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MEU DESTINO, O QUE QUERIA PARA MIM!”

habitualmente nunca me recordo de nada. Mas, curiosamente, esse concerto sim.

Passados 16 anos tens previsto regressar? Desejarias atuar, novamente, em Gondomar?

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Para já ainda não temos nada marcado para Gondomar. Mas se nos convidarem nós vamos. Fica o repto, pois também gostaríamos de apresentar aí o nosso novo álbum. Como em todos os teatros, auditórios e grandes praças que desejem receber-nos.

Enquanto jurada do concurso televisivo “A Máscara” tiveste de reconhecer vozes, timbres, expressões, etc. Costumas ter algum critério ou estratégia específica para errares o mínimo possível?

Isso já é passado, não se mantém. Até porque não sou qualificada para dizer a alguém como canta. Se alguém canta bem ou mal e isso a faz extremamente feliz, quem sou eu para lhe dizer: “não cantes”. Já superei isso, já tenho uma certa idade. Se as pessoas têm prazer a fazê-lo, e se têm o sonho em serem artistas, que o façam! Por isso, não quero ter essas responsabilidades enquanto jurada. Sinceramente não bate comigo ter que avaliar alguém e afirmar-lhe que tem de arranjar outra profissão. Ninguém é qualificado para o fazer. Uma coisa é aconselhar a melhorar aqui ou acoli, mas apenas isso.

Que balanço fazes do vosso projeto “Red by The Gift”?

Trata-se uma aplicação, que se encontra na “app store” ou noutra rede digital de busca, criada no início da pandemia. Ali se encontra a nossa história, histórias que ninguém nunca ouviu, a nossa discografia, entrevistas minhas que dei aos Media e que fiz a pessoas que admiramos e outros registos com curiosidades, que gravamos semanalmente.

apoiar quem passa pela depressão e não saber o que fazer, como resolvê-la...

Eu aconselho, a quem está a passar por isto, a procurar ajuda junto ao médico de família. Pois lamentavelmente não chega o que o Serviço Nacional de Saúde nos possibilita na comparticipação de quatro consultas psiquiátricas por ano. Quando se deve ter, pelo menos, uma por mês. E com esse especialista há que delinear um plano de futuro. A ideia é ter isso controlado. Há também quem opte por medicina alternativa. Eu prefiro a medicina do Hipócrates, mas isso sou eu, mas qualquer tratamento que venha a aliviar e a trazer mais felicidade à pessoa doente é sempre bem-vindo.

O álbum “Coral” trata de instintos. Segues, normalmente, os teus instintos e impulsos? Como reages e o que sentes quando assim não é?

Eu sou, efetivamente - e sempre fui -, uma pessoa muito impulsiva. Reajo muito ao estímulo. Às vezes acabo por dizer coisas que não queria e depois arrependo-me, mesmo em direto. E depois comento para comigo: “bolas, lá fui eu dizer aquilo de que não havia necessidade nenhuma”. Mas pronto, é a minha espontaneidade, é o que me carateriza. Acaba por menos conviente, por vezes, mas eu tento viver com isso. (risos)

Gostas de recorrer à tua memória e exercitá-la?

Não gosto nem recorro a ela, porque não tenho tempo. Tenho de trabalhar. E trabalho de manhã à noite. Nós - como músicos - somos a nossa própria editora, a própria promotora, portanto nós fazemos tudo, como os nossos videoclips. Logo a nossa vida é muito complicada de gerir. Mas tudo isso é o meu escape para transmitir a minha arte.

Testando, então, a tua memória, desafio-te a irmos até 2007, em que atuaste ao vivo em Gondomar. O que te recordas desse concerto? O que te marcou de especial?

Foi numa praça e lembro-me perfeitamente, mesmo tendo sido há 16 anos, por alguns motivos. Um, é que havia uma loja mística: lá eu comprei uma bruxinha muito linda - ou alguém me ofereceu - e esqueci-me dela no camarim. Nunca mais a vi, mas vale-me a lembradura (risos). Outro motivo para me recordar foi o facto do Major Valentim Loureiro subir ao palco e pegar em mim ao colo (risos). Ofereceu-me um colar com coração de ouro em filigrana, que eu ainda hoje guardo e, por vezes, uso! Poucas vezes, porque tenho medo de estragar. Recordo-me bem de tudo isso, e do local em si, e eu

Dessas entrevistas que orientaste qual aquela que te encheu mais as medidas?

Porquê?

Lembro-me que entrevistei, e gostei muito, algumas figuras tais como: César Mourão, Joana Marques, Chefe Filipa Gomes, Carolina Loureiro, João Manzarra e colegas músicos. De todas, a que me chamou mais à atenção é e será sempre o meu querido Herman José. É o meu ídolo desde pequenina. Por isso, estar com ele - mesmo calada - é sempre um prazer!

Por último, que mensagem final e positiva podes deixar aos nossos leitores?

Oiçam o “Coral”! Não tem de ser na nossa plataforma, pode ser no ‘Spotify’, nem precisam de comprar o disco. Saboreiem este álbum, percebam a nossa intenção e que em 2023 continuamos a ser “The Gift”. E juntem-se a nós próximo de casa, porque nós vamos andar por aí.■