Edição de maio de 2022

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Ano 16 - n.º 191- maio 2022

Preço 0,01€ Mensal

GONDOMAR

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

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Estivemos à conversa com vários intervenientes do mundo do futebol que abordaram o tema da violência no desporto > Págs.24/25

CULTURA

SOCIEDADE

Saiba os vencedores Cláudia Vieira: Sandra Almeida: do concurso do Sável "A RIVD é uma rede especializada, “Este Museu serve para preservar, composta pelas entidades com valorizar, dignificar e acima de e da Lampreia intervenção na área da violência tudo, divulgar esta arte histórica” > Pág. 12

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> Pág. 16

> Pág. 30

POLÍTICA Tribunal da Relação do Porto absolve vereador José Fernando Moreira > Pág. 32 PUB


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VIVACIDADE | MAIO 2022

EDITORIAL José Ângelo Pinto Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT Caros leitores, Ser ou não ser, eis a questão. Portugal quer ser ou não quer ser um dos países mais avançados do mundo, capaz de criar, produzir e promover a utilização de produtos inovadores como no passado já ocorreu com o MultiBanco, a Via Verde ou com a criação de medicamentos? Os países que mais investem em inovação, como a Finlândia ou a Suécia e que, curiosamente, mas não surpreendentemente, querem passar de não alinhados para membros da NATO, dedicam quatro a cinco por cento do seu PIB a investimentos em Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (IDT). E Portugal? Parece que, desde os anos 80, em que se desenvolveu, praticamente do zero, todo o sistema de investigação e de inovação e que o nosso tecido empresarial conseguiu utilizar nos anos 90, pouco ou nada de visível se tem feito, pelo menos não desenvolvemos nada que se pareça com produtos desenvolvidos nos anos 80 e 90. Se em termos de despesa e investimento no IDT as estatísticas indicam claramente um aumento significativo, sendo que em 2020 o valor de IDT corresponde a 1,6% do PIB; e que o número de pessoas a trabalhar em investigação tem também aumentado significativamente, a questão é que este aumento (mesmo assim com Portugal muita abaixo da Finlândia ou da Suécia) não é visível na criação de produtos ou serviços que incorporem a investigação e que sejam promovidos pelas empresas portuguesas. Aliás uma parte muito significativa do IDT produzido em Portugal é depois aproveitado por empresas internacionais que não deixam cá os seus impostos; ou seja, estamos a alimentar o rendimento de outros estados; isto porque Portugal é incapaz de apoiar devidamente a implementação do IDT que aqui construímos. E que adianta termos desenvolvido produtos e serviços avançados se depois não somos capazes de os aplicar devidamente, como se vê pelos atrasos enormes na introdução em Portugal da rede 5G; que hoje está já disponível por essa Europa toda e em todo o lado. Exceto em Portugal. Porque em Portugal dependemos das pessoas que governam. A capacidade das empresas de lançar IDT de facto está completamente tolhida pela necessidade absoluta, se quiserem financiamento, de o fazer com as Universidades. E depende. Se os governantes fazem bem o concurso ou não. Se colocam lá clausulas penais ou não. Se os lançam de modo competitivo ou não. Se as Universidades querem participar ou não. E a verdade é que cada vez mais temos pessoas que nos governam que não sabem o que é a vida para lá dos gabinetes de Lisboa e que decidem com base na interpretação dos seus assessores do Google e das conversas de café com os colegas. Assessores e colegas que conhecem bem Lisboa, mas que nada sabem do país real. Mas que decidem. O desafio para haver IDT em Portugal é fácil de ganhar, basta saírem dos gabinetes e virem conversar com as empresas. Mas escutar, não seja só falar ou só ouvir. E procurar ajustar o trabalho profundo de IDT que temos para fazer com a exequibilidade dos resultados e com a sua utilidade. Porque fazer IDT apenas para dizer que temos milhares de pessoas e 1,6 % do PIB como se isto, só por si, fosse muito bom, não é suficiente.

PRÓXIMA EDIÇÃO 16 JUNHO

SUMÁRIO: Breves Página 4 Sociedade Páginas 6 a 26 Destaque Páginas 24 e 25 Cultura Páginas 28 a 30 Política Páginas 32 a 34 Desporto Páginas 35 a 40 Entrevista Páginas 36 e 37 Empresas e Negócios Páginas 41 a 43 Opiniões Páginas 46 e 47

ANUNCIE AQUI Tel.: 910 600 079 pedro.barbosa@vivacidade.org geral@vivacidade.org

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Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO As festas populares regressaram com força a Gondomar. Em Ferreirinha, a decoração em honra a Santa Helena, marcou a diferença.

NEGATIVO Logo após ser requalificado pela União de Freguesias de Melres e Medas, o Parque de Merendas de Moreira foi alvo de vandalismo. Em causa, roubaram uma mesa.

Viva Saúde Paulo Amado* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

NOVA VAGA DE COVID- 19 Estimados leitores, parece que estamos a caminhar para uma nova vaga de Covid-19, pois os números vão se tornando, ou melhor, retornando a ser significativos, podendo em consideração o voltar a medidas de restrição, tais como o uso de máscaras, ou mesmo, alguns casos de isolamento sanitário. É uma evidencia que os números de infeções Covid 19 estão novamente a subir, com mais casos a registar nos Centros de Saude e Hospitais. Não se trata de um reaparecer, pois na realidade o covid nunca desapareceu, mas sim o seu incremento, devido a variados factores, nem sempre fáceis de explicar, mas já previstos. Habituados a tomar as devidas cautelas, e medidas de prevenção, pondera-se mesmo o voltar ao uso obrigatório de mascaras, tal como já acontece na ilha da Madeira. Ainda longe dos tempos passados de graves casos de pandemia, não me admirava que voltássemos a aumentar os casos graves, o que constituiria um descalabro para a saúde populacional e mesmo para a Economia. Cabe-nos a todos, com responsabilidade social, tomarmos cautelas e precauções. Esperando que não voltemos a passar um período de uma nova vaga com as dimensões das anteriores, temos no entanto de estar preparados para essa eventualidade. Vermos, até lá em caso de duvida façam testes rápidos para evitar a propagação. Até breve, estimados leitores…

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: José Gonçalves | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.o Esq. 1050191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves, Sofia Pinto e Tiago Vieira. | Impressão: Lusoiberia | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


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MERCADONA DISPONIBILIZA NOVO NÚMERO DE TELEFONE A Mercadona criou uma nova linha telefónica de Apoio ao Cliente disponível para Portugal e Espanha. O 800 500 220 é um serviço gratuito, disponível de segunda a domingo, das 07:00h às 22:30h, 365 dias por ano e que conta com uma equipa de 85 colaboradores. Esta nova linha de Apoio ao Cliente mantém o objetivo de ouvir os “Chefes” para poder oferecer soluções ágeis e eficazes, continuar a definir produtos e a melhorá-los, a inovar nas lojas e nos serviços, responder a dúvidas, ou simplesmente para sugestões ou reclamações. Podem ainda contactar este serviço gratuito de atendimento para qualquer dúvida relacionada com Ofertas de Emprego, apoio nas candidaturas ou sobre a política de Recursos Humanos da empresa. ■

DOE SANGUE, DOE VIDA! Até à próxima edição, a população interessada pode realizar a sua dádiva de sangue nos próximos dias 27, entre as 15h e as 19h, e 29 de maio, entre as 9h e as 12h 30, no Quartel dos Bombeiros em Melres. E, no dia 4 de junho, na Escola Secundária de Rio Tinto, entre as 9h e as 12h 30. ■

GONDOMAR RECEBEU CAMPEONATO NACIONAL BASE DE GINÁSTICA ACROBÁTICA O Multiusos de Gondomar recebeu, nos dias 7 e 8 de maio, o Campeonato Nacional Base de Ginástica Acrobática, tendo sido a primeira vez que o Município de Gondomar recebeu uma prova nacional desta modalidade. O evento, que integra o Plano anual de Atividades da Federação de Ginástica de Portugal, registou mais de 700 ginastas inscritos dos escalões de iniciados, juvenis, juniores e seniores, em representação de mais de 60 clubes de vários pontos do país e recebeu cerca de 1200 pessoas no Multiusos de Gondomar. Presente em competição esteve a Academia de Ginástica Paulo VI, clube do concelho, com 16 atletas, obtendo meritórios resultados, entre os quais: Vice Campeão Nacional em Par Misto Sénior (com a dupla João Martins e Catarina Ye). ■

RIO TINTO: MERCADO DE PRODUTOS BIOLÓGICOS Inicia em junho, o Rio Tinto BioMarket, o mercado de produtos biológicos. Poderá contar com o mercado todas as quartas-feiras entre as 16h e as 21h no Torreão da Quinta das Freiras. A fase de inscrições e o regulamento poderão ser consultados em www.riotinto.pt ■

MARIA HELENA SILVA LANÇA LIVRO “PERFÍDIA” No final do mês de abril, em São Pedro da Cova, a Liga de Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova, promoveu o lançamento do livro “Perfídia”, da autoria de Maria Helena Silva. A obra foi apresentada pelo

escritor Vítor Rocha e contou com momento musical, promovido por José Silva, e a declamação de poemas da obra por Clementina Sousa. No final decorreu a já tradicional sessão de autógrafos. ■

APROVADA TRANSFERÊNCIA

DE COMPETÊNCIAS DE LIMPEZA DAS VIAS E ESPAÇOS PÚBLICOS PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA

No seguimento de falhas sucessivas, por parte da empresa Rede Ambiente, no que diz respeito à limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros, o Executivo Municipal, em reunião extraordinária, aprovou com a abstenção do PSD e voto favorável da CDU, a transferência dessas competências para as juntas de freguesia. Com vista a superar as sucessivas falhas da empresa atualmente responsável pela gestão, manutenção e limpeza dos espaços verdes no concelho, o Executivo discutiu a resposta mais adequada para promover o bem-estar efetivo da população. Assim, tais competências serão transferidas para as juntas de freguesia, que receberão mais dois milhões de euros para que a operacionalização seja possível e possa arrancar já a partir do mês de agosto. ■

BREVES AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALBOM EXPÕE NA FUNDAÇÃO JÚLIO RESENDEFoi inaugurado no Lugar do Desenho/ Fundação Júlio Resende, a Exposição de final de ano, do Agrupamento de Escolas de Valbom. Esta exposição abarca o resultado dos projetos desenvolvidos ao longo do ano de acordo com o tema aglutinador da escola -Uma Escola de Valores- Os notáveis da nossa terra. A inauguração contou com a atuação dos alunos do 3º ciclo e secundário. No dia 18 de maio, foi a vez dos alunos dos 2º e 3º ciclos actuarem. Ao longo do mês haverá mais atuações. Os trabalhos ficarão expostos até ao final do mês. ■

LIBERTY KID CONQUISTAM TERCEIRO LUGAR EM CONCURSO INTERNACIONAL O grupo Liberty Kids, sediado em Gondomar, conquistou o terceiro lugar na categoria Kids no Hip Hop International Portugal. A Cidade da Maia acolheu pelo oitavo ano consecutivo a fase final do Campeonato de Portugal de Hip Hop Dance, promovido pela Hip Hop International Portugal. ■

MERCADONA INICIA PROCESSO DE RECRUTAMENTO A Mercadona vai dar início ao processo de recrutamento para novas lojas que abrirão em 2023, em Marco de Canaveses, Lousada e Gondomar, para as quais irá contratar, no total, cerca de 200 colaboradores para todas as secções, em regime de Full-Time. A Mercadona possui uma política de Recursos Humanos diferenciada que aposta na construção de carreiras, na promoção interna, na equidade e na progressão salarial, reconhecendo o talento dos seus colaboradores e permitindo o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Os interessados podem apresentar a sua candidatura no site da Mercadona, acedendo à secção "Emprego" e verificando as ofertas disponíveis.■

LIPOR VAI INSTALAR A MAIOR LINHA DE TRIAGEM AUTOMÁTICA DE EMBALAGENS DA PENÍNSULA IBÉRICA Na presença do Conselho de Administração da LIPOR, decorreu nas instalações da Lipor, a Apresentação Pública da futura Linha de Triagem Automática de Embalagens da LIPOR. Esta linha de Triagem, que apresenta um investimento de cerca de seis milhões de euros que vai permitir uma maior capacidade de processamento, assegurando ainda uma melhor qualidade, eficiência e inovação, com a inclusão das mais recentes tecnologias no âmbito da triagem de resíduos, garantindo uma alta qualidade do produto acabado e uma redução dos rejeitados do processo. Serão, ainda, implementadas tecnologias de digitalização. A Linha de Triagem Automática de Embalagens hoje apresentada, terá uma capacidade nominal mínima de 8 toneladas/hora. ■

A LOJA DE ARTES PALETA 31 RECEBE EXPOSIÇÃO DE PINTURA A loja de artes Paleta 31, em Rio Tinto, convida-o a visitar a exposição de pintura Demiurgo, com início a 21 de Maio e fim a 21 de Junho. ■

CAMPEONATO REGIONAL DE MARATONA Decorreu no dia 15 de Maio, o Campeonato Regional de Maratona, na praia de Melres. A competição foi organizada pela Associação Norte de Canoagem, a Liga Dura, a União de Freguesias de Melres e Medas e a Câmara Municipal de Gondomar. A Prova contou com centenas de atletas. O vencedor da competição foi o CN Ponte de Lima. ■

WORKSHOP DE COSTURA CRIATIVA

Decorreu, no dia 16 de maio, a primeira edição do workshop “From Granny to Trendy” nas instalações da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. Esta iniciativa consiste num Clube de Costura criativa destinado à reutilização de roupa. O objetivo é potenciar a economia circular e a inclusão social. Esta iniciativa foi promovida em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar. ■


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19 de abril a 16 de maio

MATRÍCULAS 2022/2023 EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E

1.º CICLO (1.º ano) 19 de abril a 16 de maio a decorrer

Plano de Inovação no 1.º Ciclo – AnimArte

VIA INTERNET

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PARABÉNS, campeão!

Aprender coisas complexas de forma divertida

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Festival Gastronómico Europeu no AEG1

Rúben Ribeiro, do 11.º4 da ESG, sagrou-se campeão nacional de Goalball, pelo FC do Porto, após vitória sobre o Sporting CP, a 8 de maio de 2022.

A implementação do PI tem contribuído para alterar práticas pedagógicas e didáticas de forma a garantir o bem estar pessoal e social dos nossos alunos e a ajudá-los a construir melhores aprendizagens. O Clube de Ciência Viva do 1.º Ciclo do AEG1 proporciona aos alunos atividades que desenvolvem o pensamento computacional como forma de resolução de problemas. A Bi, o Mouse, o Mind e o Microbit são ferramentas que os alunos utilizam para construir / consolidar aprendizagens de disciplinas como Matemática, Português e Estudo do Meio. Estas atividades ocorrem em ambientes formais e informais, desenvolvendo a criatividade e a competitividade, tornando os alunos mais capazes e mais felizes. Levando os alunos a aprender fazendo, mantemos sempre viva a curiosidade e o interesse pela Escola. Com o robô, a criança consegue olhar para uma situação concreta e real, o que facilita o desenvolvimento de aprendizagens mais complexas.

No Goalball, a perceção da posição da bola e das linhas do campo é feita através dos sentidos da audição e do tato, respetivamente. É um jogo que requer muita concentração e, por isso, o silêncio dos espectadores e da equipa é de extrema importância para este jogo. Rúben Ribeiro frequenta a ESG desde o 7.º ano. No 10.º, foi incentivado pelo professor de Educação Especial a inscrever-se na equipa do FC Porto de Goalball, com o objetivo de promover a sua autonomia e adquirir técnicas pelo convívio com pessoas baixa visão. Quando terminar o 12.º, pretende seguir Engenharia Mecânica e continuar a praticar goalball.

No 1.º Ciclo, todos aprendem a nadar Numa parceria com a CMG, todos os alunos do 1.º ciclo das Escolas Básicas de Atães, Gens, Jancido, Jovim e Foz do Sousa e Outeiro beneficiam da atividade de psicomotricidade nas piscinas municipais de Gondomar. Esta atividade está integrada nas planificações das Atividades de Enriquecimento Curricular. Em ambiente lúdico, os alunos trabalham a coordenação motora e o relaxamento mental, desenvolvendo a sua autonomia e autoestima, na senda do cumprimento do Perfil dos Alunos para o Século XXI. Para muitos, é, ainda, o primeiro contacto com o meio aquático. Todos se divertem e ficam mais felizes!

SOCIEDADE

O 3.º Ciclo no European Statistics Competition A European Statistics Competition (ESC) é uma competição organizada pelo Eurostat (o Gabinete de Estatísticas da União Europeia) e vários Institutos Nacionais de Estatística, com o propósito de promover a literacia estatística, a curiosidade e o interesse pelas estatísticas oficiais junto dos estudantes e dos professores. Na edição ESC2022, concorreram diversas equipas do AEG1. Os PTMASTERS (Ana Diogo, Pedro Miranda e Rita Santos, alunos do 9.º2) foram apurados, com um segundo lugar, para a fase europeia da ESC2022, na categoria B. A equipa PROBMATIC (Joana Magalhães, Lara Teixeira e Margarida Barbosa, alunas do 9.º2) obteve o 5º lugar.

PARABÉNS A TODOS!

No dia 9 de maio de 2022, celebrou-se o Dia da Europa, com uma Mostra Gastronómica Europeia, que decorreu nas cantinas da ESG e da EBJFS, durante a manhã. O evento teve como objetivo promover um melhor conhecimento da Europa e do seu património gastronómico, assim como criar, nos estudantes, um espírito de cidadania ativa e responsável. As iguarias foram confecionadas por alunos, Encarregados de Educação e professores e a receita da venda reverte a favor de uma causa social do AEG1.

«Our family recently came to Portugal and everyone liked this country very much. In time, we went to school, which we also liked very much. We are very glad that we are the pupils of this wonderful school, of these teachers, who are always ready to help us in everything and treat us with sincere attention and patience. We were very grateful of invitation us to join to the European Day’s celebration. It was very important for us to thank everyone, to acquaint students and teachers with Ukrainian national kitchen. The whole family decided what to cook for our beloved teachers and students. We decided to cook one of the most famous Ukrainian dishes vareniky.»

Святослава Матлак



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SOCIEDADE

SEMINÁRIO ETWINNING “DIVERSE & CREATIVE LEARNING ENVIRONMENTS”

Uma delegação portuguesa participou, de 28 a 30 de abril, em Malta, num Seminário que reuniu professores de 15 nacionalidades diferentes, intitulado “Diverse & Creative Learning Environments”, uma organização da comunidade eTwinning. A representação portuguesa formada apenas por quatro docentes, onde se incluem as professoras Marina Hussein do Agrupamento Escolas Rio Tinto nº3 (AERT3), Cristina Ferreira da Silva, da Escola Secundária de Santarém, Susana Stoffel do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, em Santarém e Maria Assunção do Agrupamento de Escolas Eu-

génio de Castro, em Coimbra, acompanhadas pelo embaixador eTwinning da região Centro, Luís Gonçalves, em representação da organização Nacional de Apoio (que integra a Direção Geral da Educação). O objetivo principal deste Seminário foi a implementação de diversos projetos internacionais de parceria eTwinning, assim como a partilha de experiências e conhecimentos. No próximo ano letivo, a docente do AERT3, Marina Hussein, será co-fundadora de mais um projeto internacional sobre o binómio Literacia & Numeracia, com o St. Thomas More College, Marsaxlokk Primary, de Malta, em linha com a aposta no aprofundamento da internacionalização do Agrupamento. Este género de parcerias, sob a forma de projeto eTwinning, facilitam o trabalho colaborativo entre docentes do mesmo estabelecimento de ensino e entre docentes de escolas de outros países, criando-se condições para um processo de trabalho enriquecido e complementado com contributos diversos, mesmo do ponto de vista cultural, e com resultados com grande valor acrescentado do ponto de vista pedagógico. Na sessão plenária do primeiro dia, 28 de Abril, Marcin Zaród, especialista do projeto

“Novigado – Active Learning in Innovative Learning Spaces” introduziu algumas ideias basilares sobre espaços de aprendizagem, com a palestra “Beyond the Box – Innovative learning spaces in day-to-day classroom practice”. No dia 29 abril, todos os participantes tiveram um papel ativo nos Workshops tais como o “Dynamic Learning Techniques in Class and Online in eTwinning Projects”, “21st century Literacies – integration of Technologies in the classroom” e “Pimp the school: 5 ways to upgrade your learning environment”. No último dia do Seminário, dia 30 de Abril,

durante a sessão plenária, os embaixadores eTwinning partilharam exemplos de boas práticas na metodologia de projeto, em particular, ao nível do planeamento e do trabalho colaborativo. O valor do Seminário não se encerra em si próprio e nem terminou, já que todos os participantes irão fazer a sua disseminação, tanto ao nível do seu Agrupamento, como a nível local/regional e, em Portugal, a nível nacional, no próximo mês de setembro, nas iniciativas que os Serviços Nacionais de Apoio ao eTwinning (NSO) irão organizar. ■

hábitos de procura de imagens e áudios que permitam a sua utilização livre. No caso particular do nosso Agrupamento, tanto o LOGO como o cartaz são um trabalho original do aluno Nuno Abel Santos, do 7º ano, turma B. Até ao final de junho, os alunos deverão fazer um vídeo, entre 90s e 2 minutos, que su-

marize as atividades da Academia. No dia 7 de julho, será feita a apresentação pública, levada a cabo pela organização Nacional de apoio eTwinning, com a divulgação de um padlet com os cartazes das Academias e um outro com os vídeos resumo/avaliação das atividades deste ano das AJE. ■

ACADEMIA JÚNIOR ETWINNING O eTwinning, comunidade de escolas da Europa, financiado pelo Erasmus+, é um projeto que disponibiliza uma plataforma, a European School Education Platform (lançada a 16 maio, que vai integrar o eTwinning e a School Education Gateway) para que os profissionais de educação que trabalham em escolas dos países europeus envolvidos, possam comunicar, colaborar, desenvolver projetos e partilhar. Em fevereiro, os Serviços Nacionais de Apoio ao eTwinning (NSO) lançaram um desafio às escolas nacionais, que consistia na constituição da Academia Júnior eTwinning (AJE). Esta Academia, formada por alunos interessados em contribuir e participar em projetos internacionais, pretende incentivar um espírito de partilha e de identidade eTwinning. De acordo com a visão do NSO, a implementação da Academia contribuirá para a operacionalização da Estratégia de Educação para a Cidadania do Agrupamento e para alcançar o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, assim como dina-

mizar ainda mais a iniciativa “Líderes Digitais” já existente no AERT3. Até ao Carnaval os alunos da Academia criaram um LOGO e, até à Páscoa, um cartaz que inclui o LOGO já criado. Foi solicitado trabalhar com os alunos todas as questões relacionadas com os Direitos de Autor, incutindo


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SOCIEDADE

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A BELEZA paisagística das praias gondomarenses

DR

Entre os extremos das freguesias gondomarenses, surge entre encostas, desenhando uma silhueta irregular, um dos rios mais cobiçados em Portugal, pelas suas paisagens naturais de retirar o fôlego, o rio Douro. É nele que nasce, duas das atuais praias fluviais que temos em Gondomar: A praia fluvial de Melres e a praia fluvial da Lomba. Dois espaços balneares, situados no nosso Alto Concelho, que, distinguem-se uma da outra, pela particularidade da sua paisagem. Com uma água de temperatura amena, os espaços oferecem aos presentes a possibilidade de ‘’fugir’’ da vida agitada da cidade, para um espaço, onde os espaços verdes reinam. São espaços ideais para ir a banhos, como também para aproveitar o sol e fazer piqueniques em família. Saindo da zona urbana do nosso concelho, pelas curvas da marginal N108, chegamos à entrada da rua que vai em direção à Junta de Melres. Em frente à Junta, temos um largo estacionamento que ao fundo começamos a contemplar a beleza do rio Douro. Seguindo até à margem do rio avistamos a Praia Fluvial de Melres que, recuperou este ano o seu estatuto como zona aconselhada a banhos. Com um extenso areal, a zona é contemplada com balneários É na extremidade do concelho, na freguesia da Lomba, que localiza-se pela N222, uma das praias fluviais mais conhecidas e cobiçadas nas alturas de calor, a praia da Lomba. Uma pequena península que se formou na margem esquerda do rio Douro e que conta com o selo de “Qualidade de Ouro”, atribuído pela Quercus- Associação Nacional de Conservação da Natureza. Este ex-libris gondomarense é dotado pela sua beleza particular, dado o seu enquadramento paisagístico. Uma freguesia pequena, com muito para oferecer. No local, para além de aproveitar o areal e de tomar um banho, é possível realizar momentos de lazer em família, e até atividades náuticas. Dois lugares ideais para quem procura desfrutar um momento de lazer, junto à natureza, sozinho ou acompanhado, nos dias quentes de verão. ■

Praia de Melres DR

Praia da Lomba

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GONDOMAR RECEBE primeiro Teambuilding entre Entidades

SOCIEDADE

EPG RECEBE JOVENS e professores ao abrigo do programa Erasmus+

No próximo dia 25 de maio, entre as 9h e as 17h, na Quinta do Passal, em Valbom, irá realizar-se o primeiro Teambuilding entre Entidades de Gondomar, do Sistema de Promoção e Proteção na infância e juventude. Este é um evento que será promovido pelo MDV-CAFAP GONDOMAR, e que contará com o apoio da Comissão Organizadora, composta pela Câmara Municipal de Gondomar, a CPCJ de Gondomar e a Cliduca. A realização deste evento surge porque o MDV-CAFAP GONDOMAR tem por hábito organizar todos os anos um Encontro de Entidades com o intuito de reunir os vários parceiros e refletir sobre o trabalho realizado com as famílias com quem trabalhamos. Após quase dois anos de pandemia, verificando a dedicação e a resiliência com que equipas e técnicos se dedicaram às famílias que mais precisavam, os responsáveis decidiram homenagear a forma como foram lidando com tempos tão desafiantes. Segundo a Presidente a CPCJ de Gondomar, Liliana Martins, esta é uma forma de “cuidar dos cuidadores”, proporcionar um dia diferente e divertido, organizando um Teambuilding Entre Entidades. A responsável explica-nos que, este será

A EPG- Escola Profissional de Gondomar recebeu nas suas instalações alunos e professores, provenientes de quatro países Bélgica, Eslováquia, Grécia e Itália. Esta iniciativa dura uma semana e é ao abrigo do Programa “Education to Entrepreneurship in European School” do Erasmus+. um dia dedicado às equipas das várias entidades de Gondomar que trabalham diariamente na promoção e proteção das crianças e jovens e suas famílias, com o objetivo de promover o seu bem-estar e aproximação. “Pretende-se que seja um dia descontraído, com momentos de teambuilding e contacto com a natureza. Será um dia único e muito importante para o trabalho, bem-estar e aproximação destas entidades”. ■

Foi durante a semana de 26 a 30 de abril que, estiveram em Gondomar uma delegação de cada país já mencionado composta por dois docentes e seis alunos. Ao nosso jornal, o diretor Agostinho Lemos referiu o seguinte: “ Apesar do Erasmus no secundário ser recente, esta já não é a primeira vez que participamos em projetos desta natureza. Foi uma semana repleta de atividades, onde a parte cultural é a que se mais destaca. Eles conheceram o Porto, mas também Gondomar e os seus costumes. É um

projeto que nós vamos continuar a candidatar-nos porque é muito estimulante. E é uma forma de conhecermos outros países, outras culturas e exercitar a língua oficial, o inglês.” O Erasmus+ é o programa mais emblemático a nível europeu, no que respeita à educação, à formação, à juventude e ao desporto. O programa Erasmus+ apoia as prioridades e as atividades estabelecidas no Espaço Europeu da Educação, no Plano de Ação para a Educação Digital e na Agenda de Competências para a Europa, colocando uma forte tónica na inclusão social, nas transições ecológica e digital e na promoção da participação dos jovens na vida democrática. A EPG procura, através do Erasmus+, contribuir para a internacionalização e a excelência do ensino profissional, incentivando a criatividade, a inovação e o espírito empreendedor, e promovendo a igualdade, a coesão social e a cidadania ativa dos nossos alunos. ■ PUB


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Viva Prevenido Catarina Gonçalves

SOCIEDADE

Premiados os vencedores do 30.º FESTIVAL DO SÁVEL E DA LAMPREIA

Optometrista da Opticália

LENTES DE CONTACTO – MITOS E ESCLARECIMENTOS

Os óculos, por vezes, podem ser algo marcante na vida de uma pessoa, principalmente para quem os usa desde cedo. Antes de ser Optometrista, já era usuária de lentes de contacto. Na altura, foi uma solução apresentada pela minha optometrista que desde logo abracei de forma efusiva. Existem vários mitos e contrassensos sobre este tipo de resolução da visão e, como tal, decidi falar um pouco sobre este tema, de modo a que todos fiquem esclarecidos e elucidados. Primeiramente, devemos começar por referir que as lentes de contacto não são prejudiciais à saúde, sendo recomendáveis por todos os profissionais de saúde ocular. Podem ser adaptadas tanto em crianças como em adultos. Normalmente, recomenda-se quando a pessoa pratica algum desporto ou tem profissões de risco para quem usa óculos e em situações em que, de alguma forma, se ache clinicamente justificável o seu uso, como, por exemplo, na proteção em caso de alguma cirurgia ao olho. As lentes de contacto servem para corrigir os erros refrativos - miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia - em toda a sua totalidade, assegurando uma visão nítida e correta. Nalguns casos, como miopias altas ou astigmatismos irregulares, é, por vezes, difícil conseguir uma visão a cem por cento, no entanto, se a pessoa se sentir confortável e segura, nós recomendamos na mesma o seu uso. Existem dois tipos de lentes: as convencionais e as descartáveis. As convencionais estão a cair em desuso devido ao seu tempo de duração que, no mínimo, pode ser de um ano. As descartáveis incluem todas as outras: diárias, quinzenais e mensais. A lente diária é aberta no dia e descartada no final do mesmo dia. A quinzenal dura, como o próprio nome indica, quinze dias e a mensal um mês. Normalmente, são mais recomendadas, dependendo do uso, tipo de problema e idade do consumidor. Podemos agora abordar alguns mitos associados a este tipo de lentes, tais como: . É possível a minha lente ir para a parte de trás do olho? É anatomicamente impossível isso acontecer, devido a uma membrana que cobre todo o olho e que conecta com o interior da pálpebra. . As lentes de contacto podem arranhar os olhos? Podem ocorrer alguns problemas associados às lentes, mas são pouco comuns. Os problemas oculares mais comuns são causados por lentes mal adaptadas, por falta de cuidados e por falta de seguimento das recomendações de uso e descarte das lentes. . A lente pode ficar presa no olho? Pode, mas muito raramente, devido à falta de hidratação do olho. Caso isto aconteça, deve dirigir-se ao seu profissional de saúde ocular e pedir ajuda para não se magoar ou danificar o olho. Todos estes problemas podem ser evitados, caso tome todas as precauções recomendadas pelo seu especialista, se cumprir as datas de validade e o tempo diário de uso recomendado das lentes e, por fim, se cumprir a correta manutenção das mesmas, principalmente, se se tratarem de lentes mensais. Eu, que sou usuária deste tipo de lentes há cerca de dez anos, recomendo-as bastante aos nossos clientes, acompanhando-os na sua adaptação, ensinando os devidos cuidados a ter, como colocar e tirar a lente e, por fim, caso haja algum problema, a estar presente para o resolver. ■

Teve lugar este mês no Pestana Douro Riverside, o primeiro hotel de Gondomar, situado em Valbom, a atribuição dos prémios correspondente à 30ª edição de um dos mais antigos festivais gastronómicos do país dedicado a duas das espécies mais emblemáticas do rio Douro: o Sável e a Lampreia. Nesta 30ª edição, foram vários os pratos de Sável e de Lampreia que brilharam nas ementas dos restaurantes aderentes ao concurso gastronómico, onde iguarias como o Sável Frito ou a Lampreia à Bordalesa puderam ser degustadas. Cada estabelecimento pôde selecionar a confeção de um prato tradicional (por exemplo, Sável Frito, Lampreia à Bordalesa, entre outras receitas típicas) e/ou de um prato inovador. “O balanço desta edição foi muito positivo, concorreram exatamente os mesmos restaurante, há menos dois, porque encerraram. Não houve nenhuma desistência. O facto de também termos mudado a modalidade da pontuação, penso que também dignifica os restaurantes e a sua própria participação, porque existem diplomas de prata, bronze e ouro, e não é uma qualificação única”, explicou Sandra Almeida, vereadora do Turismo. A responsável do concurso explica ainda o seguinte: “Uma preocupação do júri tem sido também a inovação, porque sabemos que nem toda a gente gosta deste prato e nesse sentido, sentimos a necessidade de criar o prémio inovação”. Para a vereadora, esta proposta do júri fez “Todo o sentido”, porque uma das suas preocupações é preservar este prato gastronómico: “Queremos tentar que as gerações mais novas, provem. Porque o que constatamos é que as novas gerações, quando ouvem falar da lampreia, não querem provar. E esta inovação, este prémio que criamos, ajuda a que estas gerações tenham mais in-

teresse em provar a lampreia. A meu ver fez todo o sentido.” A cerimónia foi seguida da apresentação do livro “À volta da Lampreia - receitas e pequenas histórias que também passam por Gondomar”, do Chef Hélio Loureiro, presidente do júri do Concurso Gastronómico (a que se seguiu uma sessão de autógrafos com o autor). “É o primeiro livro de lampreia em Portugal. Foi uma proposta do chef Hélio, que fez todo o sentido que o Município abraçasse, porque há mais de 20 anos que o Chef, é júri do concurso do Sável e da Lampreia. Ele tem uma história com Gondomar, quer em termos pessoais, quer em termos profissionais. Portanto, fez todo o sentido que Gondomar agarrasse este projeto de escrever a história da Lampreia”, explica Sandra Almeida. Este livro já está disponível nas livrarias. Quanto aos premiados na Categoria de Melhor Sável recebeu o certificado de Ouro, os seguintes restaurantes: Beef Douro, Can-

tinho das Manas, Casa Lindo, Choupal dos Melros, Clube dos Caçadores, Estrelas do Douro, Madureira’s Vera Cruz, Ponte do Freixo, O Fórum (na modalidade confeção inovadora). Recebeu o certificado de Prata: 3 MMM, Bom Retiro, O Laranjal. Quanto ao certificado de Bronze, quem o recebeu foi: O Cardeal, O Chefe Barbosa, Rei da Tasca (na modalidade confeção inovadora). Na categoria de melhor Lampreia, os premiados foram: Certificados de Ouro: Campidouro, Cantinho das Manas, Casa Lindo, Clube dos Caçadores, Estrelas do Douro, Figurino do Douro, Madureira’s Vera Cruz, Ponte do Freixo; Certificados de Prata: Choupal dos Melros, O Laranjal, Rei da Tasca (na modalidade confeção inovadora); e Certificados de Bronze: 3 MMM, Beef Douro, Bom Retiro, O Fórum (na modalidade confeção inovadora). Foi ainda atribuido dos certificados de participação aos restaurantes, o Cardeal e o Chefe Barbosa. ■



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Em 1933, Gondomar assistia ao nascimento de Elói Viana, uma figura incontornável da Indústria da ourivesaria Portuguesa. Uma personalidade com um elevado sentido cívico que sempre participou em diversas atividades em prol da comunidade. Defensor da formação profissional, da inovação e do design, como pontos essenciais para uma indústria competitiva, empenhouse pessoalmente na criação do CINDOR. Entre muitos outros projetos, pugnou também pela criação de um parque industrial de ourivesaria, não fosse um convicto defensor do associativismo industrial, e pela criação de um certificado para autenticação da Filigrana de fabrico artesanal. Apesar dos seus inúmeros reconhecimentos públicos, destaca-se o “Prémio Nacional de Ourivesaria Elói Viana”. Um Homem que certamente ficará imortalizado na história gondomarense, bem como portuguesa, para as gerações vindouras.

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SOCIEDADE

CLÁUDIA VIEIRA:

“Importa que as vítimas tenham conhecimento deste serviço e que sintam confiança para reconhecer a necessidade de apoio/intervenção”

A RIVD- Rede de Intervenção na Violência Doméstica, pretende prevenir e combater a violência doméstica em contexto familiar, um problema grave que assombra muitas famílias portuguesas. Para o Município de Gondomar, é importante acompanhar de perto e reforçar a sua intervenção municipal de luta neste âmbito. Para a autarquia, não deve haver espaço para a violência, foi com esse propósito que foi fundado a RIVD. Estivemos à conversa sobre este projeto com a vereadora responsável Cláudia Vieira, que nos explicou todos os detalhes sobre o assunto. Como é que a RIVD pretende atuar junto às vítimas? A RIVD é uma rede especializada, composta pelas entidades com intervenção na área da violência doméstica. Nesse âmbito, foi definido um fluxo de intervenção por forma a garantir a comunicação direta entre estas entidades e assegurar um plano estruturado e integrado de apoio à(s) vítima(s). A montante desse trabalho, foram identificados como principais constrangimentos: por um lado, a sobreposição de intervenções e, por outro, a ausência de

formação especializada dos técnicos da área social. Assim, pretende-se que a RIVD tenha uma atuação integrada junto das vítimas, numa estreita articulação entre todas as entidades, normalmente, envolvidas neste tipo de situações.

Nesse sentido, a Rede Social assume um papel de coordenação desta rede especializada, mas também assume-se enquanto parceiro que, através dos processos sociais, identifica e acompanha muitas situações que carecem de intervenção. Enquanto Câmara Municipal, qual é o vosso papel no terreno? No âmbito do Núcleo Executivo da Rede Social de Gondomar, o Município de Gondomar procurou mobilizar os parceiros, por forma a definir um modelo de atuação com vista a ultrapassar os constrangimentos identificados. Nesse sentido, a Rede Social assume um

papel de coordenação desta rede especializada, mas também assume-se enquanto parceiro que, através dos processos sociais, identifica e acompanha muitas situações que carecem de intervenção. Os números de violência em Gondomar preocupa-a? As estatísticas de Gondomar acompanham as médias a nível nacional, todavia, independentemente dos números, é a situação de violência doméstica e a complexidade desta problemática a principal fonte de preocupação. O conjunto de todas as entidades que oficializaram este protocolo é a chave para o sucesso desta operação? Para além das entidades, são as pessoas/ técnicos/as que integram esta rede. O profissionalismo e o conhecimento especializado neste tipo de intervenção garante e diferencia o trabalho nesta área. Para vós, enquanto órgão de gestão concelhio, é importante estar perto da vítima e desenvolver este tipo de parcerias? Importa que as vítimas tenham conhecimento deste serviço e que sintam confiança para assumir a necessidade de apoio/ intervenção.

Qual o vosso objetivo para o futuro, com a implementação da RIVD? Para além da intervenção em situações identificadas, temos como principais objetivos criar outro tipo de respostas, assim como desenvolver projetos e ações de sensibilização junto das crianças e jovens. Isto é, não ter um trabalho “à posteriori”, de acompanhamento de situações identificadas, mas também trabalhar na prevenção de situações de violência.

Para além da intervenção em situações identificadas, temos como principais objetivos criar outro tipo de respostas.

Como é que um cidadão pode ajudar uma vítima que esteja em apuros? A violência doméstica é um crime público, e como tal, qualquer pessoa que tenha conhecimento de uma situação de violência tem o dever de o denunciar junto das autoridades. Ou seja, ao denunciar está a ajudar! ■



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ÁGUAS DE GONDOMAR com presença digital renovada A Águas de Gondomar (AdG) lançou no dia 17 de maio, Dia Mundial da Internet, o seu novo website. Com uma imagem mais moderna, simples e eficiente, a nova presença digital da empresa garante agora uma experiência de navegação mais intuitiva e dinâmica e disponibiliza novas funcionalidades e mais informação ao utilizador. De entre as principais novidades, destacam-se a área técnica e projetos destinada a profissionais e a possibilidade de comunicação de leituras sem registo prévio no site. Disponível em www.aguasdegondomar. pt, a nova página oficial da AdG aposta numa solução tecnológica responsive, que se adapta aos diferentes dispositivos. Otimizado para os equipamentos móveis, o novo

sítio online pode ser facilmente consultado a partir de qualquer smartphone ou tablet. Esta restruturação permite ainda a organização mais evidente das diferentes secções e uma maior aproximação ao utilizador, simplificando o acesso direto à informação. A partir de agora, os clientes podem comunicar as respetivas leituras sem

necessidade de fazer o registo na área “Cliente” e os profissionais ligados ao setor podem consultar e gerir informação aos pedidos de cadastro e de ligação à rede e projetos, entre outras questões técnicas, na secção “Área Técnica e Projetos”. Para além do novo look, a plataforma di-

gital assume uma maior facilidade na pesquisa e descoberta de conteúdos e garante mais informação relativa às áreas de atuação da AdG, permitindo ainda uma melhor divulgação do trabalho desenvolvido pela empresa e simplificando o acesso à informação. Sobre o lançamento do novo site, Jaime Martins, diretor-geral da AdG, afirma que “quisemos partilhar o espírito e cultura da nossa organização, destacando novos conteúdos que permitem estreitar relações com os nossos utilizadores e apresentar informação mais completa e relevante acerca dos diferentes serviços disponíveis”. O chat online ganha maior protagonismo nesta página, que pretende ser mais um passo na melhoria constante da comunicação com clientes, parceiros e comunidade. ■

MARCO MARTINS condecorado pela Liga dos Bombeiros No início deste mês, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, foi condecorado pela Liga dos Bombeiros Portugueses com a Medalha de Ouro pelos serviços prestados, enquanto autarca e Presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto. O edil recebeu a condecoração pelas mãos do Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, na cerimónia “Força de Bombeiros de Portugal”, comemorativa do Dia Internacional do Bombeiro (que, anualmente, é assinalada a 4 de maio). “Quando recebi a chamada do Presidente da Liga a dizer que ia receber esta condecoração, vieram-me as lágrimas aos olhos”, referiu o autarca ao VivaCidade. Para Marco Martins, este é um reconhecimento para todas as equipas que compõe a Proteção Civil Distrital e de Gondomar: “Eu sou apenas um rosto, esta medalha é de todos aqueles que trabalham para que isto aconteça. No fundo, esta medalha re-

presenta todos os rostos, onde eu sou apenas mais um”. “Apesar de ter funções de responsabilidades, enquanto Presidente, isto é um trabalho de muitas pessoas: dos bombeiros;

da proteção civil, das forças de segurança, dos profissionais de saúde, da segurança social... Muitas entidades que trabalham diariamente para assegurar que tudo funciona”, esclarece o responsável.

O autarca destaca ainda o esforço que foi realizado nos últimos dois anos, por parte das equipas que o acompanharam no seu dia a dia, para fazer frente à pandemia: “Estes foram meses muito intensos, com muitas mudanças complicadas, mas a verdade é que o sistema funcionou. Graças à colaboração entre as entidades. No Porto não se viu, o que se viu em Lisboa, que foram filas de ambulâncias nos hospitais, onde o doente tinha que esperar doze horas para poder entrar. Porquê? Porque isto foi o resultado de um trabalho em equipa. Cada um deu, o que podia dar, para ser o mais eficiente. E isso, é um orgulho ver tudo o que aconteceu, calhou ser eu, o Presidente da Comissão Distrital, podia ser outro qualquer. Agora, também modéstia à parte, também sou de todos os Presidentes o que conhece melhor o sistema, por razões óbvias”. “Obviamente tenho que reconhecer que as coisas funcionam porque ando sempre em cima e acompanho tudo. O estar presente faz a diferença. Depois, há aqui uma outra questão que é, qualquer entidade sabe que estou à distancia de um telefonema. É de mim, preocupar-me com as situações”, conclui o autarca. ■


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BIBLIOTECA MUNICIPAL disponibiliza acesso online a 7 mil títulos Os utilizadores da Biblioteca Municipal de Gondomar Camilo de Oliveira passam a poder aceder à plataforma PressReader, uma plataforma digital que disponibiliza o acesso direto e integral a publicações (desde títulos online a jornais e revistas periódicas) de mais de 150 países e em mais de 60 línguas, perfazendo um total de 7 mil títulos. Através do seu registo na Biblioteca Municipal, o leitor pode usufruir deste serviço inovador e gratuito, sendo possível ler as publicações no momento ou descarrega-las para uma leitura posterior. Na plataforma, o leitor encontrará revistas dos últimos 12 meses, podendo desenvolver um espaço de favoritos e de leitura e aceder às diferentes novidades. O objetivo é, de acordo com o Vice-Presidente da autarquia e Vereador da Cultura, Luís Filipe Araújo, “universalizar e democratizar o acesso à informação e ao conhecimento, incentivando simultaneamente a leitura”. “Para quem gosta de ler jornais e revistas esta é uma boa opção, pois conta com revistas de várias temáticas, desde saúde e bem-estar, à culinária ou arquitetura, e

de todas as áreas do conhecimento”, acrescenta. O responsável assegura que para o público mais idoso os funcionários da biblioteca estão disponíveis para ajudar com a aplicação, ou até mesmo com o acesso online, dado que, os computadores da Biblioteca estão disponíveis ao público: “Os funcionários estão ali para ajudar”.

Quanto ao jornal físico, Luís garante o seguinte: “O jornal fisico continua e irá estar sempre disponível à população. Agora, temos a consciência que esta evolução digital é inevitável, porque é o futuro”. A Biblioteca Municipal, “na procura de respostas adequadas às necessidades dos seus utilizadores”, passa a contar com mais este serviço inovador, “acessível

simplesmente através das credenciais de utilizador da Biblioteca”, explica. O leitor pode aceder a esta plataforma digital em versão ‘App’ para Android e iOS, assim como em versão web, através de um dos endereços biblioteca.cm-gondomar. pt ou pressreader.com/catalog. Para mais informações pode contactar a Biblioteca Municipal. ■


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“EU ESCOLHO SER SOLIDÁRIO” O projeto “Ser a Escolha - E8G” construiu um espaço solidário no Conjunto Habitacional da Ponte que se encontra ao dispor de toda a comunidade. Existe um lugar, na Rua Ramalho Ortigão, em Rio Tinto, onde pode doar ou recolher roupas, brinquedos e material escolar. O “Eu Escolho ser Solidário” é uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto Ser a Escolha - E8G, gerido e promovido pela Querer Ser - Associação para o Desenvolvimento Social e financiado no âmbito da 8ª Geração do Programa Escolhas. Esta iniciativa pretende combater as desigualdades sociais e tem como objetivo dar resposta às necessidades de todas as famílias que se encontram em situação socioeconómica mais vulnerável. Os bens são recolhidos, organizados e entregues com o apoio das crianças e dos jovens do projeto, que assim desenvolvem o espírito de voluntariado. Em paralelo, as roupas recolhidas permitiram ainda a criação de um guarda-roupa que está disponível para as pessoas utilizarem nas suas entrevistas de emprego, caso necessitem de alguma peça de roupa em particular. Se pretender doar ou necessitar de recolher bens pode contactar diretamente o Ser a Escolha - E8G, através do 938 904 339, ou visitar o espaço no Conjunto Habitacional da Ponte: Rua Ramalho Ortigão, nº 41, 4435-409 Rio Tinto. ■

ANTÓNIO SOUSA PEREIRA JUNTA REQUALIFICA

reeleito Reitor da UP

No início deste mês, o Conselho Geral da Universidade do Porto elegeu o gondomarense António Sousa Pereira para o segundo mandato como reitor desta instituição de ensino superior que é uma das mais prestigiadas do país. António foi eleito para o próximo quadriénio 2022-2026, com 13 dos 23 votos registados pelos membros do Conselho Geral, contra os cinco de Altamiro da Costa Pereira e os três atribuídos a João Falcão e Cunha. Houve ainda dois votos em branco. O atual reitor reconquistou o seu titulo logo na primeira volta. Tendo em conta os termos dos Estatu-

tos da UP, o resultado da votação terá de ser ainda homologado pelo Conselho de Curadores. Após este procedimento, será agendada a data da cerimónia de Tomada de Posse. Desde 2018, que o seu reitorado iniciou, quando tomou posse como 20º Reitor da UP. É, por esse motivo, que desde 2020, que ocupa o cargo de Presidente do Conselho de Reitores da Universidade do Porto e simultaneamente, é ainda Presidente do Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde, Vice-Presidente do Conselho Estratégico do Instituto Português de Oncologia do Porto, membro do Conselho Estratégico do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho e Embaixador da Fundação BIAL. Entre os cargos que exerceu, dentro e fora da Academia, incluem-se os de presidente do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica da Ordem dos Médicos, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, consultor do Governo da República Dominicana para a avaliação da Reforma das Escolas de Medicina (2016-2017) e membro do Conselho de Administração da ORPHEUS – Organisation of PhD Education in Biomedicine and Health Sciences in European System (2013-2016). O gondomarense é ainda distinguido na área da investigação, sendo até reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, pelos seus trabalhos desenvolvidos. ■

Parque de Merendas de Moreira

A União de Freguesias de Melres e Medas realizou obras de requalificação e intervenção ao Parque de Merendas de Moreira, em Melres. Neste local podem encontrar mesas de piquenique, churrasqueiras comunitárias e um novo miradouro sobre o Rio Douro. As casas de banho existentes também foram intervencionadas. Para o edil das freguesias, este foi um “grande investimento” para melhorar esta zona de lazer. O intuito é tornar este local de

lazer mais atrativo e “Proporcionar melhores condições a quem nos visita e a quem lá se instala”. José Paiva recomenda ainda a todos os interessados a realização do percurso de 1000 metros, situado à beira rio que interliga a praia de Melres, à praia de Moreira. “Um excelente percurso pedonal, junto ao rio, onde pode deliciar-se com as sombras das árvores e fazer a sua caminhada normal sem nenhuma confusão citadina”. ■


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16 MAI A 11 JUL 2022


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SOCIEDADE

UNIVERSIDADE DO PORTO “Mostra” as suas 14 faculdades em Gondomar A Universidade do Porto esteve presente no Multiusos de Gondomar entre os dias 21 e 24 de abril. Esta instituição centenária, é uma das mais prestigiadas do país, e escolheu Gondomar para realizar um dos seus maiores eventos, a 19ª Mostra da UP. Durante estes quatro dias, visitaram o evento mais de 31 mil pessoas. “Foi um total muito significativo de visitantes que recebemos”, explicaram os organizadores do evento. Foi a primeira vez que, a Mostra da UP, foi realizado em regime híbrido. Ao todo, visitaram presencialmente, mais de 15 mil pessoas. Das escolas que visitaram o Multiusos, a mais distante a norte foi Monção, a sul foi Pombal e da parte interior norte foi a de Cinfães e Lamego. Para além das escolas mencionadas, estiveram presentes pessoas provenientes da Guarda, Viseu, Santarém, Viana do Castelo, Trás-dos-Montes, Bragança, Vila Real, entre muitas outras localidades. No online, esta 19ª edição contou com cerca de 17 mil espectadores. Para além de Portugal, registou-se um elevado número de acessos de países como o Brasil, Angola, Es-

panha, Argélia, França, Estados Unidos da América, Reino Unido, Itália, Moçambique, Países Baixos, entre muitos outros. No evento, as 14 faculdades desta academia estiveram representadas nos seus stands e demostraram aos futuros estudantes o que de melhor se faz nesta academia. Nestes quatro dias, o público presente desfrutou de aulas práticas de pintura e desenho, demonstrações de manobras de Suporte Básico de Vida, um simulacro de julgamento, experiências de produção de medicamentos e cosméticos, e ainda a exibição de robôs e submarinos. Para além disso, o evento contou com momentos musicais que ficaram à responsabilidade dos grupos de estudantes. Para além destas atividades, a Mostra da UP contou com conferências realizadas por conceituados oradores que integram esta academia, são eles: Miguel Ricou, Professor Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Rui Nunes, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); Rui Vaz, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) na área das Neurociências Clínicas e Saúde Mental; Bernardo Sousa Pinto, Professor Auxiliar da Faculdade de Medicina da

Universidade do Porto (FMUP); Armando Mansilha, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); António Sarmento, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); Por fim, António Machiavelo, professor de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). No último dia, teve lugar na zona central “Uma conversa com…”, onde foi debatido assuntos ligados ao sistema educativo e correspondente acesso ao Ensino Superior, na visão dos professores, da Universidade e do poder autárquico. Os intervenientes desta sessão foram: Luís Filipe Araújo, Vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar; Susana Soares, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto; Paulo Teixeira, Diretor Adjunto, Agrupamento de Escolas À Beira Douro; Nuno Santos, Diretor do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto; Lília Silva, Diretora do Agrupamento de Escolas de Gondomar; e Telmo Oliveira, Presidente da Federação da Associação de Pais de Gondomar- FAPAG. Em paralelo à zona principal, nas salas adjacentes do Multiusos decorreram várias sessões ligadas às cadeiras das faculdades e ao acesso ao ensino superior.

“A iniciativa teve um impacto muito forte. Os números falam por si, foram muito significativos”, referiu o vereador da educação, Luís Filipe Araújo. O responsável acrescenta que “os visitantes ficaram, agradavelmente surpreendidos com Gondomar, porque foram bem recebidos. A equipa da Universidade do Porto também ficou satisfeita e trabalhou bem com a equipa da Câmara. Já estamos a trabalhar para o próximo ano”. Luís Filipe não escondeu a vontade do Município em receber, para o próximo ano esta iniciativa e confidencia que “há essa vontade do lado da Universidade do Porto. Não é ainda uma decisão final, ou seja, oficial, mas há essa vontade”. Na perspetiva do responsável o “balanço é completamente positivo”, porque “toda a gente ficou agradada com o resultado da iniciativa”. Na ótica do vereador, como esta iniciativa decorreu numa fase transitória, é expectável que para o próximo ano, se ela decorrer em Gondomar, “vai correr muito melhor, porque vamos ter mais público e mais tempo para preparar as coisas com outra certeza e segurança, visto que só tivemos a confirmação da sua realização, muito próximo da data prevista”. ■


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PRAIA DE MELRES recupera “Classificação de Praia” Com a época balnear de 2022 a bater à porta, foi anunciado no Diário da República a listagem das praias fluviais, sendo que Melres recuperou novamente a sua classificação. Neste momento, Gondomar possui duas praias fluviais permitidas a banhos (Melres e Lomba). Segundo o Presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva, a recuperação deste reconhecimento deve-se ao esforço e preocupação de várias entidades, nomeadamente a Câmara Municipal de Gondomar, a APA e a autoridade de saúde: “Estas entidades estiveram realmente envolvidas no processo e cada uma elas, dentro sua esfera de ação, conseguiram de facto que novamente, em 2022, a praia de Melres tenha sido novamente qualificada”. Para o edil, independentemente da praia ter sido qualificada, “Estão a ser realizados alguns melhoramentos, que já estavam previstos”. O objetivo é “tornar a praia e o espaço envolvente ainda mais aprazível”. Nesse sentido, foi colocado novas casas de banho e o apoio para os nadadores salvadores, também foi requalificado,“Também foi colocado umas mesas de piquenique nas zonas verdes. Assim, estamos de facto a dar

uma nova roupagem a todo aquele espaço, com o intuito de torná-lo ainda mais agradável para passar um final de tarde ao ar livre”. “Sempre trabalhamos para manter estas duas praias, nem percebemos o porquê de Melres ter perdido a classificação que lhe dá o direito a banhos. Sabemos que tem a ver com a qualidade da água. No entanto, há dois ou três anos já tínhamos a qualidade suficiente que justificava ter a classificação

como Praia. Sempre que perdemos a classificação foi devido às análises negativas que surgiam que, é um problema que o município não tem como resolver, porque a responsabilidade não é nossa, está relacionado com as embarcações, com as Etares, com todas as afluentes que vão dar ao rio e que prejudicam o mesmo”, explica Sandra Almeida, vereadora do Turismo. Sandra acrescenta que seria uma mais valia para Gondomar ter todas as praias,

“que nós caracterizamos como tais, com esta classificação. Para o Município era uma promoção turística formidável e de excelência, porque tínhamos mais espaços para as pessoas usufruirem”. Apesar de, nos locais onde não são permitidos os banhos serem colocados placas de aviso, há pessoas que não as respeitam. Como é o caso de Zebreiros, segundo a vereadora, independentemente dos avisos colocados, as pessoas usufruem da mesma, neste caso, a autarquia preferiu zelar pela segurança dos utilizadores e realizou um pedido à APA para a autorização de colocação de um nadador salvador no local. Pedido que foi aceite. “Seria fácil classificar Zebreiros como praia, se as análises das águas não fossem negativas. Agora, eu queria deixar aqui bem assente que o município não tem qualquer responsabilidade nas análises ao rio Douro”, Sandra afirma ainda que, durante a pandemia, “não houve nenhuma análise negativa às águas do rio, o que ajudou as classificações futuras, nomeadamente de Moreira, Marecos, Zebreiros… Existem várias teorias e estudos, mas não compete ao Município tomar qualquer decisão. Nós temos apenas a responsabilidade de gerir as praias”, conclui. ■

Dia 28 e 29 Maio

A Junta de Freguesia de Baguim, convida toda a populção, a participar nas festas do "Coração de Maria"

DIA 28

8h00

Abertura da Igreja

(Fecha para almoço entre as 12h00 às 14h00)

18h00

Missa Vespertina

21h00

Procissão de velas da Igreja

DIA 29

8h00

Abertura da Igreja

9h00

Missa Dominical

11h00

Missa Solene em honra do Sagrado Coração de Maria (Nossa padroeira)

18h00

Majestosa procissão em honra do Sagrado Coração de Maria

20h00

Encerramento da Igreja


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DESTAQUE

PODEMOS ACEITAR A VIOLÊNCIA, PELO BAIRRISMO? Desde os escalões de formação, até aos seniores ou veteranos, o tema violência é, uma palavra que mancha a génese de qualquer modalidade e que cada vez mais é manchete de notícias. Este é um problema que assola não só Gondomar, como o país. Problema que para uns, a solução é simples, enquanto para outros, não. Que tipo de educação passamos aos mais novos? É isto a essência do desporto, do futebol? Porque é que isto acontece? Qual a melhor solução para mitigar este pro-

blema? Estivemos à conversa com vários agentes ativos deste mundo desportivo, inclusivamente, com os dois clubes que foram notícia, por situações de violência. Recentemente, aconteceu em São Pedro da Cova, uma situação de violência que envolveu a equipa da casa e outra equipa concelhia, o Gens. Abordamos ambos os dirigentes que nos deram o seu ponto de vista e revelaram o que consideravam ser a melhor situação para a violência no desporto.

VÍTOR CATÃO

Dirigente do Clube Desportivo de São Pedro da Cova O que é que aconteceu no jogo São Pedro, Gens? Para chegarmos ao ponto que chegamos, há no passado muita coisa que temos que perceber. O Gens tentou comprar os nossos jogadores. Houve um treinador ligado ao Gens que ligou para os nossos atletas e tentou alicia-los, felizmente os nossos atletas vieram contar-nos. Todos sabem que o Paulo Meneses, treinou o São Pedro da Cova, onde teve aqui dez derrotas. Muitas pessoas pensam que ele é um homem bom, mas não é. Disse ao Mário, Presidente do Gens, que tinha que mandá-lo embora, porque se não ia descer divisão. Está a querer dizer que a vossa relação já era má, antes deste episódio final? Exatamente. Porque se o Gens chegasse abertamente ao meu pé e dissesse “Vitor, o empate para mim dá e para ti também, vamos fazer um empate?”... Porque somos clubes da Terra. É o que todos fazem, o futebol é isto! Mas não, o orgulho deles era chegar aqui ao São Pedro da Cova e ganhar. No comunicado que eles divulgaram, diziam que não tinham sido autorizados a entrar, é verdade? Mas os autocarros não são obrigados a entrar no nosso estádio…

dos colocados no mato. O delegado da Associação negociou com eles e eles concordaram em entrar a pé, mas não queriam passar pelo corredor, queriam entrar pelo outro lado, e foi o aconteceu. Houve três ou quatro jogadores que entraram nos balneários deles e o Gens fez aqui uma enorme confusão… Outra coisa que quero que fique bem claro, todos os jogadores queriam jogar, mas o treinador não deixou. Que fique bem claro que foi o treinador do Gens, que não deixou os jogadores saírem do autocarro.

Mas não é uma prática corrente entre os clubes? Não. E para vocês perceberem como é o futebol... Quando nós fomos jogar ao Gens, não nos foi autorizado colocar os carros no parque do clube. Nem sequer a carrinha com os equipamentos foi autorizada a entrar. Então, o que me está a querer dizer é que aconteceu exatamente a mesma coisa que aconteceu ao Gens... Exatamente. Os nossos carros foram to-

Numa linguagem mais acalorada... De ambas as partes... Mas nada de violência, porque falar é uma coisa, ser violento é outra. Em determinado momento, chega o Tiago que é diretor do Gens e dá-me um murro. Fui ao hospital e tenho registado tudo. Foi um indivíduo que bateu-me, não fui eu, nem o Mário. Eu cheguei a estar no hospital com o Mário e posso dizer-lhe que, ele não foi agredido, ele acompanhou o colega… Mas, no comunicado do Gens refere que, dois elementos da direção foram agredidos... Não, ninguém foi agredido. O único que foi, fui eu. Não vou esconder a ninguém o que se passou, depois desse senhor agredir-me, estavam cá os meus filhos e estes saíram em defesa do seu pai. Mas nunca to-

caram no Presidente. Eu tenho fotografias. Para terminar, o que seria importante para acabar com esta onda de violência que tem assolado não só o país, como também o nosso concelho? Vocês sabem que, nos últimos meses, ouvimos falar de jogadores que bateram nos árbitros, seja no futsal, ou no futebol. Só jogadores a bater em árbitros. Os árbitros precisam de começar a ter outra educação para lidar com os jogadores e os dirigentes. E a mesma coisa ao contrário. Depois, a polícia, ou os seguranças, têm que controlar mais. Têm que controlar quem vem armado ou por exemplo quem está a fumar droga nos recintos. Se a própria Federação colocar, em cada estádio, dois seguranças, para as pessoas serem revistadas, acredito que 70 a 80% da violência acaba... Então está a dizer-me que, a falta de segurança nos estádios potencia esta violência que existe... Exatamente. Mas ninguém tenha dúvidas disso. É obrigatório termos policiamento no campo, mas a AFP autorizou termos segurança no campo. Porque como ainda estamos a realizar a escritura, a polícia só pode vir aqui quando tivermos a escritura na mão. Mas atenção que, não é só no SPC que não há policia, há outros clubes que também contratam segurança. ■

MÁRIO SANTOS

Presidente do Gens Sport Club Começo por perguntar-lhe o que é que aconteceu em São Pedro da Cova? Relativamente a isso e como já foi tornado público, nós fizemos o nosso comunicado. Esse comunicado de forma detalhada explica realmente a situação lamentável que aconteceu. Foi um jogo entre equipas vizinhas, do mesmo concelho e que se unem por uma fronteira, onde na altura, o contexto desportivo era completamente determinante quer para uma equipa, quer para outra, principalmente para o Gens. Não sei se por isso ou por outras questões, houve muita intimidação por parte do SPC, mesmo antes do jogo, foi aquilo que está explicado no nosso comunicado… Mas sobre a questão do acesso do autocarro ao interior do estádio, vocês não tiveram acesso ao parque de estacionamento do campo, certo?

Dentro do parque de estacionamento não. Vocês fizeram a mesma coisa ao SPC quando vieram aqui jogar? É mentira. A última vez que o SPC veio aqui jogar, nem trouxe autocarro, vieram em carros particulares e todos eles estacionaram dentro do estádio do Gens. Todos. O SPC veio cá jogar duas vezes. Sobre a primeira vez, sinceramente, não me recordo, mas julgo que não colocaram na rua, porque nenhuma equipa o faz. Mas esta segunda vez, posso garantir com 100% de certeza que estacionaram todos os carros dentro do estacionamento. Nós, na altura, até estávamos em obras e foi algo que falamos na direção, se devíamos deixar estacionar até os carros dos nossos próprios jogadores, por causa das obras, mas no fim, fizemos questão que eles estacionassem dentro.

Vítor Catão refere-nos que, o Paulo Meneses aliciou vários jogadores do São Pedro da Cova, tem consciência disso? Sei de onde partiu, mas acredito que isso não seja verdade. No entanto, essa questão tem que ser colocado ao Paulo Meneses. Obviamente, não acredito que isso seja de forma alguma, verdadeira. Foi nos dito que os jogadores queriam jogar, mas o Paulo Meneses não deixou, confirma isso? Quando deixamos o autocarro na rua, pedimos ao delegado da associação que estava presente, para nos garantir condições de segurança e que só entraríamos pela porta que tinha sido estipulado, que era a lateral, assim evitávamos entrar pelo túnel, passou algum tempo e ele voltou, e garantiu que tínhamos essa segurança e que podíamos entrar pela porta estipulada. Assim foi.


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DESTAQUE Fomos escoltados pela segurança, mas na porta lateral, antes de entrar para o estádio, estavam a fazer chamada, os jogadores entraram todos, e o restante staff foi ajudar a levar as bolas e os equipamentos, e como só pode entrar quem está na ficha de jogo, o staff não conseguiu entrar. Depois dos jogadores entrarem a porta foi fechada e foi nesse local que aconteceu a confusão. Portanto, os jogadores ao verem o que estava a acontecer e não podendo fazer nada, porque a porta estava fechada, ficaram completamente perplexos e se já estavam de alguma forma com algum receio daquilo que surgiu anteriormente, porque foi feio, os jogadores em unanimidade com a equipa técnica e comigo, decidimos de facto que não haveria condições para jogar. Posto isto, pergunto-lhe no seu entender, sendo dirigente de um clube com muito peso em Gondomar, o que é necessário, para tentarmos diminuir a violência no desporto? Antes de nós irmos para o problema real, devíamos valorizar aquilo que é mesmo necessário valorizar. O desporto em si e particularmente o futebol é, em muitos locais, uma forma de valorizar as nossas terras. Isso é bom. Mas uma rivalidade saudável, um bairrismo saudável. Então o que é que resolve o problema? A parte disciplinar pode resolver o problema de alguma forma e quando digo isto é aplicar castigos exemplares para pessoas que estão em representação dos clubes\associações. Neste caso, no nosso nível, isso cabe ao conselho disciplinas da Associação de Futebol do Porto determinar quais são essas regras. Infelizmente, o caso do SPC-Gens, foi apenas um, dos inúmeros casos que acontecem e que a AFP tem que resolver este ano, porque existem outros casos, envolvendo outros clubes e outras pessoas. Depois, temos um último vértice que é a formação das nossas equipas de formação. Isto é, os miúdos que amanhã vão representar os clubes, eventualmente a nível sénior, ou até em funções diretivas... se nós os ajudarmos a ter consciência do respeito pelo adversário, bem como ter fair play... se nós conseguirmos formar estas crianças que serão os homens do amanhã, eu acho que no futuro, nós conseguiremos, de alguma forma, estar melhor preparados para enfrentar este tipo de violência. Existem instrumentos para ajudar nesse sentido, mas quando é imposto, é difícil na pratica termos os resultados que deveríamos ter.... por exemplo, o cartão branco, para mim é uma iniciativa espetacular, mas na minha opinião já está de alguma forma massificada, ou seja, já não se consegue ter um critério para as situações em que de facto devem ser utilizado e para as outras situações onde não deve ser atribuído. O IPDJ tem também a bandeira da ética, esta bandeira é destinada para iniciativas que valorizem a formação, ela também é muito importante para que nós consigamos valorizar e premiar estes projetos. No entanto, eu acho que é necessário

uma estratégia como um todo envolvendo entidades estatais, como o IPDJ, a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia e as próprias forças de segurança, para que de facto, possam vir aos clubes, como às escolas, e que tenham uma estratégia planeada e gradual, que de facto possa ser implementada. Mas que seja algo continuo, não seja algo que se faça uma vez

e depois acaba. Eu acredito que será um passo em frente, para que nós, amanhã, consigamos ter melhores pessoas na comunidade. Assim, iremos poder mitigar ao máximo estas situações de violência no desporto. Gostava ainda de afirmar que a segurança privada não deve substituir a policia. Nós aqui optamos sempre por ter policia. ■

Sobre este tema, pedimos um depoimento a dois coordenadores de Escalões de Formação que conseguiram dar a volta a um caso de violência que aconteceu com as suas equipas.

Rúben Carvalho- Coordenador da Formação do Gondomar SC Não existe nenhuma fórmula mágica, cada caso é um caso, cada clube tem a sua cultura. Agora, eu acredito que as atitudes devem começar pelos clubes, pois devem tomar medidas para não deixar este tipo de situações alastrar. Para além dos clubes, as Associações e a própria Federação, têm que arranjar uma solução, nem que seja através de ações de formação com o intuito de consciencializar os pais, para que estes também tomem consciência daquilo que não se deve fazer. Devemos começar por baixo, quando os miúdos começam a integrar os clubes, mesmo para que os novos pais tenham as regras bem definidas. É importante demonstrar aos miúdos que o desporto não é violento, até para a evolução deles. É importante que eles se sintam confortáveis, sintam-se seguros no clube e na modalidade que escolhem praticar. Para isso, irradiar com a violência no desporto acho muito importante. É nesse sentido que nós trabalhamos, por isso é que quando nós tivemos um caso, tentamos agir de uma forma rápida e realizamos uma formação com os pais, para que não se volte a repetir. Este tem que ser o nosso exemplo.■

Mário Neves- Coordenador Formação do UD Sousense Primeiro, deve-se fazer uma formação direcionada para os pais, que foi o que fizemos neste caso recente que tivemos. Primeiro era importante gerir as expectativas dos pais. Muitas vezes, os pais pensam que os filhos poderão ser alguém que eles não foram, os pais têm que ter a noção que os filhos jogam futebol para se divertirem, para aprenderem princípios de vida, o futebol é uma modalidade coletiva não é só a competição em si. Mas acima de tudo deviam existir com mais frequência formações para o efeito e acima de tudo, precisava de haver mais mão pesada para o caso de algum pai ter uma má postura. Posso dar o exemplo dos nossos pais que estiveram envolvidos nessa situação. Eles estiveram proibidos, melhor foi-lhes pedido, porque nós não podemos proibir ninguém, que até ao final da presente época não assistissem aos treinos, nem aos jogos dos filhos. Foi o castigo que entendemos ser o mínimo, para além de um pedido de desculpas. Inclusivamente, obriguei-os a assistir à formação dada pelo IPDJ. Resumidamente, na minha opinião é importantíssimo as formações, para termos um maior controlo. Para além disso, os clubes podem fazer o papel de gerir as expectativas dos pais e acima de tudo, mão pesada, seja por parte do clube, seja pela própria Associação/Federação para que quando aconteçam este tipo de situações, eles (pais) realmente sejam punidos, porque muitas vezes os miúdos não têm culpa.■

Dentro das quatro linhas, a presença de um árbitro é fundamental para o jogo acontecer. No entanto, são muitas vezes alvo de ataques, por parte do público presente nas bancadas, dos jogadores ou até dos dirigentes. Há 17 anos, que Filipe Lima é árbitro da Associação de Futebol do Porto e ao VivaCidade, deu-nos a sua opinião sobre o assunto. Na minha opinião os dirigentes deveriam ter mais formação, porque alguns têm comportamentos de adeptos e nos momentos em que devem ser mais responsáveis, ainda apimentam mais as situações. Para além disso, os pais e os jovens atletas, deveriam ter a obrigatoriedade no inicio de época de assistirem a Planos Educativos, Ética e de Fair Play. Infelizmente alguns pais só sabem ver para um lado e respondem com insultos às equipas de arbitragem, adversários e até mesmo aos próprios jogadores das equipas que apoiam. Pensam que têm um “Cristiano Ronaldo” em casa e esquecem-se que o mais importante nas camadas de formação é os miúdos divertirem-se, praticarem actividade física e acima de tudo, crescerem como verdadeiros homens e mulheres. Deve existir uma mudança de mentalidades de saber estar tanto no desporto, como na vida pessoal e profissional. Algumas pessoas ligadas a este ramo transfiguram-se, completamente, quando estão a jogar, orientar ou apoiar. Alguns dizem que têm o coração ao pé da boca, mas na minha opinião é mesmo má educação que depois origina comportamentos irresponsáveis e às vezes violentos. Em Relação à obrigatoriedade de policiamento em todos os jogos de futebol, Filipe Lima é perentório na resposta. A presença de Força Policial, deveria de ser obrigatória em todos os jogos. Assim salvaguardava a proteção de todos os intervenientes nos jogos: árbitros, dirigentes, jogadores e adeptos. Já para não falar que os árbitros sentem-se muito mais seguros e à vontade, para apitar qualquer jogo de futebol com a presença dos mesmos.■

JOSÉ FERNANDO MOREIRA- Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Gondomar A violência no desporto preocupa-me muito. o Desporto deve ser um veiculo de transmissão de Valores positivos para toda a população , não queremos que o desporto transmita insegurança às pessoas. A violência no desporto é um fenómeno gravíssimo e alarmante. Se, por um lado, desporto é sinónimo de “formação e recriação do cidadão”, por outro lado, a violência é “o maior contributo para a deformação de um indivíduo. Portanto, a prática do desporto é, ou devia ser, totalmente incompatível com a violência. Gondomar Apoia o Desporto e promove a atividade desportiva , e reprova totalmente qualquer ato de violência. Se olharmos para outros regimes jurídicos Europeus que se deparam com este fenómeno crescente de violência, verificamos que a solução passa sempre pela monitorização, identificação e proibição de acesso aos recintos desportivos daqueles que infringem as regras. ■


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Dr. João Cordeiro da Costa médico Pneumologia do Hospital Fernando Pessoa

LABORATÓRIO DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA O Laboratório de Função Respiratória do Hospital Fernando Pessoa está dotado do mais avançado equipamento de avaliação da função respiratória baseado em tecnologia ultrassónica pré-calibrada, que permite a medição precisa dos volumes e débitos pulmonares, assim como da resistência das vias aéreas, da difusão alvéolo-capilar e das pressões musculares respiratórias. O Laboratório está também capacitado para a realização exames de avaliação respiratória em exercício e de estudos noturnos como a oximetria noturna e o registo poligráfico do sono, sendo assim possível a realização dos seguintes exames: ::: Pletismografia corporal; :: Espirometria; :: Prova de broncodilatação; :: Prova de broncoprovocação com metacolina em sistema APS®; :: Medição da resistência das vias aéreas; :: Estudo da difusão alvéolo-capilar do monóxido de carbono single-breath; :: Pressões musculares respiratórias inspiratória e expiratória (PIM e PEM); :: P01; :: Prova da Marcha de 6 Minutos; :: Prova de Aferição de Oxigenoterapia em Deambulação; :: Oximetria noturna; :: Gasimetria arterial; :: Polissonografia nível 3. FALE COM OS NOSSOS ESPECIALISTAS, ESTAMOS AQUI PARA AJUDAR!

SOCIEDADE

FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA organizam semana da saúde A pensar nos seus cidadãos, a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a organizar para a última semana de maio, a Semana da Saúde, que tem como objetivo, consciencializar e promover a prática do exercício físico e da vida saudável.

tivar os “mais pequeninos”, porque é uma iniciativa aberta a todas as idades. “As palestras abordam temas pertinentes, contribuindo assim para a saúde e bem-estar de todos. Estas atividades serão em parceria com o Movimento Sénior, que tem tido um crescimento recente de alunos”, acrescenta a responsável. Com o objetivo de fomentar a prática desportiva, será enquadrada nesta semana, a homenagem a um campeão de ténis. Segundo a edil, esta prática de homenagear atletas ou pessoas ligadas ao desporto, tem vindo a ser feita, com o intuito de reconhecer e captar a atenção para este tema importante- a prática desportiva. “É essencial que nós sejamos um veículo de atividades para a população e nesse sentido, é importante apelar a que pratiquem atividades e consciencializar a nossa população”, justifica Sofia Martins. A Semana da Saúde pretende também incentivar as pessoas a praticar atividades ao ar livre e promover uma dinâmica desportiva acessível a todos os que não podem ter acesso a um ginásio através de aulas de grupo, durante o verão. Todas as informações poderão ser consultadas no facebook da União de Freguesias. ■

De forma a promover e garantir o estilo de vida saudável da população, as freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova irão receber, na última semana da maio, a Semana da Saúde, que conta com várias atividades de consciencialização e incentivo à prática de uma vida saudável. Neste sentido, a União de Freguesias irá desenvolver atividades de ginástica, rastreios de nutrição, jogos de saúde (Agrupamento de escolas da Mó), palestras sobre vida saudável e saúde mental, assim como acesso a serviços de saúde. “Nós sentimos que quando as pessoas estão motivadas e alertadas para esta área da saúde e bem estar, acabam também por ter uma vida melhor” explica Sofia Martins. A presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova acrescenta ainda que, o objetivo desta semana não é só mo-

MARCO MARTINS: “Como é óbvio não controlamos a meteo-

rologia, nem o fator humano, mas asseguramos que temos feito o nosso trabalho” Com a chegada do verão, a época dos incêndios aproxima-se e com ela, surge a necessidade dos proprietários limpar o seu terreno. Com o intuito de prevenir, a Câmara Municipal de Gondomar já começou a tomar providências. Segundo Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal e, Presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil e concelhia, a “Prevenção continua a ser um fator fundamental”. O responsável explica que o território é dividido em dois, a zona urbana e a zona rural\florestal. Na zona urbana, a limpeza e supervisão dos terrenos compete às Juntas de Freguesia que, já notificaram os proprietários. Nos casos em que haja um incumprimento, compete a este órgão de gestão realizar uma limpeza coer-

civa, “Ou seja limpar os terrenos, e mandar para o proprietário em causa a factura”. Quanto à zona rural\florestal, “Sem prejuízo daquilo que é, também, competência das Juntas”, Marco Martins garante que, desde fevereiro, as suas equipas estão no terreno com o intuito de colocar em prática o Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios: “Estamos desde fevereiro a fazer limpezas nos caminhos florestais para termos um acesso melhor à área”. “Temos ainda a rede de pontos de água a funcionar. Para além disso, temos a rede de câmaras de vigilância a trabalhar. Vamos ainda colocar mais uma câmara na Lomba, com o objetivo de cobrir a zona da Lomba, Melres e Medas. Portanto, ficamos com uma grande capacidade de detetação imediata para atuar”, acrescenta o edil. Sobre o assunto, Marco Martins explica

ainda que, nos períodos mais críticos, é realizado uma vigilância armada que consiste em colocar equipas no terreno compostas por elementos das Juntas, da GNR, da PSP e os Bombeiros, com “O intuito de haver muitas equipas móveis no local de forma a dissuadir os comportamentos abusivos, que é a grande causa dos incêndios em Gondomar. Sempre que as temperaturas assim o justificam, colocamos aquilo que é a carga máxima”. “No ano passado, nós chegamos a ter 16 viaturas no terreno a realizar vigilância, e claro que isso contribuiu muito para aquilo que é a redução de ignições e para afastar os maus feitores da floresta. A maquina está oleada e há uma colaboração fantástica entre todas as entidades que funciona muito bem. Como é óbvio não controlamos a meteorologia, nem o fator humano, mas asseguramos que temos feito o nosso trabalho”, conclui o autarca. ■

Derretemos os Preços: Consulte a Página 3 deste Jornal



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CULTURA

PAULO FERREIRA apresenta o seu novo documentário:

“Açores – Um novo desígnio” O documentário “Açores – Um novo desígnio” – cuja estreia oficial se realizou na Ilha das Flores, no passado dia 22 de abril (Dia da Terra), foi apresentado no passado dia 14 de maio, pelas 21 horas, no Auditório Municipal de Gondomar. A apresentação contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. Trata-se de um filme realizado pelo gondomarense Paulo Ferreira, com a duração de 41 minutos e que para além de mostrar a beleza das quatro ilhas (Terceira, Pico, Flores e São Miguel), aborda a mudança que está a ser feita pelos açorianos. Grande parte das pessoas anseia por “um novo desígnio” para o arquipélago. Isto porque os Açores foram outrora palco de caça à baleia, sendo nos dias de hoje, um paraíso para a observação de cetáceos e estudos científicos. O filme tem a participação de Eduardo Rêgo na locução, André Barros na banda sonora, Gui Costa nas imagens do fundo marinho e João Sousa na sonoplastia. Este projeto foi patrocinado pelas empresas Claranet Portugal, PTlapse, Opticália de Gondomar, LadoB Café, Delete Informática, Viagens Gondomar e PPSEC Engenharia; e contou também com o apoio da região autónoma dos Açores, através da Futurismo Azores Whale Watching, do Museu do Pico e da ExperienceOC. Este documentário para além de mostrar a beleza das paisagens naturais das ilhas nele retratadas, aborda a mudança que está em curso nos Açores. Nomeadamente

as funções dos antigos baleeiros, que agora se dedicam á observação e vigia de baleias, quer para estudos científicos, quer para turismo. “Os Açores foram escolhidos para este documentário, dado que considero a região muito natural e algumas das ilhas ainda mantêm o lado selvagem e silvestre da flora e da fauna ali presente. A ideia surgiu naturalmente. Tenho estado em muitos lugares ao redor do mundo e dado o momento que atravessamos achei por bem ficar “em casa” e nada melhor do que os Açores para realizar um trabalho no seguimento dos que tenho vindo a produzir”, explica o realizador. Sobre a apresentação no auditório, Paulo Ferreira explica que “correu muito bem,

apesar dos eventos que aconteciam à mesma hora nas proximidades e também por não ter sido divulgado pelas entidades do Município de Gondomar (estranhamente pois era a entidade que apoiava este evento). Curiosamente não houve representantes da Câmara de Gondomar, algo que nunca havia presenciado nos eventos que tenho realizado em Portugal e lá fora. Quero crer que isto não significa que os responsáveis autárquicos estão a descurar a questão ambiental. No final da apresentação, o público permaneceu no local e ficou durante quase uma hora a fazer perguntas às quais tive imenso prazer em responder”, acrescentou. O realizador explica que as pessoas têm

que ver este documentário por duas razões. “Por um lado, é uma visão positiva do problema que atravessamos ao nível das alterações climáticas, mostrando os locais mais belos que podem existir na Terra e incutindo ao mesmo tempo a mensagem de que ainda há possibilidade de invertermos o atual estado das coisas. Ainda há esperança. Que no fim de tudo é aquilo que nos resta. Uma espécie de motivação para a mudança que todos nós temos de fazer. Por outro lado, estes filmes que eu realizo têm sempre uma parte documental. E neste caso concreto dos Açores, introduzi a questão da baleação. Um exemplo de mudança. Um exemplo para todos nós. Muitas das vezes os problemas são facilmente solucionados quando há necessidade e vontade da Humanidade. Normalmente somos rápidos a criar problemas e muito lentos a resolvê-los. Eu quero dar uma ajuda neste aspeto, mostrando casos concretos de pessoas que tiveram de mudar a sua vida”. Sobre o futuro, confidencia que em breve irá voltar à Ilha das Flores “para realizar um documentário de história natural”: “A convite de uma entidade local, irei regressar em agosto e por lá irei ficar durante cerca de 12 dias. Um dos objetivos (entre muitos outros) é realizar bastantes planos de timelapse à Via Láctea (daí a época do ano escolhida), dado que a ilha está no meio do Oceano Atlântico e longe de fontes de poluição luminosa. A finalidade é produzir um documentário novo e com novos tipos de conteúdos, que tenho vindo a desenvolver e aperfeiçoar nos tempos mais recentes. Conto ter este trabalho pronto no final deste ano”. ■

ESTÁ DE REGRESSO o concurso de Quadras Populares ao São Pedro O concurso de Quadras Populares ao São Pedro regressa à União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova com a sua 39ª edição. Os participantes deverão entregar as suas quadras até ao dia 5 de junho de 2022. Está lançada mais uma edição do Concurso de Quadras Populares ao São Pedro. Esta iniciativa, que pretende distinguir as melhores quadras alusivas aos festejos de São Pedro, é já uma tradição que tem como objetivo estimular e dar visibilidade aos autores das mesmas. Segundo Sofia Martins, presidente da União de Freguesias, este é um concurso muito importante para a freguesia de São Pedro da Cova, do ponto de vista cultural e histórico, sendo que “é uma tradição para se manter”. Cada concorrente poderá enviar no máximo cinco quadras que formem sentido próprio. O trabalho deverá ser acompa-

nhado pelo pseudónimo do autor e enviado para a organização. As propostas deverão abordar, obrigatoriamente, os símbolos da tradição popular: manjericos, balões, rusgas, marchas, entre outros elementos.

Esta edição conta com uma novidade. De forma a promover e dinamizar o comércio local da União de Freguesias, os prémios serão atribuídos em vales de compras, onde os contemplados poderão escolher o esta-

belecimento local, bem como o destino em que pretendam gastar o seu prémio. A data da cerimónia da entrega dos prémios será enquadrada nas festividades em honra ao São Pedro. O concurso terá duas categorias uma destinada a maiores de 18 anos e outra a menores de 18 anos. Cada categoria terá três prémios, o primeiro, segundo e terceiro, respectivamente. A continuação desta tradição só é possível graças ao elevadíssimo número e à qualidade das quadras que, ano após ano, são apresentadas neste concurso. “É um concurso muito popular, em que concorrem pessoas da freguesia, do concelho, do país e até, além fronteiras. Nós queremos torná-lo ainda mais prestigiado. O nosso objetivo é continuar a aumentar o número de participantes nesta iniciativa ” afirma Sofia Martins. O regulamente poderá ser consultado no site desta União de Freguesias. ■


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CULTURA

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FÓSSIL COM MAIS DE 300 MILHÕES DE ANOS

descoberto em Gondomar

O fóssil, encontrado em rochas pré-históricas na região de São Pedro da Cova, que recebeu o nome de “Lusitadischia sai”, é uma nova espécie para a ciência e é um “achado” extremamente raro na Península Ibérica.

Foi descoberto, na região de São Pedro da Cova, um fóssil de um gafanhoto pré-histórico em rochas com mais de 300 milhões de anos. Segundo os investigadores responsáveis pela descoberta, este é extremamente raro na Península Ibérica tratando-se de um “novo género e nova espécie para a ciência”. A descoberta foi revelada num artigo publicado na revista científica Historical Biology pelo investigador Pedro Correia, doutorado do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. Pedro Correia explica que este novo

fóssil corresponde a um grupo de insetos primitivos que existiram no final da era Paleozóica e que, devido à raridade de registos, até agora, permanece pouco conhecida na Península Ibérica. Esta diversidade, sendo “representada por tão poucos registos”, é um “grande obstáculo” para as descobertas. Não significa, no entanto, que esta espécie não era abundante e diversificada nesta região. A ‘Lusitadischia sai’ é o segundo registo da família Oedischiidae até então descoberto na Península Ibérica o que demonstra a baixa diversidade encontrada, não

só pelo limitado potencial de fossilização deste tipo de fauna pré-histórica, mas também pela dificuldade de encontrar e reconhecer estes achados em condições de preservação. O nome da espécie é dedicado a Artur Sá, paleontólogo e professora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, pela importante contribuição na estratigrafia e paleontologia do Paleozóico inferior do sudoeste da Europa, norte de África e também na promoção e valorização do Património Geológico”, esclarece o investigador. ■

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CULTURA

MUSEU MUNICIPAL imortalizará a história da Filigrana

No dia 20 de maio, pelas 16.30 horas, será inauguração o Museu Municipal de Filigrana de Gondomar, instalado na Casa Branca de Gramido, em Valbom. Este museu pretende imortalizar a história desta arte secular para as gerações futuras. Para Sandra Almeida, vereadora do Turismo, a requalificação deste Museu serve para dignificar e honrar esta arte que traspassa gerações. Um processo tão meticuloso, histórico e único, tem que ser prestigiado à sua altura. E, nesse sentido, a autarquia decidiu dar uma nova cara a este espaço que será ainda inaugurado oficialmente. “Apesar de não ter ainda decorrido a inauguração oficial, estivemos a receber visitantes desde abril, porque foi uma forma da equipa do museu perceber e de se adaptar ao novo espaço”, explica a responsável. Desde 2016, nas instalações da Casa Branca de Gramido, está patente uma exposição permanente de Filigrana, fruto da doação de utensílios, maquinaria e mobiliário por ourives locais, que pretendem mostrar a sua arte, funcionando como um “welcome

center” da Rota da Filigrana. No entanto, apesar das doações realizadas, o município considerou ser importante adquirir algumas peças que seriam únicas e preservá-las no Museu. “O Museu é constituído por doação de ourives que nos ofereceram, no entanto, começamos a adquirir algumas peças que sabíamos que os ourives tinham em Gondomar e que faziam questão de preservá-las no Museu de Filigrana, porque são peças únicas, exclusivas e que sabemos que já não vão ser novamente feitas. Este museu serve para preservar, valorizar, dignificar e acima de tudo, divulgar esta arte histórica”, acrescenta a vereadora. “ESTE MUSEU SERVE PARA PRESERVAR, VALORIZAR, DIGNIFICAR E ACIMA DE TUDO, DIVULGAR ESTA ARTE HISTÓRICA” Nesse sentido, a vereadora levantou o pano quanto às novas peças que ficarão patentes neste espaço: “Conseguimos preservar no Museu, a Torre de Belém em Filigrana, uma coroa da Rainha, as conhecidas Caravelas Portuguesas e a última aquisição

que nos deixa muito felizes e orgulhosos, porque não estava terminado e entretanto foi concluído para ser colocado na inauguração do Museu, o Santuário de Fátima. Este foi um trabalho iniciado por um pai filigraneiro e agora, terminado pelo filho. São peças que causam impacto aos visitantes. Claro que não podemos esquecer, que também está patente neste museu, o maior coração de filigrana do mundo e o vestido. Portanto, podemos dizer que o museu está recheado de peças únicas e explendoras, que o enriquecem de uma forma singular”. A novidade que este espaço terá agora é a possibilidade dos visitantes adquirirem, no final da visita, “peças de filigrana certificada pelos nossos filigraneiros e que fazem parte da nossa Rota, bem como merchandising do Município de Gondomar”. Sandra Almeida, acrescenta ainda que o Museu Municipal, terá também artesãos a trabalhar ao vivo, o que vai permitir que o público possa ali mesmo comprar peças feitas pelos filigraneiros que integram a Rota da Filigrana. A inauguração do Museu acompanha outras ações levadas a cabo pelo Executivo Municipal com vista à proteção desta arte

secular e à promoção turística do concelho, tais como: a criação da Rota da Filigrana, a nomeação de Cecilia Krull como Embaixadora da Filigrana de Gondomar ou a participação na Expo 2020 Dubai. A Embaixadora da Filigrana de Gondomar, a cantora espanhola Cecilia Krull (que dá voz a “My Life Is Going On”, tema-principal da série “La Casa de Papel”) marcará presença na inauguração do Museu. A partir de setembro, para entrar neste museu o custo será de dois euros. No entanto, para os gondomarenses ou para a população residente em Gondomar, a entrada é gratuita. O mesmo se aplica para a população menor de 18 anos e\ou maiores de 62 anos. “O objetivo não é a expectativa monetária. A questão é que nós trabalhamos com operadores turísticos e temos visitas de 40\60 pessoas e sabemos que todas as outras visitas a museus são pagas. Portanto, foi uma forma de dignificar e reinvestir esse dinheiro na promoção da Filigrana. Entendemos que, em termos de afastar o público, não vai acontecer, porque o preço é simbólico. E quanto aos gondomarenses, não irá afetar porque, para eles, é gratuito”, conclui a responsável. ■



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Nuno Fonseca Descentralizar Competências… a realidade de Gondomar Uma das principais características das Autarquias Locais é a sua proximidade para com as populações e, principalmente, com o seu território. O princípio da subsidiariedade diz-nos que “as questões sociais ou políticas de uma sociedade devem ser resolvidas no plano local mais próximo que seja capaz de resolvê-las”, aumentando, desta forma a importância das autarquias, sejam elas Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia. Em Gondomar, desde 2013, com a entrada desta nova gestão municipal, a descentralização de competências para as Freguesias sempre foi, de alguma forma, uma marca positiva e amplamente reconhecida. As Juntas de Freguesia puderam passar a dar resposta a muitas das solicitações do dia a dia, conseguindo um ganho na gestão de proximidade mas, acima de tudo, uma resposta mais célere. O sucesso desta forma de gerir e de encarar a gestão autárquica está bem à vista de todos, e este processo foi, ainda, mais intensificado, nos inícios dos mandatos seguintes, 2017 e 2021, com o aumento das verbas e o aumento das competências, ou o alargamento de algumas delas a mais Freguesias do Concelho. Obviamente que nada se constrói de um dia para o outro e que as próprias Freguesias necessitaram de um enorme esforço de adaptação e de acertos para conseguir responder àquilo que lhes era solicitado, mas, com o passar do tempo, e com o apoio do Município, as alterações foram sendo implementadas e os serviços de proximidade foram sendo prestados. Julgo que não será incorreto afirmar que esta nova visão, quer da parte do Município que definiu como objetivo principal a descentralização e o apoio às Freguesias, quer da parte das próprias Freguesias que, não se acomodando, foram aceitando, sem receios, mais e mais complexas competências, capacitando as suas estruturas e ganhando uma capacidade de resposta que antes não a tinham, foi, sem dúvida, amplamente reconhecida pelos cidadãos e foi, de alguma forma, responsável pela vitória autárquica de 2021 em todas as Freguesias. No novo processo de descentralização de competências, a varredura urbana passou a ser uma competência própria das Freguesias a ser descentralizada via Municípios, que poderia manter-se no âmbito municipal, se as Freguesias disso abdicassem e se o Município assim o considerasse estruturante. A varredura urbana é um serviço que, desde 2012, é prestado por uma empresa privada e que se tem degradado imenso, nos últimos tempos, desagradando os autarcas e os cidadãos. Uma vez mais, em Gondomar, a Câmara Municipal de Gondomar mostrou desejo de transferir esta competência diretamente para as Freguesias e as Freguesias, por sua vez, mostraram desejo de a aceitar. Novamente o Município de Gondomar mostra um sinal extremamente positivo e continua a confiar nas Freguesias e no serviço realizado próximo dos territórios e das populações. E é isto que, uma vez mais, irá acontecer, a partir do próximo mês de agosto. ■

POLÍTICA

VEREADOR JOSÉ FERNANDO absolvido do Processo Sobre o processo contra o vereador da Câmara Municipal de Gondomar, José Fernando Moreira, esclareceu-nos o seguinte: "Após várias audiências de julgamento no Tribunal Coletivo do Porto, que concluiu a minha total absolvição, fui confrontado pelo recurso do Ministério Público para o Tribunal da Relação. Após vários meses de expectativa, estou muito satisfeito por ter sido feita justiça. A própria dimensão do acórdão, no qual sou ilibado de todas as acusações que o Ministério Público intentou contra mim, é bem representativo de que a acusação era destituída de qualquer fundamento”. ■

MUNICÍPIO INVESTE no apoio à Habitação

Até ao dia 31 de maio, os cidadãos interessados poderão realizar a sua candidatura ao Eixo +Habitação do Programa Social+. Paralelamente a este programa, está a decorrer a 3ª edição do Programa de Apoio ao Arrendamento, que visa o sorteio para arrendamento de quatro habitações, em Rio Tinto, com rendas inferiores às praticadas no mercado de arrendamento privado. O programa +Habitação tem o intuito de comparticipar o pagamento da renda ou crédito habitação cujos valores sejam iguais ou superiores a 150 euros mensais, a munícipes residentes há, pelo menos, seis meses em Gondomar. As candidaturas a este eixo de apoio podem ser formalizadas diretamente no Balcão Virtual

do Município em Serviços Online/ Apoio Social/ Candidatura ao Eixo +Habitação; através do envio via correio (CTT) do formulário de candidatura e respetiva documentação; ou ainda presencialmente no Balcão Único de Atendimento. Todo o regulamento e documentação necessária à instrução da candidatura, poderá ser consultada no site do Município. Para qualquer esclarecimento adicional, poderá enviar email para desenvolvimento.social@cm-gondomar.pt. Quanto ao programa de apoio ao arrendamento, esta é uma resposta alternativa, por parte da autarquia à atual conjuntura do mercado privado de arrendamento, que evidencia enorme dificuldade para as famílias acederem a uma habitação condigna e acessível. Assim,

ao abrigo do Programa de Apoio ao Arrendamento, foi aplicada uma redução de 30% nas rendas das quatro habitações a concurso por sorteio. Este apoio destina-se a agregados familiares com dificuldades de acesso ao mercado privado de arrendamento, estando disponíveis para o efeito quatro habitações públicas no território de Rio Tinto. Entre as habitações disponíveis encontram-se ofertas na tipologia T2, T3 e T4. Esta edição abrange três habitações que ficaram desertas na edição de 2021 e uma habitação que integra pela primeira vez este sorteio, recentemente requalificada. As candidaturas terminam a 30 de maio. Caso tenha dúvidas ou precise de mais informações, pode consultar o site da Câmara Municipal de Gondomar. ■

GONDOMAR APOSTA

na esterilização dos animais de companhia O Município de Gondomar encontra-se a promover uma campanha de esterilização gratuita de cães e gatos de companhia, numa ação destinada a sensibilizar os seus munícipes para esta forma privilegiada de controlo da população de animais, reduzindo o número de ninhadas indesejáveis e o seu consequente abandono. Paralelamente a esta ação, o Município de Gondomar está ainda a promover uma campanha de vacinação antirrábica e a colocação de identificação eletrónica. Quanto aos números que até ao momento foram registados, José Fernando Moreira, vereador responsável, acredita que “Com a afluência que estamos a ter vamos superar largamente os números atingidos no ano passado. Os munícipes têm solicitado junto do CROAG informações acerca desta iniciativa de uma forma progressiva e constante”. José Fernando explica que esta ação é importante porque “Um animal esterilizado é um animal mais saudável. Dado que, a esterilização diminui a possibilidade de gestações indesejadas, tumores mamários em cadelas e gatas, bem como infeções uterinas, entre outros problemas. Nos gatos com acesso ao exterior, diminui a

probabilidade de contrair doenças (uma vez que diminui lutas e acasalamentos indesejáveis), bem como a probabilidade de mortes por atropelamento. Tem também influencia a nível comportamental o que pode representar um fator importante na integração do animal no núcleo familiar”. Para o vereador estas campanhas são importantes porque um animal de companhia “é parte integrante de um agregado familiar” e para o autarca é importante promover o seu bem-estar, porque “traduz-se no bem estar dos seus tutores e munícipes”. Nesse sentido, “Este tipo de iniciativa é de primordial importância para a autarquia”. Sobre a esterilização, o prazo das candidaturas é até ao dia 15 de junho, as inscrições podem ser realizadas através dos serviços online e presencialmente. Sobre o futuro destinado para os amigos de quatro patas dos gondomarenses, José Fernando garante que está a desenvolver um conjunto de iniciativas para proporcionar melhor condições aos melhores amigos dos gondomarenses: “Começamos agora com a Campanha

de vacinação antirrábica e identificação eletrónica; Temos as aulas de socialização e treino básico de obediência; desenvolvemos ainda campanhas de doação permanente (aquando da adoção de um animal alojado no CROAG, o município oferece: a vacinação da raiva e das principais doenças infetocontagiosas, desparasitação interna e externa, identificação eletrónica, esterilização, aulas de socialização doa animais adotados); Realizamos formação dos munícipes na área de bem-estar e proteção animal; Desenvolvemos atividades lúdicas em vários espaços afetos ao Gabinete de Proteção Animal (Centro de Aprendizagem e Reabilitação Comportamental dos Animais de Gondomar, Parques Caninos, etc.); desenvolvemos a Campanha de identificação de gatos, a campanha de sensibilização ao não abandono e a campanha de recolha de dejetos Caninos”. Questionado ainda sobre as obras do novo recinto da CROAG, o vereador referiu o seguinte: “O projeto do novo CROAG está na fase final do projeto de especialidades”. ■


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RUA 25 DE ABRIL, 364 (S. COSME) ENTRE A CLÍNICA DE GONDOMAR E O EDIFÍCIO MAFAVIS


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Posto de Vigia

Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

PSD: CAMINHO DIFÍCIL ENTRE DUAS OPÇÕES 1 – Na próxima semana, dia 28 de maio, os militantes do PSD vão eleger um novo líder, na sequência da decisão de Rui Rio que decidiu interromper o seu mandato, após os resultados das eleições legislativas que deram maioria absoluta ao Partido Socialista. Um mês depois, no Coliseu do Porto, terá lugar o congresso do partido, no qual serão eleitos os demais órgãos nacionais que acompanharão o novo líder. São dois os candidatos à liderança nestas eleições diretas dos social-democratas. Luís Montenegro, ex-líder parlamentar nos governos de Passos Coelho, e que já havia enfrentado Rui Rio nas diretas de 2019; e Jorge Moreira da Silva, ex-ministro do ambiente no último governo de Passos Coelho, e que renunciou ao alto cargo de diretor geral da OCDE para disputar estas eleições internas do seu partido. 2 – São poucos os elementos em comum entre estes dois candidatos, para além de ambos terem sido colaboradores muito próximos do último Chefe de Governo social-democrata. Luís Montenegro foi um parlamentar aguerrido e fidelíssimo ao seu líder de então; Jorge Moreira da Silva foi um governante que deixou rasto, e igualmente um dedicado e lealíssimo colaborador de Passos Coelho. Dois passistas que procuram agora conquistar a liderança do PSD, ambos prometendo às bases do partido que tudo farão para levar de novo os social-democratas ao poder. Mas nada mais os aproxima um do outro. Luís Montenegro apela à alma e à capacidade de resiliência das bases; Jorge Moreira da Silva promete refrescar o partido com um programa de ação virado para as causa da modernidade e do ambiente. 3 – Quem quer que saia vencedor desta disputa interna terá pela frente uma tarefa muito difícil de afirmação nos próximos quatro anos. Tendo António Costa uma maioria absoluta, e um saco de dinheiro para gerir o país, o maior partido da oposição terá um caminho muito estreito para se afirmar. Acresce que, antes das próximas legislativas, o novo líder do PSD terá ainda que disputar novas eleições internas, para além das europeias e regionais. Por outro lado, o quadro parlamentar de hoje é muito diferente do anterior, já que, à direita do PSD surgiram dois novos partidos (o Chega e a Iniciativa Liberal), que tudo farão para impedir o PSD de crescer. Neste apertado colete de forças, o novo líder da família laranja terá vida difícil em todas as frentes. Resta saber qual destes dois candidatos à liderança colherá a confiança dos mais de quarenta mil militantes com direito a voto nestas diretas… ■

POLÍTICA

+ACESSO PARA TODOS Por comunidades mais inclusivas Este é o novo projeto que tem um único objetivo, promover a igualdade e o respeito para com as pessoas com diferença, através, por um lado, da capacitação de jovens como agentes de mudança do futuro, e por outro, do desenvolvimento de acessibilidades no concelho aumentado o número de espaços acessíveis. Este projeto é desenvolvido em colaboração com a Associação Salvador. “Este processo teve início com a elaboração do Plano de Promoção da Acessibilidade de Gondomar, apresentado em dezembro do ano passado, e com a noção clara da importância, não só da capacitação das equipas técnicas municipais, como também da necessidade de olharmos a cidade e o espaço público através de uma outra “lente”: a lente daqueles que, por diversas razões, ficam limitados na sua liberdade - o acesso! Reconhecemos o problema das acessibilidades e assumimos o compromisso de o resolver e/ou minimizar, tornando-nos investidores sociais de um projeto que acreditamos que poderá contribuir para sensibilizar a nossa comunidade e com isso, promover mudança: o projeto “+Acesso para Todos Por comunidades mais inclusivas”, explica a vereadora responsável, Cláudia Vieira. Para a autarca, é importante tornar Gondomar, um Municipio mais inclusivo, apesar de reconhecer que “O caminho é longo, muito há a fazer, contudo um dos passos principais está dado: reconhecer o(s) problema(s) e definir estratégias para o(s) ultrapassar. Este não é um processo de mudança imediato, implica alterações, às vezes estru-

turais de edifícios; espaço público e outros, muito difíceis de efetuar, contudo importa fazer caminho e percebermos que simples adaptações podem fazer a diferença”. “A perspetiva é muito mais abrangente do que o setor social. Esta área da Acessibilidade cruza muitas outras áreas, nomeadamente da gestão do território e da intervenção no espaço público”, sublinha Cláudia Vieira. Joana Gorgueira, responsável da Gestão de Projetos de Acessibilidade da Associação Salvador, revelou que nem todos os municípios querem fazer parte deste projeto, enaltecendo a resposta positiva de Gondomar, seguida de dois testemunhos por parte de quem sente tais dificuldades na primeira pessoa. O projeto “+Acesso para Todos - Por comunidades mais inclusivas” resulta de candidatura efetuada pela Associa-

ção Salvador ao Programa de Parcerias para o Impacto, no âmbito da iniciativa Portugal Inovação Social, e conta com a participação do Município de Gondomar na qualidade de investidor social. A implementação do projeto decorrerá em 15 municípios no território nacional (cinco deles no norte do país), entre os quais está Gondomar. Para o efeito, serão realizadas ações de sensibilização junto da sociedade civil, ações nas escolas (através de palestras/ workshops), bem como um trabalho de mapeamento e categorização de diversos espaços. Esse trabalho de mapeamento tem como objetivos identificar barreiras e alertar para as necessidades de melhores acessibilidades através de uma aplicação móvel que já se encontra disponível (Android ou IOS).■

RESÍDUOS DE S.P. COVA: Câmara aguarda visto de Tribunal de Contas Em janeiro deste ano, a CCDR-N, visitava a empreitada da remoção de resíduos de São Pedro da Cova e garantia que, a data prevista para o termino da empreitada era o mês de março. Esta medida custaria aos cofres uma despesa adicional na ordem dos dois milhões de euros para a remoção de mais resíduos perigosos encontrados nas antigas escombreiras das minas de São Pedro da Cova. O VivaCidade recebeu um comunicado do PCP onde referia que, no final do mês de março, “a empreitada de remoção de resíduos perigosos, que estava prevista terminar nesse mês, parou. No local, o estaleiro foi prati-

camente desmontado e encerrado”, podemos ainda ler no documento que, “O PCP lamenta a passividade do PS/Marco Martins, na Câmara Municipal de Gondomar e PS/Sofia Martins na Junta da União de Freguesias face a esta situação e considera inaceitável que enquanto proclamavam que a remoção dos resíduos perigosos era uma questão do passado omitiam mais um adiamento. Como sempre, quando a notícia é má, o Presidente da CMG remete-se ao silêncio, enquanto a Presidente de Junta defrauda os seus fregueses e finge não existir sequer problema. A população de Gondomar, e em particular das freguesias afectadas, merecem melhor, merecem verdade e exigem soluções”. Questionado pelo nosso jornal Marco

Martins explicou que, neste momento, a empreitada está a aguardar o visto do Tribunal de Contas: “Depende exclusivamente de uma questão burocrática entre a CCDR e o Tribunal de Contas”. “Portanto, não está em causa a decisão, não está em causa o dinheiro, não está em causa o concurso, tudo isso está feito. Claro que, para efeitos práticos, quem vê o local parece que está parado, mas o processo não está. Quanto ao estaleiro, adjudicaram uma empresa e por isso, tivemos que desmontar o estaleiro. Nós não sabemos quando vem o visto, porque nós apenas pressionamos. E garantimos que essa pressão tem sido feita aos responsáveis das entidades. Acredito que deve estar a chegar”, conclui o autarca. ■


VIVACIDADE | MAIO 2022

DESPORTO

EQUIPA SENIOR DA ALA NUN’ÁLVARES sagra-se campeã A equipa sénior masculina da Ala Nun’Alvares, sagrou-se em abril campeã da 2ª Divisão Nacional de Voleibol. O último jogo do campeonato que deu o titulo à Ala Nun’Álvares, foi

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EQUIPA SÉNIOR Feminina

da Escola Desportiva e Cultural sagra-se Campeã

contra o CN Ginástica, onde a equipa ganhou por 3-0. Passado um ano da descida à segunda divisão, a equipa voltou a subir à primeira divisão. ■

A equipa sénior feminina da Escola Desportiva e Cultural de Gondomar sagrou-se no passado dia 23 de Abril, no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto -que estava totalmente lotado- Campeã Nacional da 2ª Divisão Nacional de Futsal Feminino. A equipa garantiu a subida ao

escalão principal da modalidade. A entrega de medalhas e do Troféu foi realizado no dia 7 de maio, no pavilhão Municipal de Baguim do Monte, pela Federação Portuguesa de Futebol. Agora, a equipa subiu à primeira divisão nacional. ■


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ENTREVISTA CULTURA

PAULO DE CARVALHO | Texto e FOTOS: André Rubim Rangel

Completou há poucos dias a bonita idade de 75 anos. Há algum ano que gostaria de apagar da sua memória? Não há nenhum ano que eu queira apagar. Claro que há menos bons, em que contam com a perda de familiares. Um ano difícil que vivi foi o da perda da minha mãe. Isso não representa um bom ano, mas são coisas normais na vida. Nós nascemos e, depois, vamos embora. Não sei bem para onde. Não ficamos cá, de certeza. Isso tem, sobretudo, a ver com a relação que temos uns com os outros. E nós tínhamos uma relação sempre muito boa com a mulher da minha vida, que era a minha mãe. A minha vida pessoal e profissional tem tido coisas menos boas, mas nunca teve coisas más, para que eu quisesse apagar algum ano. E qual aquele que quereria replicar, em abundância, na sua vida? Como que um presente… Do passado não replicaria, pois eu não sou pessoa de olhar para trás. Gostaria de ter, ainda, a possibilidade – e luto por isso – de continuar a fazer aquilo que faço e com quem gosto de fazer. Por um lado, são os músicos e, por outro, a minha famílias. Essas são as minhas esperanças de vida (risos). Anos especiais, para mim, houve muitos para estar a eleger um só! Como o nascimento de filhos, que são logo cinco; paixões; músicas novas; e outras coisas boas que muitas vezes não vêm na comunicação social ou dado que têm um carácter particular. Há um rapaz do meu tempo, chamado Paul McCartney, que disse uma vez algo muito engraçado: “os melhores momentos nos The Beatles ninguém os filmou” (risos). E é muito verdade! As músicas que muitas vezes criamos entre amigos e com os nossos músicos não fica registada. Integrou os «Sheiks», que era considerada a banda “Beatles Portuguesa”. Dado que todos os membros seguiram a música, por que a saudade nunca foi combatida para permanecerem como grupo? Eu posso responder por mim. Eu realmente ‘saudade’ só tenho do futuro. Do passado não. (risos) Foram coisas boas e muito boas as que fiz, e outras normais. Não sou um falso modesto: para serem 60 anos disto e para o pessoal me aturar, devo ter feito algo engraçado. (risos). Nós reformulámos, anos mais tarde, o regresso: era mais uma peça de teatro do que o tocarmos juntos. Mas tocávamos, logicamente. E era uma peça porque contávamos histórias e recordações dos Sheiks em cima do palco e todos nos ríamos muito. Nós e o público. Acho que isso é outra parte importante da nossa vida: sabermos rir de nós próprios. Porque se leva tudo tão a sério! Além dos «Sheiks» também integrou o

«Só Nós Três». Em termos coletivos, sente que já deu tudo o que tinha para dar? Muitas vezes não nos lembramos – ou por falta de memória ou por a informação não chegar –mas acho que esse foi um dos espetáculos mais importantes e mais bem feito coletivamente da música que se vai fazendo em Portugal. O «Só Nós Três» comigo, com o Fernando Tordo e com o Carlos Mendes, em que misturávamos as nossas músicas. Portanto, já fiz a minha parte. Além da colaboração em tantos projetos com colegas da profissão. A propósito, fala-se já numa 6.ª vaga e após a queda da obrigatoriedade da máscara – com as suas exceções – têm surgido muitos novos casos. Depois de dois anos, ainda se sente assustado? Nos muitos últimos anos, acho que viver assusta qualquer um! Em qualquer lado do mundo e de qualquer forma. E viver é complicado e por culpa nossa, coletiva. No fundo, nós é que fazemos uns disparates que depois nos levam a ter medo de viver. É também complicado nós julgarmo-nos, porque “cada cabeça, sua sentença”. E, muitas vezes, as sentenças não são as mais corretas. Houve alguns casos destes de gestão durante esta pandemia. Mas vamos confiar que a vacinação, com a outra dose que virá, faça que “isto possa ser só uma gripezinha”, como diz aquele rapaz brasileiro muito ‘engraçado’. (risos) Neste amor à vida, de que falou, há algum lugar ou país por onde tenha passado que lhe tenha seduzido pela sua cultura de vida, pela forma de viver bem? Eu não sou uma pessoa muito viajada. No que respeita a belezas naturais, nós não devemos nada a ninguém! E do Norte ao Sul. Claro que temos lugares no mundo lindíssimos, mas eu vou mais pelas pessoas. E aí há povos de que gosto, que conheço um pouco melhor, como é o caso do de Cabo Verde. Gosto muito dessa gente. E se tivesse de escolher um outro país para viver, podia ser em Cabo Verde. Até porque eu gosto muito de andar de calçãozinho e chinelos, ao pé da praia, de preferência. (risos) Tem feito uma digressão nacional celebrando os 60 anos de carreira. O que distingue este tempo todo de tantos concertos, programas e canções? Consegue, ainda, fazer mais e diferente? Nestes dois anos pandémicos eu fiz dois discos. Tenho-os prontos. Penso que, no dizer das editoras, os CD hoje em dia não se vendem. Só se vende o Spotify. Por isso, ando à procura de ver como divulgar essas músicas que tenho. E quando refiro “divulgar” é porque para qualquer artista é mais importante ter espetáculos e concertos, do

“Fazem

que ter discos, que não se vendem. Ando a descobrir como fazer. No dia em que nos cansarmos de descobrir coisas é aí que paramos. Agora, há muita coisa para fazer. Depois, o pessoal com quem trabalho é bem mais novo do que eu e isso é muito bom. Se eles têm vontade de aprender com os mais velhos, como é o caso, eu tenho muita vontade de aprender com os mais novos. Ainda que, como diz o filme, “este país não é para velhos”. (risos) Nós não vivemos no Oriente, onde têm mais respeito pelos mais velhos. Até os africanos, em algumas áreas, em que têm respeito pelo conhecimento e saber dos mais velhos. Neste Ocidente que criamos, Europa e EUA, não o temos… É o salve-se quem puder e o que vale é o dinheiro. E então qual aquele valor para si imprescindível, que não o dinheiro, que nem sempre vale? Ora bem, nós aparentemente conquistamos – com o 25 de Abril – a Liberdade. Mas esquecemo-nos, muitas vezes, da responsabilidade. E dizer isto é quase um slogan. A liberdade sem responsabilidade é algo muito complicado. Cada vez mais isso acontece… Quanto ao valor, reforço o respeito pelos outros e o amor por muita gente de quem gosto – não o posso ter por toda a gente. E isso é fundamental para que possamos viver bem connosco próprios. Tenho tudo isto pela minha família e fazemos por ser cúmplices uns dos outros, em falarmos de tudo e em estarmos juntos. Por exemplo, nestes dois anos em que grande parte não saímos de casa, temos de tirar as coisas boas das más que nos acontecem. Ou seja, juntamo-nos à mesa todos os dias. Coisa que não acontece com frequência. É cada um para seu lado dadas as suas profissões. Há que tirar partido da vida! Foi essa responsabilidade apontada que fez com que nunca se cansasse de fazer sempre o mesmo? A paixão pela música foram sempre suficientes? Eu respondo dando o exemplo duma minha cantiga. É um exagero, uma brincadeira, o que vou dizer, mas se eu não a canto as pessoas batem-me, que é a «Depois do Adeus». Eu não posso cantar esta canção, ao fim de quase 50 anos, da mesma maneira que cantei no princípio. Canto de outras maneiras, portanto não me canso. Tento inventar outras formas de fazer música, de estar na música, até porque os músicos com quem toco trazem outras ideias e permitem-me isso mesmo. Por isso, cansar ainda não me cansei. Às vezes há algo que me cansa e que me leva a uma certa revolta e que é preciso ter algum cuidado, no meu caso. E esse algo tem a ver, por vezes, com o que me rodeia em termos profissionais, desde a informação às redes sociais. A tendência atual é as pessoas lerem qualquer


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CULTURA ENTREVISTA

mos uns disparates que depois nos levam a ter medo de viver” coisa no facebook e não fazerem um esforço por entender bem o que leem e, de seguida, respondem com um comentário feito de qualquer maneira. É nesse sentido que, por vezes, o que me rodeia não é muito bom e me leva a pensar três ou quatro vezes. Mas daí a desistir, não é bem o caso. Talvez modificar alguns comportamentos, isso sim.

esta Rússia – e não me refiro ao povo, que não tem nada a ver, mas ao Governo do Putin – não me é simpática, nem pouco mais ou menos. Voltando à música, é um daqueles artistas que antes dos concertos faz muitas exigências do que ter ou não nos bastidores? Quais os costumes, rituais e/ou superstições que tem nessas alturas? Não tenho rituais nem superstições. Quanto às exigências, devo dizer que às vezes sofremos com as pessoas que tratam das nossas coisas e que não sabemos o que exigem em nosso nome, quando nós não pretendemos nada disso. Já fiquei muitas vezes sem trabalhar com agentes, com promotores de espetáculos, por via de exigências que fazem em meu nome que não sou eu que as faço!

E nesta digressão que há pouco referida, um dos últimos concertos dados foi no dia 30 de abril, em Gondomar. Como o descreve? Foi um igual aos outros ou teve algo de especial? Os concertos nunca são iguais, ainda que o façamos com um princípio igual no seu reportório, que é aquele que as pessoas querem ouvir. Muitas vezes os artistas com quem tocamos levam-nos por outros caminhos, dentro das mesmas músicas e esse improviso faz a diferença. Portanto, em Gondomar foi especial, também por isso. A parte que eu gosto mais é ver a reação do público, que foi muito boa! Não sei se foi a primeira vez que atuou em Gondomar e se essa reação do público o surpreendeu ou não, se já contava com ela, pois diz-se que no Norte é mais caloroso… Eu já tinha atuado em Gondomar. Mas não quero fazer aqui divisões no país, como muitos fazem sobretudo no futebol. (risos) Eu gosto muito do Norte, e não estou a dar graxa, pois o meu pai e o meu avô eram do Porto, da freguesia de Santo Ildefonso. Eu e a minha mãe é que somos de Lisboa. Contudo, é muito mais fácil cantarmos de Aveiro para cima, porque as pessoas são mais espontâneas e não ficam tão envergonhadas. O nortenho ou nos dá a camisa ou nos manda àquele sítio. Não há outra forma de dizer isto. Esta frontalidade é o que eu gosto mais: as pessoas são diretas, não perdemos tempo. Depois de tantos anos, o Paulo continua a perguntar-se: “quis saber quem sou, o que faço aqui”? Já sabe quem é e o que faz por cá? À parte dos primeiros anos da minha vida e que não tiveram a ver com o 25 de Abril, eu sempre soube por onde andei e o que estou a fazer. Esclareça-se que não fui em quem escreveu essa letra, mas o José Niza. Relacionou-se com questões dele quando lutava em Angola, na dita Guerra do Ultramar. Esses versos fazem sentido e vai continuar a fazer sentido colocarem-se estas mesmas perguntas da letra. Muitas vezes estamos bem e depois passamos a modificar a nossa vida. Ou a nossa vida modifica-se, por motivos vários, e temos necessidade de sabermos quem somos e o que fazemos aqui. Não é bem o meu caso, embora eu não seja uma pessoa cheia de certezas, antes pelo

Exigências de que ordem, por exemplo? Tipo vinhos especiais, queijos especiais, toalhas chiques, etc.. Não é nada o meu género! Eu preciso de ter o mínimo de condições, como que um café e uma água, nada mais. O resto não preciso. Até porque, muitas vezes, nós jantamos a seguir ao concerto e aí teremos o vinho e o queijo.

contrário! Até porque detesto ter certezas, mas sei minimamente o que faço. E por que detesta ter certezas? Porque, normalmente, as pessoas que têm certezas são um bocado chatas, são aquelas que nunca se enganam, que sabem tudo e que se apresentam com alguma arrogância. Mas não é preferível ter algumas, do que ter muitas mais dúvidas? Ora bem. Eu tenho algumas certezas na vida, mas prefiro ser uma pessoa de dúvidas do que de certezas. Isso é também uma forma de humildade, ou não acha? E sente-se como tal? Há pessoas que apregoam a humildade mas, verdadeiramente, não a têm. É como na política: há pessoas que se dizem à direita e têm princípios muito mais à esquerda do que direita. E onde se situa o Paulo, tendo em conta que compôs o hino do PPD, a convite de Sá Carneiro? Volta a fazê-lo?

Sim, voltava. E estamos a falar de há 50 anos: teve a ver com o que era o PPD-PSD naquela altura, em que a sua linha programática era mais à esquerda do que a do PS. Eu considero-me uma pessoa de esquerda. E não sou comunista! Fazia sentido estar mais próximo daquele PPD e, aliás, aquilo que a letra canta é o que continuo a pensar hoje: “Paz, pão, povo e liberdade. Todos sempre unidos, no caminho da verdade”. Que é o que me interessa e que continuo a cultivar! Nesta verdade cada vez mais esclarecida, não fica até indignado ao vermos o PCP num género de aliança pró-russa, em plena guerra despoletada pela Rússia? Eu ainda estou um pouco surpreso com a tomada pública do PCP, acreditando que possam ter algumas razões naquilo que dizem. Mas depois há algo que ultrapassa isto tudo: os milhares de mortos que os russos já provocaram na Ucrânia!... Por isso, é-me difícil aceitar aquele tipo de justificação do PCP em relação ao que se está a passar. E

Sendo um dos grandes obreiros e participantes na História dos Festivais da Canção, como vê/analisa o virar da página nacional no estilo atuante da Eurovisão, desde o Salvador Sobral, passando pelos The Black Mamba e, agora, a Maro? Isso é a música nova portuguesa. Agrada-me a maioria das coisas. Felizmente nós vencemos um festival da Eurovisão com uma cantiga que o Salvador cantou, da autoria da sua irmã Luísa. A partir dali há coisas melhores, como há coisas menos boas. Mas é a música portuguesa, neste momento. Quanto à Maro, e eu já a conheço antes de ela ser tão conhecida – porque vi trabalhos dela com outros artistas –, acho-a com muitas possibilidades artísticas, com uma boa música, e vai ter o seu caminho. Que já o tem. A vida de todos nós, músicos, é feita de muitos festivais. Uma vez dá certo e outras vezes não interessa a ninguém. Por último, uma mensagem final que queira deixar para encararmos melhor este mundo difícil em que vivemos… Eu sei que tudo é difícil, mas não deixem de ler! De ler mais e mais. Não liguem só às redes sociais. Leiam livros, leiam as opiniões dos outros, leiam as entrevistas, leiam os artigos que vocês escrevem. Isso é importante para as pessoas saberem da sua própria vida e não se deixarem levar pelas opiniões dos outros. ■



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DESPORTO

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A 7ª MEIA-MARATONA D`OURO RUN GONDOMAR TRANQUILIDADE está de volta! Gondomar irá receber no dia 12 de junho, a 7ª edição da Meia-Maratona D´Ouro Run Gondomar Tranquilidade que se vai realizar na estrada marginal do Município, entre Valbom e Foz do Sousa - Esposade, uma organização da EventSport e do Município de Gondomar. “A Douro Run é a prova rainha do Atletismo em Gondomar e esperamos que este ano seja um êxito na senda dos outros anos , mas se possível superar as expetativas”, diz José Fernando Moreira, vereador do desporto. O responsável acrescenta ainda o seguinte: “Nesta edição procuramos elevar a fasquia em termos competitivos , introduzindo prémios monetários para atrairmos atletas com mais qualidade. Vamos fazer também alterações no percurso da corrida e da caminhada, assim como o local de partida para dar mais qualidade à prova”. Depois do sucesso alcançado nas seis edições que confirmou e ultrapassou todas as expectativas e com elogios á organização por parte dos atletas e caminhantes, a organização decidiu renovar a sétima edição que contém a Meia Maratona D´Ouro Run Gondomar com 21.097Km, a Mini Maratona de 10 Km e a Caminhada de 5 Km que têm como pano de fundo a extraordinária beleza do Rio D`Ouro.

Ao longo do percurso os participantes serão contemplados com paisagens únicas e com um microclima propício à prática do desporto. Sobre o percurso, a organização explica que é rápido e plano, ideal para os participantes melhorarem as suas marcas pessoais. Todos os corredores dos 21 Km e 10 km que cruzarem a linha de chegada de forma legal e que estiverem legalmente inscritos, receberão uma medalha de participação. Os Participantes da Caminhada de 5 Km também têm direito a medalha de participação.Os prémios individuais (Troféus)

são atribuídos aos 3 primeiros classificados de cada escalão. As três melhores equipas também serão premiadas com um troféu e haverá ainda um troféu para a equipa mais numerosa. Todos os participantes têm direito a Medalha de Participação, T-Shirt Técnica, Dorsal, Água Vitalis, Seguro Desportivo Tranquilidade, Diploma de Participação, Massagem e assistência médica do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. Se ainda não realizou a sua inscrição, pode-o fazer até ao dia 11 de junho, através

dos seguintes sites: em www.dourorun.pt ou em www.eventsport.pt. O pagamento pode ser efetuado por multibanco (MB) e em numerário num dos seguintes locais: EventSport - Rua da Bélgica, 2340 4400053 Vila Nova de Gaia. As inscrições em numerário nos seguintes locais terminam a 4 de Junho, depois desta data as inscrições serão efectuadas no local de entrega de kits. As inscrições poderão ainda ser feitas no dia de levantamento dos kits. (Ao valor da inscrição acresce uma taxa de ultima hora no valor de cinco euros). ■

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DESPORTO

DUPLA JOÃO GONÇALVES/ EQUIPAS DE GONDOMAR RUI ARAÚJO fazem contas ao balanço sagra-se campeã do Rali da temporada de Gondomar

Juventude Portelinha é tri-campeã do Inatel do Distrito do Porto

O Rali de Gondomar regressou às estradas de Gondomar e Paredes, sendo pontuável para o Campeonato Start Norte de Ralis, Desafio Kumho e Prova Extra. O primeiro lugar do pódio foi ocupado pela dupla João Gonçalves/Rui Araújo, que sagrou-se vencedora desta edição, ao volante de um Honda Civic. Esta foi a 16ª edição do Rali de Gondomar, caracterizando-se por ser a única prova de ralis que se realiza no Grande Porto, com a organização a cargo do Gondomar Automóvel Sport em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar. Foram 38 as equipas admitidas à partida que competiram em troços de asfalto, num total de 45,05 km, na região de Gondomar e Paredes, aumentando o número de participantes relativamente a 2021. “O Rali de Gondomar teve um resultado final muito positivo e marcou o regresso das apresentações públicas do evento e da emblemática Super Especial. O Rali de Gondomar caracteriza-se por ser a única prova de ralis que se realiza no Grande Porto, pelo que possui todas as condições para aumentar o seu reconhecimento e notoriedade no mundo do desporto local

e nacional. Foram registadas 48 inscrições na prova, aumentando o número de participantes relativamente a 2021”, referiu o vereador do desporto, José Fernando Moreira. Quanto ao futuro, o vereador acrescenta ainda o seguinte: “Pretende-se trazer para o evento algumas atividades que permtirão que o leque de espetadores alargue dos amantes dos desportos motorizados para toda a família. Para isso, pretende-se trazer para o Rali de Gondomar atividades para as crianças, DJ para os mais jovens, e zonas de alimentação e comércio. É objetivo do clube que o próximo rali de Gondomar se estenda para as corridas de arranque, desfile de clássicos e a presença de veículos e figuras do desporto consideradas mediáticas. O objetivo para o próximo Rali de Gondomar é manter o profissionalismo, garantindo que a segurança da prova é o aspeto primordial de todo o evento, contudo, pretende- se que a prova se traduza num evento mediático que traga para as ruas de Gondomar o maior número de população possível e que o ambiente de festa seja notório. Queremos que o 17.o Rali de Gondomar seja a todo o GAS!” ■

É já este fim de semana!

No Patamar mais acima, no Campeonato de Portugal, o Gondomar SC garantiu a manutenção na penúltima jornada, vencendo o Espinho por 1-0. Na fase de manutenção do Campeonato de Portugal, a equipa que ganhou a série foi o Valadares Gaia, seguindo-se pelos gondomarenses. Descem aos Distritais Espinho e Alvarenga. Quanto à AF Porto, na Fase de Apuramento de Campeão da Divisão de Elite, a equipa B, do Gondomar SC, não conseguiu revalidar o título conquistado na época passada e terminou no último lugar desta fase. O Alpendorada terminou na primeira posição e subiu aos Campeonatos Nacionais. Já na fase de Manutenção de Elite, Série 2, o SC Rio Tinto venceu esta etapa, garantindo a sua presença na divisão para a próxima época. Na Série 3, o S. Pedro da Cova terminou em quinto o que lhe garantiu a presença na Elite, para a próxima época, ao invés do Gens que terminou na penúltima posição descendo para a Divisão de Honra da AF Porto. Na Série 4, o Sousense garantiu a sua presença para a próxima temporada, terminando na quinta posição.

É neste fim de semana, mais precisamente no dia 22 de maio, que irá decorrer nas serras de Medas, o Trail Serra das Flores, uma iniciativa que, através do desporto, pretende dar a conhecer a beleza escondida da Serra das Flores. Segundo a organização, devido às condições meteorológicas previstas para o dia do Trail, a organização decidiu antecipar o horário de saída das provas por forma a evitar os horários de maior calor. Assim ficam definidos os seguintes horários: TRAIL - 21 km: 08h30; MINI TRAIL - 11 km: 09h00; CAMINHADA - 7 km: 09h10; e CÃOMINHADA

Na Divisão de Honra da AF Porto, Série 1, o CA Rio Tinto, terminou no 13º lugar garantindo a sua presença nesta divisão para a próxima temporada, com o mesmo destino, mas na série 2, ficou o Ataense e o Estrelas de Fânzeres que terminaram na mesma posição. Na 2ª Divisão, Série 2, o Melres DC terminou num honroso quarto lugar, ainda assim, fora dos lugares que garantiam a sua subida de divisão. Na Liga Inatel do Porto a Juventude de Portelinha foi Tri-Campeã. Na Final do Campeonato em que disputavam os dois vencedores das duas séries, que se realizou no Estádio de Inatel (Ramalde), a Juventude derrotou os também gondomarenses do Ermentão, nos penaltis por 3-2, após o empate no tempo regulamentar. As restantes equipas gondomarenses do Campeonato Inatel terminaram nas seguintes posições: Série A, Aguiar (2ºLugar); Covelo (4ºLugar); Alunos Meirim (8ºLugar). Na Série B: Dragões Valboenses (4ºLugar); CS Soutelo (6ºLugar); Gondomar Futsal (7ºLugar); SC Montezelo (11ºLugar). ■

- 5 km: 09h15. Os levantamentos dos dorsais podem ser realizados nos seguintes dias e locais: Dia 19 e 20 - Mercado das Viagens Gondomar 14h30 às 21h00; no dia 21, na Escola Básica e Secundária à Beira Douro, Medas, entre as 14h00 às 20h00; e no dia 22, na Escola Básica e Secundária à Beira Douro, em Medas, entre as 07h00 e às 09h00. No dia, estarão presentes no local os embaixadores deste Trail, são eles: Lígia Freitas, António Rocha, Pedro Barros, Lucinda Sousa, Miguel Lopes, Flor Madureira. O Speaker Oficial é o Joca. ■


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CREMILDE VIANA: “Vamos quase a meio do segundo trimestre e realmente, foi o melhor de sempre”

Há sete anos que a agência Viagens Gondomar tem prestado os melhores serviços e preços do mercado aos seus clientes. Esta empresa gerida por Cremilde Viana, destaca-se no mercado pelo serviço próximo e personalizado. Situada em São Cosme (Gondomar), mais precisamente na Rua 5 de Outubro, a empresa possui um vasto leque de ofertas, desde turismo nacional, bem como internacional. O importante é ter a vontade de viajar, para que a equipa da empresa possa personalizar o melhor programa para o seu cliente, conforme os seus desejos e necessidades. Após dois anos, em que o turismo esteve prejudicado devido às restrições, 2022 promete ser o ano em que os ventos começam a soprar a bom porto. Para Cremilde a prova disso é haver já destinos para este verão com partidas praticamente esgotadas, bem como unidades hoteleiras. “Vamos quase a meio do segundo trimestre e realmente foi o melhor de sempre”. “Este ano, a oferta duplicou mas a procura também acompanhou a tendência”, explica a empresária, “havendo sempre alternativas como o nosso Algarve, e as nossas ilhas”. “A nível internacional os destinos mais procurados são Cabo Verde, Djerba, Menorca, Benidorm e as típicas Caraíbas. Regressou o Egipto e temos uma novidade o Senegal, um destino que promete ser imperdível, com a inauguração de um resort da marca RIU. Os destinos estão com as restrições aliviadas bastando o certificado digital para viajarem tranquilos. Para quem

não é vacinado, obviamente mantem-se a apresentação de teste negativo à Covid-19". Para além destas opções, Cremilde diz que a Disneyland é dos destinos com "mais procura o ano inteiro, e já temos reservas para Março 2023". Quanto ao final do ano, a proprietária avisa que há destinos que já começaram a ser reservados, como por exemplo, o Funchal. O conselho é reservar com a máxima antecedência. Para obter mais informações a agência optou pelo regime de marcações. “Nós alargamos os nossos horários, estamos agora das 10h às 20h. Aos sábados estamos a sair às 15h”, acrescenta Cremilde. Estas marcações podem ser realizadas através das redes sociais, ou por telemóvel (+351934337203). Cremilde Viana sublinha ainda que, nesta fase os orçamentos são só presenciais pelas oscilações constantes de informações, disponibilidades e preços. Cremilde destaca ainda que o objetivo da sua empresa, depois destes dois anos, é mudar mentalidades e estratégias, em benefício do cliente realmente interessado nos nossos serviços. Para o futuro, a proprietária reforça que “é preciso viver e não deixar para o amanhã o que se pode fazer hoje, porque o tempo passa e os últimos dois anos mostrou-nos que não sabemos nada do amanhã”, por isso é necessário aproveitar o presente. Cremilde deixa ainda uma mensagem para os seus clientes: “Quero agradecer a todos os meus clientes que estiveram e estão comigo e a forma de o fazer é privilegia-los e premia-los cada vez mais”. ■


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SÉRGIO SOUSA:

“O mais difícil foi chegar aqui… agora, é manter o que conquistamos e continuar a crescer, sem nunca esquecermos de onde viemos e para onde queremos ir!” Este ano, a loja do Talho do Povo situada na Avenida 25 de abril, em Gondomar, comemora dez anos. Estivemos à conversa com o proprietário Sérgio Sousa que nos revelou todos os detalhes sobre o seu sucesso. Quando olha para a vossa história, para estes 10 anos, o que é que mais o orgulha? O que mais me orgulha é ver diariamente o crescimento consistente em todas as áreas envolvidas deste projeto. Quer a nível pessoal, profissional, empresarial, familiar e acima de tudo, o crescimento individual de cada um dos “filhos” do Talho do Povo, que ao nosso lado, crescem igualmente de forma sólida e gradual, acompanhando assim um todo, de sucesso. Não esquecendo nunca as equipas de colaboradores que todos os dias trabalham dedicadamente, para a prosperidade e profissionalismo dos Talhos do Povo. Este trajeto foi fácil? Nada na vida é fácil, sem trabalho e dedicação nada se constrói. O sucesso não cai do céu, pelo menos para nós, não caiu! Sai das mãos de cada um de nós, sai do trabalho diário. Sai da falta de acomodação às coisas…queremos sempre mais e melhor! Quando vêem tudo o que conquistaram, como se sentem? Valeu, vale e valerá sempre o esforço que fizemos e continuaremos a fazer, isto é a nossa vida. Abdicamos de muitas coisas para atingirmos este nível. Não é um ramo fácil. Muitas horas mal dormidas, muito trabalho, muitas responsabilidades, muitas famílias para garantir o bem estar. O mais difícil foi chegar aqui… agora, é manter o que conquistamos e continuar a crescer, sem nunca esquecermos de onde viemos e para onde queremos ir! Crescer de forma sustentada, honesta e com a mesma humildade de sempre. Como é que se mantém a qualidade do vosso nome, ao longo de uma década? Costumo dizer que, nem o céu é o limite…temos de sonhar e querer sempre mais e melhor. Não me acomodo aos objetivos alcançados. Ora se alcancei…já estou a pensar no próximo. Sem nunca descuidar a qualidade dos produtos, a relação com os fornecedores e principalmente o compromisso com os nossos clientes – Qualidade e preço, é o nosso lema! Acredita que o sucesso da sua empresa deve-se à equipa que construiu ao longo destes anos?

Também, sem dúvida. Juntos somos imensamente mais fortes. Unidos no mesmo propósito dá um sabor peculiar a cada conquista, a cada vitória! Tenho ao meu lado o alicerce da parede mestra, o meu grande pilar de apoio, na construção principal deste “castelo”, a minha esposa Liliana Azevedo, uma Mulher que ao meu lado lutou e luta comigo nas mesmas frentes, trabalhou diariamente ao mesmo ritmo, abdicou juntamente comi-

go de outras tantas coisas para chegarmos onde estamos. E isso sim, dá outro ânimo, outra adrenalina, outros objetivos e sonhos. E assim continuaremos com certeza, uma dupla imbatível. O que é que espera para os próximos 10 anos? Crescimento exponencial, claro! Como disse anteriormente, quando um objetivo é alcançado, é mantê-lo, trabalhá-lo e pensar

no próximo. Em breve, haverá novidades… Que mensagem têm a deixar aos vossos clientes que todos os dias, ao longo destes anos, estiveram ao vosso lado a fazer esta caminhada junto à vossa equipa. A mensagem será sempre a mesma. Estamos cá para satisfazer os nossos clientes, onde a qualidade e preço será sempre o lema desta casa! ■


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PARCERIA TRIPARTIDA

em prol de uma boa causa: As famílias Portuguesas A Q8, juntamente com as Águas Caramulo, formalizaram este mês uma parceria que tem o intuito de ajudar a Cruz Vermelha Portuguesa. Uma parceria tripartida que tem um objetivo comum, ajudar uma causa social. Atualmente, a Q8 possui 50 postos de combustível espalhados pelo país, mas foi em Gondomar, mais precisamente em Baguim do Monte que o grupo decidiu formalizar esta parceria. O intuito é a Q8 disponibilizar nos seus estabelecimentos a venda das Águas Caramulo e o cliente ao comprar uma garrafa, parte do valor é entregue à Cruz Vermelha. Para este intuito foi desenvolvido um layout para ajudar os clientes a identificar mais facilmente estas embalagens: “Pretendemos em todas as lojas do país promover e divulgar o cariz da causa, bem como o protocolo realizado que pretende apoiar a Cruz Vermelha”. Para a empresa, a sua vertente solidária “faz parte do seu ADN. Desde sempre apoiamos não só as instituições de bombeiros locais, como outras instituições que necessitavam de apoio. Fomos sempre solidários com os pedidos que nos foram fazendo. E este, fez para nós, todo o sentido e, uma vez que estamos numa fase de expansão a nível nacional, divulgar a marca Caramulo, que é uma marca que está novamente a ser relançada e nesse sentido, disponibilizámos as nossas lojas para fazer esse apoio à marca”. Quanto à parceira, o responsável da Q8 está “muito satisfeito” e acrescenta que espera “que o resultado das vendas seja grande, para que o objetivo seja atingido”. Para o representante da empresa Águas do Caramulo, Sérgio Vaz, este projeto tem um objetivo simples, ajudar as famílias portuguesas, “Somos sensibilizados para o crescente número de pedidos de ajuda por parte de famílias que, por razão da Pandemia, se viram em situação de grande vulnerabilidade, as Águas do Caramulo promovem assim mais uma campanha com resultado na angariação de fundos para esta temática. Os valores angariados pela Águas do Caramulo revertem para o apoio às famílias acompanhadas pelos técnicos da Delegação de Gondomar Valongo da CVP.”. “Nascente, por uma causa”, é o lema principal da campanha, mas que se pretende ainda mais abrangente. Os responsáveis acrescentam ainda que, “Esta parceria, coincide com o lançamento recente da nova imagem da Águas do Caramulo, onde o foco congrega, ainda, a responsabilidade ambiental, pois no seu portfólio já existe produção de garrafas com materiais 100% reciclados”.

Sandra Lourenço, representante da Cruz Vermelha refere que o objetivo desta iniciativa é utilizar a percentagem das águas vendidas pela Caramulo, com o objetivo da associação ser “auto-sustentável, não queremos estar dependentes de donativos. E a Q8 também ganha em termos de responsabilidade social”.

Segundo a responsável, “O fator lucro aqui não é a questão mais importante. Aqui a questão solidária tem um peso na decisão. O valor das águas é o mesmo, os consumidores não têm que pagar um valor mais alto para contribuir. Portanto, há o valor base, onde nós retiramos a nossa parte para conseguirmos fazer face a to-

dos os pedidos que vamos recebendo”. “É óbvio que a Água solidária abrange toda a área de Portugal e portanto, alguém que compre uma garrafa desde Vila Real até ao Algarve, passando pelas ilhas e que tenha o símbolo da Cruz Vermelha associado, está a ajudar a Cruz Vermelha”, explicam os responsáveis. ■


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Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto.

Espaço Jurídico A VIOLÊNCIA MORAL NO LOCAL DE TRABALHO

A violência moral no local de trabalho tem grande importância na prevenção dos riscos profissionais e na promoção da saúde dos trabalhadores, se atentarmos nas consequências dela para as vítimas, as famílias, as empresas, a sociedade e o Estado. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera a violência, a par do stress, do álcool, do tabaco e do HIV/Sida, como um risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, em todo o mundo. Há inúmeras situações que podem gerar violência sobre os trabalhadores, entre as quais: falta de pessoal, originando sobrecarga física e mental de trabalho e trabalho suplementar; frustração individual, devido à ambiguidade, confusão e conflito de papéis (falta de definição de funções e responsabilidades); incerteza quanto ao futuro da empresa ou dos negócios e consequente receio quanto ao futuro dos postos de trabalho; reestruturação da empresa, levando à eliminação de postos de trabalho e ao despedimento de pessoal excedentário; greves e outros conflitos de trabalho, a par da dificuldade ou incapacidade de negociação entre a adminis-

tração e os representantes dos trabalhadores; práticas de gestão autocráticas ou arbitrárias; falta de oportunidades de participação e consulta dos trabalhadores; frequência e gravidade dos acidentes de trabalho. Esta situação tem consequências negativas para a saúde, física e mental, das vítimas; leva à quebra das relações interpessoais, criando um clima de conflito latente; afecta a organização do trabalho e o desempenho profissional, a produtividade e a qualidade do trabalho; contribui para deteriorar o clima organizacional; pode ter um efeito de bola de neve na vida pessoal e familiar da vítima. O médico de família e o médico do trabalho, bem com os demais profissionais de SST, podem e devem ter uma intervenção qualificada perante situações concretas Pode “colocar-se um funcionário na prateleira”, isolá-lo num gabinete, proibi-lo de contactar com o público, esvaziar de conteúdo as funções que lhe estavam atribuídas, atribuir-lhe tarefas difíceis, acima do nível de competência e experiência dele, ou privá-lo de recursos essenciais, como o computador. A vítima, ao fim de meses, ou de anos, de assédio, acaba por ser compelida a pedir a demissão, ou pode cometer um erro grave, que dê origem a um processo disciplinar. Esta situação é uma fonte potencial de conflitos e, nalguns casos, de assédio moral. A Inspeção-geral do Trabalho pode e deve intervir em situações de assédio moral no trabalho. ■



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Joana Resende PS Em Novembro de 2021, e aqui mesmo neste espaço, falava da descentralização de competências, tema que surgia nas propostas do Governo de então, e que face ao claro voto de confiança dos Portugueses na últimas eleições legislativas, volta à discussão e de forma acutilante assertiva. Referia na altura que à luz da História, em vários países da Europa Ocidental assistiu-se a um processo de reformas que levaram à criação de regiões. O pressuposto era claro, já que se tratava de uma clara vontade de modernizar os sistemas administrativos nacionais, em consonância com vontade expressa de contrariar uma tendência de centralização às vezes em desacordo ou mesmo contrária aos interesses regionais.

Maribel Fernandes PSD Mais uma vez continua este executivo, apesar do seu tempo de governação, a não conseguir mostrar aos Gondomarenses que é capaz de cumprir o seu próprio programa e o seu Orçamento. Não surpreende a evolução das contas e da gestão em geral. Foi facilmente percetível o resultado, pois, foi notório a dificuldade que este Executivo teve em implementar o seu programa. Se atendermos ás taxas de execução de algumas rubricas, verifica-se que não terá existido rigor na

Pedro Carvalho CDS-PP Na Assembleia Municipal de Gondomar (AMG), realizada no passado dia 27 de Abril de 2022, realizada no Auditório Municipal, o Grupo Municipal do CDS Gondomar apresentou à discussão e votação dos Deputados Municipais e Presidentes das Juntas de Freguesia, uma Moção que propõe ao Executivo Municipal de Gondomar a criação de uma base de dados centralizada na Protecção Civil da Câmara Municipal de Gondomar, que permita referenciar todos os locais que são problemáticos em termos de circulação rodoviária no Concelho de modo a serem intervencionados. O CDS de Gondomar plenamente consciente que muita da Sinistralidade e da Mortalidade Rodoviária que se regista no nosso Concelho pode ser significativamente reduzida, e desta forma salvar vidas humanas, reduzir o número de lesões e sequelas corporais das vítimas, mui-

Paulo Silva CDU Aofimdequaseumadécadadelutaéfinalmentepossível desagregar as freguesias forçadamente unidas. Para todos aqueles que nunca aceitaram uma imposição feita à régua e esquadro pela malfada lei “Relvas” este é o momento para recuperar o fôlego e avançar. Recordemos que em 2013 Gondomar viu as suas doze freguesias reduzidas administrativamente a

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

A CAMINHO DO PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO Assim, pela experiência internacional, era expectável que este fosse um assunto já ultrapassado internamente. No passado mês de Abril, realizou-se uma reunião do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), de forma a analisar a Proposta de Orçamento de Estado 2022 (OE). Segundo a ANMP, há uma clara preocupação em garantir o real financiamento da descentralização de competências, com valores devidamenten atualizados, e que reflitam o aumento de custos derivados desta nova realidade, nomeadamente dos bens materiais, recursos humanos, transportes e refeições escolares. Também é verdade que, pela primeira vez, há num OE proposta para Fundo de Financiamento da Descentralização, mas dado momento que vivemos, foi claro na reunião que há necessidade em rever os valores atribuídos ao fundo. Acima de tudo, e o que a ANMP pretende (já com reuniões agendadas com o Governo e membros da Assembleia Municipal), é que se

possam criar medidas que mitiguem o impacto da inflação e do constante aumento de preços da energia, dos combustíveis e das matérias-primas. Nas palavras de Luísa Salgueiro, Presidente da ANMP, a associação "concluiu recentemente uma ronda de auscultação dos autarcas do continente, recolhendo as experiências e dificuldades de cada um. E, como em tudo na vida, há relatos positivos e há dificuldades que teremos de ultrapassar. Mas há, antes de mais, vontade dos autarcas de fazerem este caminho." À realidade do nosso Concelho, "Gondomar tem sido um exemplo nessa matéria, nomeadamente tendo aceitado a delegação do Governo na área de educação desde 2020 e que, com a colaboração e o envolvimento de toda a comunidade educativa, decorre da melhor forma" (Presidente Marco Martins). Também pela experiência de 8 anos à frente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, o nosso edil contribuiu de forma ativa para que Gondomar fosse o Concelho que mais competências delegou

às suas juntas de freguesia, naturalmente salvaguardando todos os meios. É natural que as autarquias locais conheçam mais claramente e de forma mais aprofundada os problemas dos territórios, que sejam mais aglutinadores no momento da participação dos cidadãos, e sejam mais ágeis e imediatos nas respostas que se precisam urgentes. Luísa Salgueiro reforçou recentemente que a ANMP têm conquistado objectivos muito concretos e de forma imediata, realçando acima de tudo a convergência de todas as partes em, torno do tema da descentralização e da sua relevância para a autonomia do Poder Local. Hoje ainda mais atual, como Europa que somos, temos de assumir a nossa modernização. Temos que pensar nos desígnios do país não numa visão de curto prazo, mas a médio e a longo prazo, com estratégias que nos permitam ver um futuro mais próspero e em consonância com os países ditos mais desenvolvidos. ■

NOVAMENTE… A PALAVRA DADA E NÃO HONRADA PELO PS! previsão da receita, ou foi elaborado um orçamento em algumas rubricas com valores não realizáveis, senão vejamos: - Na rubrica de Ação Social apenas executaram 49,81%, - Na rubrica de Habitação apenas executaram 15,37% - Na rubrica de transportes e comunicações apenas houve um grau de execução de 56,59% Os Gondomarenses já sofreram e sofrem com a pandemia há demasiado tempo, e precisam que pelo menos os responsáveis políticos do nosso executivo camarário olhem para as suas necessidades mais prementes. Não se compreende como estas rubricas não tem execução mais próxima dos 100%, sendo estas os pilares dos Gondomarenses que infelizmente ne-

cessitam do apoio da nossa Autarquia para poderem ter uma vida digna, tanto mais que os resultados líquidos demonstram haver margem para isso. Os eleitos do PPD/PSD têm, sucessivamente, questionado as opções políticas e de gestão do Partido Socialista na Câmara Municipal de Gondomar vertidas nas contas apresentadas, pois consideram que estas não são as adequadas para responder às necessidades dos Gondomarenses e ao desenvolvimento sustentável do nosso concelho. Temos um caminho, propostas e objetivos diferentes do atual executivo do Partido Socialista. Contrariamente ao PS que só pretende o eleitoralismo de ocasião, O PSD dá prioridade às pessoas e ao interesse da nossa comunidade. No debate na Assembleia Municipal de 27 de abril,

CDS – OPOSIÇÃO CONSTRUTIVA, PELA POSITIVA! tas das quais depois permanecem com as pessoas para o resto das suas vidas, e também salvaguardando os bens materiais e as viaturas dos envolvidos nos acidentes. A verdade é que começam a sobressair em diferentes locais de Gondomar pontos críticos onde os sinistros se vão sucedendo, uns mais outros menos graves, com repercussões seja na integridade física dos intervenientes seja nos seus interesses patrimoniais, urgindo que, quem responsável, possa intervir nestas incidências críticas, mitigando-as. Em todas estas vias, persistem locais onde as incidências críticas se repetem e sem que se encontrem particularmente sinalizadas, constituindo um enorme potencial de perigo para todas as pessoas que por lá transitam. Há, contudo, e para além destes, outros locais no Concelho onde o perigo se instalou, e em que faz todo o sentido identificá-los, para que possam e devam ser intervencionados. O certo é que são já muitos os exemplos de locais cíticos no concelho, sendo tempo de o Município avançar com soluções concretas que possam ser suficientemente desmotivadoras de uma condução irreflectida, indevida e perigosa nesses locais, afastando claramente Gondomar das menos oportunas estatísticas de sinistralidade rodoviária. E porque estamos cientes das enormes limitações orçamentais

que o Município atravessa, não reivindicamos grandes gastos na sua resolução e consequente redução substancial dos acidentes registados. Aquilo que propomos é que o Executivo Municipal em parceria com as diferentes Juntas de Freguesias, Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia Municipal de Gondomar e diversas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários do Concelho, se identifique, em cada Freguesia, os diferentes pontos críticos viários, com o intuito de, uma vez estes determinados, serem intervencionados mediante a colocação de lombas e sinalização conveniente (que não necessariamente semáforos que cada vez menos se respeitam), por forma a justificar a redução da velocidade nesses locais e assim, limitar o risco de acidentes/ocorrências, melhorando os índices de sinistralidade e suas repercussões na integridade física e nos prejuízos materiais dos Gondomarenses. O Grupo Municipal do CDS, apresentou assim mais uma proposta credível e exequível, que temos vindo a apresentar em todas as Assembleias Municipais desde o início deste mandato Autárquico, como por exemplo, a redução do IMI, da Derrama, a descida da taxa municipal de retenção de IRS, a Isenção de pagamento das

DESAGREGAR AS FREGUESIAS É POSSÍVEL! sete, sem que as populações tivessem qualquer voto na matéria. Quase uma década depois da implementação desta medida e apesar de ter tido condições para o fazer antecipadamente e com um consenso mais alargado, o PS - no governo -, pressionado para dar resposta, aprovou finalmente a lei que permite a desagregação das freguesias. Contudo, a contragosto, o PS fê-lo de forma a que o processo não seja nem simples, nem coerente, ditando ainda que o mesmo tem de estar concluído até ao final deste ano. Apesar disto, em muitas uniões de freguesia no país e no distrito avançam processos de desagregação. Contraditoriamente sobre este assunto, em Gondomar, paira um silêncio cúmplice e revelador. O PS, faz de conta que a lei não existe. Marco Martins,

feliz com a liderança do PS de todas as juntas nada diz, e as Juntas – todas PS – seguem a batuta do maestro! A CDU por seu lado nunca deixou de lutar pela desagregação das freguesias. Em todos os órgãos onde teve e tem representação, tudo fez para que esta injustiça fosse corrigida, não esquecendo o compromisso que assumiu com as populações. Assim, aberta a oportunidade, a CDU avançou com propostas nas Assembleias de Freguesias das Uniões para que se inicie o processo de desagregação. Apesar do esforço, apenas na União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova essa proposta foi aprovada com a união de muitos eleitos locais de diferentes forças politicas em torno desta causa comum (apesar de ainda não ter sido dado inicio ao processo). Em todas as outras foi chumbada.

o PS assumiu que em Gondomar todos os que pagam impostos são ricos porque, no seu entender, não lhes faz falta a devolução de IRS que o PSD propôs. “Quem paga impostos não precisa, quem precisa já tem apoio social”, foram estas as palavras do vice-presidente da câmara em resposta à intervenção do PSD na Assembleia. Em suma, parece que para o PS de Gondomar não existe classe média e quem paga impostos, ou seja, quem aufere um rendimento acima do salário mínimo nacional, não tem necessidade de mais. Infelizmente esta é a visão do PS em Gondomar. Uma pobreza estrutural que parece interessar e todos os outros, não merecem atenção nas suas dificuldades. ■

taxas dos parquímetros pelo menos até ao Verão, a despoluição do Rio Ferreira e do Rio Sousa, a Recuperação da Antiga Central de Captação de Água de Foz do Sousa, entre muitas outras propostas que visam o apoio concreto às Famílias e às Empresas Gondomarenses, que ainda a recuperar das dificuldades económicas provocadas pela Pandemia, enfrentam agora uma subida galopante da inflação que fez disparar o preço de todos os bens de primeira necessidade, juntamente uma subida vertiginosa dos preços da energia eléctrica, do gás natural ou dos combustíveis, que tudo junto, tem um enorme impacto na vida das Famílias e dos Empresários. O CDS de Gondomar é oposição ao actual Executivo Municipal do Partido Socialista, mas pautamos a nossa actividade política por uma oposição construtiva, pela positiva, votando muitas vezes favoravelmente propostas do Executivo Municipal, de outras forças políticas como a CDU, o Bloco de Esquerda, o PAN, ou o PS, e ao mesmo tempo apresentando propostas realistas, exequíveis e que tenham um impacto positivo na vida de Gondomar e dos Gondomarenses, porque acima do Partido, estão as pessoas e o nosso Concelho! ■

Como diz o ditado, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. Fica assim claro, quem, mantendo a sua palavra, agiu coerentemente e continua a lutar para corrigir este grave erro. Fica por outro também claro, quem, neste momento nada diz, nem faz! Este não é o momento de refletir, mas antes um momento de se agir porque é possível reverter as uniões de freguesia onde a população assim o entenda. Exista para isso seriedade e coerência da maioria PS na CMG e nas Juntas, e, de todas as outras forças politicas em cumprir a vontade das populações. Nós, eleitos da CDU tudo faremos para ver a vontade das populações respeitada e as freguesias restauradas. ■


VIVACIDADE | MAIO 2022

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

GONDOMAR: POR UM CAMINHO COM MAIS IGUALDADE No dia 17 de maio celebra-se o Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Este dia não só é importante para a comunidade LGBTQIA+, mas é um meio para sensibilizar e prevenir os preconceitos relacionados com as questões de género ou orientação sexual. Faz no próximo dia 17 de maio, 32 anos, que a OMS retirou da lista de patologias a homossexualidade, em 1990, sendo que

Portugal faz parte da lista de países que assinala este dia com o hastear da bandeira LGBTQIA+ e com várias atividades e debates sobre este assunto. Na passada Assembleia Municipal de Gondomar+ foi aprovada a moção do Bloco de Esquerda que associa o nosso concelho à celebração deste dia e que propõe entre outras coisas o hastear da bandeira arco-íris na Câmara Municipal.

Este tipo de iniciativas são importantes não só para dar visibilidade a estas questões mas para chamar a atenção de problemas que ainda subsistem nas nossas cidades. A discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género é um problema que ainda existe no trabalho e nas nossas escolas e merece ser abordado com seriedade, tendo por base iniciativas descentralizadas e camarárias.

SERÁ ESTE O TAL “POUCOCHINHO”?? Nos inícios de 2020, a Europa foi surpreendida com uma pandemia oriunda da China. Pandemia essa que ainda se mantém, mas quando começava a dar tréguas, eis que um tirano russo, de seu nome Vladimir Putin, decide invadir um país vizinho, agravando a situação de vida de todos europeus. É verdade que os quadros não têm umas cores muito bonitas, mas penso também que já seja altura de os governantes e au-

tarcas terem a capacidade de acordarem e tomarem medidas para esta nova realidade. Nos finais de 2021, em Assembleia Municipal, o CHEGA votou contra o orçamento. Uma das razões, entre outras, foi o valor do IMI a pagar pelos Gondomarenses. No nosso entender, o IMI, é dos impostos mais injustos existentes no nosso país e não tem razão de existir. Os munícipes adquirem os seus bens (os quais ao serem adquiridos, são cobrados os devidos impostos e taxas), ficando-se mesmo assim a pagar uma prestação anual para

toda a vida. Mais um imposto a sobrecarregar as famílias portuguesas. Sabemos que a Assembleia Municipal não tem as competências para extinguir este imposto. Mas este poderia ser reduzido, para a taxa mínima de 0,3 %, mas o executivo decidiu mesmo tendo margem, não o fazer. Numa altura que os Gondomarenses a par de todos os portugueses estão sufocados em impostos, taxas e taxinhas, pensamos que era uma medida importante e

OS REFUGIADOS E OS ANIMAIS Decorreu no passado dia 27 de abril, nova Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Gondomar. O Grupo Municipal do PAN Gondomar submeteu a votação uma recomendação para que famílias refugiadas da guerra na Ucrânia, que escolham o nosso concelho para encontrar refugio, possam permanecer acompanhadas dos seus animais de estimação. A referida recomendação foi aprovada por larga maioria, tendo contado apenas com abstenção dos representantes do CDS e do Chega. Ainda na mesma Sessão da Assembleia Municipal, foram a discussão as Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) de Rio Tinto, Vinhal e Atães. O PAN Gondomar vê com muito bons olhos tudo o que possa ser uma ajuda para as famílias gondomarenses melhorarem as suas condições de vida, particularmente num país onde 40% da população vive em pobreza energética e, como tal, vo-

tamos favoravelmente a constituição das referidas ARU. Em relação à ARU de Atães, durante a campanha autárquica fizemos menção a esta área do concelho, que nos parece claramente aquém do seu potencial paisagístico e até económico. Gostaríamos que o atual executivo apostasse um pouco mais nesta zona especifica, preservando as áreas ambientais em seu redor, mas criando condições para o surgimento de iniciativa privada numa lógica eco-friendly. O prolongamento do passadiço de Gramido até à praia de Marecos seria já um começo nesse sentido. No âmbito nacional, o PAN conseguiu a aprovação da redução da taxa de IVA para 6% para queijos vegan, painéis fotovoltaicos e para a reparação de computadores. O PAN deu igualmente entrada a um projeto de resolução que recomenda ao Governo a descida do IVA tanto nas rações para animais de companhia, como nos atos médico-veterinários.

Numa altura em que as famílias, por via do aumento brutal da inflação, estão estranguladas nas despesas relativas aos bens essenciais e às faturas da água, da luz ou do gás, o PAN alertou para o facto de, em Portugal, cerca de metade das famílias portuguesas serem detentoras de animais de companhia. Isto significa que também as despesas com os mesmos deviam ser alvo de revisão por parte do Governo, algo que não se verifica no Orçamento do Estado apresentado. É de relembrar que em Portugal a ração para animais de companhia continua a ser taxada a 23% sendo que, por exemplo em Espanha, é aplicada uma taxa de 10%. Outra preocupação do PAN prende-se com as associações de bem-estar animal como, por exemplo. as associações zoófilas para as quais o aumento do preço da alimentação ou dos cuidados de saúde decorrentes da inflação assumem valores incomportáveis.

o sinal que recebemos do Estado português é que se está a ganhar demasiado, que esse aumento não nos pertence, mas sim ao Estado. Valerá a pena o esforço? As gerações mais novas dizem que não. Com emigração e taxas de desemprego jovem na ordem dos 20%, o sinal é claro: em Portugal não compensa trabalhar ou sonhar. A Iniciativa Liberal propôs uma única taxa de IRS para todos aqueles que ganham abaixo de 1300€ líquidos. Se no passado criticavam a taxa única porque, ao beneficiar todos, também beneficiava os ricos, neste caso falamos apenas dos portugueses que

têm de se desenrascar todos os meses para viver remediados em Portugal. O PS não aceitou. Qual é a desculpa para não baixar os impostos aos que ganham menos? Os municípios podem devolver parte do fruto do trabalho às famílias (até 5% do IRS) e com isso dar uma ajuda aos orçamentos familiares. Em 2008, 44 municípios já faziam a devolução. Em 2022 são 171. Gondomar não é um desses. Na última reunião de Assembleia Municipal, a 27 de Abril, aquando de uma discussão sobre as contas do município, o vice-presidente Luís Filipe Araújo, explicou bem a visão do PS sobre o tema:

OS POBRES E OS RICOS Deveria ser possível subir na vida pelo trabalho. Em Portugal, isso é cada vez mais difícil. O socialismo vigente não permite que o trabalho compense. O Estado taxa o trabalho como quem taxa o uso ou a compra de algo que quer desincentivar. Através de cada vez mais escalões de IRS, o sistema fiscal português esmaga os trabalhadores e todos aqueles que queiram viver do fruto do seu suor e empenho. Quando alguém passa de um salário de 800€ para 900€ brutos, metade desse aumento vai para o Estado. Metade. Ao mínimo sinal de melhoria de vida que se possa vislumbrar,

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Sara Santos BE Por isso é com bom grado que podemos ter Gondomar a associar-se a esta causa e que a mesma abra caminho a um concelho mais inclusivo no caminho da igualdade. ■

Nuno Pontes CHEGA

justa. Citamos assim a célebre frase de António Costa: “não basta ganhar por poucochinho”, tem de se esmifrar os contribuintes ao máximo. Desta forma tivemos em 2021, a maior carga fiscal de sempre. ■

Ricardo Couto PAN No plano internacional, vamos já a caminho do terceiro mês da invasão russa na Ucrânia e começamos a recear que se instale um sentimento de normalização face à insanidade da atual situação. O PAN, assim como a generalidade do povo português, desde o inicio das atrocidades, que se colocou ao lado da população ucraniana tão duramente afetada por esta invasão e reforçamos a esperança de que se chegue a um cessar fogo quanto antes e que o sofrimento do povo ucraniano possa ser mitigado. ■

João Resende Figueiredo IL quem é pobre não paga IRS, logo, não há devolução para fazer e quem paga IRS, não precisa dessa devolução. Fica assim claro, tanto no parlamento como em Gondomar, que para o PS quem não paga IRS é pobre, mas todos os que pagam são ricos. ■



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