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NATALINO SOUSA: “A nossa comida distingue-se pelo toque familiar que damos ao prato”

O Restaurante Clube dos Caçadores, em Foz de Sousa, gerido por Natalino Sousa localiza-se no Clube de Caçadores do Porto. É conhecido por ser especialista em cozinhar o Sável e a Lampreia e tendo em conta o Festival da Lampreia que se avizinha, o VivaCidade esteve à conversa com o gerente.

Como é que surgiu esta ideia de gerir o restaurante “Clube dos Caçadores”?

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Em 2017, fui convidado pela direção. Estava noutro restaurante, que era muito próximo deste, “o Dubai”, e como a gerência anterior queria dinamizar e abrir o espaço ao público em geral, pois estava circunscrito aos sócios do clube, convidaram-me para vir para cá e aceitei, até hoje.

O processo de atração de clientes a este espaço como é que foi?

Como já trabalhava noutro restaurante, as pessoas já me conheciam, já tinham ido lá provar os meus pratos e acabei por trazer alguns dos clientes de lá para aqui. Além disso, houve uma prova a nível europeu em que circularam cerca de 500 pessoas neste espaço e isso foi fundamental para que conhecessem o restaurante. A visibilidade aumentou, para não falar no passa a palavra que foi crucial.

A nível de gestão o restaurante faz parte do clube?

Se houver provas federadas, o restaurante tem de fechar ao público, foi uma norma imposta pela própria federação, porque eles colocam seguranças na cancela e não consegue entrar ninguém a não ser os próprios atiradores e acompanhantes. Mas agora como o tiro aos pombos está proibido, isso já não acontece.

Os clientes fazem a distinção entre o restaurante e o clube ou acabam sempre por interligar?

As pessoas distinguem sim, já conseguimos criar um leque de clientes só porque gostam da nossa comida. O clube não tem nada a ver e até lhe digo que clientes do clube temos poucos. Eles vêm atirar e vão embora. Os nossos clientes vêm cá de propósito pela comida.

Há algum prato especifico que caracterize este restaurante?

Nós temos dois pratos que as pessoas vêm cá de propósito só por isso. É o naco laminado, que a carne é comprada no Uruguai, é uma carne diferente e não há aqui à venda em lado nenhum. Até quem gosta de carne bem passada é uma carne que não fica nem seca nem dura. A nível de peixe temos uma especialidade que são os filetes de polvo com arroz de gambas. Ao sábado, em especifico, os nossos clientes vêm cá de propósito comer o ar- roz de pato, que é um ex-libris deste restaurante.

Como é que as pessoas têm conhecimento que um prato em especifico vai ser servido aqui no restaurante?

Estes pratos, que mencionei como o naco laminado ou as filetes de polvo, temos sempre disponíveis, quer ao almoço ou ao jantar. É só pedir, temos sempre esses produtos aqui.

Já ganhou o prémio do Sável e da Lampreia, já mencionou que há outros pratos que os clientes vêm cá de propósito só para os comer, qual é o segredo?

O segredo é o toque familiar que damos à comida. Falo por mim, comecei neste ramo porque eu gostava de comer (risos) e não gostava de comer sempre as receitas que vinham nos livros queria sempre colocar um toque especial na minha comida e acho que é isso que difere.

Termos ganho o prémio do Sável e da Lampreia também mostrou que esta iguaria é uma das nossas especialidades. Estamos na altura delas e queremos dar a conhecer aos nossos antigos e novos clientes onde se pode comer a melhor lampreia, já que este ano não podemos confeccionar o Sável. Já fomos até convidados pela RTP para confeccionarmos a lampreia em direto é porque é de facto uma imagem de marca e é diferente a que fazemos aqui.

É pela comida, essencialmente, que as pessoas devem vir ao seu restaurante e não a outro?

Sem dúvida, para não falar do espaço onde está localizado. Temos bom estacionamento, um local amplo para as crianças brincarem, o salão em que colocamos a lareira quando está frio, acho que o requinte da nossa decoração também pode ser bastante atrativo.

A nível de serviços o que as pessoas podem encontrar? Fazem batizados, casamentos ou até refeições diárias, por exemplo?

Sim, temos as três componentes no nosso restaurante, queremos atrair todo o tipo de público. Quero realçar que na celebração dos batizados e casamentos o nosso serviço de mesa não é o típico que estão habituados nas quintas, é um serviço familiar. Colocamos o cabrito ou o assado, o que o cliente quiser, em cima da mesa e as pes- soas estão como se estivessem em casa, porque achamos que ter um funcionário a questionar constantemente se quer mais ou não torna-se massacrante para o cliente. A nível de diárias temos de terça a sexta-feira e tem um custo de cerca de 8,50 euros.

Qual é o horário do restaurante? Há algum evento comum específico que queira realçar?

Está encerrado ao domingo à hora de jantar, porque normalmente temos aqueles convívios à hora de almoço e as pessoas não querem ir embora, então optamos por encerrar ao jantar. E à segunda feira também estamos fechados. À sexta-feira à noite e ao sábado à noite temos sempre música ao vivo, para os que gostam de dar um “pezinho” de dança após o jantar.

Há alguém a quem queira agradecer?

Gostaria de agradecer a todos os cozinheiros que trabalharam connosco e ao cozinheiro que vai voltar a estar connosco, o senhor José. Ao senhor António por estar sempre connosco. À minha esposa por me apoiar em tudo, estar do meu lado e como é óbvio pelo toque especial que ela dá a alguns pratos. ■