D’Ouro Porte’. José Fernandes obteve o Troféu Manuel Pinto Gonçalves e Pedro Valentim, o prémio Internacional do Douro. Amílcar Dias explicou ao Vivacidade como se processa a atribuição

dos prémios aos criadores de aves. “Cada ave é avaliada. Nós tivemos dois dias de avaliação, com 22 juízes nacionais e internacionais a julgarem cada uma das aves. Todas elas têm uma pontuação e os critérios são técnicos [do Conselho Nacional de Juízes] e que obedecem a regras. Cada ave tem um certo número de pontos e pode atingir no máximo en-

tre os 93 a 94 pontos e um mínimo de 80 e tal, atribuídos de acordo com a cabeça, a cauda, a plumagem, as patas, o porte, etc.” Para além dos pássaros, o ‘Ornishow’ contou ainda com expositores de comida e assessórios para aves que divulgaram o seu negócio na feira internacional. Era ainda possível – para além de expor – comprar uma ave

que, dependendo da categoria e características poderia chegar às centenas de euros. Um evento marcado pelas sonoridades das aves em exposição, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Francisco Fonseca Ricardo Vieira Caldas


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Entrevista a Marco Martins

"Vamos fazer uma candidatura participativa." É o primeiro candidato confirmado à Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Vai pelo Partido Socialista, partido que aliás milita “desde o tempo das jotas”. Com 64 votos, um contra e um branco, Marco Martins foi eleito quase por unanimidade na reunião da Comissão Política Concelhia do PS Gondomar, no dia 16 de novembro. Atualmente, preside a Junta de Freguesia de Rio Tinto no segundo mandato e é dono do lugar de autarca de Freguesia eleito com maior número de votos, nas eleições autárquicas de 2009. Em primeira mão, o autarca conta na entrevista ao Vivacidade, o que considera que está mal na CMG, os planos para esta candidatura, entre outras coisas.

É autarca de Rio Tinto há alguns anos. O que o fez candidatar-se à Câmara Municipal de Gondomar? Por um lado, o facto de me sentir impotente e de sentir que,

como presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, não posso fazer mais nada pela cidade porque estamos sempre a embarrar naquilo que são as competências da Câmara. Por outro lado, o apelo de muitos cidadãos de Gondomar – de Rio Tinto e fora de Rio Tinto – no s e nt i do de reconhecerem em m i m trabalho e valor e sobretudo u m a maneira diferente de fazer política e quererem que transporte esta forma de gestão autárquica em Rio Tinto para algo mais amplo, neste caso todo o Concelho.

Indep endentemente das sondagens, crê que vai ter um apoio para lá da população de Rio Tinto? Sim, sem dúvida alguma. Aliás, ao longo destes últimos dois anos tenho recebido apelos não só de pessoas de Rio Tinto como de outras freguesias de Gondomar e de outros quadrantes políticos. E tem sido esse apelo que tem feito que levasse a tomar a decisão – e já há uns meses atrás disse que estaria disponível para ser candidato pelo PS no momento próprio e no órgão próprio – e o partido definiu um calendário que até ao final do ano teria que aprovar os candidatos e portanto daí ter apresentado a minha candidatura que foi aprovada. Não existem ainda outros candidatos confirmados para a CMG. Mesmo não conhecendo ainda os seus “rivais” qual vai ser a sua linha de atuação política? É uma linha de campanha com um projeto abrangente. E é importante que possamos ouvir as pessoas. E o PS tem aqui o grande trunfo que é partir a um ano das eleições. Faltam cerca de 11 meses. Vai dar tempo para ouvir os gondomarenses, das várias freguesias de Rio Tinto a Lomba, e para fazer um projeto daquilo que as pessoas desejam, obviamente limitado pela conjuntura económica atual. Vamos fazer isso brevemente, ao abrir um site dentro de poucas semanas, e potenciar isso através das redes sociais para que as pessoas façam propostas. Algumas autarquias fazem um orçamento p ar t icip at ivo, nós vamos fazer uma candidatura participativa em que a voz é dos cidadãos. Só assim é que tem lógica. Fazer uma candidatura para o concelho, com gente do concelho.

Problemas / Soluções O que está mal: Problema social (desemprego) – problema mais urgente de Gondomar com 16283 cidadãos inscritos no Centro de Emprego o que corresponde a 19,27% da população ativa (dados de 1 de outubro) Ambiente – falta de qualificação de espaços verdes e de mais espaços Problemas graves de mobilidade Desordenamento urbanístico - agravado pela inexistência do PDM (Plano Diretor Municipal). O PDM é de 1994, caducou em 2004 e desse ano até hoje não há PDM, o que condiciona em muito o desenvolvimento e a fixação da população no Alto Concelho O que quer fazer: 5 linhas de intervenção prioritárias: Desenvolvimento económico e da promoção de emprego – reduzir taxas de construção para a construção de indústria e para o investimento que crie novos postos de trabalho; reduzir o IMI para os empregadores; criação de Gabinete de Empreendedorismo da CMG; recuperação em pareceria com a ACIG (Associação Comercial e Industrial de Gondomar) da indústria da pequena ourivesaria e da filigrana. Mobilidade – generalizar o Andante à população de todo o concelho; defender a construção da linha do metro até ao centro do concelho, de ligação Campanhã, Freixo, Valbom, S. Cosme. Aproveitamento de recursos naturais – “Nós temos 30 quilómetros de marginal de rio Douro que estão totalmente desaproveitados. Temos 150 mil pessoas que sobem o Douro de barco por ano. Não há um único ponto em Gondomar onde possam atracar, onde se possa fazer um novo cais, onde as pessoas possam gastar algum dinheiro e dinamizar a economia local.” Qualificação da democracia – “A CMG tem que tirar esta imagem que tem perante o país inteiro de uma Câmara camuflada. Nós temos que ser transparentes, na elaboração das contas, na aplicação do dinheiro público e na prestação de contas. Temos que aproximar o poder local das pessoas. Coisas tão simples como mudar a Assembleia Municipal do salão da Câmara para o Auditório Municipal, onde as pessoas possam estar à vontade e não estejam no corredor e pelas escadas abaixo atrofiadas. Fazer reuniões do executivo municipal centralizadas pelas freguesias. Quantas vezes é que o presidente da CMG veio visitar Rio Tinto? Na junta, zero. Entrou uma vez quando veio cá o Pinto da Costa.” Qualificação do espaço público – criar ciclovias, aproveitar zonas urbanas para inserir pistas de footing, requalificar espaços verdes, levar o saneamento para o Alto do Concelho e apostar também num parque urbano em Rio Tinto. Dentro do próprio Partido Socialista, nota alguma divisão nos apoios à candidatura? O PS em Gondomar ao longo dos últimos dois meses – depois de ter sido fragmentado uma luta interna para a concelhia e numa luta para a distrital – deu sinais claros de que, nas grandes causas como esta de combate pelo mesmo interesse,

está unido e a prova é que por exemplo eu e o presidente da concelhia [Luís Filipe Araújo] estivemos em lados opostos e agora estamos unidos a convergir para o mesmo sentido. A prova da união é o resultado que tive de uma quase unanimidade em torno da minha candidatura. E isso já foi visível quando cumprindo os requisitos - que obrigavam a um terço - consegui mais


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O que penso de...

do que dois terços dos membros da comissão política, o que evitou eleições diretas. Foi um processo que tem sido considerado a nível distrital e a nível nacional como exemplar. Havia de facto uma fragmentação interna que foi posta de lado, foram ultrapassadas questões e as pessoas trabalham todas por um objetivo que é ganhar Gondomar. No segundo mandato para Rio Tinto, obteve um resultado histórico sendo o presidente a nível nacional com o maior número de votos. Para Gondomar, prevê algo semelhante? Em 2009, tivemos 12527 votos, quando apontávamos para os 10 mil. Acho sinceramente que vale a pena trabalhar honestamente. E os cidadãos hoje já sabem qual é a sua pretensão e acho que os cidadãos de Gondomar também vão reconhecer o que se tem feito em Rio Tinto ao longo destes últimos oito anos, com a dinâmica que tem tido, com a forma como se gere, com a forma como se está próximo e acima de tudo com a transparência que se tem. Acho que isso vai ser importante. Quem é que gostaria de ter ao seu lado no executivo da CMG se vencer as eleições? Essa é uma questão que será daqui a uns meses definida. Mas há critérios que tenho para a elaboração da lista. São seis, representatividade política, representatividade geográfica, abertura à sociedade civil, competência, capacidade e confiança. Portanto, é dentro destes seis critérios que depois pessoas do PS ou independentes que se encaixem aqui serão convidadas a fazer parte e terá depois a lista que ser aprovada pelo PS. Sempre reclamou a falta de competências que a CMG dá às Juntas de Freguesia. Há algo que, como presidente da CMG, poderá vir a fazer a esse respeito? Claro que sim. Eu sofri

durante oito anos na pele portanto, nesse aspeto – se ganharmos e vamos ganhar certamente – iremos negociar com as Juntas e tudo aquilo que seja mais barato, mais eficaz e mais eficiente fazer em proximidade, obviamente será delegado. Relativamente ao pagamento por parte da CMG ao consórcio para recolha de resíduos sólidos, apro-

em lotes para experimentar primeiro e depois, se fosse uma mais valia e trouxesse de facto benefícios, generalizar para o concelho todo. Por outro lado, é uma injustiça para com algumas juntas de freguesia porque a CMG vai pagar pela limpeza urbana e varredura muito mais pelo mesmo serviço do que pagava às Juntas. No caso de Rio Tinto, até aqui transferia para a Junta apro-

relação à requalificação de linhas de água e aos recursos naturais. No início de 2010, depois das graves cheias que mediatizaram a causa do Rio Tinto, conseguimos colocar a Câmara do Porto e de Valongo a dizer “nós queremos requalificar o rio Tinto”. Só Gondomar é que ficou parado. É necessário primeiro despoluir e depois, há medida que vai havendo dinheiro, criar um pequeno percurso ao longo do leito e ligar o Parque Aventura na Lipor ao Pólis, na marginal do Douro. Há também que ter coragem política para acabar com as ligações de saneamento ilegais para o rio. No que diz respeito ao associativismo a CMG não cortou com os atuais apoios às coletividades. Qual é a sua ideia para as associações?

Nuno Coelho, presidente de Baguim do Monte “É um excelente candidato.” Fernanda Vieira, presidente de Fânzeres “Penso que o Marco Martins tem todas as possibilidades de ser vencedor nas próximas eleições em Gondomar.” António Macedo, presidente de S. Cosme (Gondomar) "O Partido Socialista fez uma escolha certa e foi inteligente. O que eu não posso dizer é se ele é bom candidato ou mau candidato." José Gonçalves, presidente de Valbom “Estarei com Marco Martins desde que Fernando Paulo não seja candidato.” vado em outubro, há algo que lhe deixe descontente? Há duas questões que eu contesto. Primeiro, é a CMG ter hipotecado o futuro durante dez anos. Não digo que não tivesse que haver alterações. Não digo que o serviço não vai ser melhor prestado porque, de facto, vai ser já que o serviço de recolha de lixos, neste momento, é uma vergonha em Gondomar. Agora, acho que não se devia ter concessionado o concelho todo de uma vez. Deveria-se dividir

ximadamente 137000€ ano e vai passar a pagar à empresa 470.000€ Num concelho com um dos rios mais poluídos da Europa [rio Tinto] já pensou em alguma medida para solucionar esse problema? Convém não esquecer que durante anos perdeu-se o III QCA e perdeu-se também o QREN e é necessário ver o que é que o próximo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020 trará em

Nós temos obviamente que continuar a apoiar o movimento associativo. Nomeadamente aquele que presta um serviço de formação desportiva, educação, cultura e social. Agora temos é que diferenciar os critérios por forma a não generalizar. Temos que perceber em cada território, em cada sector, o que é que cada associação faz. Muitas vezes, muito mais do que um apoio financeiro é um apoio logístico que se pode dar. Caso não vença as eleições, deixa a política? Esse cenário não se põe, porque sei que vou ganhar. Agora há uma coisa que eu sempre fiz na vida, honrar os compromissos até ao fim e portanto, se hipoteticamente esse cenário se colocar, o mandato que me for conferido será cumprido até ao fim [como vereador]. Dedicou parte da sua vida a Rio Tinto. Poderá vir a sentir saudades? Não irei alterar a minha residência. Nasci e sempre vivi em Rio Tinto e portanto terei sempre alguma nostalgia das funções que agora exerço, mas faz parte da vida.  Ricardo Vieira Caldas

Valentim Loureiro “Deixa uma marca em Gondomar. Podia ter feito muito mais do que o que fez. Foram feitas coisas positivas mas poderiam ter sido feitas muito mais. E acima de tudo, Gondomar podia não estar associada a uma imagem negativa que é a que tem, fruto de todos estes processos.” José Luís Oliveira “Há uma parte relacionada com a Justiça sobre a qual a mesma é que se pronuncia sobre ele. Sobre o resto, reconheço que é quem manda, quem controla, quem domina a máquina da Câmara.” Fernando Paulo “Conheço-o há mais de 20 anos do tempo das jotas. Tenho por ele respeito, consideração e amizade. Acho que perdeu muito por durante 20 anos não se ter desvinculado da figura de Valentim Loureiro.” Castro Neves “É um vereador esforçado e dedicado.” Daniela Himmel “Falei com ela três ou quatro vezes. Não lhe reconheço nenhum trabalho feito pelo concelho. Está no lugar onde está apenas por relação familiar.” Nuno Fonseca “É um político da minha geração que é meu amigo. Está comigo desde o início. Está neste momento como tesoureiro no executivo da Junta e julgo que terá um papel importante na Junta de Rio Tinto.” Alfredo Correia “Conheço mal. Reconheço algum valor, alguma dedicação. Já estive no papel dele. Já lhe disse que acho que a estratégia dele não é a correta, no lugar dele faria de outra forma mas reconheço alguma vontade de fazer mais. Acima de tudo reconheço-lhe capacidade de separar a ‘partidarite’.” Isabel Santos “Foi uma desilusão na política para mim.” Rui Quelhas “Um riotintense de referência e uma pessoa séria, competente e honesta.” Pimenta Dias “O eterno líder da CDU em Gondomar.” Zulmiro Barbosa “Um riotintense de causas e um resistente.” Rui Nóvoa “É um verdadeiro político de esquerda na postura, combativo, muito preocupado.” Adérito Machado “Cidadão preocupado, meu amigo, que peca por ser excessivamente partidarizado na atuação.” Nuno Coelho “Grande amigo, um autarca de referência que também terá ainda muitas provas para dar na política e no concelho de Gondomar.” Pedro Passos Coelho “O coveiro do país.” António José Seguro “Conheço-o há 18 anos ou mais e é uma pessoa que nunca abdicou dos seus princípios, valores e convicções e por isso é que está a fazer o trabalho que faz e dará um futuro bom primeiro ministro do país.” José Sócrates “Uma pessoa dedicada, de garra e com vontade de fazer mais que perdeu muito por causa de quem estava à volta dele.”


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Prevenção da produção de resíduos em Gondomar A edição 2012 da Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos decorre de 17 e 25 de novembro em toda a União Europeia. A iniciativa, no âmbito do território nacional, é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente e tem a LIPOR como parceira do projeto. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) candidatou à Semana de Prevenção um total de sete projetos que incentivam o acesso à informação do cidadão para contribuir para a redução dos resíduos gerados, que passa, logicamente, por otimizar as regras de consumo. No âmbito da SEPPR 2012, a CMG organiza, com a parceria do Pelouro da Juventude e LIPOR, quatro workshops – que visam motivar e ensinar os participantes para as boas práticas de compostagem caseira, o aproveitamento de sobras na confeção de pratos equilibrados e saborosos e a reutilização de

materiais na criação de belos presentes de Natal. Estas oficinas vão decorrer na Biblioteca Municipal de Gondomar e Casas da Juventude, sendo de acesso gratuito. Feira de Trocas inserida na Semana Europeia No dia 17 de novembro, o Auditório Municipal de Gondomar recebeu a “Feira de Trocas”. Durante mais de três horas, o salão foi invadido por muitas pessoas que, neste evento “verde”, queriam trocar produtos. À entrada, e em função daquilo que cada um levava, era-lhe atribuído um determinado “Eco-valor”. Depois, já no espaço da “Feira”, convertiam os “vales” em produtos que, individualmente, cada um considerasse (mais) necessário. Esta “Feira de Trocas” é uma das iniciativas que, em Gondomar, assinala a Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos. Comemorada em toda a União Europeia até 25 de

novembro, esta iniciativa é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente. Intitulada “Trocar, para reduzir”, esta Feira traduziu-se numa constante troca de centenas de objetos em segunda mão e que, normalmente, já não têm uso para o

seu primeiro detentor. Esta Feira é promovida com a colaboração de alguns Agrupamentos Escolares do Concelho de Gondomar e Associações de Pais, sendo uma excelente oportunidade para, com custos reduzidos, concretizar as suas compras

de Natal. Gondomar recolhe anualmente cerca de 71 mil toneladas de resíduos. Durante a Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos é possível participar em diversas atividades implementadas no

concelho como a “Reutilização criativa”, de 22 de outubro a 27 de novembro, “Não leves lixo para casa”, de 12 a 23 de novembro e participar nos workshops de “sobras requintadas” e “compostagem caseira, a 22 e 24 de novembro, respetivamente. 

Luís Mota e Alexandre Ramos vencem rali de Gondomar Realizou-se, nos dias 26 e 27 de outubro, a 7.ª edição do Rali de Gondomar. Luís Mota, ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo VII, venceu a prova (que contava para o Open de Ralis) e, com este triunfo, alcançou o título do Regional Norte.

Numa prova que teve um número recorde de inscritos, e que chamou muito público a assistir às sete especiais, a salientar que a dupla Luís Mota e Alexandre Ramos repetiu o sucesso de 2011. Diogo Gago e Jorge Car-

valho sagraram-se, também em Gondomar, Campeões do Desafio Modelstand. Luís Mota, piloto do Cartaxo, repetiu a vitória de 2011 no Rali de Gondomar. Fazendo dupla com Alexandre Ramos, Luís Mota finalizou o Rali de Gondomar

com mais de um minuto de vantagem para o segundo classificado, Nuno Cardoso, enquanto que a terceira posição caberia a Luís Bastos. Diogo Gago, ao volante de um Peugeot 206 GTi, ficou no quarto posto, tendo sido o melhor concorrente do Desafio Modelstand.

O Rali Cidade de Gondomar teve início na sexta-feira, dia 26, com uma Super-Especial noturna. Depois, já a 27, realizar-se-iam as restantes seis provas (em percursos nas freguesias da Foz do Sousa, Covelo, Medas e Melres). O Rali de Gondomar,

prova a contar para o Campeonato Open de Ralis, contou com um surpreendente número de 45 equipas inscritas. A iniciativa, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar, foi dinamizada pelo GAS (Gondomar Automóvel Sport). 


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Sociedade

Arco do Bojo – Cooperativa com 14 anos de história

O Centro Paroquial de Baguim do Monte vai acolher no dia 9 de dezembro o 14.º Aniversário da Cooperativa Cultural Arco do Bojo (CCAB). Considerada já como “uma referência no associativismo gondomarense” a instituição é responsável por, entre outras coisas, organizar há 13 anos o concurso gastronómico de ‘rojões e papas de sarrabulho’. O Grupo de Música Tradicional Arco do Bojo remonta a 1991 mas foi sete anos depois que surgiu a Cooperativa Cultural Arco do Bojo. Na lista de atividades que organiza, a CCAB trouxe o concurso gastronómico de ‘rojões e papas de sarrabulho’ – realizado pela altura das Festas de S. Brás – para a freguesia de Baguim do Monte.

Agora – e porque dentro da CCAB existe também há dois anos a Escola de Música ‘Comcordas’ – a instituição decidiu celebrar o seu 14.º aniversário na freguesia onde nasceu e divulgando um pouco de tudo o que se faz na cooperativa. Com um espetáculo musical a partir das 15h, o grupo ‘Arco do Bojo’ interpretará alguns temas tradicionais do seu repertório e alguns dos alunos de viola da Escola ‘Comcordas’ irão também mostrar os seus dotes artísticos num concerto de entrada livre no Centro Paroquial de Baguim do Monte. Na CCAB, o grupo de música tradicional desempenha um papel de destaque com três CD’s gravados e com o próximo a ser lançado no início do próximo ano. Paulo Araújo, presidente da CCAB e membro do grupo

musical divulgou que este concerto de aniversário vai também servir para o “grupo apresentar alguns temas do próximo CD” e para a escola apresentar algumas

músicas, com os “alunos a tocarem e cantarem o que aprenderam.” Outra das iniciativas com sucesso, é a Mostra de Cascatas Sanjoaninas «Ci-

dade de Rio Tinto» que promove esta tradição no mês de Junho, por altura dos santos populares. Para o presidente da CCAB, o objetivo futuro

é “manter as atividades da instituição” e levar “o grupo para a estrada, por esse país fora”.  Ricardo Vieira Caldas

Rotários homenageiam Rio Fernandes O Rotary Club de Gondomar escolheu Rio Fernandes, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Professor Catedrático de Geografia, para ser homenageado num jantar do clube. A Estalagem Santiago, em Gondomar, foi o local escolhido para o jantar ‘Homenagem ao Profissional’ dos Rotários. Após as intervenções habituais de protocolo para as mais de três dezenas de pessoas presentes no jantar, o primeiro a discursar foi Ricardo Bexiga que, não sendo rotário, saudou a iniciativa. “O José Alberto Rio Fernandes tem uma característica invulgar em pessoas que, como ele, atingiram aquilo que ele já atingiu na vida ser Professor Catedrático e um investigador consideradíssimo – que é a humildade. E tem também a capacidade de intervir socialmente e politicamente. Mas eu queria intervir sobretudo para elogiar um gondomarense, que se afirma orgulhosamente gondomarense, que deu muito aquilo que é a investigação universitária”,

comentou Ricardo Bexiga. Seguiu-se, Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, que também não pertence ao clube e que “sublinhou por baixo” as palavras de Ricardo Bexiga, explicando que o Rotary Club de Gondomar é “um grande exemplo de democracia” e lembrando um episódio da candidatura de Rio Fernandes à Junta de Freguesia de S. Cosme Gondomar em 1989. Após as duas intervenções, foi a vez de o Rotary Club expor o extenso currículo de Rio Fernandes com óbvio destaque para a Geografia. Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto desde 1981, tirou um mestrado na Universidade de Coimbra em 1985, o doutoramento na Universidade do Porto em 1993 e foi o primeiro licenciado de Geografia da Universidade do Porto a tomar posse como Professor Catedrático. “Não sou muito dado à timidez e ao embaraço”, começou o professor, aquando da sua intervenção. “Mas confesso que esta homenagem me enaltece e me esfre-

ga o brilho do meu orgulho e da minha vaidade mas ao mesmo tempo me desconforta. Sinto-me como um peixe fora de água. É verdade que tenho uma vida profissionalmente preenchida, mas estive a pensar e ocorreu-me que nunca tinha tido um prémio.” De seguida, com a sala em silêncio, disse, “a minha primeira palavra é de um enorme agradecimento ao Rotary Club por se ter lembrado de mim e por ter entendido que o meu desempenho profissional merece um destaque. É a primeira vez que me acontece uma coisa destas na vida e isso toca-me muito.” “Isto causa algum desconforto, mas sabe bem”, disse Rio Fernandes que discursou ainda alguns minutos, terminando com “três notas preocupantes”, na sua opinião. “A universidade portuguesa”, “a geografia” e “a intervenção cívica” que, segundo o seu currículo, resumem um pouco a sua vida.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Ricardo Vieira Caldas


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Multiusos recebeu magusto do CCD O Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Gondomar (CCD) realizou, no passado dia 10 de novembro, no pavilhão Multiusos, um magusto destinado aos seus associados, que contou com a presença de Valentim Loureiro, presidente da edilidade gondomarense, que se encontrava acompanhado pelos vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, bem como de sete representantes de várias Juntas de Freguesia do concelho. A iniciativa, a quarta onde todos os participantes estiveram sentados, ao contrário do que acontecera em magustos efetuados em anos anteriores, nas instalações da ex-Interforma, foi bastante participada e contou com animação musical, a cargo do grupo de música ligeira da Banda de Gondomar.

Tal como no ano transacto, o serviço esteve a cargo do responsável da cantina camarária e da sua equipa de colaboradores, que foi irrepreensível no serviço que efetuou, do inteiro agrado

de todos os presentes. Por ocasião das intervenções, Guilherme Cruz, presidente da Direção do CCD, principiou o seu discurso referindo que “o CCD tem desenvolvido uma ativi-

dade importante na vertente social, que não seria possível sem a ajuda do Executivo camarário”. Depois do presidente da Direção ter referido que o CCD conta já com mais de

dois mil sócios, Guilherme Cruz salientou que têm “trabalhado afincadamente para criar mais e melhores condições aos associados”, anunciando, entre outras “a criação de uma sala de estu-

do, que será incluída no plano e orçamento para 2013”. A finalizar a sua intervenção, depois de ter referido que conta com “uma excelente equipa, muito empenhada, dedicada e disponível”, Guilherme Cruz recordou as próximas iniciativas do CCD: espetáculo de patinagem artística no Multiusos [16 de Dezembro]; espetáculo de circo [22 de Dezembro]. Por seu turno, o presidente da Câmara manifestou a sua satisfação por estar presente naquela iniciativa do CCD, fazendo votos para que os presentes “continuem a ser bons trabalhadores e a prestigiarem a Câmara Municipal de Gondomar, uma instituição séria, que paga a tempo e horas e que serve de exemplo para muitas autarquias”.  Francisco Fonseca

Encontro: 19 grupos corais 85 anos a servir Valbom Realizou-se, na noite de 17 de novembro, a terceira sessão do encontro “Corais D’Ouro”. A iniciativa, organizada em parceria entre o Grupo Coral Sr. dos Aflitos e o Pelouro da Cultura da

1 de dezembro, sempre ao sábado [21h30], realiza-se a 11.ª edição do “Corais D’Ouro”. Nas cinco sessões deste encontro passará, pelo palco do Auditório Municipal de Gondomar, um total

Coral N.ª Sra. das Mercês e do Orfeão de Rio Tinto. No próximo dia 24 de novembro “sobem” a palco o Coral Infantojuvenil Kyrios, o Grupo JoviMaisAlém, o Coral da Ala Nun’Álvares de

Câmara Municipal de Gondomar (CMG), prolonga-se até 1 de dezembro. Todos os sábados atuam, no Auditório Municipal, vários grupos corais concelhios. No dia 17 foi a vez do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, do Orfeão de S. Pedro da Cova, do Grupo Coral N.ª Sra. das Mercês e, a finalizar, o Orfeão de Rio Tinto. Entre 3 de novembro e

de 19 grupos corais. Os espetáculos já deram a conhecer as sonoridades de “Os Psallitinhos”, Orfeão de Gondomar, Grupo Chama, Grupo Coral Psallite, Coro Infantil do Centro Social de Soutelo, Orfeão da Associação Estrelas de Silveirinhos, Madrigal, Fides – Orfeão de Valbom, Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, Orfeão de S. Pedro da Cova, Grupo

Gondomar e, por último, o Kyrios. O derradeiro espetáculo, agendado para 1 de dezembro, conta com o Cantabile, Grupo Coral de Jovim e o BMG Chorus (da Banda Musical de Gondomar). De realçar que esta iniciativa tem vindo, ano após ano, a demonstrar a inegável qualidade dos grupos corais do Concelho de Gondomar. 

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valbom (AHBVV) comemorou, no passado dia 11 de novembro, o seu 85.º aniversário. Em data festiva, além de várias homenagens, a Corporação de Valbom empossou o novo Comandante e inaugurou uma ambulância de socorro. No 85.º aniversário, a AHBVV “ofereceu” várias prendas à vasta comitiva que compareceu nas comemorações. Logo pela manhã, depois da formatura oficial e receção aos convidados, foi inaugurada a Galeria de

Fotografias da corporação. Seguiu-se a Sessão Solene que integrou a tomada de posse do novo Comandante e, ainda, várias homenagens. Já ao final da manhã, e a anteceder uma visita às renovadas instalações do quartel, foi também inaugurada uma nova ambulância de socorro. As comemorações, que arrancaram a 3 de outubro, tiveram, de facto, no dia da Sessão Solene, o seu ponto alto. José Fernando Alves foi empossado como novo Comandante. Afirmando-se como “mais um bombeiro desta equipa forte e solidária”, José Fernando Alves

defendeu que o novo ciclo que agora começa terá que ser “produtivo, mas acima de tudo muito responsável”. Quanto à sua postura, assegurou, não irá ser de um Comandante “mudo, resignado ou ausente”. Das muitas presenças nestas cerimónias, destaque para Alberto Costa, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar e responsável pela Proteção Civil, além dos principais responsáveis da Direção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral da instituição aniversariante. 


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Sociedade Vive em Leça da Palmeira, estuda Veterinária no Porto e é profissional de Patinagem Artística pela Académica de Gondomar. Paulo Santos tem 22 anos e a sua vida é uma constante gestão de tempo. No dia 12 de outubro, ganhou a medalha de bronze na modalidade de ‘Solo Dance’, no Campeonato do Mundo Juniores e Seniores de Patinagem Artística, que se realizou em Auckland, na Nova Zelândia. Agora, divide a sua rotina em ir às aulas, dar treino aos mais pequenos e treinar para melhorar ainda mais a sua performance. Na competição, Paulo Santos foi construindo ao longo de vários anos de completa entrega à patinagem artística. 2005 foi decisivo na sua carreira – depois de ter ficado em 5.º lugar no Campeonato Nacional de ‘Solo Dance’, Paulo Santos foi convocado pela Federação de Patinagem de Portugal para participar na Taça da Europa da modalidade.

Académica de Gondomar no pódio mundial

Era a sua primeira participação internacional e acabou por ficar em primeiro lugar. Depois, foi um somar de sucessivas vitórias. Conquistou cinco Campeonatos Nacionais, um “Trofeo Pieris Solo Dance”, venceu por duas vezes o “Open Internacional Hettange Solo Dance”, ficou por seis vezes no pódio da Taça da Europa e foi Vice-Campeão do Mundo em 2009. A fase mais recente da sua vida desportiva contou-a ao Vivacidade. “No ano passado também estive no Campeonato do Mundo [em Brasília, no Brasil] e estava em terceiro lugar, no primeiro dia, e no segundo dia – na dança livre – passei para quarto lugar. Depois deste lugar, decidimos repensar o porquê de ter ficado em quarto e não em terceiro. Então este ano, voltei em janeiro com um preparador físico, coreógrafo e dois treinadores técnicos mais três internacionais italianos e com um plano bem estruturado de maneira

a conseguir obter o melhor resultado este ano. Treinava – de janeiro a junho – três a quatro horas diárias e agora nesta parte final treinava seis a sete horas diárias”, confessou. A vinda para a Académica de Gondomar, com as instalações em São Pedro da Cova, não foi por acaso. “Era o clube que na altura achava que tinha melhores condições para ter um atleta de alta competição, que na altura já o era”, disse. Questionado se estava satisfeito com o 3.º lugar, Paulo Santos respondeu. “Eu penso que ainda se pode melhorar este trabalho. Este ano foi bom mas para mim não é suficiente. Posso melhorar à modalidade e ainda sou muito novo por isso espero conseguir subir mais uns degraus no pódio.” O próximo Campeonato do Mundo Juniores e Seniores de Patinagem Artística, em 2013, é em Ontário, no Canadá.  Ricardo Vieira Caldas

CNTrial4x4 – Dupla da Paljet fica-se pela 4ª posição O Parque da cidade de Paredes esteve, no dia 28 de outubro, repleto de máquinas, pilotos, ação, adrenalina e, acima de tudo, milhares de espectadores que assistiram ordeiramente a um espetáculo do Campeonato Nacional de Trial 4x4 [CNTrial4x4], organizado pelo Clube TT Paredes Rota dos Móveis. As expectativas de Jorge Silva, antes da prova, eram as melhores mas a dupla da Paljet ficou-se pelo 5.º lugar na prova, que lhe confere o 4.º lugar na tabela classifica-

tiva geral. Horas antes da prova, Jorge Silva ambicionava o “terceiro lugar” mas o motor do Nissan Patrol pregou uma partida à equipa, já que ficou ao descoberto, fruto dos problemas mecânicos que os apoquentaram ao longo da prova. “Queremos ganhar porque estamos perto de nossa casa e era uma coisa boa”, comentava previamente Jorge Silva, piloto da empresa riotintense Paljet. A perda da quarta posição para o campeão nacional foi por um escasso minuto e

meio, enquanto se defendeu bem a sua quinta posição. O piloto sabia que “o objetivo era difícil” e que esta era uma prova “trabalhosa”. Contudo, tentou aplicar a estratégia que revelou ao Vivacidade às portas da prova, “manter-me calmo e saber gerir o carro”. A missão que tinha não foi, no entanto, bem sucedida. Mesmo com praticamente todas as equipas a terminarem a prova, algumas necessitaram de apoio nas boxes fustigadas pelo desgaste do material que teimava em não colaborar e, em algumas circunstâncias, pela dureza da pista e insistência do piloto em ultrapassar o obstáculo. Nos lugares cimeiros ficaram Paulo Candeias e Gerardo Sampaio e Luís Jorge e Nuno Passos. A gala de entrega de prémios do CNTrial4x4 está agendada para 2 de dezembro no restaurante Assador. pt, no Porto.  Ricardo Vieira Caldas


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86 anos de Atlético O centenário está cada vez mais perto. 86 anos foi quanto fez o Clube Atlético de Rio Tinto (CART) que celebrou com um jantar e uma sessão solene no dia 7 de novembro. A Churrasqueira Central de Rio Tinto foi pequena para tantos sócios e simpatizantes que quiseram estar presentes numa altura em que o clube atravessa algumas mudanças. Algum orgulho e espírito familiar foi o que se sentiu no jantar de aniversário organizado pelo CART. Comida e bebida em abundância e boa disposição foi o que caracterizou o jantar de aniversário do Clube Atlético de Rio Tinto. Para o ‘manjar’ foram convidados os sócios mais antigos, bem como os membros da direção e da assembleia do clube, o vereador Fernando Paulo da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Ernesto Santos, representante da Associação de Futebol do Porto, Correia da Silva, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto, Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Coelho, presidente

todos os convidados ligados às autarquias locais e à Direção e Assembleia do clube. O discurso talvez mais esperado foi o último – de Fernando Paulo – com a ânsia dos sócios em receber novidades sobre o apoio da Câmara à aquisição do tão esperado campo sintético. As novidades, no entanto, não chegaram tendo o vereador frisado que se vivem “tempos difíceis” e tendo contudo garantido ao CART que a CMG irá manter os apoios ao associativismo. No final, cantaram-se os parabéns ao clube. O CART celebrou o seu 86.º aniversário no dia 1 de novembro, com um hastear de bandeiras, uma missa por alma dos sócios falecidos, atletas e dirigentes, uma romagem ao cemitério de Rio Tinto e com um convívio na atual sede social do clube. Demissão do presidente e encerramento da sede da estação O CART tem assistido nas últimas semanas a algumas mudanças no que diz respeito aos corpos gerentes e à sede social. O clube não estava contente e o presidente Ângelo Campos pediu a demissão. “Surgiu uma de presidente está o vice do executivo, Carlos Silva. Mas as mudanças não ficam por aqui. Em conversa com o Vivacidade, Luís Silva explicou que a sede social do clube, localizada na Praça da Estação, já “estava fechada há algum tempo”. Em causa estava uma licença que caducara

da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e alguns membros do executivo e assembleia das duas Juntas de Freguesia. Após as entradas e os pratos principais, iniciou-se o período dos discursos, com intervenções de quase

má gestão durante quatro ou cinco meses e o passivo do clube aumentou fora do normal.” Foi esta a justificação dada por Luís Silva, atual presidente da Assembleia do CART. O membro da Assembleia apercebeu-se de um descontentamento

geral no clube e convocou uma reunião com os corpos gerentes. Quando confrontado com a situação de descontentamento no clube, o presidente Ângelo Campos pediu a demissão do cargo de presidente. Por agora, em sua substituição nas funções

devido a algumas obras que a sede precisava. Sem condições financeiras para assegurar essa obra o clube decidiu transferir a sede para Parque Desportivo Fernando Pedrosa, que, segundo o presidente da Assembleia, “já servia de sede há algum tempo” também. Para dia 2 de dezem-

bro, às 17h, está marcada uma Assembleia Geral Extraordinária no clube, aberta aos sócios, com vista à aprovação dos novos estatutos e à entrega da chave da antiga sede social, à senhoria.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Ricardo Vieira Caldas


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Opinião

Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário

Futuro do Estado Social coloca partidos entre a espada e a parede 1 – Durante as próximas semanas os deputados estarão maioritariamente ocupados, nas respectivas comissões, a analisar a proposta do Orçamento do Estado apresentada pelo Governo para debate e aprovação. Já se sabe que a maioria PSD/CDS só poderá contar com os seus próprios votos, pois todos os demais deputados repetirão, nas votações da especialidade, o voto contra que já utilizaram aquando da votação na generalidade. O que significa dizer que, mais coisa menos coisa, a proposta do Governo entrará mesmo em vigor no primeiro dia do próximo ano. Em face do que atrás se diz, já quase todos os portugueses sabem o que os espera em matéria de impostos. Com este orçamento, entra em vigor um dos planos de mais dura austeridade de que há memória na história recente do País. O próprio Ministro das Finanças, ao apresentar a proposta aos jornalistas, não hesitou em reconhecer que se trata de

um “enorme aumento de impostos”. Mas não são apenas os impostos clássicos que sobem, com especial relevo para o IRS. Sobem muitos outros, de que só aos poucos vamos dando conta, para além de dezenas de taxas diretas e indiretas. 2 – É contra este pesadíssimo fardo fiscal que as centrais sindicais, os partidos da oposição, e um significativo número de instituições e grupos, orgânicos e inorgânicos, têm vindo a fazer ouvir a sua voz nas ruas, em manifestações ou greves. Na prática, reclamando a demissão do Governo, e a renegociação do acordo celebrado com a troika, acordo esse que tem garantido ao País a libertação de sucessivas tranches do empréstimo de 78 mil milhões de euros que nos foi assegurado para que o País possa cumprir as suas obrigações com outros credores e fornecedores. Há quem admita que esta pressão de rua será suficiente para fazer cair o Governo,

e forçar uma mudança do rumo político, com esta ou com outra maioria. Não é crível que assim seja, a menos que o agravamento das condições de vida da generalidade dos portugueses venha a potenciar um desespero tal que descambe para actos de violência colectiva, de forma insistentes e continuada, o que não é expectável. Por isso, e em alternativa a estes extremismos, só mesmo uma estratégia concertada das centrais sindicais poderia, em tese, conseguir por vias pacíficas levar o Governo à demissão. 3 – O que se pode, então, esperar no atual cenário político? Apenas a continuação dos protestos, e o desgaste do Governo perante a opinião pública e a opinião publicada. Tudo o resto deverá continuar assim, até à primeira avaliação da execução orçamental, no início da Primavera. Se então as previsões do Governo falharem novamente, tudo se pode complicar. Se as previsões consagradas no Orça-

mento de 2013 se vierem a confirmar, o ajuste de contas político passará apenas para as eleições autárquicas em Outubro próximo, com riscos muito elevados para a maioria PSD/CDS. Enquanto isto, o debate político dos próximos tempos será recentrado na análise do atual modelo de Estado Social. Querem os portugueses beneficiar dos serviços que hoje o Estado lhes assegura na saúde, na educa-

ção, na segurança social, na defesa interna e externa, na justiça, nos transportes, etc., etc.? Então só com uma pesadíssima carga fiscal. Aceitam os portugueses cortes nestas prestações e serviços? Então estamos perante um novo modelo político, com um Estado menos assistencialista, e uma sociedade mais individualista. Todas as outras alternativas serão um sonho lindo, e pouco mais… 

"Inspeção periódica ao seu veículo"

Crónica Musculação João Carvalho Personal Trainer

(Spiritus Fitness Concepts)

Uma das medidas, com a qual eu concordaria, que falta ao nosso governo tomar, será a obrigatoriedade de uma inspeção anual obrigatória à sua condição física. A qual, em caso de incumprimento seria alvo de uma coima bastante elevada. Poderão julgar que é uma brincadeira da minha parte, mas falo muito a sério. Infelizmente, a grande maioria das pessoas, esquecem que têm de cuidar de si e isso vai muito além das idas ao cabeleireiro, comprar roupas novas e arranjar as unhas … O nosso corpo, como um todo, necessita de cuidados diários. Desde que inventaram as Licras, um grande aliado da silhueta foi criado, principalmente para as mulheres. Que muito embora possam estar com excesso de peso

e totalmente flácidas, colocam umas calças de licra bem apertadinhas, um top e parece que perdem instantaneamente 15 quilos. Os homens, como têm vergonha de aparecer em público com calças de licra ou cintas para disfarçar as barrigas XXL. Usam-nas na mesma, mas por cima vestem uma T-shirt Larga e usam umas calças de fato de treino, para que ninguém possa ver o truque de ilusionismo. O problema é quando tiram as roupas e a realidade é revelada ! A idade passa, e o tempo com a sua implacável forma de nos revelar as verdades, muitas vezes envia-nos mensagens, umas mais suaves outras fulminantes e só nessa altura, e quando a doença nos bate à porta, é que nos lembramos que temos um corpo, o qual ne-

cessita que tratem dele. Poderá eventualmente vir a existir um tempo, em que nos bastará ir a uma loja e trocar peças defeituosas ou gastas … um fígado, uma articulação, mudar de pele, colocar uns olhos novos, usar uns músculos mais fortes … no entanto, e enquanto não chegamos a esse ponto, lembrem-se que o nosso organismo necessita de exercício físico, para poder estar em harmonia. Assim como leva o seu carro a um mecânico, esteja com atenção ao seu corpo e à sua saúde, não espere que algo comece a falhar, para só depois corrigir o problema … muitas vezes é irreversível ! Inicie o mais rápido possível uma atividade física e peça aconselhamento a profissionais devidamente credenciados. Bons treinos. 


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O Mutualismo e os cuidados de saúde O sistema nacional de saúde, é uma conquista do 25 de Abril, que orgulha os seus utentes e os profissionais que nele prestam ou prestaram serviço. Só que alguém nos enganou ao longo do tempo, querendo nos convencer que “saúde é de borla”... As dívidas do mesmo foram crescendo largamente ao longo do tempo, não só porque quem as fez deixou o problema para ser resolvidos pelas gerações do futuro, posição aliás muito cómoda e hipócrita, porque a saúde é cada vez mais exigente e sofisticada em meios técnicos e logo mais cara, mas também devido ao envelhecimento da população, entre outros fatores. Como resposta a tutela reage aumentando o valor das taxas moderadoras, que numa urgência podem chegar aos 50€, logo, num valor que já não é simbólico e muito menos de moderação. Resta então aos doentes re-

correrem ao sector privado da saúde, que todos os dias vão aumentando os seus serviços, não só em número quer em qualidade e humanização, tentando dar algo que o sistema publico não dê, ou pelo menos terá cada vez mais dificuldade em fornecer. E então não existirá outra alternativa? Claro que existe, e passa pelas associações Mutualistas, cuja atividade é muito importante em países como Espanha e principalmente em França, que o digam os nossos emigrantes. Não temos é tradição em Portugal, mas se funciona com os outros certamente funcionará entre nós. Será certamente uma alternativa, equilíbrio entre o privado e o publico, que pode ser uma solução muito eficaz para a maioria das pessoas, mesmos os que tem maiores dificuldades económicas. Existem perspectivas de algumas associações Mutualistas

evoluírem para criarem estruturas de apoio à sua saúde com criação de clinicas e até hospitais com fins sociais, com um verdadeiro espírito mutualista, em que conjuntos de cidadãos se empenhem em resolver um problema que outros insistem que deve ser o Estado, numa atitude hipócrita e até conformista. Meus caros amigos, temos de ter um espírito de cidadania e trabalhar de uma forma eficaz e verdadeira para o bem comum, mas de forma realista e não idealista ou de filosofias baratas, desses estamos fartos... Bem hajam os que estão a trabalhar e a caminhar neste sentido, no desenvolvimento do mutualismo, reforçando o papel destas Associações nos locais onde se inserem, certamente em breve esse trabalho e empenho dará frutos com claros benefícios para as pessoas.

Viva Saúde Paulo Amado Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Coordenador de Ortopedia do Instituto CUF Docente da Universidade Fernando Pessoa

Até breve.... 

A miragem dos transportes em Rio Tinto Nos finais do último mandato autárquico, há cerca de quatro anos, os gondomarenses foram animados por debates em torno de um projeto de criação de transportes urbanos internos, ligando algumas zonas do concelho teoricamente carenciadas de carreiras inexistentes e tidas como necessárias. Uma ideia peregrina, alimentada por diversos políticos locais e outras personalidades da sociedade civil. Praticamente em cima das eleições, a Câmara de Gondomar sacou da cartola um acordo com a Gondomarense, segundo o qual, no atual mandato seriam criadas novas linhas entre pontos onde até então não existiam circuitos diretos. Por esse acordo, o Município assegurou à empresa transportadora uma compensação de 150 mil euros por ano. O acordo está prestes a completar dois anos, e foi agora denunciado pelo Município, acabando assim aquelas linhas a

partir do final do corrente ano. A razão apresentada para pôr fim ao contrato é simples: aquelas carreiras não têm procura suficiente que justifique a sua continuidade. Ao tempo o “Bisturi” manifestou-se neste mesmo espaço, considerando a ideia destituída de qualquer sentido, puramente demagógica, porque todos os estudos da STCP diziam que não ha-

via movimento ou procura por parte da população que justificasse a criação de tal linha. Logo, o acordo que o Município viria a fazer com a transportadora estava condenado a ser um injustificado sorvedouro de dinheiros públicos. Felizmente que não chegou a ir em frente a ideia, então tornada pública como hipótese, de ser a própria Junta de Freguesia de Rio Tinto a

adquirir um autocarro e explorar directamente aquela carreira. O “Bisturi” alertou então que se tal acontecesse não tardaria a concluir-se que esse projeto estava condenado ao fracasso, e seria um buraco financeiro. A linha não foi assumida pela Junta, mas foi-o pela Câmara, por razões exclusivamente eleitorais… Este triste caso, que comeu aos cofres públicos pelo me-

nos 300 mil euros, morre, enfim, como se esperava. E vem demonstrar que a lucidez escasseia sempre que o espírito dos decisores políticos é inundado por vertigens eleitoralistas. O pior é que quem paga é sempre o povo; direta ou indiretamente, porque os dinheiros públicos não nascem nem crescem como os nabos no nabal… 

Bisturi

Henrique Villalva


Salão dedicado aos séniores Pela primeira vez em Portugal, nos próximos dias 30 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro surgirá, na Exponor, um conceito inovador: o salão Expo Idade do Saber. Este é o primeiro salão dedicado exclusivamente aos seniores, no âmbito da Saúde, Turismo e Bem-Estar. Direccionado claramente para o público 50+, este salão, além de uma ampla oferta de produtos e serviços, onde compras e poderá fazer usufruir de descontos, terá também um amplo programa com palestras, espectáculos, workshops, degustações e rastreios, todos eles inteiramente grátis para os visitantes. Além disso, o salão contempla também uma vertente solidária. Denominada por Banco dos Afectos, apoiando nesta edição a Associação Nacional de Combate à Pobreza, este conceito visa ajudar aqueles que mais necessitam: uma contribuição para aqueles que nada têm, depositando nos dias do evento os afectos que eles mais precisam. Uma forma de passar um dia especial com família, filhos e netos, num local único de experimentação e interactividade, onde os principais interesses deste público estarão reunidos num só local.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTO FUNDADA EM 12/09/1922 INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA ASSEMBLEIA -GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Ao abrigo do artigo 35º alínea h) e dando cumprimento à alínea b) do nº 2 do artigo 39º, dos Estatutos, convocam-se os Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para uma Assembleia-Geral Ordinária, que terá lugar no próximo dia 29-11-2012, pelas 21h15m, na Rua dos Marques, Rio Tinto, com a seguinte ordem de trabalhos: ORDEM DE TRABALHOS: 1º - Analisar, discutir e votar Plano e Orçamento para o ano de 2013, bem como o Parecer do Concelho Fiscal. 2º - Informações. Rio Tinto, 09 de Novembro de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Amadeu José Branquinho Mota) Nota : A Assembleia-geral, reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto. Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presenças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois, com qualquer número de Associados


VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte


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Empresas & Negócios

Oralklass – dentes saudáveis com inovação e qualidade

Qualidade, segurança e Conforto são os adjetivos que melhor caracterizam as clínicas dentárias Oralklass. A Oralklass Gondomar, em Rio Tinto, é desde 5 de novembro, o mais recente espaço de cuidados de saúde oral desta empresa. Situada no número 173 da Avenida Prof. Aníbal Cavaco Silva – junto à estação do metro da Venda Nova - a Oralklass Gondomar possui instalações “amplas, modernas e devidamente equipadas com instrumentos de última geração.” Com prática clínica em ortodontia, implantologia e reabilitação oral o Dr. David Morais faz parte da equipa de médicos da Oralklass e vê a “inovação” como um dos principais objetivos da clínica. O nascimento da nova clínica, em Rio Tinto, foi a forma encontrada de estar mais próximo dos seus pacientes. Aliada à boa localização, a Oralklass tem disponível toda a tecnologia de ponta existente no mercado para melhor servir os clientes. Além disso consideram um dos seus trunfos o corpo clínico que após provas dadas de sucesso nas clínicas do Porto e Valongo irá também estar presente na Oralklass Gondomar. “Não é nossa pretensão ser uma clínica ‘low-cost’. A nossa aposta é na qualidade e segurança dos nossos serviços, materiais utilizados e na qualificação dos nossos profissionais”, refere o Dr. David Morais. O médico dentista menciona também o conceito de “Soluções Num só Dia” que consiste em realizar o máximo de tratamentos possíveis num só dia ou no caso dos implantes dentários a colocação de dentes no mesmo dia da cirurgia. Isso atrai

anos a Oralkids, vertente da empresa que se dedica à odontopediatria (cuidados de saúde oral para crianças) proporciona aos mais pequenos uma ida ao dentista mais divertida. Para além da dedicação dos médicos dentistas com formação especifica em odontopediatria, toda a envolvência é propícia ao bem estar dos mais pequenos – consultórios coloridos e instrumentos camuflados aliado a uma panóplia de jogos e brincadeiras. O ambiente em si acaba por cativá-las”, explica Dr. David Morais. A Oralklass junta a este conceito a sua mascote, o Joka.  (Fotografias em www.vivacidade.org)

muitos pacientes (inclusivamente de fora do país), que não têm disponibilidade para várias visitas à clinica conseguindo assim realizar os tratamentos de forma rápida e eficaz. A Oralklass disponibiliza serviços tais como: reabilitação oral, medicina dentária

(endodontia, periodontologia, cirurgia e dentisteria), branqueamentos e ortodontia invisível (método clinicamente testado que corrige a posição dos dentes através de alinhadores transparentes e removíveis, sem ser necessário utilizar aparelhos metálicos), próteses removí-

veis (acrílicas, esqueléticas e combinadas) e fixas, implantes dentários, aparelhos de correção (fixos e removíveis) e odontopediatria. Para eliminar o “medo de ir ao dentista” dos mais pequenos A Oralklass criou há dois

• Campanhas promocionais e passatempos nas redes sociais A Oralklass organizou em Maio mais uma campanha nas redes sociais intitulada de ‘Oralklass preciso de ajuda’ na qual ofereciam, através de um passatempo, um tratamento dentário. Para o início do próximo ano, a clínica já garantiu ao Vivacidade, a elaboração de um novo passatempo na sua página oficial do Facebook (https://www.facebook.com/OralKlass.OralKids). Na foto vemos a vencedora do concurso acompanhada com a mãe e parte da equipa Oralklass e o Joka. Em baixo fotografia do antes e depois do tratamento num só dia. • Primeira consulta de check-up gratuita • Facilidades de pagamento até 36 meses • Acordos com a Oralklass SSCGD – C. G. Depósitos SAMS – Quadros Advancecare Saúde Prime entre outros • Contactos: Oralklass Gondomar Av. Prof. Aníbal Cavaco Silva, nº 173 4435-600 Rio Tinto T: +351 224 805 847 / +351 934 195 808 E-mail: oralklass@gmail.com Oralklass Porto Rua Sta Catarina, nº 635 4000-272 Porto T: +351 222 087 410 / M: +351 918 408 770 E-mail: oralklass@gmail.com Oralklass Valongo Rua Padre António Lino de Sousa Vale nº160 4440-682 Valongo T: +351 220 161 447 / M: +351 934 195 812 E-mail: oralklass@gmail.com • www.oralklass.pt


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Atelier Susana de Castro

Atelier de Rio Tinto já está em França ‘Personalização’ é a palavra de ordem no Atelier Susana de Castro, em Rio Tinto, que agora chega aos olhos dos franceses. Numa casa onde se “prima pela qualidade”, Susana de Castro, a proprietária e estilista que dá nome ao atelier, prefere produzir as suas confecções e criações em “pequenas quantidades” num serviço único para

cada cliente. Em funcionamento desde 2006 e com marca registada desde 2008, o nome de Susana de Castro já não é indiferente no mundo da moda. Desde o inicio, as colaborações com nomes da moda como José António Tenente, Nuno Baltazar e Escola de moda MODATEX, em apoio ao jovens finalistas de curso

de designer onde expuseram os seus trabalhos nos palcos do Portugal Fashion e na praça da alegria no passado dia 1 de Novembro, entre outros espaços, aliados à vasta carteira de clientes e ao crescente sucesso, fizeram com que o atelier assumisse um desenvolvimento constante. “Este ano notou-se um desenvolvimento favorável e esta última coleção Outono/Inverno que fizemos, apresentamos em França para publicitar, divulgar e cativar o público Gaulês. explica a estilista Susana de Castro que acrescenta que “o primeiro feedback foi bom.” A internacionalização da marca é só uma das mudanças registadas nos últimos meses. “Temos criado coleções mais regulares. Inicialmente criávamos uma coleção por ano, agora estamos com duas. Uma de Primavera/Verão, outra de Outono/Inverno. Sendo a de inverno mais de prêt-à-porter [pronto a vestir] e de verão mais de cerimónia”, diz.

A empresa de Susana de Castro trabalha com pequenas, médias e grandes empresas nacionais e clientes habituais do atelier. Habituais mas também muito específicos, na ótica da proprietária do atelier. “Temos clientes fixos. São clientes que quando querem uma peça diferente - porque têm uma festa ou mesmo para usar no dia a dia - recorrem ao nosso atelier.” Susana de Castro diz ainda que não há “uma tendência” no tipo de confecções escolhidas pelos simpatizantes do atelier. “A pessoa vem com uma ideia e chega aqui e tem uma diversidade de produtos”, refere. Contudo, na época atual, Susana de Castro nota “que as pessoas querem ser diferentes” e que ,apesar de não existir uma tendência, os clientes recorrem à confecção por medida nos mais diversos artigos. Em qualquer dos casos, no Atelier Susana de Castro existirá sempre um

“atendimento diferenciado e personalizado, a prova está na qualidade da confeção e vários tipos de “acabamentos” e “matérias primas” à escolha. Num futuro próximo, a casa de moda localizada na avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, número 434, loja 15, no Edifício Rio Tinto, pretende produzir “coleções de homem” já que atualmente neste campo apenas o faz por pedido deste pequeno leque de cliente. Não só as senhoras mas também os cavalheiros cada vez mais gos-

tam de se personalizar. A Marca Susana de Castro que se iniciou apenas com a moda feminina começa a dar cartas no masculino. Também para breve, Susana de Castro pondera participar no “Exponoivos”, na EXPONOR, já que no ano passado a 1ª e 2ª Feira de Casamentos organizada no Centro Comercial Dolce Vita Porto foi um “sucesso” e deu “algum destaque” à marca Susana de Castro.  (Fotografias em www.vivacidade.org)

Loja Social

Câmara Municipal de Gondomar

Inaugurada em 12.05.2011

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

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Política Reforçado o apoio aos LIJs e CATs

Margarida Almeida PSD

Falar da vida

Isabel Santos PS

Refundar ou afundar?

Catarina Martins BE

Há manifs... e manifs!

Vera Rodrigues CDS

Vozes da Assembleia da República Os Lares de Infância e Juventude (LIJ) são equipamentos sociais que se destinam ao acolhimento de crianças e jovens em perigo, considerando-se que se encontram nessa situação quando, estão abandonadas ou vivem entregues a si próprias, sofrem de maus tratos físicos ou psíquicos ou são vítimas de abusos sexuais. O acolhimento institucional destas crianças e jovens em perigo é uma das medidas de promoção e proteção, previstas ordenamento jurídico de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, que visa afastá-las do perigo em que se encontram, colocando-

-as ao cuidado de uma entidade que disponha de instalações e de equipa técnica adequadas à satisfação das necessidades das crianças e jovens em acolhimento, proporcionando-lhes condições que permitam a sua educação, bem-estar e desenvolvimento integral. Esta resposta social, acolhe crianças e jovens em situação de perigo com idade até aos 18 anos, podendo a título de excecionalidade ir até ao 21 anos e que terá sempre uma duração superior a seis meses. Uma outra resposta social, neste âmbito, são os Centros de Acolhimento Temporário ( CAT) que têm

por finalidade o acolhimento de crianças e Jovens em perigo, com idades compreendidas entre os 0 e os 18 anos, procurando responder às atuais necessidades postas pela temática das crianças e famílias em situação de risco, devendo caracterizar-se, fundamentalmente, por garantir o acolhimento imediato e absolutamente transitório de crianças em situações de urgência, decorrentes de abandono, maus tratos, negligência ou outros fatores. O Governo, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, assinou, recentemente, um protocolo com a União das Misericórdias Por-

tuguesas, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a União das Mutualidades Portuguesas visando reforçar o apoio aos lares de Infância e Juventude e aos Centros de Acolhimento Temporário. Neste protocolo há um aumento de 1,3% da comparticipação financeira da segurança social. No biénio 2012-2013 o aumento é de 2,6%, ou seja, mais 30 milhões de euros. Atualização gradual da comparticipação financeira da segurança social para as estruturas de acolhimento que tinham um valor mínimo 475€ por utente, vai passar para 700€ (esta implementação será feita de forma

gradual até 2014, sendo imediata para os LIJ SERE + e 14 CATs), havendo um aumento de comparticipação de pelo menos 48%. É de realçar que, o Ministério neste protocolo não só visa o estabelecimento de uma comparticipação mínima para as estruturas, mas também a implementação de projetos-piloto, de um novo modelo de funcionamento para os Lares de Infância e Juventude, como unidades especializadas, de modo a permitir um aumento na qualidade da resposta e favorecer uma lógica de desinstitucionalização destas crianças e jovens. 

Sei que os leitores do Vivacidade esperam que, como é hábito, fale de política. E, como diz o povo, haveria “pano para mangas”. A greve geral, a austeridade, o orçamento que será apresentado a votação final global nos próximos dias, os desacatos e a intervenção policial junto à Assembleia da República, a extinção de freguesias, a visita da Senhora Merkel, tudo temas políticos que enchem páginas de jornais e nos entram pela casa dentro através dos ecrãs de televisão. Mas tenho que vos pedir desculpa, estou cansada desses assuntos e, por isso, peço-vos licença para falar dessa coisa a que bem ou mal chamamos vida. Hoje, dia 18 de Novembro, Manuel

António Pina faria 69 anos e uma série de eventos assinalam esta data, numa homenagem após o seu recente desaparecimento. No dia em que Manuel António Pina partiu escrevi, no Facebook, esse sítio mal frequentado que teimo em visitar, que todas as palavras tinham ficado mudas e o Porto (dentro e fora da grande muralha da Circunvalação) tinha ficado mais cinzento. Tinha-se abatido um silêncio ensurdecedor sobre todos aqueles que ao longo dos anos se habituaram a vê-lo pela cidade e a ler a sua poesia e as suas crónicas. A “ira divina”, uma “vontade superior”, ou o que quer que lhe costumemos ou quei-

ramos chamar, eu prefiro chamar-lhe a vida, tinha-nos levado o cidadão inquieto, o poeta, o jornalista. Manuel António Pina tinha um sentido único da palavra, da sua cadência, do seu sentido. Mas não era apenas um artífice da palavra, era também, acima de tudo, um homem de palavra. Cada palavra escrita por ele ganhava um peso próprio que lhe era conferido pelo caráter de quem a escrevia. Analista exímio, cidadão em toda a plenitude, jamais se demitiu de intervir, de interpelar e de se indignar. Não cedia ao politicamente correto ou a facilitismos. Tinha a solidez e a sobriedade do granito que marca a paisagem do Porto, aliadas àquele

calor dos afectos que caracteriza a vivência da cidade. Quem o quisesse ver sabia bem onde o encontrar. Ano após ano, mês após mês, dia após dia, lá o encontrávamos à hora de sempre, no local de sempre, com os amigos de sempre. Num tempo dominado pelos números, em que o discurso se encontra capturado pelo défice e pelos milhões, Manuel António Pina foi um resistente. Persistiu em falar-nos da política, da cidade, do país, do mundo, dos homens e das mulheres. Persistiu em falar-nos da vida, essa danada que persiste em fazer falhar previsões baseadas em grandes modelos teóricos. Só alguém com a poesia a correr-lhe nas veias daquela maneira con-

seguiria resistir assim. Conseguiria falar da vida como ele falou. Partiu quando ainda precisávamos dele. Atrevo-me mesmo a dizer que isso aconteceu quando mais precisávamos dele. Num tempo tão árido como este, precisamos de gente assim, com caráter, capaz de se envolver, de se indignar, de se apaixonar, de se questionar e de nos questionar, de escrever palavras duras sem perder o sentido de humor, de recusar ceder. Precisamos de gente capaz de recusar todos os dias a santidade, mas que jamais recuse a poesia. Precisamos de safanões com poesia dentro. Obrigada, Manuel António Pina! 

Ainda o orçamento do Estado para 2013 não foi aprovado e o Governo já vem dizer que irá falhar. Nada mais justifica que para lá de todos os cortes em serviços públicos e todo o assalto fiscal, se anuncie já um corte de mais 4 mil milhões de euros na educação, na saúde, na segurança social. Depois de aumentar os impostos até à ao nível do confisco, o governo não os pretende reduzir arrasando o direito à saúde ou à proteção social. Não. A solução da direita é menos Estado e mais impostos, menos democracia

para mais sacrifícios, trabalhadores mais pobres para um país mais desigual. Sejamos claros. Diminuir o acesso aos serviços públicos e aumentar os seus custos é uma nova forma de aumentar os impostos, mesmo quando já pensávamos que isso era impensável. Pior: na falta de oferta pública, ou com ou aumento do seu custo, quem puder terá de pagar aos privados; quem não puder, simplesmente perderá o acesso a cuidados essenciais. Se os custos da educação ou saúde pública aumentam, os mais pobres

não têm outra opção. Haverá boas escolas privadas e boas escolas públicas, mas só as públicas não têm a entrada condicionada a quem pode pagar ou tem o apelido certo. Haverá bons hospitais privados e públicos, mas só o Serviço Nacional de Saúde garante que todos e todas têm direito aos melhores cuidados médicos sem olhar à sua carteira. É na escola pública e na saúde pública que está a proteção da vida das pessoas. Bem sei que o governo alega que não há outra possibilidade senão

privatizar o que é de todos. Mas, se não há outra possibilidade, porque é que não foram às eleições a propor privatizar tudo o que já estava previsto no PEC4 e no memorando com a troika e ainda acrescentar mais 4 mil milhões de euros dos serviços essenciais? Entendamo-nos bem. Não, não foram os serviços públicos e as prestações sociais que nos conduziram a esta crise. Pelo contrário. É o Estado Social que garante democracia, que garante respeito, dignidade. O serviço público é a própria base e o cimento da de-

mocracia real. Da mesma forma que não aceitamos a democracia pela metade, não aceitamos um país em que o governo e os seus amigos decidem quem é que tem direito à educação ou saúde. Onde o mercado discrimina, o serviço público protege e torna todos iguais. Onde a ganância explora, o serviço de saúde, a escola pública ou a segurança social pública fazem a diferença da democracia. O que o Governo quer não é “refundar”; é sim afundar o Estado Social. E é por isso que tem de ser demitido. 

A manifestação do dia 14 de Novembro, foi muito para além daquilo que estamos habituados a ver em Portugal. Ou pelo menos, muito para além do que pode ser considerado aceitável, num Estado de direito democrático, como é aquele em que nós vivemos. O direito de organizar, convocar ou participar numa manifestação, seja ela qual for, não está em causa. Como também não está em causa, a liberdade nem a legitimidade, desse mesmo exercício, nomeadamente em locais com a simbologia

da Assembleia da República, a chamada “casa da democracia”. Porém, os lamentáveis episódios a que assistimos naquele fim de tarde, em frente à escadaria do Parlamento, não constituem, no meu entender, o retrato mais fiel e fidedigno daquilo que é o sentimento, modo de estar ou de agir dos portugueses, que verdadeiramente sentem as limitações que este difícil momento nos impõe, no nosso país. Da total legitimidade da manifestação da CGTP, passou-se em poucos instantes para uma condenável

atitude e postura por parte de um determinado “grupo”, que estava organizado numa lógica de actuação digna de autênticos vândalos desenfreados. Ao logo de mais de uma hora, os limites foram testados e o corpo de intervenção da PSP, ia resistindo estoicamente àquilo que todos pudemos ver pela televisão. Depois de avisados, por mais que uma vez, por parte da polícia, os manifestantes dispersaram em consequência da “carga” policial que se seguiu. Depois...depois foi ver montras partidas, carros des-

truídos, ruas e lojas vandalizadas, caixotes do lixo a arder...um rasto de destruição que não honra o sentimento de angústia que muitas famílias portuguesas hoje vivem e sentem. Não é isso que os representa. Não é certamente esta anarquia inconsequente, que vira forças policiais contra cidadãos, ou cidadãos contra forças policiais, num episódio em o feitiço pareceu virar-se contra o feiticeiro... Este tipo de “manifs” não defende ninguém, não protege a democracia e pode efectivamente pôr em causa a

verdadeira liberdade. Aliás, deve levar-nos a fazer um exercício de reflexão sobre a melhor forma de exercermos a cidadania, num país democrático como é Portugal. Fica a minha homenagem ao comportamento exemplar da parte da polícia, que naquele, como em tantos outros dias, protege de forma anónima e discreta o Estado de Direito Democrático, em que todos queremos continuar a viver..É que há manifs...e manifs...e a minha liberdade termina onde começa a dos outros. 


26.

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Vozes da Assembleia da República

O Desemprego e as gorduras do Estado

José Luís Ferreira PEV

Portugal foi o 3º país da OCDE, depois da Grécia e da Espanha, que mais destruiu empregos no 2º trimestre deste ano. É verdade que nós não temos nenhum Ministério do Desemprego e, pelo menos do ponto de vista formal, até temos um Ministério do Emprego, ainda que isso passe despercebido. De qualquer forma, interessava conhecer que medidas tem tomado o Governo com vista a travar este flagelo social que não pára de crescer, assim como interessava saber de que forma é que a decisão do Governo em despedir uns bons milhares de funcionários da Administração, se integra no combate ao desemprego. Por

outro lado, quando este Governo fala em cortar na despesa, é exactamente o mesmo que dizer cortar nas políticas sociais porque, para este Governo, as gorduras do Estado estão nos doentes e nos alunos, estão nas políticas sociais. O Governo continua sem querer ver as verdadeiras gorduras do Estado. Ao mesmo tempo que corta nas políticas sociais, avança com o processo de privatização de diversas empresas públicas, que está a ser acompanhado, na fase preparatória, por diversas entidades onde se incluem, entre outros, escritórios de advogados. E agora importava perguntar: mas isto é absolutamente

necessário? O Estado não tem especialistas nos vários serviços que façam esse trabalho? Concretamente, qual é o objeto do trabalho dessas consultadorias, servem para quê? Qual o montante global envolvido nessas consultadorias? Que custos representam para o Estado? Aqui não há gorduras? E, por falar em privatizações, vejamos o que se está a preparar para a ANA. Um verdadeiro truque. O Governo quer concessionar à ANA um serviço público... que a ANA já faz. E esta opção vai implicar um endividamento da ANA junto da banca, porque a ANA vai pagar antecipadamente ao Estado a concessão de um ser-

viço público... que já faz. De facto, parece confuso. Parece um golpe de malabarismo. Trocado por miúdos, e em termos práticos, o Governo pretente usar a ANA para obter empréstimo, para se autofinanciar. O Estado autofinancia-se através da ANA para ir buscar dinheiro a qualquer preço. E qual é o preço? Es-

tamos mesmo a ver, vamos ter uma Empresa Pública com um passivo a que acrescem os juros bancários decorrentes desta operação, com risco da eventual privatização ocorrer ao preço da chuva. Importava assim saber, para além da banca, quem mais fica a ganhar com esta brilhante operação, com este truque? 

Vozes de Rio Tinto

Idosos abandonados – quem responsabilizar?

Conceição Loureiro PS

Como eu gosto destes azulejos!

Maria José Guimarães PSD

Recentemente o governo português anunciou a intenção de responsabilizar as famílias que abandonam ou maltratam os seus idosos. É de facto necessário preencher o vazio legal existente quanto a este assunto. Estranhamos não haver legislação capaz de contrariar um fenómeno em crescendo nas últimas décadas, mas também não nos questionamos sobre as suas causas. Apenas julgamos e julgar é fácil. Encontrar soluções, mais difícil. Responsabilizar, ainda mais. Sabemos que há quem seja capaz de ignorar os seus idosos, quando não de os maltratar, mas também não desconhecemos que a grande maioria das pessoas não tem essa coragem e tenta por tudo, dar o que pode para minorar o sofrimento e limitações que a parte final da vida acarreta.

É pelo menos essa a minha experiência. Segundo os censos de 2011, residiam em Portugal cerca de dois milhões de idosos, o que justifica, desde logo, a preocupação do governo nesta matéria, principalmente, quando é do conhecimento geral que muitos deles são vítimas de maus tratos, não só no seio familiar como nas instituições de acolhimento. Urge uma profunda reflexão e um amplo debate, bem como a organização de um conjunto de iniciativas capazes de sensibilizarem a sociedade portuguesa para um assunto, com tantas e tão variadas causas, às quais, não é alheia a crise ou as transformações sociais dos últimos trinta anos. Nasce-se cada vez menos e morre-se cada vez mais tarde. A mulher deixou de ser ape-

nas a “educadora” ou a “cuidadora” e passou também a ser a trabalhadora (fora de casa, entenda-se). Deixa os filhos nos infantários, com os horários ajustados às necessidades familiares, porque se deve, e muito bem, proteger a maternidade. É a normalidade da vida familiar. O drama só acontece quando surge a doença ou a velhice e o idoso se torna dependente, necessitando de cuidados permanentes. Cuidar de uma pessoa de idade, implica uma grande alteração na vida familiar, por vezes quase insustentável. Uns, porque não podem abandonar o seu emprego, outros, porque não têm condições logísticas e económicas, para o fazer. Essa alteração, passa ainda por uma reação negativa, mas compreensiva, do próprio idoso que tendo já vivido a sua vida, não

está na disposição de deixar que outros a governem, ou lhes prestem cuidados tão elementares como dar-lhe de comer ou tratar da sua higiene pessoal. Os lares ou os hospitais surgem, então para as famílias como o último recurso, capaz de garantir algum conforto no final da vida dos seus “velhinhos”. Para tratar com carinho e sem que nada falte, é preciso algo mais do que amor e se as famílias deixam de ter dinheiro para pagar, ou condições para os tratar, deixam-nos ficar, acreditando que é o melhor lhes podem proporcionar. Neste contexto, será difícil a avaliação de “responsabilidades”, salvo em casos extremos de negligência ou maus tratos, de que aliás, a lei já se ocupa. Conclui-se, assim, que não devendo a sociedade demitir-se

de cuidar dos seus mais idosos, também o Estado tem por obrigação criar mecanismos de incentivo e acolhimento destes, preferencialmente, no seio das respetivas famílias. Ninguém nega a necessidade de serem tomadas medidas, mas todas, e contrariamente a algumas que por aí circulam, devem ser bem ponderadas, porque é a vida das pessoas que está em causa. A intenção do governo é boa, mas deve sempre ter em conta que, nenhum idoso quererá ser considerado como uma ameaça ou imposição a quem quer que seja, muito menos aos seus familiares. Finalmente, é imperioso que os cidadãos se consciencializem que têm a responsabilidade de denunciar este tipo de “crimes” bem como o de apoiar as suas vítimas. Todos seremos idosos um dia. 

Em tempos de dificuldades é comum ouvir-se dizer que a Arte ou a Cultura “não dão de comer” ao povo. Também é verdade! No entanto, não será a Cultura de um povo, o conhecimento da sua ancestralidade, o rever-se na sua História passada recente, um caminho para enfrentar os desafios da atualidade? Rio Tinto, uma terra secular, com uma Cultura e Identidade próprias, precisa que a ajudem a desenvolver-se pois, como Hermet, 1999, referiu: “A Cultura atua como fermento do desenvolvimento, pois é ela que gera e transmite os valores de geração em geração, tornando necessário conhecer a realidade

cultural de um grupo social local em profundidade, porque é a Identidade Cultural que rege a permanente evolução dos sentimentos e das maneiras de perceber as coisas, que caraterizam todas as comunidades num dado momento.” Neste pressuposto, Rio Tinto precisa criar um sentido de Cultura Identitária forte nos seus jovens para que se ponha a cidade a “mexer”, para que as estruturas existentes possam ser dinamizadas, para que os riotintenses possam Crescer com “a prata da casa”, para que o sentido de pertença à sua cidade se desenvolva e se adense. Como exemplo de uma marca riotintense refiro os maravi-

lhosos azulejos da Estação do Caminho de Ferro, preservem-nos por favor! Eles pertencem-nos! Os marcos fronteiriços em pedra precisam também que olhem para eles, não os percam de vista! Assim, não terá Rio Tinto que lutar pelo não encerramento do Centro Cultural Amália Rodrigues? É um dos poucos espaços criados com finalidades culturais a desenvolver na cidade. Não terá a Junta de Freguesia de Rio Tinto a obrigação de um maior empenho no sentido de evitar o encerramento do Centro Cultural? É que uma população que se pretende seja cada vez mais culta, mais escolarizada, mais

informada, terá necessidade de promover colóquios temáticos, seminários, conferências, com convidados nacionais e estrangeiros, ligados a universidades, a empresas, e onde recebê-los? E porque não ampliar o espólio existente da personalidade que dá o nome ao Centro Cultural e que tantos admiradores tem em Rio Tinto? E porque não criar aí um espaço museu para preservação de algumas marcas identitárias desta terra? A não existir, perder-se-á muito… E porque não promover, nesse espaço, atividades culturais devidamente calendarizadas e pertencentes às gentes da terra? Afinal, se pensarmos em estratégia e finalidades, não será

a afirmação e dinamização da Cultura uma das finalidades de um Centro Cultural? É urgente juntar sinergias para afirmar Rio Tinto como uma cidade com História, Cultura, Identidade,Vida… 


Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

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Política

Vozes de Rio Tinto O Governo da Troika PSD/ CDS quer-nos fazer acreditar que não há alternativa às políticas de austeridade, o que não é verdade. Desde quando é que o desemprego e os baixos salários ajudam a economia? O Bloco de Esquerda apresentou seis medidas que, se fossem aplicadas teriam um efeito positivo na economia e na vida das pessoas. Em 2012 a dívida pública já aumentou 13,4 mil milhões e, só em julho e agosto cresceu mais 700 milhões. No final de 2012, esta dívida será mais do dobro do que era há 8 anos e em 2013, aumentará mais 12 mil milhões. Portugal está a empobrecer, a perder emprego e a promover a imigração, ficando

Não posso, em consciência com o programa eleitoral que sufraguei, e com aquilo que defendo, deixar de discordar com a posição do Presidente do meu partido relativamente ao sentido de voto do CDS no que diz respeito à aprovação do orçamento, pelo menos, senão houverem alterações significativas no documento final, nomeadamente que diz respeito à redução concreta do estado, e a redução da despesa. Pessoalmente, não posso dar o meu aval a um documento que só apresenta medidas extraordinárias do lado da receita através do aumento massivo dos impostos, e que não apresenta medidas de cortes na despesa. Sempre defendi publicamente que o Estado deve funcio-

A Greve Geral do passado dia 14, convocada pela CGTP-IN, contra a exploração e o empobrecimento do nosso País, foi uma grande greve geral e uma das maiores até hoje realizadas. Foi dada uma “enorme” resposta dos trabalhadores, dos reformados, dos estudantes e dos desempregados ao Governo, ficando a clara ideia, que há cada vez mais portugueses cientes de que o PSD e CDS enganaram tudo e todos durante a campanha eleitoral que os levou ao poder, onde esconderam as maldades que tinham em mente… Uma greve contra a obsessiva austeridade do Governo, que é igualmente criticada por quase todos os sectores da sociedade, incluindo pessoas ligadas aos partidos agora no poder...mas que outrora passaram pelos

cada vez mais endividado. Responder a esta falência anunciada é a maior tarefa da De-

nar como um regulador, e não como um empresário, da mesma forma que sempre defendi que o Estado não pode continuar a ser o maior empregador do País. Este não pode ser o papel do estado, esse papel é da competência dos privados que

sucessivos governos, sozinhos ou coligados…que nos foram impingindo demagogicamente que estávamos no bom caminho. Esta jornada de luta, foi apoiada pelo PCP, e outra posição não era de esperar, tendo em conta o que está em causa, já que o

mocracia. 1ºMedida: anular o aumento do IRS, imposto pelo PSD/

CDS, mudando o sistema fiscal com base na progressividade e alterando para isso o IRC, introduzindo um imposto sobre grandes fortunas, reintroduzindo um imposto sobre finanças; 2ºMedida: renegociar e cortar a dívida, para um nível sustentável para criar investimento, de modo a limitar o pagamento da dívida a metade nos próximos dois anos; 3ºMedida: promover políticas sociais, de base local com o IMI que inclua a banca, a igreja e o estado, e com as receitas do imposto sobre fortunas; 4ºMedida: terminar o escândalo das PPP e proteger os contribuintes das rendas financeiras; 5ºMedida: aumentar os recursos da segurança social para

garantir o seu futuro; 6ºMedida: proteger as pessoas dos despejos e do sobreendividamento. Com o conjunto destas medidas seria possível financiar o esforço do investimento e de criação de emprego, corrigindo ao mesmo tempo o défice para evitar o ciclo de dependência, chantagem e destruição da economia portuguesa. Estas medidas supõem uma modificação urgente do sistema fiscal e da vida social em Portugal. Representam a proteção dos contribuintes e trabalhadores e uma forte imposição de obrigações fiscais ao capital. Essa regra de Democracia fiscal que nunca foi imposta em Portugal. 

tem como função dinamizar a economia e criar emprego. Também continuo sem entender as diferenças contractuais existentes entre o público e o privado. Não consigo perceber a lógica dos funcionários públicos trabalharem apenas 7 horas

diárias, terem direito a mais dias de férias por ano, um sistema de saúde próprio, e a não poderem ser despedidos. Se de facto há Autarquias a mais, então que se agreguem. Se há funcionários públicos a mais, então que se rescindam contractos. Se existem empresas públicas a ser mal geridas e a dar prejuízo, então que se privatizem, deixando a tarefa de as gerir aos privados que o fazem de forma eficiente, e a um custo bem menor para o erário público. Se continuam a existir empresas municipais a dar milhões de euros de prejuízo, e que apenas servem para dar emprego aos Boys do PSD e do PS, então que se extingam. Se existem fundações, observatórios, e institutos

que tem exactamente a mesma função que é dar emprego aos Boys, então que sejam todas extintas. Se existe pessoal a mais nos Ministérios então que se reduza ao mínimo as nomeações. São este tipo de propostas que os Portugueses querem ver contempladas no orçamento de estado. O Governo não pode continuar a pedir sacrifícios sucessivos aos contribuintes e às empresas, quando o próprio estado é incapaz de o fazer. Está na hora de passar das palavras aos actos e de deixar de Governar em função das sondagens, mas sim governar em função do Pais e dos cidadãos. Para o bem de todos, haja coragem e vontade política para fazer o que é necessário fazer. 

Governo pratica uma política irresponsável, que vai contra os mais pobres, fazendo apenas umas cócegas aos mais ricos, a fim de não os melindrar. Teve também em conta o Orçamento de Estado 2013, que irá agravar ainda mais as nossas condições de vida, já que nele

estão previstos aumentos, agravamentos e despedimentos… Orçamento que está em fase de discussão e será aprovado dia 27. Até lá serão analisadas as propostas de alteração, apresentadas por todos os partidos com assento parlamentar, dos votaram a favor ou contra. O PCP – que votou contra – apresentou um conjunto de propostas de alteração que visam corrigir as mais gravosas injustiças nele contidas…Mas, é importante salientar a estratégia demagógica da maioria – votou a favor – ao apresentar 100 propostas, entre as quais a redução de 4 para 3,5% a sobretaxa do IRS, que não irá aliviar a pesada carga fiscal a que os portugueses ficarão sujeitos no próximo ano. As ditas alterações não passam de “bluff ”, já que baixam umas coisas e

aumentam outras, tal como fizeram aquando da alteração da TSU pelo IRS. Era preciso ter sensibilidade social, para que não se apostasse em mudanças radicais e a uma velocidade suicida e que ao mesmo tempo não se tenha em conta que para o ano teremos agravamento de IMI e a nova Lei de Arrendamento ou lei dos despejos, pois é disso que, na realidade, se trata. No plano partidário, há a assinalar a realização XIX Congresso do PCP – 30 Nov. e 1-2 Dez. Foram realizadas centenas de assembleias de militantes por todo o País, incluindo Rio Tinto/Baguim do Monte, onde foram discutidos os documentos – Teses - Projectos de Resolução Politica e de Alteração ao Programa – e eleitos os respectivos delegados. 

Não aceitamos o precipício. Há outro caminho.

Rui Nóvoa BE

Orçamento de Estado

Pedro Carvalho Juventude Popular

Ainda a Greve Geral

Adérito Machado PCP


28.

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Vozes de Rio Tinto

Quem beneficia com esta política de austeridade?

Miguel Martins PEV

O Orçamento de Estado para 2013, apresentado pelo Governo PSD/CDS, ainda em discussão na Assembleia da República, não inverte este caminho que já demonstrou ser errado, pelo contrário, acentua ainda mais a austeridade, impõe sacrifícios mais dolorosos aos cidadãos e elimina qualquer possibilidade de crescimento económico. Aqui ficam alguns dados da realidade provocados pelas opções políticas: 1 milhão e 400 mil desempregados, os quais 35,9% com menos de 25 anos, sem contar com os milhares que emigraram, nomeadamente jovens licenciados (mais de 100 000 no desemprego), destes desempregados só 1/3 é que recebe subsídio de desemprego; 3 milhões de pessoas a viverem na pobreza entre as quais um milhão de

idosos que vivem com menos de 280 euros por mês, este número pode aumentar para o dobro, caso continuem a reduzir ou eliminem as prestações sociais; entre Janeiro e Março 53 empresas encerraram por dia, representando um aumento de 23% face a 2011, sobretudo na área do comércio, e restauração. Face a este quadro tão negro é legítimo perguntar: quem beneficia com esta política de austeridade? Quem beneficia com o acordo da “Troika” (FMI, UE, BCE)? A quem vai servir este Orçamento de Estado? Os lucros escandalosos apresentados pela Banca e por alguns grupos económicos em 2011 e em 2012, anos de grande sofrimento para as famílias portuguesas, dão uma resposta parcial às questões colocadas. Aqui ficam alguns números que

dificilmente passam, ou passam despercebidos pelos grandes meios de comunicação social: Lucros de 2011: BES (282 milhões de euros), Grupo Melo (192 milhões de euros); Grupo SONAE (103 milhões de euros); EDP (1125 milhões de euros, + 4% do que em 2011). Lucros entre Janeiro e Setembro de 2012: GALP (277 milhões de euros, + 57% período homólogo de 2011), Grupo Jerónimo Martins (271 milhões de euros + 6,2 % período homólogo de 2011), EDP (795 milhões de euros). Só este ano a GALP e o grupo de detêm o Pingo Doce, tiverem uma média de lucros, por dia de 1 milhões de euros, enquanto a EDP o lucro diário foi de 3 milhões de euros. Em 2011, os quatro grandes grupos económicos privados que operam na área da saúde, Grupo

José Melo, Grupo Espírito Santo, HPP e Trofa facturaram mais de 924 milhões de euros (+ 13% do que em 2010), um crescimento

de actividade claramente beneficiado pelo desmantelamento e degradação do Serviço Nacional de Saúde. 

Vozes de Baguim

Às associações de Baguim do Monte

Serafim Silva PSD

O país que queremos ser

Maria Alzira Rocha CDS

Hoje vou dedicar algumas linhas às nossas associações, com algumas sugestões que possam ser úteis à nossa população. Em primeiro lugar quero cumprimentar com saudações desportivas, culturais e recreativas, todas as associações de Baguim. A minha sugestão é: para que a nossa população - jovem e menos jovem – possa intervir, é necessário iniciarem encontros entre as várias associações na perspectiva de criarem em Baguim do Monte uma Federação, que organize iniciativas com estas finalidades de servir, organizando passatempos em que possam – aos fins de semana e não só – com os pais e filhos, divertirem-se e passarem algumas horas. Pois, como

sabem, os pais de hoje dizem que não têm tempo para se dedicarem aos seus filhos, daí esta minha sugestão. Quero também informar que na área da nossa freguesia já existem alguns espaços que podem ser aproveitados para algumas atividades, tanto ao ar livre como nos outonais, ou seja, espaços para serem preparados que já estão à disposição da população, como sejam os polidesportivos do Crasto e de Entrecancelas, Pavilhão Gimnodesportivo da Escola EB 2,3, como ainda o auditório da Lipor – com quem a Junta de Freguesia já há alguns anos tem um protocolo para a sua utilização – e ainda tem também na Lipor a zona verde, espaço

agradável para várias atividades. Convém que haja vontade de todos para que isto seja possível e aproveitado para os nossos jovens e menos jovens, por isso, a sugestão é haver uma entidade que assuma e organize estas coisas e os pais assim já

tenham possibilidades de passar algumas horas com os seus filhos. Mais uma sugestão às associações, ou seja, uma possibilidade de angariar mais associados para as suas coletividades. Espero que as nossas associações aproveitem esta sugestão

amiga a bem de todos nós, de um modo particular às nossas crianças e jovens, para além dos pais também da nossa população, para que possamos contribuir para amanhã termos bons jovens e melhores pais. Um abraço amigo. 

Está na hora dos nossos governantes começarem a pensar no que queremos ser daqui a uns anos. E são dois os caminhos. Um é o caminho da continuidade do estado atual, em que os vigaristas, os ladrões e aqueles que fazem negociatas e acordos de que apenas beneficiam eles próprios, os seus amigos, e os seus familiares; quando conseguem ser processados e quando conseguem ser levados aos tribunais, dali saem como se nada tivesse acontecido e ainda como se fossem os donos da razão, da sabedoria e do direito. O outro caminho é o caminho

da limpeza do país e da renovação dos políticos e das políticas de tal modo que a seriedade, a confiança, a honestidade e a diligência possam ser premiadas e desencadear uma nova consciência política dos cidadãos. Nestes próximos tempos vamos perceber muito bem quem é quem; pois as escolhas que os partidos estão a fazer das pessoas que vão ser candidatas são o melhor sinal que pode haver de como os partidos políticos olham para o que querem que o país seja daqui a alguns anos. A responsabilidade dos partidos vai ficar com essas escolhas, pois, desta vez, os partidos não

vão poder dizer que não sabiam ou que não imaginavam coisas que são óbvias para todos. E o povo vai considerar os factores relacionados com a serie-

dade e integridade das pessoas, nas escolhas que vão fazer para tomarem as suas decisões de voto; o que vai implicar uma profunda renovação nacional

dos autarcas. O CDS continua a trabalhar para promover um país melhor e com pessoas melhores. Cumprimentos. 


Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Docente da Faculdade de Ciências da Saúde - UFP Coordenador do Grupo de Ortopedia do Instituto CUF Apoio Médico aos Clubes de Rio Tinto - Fisioterapia Acordo com:Medis, Advancecare, Multicare, Saúde Prime e Allianz Cirurgia Ortopédica • Artroscopia Joelho e Tornozelo Fisioterapia ao Domícilio

Consultórios:  Instituto Cuf  Porto - Telefone: 220 033 500  Av. Dr. Domingos Gonçalves Sá, 414 - Ed. Rio Tinto II - Sala B  4435-213 RIO TINTO Telefone: 224 897 133  Fax: 224 809 121  Email: paulo.amado@pauloamado.pt

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